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DPOC DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

61495784 Trabalho de Fisiologia II DPOC

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DPOC

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

DPOC

• Doença caracterizada por obstrução progressiva e parcialmente reversível das vias aéreas e diminuição do fluxo aéreo expiratório, podendo ser acompanhada de hiperatividade brônquica.

Pacientes com dpocenfisema e bronquite

DPOC• 1)Bronquite crônica: Caracteriza-se pela presença de tosse e produção de

expectoração por pelo menos 3 meses em cada um de 2 anos consecutivos, não resultando de outra causa aparente;

2)Enfisema: Caracteriza-se por aumento anormal dos espaços

aéreos distais ao bronquíolo terminal, acompanhado por alterações destrutivas das paredes alveolares.

Epidemiologia• Predomínio nos homens;

• Incidência aumenta com a progressão da idade;

• Tendência de diminuir a mortalidade por DCV, observa-se o contrário no DPOC;

• 6º causa de morte no Brasil e a 3º causa de internação hospitalar;

Fatores de Risco

• TABAGISMO;

• Poluição atmosférica;

• Exposição ocupacional;

• Infecções;• Alcoolismo;

• História familiar enfisema por deficiência de alfa-1-antitripsina;

Fisiopatologia• Obstrução vias aéreas (hipersecreção / obstrução

pequenas vias aéreas).• Destruição parênquima.• Anomalias vasculares pulmonares (espessamento

vasos).

HIPOXEMIA/HIPERCAPNIA

HIPERTENSÃO PULMONAR COR PULMONALE

Enfisema Bronquite Crônica

Perda da retração eslática

Colapso das viasrespiratórias

Secreção Edema

tônus musculaturalisa

OBSTRUÇÃO BRÔQUICA

FLUXO EXPIRATÓRIO

Tipo patológico - Enfisema• Centro-acinar: a destruição do parênquima localiza-se na região

central do ácino ou lóbulo pulmonar; relacionado ao tabagismo ( mais comum); predomina nos lobos superiores;

• Pan acinar: destruição uniforme de todo o lóbulo, acompanhado de

fenômenos obstrutivos e aumento volumétrico do pulmão;

Deficiência genética de alfa-1-antitripsina;

enfisema

Enfisema proteolítico

• Deficiência de alfa-1-antitripsina;• 3% dos portadores de enfisema possuem essa deficiência;• Indivíduos com idade <55anos;• História marcante familiar;• Sem relação com o tabagismo;

Quadro clínico

Tosse

Expectoração

Dispnéia

Exame físico

• Pletora facial;• Tórax em tonel;• Edema de MMII, turgência jugular;• Prolongamento da fase expiratória;• Contração da musculatura abdominal na

expiração;

Pink Puffers

• Longilíneo;• Fácies angustiada;• Magro;• Tórax em tonel;• Dispnéia expiratória;• Sem sinais de cor

pulmonale e hipóxia significativa;

• MV;

Blue Bloater

• Brevilíneo;• Obesos;• Pletora facial;• Respiração ruidosa com estertores;• Hipoxemia;• Cor pulmonale;

Diagnóstico

• Clínico:

Tosse crônica + expectoração + dispnéia + história de exposição aos fatores de risco.

• Exames complementares:

GASOMETRIA ARTERIAL -hipóxia (desequilíbrio da V/Q);

- hipercapnia (aumento da PaCO2);

- de - - de HCO2 (insuf. resp. crônica)

Raio-X de tórax

• RAIO X

• Permite caracterizar a presença de:

• ENFISEMA - hiperinsuflação pulmonar, hipertransparência, bolhas de enfisema.

• BRONQUITE CRÔNICA: - espessamento de paredes brônquicas e infiltração ao longo de feixes broncovasculares.

.

Raio-X de tórax

• Bronquítico Crônico

Normal;

Reforço da trama broncovascular;

Imagens tubulares principalmente nas regiões hilobasais;

Discreta insuflação pulmonar;

Espirometria

• Padrão-ouro (diagnóstico e estadiamento);• Padrão obstrutivo:

A espirometria também é utilizada para avaliar a gravidade

da obstrução das vias aéreas e para monitorizar o tratamento. O fluxo expiratório máximo (a velocidade máxima com que o ar é expirado) pode ser medido com o auxílio de um medidor de fluxo máximo portátil. Esse teste é utilizado para a monitorização domiciliar da gravidade. Geralmente, as velocidades do fluxo máximo são menores entre 4 e 6 horas da manhã e maiores às 4 horas da tarde..

Pulmão normal X fumante

ECG

• Alterações de cor pulmonale:

#onda p alta e pontiaguda; #desvio do eixo para direita; #BRD; #arritmias;

Outros exames complementares

• Hemograma: policitemia;• Gasometria arterial:

♦Hipoxemia e hipercapnia;

♦Acidose respiratória crônica com aumento compensatório do bicarbonato;

• TC:

útil para o diagnóstico diferencial;

Complicações

• Infecção;• Insuficiência respiratória;• Policitemia;• Pneumotórax;• Cor pulmonale;

Diagnóstico diferencial

• Asma;• Insuficiência cardíaca;• Bronquiectasia;• TB;

Diagnóstico diferencial entre asma e dpoc

• Dpoc Asma

• -início da meia idade Início precoce(frequentemente • -progressão lenta na infância)• dos sintomas Sintomas matinais e noturnos.• -história de tabagismo Alergia, rinite alérgica• longo prazo História familiar de asma• Dispnéia durante o Grande parte reversível• Exercício• Grande parte irreversível.

Cianose por hipoxia

Reabilitação respiratória

Tratamento

• Objetivos:

1)Prevenir a progressão da doença;

2)Aliviar os sintomas;

3)Melhorar a condição da saúde;

4)Prevenir e tratar as complicações e exacerbações.

Tratamento

• Varia de acordo com a gravidade da doença ( sintomas, limitação do fluxo aéreo, frequência e gravidade das exacerbações, complicações, as comorbidades);

• Medidas educacionais;• Broncodilatadores;• Corticóides;• Oxigenioterapia;• Transplante de pulmão;• Cirurgia redutora pulmonar

• Redução dos fatores de risco ( TABAGISMO );• Dieta pobre em carboidrato;• Protetor de mucosa gástrica;• Exercícios físicos;• Fisioterapia respiratória;• Vacinas;

Tratamento

Broncodilatadores

• Principal terapia no tratamento de manutenção do DPOC;

• Preferência pela via inalatória;• A combinação de drogas com diferentes

mecanismos e duração de ação pode aumentar a eficácia e diminuir a incidência dos efeitos colaterais;

Beta-2-agonista MetilxantinasAnticolinérgicos

Beta-2-agonistas• Liga ao receptor beta 2 da célula ativação da

adeniciclase conversão do ATP em AMPc através da proteína cinase A reduz o tônus muscular;

• VEF1s, capacidade inspiratória, volume residual Dispnéia e na tolerância das atividades físicas;

Curta ação Longa ação

Início de ação quase imediato;

Duração: 4-6h;

Posologia: até 4 vezes/dia;

Alívio sintomático;

Duração: 8-12h;

2vezes/dia;

Profilaxia no controle da doença;

Fenoterol(Berotec) Salbutamol

(Aerolin)

Terbutalina(Brycanil)

Salmeterol

Formoterol(Foradil)

Anticolinérgicos

• Bloqueio dos receptores colinérgicos inibindo a broncoconstrição reflexa colinérgica BRONCODILATAÇÃO;

Brometo de ipratrópio (Atrovent)

Pico de ação:30-90 min;Duração:4-6h;

Brometo de tiotrópio (Spiriva)

Duração: 24h;

Metilxantinas

• Broncodilatadores adicionais no DPOC, porém menos eficazes e com a desvantagem de agir mais lentamente;

• Inibem a fosfodiesterase com subseqüente aumento da concentração de AMPc intracelular e relaxando a musculatura lisa brônquica;

Metilxantinas

• Efeitos colaterais:Sintomas GI;

Cefaléia;

Insônia;

Arritmias;

Convulsões;

Teofilina

Duração de ação: 12h;

Aminofilina

Duração de ação: 6h

Corticóides

• Indicações:

Melhora sintomática e uma resposta espirométrica documentada aos corticóides inalados;

Estádio IIb e exarcebações repetidas;

Agudizações do DPOC;

• Uso inalatório é superior ao sistêmico;• Podem aliviar os sintomas, mas não modifica o

declínio a longo prazo no VEF1s;

Oxigênio

• PaO2 < 55 mmHg ou SaO2<88;• 55 mmHg < PaO2 < 60mmHg ou SaO2 >

88mmHg e evidência de hipertensão pulmonar, ICC ou eritrocitose;

• Fluxo deve ser no máximo 1-2l/min;

O objetivo da oxigenoterapia a longo prazo é aumentar a condição de base da PaO2 para pelo menos 60mmHg e/ou produzir SaO2 em pelo menos 90%. O que preservará a função vital do órgão.

Exacerbações do DPOC

• Etiologia:

Infecção respiratória (H. influenzae, S. pneumoniae, M. catarrhalis);

Hiperreatividade brônquica;

Drogas depressoras do centro respiratório;

ICC...

Tratamento domiciliar• Broncodilatadores: dose e/ou frequência da

terapia;

• Corticóides: ♦Prednisona;

• Antibióticos: ♦ tosse, dispnéia;

♦ do volume da expectoração e alteração na cor;

◊Opções: Amoxicilina-clavulanato, cefalosporina de 2º ou 3º geração, macrolídio, quinolonas respiratórias;

• Oxigênio: manter SaO2 entre 90-92%;

Conclusão• O DPOC consiste em uma doença que leva à obstrução

progressiva e parcialmente reversível das vias aéreas e diminuição do fluxo aéreo expiratório, podendo ser acompanhada de hiperatividade brônquica.

• Corresponde a 6º causa de morte no Brasil e a 3º causa de internação hospitalar.

• Sua incidência vem crescendo na população feminina e se não forem implantadas novas medidas anti-tabagismo a taxa de mortalidade por DPOC só aumentará nos próximos anos.

• A forma mais fácil de prevenção é a abstenção do tabaco e por isso faz-se necessário a implementação de MEDIDAS anti-tabaco em todo o mundo, principalmente na população adolescente e adultos-jovens.