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CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE PÚBLICA EM EXERCÍCIOS – MPU PROFESSOR: DEUSVALDO CARVALHO www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 04: BALANÇOS FINANCEIRO E PATRIMONIAL Prezado(a) estudante! Você deve ter percebido na AULA ZERO, ao estudar o Balanço Orçamentário, que o assunto balanços públicos não apresenta tanta dificuldade. Temos observado que geralmente as organizadoras de concursos abordam questões nas quais exigem conhecimentos superficiais e às vezes apenas de raciocínio lógico ou literalidade da Lei 4.320/64. Atenção! Para este certame do MPU vamos trabalhar o conteúdo dos balanços públicos conforme apresentados na Lei nº 4.320/64. Isso porque as novas regras e modelos de demonstrações contábeis serão exigidos somente a partir de 2012 para a União. Porém, irei incluir o novo modelo de Balanço Orçamentário para fins de conhecimento. Depois de publicado o edital, caso sejam incluídas as exigência das novas regras do Manual de Contabilidade Pública elaborado pela STN, incluiremos uma aula extra abordando o assunto conforme as novas regras. Amigo concursando, o assunto balanços públicos, pelo menos para fins de concursos, parece, mas não é difícil. Tenho certeza de que se você estudar com atenção fará uma boa prova. Como sempre digo, fique tranqüilo porque os balanços públicos parecem, mas não são “bichos de sete cabeças”. Às vezes apenas impressionam pela grandeza dos números, porém, tenho observado que a maioria dos dados inseridos nas questões não são utilizados para os cálculos do que se pede. Um candidato que conhece razoavelmente a estrutura e a forma de apurar resultados dos demonstrativos contábeis acerta questões que muitos desistiriam impressionados pelo tamanho ou grandeza dos números. Portanto, estude com calma porque um razoável conhecimento sobre a matéria será suficiente para que você realize uma boa prova. Nesta aula abordaremos o seguinte tópico: Aula 04 Balanços Financeiro e Patrimonial. Atenção! No fim desta nota de aula estamos apresentando a lista com todos os exercícios nela comentados, para que o aluno, a seu critério,

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AULA 04: BALANÇOS FINANCEIRO E PATRIMONIAL

Prezado(a) estudante!

Você deve ter percebido na AULA ZERO, ao estudar o Balanço Orçamentário, que o assunto balanços públicos não apresenta tanta dificuldade.

Temos observado que geralmente as organizadoras de concursos abordam questões nas quais exigem conhecimentos superficiais e às vezes apenas de raciocínio lógico ou literalidade da Lei 4.320/64. Atenção! Para este certame do MPU vamos trabalhar o conteúdo dos balanços públicos conforme apresentados na Lei nº 4.320/64. Isso porque as novas regras e modelos de demonstrações contábeis serão exigidos somente a partir de 2012 para a União. Porém, irei incluir o novo modelo de Balanço Orçamentário para fins de conhecimento. Depois de publicado o edital, caso sejam incluídas as exigência das novas regras do Manual de Contabilidade Pública elaborado pela STN, incluiremos uma aula extra abordando o assunto conforme as novas regras. Amigo concursando, o assunto balanços públicos, pelo menos para fins de concursos, parece, mas não é difícil. Tenho certeza de que se você estudar com atenção fará uma boa prova.

Como sempre digo, fique tranqüilo porque os balanços públicos parecem, mas não são “bichos de sete cabeças”. Às vezes apenas impressionam pela grandeza dos números, porém, tenho observado que a maioria dos dados inseridos nas questões não são utilizados para os cálculos do que se pede. Um candidato que conhece razoavelmente a estrutura e a forma de apurar resultados dos demonstrativos contábeis acerta questões que muitos desistiriam impressionados pelo tamanho ou grandeza dos números.

Portanto, estude com calma porque um razoável conhecimento sobre a matéria será suficiente para que você realize uma boa prova.

Nesta aula abordaremos o seguinte tópico:

Aula 04 Balanços Financeiro e Patrimonial.

Atenção! No fim desta nota de aula estamos apresentando a lista com todos os exercícios nela comentados, para que o aluno, a seu critério,

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os resolva antes de ver o gabarito e ler os comentários correspondentes.

Atenção! Nesta aula inserimos questões de concursos elaborados por outras instituições além da FCC, porém, só aquelas que consideramos ser de “boa qualidade” para o seu aprendizado. O mais importante é contemplarmos todos os tópicos com questões de concursos. Reflexão! "A amizade deveria ser algo completamente sem interesses, como nossos olhos. Eles piscam juntos, eles se movem juntos, eles choram juntos, eles vêem coisas juntos e eles dormem juntos, embora eles nunca vejam um ao outro estão sempre juntos..." (Fernando Toscano, "adaptado") Nunca deixe que lhe digam Que não vale a pena realizar seu sonho Acredite em seus sonhos e os torne realidade Não dê atenção aos que subjugam seus planos Enfrente as adversidades ou você nunca vai ser alguém.

Bom estudo! 1. BALANÇO FINANCEIRO Segundo a Lei nº 4.320, o balanço financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte (art. 103, da Lei nº 4.320/64). 1.1. INTERPRETAÇÃO DO CONCEITO 1. O balanço financeiro evidencia as receitas e despesas orçamentárias e extra-orçamentárias; 2. Esse demonstrativo é composto de duas sessões, sendo que o lado esquerdo evidencia as receitas e o lado direito, as despesas; 3. No lado esquerdo evidencia-se o saldo proveniente do exercício anterior. No lado direito, o saldo que se transfere para o exercício seguinte, apurado em 31/12, data de encerramento do exercício financeiro. 4. Na União, os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte ficam disponibilizados na conta Única do Tesouro Nacional. 1.2. REGRA IMPORTANTE No balanço financeiro os restos a pagar inscritos no exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua

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inclusão na despesa orçamentária, ou seja, na despesa empenhada (art. 103, parágrafo único da Lei nº 4.320/64). Em realidade o balanço financeiro representa “em tese”, o fluxo de caixa do Ente e de suas entidades. Digo “em tese” porque apesar da denominação “financeiro”, nem sempre o que se classifica nesse demonstrativo significa efetivamente uma entrada ou saída de recursos financeiros (de caixa). Exemplo: no lado das despesas são classificadas todas as empenhadas, mesmo que não tenham sido pagas. No lado das receitas, são classificadas algumas rubricas que efetivamente não são recursos financeiros, a exemplo dos restos a pagar escritos no exercício. Fique atento! No balanço financeiro são registradas todas as entradas e saídas de recursos, seja orçamentários ou extra-orçamentários. O balanço financeiro está dividido, em ingressos e dispêndios de recursos orçamentários e extra-orçamentários. O lado das receitas está representado pelas receitas orçamentárias e os ingressos extra-orçamentários e o saldo disponível apurado no exercício anterior. O lado das despesas está representado pelas despesas orçamentárias (pagas ou não), dispêndios extra-orçamentários e o saldo disponível para o exercício seguinte, apurado em 31/12 (exercício atual). Os ingressos extra-orçamentários estão representados basicamente pelas interferências ativas, restos a pagar, serviço da dívida a pagar, retenções e depósitos de terceiros. Atenção! O saldo da disponibilidade financeira do exercício anterior é receita extra-orçamentária e é classificado no grupo de contas “saldo disponível anterior” – conta Única. No encerramento do exercício financeiro, a despesa orçamentária será considerada a efetivamente empenhada, mesmo que não tenha sido liquidada, mas que tenha sido inscrita em restos a pagar. Exemplo: Despenha fixada $100.000 Despesa empenhada $100.000 Despesa liquidada $60.000 Restos a pagar $40.000 Receita arrecadada $100.000 No BF, quanto deve ser considerado nas receitas e despesas orçamentárias?

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R. $100.000, haja vista que foi arrecadado e empenhado esse valor. Portanto, os $40.000 de restos a pagar são de despesas não liquidadas (restos a pagar não processados). Balanço Financeiro em 31/12 Receitas Despesas Orçamentárias 100.000 Orçamentárias 100.000 Extra-orçamentárias Restos a pagar 40.000 Saldo para o exerc.

Seguinte 40.000

Total 140.000 Total 140.000 Comentários: 1. Observe que o fluxo de caixa, ou seja, a entrada de dinheiro em caixa foi de $ 100.000; 2. A saída de dinheiro do caixa foi de $ 60.000, haja vista a informação de que houve inscrição em restos a pagar de $ 40.000; 3. O valor de $ 40.000 inscrito em restos a pagar encontra-se inserido no total das despesas empenhadas de $ 100.000; 5. O valor de $ 40.000 classificado no lado da receita, no subgrupo receitas extra-orçamentárias é uma técnica contábil para fechamento do balanço financeiro, ou seja, é a aplicação do parágrafo único do art. 103 da lei nº. 4.320/64, no qual estabelece que: Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária. Existe entendimento da STN, conforme mencionado na página 95 da 5ª. Edição do Manual de Elaboração do Anexo de Metas Fiscais e do Relatório Resumido da Execução Orçamentária de que a despesa empenhada e inscrita em restos a pagar é considerada liquidada. Observe o conceito: “Durante o exercício, não deverão ser incluídos os valores das despesas empenhadas que ainda não foram liquidadas. No encerramento do exercício, as despesas empenhadas e ainda não liquidadas deverão ser consideradas como liquidadas, se inscritas em restos a pagar; caso contrário, deverão ser canceladas”. Significa que durante o exercício financeiro, para fins de cálculos, e exemplo do superávit primário e nominal, a STN considera somente a despesa empenhada e liquidada. Ou seja, se a despesa foi apenas empenhada, não entra no cálculo.

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1.3. DISPÊNDIOS EXTRA-ORÇAMENTÁRIOS Os dispêndios extra-orçamentários estão representados basicamente pelas interferências passivas, restos a pagar (pagos), serviço da dívida a pagar (paga), retenções e depósitos de terceiros e pelo saldo disponível para o exercício seguinte. Atenção! Como o saldo disponível para o exercício seguinte está do lado das despesas, ele é considerado como dispêndio. 1.4. APURAÇÃO DE RESULTADOS Atenção! Cuidado! O superávit ou déficit financeiro é apurado no balanço patrimonial. No balanço financeiro apura-se o resultado financeiro do exercício. O resultado financeiro do exercício (RFE) é apurado comparando-se o saldo do grupo disponível atual (SDAt), ou seja, o saldo que passa para o exercício seguinte, menos o saldo do grupo disponível anterior (SDAn), conforme demonstrado abaixo: RFE = Saldo que passa para o exercício seguinte (lado das despesas) (–) Saldo do exercício anterior. 1.5. ESTRUTURA DO BALANÇO FINANCEIRO Antes de adentrarmos na estrutura do balanço financeiro, é importante registrar a diferença entre este e o sistema financeiro. As contas do sistema financeiro são destinadas ao registro da arrecadação da receita e ao pagamento da despesa orçamentária e extra-orçamentária. O balanço financeiro representa, em realidade, um relatório de toda a movimentação das contas do sistema financeiro. Exemplo de contas do sistema financeiro, conforme previsto no plano de contas da União: 1.1.1.1.2.01.00 Conta Única do Tesouro Nacional 1.1.1.1.2.01.01 f .....................................Banco Central do Brasil 1.1.1.1.2.01.02 f .....................................Banco do Brasil 1.1.1.1.2.01.03 f .....................................Bradesco 1.1.1.1.2.01.04 f .....................................Recursos de gps emitida no sistema 1.1.1.1.2.01.05 f .....................................Recursos arrecadados de outras entidades para o INSS 1.1.1.1.2.01.06 f .....................................Banco do Nordeste 1.1.1.1.2.01.07 f .....................................Banco Real 1.1.1.1.2.01.08 f .....................................Bamerindus 1.1.1.1.2.01.09 f .....................................Banerj 1.1.1.1.2.01.10 f .....................................Banco Nacional 1.1.1.1.2.01.11 f .....................................Banespa 1.1.1.1.2.01.12 f .....................................Recursos de darf emitido no sistema 1.1.1.1.2.03.01 f .....................................Conta Única

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1.1.1.1.2.03.02 f .....................................OB emitidas - limite INSS 1.1.1.1.2.03.03 f .....................................DARF emitidos - limite INSS 1.1.2.1.9.00.00 créditos diversos a receber 1.1.2.1.9.01.00 f .....................................Salário-família 1.1.2.1.9.02.00 f .....................................Salário-maternidade 1.1.2.1.9.03.00 f .....................................Auxilia-natalidade 1.1.2.1.9.04.00 f .....................................Contribuição social 6.2.3.3.1.04.00 f .....................................Obrigações de exercícios anteriores 6.2.3.3.1.05.00 f .....................................Restos a pagar 06.1.2.0.0.00.00 interferências ativas 6.1.2.1.0.00.00 transferências financeiras recebidas 6.1.2.1.1.00.00 f .....................................= cota recebida 6.1.2.1.2.00.00 f .....................................= repasse recebido 6.1.2.1.3.00.00 sub-repasse recebido 6.1.2.1.3.01.00 f .....................................= sub-repasse recebido 6.1.2.1.3.03.00 f .....................................sub-repasse rec.

A fonte alimentadora do sistema financeiro é o caixa, que movimenta as entradas e a saídas de numerários. A estrutura do balanço financeiro poderá ser evidenciada da seguinte forma, conforme modelo da lei 4.320/64: Estrutura do balanço financeiro RECEITA DESPESA

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ORÇAMENTÁRIA Receitas correntes Tributária Patrimonial Agropecuária Industrial De serviços Transferências correntes Outras receitas correntes Receitas de capital Operações de crédito Alienação de bens Amortização de empréstimos Transferências de capital Outras receitas de capital EXTRA-ORÇAMENTÁRIA Interferências Ativas Restos a Pagar (contrapartida da despesa) Serviço da Dívida a Pagar (contrapartida da despesa) Retenções de Terceiros (recebimentos do Exercício) Depósitos de Terceiros (recebimentos do exercício) SALDO DISPONÍVEL ANTERIOR Caixa único Bancos Conta Movimento Aplicações Financeiras

ORÇAMENTÁRIA Legislativa Judiciária Essencial à justiça Administração Defesa nacional Segurança pública Previdência social .......... ........... EXTRA-ORÇAMENTÁRIA Interferências Passivas Restos a pagar (pagamentos) Serviço da dívida a pagar (pagamentos) Retenções de terceiros (devoluções) Depósitos de terceiros (devoluções) SALDO DISPONÍVEL PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE Caixa único Bancos Conta Movimento Aplicações Financeiras

Total total Comentários: 1. As despesas são classificadas por funções (legislativa, judiciária, etc.). Já vi muitos questionamentos a esse respeito. Para relembrar, a despesa é classificada por funções e subfunções, buscando responder basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será realizada. Assim sendo, no balanço financeiro a despesa é classificada por função, que representa o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. 1.6. NOVO MODELO DE BALANÇO FINANCEIRO – MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO

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Importante! Provavelmente esse modelo não será cobrado no concurso do TCU porque a sua utilização ainda é facultativa em 2010. Em 2012 passa a ser definitivamente obrigatório para a União, Estados/Distrito Federal, e em 2013, para os Municípios. Observe que as diferenças em relação ao atual modelo são sutis, porém, apresentando mais riqueza de informações. Resumindo, o Balanço Financeiro evidencia a movimentação financeira das entidades do setor público no período a que se refere, e discrimina: 1. A receita orçamentária realizada por destinação de recurso (destinação vinculada e/ou destinação ordinária); 2. A despesa orçamentária executada por destinação de recurso (destinação vinculada e/ou destinação ordinária); 3. Os recebimentos e os pagamentos extra-orçamentários; 4. As transferências ativas e passivas decorrentes, ou não, da execução orçamentária; e 5. O saldo inicial e o saldo final em espécie. A classificação da despesa por função no balanço financeiro é bastante exigida em concursos! Portanto, guarde essa informação!

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Exemplo de funções e subfunções: Funções Subfunções (partição da função)

01 – Legislativa 031 – ação legislativa 032 – controle externo

02 – Judiciária 061 – ação judiciária 062 – defesa do interesse público no processo judiciário

10 – Saúde

301 – atenção básica 302 – assistência hospitalar e ambulatorial -----– 304- vigilância sanitária

2. Na despesa extra-orçamentária constam os restos a pagar e o serviço da dívida a pagar inscritos no dia 31/12 do exercício financeiro. 3. No lado das despesas, as retenções e depósitos de terceiros são os pagamentos da contrapartida da receita. Exemplo: Quando da arrecadação de uma receita extra-orçamentária, de forma concomitante registra-se uma obrigação de devolução ou pagamento. Considere a seguinte situação hipotética: No dia 30/06/06 um licitante depositou como garantia para participação em procedimento licitatório, caução em dinheiro, no valor de R$ 10.000. Esse licitante não foi o vencedor do certame e no dia 25/07/06, depois de concluído o procedimento, a administração teve que devolver a garantia (R$ 10.000). No recebimento desse valor ocorreu o seguinte reflexo no patrimônio: D – Bancos R$ 10.000 C – Depósitos (obrigação), passivo financeiro. R$ 10.000 No pagamento ou devolução do valor: D – Depósitos de terceiros (despesa extra-orçamentária) R$ 10.000 C - Bancos R$ 10.000 4. As despesas são classificadas por função e dentro das categorias econômicas. As receitas são classificadas somente por categorias econômicas. No balanço financeiro, conforme prescreve a lei 4.320/64, pode-se informar as despesas dentro das diversas funções (administrativa, judiciária, legislativa etc.). E as receitas, somente dentro das categorias econômicas (receitas correntes e de capital). 5. As interferências ativas e passivas referem-se ao recebimento de transferências financeiras para pagamento de restos a pagar. Essa operação de transferência é extra-orçamentária. Ocorre quando o órgão central (STN) ou setorial de programação financeira transfere recursos. Para o órgão transferidor dos recursos, esse fato gera uma interferência passiva, para o recebedor, uma interferência ativa.

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1.7. ALGUMAS PARTICULARIDADES DO BALANÇO FINANCEIRO Conforme afirmamos, nem todas as contas do lado das receitas representam entrada de recursos, a exemplo dos restos a pagar e serviço da dívida a pagar, esses valores são apenas uma contrapartida da despesa que ainda não foi paga. Como funciona? Exemplo: Suponha-se a seguinte situação hipotética: Uma Fundação Pública Federal “X” realizou durante o exercício de 2006 os seguintes fatos econômicos: Receitas previstas 500 Despesas fixadas 500

Receitas arrecadadas 800 Despesas executadas 800 Vamos supor ainda que das despesas executadas, $ 650 foram empenhadas e pagas e o restante ($ 150), foram empenhadas, liquidadas e não pagas. Em conseqüência, os $ 150 foram inscritos em restos a pagar em 31/12/2006, encerramento do exercício financeiro. Vamos elaborar o balanço financeiro dessa Fundação em 31/12/2005? Balanço Financeiro – Fundação “X” em 31/12/2006. RECEITAS DESPESAS Orçamentárias Orçamentárias Receitas arrecadadas 800 Despesas empenhadas 800 Extra-orçamentárias Extra-orçamentárias

Restos a pagar 150 Saldo que passa para o exercício seguinte

150

Total 950 Total 950 Pode-se observar que existe um saldo de $ 150. Este valor irá passar para o exercício de 2007, ou seja, em 01/01/2007 a Fundação “abre” suas contas com esse saldo em caixa. Analisando o balanço financeiro acima podemos verificar que do lado das despesas consta todo o valor de $ 800. Então, os $ 150 que não foram desembolsados estão computados no total da despesa. Assim sendo, para compensar, os $ 150 são incluídos no lado da receita (receita extra-orçamentária). ► O saldo financeiro que se transfere para o exercício seguinte é classificado do lado das despesas. Esse saldo será transferido para o balanço patrimonial – ativo financeiro disponível em 31/12. ► A técnica de classificação, no lado das despesas extra-orçamentárias, do saldo disponível para o exercício seguinte, realizada no momento do encerramento do exercício é apenas para fechar o balanço. ► Os restos a pagar e o serviço da dívida a pagar, classificados do lado da receita, para fins de encerramento do exercício, é considerado, para fins de concurso, uma receita extra-orçamentária. ► O pagamento dos restos a pagar durante o exercício financeiro

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subseqüente é classificado como despesa extra-orçamentária (restos a pagar – pagos). ► O órgão que transfere recursos para pagamento de restos a pagar classifica na DVP como variação passiva extra-orçamentária, dentro das interferências passivas. ► O órgão que recebe os recursos classifica na DVP como variação ativa extra-orçamentária, dentro das interferências ativas. Repito! O superávit financeiro do exercício não é calculado no balanço financeiro, e sim, no balanço patrimonial. Porém, a transferência do saldo atual (BF) para o BP causa reflexo diretamente no superávit financeiro. No balanço financeiro apura-se o resultado financeiro do exercício - RFE, da seguinte forma: 1.8. MÉTODOS DE APURAÇÃO DO RESULTADO 1º método: Resultado financeiro do exercício – RFE = total de todas as receitas (orçamentárias e extra-orçamentárias) (-) o total de todas as despesas (orçamentárias e extra-orçamentárias). 2º método: forma simplificada: Somatório do saldo disponível que passa para o exercício seguinte (-) o saldo disponível que veio do exercício anterior. Cuidado! Na apuração do resultado financeiro do exercício pelo 1º método não são computados os saldos do exercício anterior e nem o que passa para o exercício seguinte. Na apuração do RFE, se o total das receitas for maior do que o das despesas ter-se-á superávit, caso contrário, haverá déficit. 2. BALANÇO PATRIMONIAL INTRODUÇÃO O Balanço Patrimonial é um demonstrativo contábil obrigatório para todos os Entes Federados e deve ser apurado, no mínimo, ao término de cada exercício financeiro (31/12). O balanço patrimonial evidencia a situação econômico-financeira e patrimonial das entidades da administração pública, demonstrando os bens, direitos e obrigações dos Entes da Federação. Esse demonstrativo contábil evidencia os saldos acumulados ao longo dos diversos exercícios financeiros, a exemplo dos bens permanentes e das dívidas de longo prazo. A situação financeira é apurada pela diferença entre o ativo e passivo financeiro.

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A situação econômica é demonstrada no patrimônio líquido, ou seja, pela diferença entre ativo e passivo real. Os bens e direitos são evidenciados no lado do ativo e as obrigações, no lado do passivo. CONCEITO Segundo o Manual de Contabilidade Pública, aprovado pela Portaria STN Nº 751, de 16 de dezembro de 2009, o Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública, por meio de contas representativas do patrimônio público, além das contas de compensação, conforme as seguintes definições:

ATIVO

São recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e dos quais se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços;

PASSIVO

São obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços;

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

É o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus passivos.

CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Compreende os atos que possam vir a afetar o patrimônio.

Atenção! Conforme a Lei 4.320/64, o Patrimônio Líquido é definido como SALDO PATRIMONIAL. Observe abaixo a estrutura dos grupos de contas. Atenção! Importante! A Portaria supracitada (STN, 751/2009) entra em vigor na data de sua publicação, porém, tem seus efeitos de forma facultativa a partir de 2010 e obrigatória a partir de 2012 para União, Estados e Distrito Federal e 2013 para os Municípios. Portanto, a estrutura dos demonstrativos contábeis será exigida nesse concurso conforme previsto na Lei 4.320/64, haja vista que o Edital assim prevê: “8. Demonstrações Contábeis: Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais de acordo com a Lei nº 4.320/64”. De acordo com o art. 105 da Lei nº. 4.320/64, o balanço patrimonial demonstrará os seguintes grupos de contas: ◊ O Ativo Financeiro; ◊ O Ativo Permanente; ◊ O Passivo Financeiro; ◊ O Passivo Permanente; ◊ O Saldo Patrimonial; ◊ As Contas de Compensação.

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As contas de compensação representam, em realidade, o ativo e passivo compensados, ou seja, dois grupos de contas em que um é contrapartida do outro. Portanto, seus valores são sempre iguais. Observe a estrutura do balanço patrimonial – Anexo 14 da Lei 4.320, de 17 de março de 1964: BALANÇO PATRIMONIAL

Para fins de curiosidade, observe a nova estrutura prevista no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público:

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Mudanças comparação: Modelo – Lei 4.320/64 Modelo – Manual de

Contabilidade pública - STN Não há informação de saldo do exercício anterior

Existe informação de saldo do exercício anterior

Ativo financeiro Ativo circulante Ativo permanente Não existem subgrupos.

Ativo Não-Circulante Subgrupos: Realizável a longo prazo; Investimentos; Imobilizado; Intangível.

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Passivo financeiro Passivo circulante Passivo permanente Passivo Não-Circulante Saldo Patrimonial Passivo real a descoberto ou Ativo real líquido – lado do ativo.

Patrimônio Líquido Subgrupos: Patrimônio Social/Capital Social Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Resultados Acumulados Ações/Cotas em Tesouraria

Anexo – contas de compensação

No Patrimônio Líquido (saldo patrimonial para a Lei 4.320/64), deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores, além de outros itens. Conceitos importantes: Inovação! A Resolução CFC nº. 1.129/08, que aprovou a NBC T 16.2, estabeleceu os seguintes conceitos acerca da Contabilidade Pública:

Circulante: o conjunto de bens e direitos realizáveis, bem como as

obrigações exigíveis até o término do exercício seguinte, tendo como

base a classificação contábil realizada em 31/12.

Conversibilidade: a qualidade do que pode ser conversível, ou seja,

característica de transformação de bens e direitos em moeda.

Exigibilidade: a qualidade do que é exigível, ou seja, característica

inerente às obrigações pelo prazo de vencimento.

Não Circulante: o conjunto de bens e direitos realizáveis e

obrigações exigíveis após o término do exercício seguinte, tendo

como base a classificação contábil realizada em 31/12.

Unidade Contábil: a soma, a agregação ou a divisão de patrimônios

autônomos de uma ou mais entidades do setor público.

Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou

intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos,

recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público,

que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou

futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração

econômica por entidades do setor público e suas obrigações.

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Atenção! Enfatizo, a partir deste ponto irei abordar os demonstrativos supra conforme previstos na Lei 4.320/64. Assim, a estrutura do balanço patrimonial conforme a Lei 4.320/64 pode ser representada e estudada da seguinte forma: ATIVO PASSIVO Ativo financeiro

Passivo financeiro

Ativo permanente

Passivo Permanente

Ativo compensado

Saldo Patrimonial (patrimônio líquido)

Passivo Compensado

Total Total

Observando o quadro acima podemos extrair as primeiras conclusões: 1ª. De acordo com o plano de contas da União, o ativo e o passivo representam classes de contas patrimoniais (primeiro nível – maior nível de agregação das contas). Depois das classes de contas o balanço patrimonial é estruturado em grupos e subgrupos de contas, abaixo dos subgrupos, os elementos e assim sucessivamente, até o subitem. Conforme o plano de contas da União, a estrutura está representada em níveis de desdobramento, classificados e codificados de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação orçamentária, financeira e patrimonial, compreendendo sete níveis, da seguinte forma: 1º nível – classe. X – 1º dígito - código da conta. 2º nível – grupo. X– 2º dígito - código da conta. 3º nível – subgrupo. X– 3º dígito - código da conta. 4º nível – elemento. X– 4º dígito - código da conta. 5º nível – subelemento. X– 5º dígito - código da conta. 6º nível – item. XX – 6/7º dígitos - código da conta. 7º nível – subitem. XX –8/9º dígitos - código da conta. Conta corrente. Código variável. 2ª. Do lado do passivo tem-se a origem de recursos, que podem ser de terceiros ou próprios. As origens de recursos próprios no caso do poder público são as receitas arrecadadas mediante a cobrança de

O R I G E M D E

R E C U R S O S

A P L I C A Ç Ã O D E

R E C U R S O S

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tributos e outros tipos de receitas originadas a partir do patrimônio público, a exemplo das receitas patrimoniais, agropecuárias, industriais etc. Os recursos de terceiros são captados basicamente através de empréstimos (operações de crédito) e mediante a emissão de títulos da dívida pública (dívida mobiliária). 3ª. Do lado do ativo são registradas as aplicações de recursos oriundas das fontes que os originaram (dos recursos próprios e de terceiros). 4ª. O balanço patrimonial evidencia os bens, direitos e obrigações do Estado e demonstra a situação econômico-financeira em determinado momento (situação estática). 5ª. A situação financeira é representada pela diferença entre o ativo e o passivo financeiro. A situação econômica encontra-se evidenciada no resultado patrimonial (patrimônio líquido para a LRF), calculada pela diferença entre o ativo real e passivo real. 2.1. Estrutura dos grupos de contas do balanço patrimonial e comparações A estrutura do balanço patrimonial da União e Entes Federados que utilizam o sistema siafem segue um modelo mais adequado e melhor estruturado do que o previsto no anexo 14 da Lei nº. 4.320/64, conforme demonstrado acima. Essa adequação atende a estrutura do plano de contas da União e demais Entes Federados, contemplando os principais avanços ocorridos no processo orçamentário e na contabilidade pública. Porém, para fins de concursos não temos observado exigência de conhecimento da estrutura do siafi, mas somente a da Lei nº. 4.320/64. Mesmo assim iremos demonstrar as principais diferenças Atenção! É importante observar o seguinte: A estrutura do plano de contas refere-se à entrada de dados no sistema. A partir desses dados (registros) são extraídas as informações necessárias para a elaboração dos demonstrativos contábeis. Portanto, sistemas de contas não se confunde com demonstrativos contábeis. Exemplo: registro de uma aplicação financeira (fato contábil evidenciado no balanço patrimonial). O registro contábil de aplicações financeiras ocorre no sistema financeiro, conforme se observa no quadro abaixo. Esse registro é de entrada de dados. Porém, esse fato é evidenciado no ativo circulante do balanço patrimonial. Exemplo de lançamento contábil no sistema financeiro: D – Aplicações financeiras – Fundo de aplicação financeira XXX C – Bancos conta movimento – Caixa único do TN XXX

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Estrutura das aplicações financeiras no plano de contas da União: 1.1.1.2.2.00.00 F .....................................= BANCOS CONTA MOVIMENTO 1.1.1.1.3.00.00 APLICACOES FINANCEIRAS 1.1.1.1.3.01.00 F .....................................LTN 1.1.1.1.3.02.00 F .....................................LBC 1.1.1.1.3.03.00 F .....................................CTN 1.1.1.1.3.04.00 F .....................................LFT 1.1.1.1.3.05.00 F .....................................= CFT CNPJ, CPF, UG, IG OU 999 1.1.1.1.3.07.00 F .....................................= POUPANCAS 1.1.1.1.3.08.00 F .....................................= FUNDO DE APLICACAO FINANCEIRA 1.1.1.1.3.09.00 F .....................................= DEPOSITOS ESPECIAIS REMUNERADOS F = sistema financeiro

Portanto, na saída de dados do sistema siafi (momento da elaboração dos demonstrativos contábeis), a exemplo do balanço patrimonial, a conta “aplicações financeiras” é classificada no ativo financeiro, haja vista que esse é o grupo de contas previsto no anexo 14 da Lei nº 4.320/64 (balanço patrimonial). Talvez para fins de concurso pudesse haver algum questionamento acerca dos grupos de contas conforme o plano de contas da União ou de acordo com a Lei nº 4.320/64. Portanto, “pecando por excesso”, entendo que é interessante apresentar a estrutura do balanço patrimonial conforme o modelo do plano de contas da União e do siafi. No quadro abaixo listaremos os grupos e subgrupos de contas patrimoniais definidas conforme a estrutura do plano de contas da União.

A estrutura básica do plano de contas em nível de classe/grupo consiste na seguinte disposição:

Conforme demonstrado acima, ativo (1), passivo (2), despesa (3), receita (4), resultado diminutivo do exercício (5) e resultado aumentativo do exercício (6) representam as classes de contas (maior nível de agregação das contas), as contas logo abaixo são grupos de contas. Observe que da estrutura do plano de contas acima o balanço patrimonial “aproveita” as classes (1) Ativo e (2) Passivo e seus subgrupos de contas, embora com algumas divergências para os subgrupos.

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Vejamos a estrutura dos grupos de contas prevista no Anexo 14 da Lei nº. 4.320/64 e as divergências quanto ao plano de contas da União, observe a comparação: Estrutura do plano de contas da União

Estrutura do Anexo 14 da Lei nº. 4.320/64

Ativo circulante Ativo financeiro Ativo realizável a longo prazo Realizável Ativo permanente Ativo permanente Ativo compensado Ativo compensado Passivo circulante Passivo financeiro Passivo permanente Passivo permanente Passivo exigível a longo prazo Não existe Resultados de exercícios futuros Não existe Patrimônio líquido Saldo patrimonial Atenção! Para fins de concursos é mais importante conhecer a estrutura dos grupos de contas do balanço patrimonial conforme previsto na Lei nº. 4.320/64. Até o momento não tenho observado questões de concursos que exigem conhecimento dos grupos de contas conforme estrutura do plano de contas da União ou de acordo com o SIAFI ou até mesmo qualquer tipo de comparação entre as estruturas. 2.2. Estrutura dos grupos de contas conforme o plano de contas da União O ativo compreende os seguintes grupos de contas: Ativo circulante Ativo realizável a longo prazo Ativo permanente Ativo compensado O ativo circulante compreende as disponibilidades de numerário, bem como outros bens e direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até o término do exercício seguinte. Exemplo de subgrupos de contas do circulante: Ativo circulante: 1.1.1 disponível 1.1.2 créditos em circulação 1.1.3 bens e valores em circulação 1.1.4 valores pendentes a curto prazo O ativo realizável a longo prazo são os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte.

Exemplo de subgrupos de contas do realizável a longo prazo: Ativo realizável a longo prazo: 1.2.1 depósitos realizáveis a longo prazo 1.2.2 créditos realizáveis a longo prazo O ativo permanente representa os investimentos de caráter permanente, as imobilizações, bem como despesas diferidas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício.

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Exemplo de subgrupos de contas do ativo permanente: Ativo permanente: 1.4.1 investimentos 1.4.2 imobilizado 1.4.3 diferido O ativo compensado compreende contas com função precípua de controle, relacionadas a situações não compreendidas no patrimônio mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo, inclusive as que dizem respeito a atos e fatos ligados a execução orçamentária e financeira. Exemplo de subgrupos de contas do ativo compensado: Ativo compensado: 1.9.1 execução orçamentária da receita 1.9.2 execução orçamentária da despesa 1.9.3 execução da programação financeira 1.9.4 despesas e dividas dos estados e municípios 1.9.5 execução de restos a pagar 1.9.9 compensações ativas diversas Atenção! Os subgrupos de contas do passivo compensado são os mesmos do ativo compensado, haja vista que um é contrapartida do outro. Passivo: O passivo é representado pelos seguintes grupos de contas: Passivo circulante Passivo exigível a longo prazo Resultado de exercícios futuros Patrimônio líquido Passivo compensado O passivo circulante compreende as obrigações pendentes ou em circulação, exigíveis até o término do exercício seguinte. Exemplo de subgrupos de contas do passivo circulante: Passivo circulante: 2.1.1 depósitos 2.1.2 obrigações em circulação 2.1.3 empréstimos e financiamentos em circulação 2.1.4 valores pendentes a curto prazo O passivo exigível a longo prazo são as obrigações exigíveis após o término do exercício seguinte. Exemplo de subgrupos de contas do passivo exigível a longo prazo: Passivo exigível a longo prazo: 2.2.1 depósitos exigíveis a longo prazo 2.2.2 obrigações exigíveis a longo prazo 2.2.9 outras exigibilidades O resultado de exercícios futuros compreende as contas representativas de receitas de exercícios futuros, deduzidas dos custos e despesas correspondentes ou contrapostos a tais receitas.

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Exemplo de subgrupos de contas do resultado de exercícios futuros: Resultado de exercícios futuros: 2.3.1 receitas de exercícios futuros 2.3.9 custos ou despesas correspondentes as receitas O patrimônio líquido representa o capital, as reservas e os resultados acumulados. Exemplo de subgrupos de contas do patrimônio líquido:

Patrimônio líquido: 2.4.1 patrimônio/capital 2.4.2 reservas 2.4.3 resultado acumulado 2.4.9 ajuste do patrimônio/capital O passivo compensado compreende contas com função precípua de controle, relacionadas a situações não compreendidas no patrimônio mas que, direta ou indiretamente, possam vir a afetá-lo, inclusive as que dizem respeito a atos e fatos ligados a execução orçamentária e financeira. Observe abaixo a estrutura de um balanço patrimonial conforme o siafi:

Ativo Passivo

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2.3. Grupos de contas conforme a Lei nº 4.320/64: conceitos e classificação. Ativo financeiro: compreende os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários. Evidencia os bens e direitos disponíveis ou que possam ser convertidos em valores financeiros a curto prazo, em até 365 dias. Ativo permanente: compreende os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. Mobilização é sinônimo de aquisição, e alienação, venda. Evidencia os bens, direitos e investimentos de caráter permanente e destinados à utilização ou com a finalidade de auferir renda, objetivando cumprir as finalidades básicas do Estado. Exemplo: bens móveis, imóveis e participações em entidades de direito privado. Os bens classificados no ativo permanente são aqueles com vida útil estimada superior a dois anos. Atenção! De acordo com a estrutura do balanço patrimonial prevista na Lei 4.320/64, os bens de almoxarifado são classificados no ativo permanente. A FCC geralmente “cobra” questões exigindo esse conhecimento. Passivo financeiro: compreende a dívida flutuante e outras obrigações de curto prazo cujo pagamento independa de autorização orçamentária. Autorização orçamentária é sinônimo de autorização legislativa, haja vista que Poder Legislativo é quem possui competência constitucional para aprovar o orçamento. Passivo permanente: compõe-se das obrigações de longo prazo, a exemplo da dívida fundada, provisões e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Ativo e passivo compensados: são registradas as contas de compensação, compreendendo os bens, valores, obrigações e situações que, imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio, a exemplo das garantias, avais, acordos etc. Ativo e passivo compensados. Um é contrapartida do outro, portanto, seus valores deverão ser iguais. Ou seja, quando houver informação numa questão qualquer de que o valor do ativo compensado é de R$ 500, o passivo compensado deverá ser de igual valor (R$ 500). Saldo patrimonial ou patrimônio líquido: constitui-se dos saldos acumulados ao longo dos exercícios financeiros e o saldo apurado no exercício atual. O saldo patrimonial é semelhante ao patrimônio líquido das empresas em geral. Em função disso, a LRF apresentou nova denominação para esse grupo de contas, denominando-o de

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patrimônio líquido. Portanto, esse novo conceito da LRF altera o previsto na Lei nº 4.320/64. Atenção! Se no comando de uma questão pedir os grupos de contas do balanço patrimonial conforme a Lei 4.320/64, a denominação correta é a descrita acima, incluindo o saldo patrimonial (art. 105 da Lei nº 4.320/64). O saldo patrimonial é apurado na DVP e transferido para o balanço patrimonial. Assim sendo, o resultado do exercício encontra-se dentro do grupo de contas “saldo patrimonial”. É similar aos lucros ou prejuízos acumulados da contabilidade geral, que se encontra dentro do patrimônio líquido. O grupo de contas saldo patrimonial pode ser demonstrado da seguinte forma: Saldo patrimonial (Patrimônio líquido) Patrimônio Capital Reservas Resultado patrimonial do exercício Resultado acumulado 2.4. Avaliação dos elementos patrimoniais conforme a Lei nº 4.320/64 Como são avaliados os elementos patrimoniais? A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as seguintes normas:

◊ Os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço (art. 106, inciso I, da Lei nº. 4.320/64);

◊ Os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção (art. 106, inciso II, da Lei nº. 4.320/64);;

◊ Os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras (art. 106, inciso III, da Lei nº. 4.320/64);

◊ Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional. Esse comando informa que quando houver valores em moeda estrangeira, geralmente dívidas, deverão figurar, logo abaixo desse valor, o correspondente em moeda nacional (§ 1º do art. 106, da Lei nº. 4.320/64);

◊ As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à conta patrimonial (§ 2º do art. 106, da Lei nº. 4.320/64).

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Pode-se verificar que a norma citada foi tímida ao apresentar como os elementos patrimoniais serão avaliados. Adiante apresento as regras atuais sobre avaliação, conforme o novo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Na administração pública podem ser realizadas reavaliações? Sim, porém, não é obrigatório, poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

Observe a regra acercado assunto (Lei nº. 4.320/64):

Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá às normas seguintes ------------ § 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis. 2.5. Dados do balanço patrimonial Do balanço patrimonial podemos obter diversas informações a respeito da gestão patrimonial, da seguinte forma:

1. Saldo patrimonial = ativo real (AR) (-) passivo real (PR) Se o AR for > do que o PR = patrimônio líquido positivo ou ativo real líquido. Se o AR for < do que o PR = patrimônio líquido negativo ou passivo real a descoberto. Se o AR for = ao PR, temos patrimônio líquido nulo – situação bastante improvável. Fórmula para cálculo do superávit financeiro:

2. Ativo financeiro AF (-) Passivo financeiro PF = superávit ou déficit financeiro.

2.6. Representação detalhada dos grupos de contas Ativo: Atenção! Não existe conflito entre os grupos de contas estabelecidos na Lei nº 4.320/64 e a estrutura utilizada pelo SIAFI. Existem apenas adaptações para melhor agrupamento das contas. Ativo financeiro: compreende os bens numerários, os créditos e outros valores realizáveis, independentes de autorização

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orçamentária e correspondem aos saldos das contas que permaneceram abertas no sistema financeiro, desdobradas em: ◊ Disponível – representa a soma dos valores numerários em caixa e em poder de bancos. Exemplo: caixa, bancos e aplicações financeiras. ◊ Créditos em Circulação – representa a soma dos créditos financeiros junto a pessoas de direito público e privado. Exemplo: depósitos especiais do FAT, limites de saque do Bacen etc. Ativo não financeiro: compreende o conjunto de bens e direitos cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa para suas realizações, sendo desdobrado em: ◊ Realizável a curto prazo – representa os créditos e os valores em circulação, diversos responsáveis, adiantamentos concedidos etc. ◊ Realizável a longo prazo – representa os depósitos e créditos realizáveis a longo prazo a exemplo dos depósitos compulsórios, dívida ativa etc. É isso mesmo! Dentro da estrutura do SIAFI o ativo não financeiro ou permanente é desdobrado em curto e longo prazo. O ativo não financeiro não consta na estrutura estabelecida pela Lei nº 4.320/64. Essa estrutura é mais atual e consta no plano de contas da União e é apresentada nos balanços elaborados no sistema SIAFI. Para fins de concurso, tanto pode mencionar ativo permanente quanto não financeiro, são termos sinônimos. Importante! Os bens de uso comum, tais como as praças, mares, rios, estradas, monumentos etc. não são registrados contabilmente, portanto, não constam no grupo de contas ativo permanente do balanço patrimonial. Ativo permanente: é constituído basicamente dos investimentos, imobilizado e diferido. Exemplo de investimentos: participação societária em empresas dependentes. Exemplo de imobilizado: bens móveis e imóveis, bens intangíveis, depreciação acumulada etc. Exemplo de diferido: despesas diferidas e amortização acumulada. Ativo real: é o somatório do ativo financeiro mais o ativo não financeiro ou permanente. Considerando todo o lado do ativo, é excluindo apenas o ativo compensado. O ativo real não é grupo de contas, representa apenas somatório de grupo de contas. Passivo: Passivo financeiro: compreende os compromissos cujo pagamento independe de autorização orçamentária, haja vista que essas obrigações já passaram pelo orçamento, como é o caso de restos a pagar, restituições e compensações, fornecedores etc. São

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classificados ainda os valores de curto prazo que não possuem qualquer vinculação com orçamento, a exemplo das contenções e os depósitos de terceiros. Atenção! As antecipações de receitas orçamentárias – AROs fazem parte do passivo financeiro e dependem de autorização orçamentária (Legislativa) para a realização. Quanto ao pagamento (resgate), do principal mais os juros, não há necessidade de autorização Legislativa. Pode-se verificar que no conceito de passivo financeiro está escrito: “cujo pagamento independe de autorização orçamentária”. Significa dizer que para a realização independe de autorização orçamentária ou legislativa. Mas, não são todas as contas que independem dessa autorização. A Antecipação de Receita Orçamentária - ARO seria um exemplo da necessidade de autorização orçamentária genérica. Atenção! Quando se menciona em autorização “genérica”, é a autorização na LOA. A autorização específica é em lei especial. Toda a dívida flutuante faz parte do passivo financeiro. O conceito de dívida flutuante se encontra no Decreto nº 93.872/86. Observe o conceito A dívida pública abrange a dívida flutuante e a dívida fundada ou consolidada (art. 115 do Decreto nº 93.872/86). A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária, assim entendidos (art. 115, § 1º, do Decreto nº 93.872/86): ◊ Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida; ◊ Os serviços da dívida; ◊ Os depósitos, inclusive consignações em folha; ◊ As operações de crédito por antecipação de receita; e o ◊ Papel-moeda ou moeda fiduciária. O conceito inserido na norma supramencionada sobre dívida flutuante tem sido cobrado assim mesmo, ou seja, literalmente como está na norma. Passivo não financeiro: expressa as dívidas que dependem de autorização legislativa para amortização ou resgate, a exemplo da dívida fundada (interna ou externa), provisões, precatórios a pagar etc. São os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, sendo as mais comuns, as operações de crédito contraídas para atender a desequilíbrios orçamentários ou a financiamento de obras e serviços públicos. Conceito de dívida fundada na LRF:

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Dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses (art. 29, inciso I, da LRF). A dívida fundada é constituída basicamente de operações de crédito (empréstimos) externos e internos de longo prazo (acima de 12 meses). Conceito de operação de crédito na LRF: Operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros (art. 29, inciso III, da LRF).; Atenção! Muito Importante! Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento (art. 29, § 3º, da LRF). Atenção! As operações de crédito podem ser classificadas no passivo permanente ou no passivo financeiro.

Exemplo: as operações de crédito (empréstimos) realizadas pelo Estado, com a finalidade de cobrir déficit são classificadas no longo prazo, passivo permanente – dívida fundada.

As operações de crédito por antecipação da receita – ARO, são classificadas no passivo financeiro, tendo em vista que seu resgate deverá ocorrer dentro do exercício financeiro, até o dia dez de dezembro de cada exercício financeiro. Passivo real: é o somatório do passivo financeiro mais o passivo não financeiro ou permanente. É o total de todo o lado do passivo, excluindo apenas o passivo compensado e o saldo patrimonial. Patrimônio líquido ou saldo patrimonial: representa a diferença entre o ativo e passivo real. O saldo positivo representa uma situação patrimonial favorável ou superavitária. O saldo negativo representa uma situação patrimonial desfavorável ou deficitária. O conceito de patrimônio líquido é mais recente e foi estabelecido na LRF, onde menciona que Anexo de Metas Fiscais, constante na LDO, conterá a evolução do patrimônio líquido nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos (art. 4º, § 1º, III). Para fins de concursos as expressões são sinônimas. Contas importantes!

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Valores pendentes a curto prazo: representam valores nominalmente ativos ou de conversão transitória – pode ser conta do passivo financeiro e não financeiro. Exemplo: restituições e compensações. Depósitos: representa o montante do débito referente às consignações da folha, restituições a pagar, fianças e cauções em dinheiro; etc. é conta do passivo financeiro. Depois de estudar o referencial teórico acerca dos balanços orçamentário, financeiro e patrimonial, veremos as questões de concursos sobre os referidos tópicos: 2.7. REGISTRO CONTÁBIL NO SETOR PÚBLICO De acordo com a Resolução CFC nº. 1.132/08 – que aprova a NBC T 16 o Registro Contábil no Setor Público deve seguir as seguintes regras: 1. A entidade do setor público deve manter procedimentos uniformes de registros contábeis, por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico, em rigorosa ordem cronológica, como suporte às informações. 2. São características do registro e da informação contábil no setor público, devendo observância aos princípios e às Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público: 2.1. Comparabilidade – os registros e as informações contábeis devem possibilitar a análise da situação patrimonial de entidades do setor público ao longo do tempo e estaticamente, bem como a identificação de semelhanças e diferenças dessa situação patrimonial com a de outras entidades; 2.2. Compreensibilidade – as informações apresentadas nas demonstrações contábeis devem ser entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que estes já tenham conhecimento do ambiente de atuação das entidades do setor público. Todavia, as informações relevantes sobre temas complexos não devem ser excluídas das demonstrações contábeis, mesmo sob o pretexto de que são de difícil compreensão pelos usuários; 2.3. Confiabilidade – o registro e a informação contábil devem reunir requisitos de verdade e de validade que possibilitem segurança e credibilidade aos usuários no processo de tomada de decisão; 2.4. Fidedignidade – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem representar fielmente o fenômeno contábil que lhes deu origem; 2.5. Imparcialidade – os registros contábeis devem ser realizados e as informações devem ser apresentadas de modo a não privilegiar interesses específicos e particulares de agentes e/ou entidades; 2.6. Integridade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato gerador; 2.7. Objetividade – o registro deve representar a realidade dos fenômenos patrimoniais em função de critérios técnicos contábeis

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preestabelecidos em normas ou com base em procedimentos adequados, sem que incidam preferências individuais que provoquem distorções na informação produzida; 2.8. Representatividade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem conter todos os aspectos relevantes; 2.9. Tempestividade – os fenômenos patrimoniais devem ser registrados no momento de sua ocorrência e divulgados em tempo hábil para os usuários; 2.10. Uniformidade – os registros contábeis e as informações devem observar critérios padronizados e contínuos de identificação, classificação, mensuração, avaliação e evidenciação, de modo que fiquem compatíveis, mesmo que geradas por diferentes entidades. Esse atributo permite a interpretação e a análise das informações, levando-se em consideração a possibilidade de se comparar a situação econômico-financeira de uma entidade do setor público em distintas épocas de sua atividade; 2.11. Utilidade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem atender às necessidades específicas dos diversos usuários; 2.12. Verificabilidade – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem possibilitar o reconhecimento das suas respectivas validades; 2.13. Visibilidade – os registros e as informações contábeis devem ser disponibilizadas para a sociedade e expressar, com transparência, o resultado da gestão e a situação patrimonial da entidade do setor público. 3. O registro deve ser efetuado em idioma e moeda corrente nacionais, em livros ou meios eletrônicos que permitam a identificação e o seu arquivamento de forma segura; 4. Quando se tratar de transação em moeda estrangeira, esta, além do registro na moeda de origem, deve ser convertida em moeda nacional, aplicando a taxa de câmbio oficial e vigente na data da transação; 5. O Livro Diário e o Livro Razão constituem fontes de informações contábeis permanentes e neles são registradas as transações que afetem ou possam vir a afetar a situação patrimonial; 6. O Livro Diário e o Livro Razão devem ficar à disposição dos usuários e dos órgãos de controle, na unidade contábil, no prazo estabelecido em legislação específica; 7. Os registros contábeis devem ser efetuados de forma analítica, refletindo a transação constante em documento hábil, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade; 8. Os registros contábeis devem ser validados por contabilistas, com base em documentação hábil e em conformidade às normas e às técnicas contábeis; 9. Os registros extemporâneos devem consignar, nos seus históricos, as datas efetivas das ocorrências e a razão do atraso; 13. São elementos essenciais do registro contábil: a) A data da ocorrência da transação, conta debitada e creditada, valor da transação, número de controle e o histórico da transação de forma descritiva ou por meio do uso de código de histórico padronizado, 14. O registro dos bens, direitos e obrigações deve possibilitar a indicação dos elementos necessários à sua perfeita caracterização e identificação; 15. Os atos da administração com potencial de modificar o patrimônio da

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entidade devem ser registrados nas contas de compensação. Exemplo de registros contábeis: Previsão de receita

Arrecadação de receita

Fixação da despesa na LOA

Empenho da despesa

Liquidação de despesa

Pagamento de despesa

Arrecadação de receitas

Liquidação de uma despesa orçamentária

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Saída de recurso financeiro – pagamento de despesa

Transferência financeira (liberação dos recursos - COTA): Na entidade concedente D – Cota concedida XXX C – Bancos c/ movimento – conta única XXX D – Disponibilidades financeiras XXX C – Disponibilidades por fonte de recursos XXX Observação: Cota é a transferência financeira da STN para o órgão setorial de programação financeira do ministério – OSPF. Na entidade beneficiária: D – Bancos c/ movimento – conta única XXX C – Cota recebida XXX D - Disponibilidades por fonte de recursos XXX C - Disponibilidades financeiras XXX Transferência financeira externa (liberação dos recursos - REPASSE): Na entidade concedente D – Repasse concedido XXX C – Bancos c/ movimento – conta única XXX D - Disponibilidades financeiras XXX C - Disponibilidades por fonte de recursos XXX Observação: Repasse é a transferência financeira externa do OSPF para a UG responsável pela aplicação dos recursos (ministério diferente). Na entidade beneficiária: D – Bancos c/ movimento – conta única XXX C – Repasse concedido XXX D - Disponibilidades financeiras XXX C - Disponibilidades por fonte de recursos XXX Transferência financeira interna (liberação dos recursos – SUB-REPASSE): Na entidade concedente

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D – Sub-Repasse concedido XXX C – Bancos c/ movimento – conta única XXX D - Disponibilidades financeiras XXX C - Disponibilidades por fonte de recursos XXX Observação: Sub-Repasse é a transferência financeira interna do OSPF para a UG responsável pela aplicação dos recursos (dentro do mesmo ministério). Os lançamentos contábeis na entidade beneficiária dos recursos são semelhantes, muda-se só o nome da primeira conta, de sub-repasse concedido para sub-repasse recebido. Pagamento de dívida fundada:

D - Despesa de Capital Paga XXX C - Bancos c/movimento XXX 2.8. CLASSIFICAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO SOB O ENFOQUE CONTÁBIL

Conforme as novas regras o patrimônio público está estruturado em

três grupos:

Ativo Compreende os direitos e os bens, tangíveis ou intangíveis

adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou

utilizados pelo setor público, que represente um fluxo de

benefícios, presente ou futuro.

Passivo Compreende as obrigações assumidas pelas entidades do

setor público ou mantidas na condição de fiel depositário,

bem como as contingências e as provisões.

Patrimônio

Líquido

Representa a diferença entre o Ativo e o Passivo.

A referida norma estabelece ainda que a classificação dos elementos

patrimoniais considera a segregação em “circulante” e “não

circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e

exigibilidade.

Prevê que os ativos devem ser classificados como circulante quando

satisfizerem a um dos seguintes critérios:

1. Estarem disponíveis para realização imediata;

2. Tiverem a expectativa de realização até o término do exercício

seguinte.

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Assim sendo, os demais ativos devem ser classificados como não

circulante.

Os passivos devem ser classificados como circulante quando

satisfizerem a um dos seguintes critérios:

1. Corresponderem a valores exigíveis até o término do exercício

seguinte;

2. Corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome

deles, quando a entidade do setor público for a fiel depositária,

independentemente do prazo de exigibilidade.

Os demais passivos devem ser classificados como não circulante.

Portanto, facultativamente, a partir de 2010, e obrigatoriamente, em

2011, o balanço patrimonial deve obedecer a seguinte estrutura:

ATIVO PASSIVO

Ativo circulante Passivo circulante

Ativo não circulante Passivo não circulante

Patrimônio líquido

Porém, para fins de concursos caso seja exigido numa questão, os

grupos de contas conforme a Lei nº 4.320/64 deve-se observar o que

rege a referida norma.

2.9. AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO DE ATIVOS Segundo o MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO, aplicado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Válido para o exercício de 2010, de forma facultativa e obrigatoriamente em 2011 para a União, 2012 para os Estados e 2013 para os Municípios. (Portaria STN nº 467, de 6 de agosto 2009), a avaliação passa a ser conforme demonstrado abaixo: A avaliação e a mensuração dos elementos patrimoniais nas entidades do setor público obedecem aos seguintes critérios: 2.9.1. DISPONIBILIDADES As disponibilidades são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial.

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As aplicações financeiras de liquidez imediata são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, atualizadas até a data do Balanço Patrimonial. As atualizações apuradas são contabilizadas em contas de resultado.

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2.9.2. CRÉDITOS E OBRIGAÇÕES Os direitos, os títulos de créditos e as obrigações são mensurados ou avaliados pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial. Os riscos de recebimento de direitos são reconhecidos em conta de ajuste, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram. Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações prefixadas são ajustados a valor presente. Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações pós-fixadas são ajustados considerando-se todos os encargos incorridos até a data de encerramento do balanço. As provisões são constituídas com base em estimativas pelos prováveis valores de realização para os ativos e de reconhecimento para os passivos. As atualizações e os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado. 2.9.3. ESTOQUES Os estoques são ativos: 1. Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados no processo de produção; 2. Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados ou distribuídos na prestação de serviços; 3. Mantidos para a venda ou distribuição no curso normal das operações; 4. Usados no curso normal das operações. Os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou valor realizável líquido, dos dois o menor. Os custos de estoques devem abranger todos os custos de compra, conversão e outros custos incorridos referentes ao deslocamento, como impostos não recuperáveis, custos de transporte e outros, referente ao processo de produção. Os custos posteriores de armazenagem ou entrega ao cliente não devem ser absorvidos pelos estoques.

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Os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros são considerados como variações patrimoniais diminutivas do período em que ocorrerem e não como custo dos estoques. Exemplos de despesas excluídas do valor do estoque e reconhecidos como variações patrimoniais diminutivas do período em que são obtidos: 1. Quantias anormais de materiais desperdiçados, mão de obra ou de outros custos de produção; 2. Custos de armazenamento, a menos que sejam necessários no processo de produção antes de uma nova fase de produção; 3. Despesas gerais administrativas que não contribuam para colocar os estoques no seu local e na sua condição atual; 4. Custos de vendas. 2.10. MENSURAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS

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Os descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes são deduzidos na determinação do custo de aquisição e, por isso, não devem ser reconhecidos como variação patrimonial aumentativa. O método para mensuração e avaliação das saídas dos estoques é o custo médio ponderado, conforme o inciso III, art. 106 da Lei 4.320/64. Pelo método do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período, e do custo de itens semelhantes comprados ou produzidos durante o período. A média pode ser determinada através de uma base periódica ou à medida que cada entrega adicional seja recebida, o que depende das circunstâncias da entidade. O custo dos estoques pode não ser recuperável se estes estiverem danificados, se tornarem-se total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda diminuírem. A prática de reduzir o custo dos estoques para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser mensurados em excesso pelos futuros benefícios econômicos ou serviços em potencial a serem realizados pela sua venda, troca, distribuição ou uso. Assim, quando houver deterioração física parcial, obsolescência, bem como outros fatores análogos, deve ser utilizado o valor realizável líquido. Os resíduos e os refugos também devem ser mensurados, na falta de critério mais adequado, pelo valor realizável líquido. As diferenças de valor de estoques que forem conseqüências das situações descritas acima devem ser refletidas em contas de resultado. Os estoques de animais e de produtos agrícolas e extrativos são mensurados ou avaliados pelo valor justo menos os custos estimados de venda, quando atendidas as seguintes condições: 1. Que a atividade seja primária; 2. Que o custo de produção seja de difícil determinação ou que acarrete gastos excessivos. Quando os bens forem distribuídos gratuitamente ou a taxas não de mercado, os estoques serão valorados a custo ou valor de reposição, o menor dos dois.

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2.10.1. INVESTIMENTOS PERMANENTES MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL As participações em empresas e em consórcios públicos ou público-privados em que a administração tenha influência significativa devem ser mensuradas ou avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. O método da equivalência patrimonial será utilizado para os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. Mesmo procedimento usado pelas Sociedades Anônimas, conforme a Lei nº 11.941/09. Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento é inicialmente registrado a preço de custo e o valor contábil é aumentado ou reduzido conforme o Patrimônio Líquido da investida aumente ou diminua.

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O valor do investimento permanente avaliado pelo método da equivalência patrimonial será obtido mediante o seguinte cálculo: 1. Aplicação do percentual de participação no capital social sobre o resultado da subtração do patrimônio líquido da investida do valor do adiantamento para aumento de capital concedido a essa; e 2. Subtração, do montante referido no inciso I, dos lucros não realizados nas operações intercompanhias, líquidos dos efeitos fiscais. MÉTODO DO CUSTO As demais participações devem ser mensuradas ou avaliadas de acordo com o custo de aquisição. Pelo método do custo, o investimento é registrado no ativo permanente a preço de custo. A entidade investidora somente reconhece o rendimento na medida em que receber as distribuições de lucros do item investido. As distribuições provenientes de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente são reconhecidas como receita patrimonial. Os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado. Também são considerados investimentos permanentes os seguintes ativos: terras, terrenos ou prédios mantidos para fins de renda ou ganho de capital ou ambos, desde que não sejam usados: 1. Na produção ou suprimento de bens e serviços ou para propósitos administrativos; ou 2. Como venda no curso ordinário das operações. O ativo deve ser reconhecido inicialmente pelo seu custo de aquisição. Caso tenha sido adquirido mediante doação deve ser registrado pelo valor justo na data de aquisição. Após o reconhecimento inicial, a entidade deve optar entre manter o ativo pelo valor de custo deduzido das depreciações acumuladas e perdas acumuladas por imparidade ou pelo valor justo, sendo qualquer ganho ou perda resultante da variação deste valor reconhecida no resultado. IMOBILIZADO O ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, é reconhecido inicialmente com base no valor de aquisição, produção ou construção. Quando os elementos do ativo imobilizado tiverem vida útil econômica limitada, ficam sujeitos a depreciação, amortização ou

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exaustão sistemática durante esse período, sem prejuízo das exceções expressamente consignadas. Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a título gratuito, devem ser registrados pelo valor justo na data de sua aquisição, sendo que deverá ser considerado o valor resultante da avaliação obtida com base em procedimento técnico ou valor patrimonial definido nos termos da doação. Deve ser evidenciado em notas explicativas o critério de mensuração ou avaliação dos ativos do imobilizado obtidos a título gratuito, bem como a eventual impossibilidade de sua valoração, devidamente justificada.

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Após o reconhecimento inicial, a entidade detentora do ativo deve optar entre valorá-lo pelo modelo do custo ou da reavaliação. O modelo do custo consiste no valor de aquisição, produção ou construção menos a depreciação acumulada e as perdas acumuladas por imparidade. O modelo da reavaliação consiste no valor justo sujeito à reavaliação periódica menos a depreciação acumulada e as perdas acumuladas por imparidade. Os ganhos e perdas decorrentes da reavaliação devem ser reconhecidos no resultado do exercício. Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo imobilizado devem ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. Qualquer outro gasto que não gere benefícios futuros deve ser reconhecido como despesa do período em que seja incorrido. No caso de transferências de ativos, o valor a atribuir deve ser o valor contábil líquido constante nos registros da entidade de origem. Em caso de divergência deste critério com o fixado no instrumento de autorização da transferência, este deve ser evidenciado em notas explicativas. Os bens de uso compartilhado por mais de uma entidade que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional. A mensuração dos bens de uso compartilhado será efetuada, sempre que possível, ao valor de aquisição ou ao valor de produção e construção. INTANGÍVEL Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou de produção, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que hajam sofrido ao longo de sua vida útil por redução ao valor recuperável (impairment). Um ativo intangível deve ser reconhecido somente quando:

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1. For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e 2. O custo do ativo possa ser mensurado com segurança. O critério de mensuração ou avaliação dos ativos intangíveis obtidos a título gratuito e a eventual impossibilidade de sua valoração devem ser evidenciados em notas explicativas. Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo intangível devem ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. Qualquer outro gasto deve ser reconhecido como despesa do período em que tenha incorrido. O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não deve ser reconhecido como ativo. 3. BATERIA DE EXERCÍCIOS BALANÇO FINANCEIRO 1. (CESPE – Contador/Min. Saúde – 2009) No balanço financeiro, o eventual saldo positivo a ser transferido para o exercício seguinte deve ser demonstrado na coluna de despesas. Resolução O saldo transferido para o exercício seguinte, seja negativo ou positivo, deve ser demonstrado na coluna de despesas (desembolsos). Vejamos dois exemplos, com saldo final do exercício positivo e negativo. Apenas para facilitar a visualização dos exemplos, em ambos iremos utilizar o saldo que veio do exercício anterior zero: 1º exemplo: saldo que vai para o exercício seguinte positivo. BALANÇO FINANCEIRO RECEITAS / INGRESSOS DESPESAS / DESEMBOLSOS Orçamentárias 150 Orçamentárias 100 Extra-orçamentárias 100 Extra-orçamentárias 100 Saldo do exercício anterior 0 Saldo para o exercício

seguinte 50

TOTAL 250 TOTAL 250 Assim, quando o saldo final do exercício é positivo, ele ingressa na coluna das despesas somando. 2º exemplo: saldo que vai para o exercício seguinte negativo. BALANÇO FINANCEIRO

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RECEITAS / INGRESSOS DESPESAS / DESEMBOLSOS Orçamentárias 100 Orçamentárias 150 Extra-orçamentárias 100 Extra-orçamentárias 100 Saldo do exercício anterior 0 Saldo para o exercício

seguinte (50)

TOTAL 200 TOTAL 200 E quando o saldo ao final do exercício é negativo, ele ingressa na coluna das despesas subtraindo. O saldo transferido para o exercício seguinte, seja negativo ou positivo, deve ser demonstrado na coluna de despesas. CERTO. (CESPE – Analista /INMETRO – 2009) Os dados da tabela acima, cujos valores estão em reais, foram extraídos de um exercício financeiro encerrado, relativos ao balanço financeiro de uma entidade governamental. Considerando que tenham sido inscritas como restos a pagar do exercício despesas no montante de R$60.000,00, e que tenham sido pagos no exercício restos a pagar no valor de R$ 40.000,00, julgue os itens que se seguem. 2. O resultado financeiro do exercício apresentou superávit no valor de R$ 40.000,00. Resolução Há duas maneiras para se calcular o resultado financeiro do exercício: 1ª. Total dos ingressos menos o total dos desembolsos: (+) Total dos ingressos/receitas 1.300 Orçamentário 1.140 Extra-orçamentário 160 (-) Total dos desembolsos/despesas (1.280) Orçamentário 1.150 Extra-orçamentário 130 Resultado financeiro – positivo/superavitário 20 2ª. Saldo atual (saldo final) menos saldo anterior (saldo inicial): (+) Saldo atual (saldo para o exercício seguinte) 40 (-) Saldo inicial (saldo que veio do exercício anterior) (20) Resultado financeiro – positivo/superavitário 20 Portanto, o resultado financeiro do exercício foi superavitário no valor de R$ 20.000,00, e não de R$ 40.000,00.

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ERRADO. 3. Os restos a pagar pagos no exercício estão computados nos valores da despesa extra-orçamentária. Resolução A inscrição de empenhos em restos a pagar gera uma despesa orçamentária e o seu pagamento, no exercício subseqüente, uma despesa extra-orçamentária. CERTO. 4. Os valores relativos aos restos a pagar inscritos no exercício compõem os valores registrados na despesa orçamentária. Resolução Isso mesmo! A inscrição gera despesa orçamentária e o pagamento despesa extra-orçamentária. Importante! A inscrição do empenho em restos a pagar gera, além de uma despesa orçamentária, também uma receita extra-orçamentária no balanço financeiro. Veja o que informa a Lei 4.320/64: Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária. O Balanço Financeiro tem a função de evidenciar a movimentação de recursos financeiros. Todavia, a despesa gerada pela inscrição dos restos a pagar aparece no balanço financeiro. Mas já que, de fato, ainda não foi paga, para compensar essa despesa que aparece no balanço financeiro insere-se uma receita extra-orçamentária no mesmo valor. Trata-se apenas de uma receita escritural, uma técnica para demonstrar o valor real dos recursos financeiros que irão para o exercício seguinte. Afirmativa CERTA. (CESPE – Auditor/SECONT-ES 2009)

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Considerando o balanço financeiro acima, encerrado no exercício financeiro de 2008, julgue os itens que se seguem. 5. Como se trata de um fluxo de caixa, no balanço financeiro, tanto a receita orçamentária como a despesa orçamentária foram contabilizadas pelo regime de caixa. Resolução O balanço financeiro de fato demonstra a movimentação dos fluxos financeiros, todavia, a contabilidade não utiliza o regime de caixa para escrituração dos fatos administrativos. ERRADO. 6. Em 2008, a entidade apresentou déficit financeiro no valor de R$200.000. Resolução Vamos utilizar o cálculo direto: (+) Saldo atual (saldo para o exercício seguinte) 10 (-) Saldo inicial (saldo que veio do exercício anterior) (210) Resultado financeiro (200) Portanto, se o saldo no início do exercício de 2008 (que veio do exercício anterior) era de R$210.000 e ao final restaram apenas R$10.000, o desempenho financeiro no ano foi, de fato, negativo/deficitário no valor de R$200.000. CERTO. 7. Em 2008, foram inscritos restos a pagar no valor de R$ 180.000. Resolução Quando o empenho é inscrito em restos a pagar ocorre uma despesa orçamentária e o pagamento, no exercício financeiro seguinte, uma despesa extra-orçamentária. Todavia, como sabemos, a despesa orçamentária gerada pela inscrição dos restos a pagar aparece no balanço financeiro. Mas já que, de fato, ainda não foi paga, para compensar essa despesa orçamentária que aparece no balanço financeiro insere-se uma receita extra-orçamentária no mesmo valor. Há duas informações no balanço financeiro sobre restos a pagar: R$180.000 em DESPESAS extra-orçamentárias, que são os restos a pagar de 2007 pagos durante o exercício financeiro de 2008. R$240.000 em RECEITAS extra-orçamentárias, que é a receita escritural em contrapartida dos empenhos inscritos em restos a pagar em 2008.

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Portanto, em 2008 foram inscritos restos a pagar no valor de R$240.000. Afirmativa ERRADA. 8. Em 2009, os restos a pagar inscritos em 2008 serão computados no rol das receitas extra-orçamentárias para compensar a sua inclusão no rol das despesas orçamentárias. Resolução O único reflexo dos restos a pagar de 2008 no balanço financeiro de 2009 será uma despesa extra-orçamentária, quando concretizados os pagamentos. No final do exercício financeiro de 2009 só há como inscrever em restos a pagar os empenhos emitidos em 2009. Os restos a pagar inscritos em 2008 serão computados no rol das receitas extra-orçamentárias para compensar a sua inclusão no rol das despesas orçamentárias em 2008, e não em 2009. ERRADO. 9. (ESAF – Analista - Ciências Contábeis – ANA/2009) Com base no modelo utilizado pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, assinale a opção verdadeira em relação ao Balanço Financeiro de uma entidade qualquer da Administração Federal. a) Depósitos de terceiros integram os ingressos orçamentários. b) As disponibilidades para o exercício seguinte, quando existirem, são demonstradas juntamente com os ingressos. c) Os dispêndios orçamentários são demonstrados obedecendo à classificação econômica da despesa. d) Os ingressos independentes da execução orçamentária somente figuram nessa demonstração se há previsão de devolução no exercício subseqüente. e) Os valores a transferir, em razão da inscrição de restos a pagar não processados, são evidenciados em rubricas próprias. Resolução a) Depósitos de terceiros são ingressos extra-orçamentários. ERRADO. b) O saldo que vai para o exercício seguinte, quando existir, será demonstrado na coluna dos dispêndios e não na coluna dos ingressos de recursos. ERRADO. c) Perfeito! Os dispêndios são demonstrados segundo a classificação econômica. Veja abaixo parte do balanço financeiro da administração direta da União 2008, exceto fundos: DISPÊNCIOS Títulos 2008 2007 DESPESAS CORRENTES

(...)

419.519.436.166,21

405.148.992.274,20

DESPESAS DE CAPITAL 482.179.865.226,0 496.042.938.729,51

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(...) 0 CERTO. d) Todos os ingressos e saídas de recursos financeiros são demonstrados. ERRADO. e) Os valores a transferir para o próximo exercício, em razão da inscrição de restos a pagar, não são segregados em rubricas específicas. ERRADO. Portanto, letra C. 10. (ESAF ACE – TCU/2006) Identifique a única opção incorreta com relação ao conteúdo de um Balanço Financeiro da Administração Pública, segundo a Lei n. 4.320/64. a) Contém os créditos e valores realizáveis independentemente de autorizações orçamentárias e valores numerários. b) Contém as operações de recebimento e pagamento no período demonstrado. c) Contém os saldos do exercício anterior e os saldos para o exercício seguinte. d) Contém as operações orçamentárias de receita e despesa. e) Contém as operações de caráter financeiro que alteram o fluxo de caixa no período para o qual se elabora a demonstração. Resolução O comando da questão pede a opção incorreta em relação ao conteúdo do balanço financeiro. a) Essa opção está incorreta porque o balanço financeiro não contém os créditos e valores realizáveis independentemente de autorizações orçamentárias e valores numerários. Os créditos e valores realizáveis independentemente de autorizações orçamentárias e valores numerários são contas do balanço patrimonial. CERTO. b) Essa opção é correta porque o balanço financeiro contém as operações de recebimento e pagamento no período demonstrado. É importante observar que o balanço financeiro representa o fluxo de caixa do Ente da Federação. No fluxo de caixa constam os recebimentos e pagamentos. ERRADO. c) Essa opção é correta porque o balanço financeiro contém os saldos do exercício anterior e o saldo que passa para o exercício seguinte. ERRADO. d) Essa opção é correta porque o balanço financeiro contém as operações orçamentárias e extra-orçamentárias de receita e despesa. ERRADO. e) Essa opção é correta porque o balanço financeiro contém as operações de caráter financeiro que alteram o fluxo de caixa no período para o qual se elabora a demonstração. Se o BF representa o fluxo de caixa, deverá conter todas as operações de caráter financeiro, entretanto, existem informações no BF de caráter não financeiro, a exemplo dos restos a pagar. ERRADO.

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11. (ESAF ACE – TCU/2006) O balanço financeiro é um quadro de contabilidade com receita e despesa, em que se distribuem entradas e saídas de numerário e se demonstram as operações de tesouraria e de dívida pública. Resolução O balanço financeiro é um fluxo de caixa, conseqüentemente, demonstra as entradas e saídas de numerário e as operações de tesouraria e de dívida pública. “Operações de tesouraria” é sinônimo de entrada e saída de caixa. Operações de dívida pública representam tanto as entradas de receitas de operações de crédito quanto as despesas referentes às operações de crédito. Certo. 12. (ESAF ACE – TCU/2006) De acordo com a Lei n. 4.320/64, o balanço financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Resolução Essa opção espelha a literalidade do art. 103 da Lei nº. 4.320/64. Observe: “Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte”. CERTO. 13. (CESPE – ANTAQ/Analista - Ciências Contábeis – 2009) Sabendo-se que o saldo final das disponibilidades, no balanço financeiro de uma determinada empresa, foi de R$ 650.000,00; o saldo das receitas e despesas orçamentárias, de R$ 300.000,00; e o das receitas e despesas extra-orçamentárias, negativo em R$ 150.000,00, conclui-se que o saldo inicial era de R$ 500.000,00. Resolução BALANÇO FINANCEIRO RECEITAS DESPESAS Orçamentárias Orçamentárias Extra-orçamentárias Extra-orçamentárias Saldo do exercício anterior Saldo para o exercício

seguinte O saldo que vai para o exercício seguinte (disponibilidades: R$650.000,00) é igual ao saldo que herdou do exercício anterior, acrescido de todas as receitas e subtraído de todas as despesas do exercício.

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Se o resultado orçamentário foi positivo em R$ 300.000,00 e o extra-orçamentário foi negativo em R$150.000,00, resultará, portanto, num acréscimo líquido no exercício de R$150.000,00 (300 – 150). Dessa forma, temos: Saldo do exercício anterior ??? (+) Variação no exercício 150.000,00 (=) Saldo para o exercício seguinte (disponibilidades)

650.000,00

Conclui-se assim que o saldo inicial do exercício, ou saldo do exercício anterior, é igual a R$ 500.000,00. CERTO. 14. (CESPE – ANTAQ/Analista – 2009) O balanço financeiro é composto estruturalmente por um quadro com duas seções, que se igualam computando-se os saldos do exercício anterior, na parte da despesa, e o saldo que passa para o exercício seguinte, na parte da receita. Resolução De fato há duas seções (receitas e despesas) que se igualam na totalização, mas o saldo que passa para o exercício seguinte consta ao final da parte da despesa e os saldos do exercício anterior constam ao final das receitas. ERRADO. 15. (CESPE – ACE/TCU – 2008) O balanço financeiro da União, integrante do relatório resumido da execução orçamentária de 31 de dezembro de 2007, apresentava, antes de seu fechamento, os seguintes saldos (em R$ bilhões): Ingressos orçamentários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.252 Ingressos extra-orçamentários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 452 Dispêndios orçamentários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.224 Dispêndios extra-orçamentários. . . . . . . . . . . . . . . . . . 423 Com base nesses dados, é correto concluir que o saldo das disponibilidades para o exercício seguinte estará acrescido de R$ 28 bilhões em relação ao saldo transferido do exercício anterior. Resolução INGRESSOS DO EXERCÍCIO (+) orçamentários 1.252 (+) extra-orçamentários 452 (=) TOTAL DE INGRESSOS NO EXERCÍCIO 1.704 DISPÊNCIOS DO EXERCÍCIO (+) orçamentários 1.224 (+) extra-orçamentários 423 (=) TOTAL DE DISPÊNDIOS NO EXERCÍCIO 1.647

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SALDO FINANCEIRO DO EXERCÍCIO (+) TOTAL DE INGRESSOS DO EXERCÍCIO 1.704 (-) TOTAL DE DISPÊNDIOS DO EXERCÍCIO (1.647) (=) SALDO DE RECURSOS FINANCEIROS DO EXERCÍCIO

57

Portanto, o saldo das disponibilidades para o exercício seguinte estará acrescido de R$ 57 bilhões, em relação ao saldo recebido do exercício anterior. ERRADO. 16. (CESPE – ACE/TCU – 2007) Os restos a pagar pagos no exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária. Resolução A Lei nº. 4.320/64 estabelece as seguintes regras acerca do balanço financeiro: Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.

Vamos demonstrar como funciona essa situação através de um exemplo. Exemplo: Suponha-se os seguintes dados extraídos de um órgão no exercício financeiro de “X1”. Dados: Despenha fixada $100.000 Despesa empenhada $100.000 Despesa liquidada $60.000 Restos a pagar $40.000 Receita arrecadada $100.000 Importante! No encerramento do exercício financeiro, a despesa orçamentária será considerada aquela efetivamente empenhada, mesmo que não tenha sido liquidada, desde que tenha sido inscrita em restos a pagar. Vamos apurar o balanço financeiro do referido órgão à partir dos dados apresentados: Balanço Financeiro – em 31/12/X1 RECEITAS DESPESAS Orçamentárias Orçamentárias Receitas arrecadadas 100.000 Despesas empenhadas 100.000 Extra-orçamentárias Extra-orçamentárias

Restos a pagar 40.000 Saldo que passa para o exercício seguinte

40.000

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Total 140.000 Total 140.000 Analisando a situação acima pode-se observar que as despesas orçamentárias inscritas como restos a pagar do exercício (40.000), estão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária. Observe que o valor de $ 40.000 inscrito em restos a pagar, no lado das receitas, também encontra-se dentro do total dos $ 100.000 das despesas empenhadas. Esse total de $ 40.000 é exatamente o valor financeiro não desembolsado no exercício. Essa técnica contábil é utilizada para fins de “fechamento” do balanço financeiro. Essa situação não afeta a apuração do saldo financeiro para o exercício seguinte, haja vista que não houve desembolso financeiro desse valor. Utilizando os mesmos dados de “X1”, suponha agora que em março de “X2” ocorreu o efetivo pagamento do valor de $ 40.000 inscrito em restos a pagar em 31/12/X1. Dados depois de realizado o pagamento: Despenha fixada $100.000 Despesa empenhada $100.000 Despesa liquidada $100.000 Restos a pagar -------- Receita arrecadada $100.000 Vamos apurar o balanço financeiro em março de “X2” depois de realizado o pagamento: Balanço Financeiro – em março/X2 RECEITAS DESPESAS Orçamentárias Orçamentárias Receitas arrecadadas 100.000 Despesas empenhadas 100.000 Extra-orçamentárias Extra-orçamentárias Saldo do exercício anterior

40.000 Restos a pagar - pagos 40.000

Total 140.000 Total 140.000 Conclusão: Os restos a pagar pagos no exercício serão computados na DESPESA EXTRA-ORÇAMENTÁRIA. ERRADO. 17. (CESPE – Min. Saúde – 2008) No balanço financeiro, as interferências, por representarem movimentações financeiras entre órgãos e entidades de diferentes esferas de governo, devem ter os mesmos valores no consolidado de cada ente.

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Resolução As interferências (ativas ou passivas) demonstram a movimentação financeira (quota, repasse e sub-repasse). Na consolidação das contas de cada ente, os valores devem necessariamente coincidir, possuir os mesmos valores, demonstrando os recursos enviados e seu respectivo recebimento pelo outro órgão. CERTO. 18. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) Considere os dados da Prefeitura Crisântemo abaixo. I. Balanço Financeiro em 30.11.06 (Em R$)

II. Informações Adicionais: Operações realizadas em dezembro de 2006 (em R$) − recebimento de taxa de 5.000 − despesa empenhada e não paga 20.000 − recebimento de cauções em dinheiro 5.000 O total da receita extra-orçamentária em 31.12.06, em R$, é (A) 46.421 (B) 41.421 (C) 40.000 (D) 36.421 (E) 21.421 Resolução Receitas extra-orçamentárias em 30/11/06 (saldo inicial) 16.421 Despesa empenhada e não paga 20.000 Recebimento de cauções em dinheiro 5.000 TOTAL da receita extra-orçamentária em 31/12/06 41.421 O único ponto de possível dúvida na questão é a “despesa empenhada e não paga”, a qual se refere a empenhos inscritos em restos a pagar. Objetivando “reservar” os recursos do exercício em

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que foi emitido o empenho, para que se possa efetuar o pagamento no exercício seguinte, esse empenho é inscrito em restos a pagar. A inscrição gera uma despesa orçamentária e, quando do pagamento, uma despesa extra-orçamentária. O Balanço Financeiro tem a função de evidenciar a movimentação de recursos financeiros. Todavia, a despesa gerada pela inscrição dos restos a pagar aparece no balanço financeiro. Mas já que, de fato, ainda não foi paga, para compensar essa despesa que aparece no balanço financeiro insere-se uma receita extra-orçamentária no mesmo valor. Trata-se apenas de uma técnica para fechar o balanço financeiro. Letra B.

19. (FCC – Analista-Contadoria/TRF.3ªRegião – 2007) Os seguintes dados foram extraídos do Balanço Financeiro de determinado município: Saldo positivo relativo ao exercício anterior ................ R$ 100.000,00 Receitas orçamentárias ........................................... R$ 940.000,00 Despesas orçamentárias .......................................... R$ 990.000,00 Restos a pagar do exercício ...................................... R$ 35.000,00 Restos a pagar de exercícios anteriores pagos no exercício: R$55.000,00 Considerando apenas essas informações, o saldo financeiro positivo para o exercício seguinte corresponderá a, em R$, (A) 10.000,00 (B) 30.000,00 (C) 50.000,00 (D) 80.000,00 (E) 120.000,00 Resolução Observações: 1. A inscrição de restos a pagar gera despesa orçamentária. Assim, dentro das despesas orçamentárias (R$990) já estão incluídos os restos a pagar do exercício (R$35). E ainda, a inscrição de restos a pagar gera também uma receita extra-orçamentária, objetivando compensar essa despesa orçamentária reconhecida e que, de fato, ainda não foi paga. 2. O pagamento de restos a pagar gera uma despesa extra-orçamentária. BALANÇO FINANCEIRO:

RECEITAS / INGRESSOS DESPESAS / DISPÊNDIOS

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Orçamentárias 940 Orçamentárias (obs.1) 990

Extra-orçamentárias (obs.1)

35 Extra-orçamentárias (obs.2)

55

Saldo do exercício anterior 100 Saldo para o exercício seguinte

???

TOTAL 1.075 TOTAL 1.075

Saldo para o exercício seguinte = 1075 – 990 – 55 Saldo para o exercício seguinte = 30 Letra B. 20. (FCC – Contador/Defensoria Pública/SP – 2009) Dados extraídos do balanço financeiro de um ente público encerrado em 31/12/2009: Receita Orçamentária ............................................. 360.000,00 Despesa Orçamentária ............................................ 320.000,00 Saldo do Exercício anterior ........................................ 30.000,00 Restos a pagar inscritos no exercício........................... 20.000,00 Despesas extra-orçamentárias ................................... 60.000,00 Demais receitas extra-orçamentárias........................... 40.000,00 Com base apenas nessas informações, pode-se concluir que o saldo do balanço financeiro em 31/12/2009 correspondia, em R$, a (A) 40.000,00 (B) 30.000,00 (C) 50.000,00 (D) 70.000,00 (E) 20.000,00 Resolução Lembre-se! A inscrição de restos a pagar gera uma despesa orçamentária e, para compensar essa despesa que de fato ainda não foi paga, mas que aparece no balanço financeiro, uma receita extra-orçamentária. Detalhe importante nessa questão, relativamente aos restos a pagar: - o item despesa orçamentária informa que o total é de R$ 320.000, ou seja, devemos considerar que os restos a pagar inscritos já estão contidos nesse valor; - o item demais receitas extra-orçamentárias informa que parte dessas receitas soma R$40.000, todavia, deixa evidente a existências de outras receitas extra-orçamentárias. Assim temos que:

Receitas Extra-orçamentárias (TOTAL)

= Inscrição de restos

a pagar +

Demais receitas extra-orçamentárias

Receitas Extra-orçamentárias (TOTAL)

= 20 + 40 = 60

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BALANÇO FINANCEIRO:

RECEITAS / INGRESSOS DESPESAS / DISPÊNDIOS

Orçamentárias 360 Orçamentárias 320

Extra-orçamentárias 60 Extra-orçamentárias 60

Saldo do exercício anterior 30 Saldo para o exercício seguinte

???

TOTAL 450 TOTAL 450

Saldo para o exercício seguinte = 450 – 320 – 60 Saldo para o exercício seguinte = 70 Letra D. 21. (FCC – Analista - Contabilidade/TRT 2ª Região – 2008) Os dados abaixo foram extraídos do Balanço Financeiro de determinado município. Saldo positivo relativo ao exercício anterior ........ R$ 10.000,00 Receitas orçamentárias .................................... R$ 420.000,00 Despesas orçamentárias .................................. R$ 410.000,00 Restos a pagar do exercício............................... R$ 25.000,00 Outras receitas extra-orçamentárias .................. R$ 30.000,00 Saldo financeiro positivo para o exercício seguinte R$ 40.000,00 Considerando apenas as informações acima, o total de despesas extra-orçamentárias no exercício corresponde, em R$, a (A) 5.000,00. (B) 10.000,00. (C) 15.000,00. (D) 30.000,00. (E) 35.000,00. Resolução BALANÇO FINANCEIRO:

RECEITAS / INGRESSOS DESPESAS / DISPÊNDIOS Orçamentárias 420 Orçamentárias 410

Extra-orçamentárias (*) 55 Extra-orçamentárias ???

Saldo do exercício anterior 10 Saldo para o exercício seguinte

40

TOTAL 485 TOTAL 485

(*)_ Conforme já sabemos, a inscrição de restos a pagar gera despesa orçamentária (que já está computada nos R$410.000) e uma receita extra-orçamentária. Assim, o total de receitas extra-orçamentárias será o valor inscrito em restos a pagar (R$25.000) mais o item outras receitas extra-orçamentárias (R$30.000). Despesas Extra-orçamentárias = 485 – 410 – 40 Despesas Extra-orçamentárias = 35 Letra E.

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22. (FCC – ACE/TC-CE – 2008) Os saldos, em espécie, provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte, serão demonstrados no (A) Boletim de Caixa e Bancos. (B) Balanço Patrimonial. (C) Balanço Financeiro. (D) Balanço Compensado. (E) Fluxo de Caixa. Resolução Essa foi moleza! É o balanço financeiro que demonstra os saldos em espécie (o dinheiro), do exercício anterior e o que vai para o seguinte, evidenciando todas as entradas e saídas ocorridas no exercício, sejam elas orçamentárias ou extra-orçamentários. Lei 4.320/64:

Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.

Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.

Letra C. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS – BALANÇO FINANCEIRO 1. (CESPE – Contador/Min. Saúde – 2009) No balanço financeiro, o eventual saldo positivo a ser transferido para o exercício seguinte deve ser demonstrado na coluna de despesas. (CESPE – Analista /INMETRO – 2009) Os dados da tabela acima, cujos valores estão em reais, foram extraídos de um exercício financeiro encerrado, relativos ao balanço financeiro de uma entidade governamental. Considerando que tenham sido inscritas como restos a pagar do exercício despesas no montante de R$60.000,00, e que tenham sido pagos no exercício restos a pagar no valor de R$ 40.000,00, julgue os itens que se seguem.

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2. O resultado financeiro do exercício apresentou superávit no valor de R$ 40.000,00. 3. Os restos a pagar pagos no exercício estão computados nos valores da despesa extra-orçamentária. 4. Os valores relativos aos restos a pagar inscritos no exercício compõem os valores registrados na despesa orçamentária. (CESPE – Auditor/SECONT-ES 2009) Considerando o balanço financeiro acima, encerrado no exercício financeiro de 2008, julgue os itens que se seguem. 5. Como se trata de um fluxo de caixa, no balanço financeiro, tanto a receita orçamentária como a despesa orçamentária foram contabilizadas pelo regime de caixa. 6. Em 2008, a entidade apresentou déficit financeiro no valor de R$200.000. 7. Em 2008, foram inscritos restos a pagar no valor de R$ 180.000. 8. Em 2009, os restos a pagar inscritos em 2008 serão computados no rol das receitas extra-orçamentárias para compensar a sua inclusão no rol das despesas orçamentárias. 9. (ESAF – Analista - Ciências Contábeis – ANA/2009) Com base no modelo utilizado pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, assinale a opção verdadeira em relação ao Balanço Financeiro de uma entidade qualquer da Administração Federal. a) Depósitos de terceiros integram os ingressos orçamentários. b) As disponibilidades para o exercício seguinte, quando existirem, são demonstradas juntamente com os ingressos. c) Os dispêndios orçamentários são demonstrados obedecendo à classificação econômica da despesa.

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d) Os ingressos independentes da execução orçamentária somente figuram nessa demonstração se há previsão de devolução no exercício subseqüente. e) Os valores a transferir, em razão da inscrição de restos a pagar não processados, são evidenciados em rubricas próprias. 10. (ESAF ACE – TCU/2006) Identifique a única opção incorreta com relação ao conteúdo de um Balanço Financeiro da Administração Pública, segundo a Lei n. 4.320/64. a) Contém os créditos e valores realizáveis independentemente de autorizações orçamentárias e valores numerários. b) Contém as operações de recebimento e pagamento no período demonstrado. c) Contém os saldos do exercício anterior e os saldos para o exercício seguinte. d) Contém as operações orçamentárias de receita e despesa. e) Contém as operações de caráter financeiro que alteram o fluxo de caixa no período para o qual se elabora a demonstração. 11. (ESAF ACE – TCU/2006) O balanço financeiro é um quadro de contabilidade com receita e despesa, em que se distribuem entradas e saídas de numerário e se demonstram as operações de tesouraria e de dívida pública. 12. (ESAF ACE – TCU/2006) De acordo com a Lei n. 4.320/64, o balanço financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. 13. (CESPE – ANTAQ/Analista - Ciências Contábeis – 2009) Sabendo-se que o saldo final das disponibilidades, no balanço financeiro de uma determinada empresa, foi de R$ 650.000,00; o saldo das receitas e despesas orçamentárias, de R$ 300.000,00; e o das receitas e despesas extra-orçamentárias, negativo em R$ 150.000,00, conclui-se que o saldo inicial era de R$ 500.000,00. 14. (CESPE – ANTAQ/Analista – 2009) O balanço financeiro é composto estruturalmente por um quadro com duas seções, que se igualam computando-se os saldos do exercício anterior, na parte da despesa, e o saldo que passa para o exercício seguinte, na parte da receita. 15. (CESPE – ACE/TCU – 2008) O balanço financeiro da União, integrante do relatório resumido da execução orçamentária de 31 de dezembro de 2007, apresentava, antes de seu fechamento, os seguintes saldos (em R$ bilhões): Ingressos orçamentários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.252

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Ingressos extra-orçamentários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 452 Dispêndios orçamentários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.224 Dispêndios extra-orçamentários. . . . . . . . . . . . . . . . . . 423 Com base nesses dados, é correto concluir que o saldo das disponibilidades para o exercício seguinte estará acrescido de R$ 28 bilhões em relação ao saldo transferido do exercício anterior. 16. (CESPE – ACE/TCU – 2007) Os restos a pagar pagos no exercício serão computados na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária. (CESPE – TJDFT/Analista - Contabilidade – 2008) A contabilidade pública é demonstrada por meio de peças contábeis devidamente estruturadas e organizadas, denominadas balanços públicos, os quais possuem características muito próprias de apresentação. Acerca das especificidades do balanço patrimonial, julgue o item abaixo. 17. (CESPE – Min. Saúde – 2008) No balanço financeiro, as interferências, por representarem movimentações financeiras entre órgãos e entidades de diferentes esferas de governo, devem ter os mesmos valores no consolidado de cada ente. 18. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) Considere os dados da Prefeitura Crisântemo abaixo. I. Balanço Financeiro em 30.11.06 (Em R$)

II. Informações Adicionais: Operações realizadas em dezembro de 2006 (em R$) − recebimento de taxa de 5.000 − despesa empenhada e não paga 20.000 − recebimento de cauções em dinheiro 5.000 O total da receita extra-orçamentária em 31.12.06, em R$, é (A) 46.421

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(B) 41.421 (C) 40.000 (D) 36.421 (E) 21.421 19. (FCC – Analista - Contadoria/TRF 3ª Região – 2007) Os seguintes dados foram extraídos do Balanço Financeiro de determinado município: Saldo positivo relativo ao exercício anterior ................ R$ 100.000,00 Receitas orçamentárias ........................................... R$ 940.000,00 Despesas orçamentárias .......................................... R$ 990.000,00 Restos a pagar do exercício ...................................... R$ 35.000,00 Restos a pagar de exercícios anteriores pagos no exercício: R$55.000,00 Considerando apenas essas informações, o saldo financeiro positivo para o exercício seguinte corresponderá a, em R$, (A) 10.000,00 (B) 30.000,00 (C) 50.000,00 (D) 80.000,00 (E) 120.000,00 20. (FCC – Contador/Defensoria Pública/SP – 2009) Dados extraídos do balanço financeiro de um ente público encerrado em 31/12/2009: Receita Orçamentária ............................................. 360.000,00 Despesa Orçamentária ............................................ 320.000,00 Saldo do Exercício anterior ........................................ 30.000,00 Restos a pagar inscritos no exercício........................... 20.000,00 Despesas extra-orçamentárias ................................... 60.000,00 Demais receitas extra-orçamentárias........................... 40.000,00 Com base apenas nessas informações, pode-se concluir que o saldo do balanço financeiro em 31/12/2009 correspondia, em R$, a (A) 40.000,00 (B) 30.000,00 (C) 50.000,00 (D) 70.000,00 (E) 20.000,00 21. (FCC – Analista - Contabilidade/TRT 2ª Região – 2008) Os dados abaixo foram extraídos do Balanço Financeiro de determinado município. Saldo positivo relativo ao exercício anterior ........ R$ 10.000,00 Receitas orçamentárias .................................... R$ 420.000,00 Despesas orçamentárias .................................. R$ 410.000,00 Restos a pagar do exercício............................... R$ 25.000,00

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Outras receitas extra-orçamentárias .................. R$ 30.000,00 Saldo financeiro positivo para o exercício seguinte R$ 40.000,00 Considerando apenas as informações acima, o total de despesas extra-orçamentárias no exercício corresponde, em R$, a (A) 5.000,00. (B) 10.000,00. (C) 15.000,00. (D) 30.000,00. (E) 35.000,00. 22. (FCC – ACE/TC-CE – 2008) Os saldos, em espécie, provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte, serão demonstrados no (A) Boletim de Caixa e Bancos. (B) Balanço Patrimonial. (C) Balanço Financeiro. (D) Balanço Compensado. (E) Fluxo de Caixa. GABARITO 1C 2E 3C 4C 5E 6C 7E 8E 9C 10A 11C 12C 13C 14E 15E 16E 17C 18B 19B 20D 21E 22C QUESTÕES - BALANÇO PATRIMONIAL 1. (CESPE – Contador/Pref. Ipojuca/PE – 2009) O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, em determinado período, a posição patrimonial e financeira da entidade. Resolução O balanço patrimonial evidencia qualitativa e quantitativamente a posição patrimonial da entidade, incluídos os bens financeiros. Todavia, trata-se de um demonstrativo estático, ou seja, demonstra a posição patrimonial em determinado momento, naquela exata data em que é elaborado. Aí está o erro da questão, pois informa que o BP evidencia a posição patrimonial “em determinado período”. Já a demonstração das variações patrimoniais, por exemplo, evidencia todas as alterações ocorridas no patrimônio em determinado período, e não apenas a fotografia patrimonial final, como o BP. Item ERRADO. 2. (CESPE – Contador/Min. Saúde – 2009) O passivo real a descoberto, quando ocorrer, deve ser inscrito na coluna do ativo no balanço patrimonial. Resolução Perfeito! É dessa maneira que é demonstrado o patrimônio no BP.

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ATIVO REAL > PASSIVO REAL = PATRIMÔNIO LÍQUIDO, ou seja: ATIVO REAL = PASSIVO REAL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

ATIVO REAL < PASSIVO REAL = PASSIVO REAL DESCOBERTO, ou seja: ATIVO REAL + PASSIVO REAL DESCOBERTO = PASSIVO REAL

Eis um modelo simplificado de BALANÇO PATRIMONIAL: ATIVO PASSIVO

Ativo financeiro Passivo financeiro

Ativo permanente (não financeiro) Passivo permanente (não financeiro)

Ativo real (af + ap) Passivo real (pf + pp)

Passivo real descoberto Patrimônio líquido

Ativo compensado Passivo compensado

TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

CERTO. 3. (CESPE – Contador/Min. Saúde – 2009) As contas de passivo que dependem de autorização orçamentária para amortização ou resgate integram o passivo financeiro. Resolução As contas do passivo QUE DEPENDEM de autorização orçamentária para seu pagamento (amortização ou resgate) integram o PASSIVO PERMANENTE ou PASSIVO NÃO FINANCEIRO. Lei 4.320/64: Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará: (...) 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamentos que independa de autorização orçamentária. § 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

ERRADO. 4. (CESPE – TRE GO/Analista-Contabilidade – 2008) Um ente público apresentou, ao final do exercício financeiro, os saldos a seguir. - passivo permanente: R$ 1.200.000,00 - passivo real descoberto: R$ 350.000,00 - ativo/passivo compensado: R$ 420.000,00 Nesse caso, sabendo-se que o superávit financeiro é de R$ 170.000,00, é correto afirmar que o ativo permanente do referido ente é de A R$ 680.000,00. B R$ 1.030.000,00.

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C R$ 1.020.000,00. D R$ 960.000,00. Resolução Admitindo um valor hipotético de zero (R$ 0,00) para o passivo financeiro, temos então que o ativo financeiro tem o valor do superávit: R$ 170.000. (superávit financeiro = ativo financeiro – passivo financeiro) Passivo real “descoberto”, ou seja, informa que o passivo real é maior do que o ativo real. Passivo real descoberto = passivo real – ativo real Passivo real descoberto = (passivo financeiro + passivo permanente) – (ativo financeiro + Ativo Permanente) 350.000 = (0 + 1.200.000) – (170.000 + AP) 350.000 = 1.200.000 – 170.000 – AP AP = 680.000 Importante! O ativo/passivo compensado não fazem parte do ativo/passivo real. Letra A. (CESPE – ANATEL/Analista - Ciências Contábeis – 2009) Considere que um ente da administração tenha apresentado, ao final do exercício, entre outros, os seguintes saldos. Disponível. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 3 milhões* Superávit financeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 4 milhões Passivo real descoberto. . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 500 mil Passivo permanente. . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 5,5 milhões *o dobro do saldo do início do exercício. Com base nessas informações, julgue os dois próximos itens. 5. (CESPE – ANATEL/Analista - Ciências Contábeis – 2009) Houve um excesso de receitas orçamentárias e extra-orçamentários em relação às despesas orçamentárias e extra-orçamentários, durante o exercício, equivalente a R$ 1,5 milhão. Resolução O disponível é um grupo de contas do ativo financeiro, no balanço patrimonial, que demonstra o total de disponibilidades financeiras. Dessa forma, o valor que conste no balanço financeiro em 31/12 como saldo que transfere para o exercício seguinte será remetido para o balanço patrimonial:

DISPONÍVEL/ATIVO FINANCEIRO (balanço patrimonial)

=

SALDO QUE TRANSFERE PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE (balanço financeiro)

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A questão informa que o saldo do disponível no final do exercício de R$ 3 milhões é o dobro do início do exercício, ou seja, o saldo de disponibilidades acumulado durante o exercício foi de R$1,5 milhões. Conclui-se, portanto, que de fato houve um excesso de receitas (orçamentárias e extra-orçamentárias) em relação às despesas (orçamentárias e extra-orçamentárias), durante o exercício, equivalente a R$ 1,5 milhão. CERTO. 6. O ativo permanente corresponde a R$ 2 milhões. Resolução Nessa precisamos analisar o balanço patrimonial. Eis a estrutura do balanço patrimonial para melhor compreensão: ATIVO PASSIVO Ativo financeiro Passivo financeiro Ativo permanente Passivo permanente Ativo real (af + ap) Passivo real (pf + pp) Patrimônio líquido TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

(superávit financeiro = ativo financeiro – passivo financeiro) Vamos considerar o valor hipotético, para fins de cálculos, de zero (R$0,00) para o passivo financeiro. Dessa forma, o valor do ativo financeiro será igual ao do superávit financeiro: R$ 4 milhões. Passivo real a descoberto é a situação em que o valor do passivo real é maior que o do ativo real: Passivo real a descoberto = passivo real – ativo real 500 = (0 + 5.500) – (4.000 + Ativo Permanente) 500 = 5.500 – 4.000 – AP AP = 1.000 O Ativo Permanente é de R$ 1 milhão. Eis o balanço patrimonial final: ATIVO PASSIVO Ativo financeiro 4.000.000 Passivo financeiro 0 Ativo permanente 1.000.000 Passivo permanente 5.500.000 Ativo real (af + anf) 5.000.000 Passivo real (pf + pnf) 5.500.000 Passivo real descoberto

500.000 Patrimônio líquido 0

TOTAL DO ATIVO 5.500.000 TOTAL DO PASSIVO 5.500.000 ERRADO. (CESPE – TJDFT/Analista - Contabilidade – 2008) A contabilidade pública é demonstrada por meio de peças contábeis devidamente estruturadas e organizadas, denominadas balanços públicos, os quais possuem características muito próprias de apresentação. Acerca das especificidades do balanço patrimonial, julgue o item abaixo.

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7. No balanço patrimonial, estão as contas que apresentam a situação estática dos bens, direitos e obrigações; nele é apurado, ao final de cada exercício financeiro, o resultado patrimonial da entidade. Resolução Atenção! Pegadinha de concurso. O resultado patrimonial é apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais, onde são demonstradas todas as mutações ocorridas no exercício. No balanço patrimonial é apurado o superávit ou déficit financeiro e evidenciada a situação patrimonial naquela determinada data. ERRADO. 8. (ESAF ACE – TCU/2006) De acordo com a Lei nº. 4.320/64 assinale a opção que indica o correto preenchimento das lacunas: __________ demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. __________ demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. __________ demonstrará o Ativo Financeiro, o Ativo Permanente, o Passivo Financeiro, o Passivo Permanente, o Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação. __________ evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 1. O Balanço Financeiro. 2. O Balanço Orçamentário. 3. O Balanço Patrimonial. 4. A Demonstração das Variações Patrimoniais. a) 1 - 2 - 3 - 4 b) 2 - 1 - 4 - 3 c) 1 - 2 - 4 - 3 d) 1 - 3 - 2 - 4 e) 2 - 1 - 3 – 4 Resolução Vejamos os conceitos: 1. Balanço Financeiro: demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte (art. 103 da Lei 4.320/64). 2. Balanço Orçamentário: demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas (art. 102 da Lei 4.320/64).

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3. O Balanço Patrimonial demonstrará (art. 105, incisos I, II, III, IV, V e VI da Lei 4.320/64): � O Ativo Financeiro; � O Ativo Permanente; � O Passivo Financeiro; � O Passivo Permanente; � O Saldo Patrimonial; � As Contas de Compensação. 4. Demonstração das Variações Patrimoniais: evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício (art. 104 da Lei 4.320/64). Conclusão: a única seqüência possível é a Opção E: 2 - 1 - 3 – 4. 9. (CESPE – ACE/TCU – 2008) Caso um ente público tenha apresentado, no exercício anterior, um saldo patrimonial negativo de R$ 750 milhões e, no exercício corrente, o resultado patrimonial deficitário tenha sido de R$ 190 milhões, nessa situação, para eliminar o passivo real descoberto, esse ente público terá de produzir, no(s) próximo(s) exercício(s), um excesso de R$ 940 milhões entre variações ativas e passivas. Resolução No BALANÇO PATRIMONIAL Saldo patrimonial negativo = patrimônio líquido negativo = passivo a descoberto Na DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS Resultado patrimonial deficitário = déficit no resultado patrimonial do exercício Se o saldo patrimonial (balanço patrimonial) está negativo em R$ 750 milhões, quer dizer que esse déficit é o acumulado até o momento, em todos os exercícios. No exercício corrente foi constatado ainda o resultado patrimonial deficitário de R$190 milhões, gerando, portanto, um passivo a descoberto de R$ 940 milhões (750 + 190), pois ao final do exercício o resultado apurado na DVP é transferido para o balanço patrimonial. Portanto, para eliminar o passivo real a descoberto, o ente deverá nos próximos exercícios produzir excesso de R$940 milhões entre variações ativas e passivas. CERTO. 10. (CESPE – Analista Ambiental – MMA/2008) O balanço ambiental é uma demonstração padronizada e obrigatória para as empresas que exploram recursos naturais. O patrimônio deve conter os ativos e passivos ambientais, inclusive potenciais.

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Resolução Lamentavelmente as normas citadas no comando da questão não se preocuparam com o estabelecimento de regras relativas ao meio ambiente. Infelizmente ainda não existe norma de Direito Financeiro que estabeleça regras acerca da obrigatoriedade de elaboração do balanço ambiental pelas entidades da administração indireta, a exemplo da PETROBRÁS, Companhias hidroelétricas etc. Assim sendo, o balanço ambiental NÃO é uma demonstração padronizada e obrigatória para as empresas que exploram recursos naturais. Caso Houvesse, provavelmente o patrimônio deveria conter os ativos e passivos ambientais, inclusive potenciais. Errado. 11. (CESPE – Analista Ambiental – MMA/2008) A dívida flutuante corresponde ao passivo financeiro do balanço patrimonial e compreende os saldos das contas que permaneceram abertas no sistema financeiro, não necessitando de autorização orçamentária para seu pagamento. Resolução O CESPE apresentou gabarito preliminar e definitivo dando a questão como Correta. Porém, entendo que esta questão apresenta inconsistência e deveria ter sido anulada pelos seguintes motivos: 1º. O comando da questão informa que ”A dívida flutuante corresponde ao passivo financeiro do balanço patrimonial...” Essa afirmação não é verdadeira porque existem contas que são classificadas no passivo financeiro do balanço patrimonial e não corresponde ao conceito de dívida flutuante, a exemplo dos ADIANTAMENTOS RECEBIDOS e das RECEITAS CORRENTES PENDENTES DE CLASSIFICAÇÃO, conforme se observa na estrutura do Balanço Consolidado da União referente ao exercício de 2006, abaixo transcrito:

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Fonte: SIAFI - STN/CCONT/GEINC e STN/COREM/GEREM 2º. Nem sempre a dívida flutuante “compreende os saldos das contas que permaneceram abertas no sistema financeiro, não necessitando de autorização orçamentária para seu pagamento”. Exemplo: as Operações de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária – ARO necessita de autorização orçamentária (na LOA) para a realização e pagamento, conforme estabelecido no art. 32 c/c o art. 38 da LRF onde determina que a operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa

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durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32. Os artigos. 32 e 38 assim estabelecem: Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à realização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente. § 1o O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da operação e o atendimento das seguintes condições: I - existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica; Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes: I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício; II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano; Conclusão: Apresentei sugestão de recurso e essa questão NÃO foi anulada. Assim sendo, em questionamentos semelhantes do CESPE considere o seguinte: 1. A dívida flutuante corresponde ao passivo financeiro do balanço patrimonial; 2. O passivo financeiro compreende os saldos das contas que permaneceram abertas no sistema financeiro, não necessitando de autorização orçamentária para seu pagamento. 12. (ESAF – Analista - Ciências Contábeis – ANA/2009) Assinale a opção verdadeira em relação ao Balanço Patrimonial de uma entidade pública federal de um exercício qualquer. a) O aumento do Imobilizado em relação ao exercício anterior sem que tenha havido despesa de capital no exercício autoriza afirmar que a entidade recebeu transferência de bens ou estes foram reavaliados no exercício. b) A redução do Patrimônio Líquido em relação ao exercício anterior implica dizer que o resultado apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP foi superavitário. c) O aumento do Superávit Financeiro implica dizer que os restos a pagar inscritos no exercício foram menores que os do exercício anterior. d) A redução do ativo total em relação ao exercício anterior demonstra que houve redução no total da execução do orçamento no exercício. e) O aumento de estoque de material de consumo em relação ao exercício anterior demonstra que houve aumento da despesa com a aquisição de bens de consumo no exercício.

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Resolução a) Perfeito! O aumento do imobilizado comumente é oriunda de aquisição de novos bens, gerando assim despesas de capital. Todavia, é informado que não ocorreram despesas de capital. Dessa forma, para que tenha ocorrido aumento do imobilizado houve necessariamente reavaliação dos bens ou foram recebidos bens de outras entidades. CERTO. b) Na DVP é apurado o resultado patrimonial do período. Não há como ocorrer redução do PL com um resultado positivo (superavitário) na DVP. ERRADO. c) O aumento do superávit financeiro (ativo financeiro maior que passivo financeiro) de um exercício em relação a outro poderá ser oriundo de outros fatores diversos, não necessariamente de restos a pagar. ERRADO. d) Não existe tal relação. Poderá ocorrer um valor total executado no orçamento superior ao do ano anterior e mesmo assim haver redução do ativo total: as despesas executadas no orçamento não necessariamente foram utilizadas para acrescer o ativo. ERRADO. e) Também não podemos afirmar tal conclusão. Vamos analisar um exemplo apenas com a variável quantidade, considerando um preço/custo uniforme: CONTROLE DE ESTOQUE Item: caneta esferográfica (unidade)

ANO ESTOQUE INICIAL AQUISIÇÃO CONSUMO ESTOQUE FINAL 2007 100 1.000 1.050 50 2008 50 900 850 100

Perceba que a opção falou em despesa com a “aquisição”, ou seja, quanto foi gasto com compras. Pelo exemplo, houve em 2008, redução de despesa com compras e aumento do estoque. ERRADO. Letra A 13. (ESAF – AFC/STN/2008) A respeito dos bens públicos de uso especial, é correto afirmar, exceto: a) os equipamentos militares especializados e os de infra-estrutura são considerados de uso especial. b) para que sejam considerados de uso especial, os bens devem ser tangíveis, utilizados na produção ou para fins administrativos e ter uso esperado por mais de um exercício. c) os bens de uso especial utilizados para fins administrativos têm seu registro de forma consolidada na contabilidade. d) a principal fonte de informações para o registro contábil dos bens de uso especial é o Sistema de Gerenciamento de Imóveis de Uso Especial. e) os bosques e reservas naturais renováveis não são considerados de uso especial. Resolução

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Atenção! O comando da questão pede uma exceção acerca dos bens públicos. a) Os equipamentos militares especializados e os de infra-estrutura são considerados de uso especial. Os equipamentos militares e de infra-estrutura são considerados bens de uso especial. Conceito de bens de uso especial: são os que se destinam especialmente à execução dos serviços públicos e, por isso mesmo, são considerados instrumentos desses serviços. Constituem o aparelhamento administrativo, tais como os edifícios das repartições públicas, os terrenos aplicados aos serviços públicos, os veículos da administração, os matadouros, os mercados e outras serventias que o Estado põe à disposição do público, mas com destinação especial. Certo. b) Para que um bem seja considerado de uso especial deve ser tangíveis, utilizado na produção ou para fins administrativos e ter uso esperado por mais de um exercício. Certo. c) Os bens de uso especial utilizados para fins administrativos devem possuir registro contábil, porém, não existe necessidade de que seja na forma consolidada. Errado. d) A principal fonte de informações para o registro contábil dos bens de uso especial é o Sistema de Gerenciamento de Imóveis de Uso Especial. Certo. e) os bosques e reservas naturais renováveis não são considerados de uso especial, mas sim bens de uso comum. Certo. Esclarecimentos adicionais: Bens de uso comum ou bens do domínio público: São os de uso indistinto das pessoas, como os rios, mares, praias, estradas, ruas e praças. Enfim, todos os locais abertos à utilização pública adquirem esse caráter de comunidade, de uso coletivo, de fruição própria do povo. Sob esse aspecto pode o domínio público definir-se como a forma mais completa da participação de um bem na atividade de administração pública. Bens dominiais ou bens dominicais ou bens do patrimônio fiscal ou bens do patrimônio disponível: São aqueles que, embora integrando o domínio público como os demais, deles diferem pela possibilidade sempre presente de serem utilizados em qualquer fim ou, mesmo, alienados pela Administração, se assim o desejar. Daí por que recebem também a denominação de bens patrimoniais disponíveis ou de bens do patrimônio fiscal. Tais bens integram o patrimônio do Estado como objeto de direito pessoal ou real, isto é, sobre eles a Administração exerce poderes de proprietário, segundo os preceitos de direito constitucional e administrativo. 14. (ESAF ACE – TCU/2006) O balanço patrimonial é elaborado para atender e controlar as receitas e despesas de acordo com as

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especificações constantes da Lei do orçamento e dos créditos adicionais. Resolução O balanço patrimonial não é elaborado para atender e controlar as receitas e despesas de acordo com as especificações constantes da Lei do orçamento e dos créditos adicionais. Essa função é do balanço orçamentário. ERRADO. 15. (ESAF – Auditor TCE – GO 2007) Para análise do Balanço Patrimonial de um determinado ente, foram disponibilizados os seguintes dados: Saldo Patrimonial Positivo... 3.000 Passivo Compensado... 3.000 Total Geral do Ativo... 15.000 Com base nos dados acima e considerando que o valor do Ativo Permanente é maior do que o Passivo Permanente em 2.500, pode-se afirmar que o superávit financeiro apurado é de a) 500. b) 5.000. c) 3.000. d) 9.000. e) zero (Não houve). Resolução Comentários: 1º. O saldo patrimonial positivo representa o patrimônio líquido e é classificado no lado do passivo do balanço patrimonial para fins de fechamento do balanço; 2º. Ativo compensado é contrapartida do passivo compensado, portanto os seus valores são iguais $ 3.000; 3º. Se o total geral do ativo é de $ 15.000, o total geral do passivo também é de $ 15.000 em virtude do método das partidas dobradas; 4º. O ativo real – AR é calculado pelo somatório do ativo financeiro + o ativo permanente, totalizando $ 12.000 pela diferença (15.000 – 3.000); 5º. O passivo real – PR totaliza $ 9.000 pela diferença (15.000 – 6.000); 6º. O ativo permanente totaliza “X”, porém, é maior do que o passivo permanente em $ 2.500. Se o AP é maior em $ 2.500, o passivo permanente é menor em $ 2.500. 7º. Sabemos que o AR totaliza $ 12.000 e o PR $ 9.000. Portanto, o Passivo Permanente é = 9.000 – 2.500, ou seja, $ 6.500; 8º. Assim, o AP é = $ 9.000 e o Ativo Financeiro = $ 3.000. Por dedução lógica, o Passivo Financeiro totaliza $ 2.500; 9º O comando da questão informa que houve superávit financeiro, portanto, o ativo financeiro deve ser maior do que o passivo financeiro.

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Cálculo do superávit financeiro: Ativo financeiro 3.000 (-) Passivo financeiro (2.500) = Superávit financeiro 500 Para melhor visualização vamos organizar os dados no BP: Balanço patrimonial Ativo Passivo Ativo financeiro 3.000 Passivo financeiro 2.500 Ativo Permanente 9.000 Passivo Permanente 6.500 Passivo Real 9.000 Ativo Real 12.000 Saldo Patrimonial 3.000 Ativo compensado 3.000 Passivo compensado 3.000 Total 15.000 Total 15.000 Opção A. 16. (ESAF – Administrador/ENAP – 2007) Assinale a opção que indica uma informação que não pode ser obtida no Balanço Patrimonial. a) O superávit financeiro. b) O montante das dívidas contabilizadas do ente público. c) O patrimônio/capital. d) O resultado do exercício. e) O resultado patrimonial em decorrência da execução orçamentária. Resolução No balanço patrimonial podem ser obtidas ou extraídas as seguintes informações: 1. O superávit ou déficit financeiro. Esse resultado é obtido da seguinte forma: Ativo financeiro (-) Passivo financeiro, portanto, SF/DF = AF (-) PF. 2. O montante das dívidas (obrigações) do ente ou órgão público, bens, direitos, aplicações financeiras, saldos bancários etc. 3. O patrimônio líquido ou capital do ente ou órgão. Para a Lei nº. 4.320/64 o patrimônio líquido é denominado de saldo patrimonial e é extraído da seguinte forma: Ativo Real Líquido (ativo financeiro + ativo permanente) (-) Passivo Real Líquido (passivo financeiro + passivo permanente) = Saldo patrimonial. 4. O resultado do exercício é apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP e transportado, em 31/12, para o balanço patrimonial. Na DVP apura-se tanto o resultado orçamentário quanto o extra-orçamentário do exercício 5. O resultado patrimonial em decorrência da execução orçamentária pode ser apurado só na DVP, posto que o resultado transportado para o balanço patrimonial inclui o orçamentário e o extra-orçamentário. Conclusão: O resultado patrimonial em decorrência da execução orçamentária só pode ser evidenciado na DVP. Opção E.

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17. (CESPE – Analista Ambiental – MMA/2008) O resgate de uma dívida contraída pelo poder público constitui, segundo a contabilidade pública, uma mutação patrimonial da despesa, provocando apenas redução equivalente no ativo e no passivo desse ente. Resolução O Resgate de uma dívida significa pagamento de débito da administração pública a favor de um terceiro, podendo ser um estado ou uma entidade privada, geralmente instituição financeira. A dívida de longo prazo (acima de 12 meses) do poder público é evidenciada no balanço patrimonial – grupo de contas passivo permanente e a de curto prazo, no passivo financeiro. Para a Contabilidade Pública uma mutação patrimonial significa que o fato contábil registrado sem alteração do saldo patrimonial ou patrimônio líquido. É semelhante ao fato permutativo da contabilidade geral. Demonstração do fato contábil nas demonstrações contábeis: Suponha-se um empréstimo e posterior pagamento de uma dívida de longo prazo no valor de R$ 100.000 pelo Estado “X”. 1. Momento da realização do empréstimo (dívida): Balanço patrimonial Ativo Passivo Ativo financeiro Passivo financeiro Bancos 100.000 Restos a pagar 50.000 Ativo permanente 50.000 Passivo permanente 100.000 Ativo real Passivo real Ativo compensado Saldo patrimonial Passivo compensado Total 150.000 Total 150.000 Demonstração das Variações Patrimoniais - DVP Variações ativas Variações passivas Orçamentárias Orçamentárias Receitas correntes Despesas correntes Receitas de capital Despesas de capital Empréstimos 100.000 Mutações ativas Mutações passivas Empréstimos tomados 100.000 Extra-orçamentária Extra-orçamentária Decréscimo patrimonial Total 100.000 Total 100.000 Observe que o fato é meramente permutativo, haja vista que existe a entrada de recursos no ativo e concomitante registro da dívida no passivo permanente.

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Essa situação não provoca alteração no patrimônio líquido ou saldo patrimonial. 2. Pagamento da dívida Balanço patrimonial Ativo Passivo Ativo financeiro Passivo financeiro Bancos ---------- Restos a pagar 50.000 Ativo permanente 50.000 Passivo permanente ---------- Ativo real Passivo real Ativo compensado Saldo patrimonial Passivo compensado Total 50.000 Total 50.000 Demonstração das Variações Patrimoniais - DVP Variações ativas Variações passivas Orçamentárias Orçamentárias Receitas correntes Despesas correntes Receitas de capital Despesas de capital Empréstimos --------- Amortização da dívida 100.000 Mutações ativas Mutações passivas Amortização de empréstimos 100.000 Empréstimos tomados --------- Extra-orçamentária Extra-orçamentária Decréscimo patrimonial Total 100.000 Total 100.000 Conclusão: A evidenciação do fato mencionado no comando da questão nas demonstrações contábeis demonstra que o resgate de uma dívida contraída pelo poder público constitui uma mutação patrimonial da despesa, provocando apenas redução equivalente no ativo e no passivo desse ente. Certo. 18. (ESAF – SEFAZ/SP - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas – 2009) Segundo a Lei n. 4.320/64, uma das principais características do Ativo Permanente é: a) a mobilização ou alienação depende de autorização legislativa. b) a durabilidade é superior a um ano. c) a existência, no patrimônio da unidade, depende da realização de despesa de capital. d) o bem se destina ao uso público. e) a classificação contábil está no grupo Imobilizado. Resolução a) Os parágrafos 1º e 2º, do art. 105, da Lei nº. 4.320/64, assim estabelecem: § 1o O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários; § 2o O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

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Portanto, conforme as regras da norma citada, a mobilização ou alienação depende de autorização legislativa. Certo. b) Uma das principais características do Ativo Permanente é a durabilidade de seus bens superior a dois anos. Errado. c) A existência de bens permanentes no patrimônio da unidade independe da realização de despesa de capital. Tanto pode ser proveniente de despesa corrente quanto de capital. Errado. d) Os bens classificados no ativo permanente são considerados de uso especial. Errado. e) A classificação contábil está no subgrupo imobilizado, classificado dentro do grupo ativo permanente. Errado. 19. (ESAF - Analista Pericial – MPU – 2004) Assinale a opção que indica um ativo ou um passivo que a contabilidade, no âmbito federal, classifica no Balanço Patrimonial tanto de curto quanto de longo prazo. a) Limite para saque contra o Tesouro Nacional. b) Débitos com fornecedores do exercício anterior. c) Operações de crédito por antecipação de receitas. d) Operações de crédito. e) Restos a pagar não-processados. Resolução 1. O comando da questão pede um ativo ou passivo que a contabilidade, no âmbito federal, classifica no balanço patrimonial tanto no curto quanto no longo prazo. 2. Os fatos das opções “b”, “c” e “e” são classificados como curto prazo. A opção “a” é no curto prazo, e a opção “d” deve ser classificada no passivo, podendo ser tanto no longo quanto no curto prazo. Por quê? É porque a opção não informa que tipo de operação de crédito. Portanto, entre elas podem constar as AROs ou outra de resgate no curto prazo. Opção D. 20. (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade/TRT 16ª Região – 2009) Ocorre aumento de Patrimônio Líquido: (A) recebimento de duplicatas a receber, com juros. (B) pagamento de obrigações em dinheiro. (C) compra à vista de móveis e utensílios. (D) compra de mercadorias a prazo. (E) recebimento de duplicadas a receber. Resolução A) O valor dos juros, não contidos no ativo, faz com que o recebimento dessas duplicatas provoque aumento no patrimônio líquido. CERTO. B) Não há variação no PL: sai simultaneamente o mesmo valor do ativo e passivo. ERRADO.

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C) Não há variação no PL: sai e entra simultaneamente o mesmo valor do ativo. ERRADO. D) Não há variação no PL: entra simultaneamente o mesmo valor no ativo e passivo. ERRADO E) Não há variação no PL: sai e entra simultaneamente o mesmo valor do ativo. ERRADO. Letra A. 21. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-PB – 2007) Como se contabilizam as entradas compensatórias de ativo e passivo financeiros? (A) as receitas: de forma extra-orçamentária; as despesas: de modo orçamentário. (B) de maneira orçamentária. (C) no sistema compensado do Balanço Patrimonial. (D) as receitas: de forma orçamentária; as despesas: de modo extra-orçamentário. (E) de forma extra-orçamentária. Resolução Inicialmente já podemos excluir a opção C: se são entradas ocorridas no ativo e passivo financeiros, não podem ser no compensado, cujas contas desse subsistema estão contidas no ativo e passivo compensados. Essa questão faz referência ao parágrafo único, art. 3º da Lei 4.320/64:

Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.

Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.

Entradas compensatórias são receitas extra-orçamentárias, como ocorre, por exemplo, com a antecipação de receita orçamentária ou recebimento de garantia/caução. Saem do patrimônio na forma de despesa extra-orçamentária. Letra E. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) Atenção: Para responder as quatro questões seguintes, considere o Balanço Patrimonial abaixo, de uma Autarquia, em 31.12.2004. (Em R$)

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Em relação ao exercício de 2005 foram levantadas as informações a seguir (Em R$): − Receita orçamentária total arrecadada 4.000 − Despesa orçamentária total empenhada foi de 5.000 e 20% desse valor correspondeu a despesa total paga − A Autarquia recebeu diversas mesas e cadeiras da Empresa Bom Coração a título de doação, no valor total de 1.000 − Dívida ativa cancelada no montante de 500 − Pagamento integral de Restos a Pagar de 31.12.04 22. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) O saldo final do caixa em 2005 foi, em R$, de (A) 5.000 (B) 4.500 (C) 4.000 (D) 3.500 (E) 3.000 Resolução Caixa – Ativo Financeiro, em 31/12/04 (saldo inicial) 1.000 Receita orçamentária total arrecadada 4.000 Despesa orçamentária paga: 5.000 x 20% (1.000) Pagamento integral de Restos a Pagar de 31.12.04 (500) TOTAL - saldo final do caixa em 2005 3.500 Letra D. 23. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) Ao final de 2005 o valor de Restos a Pagar, em R$, é (A) 5.000 (B) 4.500 (C) 4.000 (D) 3.500 (E) 3.000 Resolução A questão informa que durante o exercício de 2005 ocorreu o pagamento integral do saldo de Restos a Pagar de 31.12.04. Assim, ao final de 2005 somente haverá Restos a Pagar dos empenhos emitidos e não pagos neste exercício. Despesa orçamentária total empenhada em 2005 5.000

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Despesa orçamentária paga: 5.000 x 20% (1.000) TOTAL – restos a pagar ao final de 2005 4.000 Letra C. 24. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) No Balanço Patrimonial de 31.12.05 o saldo patrimonial foi, em R$ de, (A) 500 (B) 1.000 (C) 1.500 (D) 2.000 (E) 2.500 Resolução Eventos ocorridos: 1. Receita orçamentária total arrecadada 4.000 2. Despesa orçamentária total empenhada foi de 5.000 e 20% desse valor correspondeu a despesa total paga 3. A Autarquia recebeu diversas mesas e cadeiras da Empresa Bom Coração a título de doação, no valor total de 1.000 4. Dívida ativa cancelada no montante de 500 5. Pagamento integral de Restos a Pagar de 31.12.04 ATIVO FINANCEIRO D C Saldo inicial 1.000 Evento (1) 4.000 Evento (2): 5.000 x 20% 1.000 Evento (5) 500 Saldo final 3.500 ATIVO PERMANENTE D C Saldo inicial 1.080 Evento (3) 1.000 Evento (4) 500 Saldo final 1.580 PASSIVO FINANCEIRO D C Saldo inicial 550 Evento (2): 5.000 x 80% 4.000 Evento (5) 500 Saldo final 4.050 Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO AF 3.500 PF 4.050 AP 1.580 PP 30 PL ? TOTAL 5.080 TOTAL 5.080 Cálculo:

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5.080 = 4.050 + 30 + PL 5.080 = 4.080 + PL PL = 1.000 Letra B. 25. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) Na Demonstração das Variações Patrimoniais de 2005, a soma das Variações Ativas Resultantes da Execução Orçamentária com as Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária resultou no montante, em R$, de (A) 5.000 (B) 4.500 (C) 4.000 (D) 1.000 (E) 500 Resolução Solicitou-se todas as variações ativas (orçamentárias e extra-orçamentárias).

VARIAÇÕES ATIVAS

ORÇAMENTÁRIAS

Receitas arrecadadas 4.000

EXTRAORÇAMENTÁRIAS

Incorporação de bens por doação 1.000 TOTAL 5.000 Letra A.

26. (FCC – Analista-Contabilidade/MP-SE – 2009) Considere as afirmativas a seguir. I. O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis que dependam de autorização orçamentária e os valores numerários. II. Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações que possam vir a afetar o patrimônio. III. O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Está correto o que se afirma APENAS em (A) III. (B) I. (C) I e II. (D) II. (E) II e III.

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Resolução A FCC possui grande apego à lei 4.320/64, portanto, estude bastante tal dispositivo legal. Lei 4.320/64:

Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:

I - O Ativo Financeiro;

II - O Ativo Permanente;

III - O Passivo Financeiro;

IV - O Passivo Permanente;

V - O Saldo Patrimonial;

VI - As Contas de Compensação.

§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.

§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamento independa de autorização orçamentária.

§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.

Portanto, estão corretas apenas as afirmativas II e III. Letra E. 27. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-SE – 2007) Considere os dados do Balanço Patrimonial abaixo.

É correto afirmar que (A) o resultado patrimonial é R$ 1.520.000. (B) o Passivo Real é R$ 800.000. (C) a receita extra-orçamentária é R$ 500.000.

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(D) o superávit financeiro é de R$ 280.000. (E) o saldo patrimonial está deficitário em R$ 500.000. Resolução A) O resultado patrimonial do exercício é visualizado na demonstração das variações patrimoniais. ERRADO. B) Passivo Real = Passivo Financeiro + Passivo Permanente Passivo Real = 220 + 800 = 1020. ERRADO C) Não há como visualizarmos a receita extra-ornamentaria no balanço patrimonial. ERRADO D) Superávit Financeiro = Ativo Financeiro > Passivo Financeiro Superávit Financeiro = AF – PF = 500 – 220 = 280. CERTO. E) O balanço patrimonial já informa que o “saldo patrimonial” (ou seja, positivo) é de R$500. Caso fosse negativo, estaria contido na coluna do ativo e seria denominado de “passivo real descoberto”. ERRADO. Letra D. 28. (FCC – ACE/TC-CE – 2008) Considere as seguintes informações: Déficit Financeiro de 2006 R$ 900,00 Superávit de Execução Orçamentária de 2007 R$ 500,00 Cancelamento de Restos a Pagar em 2007 R$ 100,00 O Resultado Financeiro (patrimônio financeiro) apurado em 2007 é um (A) déficit financeiro de R$ 300,00. (B) superávit financeiro de R$ 400,00. (C) déficit financeiro de R$ 500,00. (D) superávit financeiro de R$ 550,00. (E) déficit financeiro de R$ 800,00.

Resolução O patrimônio financeiro refere-se ao ativo e passivo financeiro: - Déficit Financeiro = Ativo Financeiro < Passivo Financeiro - Os restos a pagar constam registrados no passivo financeiro. Cálculos: Déficit Financeiro de 2006 (900) Superávit de Execução Orçamentária de 2007 500 Cancelamento de Restos a Pagar em 2007 100 Patrimônio financeiro apurado em 2007 (300) Letra A. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS – BALANÇO PATRIMONIAL 1. (CESPE – Contador/Pref. Ipojuca/PE – 2009) O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e

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quantitativamente, em determinado período, a posição patrimonial e financeira da entidade. 2. (CESPE – Contador/Min. Saúde – 2009) O passivo real a descoberto, quando ocorrer, deve ser inscrito na coluna do ativo no balanço patrimonial. 3. (CESPE – Contador/Min. Saúde – 2009) As contas de passivo que dependem de autorização orçamentária para amortização ou resgate integram o passivo financeiro. 4. (CESPE – TRE GO/Analista-Contabilidade – 2008) Um ente público apresentou, ao final do exercício financeiro, os saldos a seguir. - passivo permanente: R$ 1.200.000,00 - passivo real descoberto: R$ 350.000,00 - ativo/passivo compensado: R$ 420.000,00 Nesse caso, sabendo-se que o superávit financeiro é de R$ 170.000,00, é correto afirmar que o ativo permanente do referido ente é de A R$ 680.000,00. B R$ 1.030.000,00. C R$ 1.020.000,00. D R$ 960.000,00. (CESPE – ANATEL/Analista - Ciências Contábeis – 2009) Considere que um ente da administração tenha apresentado, ao final do exercício, entre outros, os seguintes saldos. Disponível. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 3 milhões* Superávit financeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 4 milhões Passivo real descoberto. . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 500 mil Passivo permanente. . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 5,5 milhões *o dobro do saldo do início do exercício. Com base nessas informações, julgue os dois próximos itens. 5. (CESPE – ANATEL/Analista - Ciências Contábeis – 2009) Houve um excesso de receitas orçamentárias e extra-orçamentários em relação às despesas orçamentárias e extra-orçamentários, durante o exercício, equivalente a R$ 1,5 milhão. 6. O ativo permanente corresponde a R$ 2 milhões. (CESPE – TJDFT/Analista - Contabilidade – 2008) A contabilidade pública é demonstrada por meio de peças contábeis devidamente estruturadas e organizadas, denominadas balanços públicos, os quais possuem características muito próprias de apresentação. Acerca das especificidades do balanço patrimonial, julgue o item abaixo.

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7. No balanço patrimonial, estão as contas que apresentam a situação estática dos bens, direitos e obrigações; nele é apurado, ao final de cada exercício financeiro, o resultado patrimonial da entidade. 8. (ESAF ACE – TCU/2006) De acordo com a Lei nº. 4.320/64 assinale a opção que indica o correto preenchimento das lacunas: __________ demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. __________ demonstrará a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. __________ demonstrará o Ativo Financeiro, o Ativo Permanente, o Passivo Financeiro, o Passivo Permanente, o Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação. __________ evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 1. O Balanço Financeiro. 2. O Balanço Orçamentário. 3. O Balanço Patrimonial. 4. A Demonstração das Variações Patrimoniais. a) 1 - 2 - 3 - 4 b) 2 - 1 - 4 - 3 c) 1 - 2 - 4 - 3 d) 1 - 3 - 2 - 4 e) 2 - 1 - 3 – 4 9. (CESPE – ACE/TCU – 2008) Caso um ente público tenha apresentado, no exercício anterior, um saldo patrimonial negativo de R$ 750 milhões e, no exercício corrente, o resultado patrimonial deficitário tenha sido de R$ 190 milhões, nessa situação, para eliminar o passivo real descoberto, esse ente público terá de produzir, no(s) próximo(s) exercício(s), um excesso de R$ 940 milhões entre variações ativas e passivas. 10. (CESPE – Analista Ambiental – MMA/2008) O balanço ambiental é uma demonstração padronizada e obrigatória para as empresas que exploram recursos naturais. O patrimônio deve conter os ativos e passivos ambientais, inclusive potenciais. 11. (CESPE – Analista Ambiental – MMA/2008) A dívida flutuante corresponde ao passivo financeiro do balanço patrimonial e compreende os saldos das contas que permaneceram abertas no sistema financeiro, não necessitando de autorização orçamentária para seu pagamento.

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12. (ESAF – Analista - Ciências Contábeis – ANA/2009) Assinale a opção verdadeira em relação ao Balanço Patrimonial de uma entidade pública federal de um exercício qualquer. a) O aumento do Imobilizado em relação ao exercício anterior sem que tenha havido despesa de capital no exercício autoriza afirmar que a entidade recebeu transferência de bens ou estes foram reavaliados no exercício. b) A redução do Patrimônio Líquido em relação ao exercício anterior implica dizer que o resultado apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP foi superavitário. c) O aumento do Superávit Financeiro implica dizer que os restos a pagar inscritos no exercício foram menores que os do exercício anterior. d) A redução do ativo total em relação ao exercício anterior demonstra que houve redução no total da execução do orçamento no exercício. e) O aumento de estoque de material de consumo em relação ao exercício anterior demonstra que houve aumento da despesa com a aquisição de bens de consumo no exercício. 13. (ESAF – AFC/STN/2008) A respeito dos bens públicos de uso especial, é correto afirmar, exceto: a) os equipamentos militares especializados e os de infra-estrutura são considerados de uso especial. b) para que sejam considerados de uso especial, os bens devem ser tangíveis, utilizados na produção ou para fins administrativos e ter uso esperado por mais de um exercício. c) os bens de uso especial utilizados para fins administrativos têm seu registro de forma consolidada na contabilidade. d) a principal fonte de informações para o registro contábil dos bens de uso especial é o Sistema de Gerenciamento de Imóveis de Uso Especial. e) os bosques e reservas naturais renováveis não são considerados de uso especial. 14. (ESAF ACE – TCU/2006) O balanço patrimonial é elaborado para atender e controlar as receitas e despesas de acordo com as especificações constantes da Lei do orçamento e dos créditos adicionais. 15. (ESAF – Auditor TCE – GO 2007) Para análise do Balanço Patrimonial de um determinado ente, foram disponibilizados os seguintes dados: Saldo Patrimonial Positivo... 3.000 Passivo Compensado... 3.000 Total Geral do Ativo... 15.000

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Com base nos dados acima e considerando que o valor do Ativo Permanente é maior do que o Passivo Permanente em 2.500, pode-se afirmar que o superávit financeiro apurado é de a) 500. b) 5.000. c) 3.000. d) 9.000. e) zero (Não houve). 16. (ESAF – Administrador/ENAP – 2007) Assinale a opção que indica uma informação que não pode ser obtida no Balanço Patrimonial. a) O superávit financeiro. b) O montante das dívidas contabilizadas do ente público. c) O patrimônio/capital. d) O resultado do exercício. e) O resultado patrimonial em decorrência da execução orçamentária. 17. (CESPE – Analista Ambiental – MMA/2008) O resgate de uma dívida contraída pelo poder público constitui, segundo a contabilidade pública, uma mutação patrimonial da despesa, provocando apenas redução equivalente no ativo e no passivo desse ente. 18. (ESAF – SEFAZ/SP - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas – 2009) Segundo a Lei n. 4.320/64, uma das principais características do Ativo Permanente é: a) a mobilização ou alienação depende de autorização legislativa. b) a durabilidade é superior a um ano. c) a existência, no patrimônio da unidade, depende da realização de despesa de capital. d) o bem se destina ao uso público. e) a classificação contábil está no grupo Imobilizado. 19. (ESAF - Analista Pericial – MPU – 2004) Assinale a opção que indica um ativo ou um passivo que a contabilidade, no âmbito federal, classifica no Balanço Patrimonial tanto de curto quanto de longo prazo. a) Limite para saque contra o Tesouro Nacional. b) Débitos com fornecedores do exercício anterior. c) Operações de crédito por antecipação de receitas. d) Operações de crédito. e) Restos a pagar não-processados. 20. (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade/TRT 16ª Região – 2009) Ocorre aumento de Patrimônio Líquido: (A) recebimento de duplicatas a receber, com juros. (B) pagamento de obrigações em dinheiro. (C) compra à vista de móveis e utensílios. (D) compra de mercadorias a prazo.

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(E) recebimento de duplicadas a receber. 21. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-PB – 2007) Como se contabilizam as entradas compensatórias de ativo e passivo financeiros? (A) as receitas: de forma extra-orçamentária; as despesas: de modo orçamentário. (B) de maneira orçamentária. (C) no sistema compensado do Balanço Patrimonial. (D) as receitas: de forma orçamentária; as despesas: de modo extra-orçamentário. (E) de forma extra-orçamentária. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) Atenção: Para responder as quatro questões seguintes, considere o Balanço Patrimonial abaixo, de uma Autarquia, em 31.12.2004. (Em R$)

Em relação ao exercício de 2005 foram levantadas as informações a seguir (Em R$): − Receita orçamentária total arrecadada 4.000 − Despesa orçamentária total empenhada foi de 5.000 e 20% desse valor correspondeu a despesa total paga − A Autarquia recebeu diversas mesas e cadeiras da Empresa Bom Coração a título de doação, no valor total de 1.000 − Dívida ativa cancelada no montante de 500 − Pagamento integral de Restos a Pagar de 31.12.04 22. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) O saldo final do caixa em 2005 foi, em R$, de (A) 5.000 (B) 4.500 (C) 4.000 (D) 3.500 (E) 3.000 23. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) Ao final de 2005 o valor de Restos a Pagar, em R$, é (A) 5.000 (B) 4.500 (C) 4.000 (D) 3.500 (E) 3.000

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24. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) No Balanço Patrimonial de 31.12.05 o saldo patrimonial foi, em R$ de, (A) 500 (B) 1.000 (C) 1.500 (D) 2.000 (E) 2.500 25. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-MS – 2007) Na Demonstração das Variações Patrimoniais de 2005, a soma das Variações Ativas Resultantes da Execução Orçamentária com as Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária resultou no montante, em R$, de (A) 5.000 (B) 4.500 (C) 4.000 (D) 1.000 (E) 500 26. (FCC – Analista-Contabilidade/MP-SE – 2009) Considere as afirmativas a seguir. I. O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis que dependam de autorização orçamentária e os valores numerários. II. Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações que possam vir a afetar o patrimônio. III. O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Está correto o que se afirma APENAS em (A) III. (B) I. (C) I e II. (D) II. (E) II e III. 27. (FCC – Analista-Contabilidade/TRE-SE – 2007) Considere os dados do Balanço Patrimonial abaixo.

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É correto afirmar que (A) o resultado patrimonial é R$ 1.520.000. (B) o Passivo Real é R$ 800.000. (C) a receita extra-orçamentária é R$ 500.000. (D) o superávit financeiro é de R$ 280.000. (E) o saldo patrimonial está deficitário em R$ 500.000. 28. (FCC – ACE/TC-CE – 2008) Considere as seguintes informações: Déficit Financeiro de 2006 R$ 900,00 Superávit de Execução Orçamentária de 2007 R$ 500,00 Cancelamento de Restos a Pagar em 2007 R$ 100,00 O Resultado Financeiro (patrimônio financeiro) apurado em 2007 é um (A) déficit financeiro de R$ 300,00. (B) superávit financeiro de R$ 400,00. (C) déficit financeiro de R$ 500,00. (D) superávit financeiro de R$ 550,00. (E) déficit financeiro de R$ 800,00.

GABARITO 1E 2C 3E 4A 5C 6E 7E 8E 9C 10E 11C 12A 13C 14E 15A 16E 17C 18A 19D 20A 21E 22D 23C 24B 25A 26E 27D 28A