6001 Subs de Desemp v4.20

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GUIA PRTICOSUBSDIO DE DESEMPREGOINSTITUTO DA SEGURANA SOCIAL, I.P

ISS, I.P. Departamento/Gabinete

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Guia Prtico Subsdio de Desemprego

FICHA TCNICA

TTULO Guia Prtico Subsdio de Desemprego (6001 v4.20)

PROPRIEDADE Instituto da Segurana Social, I.P.

AUTOR Instituto da Segurana Social, I.P.

PAGINAO Gabinete de Comunicao

CONTACTOS Telefone: 808 266 266 (n. azul), dias teis das 08h00 s 20h00. Estrangeiro: (+351) 272 345 313 Site: www.seg-social.pt, consulte a Segurana Social Directa.

DATA DE PUBLICAO Julho de 2011

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NDICE A O que ? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4 B1 Quem tem direito? ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4 B2 Qual a relao desta prestao com outras que j recebo ou posso vir a receber? ----------------------- 6 C Como posso pedir? Que formulrios e documentos tenho de entregar?------------------------------------- 8 D1 Como funciona esta prestao? Quanto e quando vou receber? -------------------------------------------11 D2 Como posso receber? -----------------------------------------------------------------------------------------------------14 D3 Quais as minhas obrigaes? -------------------------------------------------------------------------------------------15 D4 Por que razes termina?--------------------------------------------------------------------------------------------------17 E Outra Informao E1 Legislao Aplicvel --------------------------------------------------------------------------19 E2 Glossrio ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------21 Perguntas Frequentes ------------------------------------------------------------------------------------------------------------25

A informao contida neste guia prtico no dispensa a consulta da lei.

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A O que ?O subsdio de desemprego um valor em dinheiro que pago em cada ms a quem perdeu o emprego de forma involuntria, e que se encontre inscrito para emprego no centro de emprego. O subsdio de desemprego destina-se a compensar a perda das remuneraes de trabalho.

B1 Quem tem direito?Quem tem direito ao subsdio de desemprego Quem no tem direito ao subsdio de desemprego Quais as condies necessrias para ter acesso ao subsdio de desemprego Qual o prazo de garantia O que conta para o prazo de garantia No contam para o prazo de garantia

Quem tem direito ao subsdio de desemprego? Trabalhadores que tiveram um contrato de trabalho e que descontaram para a Segurana Social (ou que tenham o contrato suspenso por salrios em atraso). Pensionistas de invalidez desempregados que passem a ser considerados aptos para o trabalho. Trabalhadores do servio domstico desde que: o Sejam contratados ao ms em regime de tempo inteiro e tenham celebrado um acordo por escrito com o empregador para descontarem sobre o salrio real; o O acordo tenha sido entregue no competente servio de segurana social e se verifiquem as condies para ser considerada como base de incidncia de contribuies a remunerao efectiva. Trabalhadores agrcolas, inscritos na Segurana Social a partir de 1 de Janeiro de 2011. Trabalhadores agrcolas indiferenciados, inscritos na Segurana Social at 31 de Dezembro de 2010, desde que: o Sejam contratados sem termo e a tempo inteiro e tenham celebrado um acordo escrito com o seu empregador, antes de terem completado 60 anos de idade, para descontarem sobre o salrio real ; o o O acordo tenha sido entregue no Centro Distrital de Segurana Social competente; O valor do salrio no seja inferior ao salrio mnimo nacional.

Trabalhadores nomeados para cargos de gesto desde que, data da nomeao, pertencessem ao quadro da prpria empresa como trabalhadores contratados h pelo menos um ano e enquadrados no regime geral de segurana social dos trabalhadores por conta de outrem;

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Trabalhadores contratados que, cumulativamente, so gerentes (scios ou no) numa entidade sem fins lucrativos (ex: uma sociedade recreativa sem fins lucrativos), desde que no recebam pelo exerccio dessas funes qualquer tipo de remunerao;

Professores do ensino bsico e secundrio; Trabalhadores do sector aduaneiro (em condies especficas ver Perguntas frequentes); Ex-militares em regime de contrato e em regime de voluntariado (ver Perguntas frequentes).

Quem no tem direito ao subsdio de desemprego? Trabalhadores independentes (a recibos verdes ou empresrios em nome individual) Administradores, directores e gerentes de empresas (ver excepes nas Perguntas frequentes) Trabalhadores contratados e que sejam MOEs noutra empresa com fins lucrativos, onde exercem as funes de gerente, mesmo que no sejam remunerados pelo exerccio dessa actividade; Obs: Nos termos do Cdigo das Sociedade Comerciais, a gerncia presume-se remunerada. Constitui contra-ordenao o exerccio de actividade normalmente remunerada durante o perodo de concesso das prestaes de desemprego, ainda que no se prove o pagamento de retribuio. Trabalhadores no domcilio. Pensionistas de invalidez e velhice Quem, data do desemprego, j puder pedir a Penso de Velhice

Quais as condies necessrias para ter acesso ao subsdio de desemprego? 1. Ser residente em Portugal 2. Se for estrangeiro, ter ttulo vlido de residncia ou outra autorizao que lhe permita ter um contrato de trabalho. 3. Se for refugiado ou aptrida, ter um ttulo vlido de proteco temporria. 4. Ter tido um emprego com contrato de trabalho. 5. Ter ficado desempregado por razes alheias sua vontade (desemprego involuntrio). 6. No estar a trabalhar (se trabalhar a tempo parcial como trabalhador por conta de outrem (TCO) ou como independente (TI), poder ter direito ao subsdio de desemprego parcial desde que a retribuio do trabalho por conta de outrem ou o rendimento relevante da actividade independente seja inferior ao valor do subsdio de desemprego). 7. Estar inscrito, procura de emprego, no Centro de Emprego da rea onde vive. 8. Ter pedido o subsdio no prazo de 90 dias a contar da data de desemprego (ver situaes em que o prazo de 90 dias pode ser alargado) 9. Cumprir o prazo de garantia.

Qual o prazo de garantia? Para ter direito ao subsdio de desemprego tem de ter trabalhado como contratado e descontado para a Segurana Social ou outro regime obrigatrio de proteco social durante

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pelo menos 450 dias nos 24 meses imediatamente anteriores data em que ficou desempregado Se tiver trabalhado menos dias, pode ter direito ao Subsdio Social de Desemprego.

O que conta para o prazo de garantia? Contam para o prazo de garantia: todos os dias que trabalhou como contratado; os dias que trabalhou no ms em que foi despedido; os dias de frias a que tinha direito mas que no foram gozados; os dias que trabalhou num pas da Unio Europeia (ter de apresentar o formulrio U01, preenchido pela segurana social do pas onde trabalhou); os dias que trabalhou, na Islndia, Noruega, Listenstaina e Sua (ter de apresentar o formulrio E- 301, preenchido pela segurana social do pas onde trabalhou); os dias que trabalhou em pases com os quais Portugal tenha acordos de segurana social, que permitam contabilizar o perodo de descontos nesses pases para ter acesso ao subsdio de desemprego portugus (ter de apresentar o formulrio respeitante a cada pas preenchido pela segurana social do pas onde trabalhou); at 120 dias em que esteve receber um subsdio da Segurana Social de doena ou maternidade, se for trabalhador domstico ou agrcola.

No contam para o prazo de garantia: os dias em que esteve a receber prestaes de desemprego; os dias em que trabalhou com contrato a tempo parcial (part-time), ou exerceu actividade independente Parcial. e recebeu simultaneamente Subsdio de Desemprego

B2 Qual a relao desta prestao com outras que j recebo ou posso vir a receber?No pode acumular com... Pode acumular com... Penso de Velhice (antecipada por desemprego de longa durao) Subsdio Social de Desemprego Subsdio de Desemprego Parcial Pagamento do montante nico das prestaes de desemprego

No pode acumular com: ISS, I.P.

Penso da Segurana Social ou de outro sistema de proteco social obrigatrio (incluindo a funo pblica e sistemas de segurana social estrangeiros). Pr-reforma. Pagamentos regulares feitos pelos empregadores por ter terminado o contrato de trabalho.

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Outros subsdios que compensem a perda de remunerao do trabalho (Subsdio de Doena, Subsdio parental inicial ou por adopo, etc.).

Pode acumular com: Indemnizaes e penses por riscos profissionais (doenas profissionais e acidentes de trabalho) e equiparadas (deficientes das Foras Armadas). Bolsa complementar por realizar trabalho socialmente necessrio (quem fizer trabalho socialmente necessrio promovido pelo Centro de Emprego tem direito a receber mais 20% do valor do indexante dos apoios socias.

Penso de Velhice antecipada por desemprego de longa durao Se for desempregado de longa durao e tiver esgotado o perodo inicial do subsdio de desemprego ou social de desemprego, pode pedir para receber a Penso de Velhice antecipada.

Pode pedir a Penso de Velhice aos:

Se tiver:

Se pediu o subsdio de desemprego at 3 de Agosto de 2005 55 anos ou mais na data em que ficou desempregado Pelo menos 30 anos de descontos para a Segurana Social aos 55 anos Esgotado 30 meses de subsdio de desemprego Se pediu o subsdio de desemprego at 31 de Dezembro de 2006 Na data em que ficou desempregado: 50 anos ou mais Pelo menos 20 anos de descontos para a Segurana Social 55 anos ou mais na data em que ficou desempregado Tem prazo de garantia para pedir a Penso de Velhice Se pediu o subsdio de desemprego a partir de 1 de Janeiro de 2007 Na data em que ficou desempregado: 52 anos ou mais Pelo menos 22 anos de descontos para a Segurana Social 57 anos ou mais na data em que ficou desempregado Tem prazo de garantia para pedir a Penso de Velhice

58 anos

55 anos

60 anos

57 anos

62 anos

Subsdio Social de Desemprego Se no cumprir as condies para receber o Subsdio de Desemprego pode ter direito ao Subsdio Social de Desemprego Inicial. Se j recebeu todo o Subsdio de Desemprego a que tinha direito e continua desempregado, pode ter direito ao Subsdio Social de Desemprego Subsequente.

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Subsdio de Desemprego Parcial Se na data em que cessou o contrato de trabalho, que determina a concesso do subsdio de desemprego, tambm tem outro emprego por conta de outrem a tempo parcial ou exerce uma actividade independente pode ter direito ao subsdio de desemprego parcial desde que a retribuio do trabalho por conta de outrem ou o rendimento relevante da actividade independente for inferior ao valor do subsdio de desemprego. Se est a receber subsdio de desemprego e comear a trabalhar como trabalhador por conta de outrem (TCO) a tempo parcial ou como independente (TI), e se a retribuio do trabalho por conta de outrem ou o rendimento relevante da actividade independente for inferior ao valor do subsdio de desemprego, pode receber Subsdio de Desemprego Parcial. (ver Guia/Guio Subsdio de Desemprego Parcial) Ateno: o exerccio da actividade no pode, em qualquer caso, ser feito na empresa que efectuou o despedimento do trabalhador e que determinou a atribuio do respectivo subsdio de desemprego ou em empresa ou grupo empresarial que tenha uma relao de domnio ou de grupo com aquela.

Pagamento do montante nico das prestaes de desemprego O subsdio de desemprego pode ser pago de uma s vez caso apresente no Centro de Emprego do Instituto de Emprego e Formao Profissional, I.P. (IEFP) um projecto de criao do seu prprio emprego e este seja aprovado (Ver Prestaes de Desemprego Montante nico ou em: http://www.iefp.pt/apoios/candidatos/CriacaoEmpregoEmpresa/BeneficiariosPrestacoesDesemprego/ Paginas/BeneficiariosPrestacoesDesemprego.aspx).

C Como posso pedir? Que formulrios e documentos tenho de entregar?Formulrios Documentos necessrios Situaes em que necessrio apresentar outros documentos: Se o empregador terminar o contrato por justa causa Se o trabalhador terminar o contrato por justa causa Se o trabalhador suspender o contrato por salrios em atraso Trabalhadores migrantes da Unio Europeia, Islndia, Noruega, Listenstaina e Sua, residentes em Portugal, que vm requerer as prestaes. Ex-militares em regime de contrato (menos de 6 anos) Onde se pede At quando se pode pedir

Formulrios RP5000 Requerimento de Prestaes de Desemprego (preenchido online pelo funcionrio do Centro de Emprego ou na Segurana Social Directa pelo trabalhador).

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RP5044 Declarao de situao de desemprego passada pela entidade empregadora ou pela Autoridade para as Condies de Trabalho (se a entidade empregadora se recusar/no puder fazlo).

GD 018 Declarao de salrios em atraso passada pela entidade empregadora ou pela Autoridade para as Condies de Trabalho (quando o contrato suspenso por salrios em atraso)

Documentos necessrios Deve identificar-se com um documento de identificao: Bilhete de Identidade ou Carto do Cidado para os cidados portugueses, Autorizao para viver e trabalhar em Portugal para cidados de pases terceiros e Bilhete de Identidade ou passaporte vlido para cidados da Unio Europeia e Carto de Contribuinte Fiscal.

Declarao da entidade empregadora que comprova o desemprego e indica a data da ltima remunerao (RP5044). Pode ser entregue: directamente pela entidade empregadora atravs da Segurana Social Directa (s com autorizao do trabalhador, devendo o empregador entregar uma cpia ao trabalhador) em papel pelo trabalhador no Centro de Emprego.

Se a entidade empregadora se recusar ou no puder entregar a declarao comprovativa do desemprego, nomeadamente, por falecimento do empregador, ser a Autoridade para as Condies de Trabalho (antiga Inspeco-Geral do Trabalho) a pass-la, no prazo de 30 dias a partir da data em que o trabalhador a pede.

Ateno: Tem de inscrever-se no Centro de Emprego da zona onde vive antes de pedir o Subsdio de Desemprego.

Situaes em que necessrio apresentar outros documentos: Se o empregador terminar o contrato com justa causa Prova de aco judicial do trabalhador contra a entidade empregadora.

Se o trabalhador terminar o contrato com justa causa S necessria a apresentao da prova de aco judicial contra a entidade

empregadora quando o beneficirio invoca justa causa de despedimento e o empregador, na declarao RP5044, indica motivo diferente do invocado pelo trabalhador e que caracterize o desemprego como voluntrio, nomeadamente o motivo de denncia do contrato de trabalho/demisso por iniciativa do trabalhador.

Se o trabalhador suspender o contrato por salrios em atraso Formulrio GD 018, devidamente preenchido (nestes casos no apresentada a

declarao de situao de desemprego Mod. RP5044-DGSS). Prova da comunicao entidade empregadora e Autoridade para as Condies de

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Trabalho (antiga Inspeco-Geral do Trabalho)

Trabalhadores migrantes da Unio Europeia, Islndia, Noruega, Listenstaina e Sua, residentes em Portugal, que vm requerer as prestaes. o o o Documento porttil U01 (desempregados da Unio Europeia); Formulrio E301 (desempregados da Islndia, Noruega, Listenstaina e Sua): Formulrio E303 (desempregados da Islndia, Noruega, Listenstaina e Sua

procura de trabalho em Portugal, para que a instituio de segurana social portuguesa continue a pagar, por conta do outro pas, o subsdio de desemprego que estava a ser pago pela Segurana Social do pas onde ocorreu a situao de desemprego). Nota: Os trabalhadores migrantes devem inscrever-se, para emprego, no centro de emprego, onde lhes entregue uma declarao que prova a inscrio no centro de emprego, devendo posteriormente dirigir-se ao servio de segurana social competente com a referida declarao e com o documento porttil U01, ou os formulrios E301 ou E303, consoante o caso, para a requererem as prestaes de desemprego.

Ex-militares em regime de contrato (menos de 6 anos) Declarao do empregador que comprove que o trabalhador pediu a renovao do contrato e que esta no lhe foi dada se for assinalado o n. 18 do ponto 2.3 da declarao de situao de desemprego (DSD) Mod. RP 5044-DGSS (Nestes casos o desemprego considerado involuntrio). Nos casos em que o trabalhador no pediu a renovao do contrato deve ser assinalado o n. 9 do ponto 2.3 da DSD, no sendo necessria qualquer declarao adicional, mas nestes casos o desemprego considerado voluntrio.

Onde se pede? Na Segurana Social Directa (neste caso, os documentos tm de ser digitalizados). No Centro de Emprego da zona onde vive.

At quando se pode pedir? At 90 dias depois da data do desemprego. Se entregar o requerimento aps o prazo de 90 dias, os dias correspondentes ao atraso sero descontados no perodo de concesso das prestaes de desemprego.

A contagem dos 90 dias fica suspensa enquanto o trabalhador estiver numa destas situaes: Baixa por doena (se a baixa se prolongar por mais de 30 dias, tem de ser comunicada Segurana Social e confirmada pelo Sistema de Verificao de Incapacidades; caso contrrio, retoma-se a contagem dos 90 dias do prazo a partir do 31. dia de doena) A receber subsdio por risco clnico durante a gravidez, subsdio por interrupo da gravidez, subsdio parental (subsdio parental inicial, subsdio parental inicial exclusivo do pai, subsdio parental inicial exclusivo da me e subsdio parental inicial a gozar por um

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progenitor em caso de impossibilidade do outro) e subsdio por adopo; A desempenhar funes de manifesto interesse pblico; Detido em estabelecimento prisional e outras medidas de coao privativas da liberdade; espera que a Autoridade para as Condies de Trabalho (antiga Inspeco-Geral do Trabalho) passe a declarao de situao de desemprego (quando a entidade empregadora se recusa ou no pode faz-lo).

D1 Como funciona esta prestao? Quanto e quando vou receber?Quanto se recebe? Valor mnimo e mximo Como se calcula o valor do subsdio Durante quanto tempo se recebe? A partir de quando se tem direito a receber?

Quanto se recebe? Recebe 65% da remunerao de referncia. Ver excepes em Valor mnimo e mximo. Se for ex-pensionista de invalidez considerado apto para o trabalho, recebe 335,38 por ms (se viver sozinho) ou 419,22 por ms (se viver com familiares). Se este valor ultrapassar o valor da penso de invalidez que estava a receber antes, recebe apenas o valor da penso.

Ateno: O montante mensal do subsdio de desemprego no pode, em qualquer caso, ser superior ao valor lquido da remunerao de referncia que serviu de base de clculo ao subsdio de desemprego.

Limites mximos ao montante do subsdio de desemprego 1. O valor mensal do subsdio de desemprego no pode ser superior ao triplo do IAS ( 1.257,66). 2. O valor mensal do subsdio de desemprego no pode ser superior a 75% da remunerao lquida de referncia que serviu de base de clculo ao subsdio de desemprego. 3. No caso dos ex-pensionistas de invalidez, o valor mximo do subsdio de desemprego o valor da penso de invalidez que estavam a receber.

Limite mnimo ao montante do subsdio de desemprego O valor do subsdio de desemprego no pode ser inferior ao IAS. Porm, nos casos em que 75% do valor lquido da remunerao de referncia seja inferior ao IAS, o valor do subsdio de desemprego igual ao menor dos seguintes valores: IAS ou valor lquido da remunerao de referncia.

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Como se calcula o valor do subsdio 1. Soma todas as remuneraes declaradas dos primeiros 12 meses dos ltimos 14 (a contar do ms anterior quele em que ficou desempregado). Por exemplo, se ficou desempregado a 7 de Janeiro 2011, somar as remuneraes de 1 de Novembro de 2009 a 31 Outubro de 2010. 2. Ao valor anterior soma os subsdios de frias e de Natal declarados e devidos durante estes 12 meses (no mximo, um subsdio de frias e um subsdio de Natal). 3. Divide o total da soma por 12. Este valor a remunerao de referncia (R/12). 4. Multiplica o valor obtido por 0,65 e obtm o montante mensal do subsdio de desemprego. 5. Calcular o valor lquido da remunerao de referncia, ou seja, descontar ao valor ilquido da remunerao de referncia os valores correspondentes taxa de IRS e taxa contributiva aplicvel ao beneficirio. 6. Multiplicar o valor lquido da remunerao de referncia por 0,75.

7. Sem prejuzo da considerao dos valores mnimos e mximos acima referidos, o valor do subsdio de desemprego igual a 65% da remunerao de referncia ou a 75% do valor lquido da remunerao de referncia quando aquele valor for superior a este, no podendo, em caso algum, ser superior ao valor lquido da remunerao de referncia.

Nota: O montante mensal do subsdio de desemprego est sujeito a um limite mnimo e mximo (ver, no fim, exemplos de clculo), nunca podendo ser superior ao valor lquido da remunerao de referncia que lhe serviu de base de clculo.

O valor lquido da remunerao de referncia obtm-se pela deduo remunerao de referncia ilquida do valor da taxa contributiva para segurana social a cargo do trabalhador e da taxa de reteno do IRS.

Durante quanto tempo se recebe? Depende da idade que tiver e do nmero de meses com descontos para a Segurana Social, desde a ltima vez que esteve desempregado. Para a contagem dos meses com descontos conta, alm do tempo que trabalhou com contrato ou a recibos verdes, o tempo em que esteve a receber subsdio de doena ou subsdios no mbito da proteco na parentalidade, concedidos aps o fim do perodo de concesso das prestaes devidas pela ltima situao de desemprego. No conta o tempo que esteve a receber subsdio de desemprego.

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Idade do Beneficirio Menos de 30 anos

Durante quanto tempo recebe N. de meses com descontos para a SS N. de dias Acrscimo 24 ou menos Mais de 24 270 360 360 540 540 720 720 900 +30 dias por cada 5 anos com registo de remuneraes +30 dias por cada 5 anos com registo de remuneraes nos ltimos 20 anos +30 dias por cada 5 anos com registo de remuneraes nos ltimos 20 anos + 60 dias por cada 5 anos com registo de remuneraes nos ltimos 20 anos

48 ou menos Igual ou superior a 30 anos e inferior a 40 anos Mais de 48 60 ou menos Igual ou superior a 40 anos e inferior a 45 anos Mais de 60 72 ou menos Mais de 45 anos Mais de 72

Nota: Um beneficirio que esteja a receber subsdio de desemprego se for trabalhar no decurso dos primeiros seis meses de atribuio daquele subsdio, o perodo de registo de salrios que contou para atribuio do subsdio de desemprego que estava a receber, tambm conta para a determinao do perodo de concesso e acrscimos numa posterior situao de desemprego, mas no conta para prazo de garantia.

Exemplo : Um beneficirio que data do desemprego tenha 28 anos e mais de 24 meses de descontos para a Segurana Social tem direito a 360 dias de subsdio de desemprego, mais 30 dias por cada 5 anos de registo de remuneraes. Se data em que ficou desempregado s tiver 4 anos de descontos, no tem direito a qualquer acrscimo de 30 dias por no ter nenhum perodo de 5 anos com registo de remuneraes. No entanto, se no decurso dos seis meses de atribuio de subsdio de desemprego o beneficirio for trabalhar e passados trs anos voltar a ficar desempregado, os 4 anos de descontos, considerados anteriormente para a 1. situao de desemprego, mais os meses que entretanto trabalhou, vo ser considerados para a determinao do novo perodo de concesso e respectivo acrscimo. Como na data da ltima situao de desemprego o beneficirio j ter mais de 30 anos e mais de 48 meses de descontos, ter direito a 540 de subsdio de desemprego e a mais 30 dias por ter um perodo de 5 anos com registo de remuneraes.

A partir de quando se tem direito a receber? Desde o dia em que pede o subsdio. No caso dos ex-pensionistas de invalidez, a partir do dia 1 do ms seguinte quele em que lhe foi comunicada a deciso de aptido para o trabalho.

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D2 Como posso receber?Transferncia bancria. Cheque no ordem

Nota Importante: A Segurana Social alterou o modo de pagamento dos subsdios sociais de cartacheque para cheque no ordem

O cheque no ordem: No pode ser endossado (passado ou transmitido) a terceiros (qualquer pessoa diferente do prprio beneficirio); S pode ser levantado pelo prprio ou depositado numa conta do prprio.

Para maior comodidade e segurana adira ao pagamento dos subsdios por transferncia bancria. O dinheiro entra directamente na sua conta bancria e fica disponvel de imediato. A Segurana Social garante um pagamento mais rpido, mais seguro, sem atrasos e extravios.

Como aderir ao pagamento por transferncia bancria Pela Internet, no servio Segurana Social Directa: o o o o o Aceda ao site da Segurana Social em www.seg-social.pt; Clique em: Segurana Social Directa Aceda aqui Digite o NISS (Nmero de Identificao de Segurana Social) e a Palavra-Chave; No menu Servios Disponveis, clique em Alterao de NIB Indique o seu NIB

Preenchendo o modelo RP 5046DGSS, disponvel para impresso na Internet em www.seg-social.pt, Formulrios, seleccionar Pagamento de Prestaes por Depsito em Conta Bancria, clicar em Ver (link directo em http://www.seg-

social.pt/preview_formularios.asp?r=2233&m=PDF ) . 1. Junte um dos seguintes documentos comprovativos do seu NIB Declarao bancria onde conste o seu NIB; Fotocpia da primeira folha da caderneta bancria; Fotocpia de um cheque em branco.

2. Junte tambm fotocpia de documento de identificao civil vlido que tenha a sua assinatura (carto de cidado, bilhete de identidade, passaporte) para se verificar a autenticidade da assinatura. 3. Envie o formulrio e os documentos (NIB e identificao) pelo correio para o Centro Distrital da Segurana Social da sua rea de residncia ou entregue-os directamente num dos Servios de Atendimento ao pblico. Em www.seg-social.pt/atendimentos, consulte o mapa da rede de servios de atendimento pblico.

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Pode tambm obter o formulrio nos Servios de Atendimento da Segurana Social.

D3 Quais as minhas obrigaes?Obrigaes para com a Segurana Social O que acontece se no cumprir Obrigaes para com o Centro de Emprego Pode ser dispensado de algumas destas obrigaes O que acontece se no cumprir

Obrigaes para com a Segurana Social 1. Comunicar Segurana Social, no prazo de 5 dias teis, a contar da data em que toma conhecimento: Qualquer situao que leve suspenso ou ao fim das prestaes do Subsdio de Desemprego A deciso judicial em relao ao processo contra a entidade empregadora (quando o trabalhador terminou o contrato com justa causa e a entidade empregadora no concordou ou vice-versa).

Nota: Os beneficirios das prestaes de desemprego podem utilizar os seguintes meios para procederem s respectivas comunicaes: a. VIA SEGURANA SOCIAL 808 266 266, dias teis das 8h00 s 20h00 Estrangeiro: +351 272 345 313 b. Servios de atendimento da Segurana Social, c. Por correio, para o centro distrital de segurana social da rea da residncia do beneficirio.

2. Devolver o Subsdio de Desemprego, se lhe tiver sido pago sem ter direito a ele.

O que acontece se no cumprirSituao Se no cumprir os deveres para com a Segurana Social Se trabalhar enquanto est a receber subsdio de desemprego (mesmo que no se prove que recebeu um salrio) Se no comunicar Segurana Social que comeou a trabalhar a contrato ou a recibo verde (para que lhe seja suspenso o subsdio de desemprego) Consequncia Multa de 100,00 a 700,00

Multa de 250,00 a 1.000,00 Pode ficar at 2 anos impedido de receber subsdio de desemprego e/ou subsdio social de desemprego.

Obrigaes para com o Centro de EmpregoISS, I.P. Pg. 15/36

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1. Aceitar e cumprir o Plano Pessoal de Emprego 2. Aceitar emprego conveniente, trabalho socialmente necessrio e formao profissional 3. Procurar activamente emprego, de acordo com o plano pessoal de emprego, e demonstrar ao Centro de Emprego que o faz 4. Apresentar-se quinzenalmente no Centro de Emprego (ou a outro local que lhe seja indicado). Os intervalos entre as apresentaes nunca podem ser superiores a 15 dias. 5. Comparecer nas datas e locais determinados pelo Centro de Emprego. 6. Alm disso, deve avisar o Centro de Emprego, no prazo de 5 dias teis, se: Mudar de morada Viajar para fora do pas; deve comunicar quanto tempo vai estar ausente Ficar doente deve ser cumprido o dever de justificao e apresentao do respectivo CIT. Iniciar ou terminar situaes de proteco na parentalidade: subsdio por risco clnico durante a gravidez, subsdio por interrupo da gravidez, subsdio parental inicial, subsdio parental inicial exclusivo do pai, subsdio parental inicial exclusivo da me, e subsdio parental inicial a gozar por um progenitor em caso de impossibilidade do outro e subsdio por adopo.

Pode ser dispensado de algumas destas obrigaes Em cada ano, pode ser dispensado de cumprir as obrigaes 1 a 5 durante 30 dias seguidos. Para isso tem de comunicar ao Centro de Emprego, com a antecedncia de 30 dias seguidos, qual o perodo em que pretende ter a referida dispensa.

O que acontece se no cumprir A inscrio no Centro de Emprego anulada e perde o direito ao Subsdio de Desemprego se, injustificadamente: Recusar emprego conveniente Recusar o Plano Pessoal de Emprego Recusar, desistir (sem justificao) ou for expulso (com justificao) de: o o o medidas ligadas ao seu Plano Pessoal de Emprego trabalho socialmente necessrio formao profissional

Faltar a uma convocatria do Centro de Emprego No se apresentar noutra entidade para onde tenha sido encaminhado pelo Centro de Emprego (por exemplo, para uma entrevista). O Centro de Emprego verificar por duas vezes o no cumprimento da apresentao quinzenal No cumprir por duas vezes a procura activa de emprego

Nota: Tem at 5 dias teis para justificar todos os incumprimentos e comunicar situao de doena.

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Se a inscrio no Centro de Emprego for anulada, s poder voltar a inscrever-se 90 dias depois.

D4 Por que razes termina?O pagamento do subsdio de desemprego suspenso se O que preciso fazer para reiniciar o pagamento Casos em que perde o direito ao subsdio (e no pode haver reincio do pagamento) O subsdio de desemprego termina definitivamente se

O pagamento do subsdio de desemprego suspenso se: For atribudo subsdio por risco clnico durante a gravidez, subsdio por interrupo da gravidez, subsdio parental inicial, subsdio parental inicial exclusivo do pai, subsdio parental inicial exclusivo da me, subsdio parental inicial a gozar por um progenitor em caso de impossibilidade do outro e subsdio por adopo. Comear a trabalhar a recibos verdes ou com contrato. Nota: Se durante o perodo de atribuio do subsdio de desemprego o beneficirio comear a trabalhar como contratado (TCO) ou como independente (TI), mesmo que receba pela actividade exercida menos do que o valor do subsdio de desemprego, h sempre lugar suspenso do subsdo de desemprego. No entanto, poder ter direito ao subsdio de desemprego parcial, caso se encontrem reunidas as condies para atribuio do mesmo e faa prova dessas condies. Estiver a frequentar um curso de formao profissional pelo qual lhe seja paga uma bolsa. Se o valor que lhe pagam pelo curso for mais baixo do que a prestao do subsdio de desemprego, continua a receber o subsdio mas o valor que lhe pagam pelo curso descontado (Ver exemplo nas perguntas frequentes). O seu ex-empregador declarar Segurana Social o pagamento de frias no gozadas (o subsdio de desemprego fica suspenso pelo nmero de dias de frias no gozadas que lhe forem pagos). Sair do pas, excepto no perodo anual de dispensa ou tratamentos mdicos (deve comunicar ao Centro de Emprego que se vai ausentar). Se sair do pas em misso de voluntariado devidamente comprovada, durante o perodo de durao da misso, at ao mximo de cinco anos. Se sair do pas na qualidade de bolseiro ao abrigo de programa comunitrio ou promovido por outra instituio internacional ou como bolseiro de investigao, durante o perodo de durao da bolsa, at ao mximo de cinco anos. Estiver detido em estabelecimento prisional ou sujeito a outras medidas de coaco privativas da liberdade. For praticado um acto isolado (para efeitos fiscais) por exerccio de actividade independente, e pelo perodo de durao da actividade se o beneficirio comunicar esse facto.

ISS, I.P.

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Caso o beneficirio no comunique o exerccio de actividade, o nmero de dias de suspenso do pagamento das prestaes corresponde ao valor resultante da diviso do montante declarado a ttulo de acto isolado pelo valor dirio da remunerao de referncia. Ex: Um beneficirio que tenha praticado um acto isolado no valor de 900,00 e cuja remunerao de referncia lquida diria, para o clculo do subsdio de desemprego era de 15,00, ter o subsdio de desemprego suspenso por 60 dias.

O que preciso fazer para reiniciar o pagamento 1. Fazer a reinscrio no Centro de Emprego Se o subsdio de desemprego foi interrompido por estar a receber subsdio por risco clnico durante a gravidez, subsdio por interrupo da gravidez, subsdio parental inicial, subsdio parental inicial exclusivo do pai, subsdio parental inicial exclusivo da me e subsdio parental inicial a gozar por um progenitor em caso de impossibilidade do outro e subsdio por adopo, no precisa de voltar a inscrever-se no Centro de Emprego, mas tem que comunicar o incio e fim das referidas situaes.

2. Provar que j no est a trabalhar Se esteve a trabalhar com contrato Apresente no Centro de Emprego a declarao de situao de desemprego passada pelo empregador (que comprova que j no trabalha e que o desemprego foi involuntrio).

Se esteve a trabalhar a recibos verdes Apresente no Centro de Emprego a prova de que cessou actividade como trabalhador independente nas Finanas.

Se esteve a trabalhar no estrangeiro Apresente na Segurana Social: Declarao de inscrio no Centro de Emprego Documento porttil U01, se esteve a trabalhar em algum pas pertencente Unio Europeia; Formulrio E301 ou E303, se esteve a trabalhar na Islndia, Noruega, Listenstaina ou na Sua; Prova de que trabalhou no estrangeiro, autenticada pelo consulado portugus desse pas (se esteve a trabalhar fora da Unio Europeia, Islndia, Noruega, Listenstaina ou Sua).

Se esteve em misso de voluntariado ou como bolseiro no estrangeiro Prova de que esteve em misso de voluntariado ou como bolseiro, consoante o caso.

ISS, I.P.

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Casos em que perde o direito ao subsdio cujo pagamento est suspenso (e no pode haver reincio do pagamento) Se estiver a trabalhar a recibos verdes ou com contrato h 3 anos seguidos ou mais. Se lhe for atribudo um novo subsdio de desemprego. No entanto, se este for mais baixo que o subsdio anterior, o beneficirio informado por escrito dos dias que ainda tinha a receber pelo valor original e os restantes dias pelo novo valor, sendo-lhe sempre atribudo pela segurana social o regime mais favorvel. Caso o beneficirio entenda que a prestao que lhe foi concedida no a mais favorvel para a sua situao concreta, pode, no prazo de 60 dias aps atribuio do subsdio, pedir o reincio da anterior. Por exemplo: quando suspendeu o subsdio de desemprego ainda lhe restavam 500 dias a 11,00; o novo subsdio a que tem direito so 540 dias a 10,00. Neste caso, vai receber 500 dias a 11,00 e 40 dias a 10,00. Se se ausentar do pas por mais de 3 meses sem apresentar nenhum comprovativo de ter estado a trabalhar, Se no regressar ao pas no fim do perodo da misso de voluntariado (para as situaes devidamente comprovadas) Se no regressar ao pas no fim do perodo de durao da bolsa (nas situaes de ausncia do pas como bolseiro ao abrigo de programa comunitrio ou promovido por outra instituio internacional ou como bolseiro de investigao). Se tiverem passado 5 anos ou mais desde a data em que inicialmente pediu o subsdio.

O subsdio de desemprego termina definitivamente se: Terminar o perodo durante o qual tinha direito ao subsdio. Passar situao de pensionista por invalidez. Atingir a idade para pedir a Penso por Velhice (65 anos) e tiver cumprido o prazo de garantia para acesso penso de velhice. A inscrio para emprego no Centro de Emprego tiver sido anulada por incumprimento dos deveres. Tiver dado informaes falsas, omitido informaes ou usado meios fraudulentos para obter o subsdio ou influenciar o montante das prestaes a receber.

E Outra Informao E1 Legislao AplicvelDecreto Regulamentar n. 1-A/2011, de 3 de Janeiro Regulamentao do Cdigo dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurana Social.

ISS, I.P.

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Lei n. 55-A/2010, de 31 de Dezembro Oramento do Estado para 2011, que mantm o valor do Indexante de Apoios Scias (IAS)para o ano de 2011 em 419,22.

Decreto-Lei, n. 72/2010, de 18 de Junho Altera e republica o Decreto-Lei n. 220/2006, de 3 de Novembro, que estabelece o regime de proteco no desemprego.

Regulamento (CE) n. 883/2004 e Regulamento (CE) n. 987/2009

Lei n. 110/2009, de 16 de Setembro Cdigo dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurana Social.

Portaria n. 128/2009, de 30 de Janeiro, alterada pela Portaria n. 164/2011, de 18 de Abril Regula o trabalho socialmente necessrio desenvolvido por desempregados subsidiados.

Portaria n.1301/2007, de 3 de Outubro Cria a Comisso de Recursos de decises de anulao de inscrio no Centro de Emprego.

Portaria n. 8-B/2007, de 03 de Janeiro Regulamenta o Decreto-Lei n. 220/2006, de 3 de Novembro, sobre a proteco no desemprego.

Lei n. 53-B/2006, de 29 de Dezembro Indexante dos Apoios Sociais (IAS), regras da sua actualizao e das penses e outras prestaes sociais do sistema de segurana social.

Decreto-Lei 220/2006, de 03 de Novembro Regime geral de proteco social no desemprego dos trabalhadores por conta de outrem.

Lei n. 105/2009, de 14 de Setembro [art. 1. alnea f) e artigo 25.] Direito a prestaes de desemprego por suspenso do contrato de trabalho por retribuies em mora (salrios em atraso).

Decreto-Lei n. 320-A/2000, de 15 de Dezembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n. 320/2007, de 27 de Setembro, posteriormente alterado pela Lei n. 55-A/201, de 31 de Dezembro. Regulamento de Incentivos Prestao de Servio Militar nos Regimes de Contrato (RC) e de Voluntariado (RV);

ISS, I.P.

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Decreto-Lei n. 67/2000, de 26 de Abril Alarga a proteco no desemprego aos docentes contratados dos estabelecimentos de educao e ensino pblicos.

Despacho n. 4001/99, publicado no D.R., 2 Srie, de 25 de Fevereiro Proteco no desemprego dos trabalhadores em comisso de servio.

Decreto-Lei n. 93/98, de 5 Fevereiro Proteco no Desemprego dos ex-trabalhadores do sector aduaneiro.

Despacho n. 332/97, publicado no D.R., 2 Srie, de 13 de Maio Alarga o regime estabelecido no Despacho 8/SESS/86 aos deficientes militares que recebam penses de invalidez atribudas em consequncia da reduo ou perda da capacidade de ganho ocorrida no cumprimento do servio militar obrigatrio.

Despacho n. 8/SESS/96 Equipara a penso de aposentao por incapacidade dos deficientes das Foras Armadas penso de acidente de trabalho.

Decreto-Lei n. 46/93, de 20 de Fevereiro Proteco no desemprego nas situaes em que o beneficirio tambm trabalhou no estrangeiro.

Regulamento (CEE) n. 1408/71 (art.s 67 a 71) e Regulamento (CEE) n. 574/72 (art.s 80 a 84) Legislao comunitria sobre proteco no desemprego (ainda aplicveis aos beneficirios que trabalham na Islndia, Noruega, Listenstaina ou Suia).

E2 GlossrioData do desemprego Dia imediatamente a seguir quele em que o contrato de trabalho terminou.

Desemprego involuntrio Situao de fim do contrato de trabalho por: Iniciativa do empregador Fim do contrato quando no implica que o trabalhador passe a receber uma penso Fim do contrato por justa causa por iniciativa do trabalhador Acordo de revogao (cessao do contrato por mtuo acordo) entre a empresa e o trabalhador, por motivo de reestruturao, viabilizao ou recuperao da empresa ou por esta se encontrar em situao econmica difcil.

ISS, I.P.

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Quando o trabalhador foi reformado por invalidez, mas considerado apto para o trabalho nos exames de reviso da incapacidade.

Desempregado de longa durao Pessoa que est inscrita no Centro de Emprego h mais de 12 meses, como desempregado.

Emprego conveniente o emprego que, cumulativamente: Cumpre as remuneraes mnimas e outras condies previstas na lei; Consiste em tarefas que possam ser realizadas pelo beneficirio, tendo em conta as suas aptides fsicas, nvel de escolaridade e formao profissional. Pode ser num sector de actividade diferente do anterior emprego do trabalhador; Garante uma remunerao ilquida (antes dos descontos) igual ou superior ao valor da prestao de desemprego.

Se a oferta de emprego for feita: Durante os primeiros doze meses de concesso do subsdio A partir do 13. ms de concesso do subsdio

A remunerao oferecida, antes dos descontos, deve ser igual ou superior ao: Subsdio de desemprego + 10% Subsdio de desemprego

Nota: sempre considerado emprego conveniente aquele que garanta uma remunerao ilquida (antes dos descontos) igual ou superior ao valor quela que recebia no emprego imediatamente anterior.

Assegure que o valor das despesas de deslocao entre a sua casa e o local de emprego (nos transportes colectivos) cumpra uma das seguintes condies: No sejam superiores a 10% da sua remunerao mensal ilquida a auferir (por exemplo, se vai ganhar 700,00, no pode gastar mais de 70,00 em deslocaes) ou No ultrapasse as despesas de deslocao que tinha no anterior emprego, desde que a remunerao ilquida oferecida seja igual ou superior auferida no emprego imediatamente anterior ou O empregador suporte as despesas com a deslocao ou assegure gratuitamente o transporte.

Garanta que o tempo mdio de deslocao de casa ao emprego No seja maior do que 25% das horas de trabalho dirio (por exemplo, se trabalhar 8 horas no pode demorar mais de 2 horas para ir e vir do emprego). No seja maior do que 20% das horas de trabalho dirio quando tem filhos menores ou outros dependentes a cargo (por exemplo, se trabalhar 8 horas no pode demorar

ISS, I.P.

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mais de 1h36m para ir e vir do emprego). Se for maior do que 25% das horas de trabalho dirio, tem de ser igual ou inferior ao do emprego anterior.

Plano Pessoal de Emprego Plano definido pelo beneficirio e o Centro de Emprego em que se estabelece: as aces para a procura de emprego as exigncias mnimas na procura activa de emprego outras aces de acompanhamento e avaliao

Tem incio quando o beneficirio aceita e assina o Plano juntamente com o Centro de Emprego. Pode ser reformulado por iniciativa do Centro de Emprego. Termina quando: o beneficirio encontra emprego a inscrio no centro de emprego anulada.

Prazo de garantia o perodo mnimo de trabalho com descontos para a Segurana Social que necessrio para ter acesso a um subsdio.

Remunerao de referncia Neste caso, quanto a entidade empregadora declarou Segurana Social que lhe pagou em mdia por dia nos primeiros 12 meses dos ltimos 14 (a contar do ms anterior quele em que ficou desemprego).

Trabalho socialmente necessrio Actividades com fins sociais e de interesse colectivo promovidas por entidades sem fins lucrativos. As pessoas que esto a receber subsdio de desemprego podem ser chamadas pelo Centro de Emprego para realizar este tipo de trabalho.

Valor lquido da remunerao de referncia Remunerao de referncia menos os descontos para a Segurana Social e o IRS.

Cessao por mtuo acordo. Consideram-se como desemprego involuntrio as situaes de cessao do contrato de trabalho por mtuo acordo que se integrem num processo de reduo de trabalhadores, quer por motivo de reestruturao, viabilizao ou recuperao da empresa, quer ainda por a empresa se encontrar em situao econmica difcil, independentemente da sua dimenso.

Neste mbito, consideram-se as cessaes de contratos de trabalho por acordo promovidas por empresas:

ISS, I.P.

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Em processo especial de recuperao, previsto no Cdigo da Insolvncia e Recuperao da Empresa ou em procedimento extra-judicial de conciliao; Declaradas em situao econmica difcil nos termos do D.L. 353-H/77, de 29-08; Em reestruturao, em sector assim declarado em diploma prprio, nos termos do D.L. 251/86, de 25-08, e n. 1 do art. 5. do D.L. 206/87, de 16-05; Em reestruturao assim declaradas por Despacho do Ministro responsvel pela rea do emprego; Com fundamento em motivos que permitam o recurso ao despedimento colectivo ou extino do posto de trabalho, tendo em conta a dimenso da empresa e o nmero de trabalhadores abrangidos.

Qual o nmero de despedimentos permitidos (quotas definidas) por mtuo acordo Em cada trinio, s so consideradas para efeitos de proteco no desemprego as situaes de cessao do contrato de trabalho por acordo, com fundamento em motivos que permitam o recurso ao despedimento colectivo ou extino do posto de trabalho, nos seguintes termos e com observncia do critrio mais favorvel: At trs trabalhadores ou at 25% do quadro de pessoal - Nas empresas que empreguem at 250 trabalhadores; At 62 trabalhadores ou at 20% do quadro de pessoal, com um limite mximo de 80 trabalhadores - Nas empresas que empreguem mais de 250 trabalhadores.

Os limites referidos so aferidos por referncia aos trs ltimos anos, cuja contagem se inicia na data da cessao do contrato, e pelo nmero de trabalhadores da empresa no ms anterior ao da data do incio do trinio. Os trinios so mveis e no fixos. A data fim do trinio coincide com a data em que ocorre a cessao do contrato de trabalho e a data incio do trinio fixada contando trs anos para trs da data fim do trinio (ver Circular n. 1/2007, da DGSS no seguinte endereo:

http://www.segsocial.pt/preview_documentos.asp?r=14875&m=PDF)

Exemplo: Uma empresa efectua despedimentos, no mbito de uma reestruturao, em 18-12-2009.

A data em que ocorrem as cessaes dos contratos de trabalho por acordo sempre contabilizada como a data fim do trinio. Assim, na situao referida, a data fim do trinio 18-12-2009 e a data incio 19-12-2006, pelo que as quotas so calculadas com base no nmero de trabalhadores da empresa no ms de Novembro de 2006, que o ms anterior ao do incio do trinio. Como se trata de trinios mveis, basta que a cessao de um novo contrato ocorra, por exemplo, em 18-01-2010 para que a data fim do trinio seja 18-01-2010 e a data de incio do trinio seja 19-012007, pelo que o ms relevante para apuramento das quotas Dezembro de 2006 que o ms anterior data de incio do trinio.

ISS, I.P.

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Perguntas Frequentes1. O que que os militares em regime de contrato (RC) ou em regime de voluntariado (RV) tm de fazer para terem direito ao subsdio de desemprego? 2. Um gerente tem direito ao subsdio de desemprego? 3. Se receber subsdio de desemprego durante um curso de formao profissional, tenho direito a menos dias de subsdio de desemprego? 4. Os dias de subsdio de desemprego, contam como dias em que descontei para a Segurana Social? 5. Quando h cessao de um contrato de trabalho, quais so as obrigaes da entidade empregadora e o que acontece se no cumprir? 6. O perodo em que estou a receber subsdio de doena conta para o clculo do subsdio de desemprego? 7. O que acontece se o contrato terminar por mtuo acordo mas a entidade empregadora ultrapassar o nmero de despedimentos permitidos (as quotas definidas)? 8. Quando o despedimento por extino do posto de trabalho o que que as empresas tm de fazer para o trabalhador ter direito ao subsdio de desemprego? 9. Quais as condies especiais que se aplicam aos trabalhadores aduaneiros? 10. Os valores que recebo da Segurana Social a ttulo de subsdio de desemprego devem ser declarados para efeitos de IRS? 11. Exemplos de como se calcula o valor do subsdio de desemprego.

1. O que que os militares em regime de contrato (RC) ou em regime de voluntariado (RV) tm de fazer para terem direito ao subsdio de desemprego? Inscrever-se no centro de emprego da rea onde vive Pedir (no Centro de Emprego ou pela Segurana Social Directa) o subsdio de desemprego, no prazo de 90 dias a contar do dia em que ficou desempregado. Se foi contratado em RC e o contrato tiver durado menos de 6 anos, deve provar que pediu para lhe renovarem o contrato e este no foi renovado, caso a entidade empregadora tenha assinalado o n. 18 do ponto 2.3 da declarao de situao de desemprego Mod RP5044. Os militares tm direito s prestaes de desemprego - subsdio de desemprego ou subsdio social de desemprego inicial - por um perodo igual ao da durao do servio militar, at ao mximo de 30 meses.

2. Um gerente tem direito ao subsdio de desemprego? R: No. No entanto se data da nomeao, j pertencia ao quadro da empresa onde foi nomeado gerente como trabalhador contratado h pelo menos um ano e enquadrado no regime geral de segurana social dos trabalhadores por conta de outrem pode ter direito ao subsdio de desemprego se renunciar gerncia ou for destitudo dessas funes e, posteriormente, o contrato de trabalho cessar de forma involuntria e se satisfizer as demais condies de atribuio. Se foi, desde o incio, gerente (scio ou no), no tem direito ao subsdio de desemprego.

ISS, I.P.

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Estas regras aplicam-se aos administradores, directores e gerentes das empresas (os chamados membros dos rgos estatutrios). 3. Se receber subsdio de desemprego durante um curso de formao profissional, tenho direito a menos dias de subsdio de desemprego? R: Podemos considerar 3 hipteses Hiptese 1: Se durante o curso de formao no receber qualquer valor a ttulo de bolsa de formao continua a receber o subsdio de desemprego durante o perodo de durao do curso, no havendo alterao do perodo de concesso do subsdio de desemprego.

Hiptese 2: Se receber uma bolsa de formao e o valor da bolsa for igual ou superior ao valor do subsdio, h lugar suspenso total do valor do subsdio de desemprego durante o perodo de durao do curso de formao, retomando o subsdio de desemprego aps o termo do curso de formao e pelo perodo que faltava aquando do incio do curso.

Hiptese 3: Se o valor da bolsa de formao for inferior ao valor do subsdio de desemprego, h lugar suspenso parcial do subsdio de desemprego, ou seja, o beneficirio, durante o perodo de durao do curso de formao, recebe a diferena entre o valor do subsdio e o valor da bolsa. O perodo de concesso do subsdio de desemprego a que o beneficirio teria direito aps o termo do curso de formao reduzido em funo dos valores das prestaes parciais de desemprego pagas durante a frequncia do curso.

Por exemplo: Um beneficirio, que recebia 20 euros dirios de subsdio de desemprego, passou a receber 5 euros dirios de subsdio por ter ido frequentar um curso de formao profissional, durante 120 dias, em que lhe foi paga uma bolsa com o valor dirio de 15 euros. Assim, dado que durante o perodo de durao do curso de formao recebeu 600 euros (120x5) de subsdio de desemprego, cujo valor corresponde a 30 dias de subsdio (600:20=30), aps o termo do curso de formao so descontados 30 dias no perodo de durao do subsdio que faltava aquando do incio do curso de formao.

4. Os dias de subsdio de desemprego, contam como dias em que descontei para a Segurana Social? R: Sim. Os dias em que est a receber subsdio de desemprego tambm contam como dias em que descontou para a Segurana Social. Durante esse perodo, assume-se que os seus rendimentos so iguais ao valor da remunerao de referncia. No caso dos ex-pensionistas de invalidez, assume-se que os seus rendimentos so iguais ao valor do subsdio de desemprego.

ISS, I.P.

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No caso de estar a frequentar um curso de formao profissional cuja bolsa inferior ao valor da remunerao de referncia, assume-se que os rendimentos so iguais remunerao de referncia menos o valor da bolsa. Ateno: Estes perodos de registo de remuneraes por equivalncia entrada de contribuies quando est a receber subsdio de desemprego no contam para o prazo de garantia quando pedir novo subsdio de desemprego.

5. Quando h cessao de um contrato de trabalho, quais so as obrigaes da entidade empregadora e o que acontece se no cumprir? R: Ao terminar o contrato de trabalho, tem de entregar ao trabalhador a declarao comprovativa da situao de desemprego devidamente preenchida (no prazo de 5 dias a contar da data em que o trabalhador as pedir). Se no cumprir esta obrigao, pode pagar uma multa de 250,00 a 2.000,00 (ou metade destes valores se for uma empresa com 5 ou menos trabalhadores).

6. O perodo em que estou a receber subsdio de doena conta para o clculo do subsdio de desemprego? R: Os dias em que est a receber subsdio de doena tambm contam como dias em que descontou para a Segurana Social. Durante esse perodo, assume-se que os seus rendimentos so iguais ao valor da remunerao de referncia. No entanto, se a baixa se verificar durante o contrato de trabalho e se entretanto ocorreu uma situao de desemprego e a baixa se prolongar por mais de 30 dias, tem de ser comunicada Segurana Social e confirmada pelo Sistema de Verificao de Incapacidades para que lhe seja suspenso o prazo de 90 dias que tm para requerer o subsdio de desemprego, caso contrrio, retoma-se a contagem dos 90 dias do prazo a partir do 31. dia de doena.

7. O que acontece se o contrato terminar por mtuo acordo mas a entidade empregadora ultrapassar o nmero de despedimentos permitidos (as quotas definidas)? R: O trabalhador tem mesma direito ao subsdio de desemprego (ou ao subsdio social de desemprego inicial) mas a entidade empregadora obrigada a pagar Segurana Social o valor total do subsdio referente ao perodo inicial da prestao de desemprego.

8. Quando o despedimento por extino do posto de trabalho o que que as empresas tm de fazer para o trabalhador ter direito ao subsdio de desemprego? R: As empresas, depois de cumpridos os procedimentos previstos no Cdigo de Trabalho, devem tambm preencher a Declarao de Situao de Desemprego (DSD) - (RP5044), e no ponto 2.3. Motivos de cessao do contrato de trabalho, da Iniciativa do empregador assinalar o campo 3. Caso haja dvidas, quanto a legalidade do despedimento, os Centros Distritais informam os trabalhadores, que devero declarar por escrito, que no houve acordo entre eles e a empresa e que o despedimento foi involuntrio.

ISS, I.P.

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Nas referidas situaes em que se suscitem dvidas do os Centros Distritais conhecimento das mesmas Autoridade para as Condies de Trabalho para procederem a averiguaes.

9. Quais as condies especiais que se aplicam aos trabalhadores aduaneiros? R: Existem condies especiais de acesso s prestaes de desemprego que se aplicam aos trabalhadores aduaneiros que: iniciaram actividade profissional antes de 1 de Janeiro de 1987 encontravam-se no activo em 1 de Dezembro de 1992 ficaram desempregados at 30 de Junho de 1998, inclusive.

Foi-lhes garantido um regime especial de proteco no desemprego, devido especificidade da profisso de despachante oficial e dificuldade que teriam em se inserir no mercado de trabalho depois da abolio das fronteiras fiscais no interior da Comunidade Europeia. Quando o subsdio de desemprego termina, passam a ter direito ao subsdio social de desemprego subsequente (se cumprirem a condio de recursos) ou a uma prestao compensatria (tambm sujeita a condies de recursos), que se prolonga at terem novamente direito ao subsdio de desemprego. Caso no tenham direito a subsdio social de desemprego subsequente, tm direito a compensao remuneratria nos 6 meses que antecedem a mudana de escalo (este regime especial para os trabalhadores aduaneiros funciona por escales de idade). Esses 6 meses funcionam como prazo de garantia para um novo subsdio de desemprego. O valor do subsdio de desemprego igual ao do subsdio de desemprego inicial. A prestao compensatria tem o mesmo valor que o subsdio social de desemprego: 100% do IAS ( 419,22) se tiver agregado familiar. 80% do IAS ( 335,38) se o beneficirio viver sozinho.

10. Os valores que recebo da Segurana Social a ttulo de subsdio de desemprego devem ser declarados para efeitos de IRS? R: No, no necessita de declarar, para efeito de IRS, os valores recebidos a ttulo de subsdio de desemprego.

11. Exemplos de como se calcula o valor do subsdio de desemprego. Para se encontrar o valor do Subsdio de Desemprego necessrio fazer os clculo em duas fases distintas:

1. Fase 1. Passo Encontrar o total de remuneraes declaradas dos primeiros 12 meses dos ltimos 14 a contar do ms anterior quele em que o beneficirio ficou desempregado, acrescido dos

ISS, I.P.

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subsdios de frias e de Natal declarados e devidos durante estes 12 meses (no mximo, um subsdio de frias e um subsdio de Natal).

2. Passo Encontrar a remunerao de referncia que vai servir de base para clculo do Subsdio de Desemprego RR= R/12

3. Passo Calcular valor mensal do Subsdio de Desemprego A regra geral para clculo do Subsdio de Desemprego 65% da RR [n. 1 do art. 28. do Dec. Lei 220/2006], sendo calculado na base de 30 dias por ms, logo: Valor do subsdio de Desemprego = 65% X RR

4. Passo Calcular o valor lquido da remunerao de referncia VLRR = O valor lquido da remunerao de referncia obtm-se pela deduo remunerao de referncia ilquida do valor da taxa contributiva para segurana social a cargo do trabalhador e da taxa de reteno do IRS.

5. Passo Calcular 75% do valor lquido da remunerao de referncia 0,75 X VLRR.

2. Fase Verificar os limites ao valor do Subsdio de Desemprego O valor do subsdio de desemprego no pode: 1. ser superior ao triplo do IAS ( 1.257,66), nem inferior ao IAS ( 419,22); 2. ser superior a 75% da remunerao lquida de referncia que lhe serviu de clculo, sem prejuzo da garantia do montante mnimo do IAS ou do valor lquido da remunerao de referncia se esta remunerao for inferior ao IAS; 3. em nenhuma circunstncia, ser superior ao valor lquido da remunerao de referncia que lhe serviu de clculo;

Exemplos de clculos Exemplo 1 Um beneficirio com retribuio mensal de 300,00

1. Passo Encontrar o total de remuneraes declaradas dos primeiros 12 meses dos ltimos 14 a contar do ms anterior quele em que o beneficirio ficou desempregado, acrescido dos subsdios de frias e

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de Natal declarados e devidos durante estes 12 meses (no mximo, um subsdio de frias e um subsdio de Natal).

Multiplica-se o valor das remuneraes declaradas por 14 14 X 300,00 = 4.200,00

2. Passo Encontrar a remunerao de referncia que vai servir de base para clculo do Subsdio de Desemprego. Divide-se o total das remuneraes por 12. RR= R/12 RR = 4.200,00/12 = 350,00

3. Passo Calcular valor mensal do Subsdio de Desemprego Multiplica-se o valor da remunerao de referncia por 0,65 Valor do subsdio de Desemprego = 65% X 350,00 = 227,50

4. Passo Calcular o valor lquido da remunerao de referncia O valor lquido da remunerao de referncia obtm-se pela deduo remunerao de referncia ilquida do valor da taxa contributiva para segurana social a cargo do trabalhador e da taxa de reteno do IRS (neste exemplo para uma remunerao de referncia de 350,00, no se aplica taxa de IRS, s taxa de 11% para a Segurana Social). VLRR = 350,00 - 38,50 = 311, 50

5. Passo Calcular 75% do valor lquido da remunerao de referncia VLRR X 0,75 = 311,50 X 0,75 = 233,63.

6. Passo Verificar os limites ao valor do Subsdio de Desemprego 1. Valor mnimo do IAS = 419,22 2. Valor mximo do IAS = 1.257,66 3. Valor do Subsdio de Desemprego = 227,50 4. VLRR = 311, 50 5. 0,75% do VLRR = 233,63. Resposta: Como o valor calculado para o subsdio de desemprego 227,50, inferior ao IAS, o beneficirio teria, partida, direito a um subsdio de desemprego de valor igual ao IAS ( 419,22). Mas, como o valor do subsdio de desemprego nunca pode ser superior ao valor lquido da remunerao de referncia, o valor do subsdio de desemprego de 311,50.

ISS, I.P.

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Exemplo 2 Um beneficirio com retribuio mensal de 475,00 1. Passo Encontrar o total de remuneraes declaradas dos primeiros 12 meses dos ltimos 14 a contar do ms anterior quele em que o beneficirio ficou desempregado, acrescido dos subsdios de frias e de Natal declarados e devidos durante estes 12 meses (no mximo, um subsdio de frias e um subsdio de Natal). Multiplica-se o valor das remuneraes declaradas por 14 14 X 475,00= 6.650,00

2. Passo Encontrar a remunerao de referncia que vai servir de base para clculo do Subsdio de Desemprego. Divide-se o total das remuneraes por 12. RR= R/12 RR = 6.650,00/12 = 554,17

3. Passo Calcular valor mensal do Subsdio de Desemprego Multiplica-se o valor da remunerao de referncia por 0,65 Valor do subsdio de Desemprego = 65% X 554,17 = 360,21

4. Passo Calcular o valor lquido da remunerao de referncia O valor lquido da remunerao de referncia obtm-se pela deduo remunerao de referncia ilquida do valor da taxa contributiva para segurana social a cargo do trabalhador e da taxa de reteno do IRS (neste exemplo para uma remunerao de referncia de 554,17, no se aplica taxa de IRS, s taxa de 11% para a Segurana Social). VLRR = 554,17- 60,96 = 493,21

5. Passo Calcular 75% do valor lquido da remunerao de referncia VLRR X 0,75 = 493,21 X 0,75 = 369,91

6. Passo Verificar os limites ao valor do Subsdio de Desemprego 1. Valor mnimo do IAS = 419,22 2. Valor mximo do IAS = 1.257,66 3. Valor do Subsdio de Desemprego = 360,21 4. VLRR = 493,21 5. 0,75% do VLRR = 369,91

ISS, I.P.

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Resposta: Como o valor do subsdio de desemprego 360,21, inferior ao IAS, mas o valor lquido da remunerao de referncia - 493,21 - superior quele valor, o beneficirio tem direito a um subsdio de desemprego de valor igual ao IAS ( 419,22). Nestas situaes, no se aplica o limite de 75% do valor lquido da remunerao de referncia porque o seu valor inferior ao valor do IAS.

Exemplo 3 Um beneficirio com retribuio mensal de 550,00

1. Passo Encontrar o total de remuneraes declaradas dos primeiros 12 meses dos ltimos 14 a contar do ms anterior quele em que o beneficirio ficou desempregado, acrescido dos subsdios de frias e de Natal declarados e devidos durante estes 12 meses (no mximo, um subsdio de frias e um subsdio de Natal).

Multiplica-se o valor das remuneraes declaradas por 14 14 X 550,00= 7.700,00

2. Passo Encontrar a remunerao de referncia que vai servir de base para clculo do Subsdio de Desemprego. Divide-se o total das remuneraes por 12. RR= R/12 RR = 7.700,00/12 = 641,67

3. Passo Calcular valor mensal do Subsdio de Desemprego Multiplica-se o valor da remunerao de referncia por 0,65 Valor do subsdio de Desemprego = 65% X 641,67 = 417,08

4. Passo Calcular o valor lquido da remunerao de referncia O valor lquido da remunerao de referncia obtm-se pela deduo remunerao de referncia ilquida do valor da taxa contributiva para segurana social a cargo do trabalhador e da taxa de reteno do IRS (neste exemplo e no pressuposto que o benefecirio solteiro sem filhos, para uma remunerao de referncia de 641,67, aplica-se uma taxa de 4% de IRS). VLRR = 641,67- ( 25,67 + 70,58) = 545,42

5. Passo Calcular 75% do valor lquido da remunerao de referncia VLRR X 0,75 = 545,42 X 0,75 = 409,06

ISS, I.P.

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6. Passo Verificar os limites ao valor do Subsdio de Desemprego 1. Valor mnimo do IAS = 419,22 2. Valor mximo do IAS = 1.257,66 3. Valor do Subsdio de Desemprego = 417,10 4. VLRR = 545,42 5. 0,75% do VLRR = 409,06.

Resposta: Como o valor calculado para o subsdio de desemprego 417,10, inferior ao IAS ( 419,22), e o valor lquido da remunerao de referncia 545,42, superior quele valor, o beneficirio tem direito a um subsdio de desemprego de valor igual ao IAS ( 419,22). Nestas situaes, tambm no se aplica o limite de 75%, uma vez que o seu valor inferior ao valor do IAS.

Exemplo 4 Um beneficirio com retribuio mensal de 800,00 1. Passo Encontrar o total de remuneraes declaradas dos primeiros 12 meses dos ltimos 14 a contar do ms anterior quele em que o beneficirio ficou desempregado, acrescido dos subsdios de frias e de Natal declarados e devidos durante estes 12 meses (no mximo, um subsdio de frias e um subsdio de Natal).

Multiplica-se o valor das remuneraes declaradas por 14 14 X 800,00= 11.200,00

2. Passo Encontrar a remunerao de referncia que vai servir de base para clculo do Subsdio de Desemprego. Divide-se o total das remuneraes por 12. RR= R/12 RR = 11.200,00/12 = 933,33

3. Passo Calcular valor mensal do Subsdio de Desemprego

Multiplica-se o valor da remunerao de referncia por 0,65 Valor do subsdio de Desemprego = 65% X 933,33 = 606,66 4. Passo Calcular o valor lquido da remunerao de referncia O valor lquido da remunerao de referncia obtm-se pela deduo remunerao de referncia ilquida do valor da taxa contributiva para segurana social a cargo do trabalhador e da taxa de

ISS, I.P.

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reteno do IRS (neste exemplo e no pressuposto que o benefecirio solteiro sem filhos, para uma remunerao de referncia de 933,33, aplica-se uma taxa de 8% de IRS). VLRR = 933,33- ( 74,67 + 102,67) = 756,00

5. Passo Calcular 75% do valor lquido da remunerao de referncia VLRR X 0,75 = 756,00 X 0,75 = 567,00

6. Passo Verificar os limites ao valor do Subsdio de Desemprego 1. Valor mnimo do IAS = 419,22 2. Valor mximo do IAS = 1.257,66 3. Valor do Subsdio de Desemprego = 606,66 4. VLRR = 756,00 5. 0,75% do VLRR = 567,00. Resposta: Como o valor calculado para o subsdio de desemprego ( 606,66) e valor lquido da remunerao de referncia ( 756,00) so superiores ao IAS, o beneficirio teria partida direito ao valor do subsdio de desemprego. No entanto, como o subsdio de desemprego no poder ser superior a 75% do valor lquido da remunerao lquida de referncia, o beneficirio tem direito a um subsdio de desemprego no valor de 567,00.

Exemplo 5 Um beneficirio com retribuio mensal de 2.000,00 1. Passo Encontrar o total de remuneraes declaradas dos primeiros 12 meses dos ltimos 14 a contar do ms anterior quele em que o beneficirio ficou desempregado, acrescido dos subsdios de frias e de Natal declarados e devidos durante estes 12 meses (no mximo, um subsdio de frias e um subsdio de Natal).

Multiplica-se o valor das remuneraes declaradas por 14 14 X 2.000,00= 28.000,00

2. Passo Encontrar a remunerao de referncia que vai servir de base para clculo do Subsdio de Desemprego. Divide-se o total das remuneraes por 12. RR= R/12 RR = 28.000,00/12 = 2.333,33

3. Passo Calcular valor mensal do Subsdio de Desemprego

ISS, I.P.

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Multiplica-se o valor da remunerao de referncia por 0,65 Valor do subsdio de Desemprego = 65% X 2.333,33 = 1.516,66

4. Passo Calcular o valor lquido da remunerao de referncia O valor lquido da remunerao de referncia obtm-se pela deduo remunerao de referncia ilquida do valor da taxa contributiva para segurana social a cargo do trabalhador e da taxa de reteno do IRS (neste exemplo e no pressuposto que o benefecirio solteiro sem filhos, para uma remunerao de referncia de 2.333,33, aplica-se uma taxa de 21,5% de IRS). VLRR = 2.333,33- ( 256,67 + 501,67) = 1.574,99

5. Passo Calcular 75% do valor lquido da remunerao de referncia VLRR X 0,75 = 1.574,99 X 0,75 = 1.181,24

6. Passo Verificar os limites ao valor do Subsdio de Desemprego 1. Valor mnimo do IAS = 419,22 2. Valor mximo do IAS = 1.257,66 3. Valor do Subsdio de Desemprego = 1.516,66 4. VLRR = 1.574,99 5. 0,75% do VLRR = 1.181,24.

Resposta: Como o valor calculado para o subsdio de desemprego ( 1.516,66), superior ao triplo do IAS, o beneficirio teria, partida, direito ao valor mximo de 3 vezes o IAS ( 1.257,66). No entanto, como o subsdio de desemprego no pode ser superior ao valor lquido da remunerao de referncia nem superior a 75% desse valor ( 1.181,24), o beneficirio tem direito a 1.181,24 de subsdio de desemprego.

Exemplo 6 Um beneficirio com retribuio mensal de 2.400,00 1. Passo Encontrar o total de remuneraes declaradas dos primeiros 12 meses dos ltimos 14 a contar do ms anterior quele em que o beneficirio ficou desempregado, acrescido dos subsdios de frias e de Natal declarados e devidos durante estes 12 meses (no mximo, um subsdio de frias e um subsdio de Natal).

Multiplica-se o valor das remuneraes declaradas por 14 14 X 2.400,00= 33.600,00

ISS, I.P.

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2. Passo Encontrar a remunerao de referncia que vai servir de base para clculo do Subsdio de Desemprego. Divide-se o total das remuneraes por 12. RR= R/12 RR = 33.600,00/12 = 2.800,00

3. Passo Calcular valor mensal do Subsdio de Desemprego Multiplica-se o valor da remunerao de referncia por 0,65 Valor do subsdio de Desemprego = 65% X 2.800,00 = 1.820,00

4. Passo Calcular o valor lquido da remunerao de referncia O valor lquido da remunerao de referncia obtm-se pela deduo remunerao de referncia ilquida do valor da taxa contributiva para segurana social a cargo do trabalhador e da taxa de reteno do IRS (neste exemplo e no pressuposto que o benefecirio solteiro sem filhos, para uma remunerao de referncia de 2.800,00 aplica-se uma taxa de 23,5% de IRS). VLRR = 2.800,00- ( 658,00 + 308,00) = 1.834,00

5. Passo Calcular 75% do valor lquido da remunerao de referncia VLRR X 0,75 = 1.834,00 X 0,75 = 1.375,00

6. Passo Verificar os limites ao valor do Subsdio de Desemprego 6. Valor mnimo do IAS = 419,22 7. Valor mximo do IAS = 1.257,66 8. Valor do Subsdio de Desemprego = 1.820,00 9. VLRR = 1.834,00 10. 0,75% do VLRR = 1.375,50

Resposta: Neste caso, como tanto o valor lquido da remunerao de referncia como 75% desse valor so superiores ao triplo do IAS (valor mximo de subsdio de desemprego), o beneficirio tem direito a 1.257,66. (triplo do IAS), de subsdio de desemprego.

ISS, I.P.

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