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DIREITO CONSTITUCIONAL PRIMEIRA AULA: -> Junto à constitucional estudar também a LICC. Importante. Página 159 do livro material tem a lista de artigos que caem. Arts.: 5º, 12, 14, 24, 34 a 36, 53, 58, 60, 62, 69, 80, 81, 85, 86, 93, 95, 97, 102, 103-A, 105 (atualizado), 109, 127 a 130. Verificar EC/48 ou 49. Ordenamento - Somatória da Constituição + normas infraconstitu Jurídico cionais (abaixo da CF). A CF é lei fundamental e limite de poder dentro do Estado. Nada pode contrariar a CF, nem EC já incorporada. NADA. Normas infraconstit. – regulamenta direitos – abaixo da CF. Ordenamento Constituição Jurídico Normas Infraconstitucionais – regulamentar. Ordenamento ---------- CF/88 Jurídico ----------- 26 Constit. Estaduais + L.O. DF e Munic. Brasileiro ------------ CP, CPP, CLT, CPC, CC etc. ------------- Leis Infraconst., Microsistemas etc. PRINC. DA SUPREMACIA DA CF. – Nada pode contrariar. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE É fundado no princ. da supremacia da CF. Verifica se a norma infra é constitucional ou ato jurídico está de acordo com a CF ou não. Pois ela é SUPREMA. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES Quanto a Forma: - Escrita – órgão constituinte que fez documento único e solene, que estrutura o Estado. Quanto a Elaboração: - Dogmática – órgão constituinte que estabeleceu os princípios e pontos fundamentais dos Estados. 1

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DIREITO CONSTITUCIONAL

PRIMEIRA AULA:

-> Junto à constitucional estudar também a LICC. Importante.

Página 159 do livro material tem a lista de artigos que caem.

Arts.: 5º, 12, 14, 24, 34 a 36, 53, 58, 60, 62, 69, 80, 81, 85, 86, 93, 95, 97, 102, 103-A, 105 (atualizado), 109, 127 a 130.Verificar EC/48 ou 49.

Ordenamento - Somatória da Constituição + normas infraconstituJurídico cionais (abaixo da CF).

A CF é lei fundamental e limite de poder dentro do Estado.Nada pode contrariar a CF, nem EC já incorporada. NADA.Normas infraconstit. – regulamenta direitos – abaixo da CF.

Ordenamento Constituição Jurídico Normas Infraconstitucionais – regulamentar.

Ordenamento ---------- CF/88Jurídico ----------- 26 Constit. Estaduais + L.O. DF e Munic.Brasileiro ------------ CP, CPP, CLT, CPC, CC etc. ------------- Leis Infraconst., Microsistemas etc.

PRINC. DA SUPREMACIA DA CF. – Nada pode contrariar.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

• É fundado no princ. da supremacia da CF.• Verifica se a norma infra é constitucional ou ato jurídico

está de acordo com a CF ou não. Pois ela é SUPREMA.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

Quanto a Forma:

- Escrita – órgão constituinte que fez documento único e solene, que estrutura o Estado.

Quanto a Elaboração:

- Dogmática – órgão constituinte que estabeleceu os princípios e pontos fundamentais dos Estados.

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Quanto a Origem:

- Popular – eleição para um órgão constituinte (assembléia) que fará uma constituição e esta será promulgada.O povo elege a assembléia constituinte que faz a constituição.

Quanto a Extensão:

- Analítica – longa, possui normas materialmente e formalmente constitucionais.

Materialmente: estruturam o Estado – importantíssima.São normas que se retiradas da CF o Estado não existe completo.

Formalmente: chamadas de constitucionais porque estão escritas na CF. Ex: meio ambiente, família, desporto, índios etc.São normas que se retiradas da CF o Estado existe normalmente.

Quanto a Função: Objetivo:

- Dirigente – estabelece programas a serem desenvolvidos, saúde, transporte, seguridade social. Estado dirige outros sistemas.EC/48 – art.215, $ 3º, CF.

- Garantia – protege o Estado e os particulares, art.37 “caput”.Ex: Legalidade tributária, penal, remédios constitucionais etc.

Quanto a Estabilidade ou Mutabilidade ou Alterabilidade: CAI**

- Rígida – tem processo formal, solene, e mais difícil de ser alterada do que uma lei ordinária ou comum.

• Lei ordinária – alterada pela maioria simples ou relativa.• CF rígida – maioria qualificada para alterar.

Para modificar a CF:

Art.60 $ 2º -> 3/5 – 2 TURNOS – 2 CASAS

Fenômenos ou teorias que surgem com uma nova CF:REGRA: a nova CF revoga a CF anterior.

FENÔMENOS

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1º Recepção: a nova CF recebe normas infra da CF anterior, desde que não afronte a nova CF.

NI NI CF Antiga Nova CF Desde que não contrarie a

nova CF. A lei anteriorcontinua existindo. Ex.:Lei 1.079/50.

2º Desconstitucionalização: a nova CF recebe a CF anterior como norma infraconstitucional. ISSO NÃO EXISTE NO BRASIL.Não pode pegar norma constitucional e transformar em infra.

3º Repristinação: a nova CF revigora normas infra de CF anteriores, que haviam sido revogadas. ISSO NÃO EXISTE NO BRASILNão pode nova CF trazer novamente à vida norma infra revogada.

OBS.: $3º, art. 2º da LICC – DL 4.657/42 -> Ver.Lei infra isso pode ocorrer.Deve ser expresso que a lei velha volta a valer.

LEI VELHA - LEI REVOGADORA - LEI NOVA Traz de novo à vida a lei antes revogada porque revoga a lei revogadora. Na infra.

* Lei revogadora revoga a lei velha. Vem lei nova e revoga a lei revogadora, então a função única da lei revogadora é perdida em função da sua revogação. Assim, a lei velha volta à vigência.

4º Eficácia das decisões do STF em controle concentrado de constitucionalidade (ADIN genérica):

Lei A -----> Lei B revoga a lei A. Ressurreição deADIN declara lei B inconstitucional. lei morta noAutomaticamente volta a valer a lei A. plano infra.

5º Aplicabilidade das normas constitucionais:

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- normas constitucionais quanto a sua eficácia, efetividade ou aplicabilidade.

PLENA: não depende de regulamentação de norma infra. São auto aplicáveis, independentes.

EFICÁCIA CONTIDA: não depende de regulam. de norma infra. Redutível ou restringível.

LIMITADA: depende de norma regulamentar, norma infra. Ex.: art.18, $3º - art.5º, XXXII – art.7º, XXVII.

Plena....: dedo indicador – não depende de outro dedo para quase tudo, pode fazer sozinho.

Contida..: dedo médio – para algumas coisas depende de outro dedo, para algumas ele sozinho serve.

Limitada.: dedão – não faz nada sem o auxílio de outro dedo, sozinho não serve para nada.

PLENA E CONTIDA: ambas não dependem de regulamentação.

Não O textotem diz segundolei. a lei...

- Mas a CF autoriza o legislador ordinário (congresso) REDUZIR direito previsto na CF – Art.5º, XIII, XV e LVIII.

LIMITADA: Constitutiva- cria novos órgãos ou entes do Estado. Programática- estabelece programas a serem

desenvolvidos. Ex: seguridade social.

* * a CONTIDA é a que mais cai, é a intermediária .

PODER CONSTITUINTE

1- ORIGINÁRIO: a primeira ou uma nova CF. Ex: iraque terá uma nova CF, pois ainda não tinha. O povo elege uma assembléia que faz uma nova CF. É originário, não adveio de nenhuma.É soberano, inicial, ilimitado, incondicionado, independente. (PODE TUDO).

2- DERIVADO: derivado de reforma ou emenda. Depende do originário. Possibilidade de mudança pelo poder reformador. Art.3º ADCT + art.60 CF. Muda o que já existe.

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3- DERIVADO DECORRENTE: existe em Estados federais (Brasil). Distribuição de competência entre União, Estados membros, DF e Municípios. Ver arts. 25 “caput”, 29 LO Munic. e 32 LO DF. É derivado porque não pode tudo, e decorrente da distribuição de competência dada pela União.

Derivado de reforma (2) é o que mais cai.

Art.3º ADCT – Emenda Constitucional de Revisão.Após 5 anos de existência, por maioria absoluta, pelo congresso em sessão unicameral (1 sessão, 1 vez). Só existem 6 na CF/88.

EMENDA À CF – ART. 60 CF

a) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO – PEC

- 1/3 da Câm. Deputados Ou Senado Congresso, - por iniciativa do presidente Câm. Deputados - mais de ½ da Assembléia Legislativa ou Senado Esses dois começam no senado.

CASAS

1ª Câm. Dep. -> 3/5 + 3/5 = 4 votações – ainda falta promulgar.2ª Senado -> 3/5 + 3/5 = 4 votações – ainda falta promulgar.

FÓRMULA: 3/5 – 2 TURNOS – 2 CASAS

b) PROMULGAÇÃO – mesa da Câm. Dep. e mesa do Senado.

E/C – Não existe sanção ou veto.Presidente não participa se ele não propôs.

Existe limitação circunstancial que impede modificação da CF:

Não pode - Intervenção Federal, 34.mudar CF - Estado de Defesa, 136. - Estado de Sítio, 137.

LIMITAÇÃO TEMPORAL:

A E/C rejeitada só pode ser apresentada na próxima sessão legislativa, no próximo ano. De um ano para outro.

LIMITAÇÃO MATERIAL:

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Cláusulas pétreas ou Núcleos Const. Intangíveis ou Cernes fixos.

Forma Federativa: União, Estados, DF e Municípios.Separação dos Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

OBS.: OBRIGATORIEDADE DO VOTO NÃO É CLÁUSULA PÉTREA.

- Mas o voto é obrigatório para maiores de 18 anos.- É facultativo para analfabetos, maiores de 70 anos ou pessoas entre 16 e 18.- Não podem alistar-se como eleitores: os estrangeiros, os conscritos durante o serviço militar obrigatório.- São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

SEGUNDA AULA:

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE -> Despenca na OAB**

Ordenamento ---> Constituição: Lei fund. e limite de poder. Jurídico ---> Normas Infra: Função reguladora, detalhar.

• Normas Infra Constitucionais não podem contrariar a CF;Princípio da Supremacia da Constituição Federal.

• Nem Norma Infra nem Emenda Constit. pode contrariar a CF.INCONSTITUCIONALIDADES = Contrário à Constituição – FEDERAL ESTADUAL* Cai na OAB só a Federal. MUNICIPAL

- Ver se a Norma Infra ou o Ato Jurídico (decreto etc.) está de acordo com a CF.

- O Controle de Constitucionalidade verifica a compatibilidade vertical que necessariamente deve haver entre Norma Infra ou Atos Jurídicos e a CF.

INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO OU POR OMISSÃO -> Cai demais*

INCONST. POR AÇÃO – Feito lei ou ato jurídico qualquer contrário à CF, ao que a CF dita como regra.

Pode ser: FORMAL – Violação de um procedimento previsto na CF, sua forma. Iniciativa Reservada. MATERIAL- Matéria protegida, como cláusula pétrea. Art.60 CF. Especiais, direitos e garantias

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individuais, Art.5º é pétreo.

INCO. POR OMISSÃO – Norma Constitucional de Eficácia Limitada NÃO REGULAMENTADA. Tem direito na CF, Art.7º, XXVII, não consegue exercer por falta de regulamento. Ex: direito de greve do servidor público, não tem lei que regulamenta ainda. O assunto é OMISSO.

Cabe Mandado de Injunção ou ADIN Supridora de Omissão (especial).

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE PREVENTIVO (a priori)

• Antes da lei existir, ainda é projeto.

PODER LEGISL. – CCJ: Comissão de Constit. e Justiça.PROJETODE LEI PODER EXECUT. – Controle Preventivo. Veto por inconstitucionalidade. Ordem pública – Veto político.Antes de Inconstituc. – Veto jurídico.existir.Ainda éprojeto. ----> Passou por 3 câmaras ( CCJ / Câm.Dep. / Sen.Fed.)

CONGRESSO NACIONAL CÂMARA DEPUTADOS Só na esfera SENADO FEDERAL federal isso.

Projeto de Lei passa pelas 2 casas.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE REPRESSIVO (a posteriori )

• Ocorre depois que a lei já foi promulgada.

- Lei ou ato normativo efetivo, em vigor, valendo.- Antes disso é controle preventivo, feito por CCJ e 2 casas.- A posteriori é o Judiciário que faz, via de regra.

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CONTROLE – incidental Caráter egoísti DIFUSO - entre partes co, protege a - caso concreto si apenas, não - via de defesa atinge todos, JUDICIÁRIO - via exceção só aquele caso.a posteriori CONTROLE - abstrato Protege ordena- CONCENTRADO - em tese mento jurídico, - principal a todos, geral, - via ação erga omnes, ou - ação direta seja, contra a Lei, que vale para todos.

DIFUSO: - FORO: QQ. juiz ou tribunal para aquela matéria. - Qualquer pessoa pode pleitear. - Tem eficácia apenas entre as partes.

CONCENTRADO: - FORO: Contrário Const. Federal = STF Contrário Const. Estadual = TJ Matéria especial, Trib. especial (militar) - Legitimidade Especial Ativa – Art.103, CF – REGRA Ver Art.103 CF. - IMPORTANTE: Conselho FEDERAL da OAB pode também. - ADIN INTERVENTIVA FEDERAL só o PGR pode - EXCEÇÃO - Tem eficácia “erga omnes” e Vinculante.

- Art.102, $2º - VINCULA TODOS OS DEMAIS ÓRGÃOS JUDICIAIS, A ADM. PÚBLICA DIRETA E INDIRETA, SEJA FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL, ficam todos vinculados. -> CAI*

Art.103-A CF – Súmula Vinculante no Controle de Constitucionalidade, com quorum de 2/3.

CONTROLE CONCENTRADO CABEM 5 AÇÕES:

1- ADIN Genérica.2- ADIN Interventiva. (Só o Procurador Geral pode propor)3- ADIN Supridora de Omissão.4- ADECON Declaratória de Constitucionalidade.5- ADPF – Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental.

• Ver Leis: 9868/99 + 9882/99 -> sobre as ações acima.

Norma tem que ter AGA:

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AbstraçãoGeneralidade – atinge todos.Autonomia – existe por si.

- JUDICIÁRIO pode fazer controle preventivo também: Quando julga Mandado de Segurança de projeto de lei inconstitucional.

- CONGRESSO pode fazer controle preventivo também: Quando Congresso rejeita MP, ainda não vigente.

1 – ADIN GENÉRICA: protege ordenamento jurídico.

- Lei ou Ato Normativo contrário à CF;- Emenda Constitucional ou MP contrária à const. Fed. ou Est.- Legitimação Art.103 CF -> Foro STF Quorum instalação – 8 – 2/3 membros; Quorum aprovação - 6 – maioria absoluta;- Eficácia “erga omnes” e Vinculante – Poder Jud. / Adm. Pública, Direta / Indireta – Federal, Estadual, Municipal;- “Ex tunc” – REGRA;- “Ex nunc” – EXCEÇÃO – 2/3 STF

2 – ADIN SUPRIDORA DE OMISSÃO: norma constitucional de eficácia limitada não regulamentada.

- Lei não detalhou direito constitucional;- Legitimidade do Art.103 – Foro STF Quorum instalação – 8 – 2/3 membros; Quorum aprovação - 6 – maioria absoluta;- Dar ciência ou fazer em 30 dias - $2º, 103, CF.- Ciência: Poder competente foi omisso, Legislativo não resolve.- Fazer: Órgão Adm. não regulamentou, deve faze-lo, executivo.

3 – ADIN INTERVENTIVA: 34 à 36 Constituição Federal ou Estadual. Violação dos princípios constitucionais sensíveis, expressos, Art.34, VII, CF.

- Legitimação ativa – Procurador Geral República – Chefe do MPU;- Foro STF – instalação 8, aprovação 6 + Decreto Presid. Repúbl.- Requer obrigatoriamente Decreto do Presidente da República;

- Quando município desrespeita princípio da constituição do Estado, é Decreto do Governador do Estado;- Legitimação ativa – Procurador Geral de Justiça – Chefe MPE;- Foro TJ – instalação 2/3 – aprovação maioria absoluta, 97 CF;

OBS.: Não existe intervenção distrital (DF).

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4 – ADECON: lei ou ato normativo federal contraria à CF.

- Igual ADIN Genérica, pouca diferença;- Requer processos judiciais – União perdendo;- Supremo declara a constitucionalidade;- Nome não vincula – Supremo pode declarar inconstitucional;- Legitimação ativa, 103 CF – Foro STF;- “Erga omnes” e Vinculante. Vincula Poder Judiciário, Adm. Pública, Direta e Indireta, Federal, Estadual e Municipal.

• Depois da EC/45 – todos os do art. 103 da CF.

OBS.: ADIN Genérica e ADECON eram chamadas Ações Dúplices ou Ambivalentes, pois podem declarar CONSTITUCIONALIDADE bem como INCONSTITUCIONALIDADE. O nome da ação não vincula decisão, Ex: ingressa com ADECON e STF declara inconstit.

5 – ADPF: Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental.

- Violação ou lesão de preceito fundamental;- Lei fundamental de Estado;- Órgão Público causou a lesão;- Lei ou Ato Normativo Federal ou Estadual, Municipal NÃO.- A lei não poderia ampliar competência do STF, portanto, não se aplica ao município.- Lei revoga Lei;- ADPF única que pode analisar lei municipal contrária à CF;- Legitimação ativa – Art.103 CF – todos podem propor;- Foro é STF, instalação 8, aprovação 6;- “Erga omnes” e Vinculante ao Poder Judiciário, Adm. Pública, Direta e Indireta, Federal e Estadual.

• PODE PROPOR QUALQUER DESSAS: Procurador Geral da República;• COMPETÊNCIA EM TODOS OS CASOS: Sempre competente o STF.

TERCEIRA AULA:

FEDERALISMO ou FORMA FEDERATIVA DE ESTADO

- É cláusula pétrea. Art.1º, 18, 60, $4º, CF.- DIVISÃO DE COMPETÊNCIAS = FORMA FEDERATIVA:

União – Estados – DF – Municípios

UNIÃO - Pessoa jurídica de direito público interno e externo.

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Bicameralismo só existe na esfera federal, são dois órgãos que formam a mesma casa. (Câm.Dep. e Senado).

ESTADO - São 26. Art.18, $3º, CF, criar novo Estado. São 26 Assembléias Legislativas. Criar novo Estado precisa Plebiscito + Lei Complem.

MUNIC. - 5560 municípios. Sua norma fundamental é a Lei Orgânica do Município, não existe Constituição. Criar novos municípios. Art.26, $4º, CF: - Estudo de viabilidade; - Plebiscito entre população interessada; - Lei estadual; - Prazo estabelecido por lei complementar Federal.

DF - Art.32 CF – DECORAR TODO ARTIGO, PRINCIPALMENTE CAPUT. Norma fundamental = Lei Orgânica. Poder Legislativo do DF = Câmara Legislativa = só DF. Não existem municípios no DF. Não existe intervenção distrital. Chefe do executivo = é o Governador do DF. Competência Legislativa Cumulativa. Art.32, $1º, CF. - Tem conteúdo Estadual e Municipal (cumulativo).

TERRITÓRIOS Art.33, CF. FEDERAIS Atualmente não existe nenhum. Mas pode existir.

Eram regiões que União cuidava, mas nenhum Estado Queria para ele como seu território. Art.35, 2ª parte, CF – Intervenção Federal em municípios só se eles forem localizados em territórios federais.

VEDAÇÕES EXISTENTES QUANTO AO FEDERALISMO

VER = ART. 19, I, II, III, CF.

COMPETÊNCIA LEGISLATIVA E ADMINISTRATIVA (ART.21 CF) CAI *

Legislativa : aptidão para realizar algo.Administrativa: não legislativa.

Compet. Legisl. EXCLUSIVA: Ex: Art.21 só UNIÃO. - (Não delega)Compet. Legisl. PRIVATIVA: Ex: Art.22 só UNIÃO. - (pode delegar) Delega mediante lei complementar aos Estados membros. Art.22, P. Único. CF

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Compet. Legisl. COMUM : Art.23 – qualquer um pode legislar.Compet. Legisl. CONCORRENTE: Art.24 – ao mesmo tempo:

1ª União faz normas gerais – leis federais - $1º2ª Estados podem suplementar – leis estaduais – leg. Fed. - $2º3ª Inexistindo lei fed. os Estados legislam plenamente - $3º (normas gerais e normas especiais = lei estadual) CAI * Para atender suas peculiaridades (no seu território)4ª Superveniência de lei federal SUSPENDE a eficácia da lei estadual no que for contrário - $4º Existe possibilidade de coexistência entre leis federal e estadual (concorrente).

INTERVENÇÃO FEDERAL (34 ao 36, CF)

Intervenção UNIÃO – ESTADO UNIÃO – DF

1 – DE OFÍCIO: I, II, III e V – Presidente da República ouve 2 conselhos e decreta, o congresso confirma.

2 – SOLICITAÇÃO DOS PODERES: IV –

- EXECUTIVO Coagido em função típica nas unidades federativas.- LEGISLAT. Chefes requisitam ao Pres. Rep. – Segue o 1º.

- JUDICIÁRIO Coagido, presidente TJ pede para STF a interv. e STF faz requisição judicial (3º). Não ouve os 2 conselhos e não tem controle.

3 – REQUISIÇÃO JUDICIAL: VI e VII – Judiciário coagido (TJ) pede para STF a interv. e este faz requisição judicial ao Presidente da República. Podem: TJ, TSE e STF.

PROCEDIMENTO:

- De Ofício e Solicitação dos Poderes Legisl. e Exec. coagidos:

1º Presid. Rep. ouve 2 conselhos = Conselho da República, e Conselho de Defesa Nacional.2º Presidente Decreta = pois só por decreto intervenção federal.

3º Controle Político = feito pelo Congresso que confirma ou não.

ESTADO DE DEFESA (ART.136 CF)

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- Ameaça à ordem pública ou paz social – INTERNO.- Grave e iminente instabilidade institucional do Estado.- Calamidades de grande proporção na natureza.- PRAZO: 30 dias, prorrogável por mais 30 dias. Máximo de 60 dias.

PROCEDIMENTO:

1º Presid. Rep. ouve 2 conselhos = Conselho da República, e Conselho de Defesa Nacional.2º Presidente Decreta = tem que se decreto.

3º Congresso faz o controle político:

a) Confirma o Decreto;b) Controle concomitante, 5 membros da mesa vão acompanhar;c) Controle sucessivo, ao final o presid. relata por mensagem ao congresso.

EXCEÇÃO: Direitos fundamentais limitados por decreto do presidente. (é pétrea mais pode) ????????????????????

ESTADO DE SÍTIO (ART.137 a 139 CF)

- Comoção grave de repercussão nacional – INTERNO.- Prazo 30 dias + 30 dias + 30 dias .... até resolver.- Resposta à agressão armada estrangeira, guerra – EXTERNO.- Em caso de guerra não há prazo, indeterminado. “Em caso de guerra eu vou para o sítio” – Lembrar.

PROCEDIMENTO:

1º Presid. Rep. ouve 2 conselhos = Conselho da República, e Conselho de Defesa Nacional.2º Pede autorização ao Congresso = Controle político PRÉVIO.

3º Aceito pelo congresso DECRETA o estado de sítio.

4º Controle político = Congresso:

- Concomitante – 5 membros da mesa vão acompanhar. - Sucessivo – ao final o presid. relata por mensagem.

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• Se o Presidente não seguir estes passos há INCONSTITUCIONALIDADE, pois é imposto pela CF.

NORMAS COMUNS ENTRE OS 3 INSTITUTOS:

(INTERVENÇÃO FEDERAL)(ESTADO DE DEFESA)(ESTADO DE SÍTIO)

- São chamadas de Legalidades Extraordinárias.- São criadas por Decreto do Presidente da República.- São temporárias e excepcionais.- Em REGRA ouve-se os 2 conselhos (órgãos consultivos) Salvo Intervenção Federal por Requisição Judicial (STF).

QUARTA AULA:

PODER LEGISLATIVO NO BRASIL Veja quadro sistemático anexo.

MESAS: órgãos diretivos de uma casa.

1 – presidente / 2 – vices / 4 - secretários

- Declara perda de mandato, seu membro.- Promulga EC – 2 mesas CÂM e SEN. – art.60, §3º, CF.- Existe em todas as casas.- Presidente da mesa é o presidente da casa – dirige a casa.- Só na esfera federal tem 3 mesas.

Mesa Câmara Mesa Senado Mesa Congresso = os 2 acima juntos (câmara + senado) Presidente do senado preside o congresso.

COMISSÕES PARLAMENTARES

Parlamentares: existem sempre.CPI – art.58, §3º, CF – investigar algo interesse do Estado.

Requisitos:

- 1/3 dos membros devem assinar.- investiga fato determinado a prazo certo.- poderes próprios das autoridades judiciais.- conclusões são encaminhadas ao MP.- o MP promove responsabilidade civil e criminal dos infratores.

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NENHUMA CPI PODE:

- Determinar interceptação telefônica – só judiciário em processo criminal em que a lei autoriza tal meio de prova.

Existem: CPI Federal CPI Distrital (DF = estadual e municipal) CPI Municipal (câmara de vereadores)

FUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL

SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA: (Anual – se houver uma rejeição MP e EC; somente no próximo ano)

- Existe de: 15/02 até 30/06 01/08 até 12/12

- Recesso: (descanso) – 01 a 31 julho e 16/12 até 14/02- Legislatura: é o período de 4 anos- Sessão legislativa ordinária: período diário – a cada 15 dias é a noite.- Sessão legislativa extraordinária: são as convocações durante recesso.- Sessão Extraordinária (horas extras) – além do horário (sábados, domingos e feriados).

IMUNIDADE PARLAMENTAR (art.53 CF)

A) MATERIAL (inviolabilidade): os parlamentares são imunes civil e criminalmente por suas opiniões, palavras e votos no exercício da atividade parlamentar. (calúnia, injúria, difamação). Todos os parlamentares nas suas áreas de circunscrição, ex.: vereador é dentro do município.

B) FORMAL (também chamada propriamente dita) é a possibilidade de suspensão da prisão e do processo por maioria absoluta dos membros da respectiva casa. Somente por ser crime inafiançável e em flagrante delito. Suspenso o processo está suspenso a prescrição.

- Vereador não tem imunidade FORMAL. - Quem possui? Os Deputados Federais, DF e Estaduais, e os Senadores.

PERDA DO MANDATO (art.55 CF)

- Quem tem que declarar a perda do mandato é a mesa da

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respectiva casa.

FALTA DE DECORO PARLAMENTAR: processo de cassação, perda do mandato.

POR FALTA DE ASSIDUIDADE: faltar mais de 1/3 da sessão legislativa sem justo motivo, perde o mandato.

ESPÉCIES NORMATIVAS

ART. 60 CF – a constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I – de 1/3 dos membros da Câmara Deputados ou do Senado.II – do Presidente da República.III – mais da metade da assembléia legislativa dos Estados.

§2º - Congresso vota em 2 turnos, 2 casas, 3/5 dos membros.

• Ler arts. 5º, §3º e 60, §2º, da CF.

§3º - Promulgação pelas Mesas da Câmara Deputados e do Senado.

* Não pode haver emendas à CF durante: Intervenção Federal, Estado de Defesa e Estado de Sítio.

§4º - Emenda à CF não poderá atentar contra:. a forma federativa de Estado;. o voto direto, secreto, universal e periódico;. a separação dos poderes;. os direitos e garantias individuais.

§5º - a mesma matéria que foi proposta de emenda e foi rejeitada, só pode voltar como proposta novamente na próxima sessão legislativa (próximo ano).

- O art.60, §4º, e seus incisos trazem as CLÁUSULAS PÉTREAS.- O art.5º é cláusula pétrea porque acoberta grande parte de direitos e garantias fundamentais.

LEI COMPLEMENTAR

- Só uso lei complementar quando a CF determine especificidade de matéria, ou seja, necessidade de esclarecimento sobre ela.

- Art.69, CF, as leis complementares são aprovadas por maioria Absoluta = total de membros.

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* Lei Ordinária =/= Lei Complementar

- Lei Ordinária é uma Lei Comum, e a lei determinada pela lei federal, feita pelo Congresso Nacional, tem que passa pelas duas casas, “bicameralismo”, deputados federais e senado federal.

- É aprovada por maioria simples ou relativa (leva em consideração os presentes) no mínimo a maioria absoluta para extrair a maioria simples.Ex.: de 100 senadores, presentes 55 pode ocorrer a votação.

INICIATIVA RESERVADA

- Apenas 2 pessoas podem apresentar projetos de lei.- Somente o Presidente da República, art.61, §1º, inc. I e II.

- Se houver violação da iniciativa reservada, isso caracteriza inconstitucionalidade formal (violação de um procedimento), inconstitucionalidade material (cláusula pétrea).

MEDIDA PROVISÓRIA - art.62 CF

- Quem pode adotar (editar)? = Presidente da República.- Em que situações? = Em caso de Relevância e Urgência.

Restrições à MP: (não pode existir MP)

- nacionalidade, cidadania, direitos políticos e eleitoral;- direito penal, processual penal e processual civil;- organização do poder judiciário e do Ministério Público;- planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o 167, §3º.

-> Medida Provisória pode criar CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS para atender a despesas imprevisíveis (guerra, calamidade públ.).

-> MP não pode determinar detenção, seqüestro de bens de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro.

-> MP nasce para ser convertida em Lei Ordinária (lei federal).

-> MP que implique em instituição ou majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte.

-> MP pode criar e aumentar tributos: quais?: impostos. Sujeito ao princípio da anterioridade, deve respeitar a noventena.

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-> MP não pode mexer nos impostos sobre: Importação, Exportação, IPI, IOF – Somente através de decreto.

IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO EM CASO DE GUERRA - art.154, II, CF

PRAZOS:

- 60 dias prorrogável por mais 60 dias. No máximo 120 dias, porém durante o recesso o prazo fica suspenso, mas a MP continua vigendo.

- Destrancamento de medida de urgência – 45 dias após a publicação.

-> Presidente da República edita a MP;-> Câmara dos Deputados e Senado Federal aprovam;-> Presidente do Senado vai promulgar;-> Edita;-> Publica;-> Virou Lei Federal.

- Se houver alteração da proposta original, vai seguir o caminho da lei ordinária.

LEI DELEGADA - art.68, §1º, CF

- Quem edita é o Presidente da República, tem que pedir autorização para o Congresso Nacional.

=/= MP e Lei Delegada: Na delegada o Presidente tem que pedir licença para o Congresso, através de uma resolução, porque ela é lei definitiva. A MP não é definitiva, ela nasce para se tornar lei ordinária. MP não precisa de autorização do Congresso.

DECRETO LEGISLATIVO – CONGRESSO NACIONAL

- Art.49, CF – as atribuições do Congresso Nacional.- RESOLUÇÃO: pode ser da Câmara, do Senado ou do Congresso.

OBS.: Art.52, X, CF. – resolução do senado, controle difuso, recurso extraordinário.

- Resolução do Congresso, autorizando o Presidente a fazer Lei Delegada.

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PODER EXECUTIVO NO BRASIL

FEDERAL – Brasileiro nato, art.12, §3º, CF. - Presidente da República, Vice, Ministro de Estado.

PODER ESTADUAL – 26 Estados. Governador e Vice, EXECUTIVO auxiliados por secretários estaduais.NO BRASIL

DISTRITAL – Governador e Vice, auxiliados por secretários distritais (art.32 CF). MUNICIPAL – Prefeito e Vice, auxiliados por secretários municipais.

- Nós temos 27 governadores no Brasil – 26 Estados + o DF.- Mandato do Poder Executivo – 4 anos – reeleição 1 vez.- Período subseqüente.

Reeleição em todas as esferas:

1º turno = 1º domingo de outubro – conseguir a maioria absoluta dos votos válidos (total menos brancos e nulos).2º turno = último domingo de outubro – (os dois mais votados).

OBSS.: - O sistema de eleição é o sistema majoritário absoluto. - Municípios com 220 mil eleitores se têm um só turno, sistema majoritário relativo ou simples é o mesmo para senadores.

Art.80, CF.

Vagando os cargos de Presidente e Vice, assumem nesta ordem:

1º- Presidente da Câmara dos Deputados;2º- Presidente do Senado Federal;3º- Presidente do STF.

Art.81, CF.

- Se o Presidente e o Vice morrerem (nos 2 primeiros anos do mandato) far-se-á nova eleição DIRETA, FEITA PELO POVO.- Se o Presidente e o Vice morrerem (nos 2 últimos anos do mandato) far-se-á eleição PELO CONGRESSO NACIONAL (NÃO POVO).

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PROCESSO DE IMPEACHMENT – IMPEDIMENTO – Arts. 85 e 86, CF.

- Ocorre quando o Presidente comete crime de responsabilidade.

São Crimes de Responsabilidade os atos que atentem contra:

1- a existência da União;2- o livre exercício do Poder Legislativo, Poder Judiciário, do

Ministério Público e das unidades da federação;3- o exercício dos direito políticos, individuais e sociais;4- a segurança interna do país;5- a probidade na administração;6- a lei orçamentária;7- o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

FASES DO IMPEACHMENT

1ª fase: juízo de admissibilidade – Câmara dos Deputados, por 2/3 dos membros;2ª fase: o julgamento por crimes comuns – STF julga.2ª fase: o julgamento por crimes de responsabilidade – Senado Federal julga, com 2/3 dos seus membros.

- O Presidente ficará afastado por 180 dias das suas atividades.- Punição é a perda do cargo e fica inabilitado por 8 anos para exercer funções públicas.- A proibição é para ser votado, pois pode votar normalmente.

QUINTA AULA:

ARTIGOS QUE DEVERÃO SER LIDOS COM CALMA, POIS OS QUE MAIS CAEM.

ARTS.: 93, 95, 97, 102, 103, 103-A, 105, 109 + EC 45/2004 TODA.

GARANTIAS CONSTITUCIONAIS – Art.95, CF.

VITALICIEDADE: adquire-se com 2 anos de exercício na função. O magistrado adquire de 2 modos:

1- juiz concursado – 2 anos de efetivo exercício do cargo (estágio probatório).

2- 1/5 constitucional – membros do MP e Advogados, adquirem com o 1º ato, já é vitalício.

- O vitalício só perde o cargo mediante SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO.

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INAMOVIBILIDADE: o juiz não pode ser removido contra sua vontade.

SALVO: interesse público e maioria absoluta do respectivo tribunal ou do conselho nacional de justiça concordem.

IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIOS: o salário de membros da magistratura não pode ser reduzido, APENAS limitado ao teto da categoria, que ainda não foi regulamentado.

SÚMULA VINCULANTE – Art. 103-A – LER ESTE ARTIGO COM ATENÇÃO *

- STF cria súmula vinculante.- Quorum de 2/3 dos Ministros do STF = 8 ministros.- Geram efeitos similares de uma Adin genérica e Adecon, ou seja, erga omnes e vingulante.

- Súmula Vinculante pode ser revista ou cancelada? SIM- Quem pode pedir? Mesmas pessoas que podem propor Adin ou Adecon. (art.103 CF).

- Maior incidência na prova da OAB – arts. 96, 97, 98.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

- Homologação de sentença estrangeira, era de competência do STF, agora é do STJ. (baixou uma instância para desafogar o STF que tem menos ministros que o STJ). Art. 102 e 105 CF.

- ROC – Recurso Ordinário Constitucional – 102, II e 105, II. Analisar suas diferenças, pois os 2 são ROC.

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

- TODO O ARTIGO 5º DA CF.- Remédios ou Garantias Constitucionais são para defender direitos.

DIREITO DE PETIÇÃO: 5º, XXXIV, “a”. É conceito diferente do direito processual.

- É o meio de se levar ao conhecimento do Estado que existe algo ilegal ou abusivo. Sem formalismo ou advogado.

HABEAS CORPUS: 5º, LXVIII. – Desnecessidade de Advogado.

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- Ver sem falta arts. 647/667 CPP – trata do HC.- HC pode ser PREVENTIVO – ameaça de prisão ilegal ou abusiva. Também chamado de “Salvo Conduto”.- HC pode ser REPRESSIVO ou LIBERATÓRIO – já houve a prisão ilegal ou abusiva. Também chamado de “Contra Mandado”.- HC para pessoa jurídica é possível – quando comete crime ambiental, para trancar IP ou Ação Penal.

HABEAS DATA: 5º, LXXII, “a”. Lei 9.507/97.

- Acesso e Retificar ou Corrigir dados ou informações do impetrante que estão em uma entidade governamental ou órgão público ou entidade privada de caráter público (SERASA, SPC, Adm. de Cartão de Crédito, Bancos etc)- É ação judicial, precisa de advogado.- Deve antes esgotar as vias administrativas possíveis.

MANDADO DE SEGURANÇA: 5º, LXIX. Lei 1.533/51 e 4.348/64.

- Direito líquido e certo (não tem testemunhas, comprova com documentos).- Cabe quando não couber HC nem HD.- Abuso de autoridade pública ou pessoa jurídica no exercício de atividade pública (concessão, autorização, delegação).- Ex.: quer certidão do INSS, que nega.- Ex.: retirar informações em lugar inadequado.

MANDADO DE INJUNÇÃO: 5º, LXXI. – Não tem regulamentação ainda.

- Quando houver falta de norma regulamentadora sobre o tema.- Qualquer direito ou liberdade constitucional (gênero), ou das prerrogativas inerentes à nacionalidade, cidadania e soberania (espécies).- É controle difuso de constitucionalidade = qualquer pessoa comum pode utilizar.- Pleiteado em qualquer juízo ou tribunal para ordenar quem não fez, que regulamente a norma.- É possível no STF, quando Congresso Nacional não fez a lei.- É ação judicial, precisa de advogado.

* OBS.: OS QUE MAIS CAEM SÃO: M. DE SEGURANÇA e M. DE INJUNÇÃO.

DIFERENÇAS ENTRE MAND. INJUNÇÃO E ADIN SUPRIDORA DE OMISSÃO:

- Situação fática é a mesma;- Inconstitucionalidade por omissão, pois falta regulamento;

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- Pode usar qualquer dos 2 institutos.- Omissão de órgão público – 30 d. para regulamentar. 103, §2º.- Omissão do Legislativo – dá-se ciência para fazer, sem prazo.

ADIN – Competência do STF;M.I. – Qualquer juízo ou tribunal, até mesmo o STF.

ADIN – Legitimidade ativa somente das pessoas do art.103 da CF;M.I. – Legitimidade ativa de qualquer pessoa.

AÇÃO POPULAR: 5º, LXXIII. Lei 4.717/65.

- Visa proteger o patrimônio público, histórico e cultural, a moralidade administrativa etc.- Legitimidade Ativa – qualquer cidadão comum, eleitor.- Como o próprio nome diz, é ação, precisa de advogado.

CUIDADO: Ministério Público tem legitimidade extraordinária (postula em nome próprio defendendo direito alheio), caso o cidadão comum desista. Assim, o MP assume e continua ação.

- Pode assumir e pedir arquivamento;- Na fase de execução DEVE executar – não desiste mais.

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO: 5º, LXX.

- Só para proteger grupos de pessoas.- Mesmos requisitos do MS individual.- Legitimidade ativa é diferente: a) Partido político com representação no congresso; b) Organismo sindical, entidade de classe e associação com mais de 1 ano de existência.

AÇÃO CIVIL PÚBLICA: Lei 7.347/85.

- É do Ministério Público a legitimidade, somente ele.- Mesmo objeto da Ação Popular, só muda a legitimidade ativa.- Ambiente ampliado, dá maior proteção. Veja lei.

NACIONALIDADE

- Arts. 12 e 13, CF + Lei 6.815/80.

BRASILEIRO NATO = aquele que nasce no Brasil. SALVO:

a) Pais estrangeiros e a serviço do país de origem. (cônsul,

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diplomata, embaixador).b) Pais brasileiros no exterior a serviço do Brasil.

c) Brasileiros no exterior a passeio – não é nato. Deve vir residir aqui e optar pela nacionalidade.

CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATO:

Todo executivo federal: - Presidente e Vice da República; - Presid. Câmara dos Deputados;Lembrar na ordem de - Presidente do Senado Federal;Sucessão do Presid. - Ministro do STF (todos os 11).

- Carreira diplomática; - Oficial forças armadas; - Ministro de Estado da Defesa.

EXTRADIÇÃO:

- Envolve 2 países;- 5º, LI, CF Ver*;- Brasileiro NATO NUNCA será extraditado;- O naturalizado pode, em 2 casos:

1- Crime comum anterior à naturalização; 2- Comprovado tráfico ilícito de drogas INTERNACIONAL.

EXPULSÃO:

- Envolve apenas 1 país, o que expulsa;- Cometeu crime grave contra interesse social;- Só estrangeiro pode ser expulso – nato e naturalizado não.

DEPORTAÇÃO:

- Envolve apenas 1 país, o que deporta;- Caso de estrangeiro que entra no país ilegalmente.

BANIMENTO:

- Envio compulsório de nacional para o estrangeiro;- Antigo exílio;- Não existe mais, nem poderá existir.

DIREITOS POLÍTICOS – Art. 14/17, CF.

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- Alistabilidade: capacidade eleitoral ativa = poder votar.- Elegibilidade : capacidade passiva = ser votado – candidato.

Ver §1º: Vota se quiser (facultativo):

- Analfabeto – voto facultativo – não pode ser candidato.- Maior de 70 anos – voto facultativo – pode ser candidato.- Maior de 16 e menor de 18 – voto facultativo – não candidato.

Ver §2º: Inelegibilidade Absoluta (não se candidata):

- Os inalistáveis: Estrangeiros; Menor de 16 e até 18; Analfabeto; Conscrito (homem durante serviço militar).

CARGOS ELETIVOS: Aquele em que se vota. Só o Presid. e Vice devem ser natos. Deputado Federal e Senador não precisam.

IDADE, art.14, §3º, VI: Presidente – 35 Governador – 30 Deputado e Prefeito – 21 Vereador – 18

DESINCOMPATIBILIZAÇÃO = afastamento do cargo:

- Poder executivo;- Afastar-se 6 meses antes da eleição;- Ex.: Prefeito quer concorrer a Deputado.

* Para reeleição não precisa

OS ARTIGOS MAIS IMPORTANTES PARA O EXAME OAB/SP EM CONSTITUC.

5º, 12, 14, 24, 34/36, 53, 55, 58 §3º (CPI), 60, 62, 80, 81, 85, 86, 93, 95, 97, 102, 103, 103-A, 105, 109.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

PRIMEIRA AULA:

Estado tem 3 poderes:

PODERES Função Função Típica Atípica

LEGISLATIVO : Legislar - Administrar (licitação)EXECUTIVO : Administrar - JUDICIÁRIO : Aplicar Lei - Administrar (férias func.)

Função Administrativa Típica – ExecutivoFunção Administrativa Atípica – Legislativo / Judiciário (não é só o executivo que administra).

PRINCÍPIOS

1- Supremacia do Interesse Público sobre o Particular:

Eventual conflito entre o particular e a coletividade deve prevalecer o interesse da coletividade.

Primário – da coletividade, beneficia a todos em geral. Secuntário – não coletividade, mas do administrador.

2- Indisponibilidade do Interesse Público:

O interesse público é indisponível e irrenunciável, não é do administrador, mas do povo, coletividade. Não se pode dispor de interesse alheio.

LegalidadeImpessoalidade - Toda vez que tem que decorarMoralidade princípios faz uma sujeira naPublicidade cabeça, então L.I.M.P.E. -Eficiência

3- Legalidade: Art.37, caput, CF -> L.I.M.P.E.

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Só o que a lei determina ou permite a administração pública pode fazer. A falta de lei para a administração é proibição. Para particular a falta da lei é permissão. (contrário)Administração só pode fazer o que está na lei, positivado.

4- Impessoalidade:

a) Administrados – tratar igualmente os particulares, impessoal.b) Administrador – deve atuar de forma neutra, art.37, $1º, CF, sem se imputar qualquer ato público, não se promover pessoalmente, fazer propaganda etc.

5- Moralidade:

Boa-fé, ética, probidade etc.Não apenas atuar legalmente, mas moralmente também.

6- Publicidade:

Divulgar sua atividade amplamente, contratos etc.Sociedade deve saber se seu interesse está sendo alcançado.

7- Eficiência:

Fazer o melhor com os recursos de que dispõe.Atingir seus objetivos com qualidade.

8- Continuidade: é implícito na CF.

Atuação da administração não pode parar, serviços públicos.Por isso há restrições à greve, para não parar 100%.Não aplica a “exceptio non adimpleti contractus”, que não existecontra a administração pública, pois, não pode a empresacontratada pela administração pública para seus serviços porfalta de pagamento do ente público, serviço não pára.

9- Autotutela:

Adm. pública deve tutelar seus próprios atos, podendo:

REVOGAR – os atos inoportunos ou inconvenientes – tem efeito “ex nunc”, ou seja, não retroage, vale dali para frente.ANULAR - os atos ilegais – com efeito “ex tunc”, ou seja, ato anulado retroage à data do ato anulado. Foi ilegal.

PODE revogar e não DEVE revogar, atos inconvenientes.

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DEVE anular obrigatoriamente e não PODE anular, atos ilegais, subordinado ao princípio da legalidade.

MECANISMOS DE CONTROLE DE ATOS ADMINISTRATIVOS

1- INGLÊS ou JURISDIÇÃO UNA – pode reclamar ao judiciário tudo que quiser, qualquer ato.2- FRANCÊS ou JURISDIÇÃO DUPLA – não serão avaliados atos judiciários, por administração, terá apenas o controle interno.

• O Brasil adotou o INGLÊS , ou seja, o judiciário pode controlar atos do poder administrativo.

• É o chamado CONTROLE EXTERNO de ato administrativo.

CONTROLE INTERNO: Adm. – revoga ou anula quando quiser. SÚMULA 473 do STF.CONTROLE EXTERNO: Jud. – não revoga, só anula, porque não analisa conveniência e oportunidade, só analisa legalidade do ato.

ATO VINCULADO : liberdade pequena, lei restringe, dizendo quando e como agir.ATO DISCRICIONÁRIO: liberdade maior, dentro da lei também, mas se utiliza da conveniência e oportunidade de quando e como agir.

DIFERENTE da margem de liberdade de atuação do agente administrativo, que eles gozam, apenas, maior em um caso e menor em outro.

• O judiciário faz o controle dos atos administrativos vinculados (porque a lei vincula) e também dos discricionários, mas apenas quanto ao critério da legalidade.

10- Razoabilidade e Proporcionalidade :

Deve o administrador nos seus atos ser razoável, dentro de um padrão, sem excessos, sem omissões, os meios e fins compatíveis, ou seja, o meio deve ser proporcional ao fim, numa média.

11- Segurança Jurídica:

É princípio de todo o direito, não apenas desta matéria.

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Adm. Pública torna válido atos que contenha vício, privilegia a estabilidade das relações jurídicas.

PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PODER / DEVER

São poderes instrumentais, pois são meios para atingir suas finalidades.

Irrenunciáveis – não é faculdade, é poder / dever da adm.

a) VINCULADO : Administra situação clara e objetiva e único comportamento a ser tomado, ou sim ou não.

b) DISCRICIONÁRIO : Exerce juízo de conveniência e oportunidade, como e quando tomar comportamento.

c) HIERÁRQUICO : Organização de sua estrutura, relações de coordenação e subordinação. Ex: quem é chefe de quem.

d) DISCIPLINAR : Sancionar agentes públicos pela prática de infração funcional (decorre da hierarquia).

e) NORMATIVO / REGULAMENTAR: Quando expede atos administr. normativos, decretos, resoluções, portarias, OS etc.

f) DE POLÍCIA : Conferido à adm. para poder restringir, limitar, frenar direitos de liberdade, propriedade, e atividades dos particulares, adequando ao interesse coletivo. RESTRINGIR, nunca aniquilar, acabar.

- Do Normativo / Regulamentar: DECRETOS

DE EXECUÇÃO: art.84, IV, CF, para detalhar a lei para pessoas cumprirem, pormenorizar a lei.AUTÔNOMO : vem no lugar de uma lei, não detalhar, vem inovando a lei.

....> CF

....> LEI

....> DECRETO (regulamenta a lei)

......> ATOS NORMATIVOS

O Decreto AUTÔNOMO, previsto na CF, vem no lugar da lei.EC/32, art.84, VI, CF – vem admitindo.

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• PARA PROVA DA OAB NÃO EXISTE O DECRETO AUTÔNOMO • O Decreto que existe só regulamenta lei já existente.

PODER DE POLÍCIA

Fundamento: a) Supremacia do Inter. Públ. sobre o Particular. b) Executa leis, faz cumprir. Ex. vigilância sanit.

Atributos/qualidades:

a) REGRA : discricionários, para penalizar.b) EXCEÇÃO: concessão de licença para construir, vinculado.

c) COERCIBILIDADE: obrigação, é forçado, imposto.

d) AUTOEXECUTORIEDADE: adm. executa direito, sem autorização do judiciário, é autoexecutável, poder de polícia.

SEGUNDA AULA:

ATOS ADMINISTRATIVOS – CAI*

Atos dos poderes Executivo / Legislativo / Judiciário (típico) (atípico) (atípico)Perfeição == Validade == Eficácia

Sido completo, Dentro da Valendo ou não.ato pronto, lei. Gerando efeitos.Dentro ou fora Possívelda lei. exigir-seVálido: feito o que see assinado, exige.vigente,normal;Inválido:exige absurdo. EFICAZ -> vigente, valendo.

VÁLIDO INEFICAZ –> Ex: esqueceu de publicar.PERFEITO: INVÁLIDO EFICAZ |

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lei fora. INEFICAZ impossível

ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

* São seus requisitos, pressupostos.* Existência do ato: o que ele precisa para existir.* DIFERENTE de atributos, que são características, qualidades.

- FOFI.COM –1- FORMA: como ele será exteriorizado. Prevista em lei, mas não necessariamente escrito.

2- FINALIDADE: seu objetivo, que pretende alcançar. Ex: proteção à saúde, segurança etc. Interesse Público: comum a todo ato adm. Finalidade Específica: o que se quer alcançar.

3- COMPETÊNCIA: sujeito que pratica o ato deve ser competente e capaz, senão ato não é válido. Não impedido ou suspeito. Ex: procurador INSS dá parecer em proc. do seu pai, é impedido.

4- OBJETO: o que o ato enumera, dispõe, enuncia, extingue, certifica. Efeito jurídico do ato. Ex: Despacho de demissão = objetiva demissão. Objeto está dentro do ato. Deve ser legal, moral, possível (de fato e de direito), certo e determinado.

5- MOTIVO: fato que autoriza ou determina a prática do ato. Ex: multa – motivo: sujeira na cozinha do bar. É o por quê. O motivo deve ser verdadeiro.

TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: motivo dado ao ato administrativo vincula à sua validade. Motivo falso ou inexistente o ato será inválido.

ATOS DISCRICIONÁRIOS e VINCULADOS – todos devem ser motivados.

Logo, não importa a origem, TODOS os atos administrativos devem ser motivados, sob pena de invalidez. EXCEÇÃO: não precisa motivar: nomeação ou exoneração para cargo em comissão (assessores). Nomeia e exonera sem motivar, não precisa, mas se quiser motivar não tem problemas.

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Ocorre que, motivou vinculou, o motivo não pode ser falso.Ex: Exonera por falta de verbas, mentira. Exoneração falsa, inválida, funcionário re-integra no cargo.

- Precisou motivar – não motivou – inválido.- Não precisava - motivou errado – inválido.

ATRIBUTOS / CARACTERÍSTICAS = o que diferencia dos outros.

- P.I.C.A. TIPICIDADE –

1- PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE: atos adm. se presumem verdadeiros e legais até prova em contrário. - presunção juris tantum. (relativa) - particular deve provar não verdadeiro ou ilegal.

2- IMPERATIVIDADE: impostos à terceiros independentemente de sua concordância – constitui o particular em obrigação – unilateral. EXCEÇÃO: atos que particular provoca – Ex: licença para construir, não obriga ele a construir.

3- COERCIBILIDADE / EXIGIBILIDADE: adm. vai exigir o que foi imposto na imperatividade. Ex: mandou trocar calçada, não trocou, multa -> coação indireta – Exige cumprimento, força.

4- AUTOEXECUTORIEDADE: ato seja executado pela própria adm. sem necessidade de autorização judicial. Adm. decide e executa. Só pode existir com previsão legal ou urgência. Ex: calçada, a adm. arranca tudo e manda a conta para particular que descumpriu.

5- TIPICIDADE: atos adm. devem corresponder à figuras previamente escritas em lei. Tudo que aconteceu antes (nº 1 a 4), que tenha lei descrevendo – Desnecessário.

A prova é do particular, prova que ato é errado.

DIFERENÇA entre ATO VINCULADO e ATO DISCRICIONÁRIO

- A diferença está na margem de liberdade de atuação do agente.* Vinculado : margem estrita (na lei);

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* Discricionário: conveniência e oportunidade (na lei).

• Nenhum pode ser nunca ilegal. Judiciário analisa os dois atos quanto à legalidade.

TIPOS DE INVALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS (dos elementos)

a) INEXISTENTE: Não conserta. Absurdo jurídico, as vezes criminoso. Ilegal, imoral, sem motivo, sem finalidade. Muito viciado que nem existe.

b) NULOS: Não conserta. Lei diz que são nulos, expresso, ou aqueles que não permitem convalidação. Ex: nomear para cargo público efetivo sem concurso público, é nulo e precisa do concurso.

c) ANULÁVEIS: Conserta. Nulidade relativa. Ex: fiscal da zona sul trabalhou na zona norte e multou. O verdadeiro da zona norte ratifica o do outro e pronto. Apenas incompetência territorial. Convalida pela segurança jurídica. Convalida.

d) IRREGULARES: Nem precisa consertar. Contém vício material irrelevante. Foge à padronização, não compromete o ato, não atinge o ato. Nem precisa convalidar, pequeno.

SÓ ANULÁVEL CABE CONVALIDAÇÃO, CONSERTO.

FORMAS DE EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS

Formas originárias: não exige novo ato.

I. RENÚNCIA: forma de extinção em razão do particular beneficiário abre mão da vantagem que lhe foi concedida. É DIFERENTE da recusa, nesta ele nunca teve. Só se renuncia o que já tem.

II. CUMPRIMENTO DE SEUS EFEITOS : Ex: concessão de férias, cumpriu volta ao trabalho e pronto. Ato exaurido – cumprido seus efeitos acaba.

III. DESAPARECIMENTO DO SUJEITO OU OBJETO : Bem tombado destruído por terremoto, o objeto desapareceu, o ato está extinto.

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Formas derivadas: exige novo ato para extinguir anterior. É retirada do ato.

IV. CASSAÇÃO: forma em razão do particular não ter cumprido suas obrigações. Ex: licença para hotel ele abre bordel. Assim cassa o alvará. Adm. extingue, por penalidade, ilegalidade na execução.

V. CADUCIDADE: forma em razão de uma lei não mais permitir. Decaimento daquele ato. Nova lei não permite mais o ato. Ex: nova lei derruba aquela antiga permissão. Ilegalidade Superveniente, passa ser ilegal, ilegalidade na execução.

VI. CONTRAPOSIÇÃO / DERRUBADA: forma em razão de novo ato contrário, antagônico ao primeiro. Contrário ao que permitia.

VII. REVOGAÇÃO: adm. toma conta de seus próprios atos = autotutela feito pela adm. quando inconveniente ou inoportuno. Efeito “ex nunc”, mediante fato novo que justifique a mudança.

VIII. ANULAÇÃO: forma que pode ser feita pela adm. ou pelo judiciário. Ligado à ilegalidade. Efeito “ex tunc”.

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

ADM. DIRETA :

União, Estados, DF e Municípios, e seus órgãos. Ex: secretaria de cultura etc.

Tem personalidade jurídica (pessoa jurídica de direito público)Ex: ministério da previdência.

->São entes políticos: podem legislar, competência legislativa.

ADM. INDIRETA :

Autarquias, Fundações, Empresas Públicas, Sociedade de Economia Mista, Agências Reguladoras e Agências Executivas.

CAI*

-> Paraestatais, Entes de cooperação, 3º setor NÃO FAZEM PARTE.Ex: Pessoas jurídicas de direito privado, Sistema “S”: sesc, senai etc, Organizações sociais, Oscip´s (recebe incentivo).

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Serviços Sociais Autônomos;Organizações Sociais de Direito Privado, sem fins lucrativos. Ex: santa casa. Lei: 9.637/98 – Contratos de Gestão. VER LEI.Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP = Lei: 9.790/99. Termo de Parceria, e não contrato de gestão. Ex: Instituto Joãozinho 30 – RJ. Sem fins lucrativos.

TERCEIRA AULA:

AUTARQUIAS - Administração Indireta (autarquia comum)

COMUM: OAB, USP, BC, CADE, CVM (têm carac. de comum)AUTARQUIA FUNDACIONAL: Fundações ESPECIAL: Agências Reguladoras. Ex: Anatel, Aneel, Anvisa, Anac etc. (Mandato fixo, chefe do executivo nomeia, estabilidade, quarentena).

- Pessoa Jurídica de Direito Público – INSS, INCRA, IBAMA;- Existe Estadual e Municipal normalmente.- Criados por lei específica – art.37, XIX, CF (extinguir tb.)- Executa atividade típica da administração pública.- São VINCULADAS à administração direta (Não subordinada, nem hierarquia), apenas controle finalístico (de finalidade)).- Autarquia licita para tudo. Lei 8.666/93.- Ingresso por concurso público.- Regime jurídico pode ser Celetista ou Estatutário. Tanto faz, a lei estabelece.- Responsabilidade da autarquia perante 3º é OBJETIVA – art.37, $6º, CF.- Criador da autarquia também responde, mas subsidiariamente, não solidário.- Gozam de prerrogativas processuais – contestar e recorrer.- Tem foro privilegiado – art.109, I, CF. – Justiça Federal.- Imunidade tributária recíproca, art.150, VI, “a”, CF. * Não é para todo tributo, apenas para imposto sobre patrimônio, renda, serviços, etc. Art.150, $2º, CF.- Seus bens são impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis.

FUNDAÇÕES - administração indireta (autarquia especial)

- Pessoa Jurídica de Direito Público (majoritária) ou Privado – não é unânime.- São AUTORIZADAS por lei específica. Art.37, XIX, CF. Não são Criadas por lei específica como as autarquias. Atente-se que as fundações são apenas autorizadas.

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- O resto é tudo igual a autarquia comum, tanto que é uma espécie de autarquia.- IBGE é fundação.- Funai, Febem, Fund. Roberto Marinho, Xuxa Meneguel etc. -> É o Código Civil que rege, é diferente.

EMPRESAS PÚBLICAS E SOC. DE ECONOMIA MISTA – muito parecidas

- EMPR. PÚBLICAS: CEF, Correios, Radiobrás, Bndes.- SOC. ECON. MISTA: BB, Petrobrás, Metrô, Sabesp.

• Empresas Estatais ou Governamentais – gênero de Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista.

- Pessoa Jurídica de Direito Privado.- Prestadora de Serviços Públicos – Correio, Sabesp. (meio público e meio privado, parece autarquia e fundação).- Exploradora de Atividade Econômica – BB, CEF, Petrobrás. (competem com empresas privadas).

O ESTADO ATUA EXCEPCIONALMENTE: Casos de Segurança Nacional ou Relevante Interesse Coletivo, o Estado pode explorar atividade econômica, ou seja, MAIS PRIVADO DO QUE PÚBLICO. Não pode privilegiar a empresa pública nunca.

Ex.: Produzir remédio para AIDS – sim pode. Produzir caneta esferográfica – não pode.

DEVEM LICITAR? A doutrina diverge. Art.170, I, II e III, CF.- a CF previu que lei estabelecerá, mas esta lei não existe.* Para prova OAB:

Prestadora Exploradora Atividade EconômicaServiço Público Obj. licit. atividade meio: LicitaLicita para Tudo Obj. licit. atividade fim: Não precisa

Ex.: Comprar caneta – meio – licita. Subst. química – fim - não precisa. (O que prejudicar a competitividade não licita)

- Responsabilidade de 3º:

Serviço – objetiva Art.37, $6º, CF Atividade – subjetiva Estado NÃO responde subsidiariamente.

- Ingresso por concurso público.- Regime Jurídico é Celetista (Empr. Pública e Soc. Econ. Mista)

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- Não tem imunidade tributária recíproca, a CF é clara.- Os seus: bens afetados = destinados são inalienáveis e etc. bens normais = podem ser alienados etc. (divergente)- Não tem prerrogativa processual nenhuma.

DIFERENÇA ENTRE:

EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

Capital: Público Misto: Público e Privado

Formação: QQ modalidade Somente S/A

Foro: Federal = Federal Estadual = Estadual Estad. e Municip. Federal = Estadual tb. CAI* = Estadual ( Art.109, I, CF. )

AGÊNCIAS EXECUTIVAS

- È uma qualificação concedida a uma autarquia ou fundação quando firma CONTRATO DE GESTÃO.- Mínimo de 1 ano.- Com administração direta, aquela que a criou.- Agência Executiva tem mais autonomia, flexibilidade.- Mas fica sujeita a cumprir algumas metas.- Contrato com o Ministério Superior, Ex: INSS com Ministério das Previdência Social.

LICITAÇÃO – Lei 8.666/93

– Contratação discricionária – Não obrigado.

* Finalidade:

- Busca proposta mais vantajosa.- Menor preço pode não ser mais vantajoso.- Busca preservar o princípio da Isonomia.- Competência Legislativa: . UNIÃO – normas gerais. . ESTADOS e MUNICÍPIOS – desde que não crie normas gerais.

* Princípios ao procedimento licitatório – 3 mais importantes:

1 – VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO: O chamamento, não só edital, mas pode ser carta convite. Realizando a licitação ou participando é vinculado.

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2 – JULGAMENTO OBJETIVO: Julga respeitando o instrumento convocatório.

3 – ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA AO LICITANTE VENCEDOR: Atribui direito de não ser preterido na possível contratação A administração não é obrigada a contratar. Dá apenas o direito ao vencedor, expectativa. Não é a contratação que é compulsória. Igual concurso público, que cria apenas expectativa. Naquele período da licitação não pode fazer outra com o mesmo objeto.

QUEM LICITA? Art.1º da Lei 8.666/93, Par. Único (todo mundo). Exceção: Empresa Pública.

Art.2º - Para que precisa licitar? Parece que para tudo.

EXCEÇÕES AO DEVER DE LICITAR:

INEXIGIBILIDADE: Quando não há viabilidade de competição, não há como competir. Ex. um fabricante apenas. Art.25 da lei, é exemplificativo, VER.

- Não pode em razão da marca.- Publicidade licita sempre.- Artistas impossível licitar.

DISPENSA: Dá para licitar, é possível, mas a lei dispensa.

Dispensável: discricionário, se quiser licita, Art.24. Dispensada : dispensa e não quer que faça, não é discricionário ainda que possível, Art.17.(taxativo).

Na dispensável:

- Não apareceu ninguém para concorrer – DESERTA.- Deserta: contrata direto se a demora trazer prejuízo para adm.- Contrata direto, mas nas mesmas bases do edital.- Senão trazer prejuízo faz de novo até conseguir.- Licitação fracassada – Ex: foram desclassificados ou inabilitados os concorrentes – tem que fazer novamente.

É dispensada: - Alienação de bens públicos.

FASES DA LICITAÇÃO:

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1 – FASE INTERNA:2 – FASE EXTERNA:

a) Edital ou Carta Convite – ato convocatório.b) Habilitação – qualifica técnica, econômica, fiscal, aptidão.c) Julgamento e Classificação da Propostas – 1º lugar, 2º, 3º...d) Homologação – meio que autoridade diz que foi regular.e) Adjudicação – atribui o objeto ao vencedor.

• Contratação está fora porque a adm. contrata se quiser.

MODALIDADES DA LICITAÇÃO:

== de tipos: - Menor preço; - Melhor técnica; - Maior lance ou oferta.

EDITAL: Acima de 650 mil – outros serviços geral. Acima de 1,5 milhão – obras e engenharia.

1- Concorrência.2- Tomada de Preços.3- Convite.

4- Leilão.5- Concurso.6- Pregão.

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1 – CONCORRÊNCIA: Transação de maior vulto, qualquer um participa. Meio Edital. Acima de 650 mil – outros todos. Acima de 1,5 milhão – engenharia e obras.

2 – TOMADA DE PREÇOS: Transação de vulto médio, participa os previamente cadastrados. Meio Edital. Até 650 mil – outros todos. Até 1,5 milhão – obras e engenharia. * até 3 dias antes do recebimento das propostas deve preencher os requisitos para cadastro.

3 – CONVITE: Valores pequenos, pequeno vulto. Meio Carta Convite – não publicidade, só os convidados com no mínimo 3 dias antecedência e fixa em local adequado. Até 80 mil – outros todos. Até 150 mil – obras e engenharia. O convidado não precisa ser cadastrado. O não convidado que é cadastrado pode participar, mas deve mostrar interesse até 24 h. antes do recebimento propostas. Não cadastrados e não convidados não participam.

4 – LEILÃO: vender, alienar, móveis e imóveis. Meio edital. Participa quem quiser e tiver interesse. Qualquer valor, não importa.

5 – CONCURSO: para trabalho técnico, científico ou artístico. Meio Edital. Qualquer um participa desde que preencha os requisitos do edital, claro. Meio de selecionar servidores.

** Agora o que mais CAI*

6 – PREGÃO: Lei separada: 10.520/02. Meio Edital. Aquisição de bens e serviços comuns = padrão objetivamente definidos no edital com especificações usuais no mercado. Não tem limite de valor, pode ser PREGÃO ou Concorrência. - Quem pode mais, pode menos – Bem ou serviço muito complicado, ainda que de R$100,00 reais, não pode ser pregão.

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PREGÃO só do tipo menor preço. Do julgamento até classificação tudo em uma sessão apenas. Não tem comissão de licitação, tem pregoeiro.

• Inverte a ordem procedimental:

1º Edital2º Julga (trazem declaração de habilitado)3º Homologa (se documentação estiver correta)

- Se errada documentação passa para o segundo.- Contrata com o 2º se o 1º for inabilitado.

• Todos que apresentam até 10% a mais que o 1º colocado, participarão por lance verbal entre todos e sucessivo.

- Depois dos lances verbais o que ofereceu menos é o vencedor.- Só nesse segundo momento dos lances é que se tem o vencedor.- Analisa-se dos documentos do vencedor do 2º momento (verbal)

• DEC 5450/05 – Obrigado a Administração Federal Direta e Indireta, para bens e serviços comuns, o PREGÃO. VER, CAI *

- Não concorrência, não importa o valor, agora é obrigado a fazer PREGÃO (somente Federal).- OBS.: pregão não é para tudo, só bens e serviços comuns.

. REVOGA licitação (conveniência e oportunidade)

. ANULA licitação (somente por ilegalidade)

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

- Contrato Administrativo Ativo

a) CLÁUSULAS EXORBITANTES : altera, modifica contrato sem precisar acordar com particular. Contrato entre particulares não pode. Modificação e rescisão unilateral. EXCEÇÃO: Objeto do contrato nunca pode mudar. Princípio da Supremacia do Interesse Público.

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b) MANUTENÇÃO do EQUILÍBRIO ECONÔMICO e FINANCEIRO : pode alterar o contrato mas deve manter equilíbrio. Alterações devem respeitar equilíbrio, não pode prejudicar ninguém.

FATO DO PRÍNCIPE: Fato geral do poder público que altera o contrato mais não foi dirigido diretamente ao contrato. Ex.: Construção de viaduto, cimento especial de U$1,00. Câmbio mudou e passou a custar U$10,00. Atingiu o contrato mais não foi dirigido a ele diretamente.

FATO DA ADMINISTRAÇÃO: É uma ação ou omissão da administração que se dirige ao contrato, diretamente a ele. Atinge direto e se dirige ao contrato, feito pela administração, ação ou omissão. Contratante pede equilíbrio.

INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS: Descoberta de obstáculo natural que prejudica a execução do contrato. Encarece o serviço. Ex.: na construção de um viaduto a máquina escavadeira encontra uma pedra no caminho muito grande, tem que remover ou demorará mais para furar.

- Administração pode atrasar o pagamento por 90 dias e o contratante não pode suspender o serviço. Depois de 90 dias ele pode suspender, mas não pode fazer nada para receber. Não existe no contrato administrativo a Exceptio non adimpleti contractus.

FORMAS DE EXTINÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO:

1- Advento do Termo: acabou o prazo.2- Conclusão do Objeto: entregou a obra.3- Rescisão Unilateral: administração pode rescindir por si.4- Rescisão Bilateral: ambas as partes decidem por terminar.5- Rescisão Judicial: o judiciário rescinde o contrato a pedido do particular (adm. pode fazer unilateralmente), sentença.

RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL DO ESTADO: -> CAI*

- Quando o Estado causa prejuízo ao particular.

1ª FASE: Irresponsabilidade do Estado – Regime Absolutista.2ª FASE: Responsabilidade Subjetiva, mas tinha que provar: a) Ação ou Omissão do Estado; b) Dano; c) Nexo Causal; d) Culpa ou Dolo do agente públ.

3ª FASE: Responsabilidade Objetiva,

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mas devia comprovar: a) Ação ou Omissão do Estado; b) Dano;É O CASO DO BRASIL c) Nexo Causal. Não precisa Culpa ou Dolo.

3 TEORIAS DENTRO DA OBJETIVA:

a) RISCO INTEGRAL: Não há nada que Estado possa excluir responsabilidade, não tem excludente. Ex: até se o particular provocar o evento a responsabilidade é do Estado.

b) RISCO ADMINISTRATIVO: Existem excludentes de responsabilidade que o Estado pode se utilizar. – Culpa exclusiva da vítima – Caso fortuito ou Força maior. MAJORITÁRIA NA DOUTRINA.

c) CULPA ADMINISTRATIVA: Pela falta do serviço, feito inadequado ou feito tardiamente. Para acionar o Estado precisa provar: - Ação ou Omissão do Estado; - Dano; - Culpa da Administração (não do agente).

• NOVA TEORIA: Celso Antônio Bandeira de Mello

a) Ação do Estado = Resp. é Objetiva.b) Omissão do Estado = Resp. é Subjetiva (não a subjetiva acima,

da 2ª fase)Ele diz que é Culpa Administrativa com outro nome.É subjetiva da 3ª fase.

c) Guarda de Pessoas ou Coisas Perigosas = Objetiva sempre.

OBS.: Culpa de 3º não precisa cumprir o requisito do Nexo Causal, quebra o nexo, responsável não é o Estado.

- Estado responde frente ao particular = Objetivo. - Estado tem regresso contra agente público. - Estado contra agente é subjetiva – comprova culpa ou dolo. (Art.37, $6º, CF.)

INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE

- Base na Supremacia do Interesse Público sobre o Particular. - Prática de Ilegalidade do particular gera punição do Estado à propriedade dele.

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1- Requisição Administrativa;2- Servidão Administrativa;3- Ocupação Temporária; Não perde propriedade, só4- Limitação Administrativa; sofre limitação no uso.5- Tombamento;6- Desapropriação. Perde a propriedade.

REQUISIÇÃO (pega para usar)

- Perigo público – urgência.- Bens móveis e imóveis ou até serviços.- Transitoriedade – até fim do perigo.- Indeniza posterior os danos ao bem.- Bem de pessoa determinada.- Ato adm. autoexecutável, não precisa de autorização judicial.

SERVIDÃO

- Não tem perigo nem urgência- Bem imóvel apenas.- Definitividade, enquanto precisar.- Bem de pessoa determinada.- 1º tenta acordo não é ato- 2º judiciário administ.- Indeniza se houver prejuízo previamente, no acordo ou sentença judicial.

OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA(vacinação usa as escolas)

- Obra ou Serviços.- Só imóvel.- Transitória (temporária).- Indeniza se tiver dano, mas só posteriormente.- Imóvel pessoa determinada.- É por ato administrativo.

LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA(prédio perto de aeroporto)

- Interesse público abstrato.- Móvel, imóvel ou atividade.- É definitiva.- Nunca indeniza – é para todos, interesse comum.- Por ato adm. ou lei.

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TOMBAMENTO

– Poder público restringe uso de bem móvel (quadro) ou imóvel (casa antiga) por valor cultural que possui.- É limitação. Continua na propriedade, pode até vender, mas 1º oferece para poder público. Preferência.- Não pode fazer nada no bem sem autorização.

DESAPROPRIAÇÃO

- Perde a propriedade.- Bem móvel ou imóvel, espaço aéreo, subsolo etc.- Paga previamente em R$.- Razão de utilidade pública. Ex: construção de escola.- Necessidade pública. Ex: calamidade. Mais urgência.- Interesse social Desigualdades Sociais = Ex: terreno para construir casas populares.- Função social = sanção.- Urbana: Lei 10.257/01, só o município faz. Paga com título da dívida pública, paga em até 10 anos.- Rural: Reforma agrária, só a União pode fazer. Fora reforma agrária o Estado e Munic. Também fazem. Paga com títulos dívida pública também, paga até 20 anos.

• Diferença entre Desapropriação e Confisco:

- Confisco não tem indenização;- Confisco também perde o bem;- Art. 243, CF – Tráfico de drogas.

DESAPROPRIAÇÃO POR ZONA:

- Poder desapropria área maior do que necessário ou para usar no futuro ou porque em razão da obra os imóveis serão supervalorizados.- Não é justo que obra feita com dinheiro de todos beneficie apenas um ou alguns.- Pode ser contribuição de melhoria para equilibrar esse benefício, mas é entendimento minoritário.

DIREITO DE EXTENSÃO:

- Direito do particular de exigir na desapropriação que se inclua parte que ficou inútil ou de difícil utilização.

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RETROCESSÃO:

- Direito de preferência do ex-proprietário do bem desapropriado que não utilizado pela administração ou que foi utilizado pára fim não público.- Pode reaver o bem.

TREDESTINAÇÃO: administração dá ao bem destino diverso do motivo pelo qual foi desapropriado. Não cabe Retrocessão.

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DIREITO CIVIL

PRIMEIRA AULA:

Código Civil: PARTE GERAL Relações Jurídicas em si.Pessoa Natural e Jurídica.Objeto das relações jurídicas = bens.Fato jurídico.

PARTE ESPECIAL Obrigações e Resp. Civil.Contratos.Dir. de Empresa.Coisas.Família e Sucessões.Disp. Finais e Transitórias.

PESSOA NATURAL = deve ter personalidade jurídica – Para adquirir deve nascer com vida.

Art.2º - Nascituro não é pessoa ainda – mas a lei assegura seu direito. A lei retroage para ele. Tanto é que, se a mãe morrer e o nascituro viver, sucede normal, como se tivesse nascido antes.

Embrião in vitro – não é considerado vida.

CAPACIDADE CIVIL

Basta nascer para adquirir capacidade civil. O menor tem capacidade civil para adquirir direitos e contrair deveres.

A capacidade de fato – para realizar sozinho os atos da vida civil – só inicia com a maioridade = 18 anos, ou com a emancipação, art. 5º, CC.

PUPILO = tutelado – protegido, só o juiz pode emancipar o pupilo ou tutelado, art. 5º, I.

EMANCIPAÇÃO

Espécies:

Voluntária – concessão dos pais por instrumento público, independe de homologação judicial, o menor com 16 anos completos.

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Judicial – caso de tutela – I, por sentença do juiz, ouvido o tutor, o menor com 16 anos completos. Não é automática senão o tutor faria isso para se livrar do encargo.

Legal – por vontade da lei, que praticado certos atos adquire, art. 5º, II ao V.

1º - Casamento: maior de 16 anos ou menor por gravidez. O inciso II não fala que não pode para menor de 16 anos.

2º - Emprego Público: efetivo, quase impossível.3º - Colação de grau em curso superior.4º - Estabilidade civil ou comercial com economia própria.

INCAPACIDADE CIVIL

Absoluta – precisa de representante legal – vontade irrelevante.Negócio realizado por este é NULO – Nulidade Absoluta.

Relativa – pratica ele mesmo os atos – tem vontade própria.Deve estar acompanhado – Assistência.Negócio realizado por este é ANULÁVEL – Nul. Relativa.

Art. 3º CC – Absolutamente Incapaz:

I – Menor de 16 anos;II – Deficiente mental, que não tiver discernimento;III – Que não puder exprimir vontade – incapacidade transitória;

Art. 4º CC – Relativamente Incapaz:

I - Na idade de 16 a 18 anos;II - Os ébrios habituais – é subjetivo – deve mudar o

comportamento, e ser de fato habitual, todo dia.Viciados em tóxicos – que altere discernimento.Deficiente mental com discernimento reduzido.

III – Sem discernimento mental completo – Excepcionais. Ex: Down.IV - Os pródigos = que gastam muito dinheiro – apenas para atos que

envolvam patrimônio, para outros não, é claro.P.ú.- Silvícolas a lei especial vai regular – Estatuto do índio.

O índio socializado pode requerer emancipação.

O índio não socializado deve sempre ser assistido pela FUNAI, mas é absolutamente incapaz, pois os seus negócios e atos com ausência de assistência são NULOS.

É capacidade “sui generis”.

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EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE DA PESSOA NATURAL

O fim da personalidade se dá com a morte da pessoa natural.Morte:

REAL – Certeza da morte pela materialidade, o corpo etc.

PRESUMIDA – Há dúvida da morte. Desaparecimento. Art. 22, CC.

1º Desaparecimento ou ausência da pessoa natural;2º Juiz determina a arrecadação dos bens e entrega para curador que

administrará por 1 ano;3º Após 1 ano deve requerer sentença de ausência;4º Com ela abre a sucessão provisória;5º A sucessão é provisória durante 10 anos, depois disso se torna

definitiva se o ausente não aparecer.

Porém, mesmo sem decretar a ausência, pode presumir direto, art. 7º, I e II do CC. Ex.: Ulisses Guimarães, a morte foi extremamente provável, pelas poucas chances de vida.Ou ainda se alguém que foi para guerra desaparecer ou foi feito prisioneiro, e não voltar dela em até 2 anos do seu fim.

Nestes casos não precisa arrecadar bens e entregar para curador administrar por 1 ano. Vai direto para sucessão provisória.

COMORIÊNCIA

É a presunção “júris tantum” de simultaneidade de morte. Art.8º.Na mesma ocasião, que pode ser eventos distintos.O comoriente não participa da sucessão.

DIREITOS DA PERSONALIDADE

Art. 11 – Características: INTRANSMISSÍVELIRRENUNCIÁVELIMPRESCRITÍVEL

Art. 12 – Ação indenizatória, cautelar pelo d. da personalidade.P.único – Legitimação para ação de direito de personalidade.

1 Cônjuge sobrevivente;2 Qualquer parente em linha RETA sem limitação;3 Parente COLATERAL até o 4º grau só.

SÚM. 227 TST = pessoa jurídica também sofre dano moral.

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PESSOA JURÍDICA

DIR. PÚBLICO Interno- Art.41, União, Estados, DF, Terr., Munic., Autarquias, etc.

Externo- Art.42, Estado estrangeiro, Direito Internacional Público.

DIR. PRIVADO Art.44 – Associações, Sociedades e Fundações.Ver Lei 10.825/03

Associações: conjunto de pessoas que buscam finalidade não lucrativa. Pode acontecer lucro, mas para investir na própria associação.

Fundações: conjunto de bens – patrimônio – auxilia no objetivo do grupo. Também não tem fins lucrativos. Art.62 e P.ú.

Qualquer finalidade nobre que não vise lucro.Ex.: além do P.ú. também educacional, ambiental, etc.

SEGUNDA AULA:

FATO JURÍDICO: acontecimento – conseqüência jurídica – relevante para o direito, traz reflexos.

ESPÉCIES:

a) FATO NATURAL : ORDINÁRIO- esperado, comum, ex: morte EXTRAORD.- inesperado, de inopino: terremoto.

b) ATO HUMANO : LÍCITO - consonância com ordenamento jurídico: ato jurídico, negócio jurídico. ILÍCITO- desconformidade com ordenamento.

DIFERENÇA: Ato jurídico: conseqüência prevista em lei. Negócio jur.: conseqüência estabelecida pelas partes.

IMPORTANTE: A REGRA no direito civil dos contratos, é a forma NÃO SOLENE , art.107 CC . O contrato solene é EXCEÇÃO, quando exige forma e escrito, art.108 CC.

PARTICULARIDADES DO NEGÓCIO JURÍDICO:

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Elementos:

ESSENCIAL: 1 Capacidade das partes;gera 2 Objeto lícito e possível física e juridicamente;nulidade 3 Forma legal – formalidades.art.104 cc.

1 Condição- cláusula que subordina o negócio a evento futuro e incerto. SUSPENSIVA= suspenso até o evento ocorrer. RESOLUTIVA= resolve com oACIDENTAIS: evento, perde o efeito a condição.acidente no 2 Termo- cláusula subordina à evento futuro eefeito certo. Com prazo para evento, ainda que nãojurídico determinado por data – Ex: morte. 3 Modo ou Encargo- subordina a eficácia ou ineficácia do evento. Encargo: ônus. Doação Modal exige contraprestação. Pode revogar a doação pelo não cumprimento do encargo, ou modo.

NULIDADES: invalidade

ATO NULO – Ex: art.166

- Nulidade absoluta;- Não produz efeito;- Efeito “ex tunc”;- Declarada “ex officio”;- Não admite conserto;- Não tem prescrição.

ATO ANULÁVEL – Ex: art.171

- Nulidade relativa;- Produz efeitos até a declaração de anulabilidade;- Efeito “ex nunc”;- Declaração provocada pelo interessado, não de ofício;- Admite conserto, reparação, ratificação;- Sujeito à decadência.

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VÍCIOS DO NEGÓCIO JURÍDICO – art.171 cc.

a) VÍCIO DE VONTADE ERRO ou consentimento DOLO (anulável) COAÇÃO LESÃO ESTADO DE PERIGO

b) VÍCIO FRAUDE CONTRA Prazo de 4 anos – art.178 cc. CREDORES (anulável) Falta de prazo, prazo geral art.179 cc. 2 anos.

1 – ERRO = noção falsa sobre uma pessoa ou objeto, engano espontâneo, não foi motivado.

a) Qualidade essencial- erro essencial, ou substancial. Ex: preço, modelo etc. está na essência do objeto. É anulável no prazo de 4 anos.

b) Acidental- qualidade secundária. Ex: quantidade de janelas de uma casa. Se resolve em perdas e danos. Não se fala em anulabilidade.

2 – DOLO = artifício astucioso para ludibriar, engano induzido, busca o engano da outra parte.

a) Principal ou “causam” - atinge a motivação para o negócio, sua causa determinante.

b) Acidental “insidens”- condição completamente desfavorável. Tem motivação, mas foi levada a engano prejudicial, desfavorável.

c) Omissão ou Negativo- tem o dever de informar mas se omite. Ex.: venda de carro com defeito, sabendo do defeito. BONUS: sem intenção de prejudicar. Ex: feirante, qualidade. MALUS: com intenção de prejudicar, dolo efetivo.3 – COAÇÃO = “vis absoluta” (pressão física), “vis compulsiva” (moral).

DIFERENTE do temor reverencial, que é medo de sanção de exercício de direito. Ex.: chefe para com o empregado.

4 – LESÃO = Art.157 cc. – Cláusula geral, encampa mais situações.

Evita negócio jurídico por preço vil.

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5 – ESTADO DE PERIGO = Art.156 cc.DIFERENTE de lesão, aqui há um grave dano (vida).Ex.: contrato no hospital de emergência.

6 – FRAUDE CONTRA CREDORES =

- Obrigação maior que o patrimônio.- Transferiu o patrimônio prevendo não pagar.- A transferência é anulável.- Ação pauliana (anulatória) – 4 anos de prazo.

SIMULAÇÃO – Declaração enganosa de vontade

ABSOLUTA: pratica negócio sem intenção de praticar negócio nenhum.RELATIVA: pratica negócio jurídico X com finalidade de alcançar um negócio jurídico Y. X é o negócio simulado – Sempre NULO. Y negócio dissimulado - Pode ser nulo. Art.167 cc.

TERCEIRA AULA:

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

PRESCRIÇÃO – CAUSA: arts. 197, 198, 199 e 202 cc.

Impeditiva Retorna o prazo de onde parou.Suspensiva

Interruptiva Começa a contar o prazo denovo.

- O juiz não pode acolher PRESCRIÇÃO de ofício, salvo para favorecer o absolutamente incapaz, art.194 cc.- A PRESCRIÇÃO pode ser renunciada, expressa ou tacitamente, após ter sido consumada. Desde que não prejudique terceiro. Art.191 Ex: cheque que já prescreveu, o devedor renuncia à prescrição para ganhar mais tempo com o credor, para que não cobre de imediato, assim pode pagar mais tarde, evita ação judicial.

DECADÊNCIA – Não há menção na lei.

- Em REGRA não é Suspensivo nem Impeditivo, mas em exceção pode

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ser para favorecer absolutamente incapaz.- Nesta deve o juiz reconhecer de ofício, quando estabelecido na lei. (estabelecida em lei “legal” não no contrato) Art.210 cc.- A DECADÊNCIA estabelecida em lei é irrenunciável. Art.209 cc.- A DECADÊNCIA convencionada pode ser renunciada.

CRITÉRIO DE AGNELO AMORIM (SÓ VALE PARA O CÓDICO CIVIL)

Art.205 prazo geral de prescrição – 10 anos qdo. lei não fixar.Art.206 prazo especial prescrição – específico para cada caso.

Assim sendo, o prazo de prescrição só pode ser de ano: 1,2,3,4,5 anos, ou 10 anos (prazo geral).

• Ação de cunho CONDENATÓRIO = PRESCRIÇÃO. Se pretender dinheiro será sempre prescrição, sempre de ano.

OBS.: Ação de conhecimento de alimentos não prescreve. Ação de execução de alimentos prescreve. Não confundir.

• Ação CONSTITUTIVA ou DESCONSTITUTIVA = DECADÊNCIA. Se pretender qualquer outra coisa, menos dinheiro, será sempre de ano e dia, ou meses e dias, ou somente meses.

TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES

OBRIGAÇÃO: é o patrimônio do devedor que responde pela obrigação.

ELEMENTOS DE UMA OBRIGAÇÃO

a) OBJETIVO : tem que ter um objeto, uma ou várias prestações.b) SUBJETIVO : tem que ter sujeitos, ativo e passivo.c) IMATERIAL : vínculo entre os sujeitos.

CLASSIFICAÇÃO

a) DE DAR: entrega de coisa.

- CERTA : individualizada, específica. Não é obrigado aceitar outra coisa, pode exigir aquela especial.- INCERTA: apenas quantidade e gênero. REGRA escolha do devedor. EXCEÇÃO pactuado o contrário o credor escolhe.

Critério Mediano: se não pactuou fica no meio. Ex: não precisa entregar Coca-Cola, mas também não pode entregar Xereta, deve haver um meio termo, entrega Pepsi. Bom para as duas partes.

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Inadimplemento: se a coisa perecer:

PARCIAL – faculdade do credor: fica com a coisa e busca abatimento no preço.

REGRAS GERAIS DE INADIMPLEMENTO

INVOLUNTÁRIO: ocorre sem culpa do devedor, vem de caso fortuito ou força maior, inexiste penalidade.

VOLUNTÁRIO : com culpa do devedor, tem responsabilidade civil, cabendo indenizatória para buscar perdas e danos. Art.402 cc. Pode haver ainda Cláusula Penal no contrato, que antecipa o valor das pardas e danos no caso de inadimplemento, fica mais fácil o ressarcimento.

b) DE FAZER: prestação de serviço ou realização de tarefa.

Natureza Fungível – pode substituir, trocar o sujeito, pois qualquer pessoa pode realizar o serviço. Ex: passa para herdeiro.

Natureza Infungível – não substitui o sujeito, é “intuito persona” – personalíssima. Ex: acaba obrigação com a morte do sujeito devedor.

Inadimplemento: voluntário ou involuntário Mesmo critério da obrigação de DAR – ver*.

Art.249, p.ú. CC.:Sendo FUNGÍVEL, credor manda que um 3º faça às custas do devedor.

Em caso de URGÊNCIA, ou seja, não precisa de autorização judicial, o credor manda fazer e busca ressarcimento depois, realiza autotutela autorizada.

c) DE NÃO FAZER: deixar de fazer – personalíssima, negativa.

Inadimplemento: art.251 cc.

1º pede para não fazer;2º não desfez faz credor mesmo e cobra depois ressarcimento;3º urgência desfaz direto às custas do devedor da obrigação;4º 461 CPC, Ação de Obrigação de Fazer, com “astreintes”: multa judicial diária até fazer ou desfazer;5º 641 CPC, Execução.

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ESPÉCIES DE OBRIGAÇÃO

SIMPLES OBJETO Facultativa – uma prestação mesmo objeto.qto. ao SUJEITO lei ou disposição legal.

COMPOSTA OBJETO Cumulativa (e) – Cumprir todas.qto. ao SUJEITO Alternativa (ou) – Uma delas apenas, dar, fazer ou não fazer.

Ex.1: CREDOR: É composta quanto ao sujeito. Obrigação 900 divisível. Art.265 cc. Solidariedade não se A B C -> Devedores. presume, ou está na lei ou é vontade das partes. 300 300 300

Ex.2: CREDOR: É indivisível, neste caso pode cobrar o Boi BOI inteiro de qualquer deles. A B C -> Devedores. Não é solidariedade, não confundir, é causa da - INDIVISÍVEL - indivisibilidade do obj.

FORMAS DE PAGAMENTO

a) Pagamento Direto – normal

- Tempo do pagamento – Com vencimento paga no vencimento. Sem vencimento paga imediatamente.

- Mora – Ex-re – automática, venceu inicia mora. Ex-persona – não tendo vencimento constitui em mora imediatamente, não cumprida a obrigação.

- Lugar do pagamento – Quesível: domicílio do DEVEDOR, o credor deve buscar, senão ele que está em mora, não quem deve. Portável: domicílio do CREDOR, o devedor que vai levar o pagamento.

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- Art. 330 CC.: “O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato”.

Para o credor : Supressio: perda do direito pelo não exercício.Para o devedor: Surreptio: ganha direito que não era seu.

FORMAS INDIRETAS DE EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO / Direta = Pagamento.

1- Consignação em Pagamento: -Mora accipiendi – do credor. Art.335 CC. -Dúvida de quem é credor. -Coisa sob litígio.2- Imputação ao Pagamento : -Indicar, apontar, demonstrar. -Deve mais do que tem para pagar. -Várias dívidas diferentes e entrega valor menor.

3- Dação em Pagamento : -Paga com coisa diferente da pactuada. O credor não é obrigado a aceitar, mas se ele quiser só. -Dinheiro em regra é irrelevante. -Pode pactuar troco, normalmente. -Se houver evicção (bem é buscado pelo verdadeiro dono dele), a obrigação retorna ao devedor.

4- Confusão : -credor e devedor se confundem na mesma pessoa, ao mesmo tempo o cara é credor e devedor de si mesmo. Ele não paga ele mesmo.

5- Remissão (perdão) : -o nome já diz, perdão da Missa obrigação pelo credor.

6- Compensação : -credor deve para devedor, compensa um pelo outro – total ou parcial até o limite da dívida menor. -COMPENSAÇÃO LEGAL: é automática, exige que a dívida seja líquida

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e certa, para compensar sem liquid.

7- Novação : -nova ação, extinguiu a obrigação antiga em razão da criação de uma nova obrigação. -ânimus novandi-intenção de novar.

* Novação pode ser:

OBJETIVA : troca o objeto.SUBJETIVA: troca o sujeito.

- SUBJETIVA ATIVA- SUBJETIVA PASSIVA-- Por Delegação : devedor primitivo indica o novo devedor – delega para outro – com anuência do credor.CAI* Por Expromissão: não indica, o novo devedor aparece, sem participação do antigo devedor-expulso.

QUARTA AULA:

TEORIA GERAL DOS CONTRATOS:

PRINCÍPIOS:

A) AUTONOMIA DA VONTADE: está prejudicado, hoje impera a autonomia privada.

Paritário – igualdade, discute.Adesão – pré-definido, a que se adere, prevalece hoje. (423)

Dirigismo contratual – Estado interfere no contrato particular.

B) FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO: 421 CC, refere-se ao conteúdo do

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contrato, é limite imposto para as partes não abusarem nas cláusulas contratuais.

Ex.: Fiança,835 CC, Prazo determinado = espera o prazo. Prazo indeterminado = notificação para 60 d. Ver: 2035, p.ú., + 2036 CC.

C) BOA-FÉ OBJETIVA: 422 CC.

BOA-FÉ SUBJETIVA: Estado psicológico, crença na existência de um direito.

BOA-FÉ OBJETIVA: Deveres anexos como lealdade, confiança e informação. (Criou confiança e expectativa. Ex: Caso CICA-RS).

D) OBRIGAÇÃO: “Pacta Sunt Servanda” (Contrato vira lei entre as partes).Isso é relativo hoje em dia, não é mais absoluto. Algumas cláusulas são mudadas para garantir o equilíbrio e evitar enriquecimento sem causa, preservar a boa-fé e a função social.

E) RELATIVIDADE DA CONVENÇÃO: Quer dizer que não vincula nem prejudica terceiro. Ex.: Terceiro que compra imóvel alugado não é obrigado a cumprir aluguel. Pode pactuar contrário – registrado público.

EXTINÇÃO DO CONTRATO:

a) Resolução: FATOS: - Inadimplemento involuntário e voluntário (sem culpa e com culpa). - Excessiva, art.478. - Cláusula resolutiva.

b) Resilição: VONTADE: - Unilateral. - Bilateral = distrato.

c) Rescisão: VÍCIO:

• Exceptio non adimpleti contractus – 476 CC.• Exceptio non RITE adimpleti contractus .

Não posso exigir a do outro se eu cumpri com a minha errada, diferente ou defeituosa.

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GARANTIAS CONTRATUAIS:

Vício Redibitório: Defeito oculto que torna a coisa imprópria para o uso ou diminui seu valor, de difícil reparação. Conhece o vício no futuro ou depende de perícia. PODE EXISTIR COM ANIMAIS.

-> Cabe ações edilícias: - Redibitória; - Estimatória “quanti minoris”.

1ª - Redibitória: Busca devolver o bem.2ª - Estimatória: Estimar o R$ do bem para abatimento no preço.

PRAZOS: Redibitório: 30 d. móvel 1 ano imóvel = da entrega efetiva (tradição)

Se já estava na posse do bem, conta-se da data do negócio, venda, só que REDUZIDO PELA METADE:15 d. móvel;6 meses imóvel.

Pela natureza o vício for possível descobrir posteriormente ao prazo (perícia), aí conta a partir da ciência do vício.MÁXIMO: 180 d. móvel; 1 ano imóvel. 445 CC.

Evicção: Perda da coisa em razão de decisão judicial.

CONTRATOS EM ESPÉCIE:

Nominado = Típico - previsão legal.Inominado = Atípico - não tem previsão legal.

Contrato de Hospedagem: Cama – coisa;( ATÍPICO ) Arrumação – serviço; Malas – depósito.

1º COMPRA E VENDA: (preço + coisa)

DAR: Comprador dar preço contratado;FAZER: Vendedor fazer transferência do bem.

Vendas Especiais:

a) Amostra: protótipo, modelo, deve ser igual amostragem.b) Ad corpus: certa e determinada a coisa, o que interessa é a

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coisa.c) Ad mensuram: feita sob medida de extensão, o que interessa é a quantidade. - A menor dá vício redibitório. Antes da edilícia deve fazer a “ex empto” ou “ex vendito” = complementação da área a menor. - Quando não dá para completar com os “ex”, faz redibitória ou Estimatória “quanti minoris”.

Prazo: 1 ano para a redibitória e a estimatória.

LIMITAÇÕES À COMPRA E VENDA:

-> ASCENDENTE PARA DESCENDENTE: deve ter autorização dos outros descendentes + cônjuge.

Sem autorização – 496 CC. – Anulável. Prazo: Geral 2 anos, 179 CC.

-> ENTRE CÔNJUGES: pode se o bem for excluído da comunhão. 499.

-> FRAÇÃO IDEAL DE CONDOMÍNIO: ex: possui 10% de uma casa. Deve respeitar o direito de preferência dos outros condôminos.

2º EMPRÉSTIMO:

Fungível : substituível – mútuo. GRATUITOSInfungível: não substitui – comodato.

Mútuo feneratício - pode ser oneroso – EXCEÇÃO.

Comodato “ad pompam” = empréstimo.É de bem fungível que se torna infungível por disposição das partes. Ex.: frutas, flores, ornamentações etc.

- Não devolveu = reintegração de posse.- Pode cumular pedido de aluguéis.

3º DOAÇÃO: arts. 538, 542, 543 CC.

Conceito: Transferência de bens de uma pessoa para outra.Exige aceitação do donatário.

SIMPLES: do conceito, pura.CONDICIONAL: condição para doação.MODAL: encargo, onerosa.REMUNERATÓRIA: onerosa, em razão do serviço ou agradecimento. Há

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contraprestação. Não exige vênia conjugal – 1647.

-> De Ascendente para Descendente: não precisa de autorização. Importa adiantamento de legítima.

-> Doação Remuneratória de Ascendente para Descendente: não é adiantamento de legítima, houve contraprestação.

NULA – Nulidade Absoluta:

Inoficiosa: herdeiros necessários: desc./asc./cônjuge. Se doa mais do que a parte disponível, da legítima, ultrapassa limite. É Nula apenas a parte excedente.

½ é indisponível (legítima dos herdeiros necessários)½ é disponível (proprietário faz o que quiser)

Doa tudo sem reserva doação é nula, deve reservar a partede Subsistência: necessária para sua subsistência.

ANULÁVEL – Nulidade Relativa: 550 CC.

Doação para amante: Cônjuge adúltero, ainda que da parte disponível. Pelo cônjuge ou os herdeiros necessários.Prazo de 2 anos depois da dissolução da sociedade.

REVOGAÇÃO – 555 CC.

* Inexecução de encargo na modal: Ônus não realizado revoga-se.* Ingratidão do donatário: 557 CC. a) atentar contra vida ou praticar homicídio doloso + 561 CC. b) ofensa física. c) injuriou ou caluniou. d) recusou alimentos ao doador.

- 558 = cônjuge, ascendente, descendente, irmão = VER.- PRAZO = 1 ano, 559, do momento que chegar ao conhecimento do doador o fato do 557.- 560 = direito NÃO se transmite aos herdeiros. + 561 CC.

-> Ação já iniciada os herdeiros podem continuar.-> Herdeiro do donatário responde também se já iniciou ação.

REVOGAR O DIREITO À REVOGAÇÃO:

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- Abrir mão do direito de revogar. 556, NÃO PODE.- Por ingratidão, 557, todos.

4º CONTRATO DE FIANÇA: -> CAI *

- Art.39, lei locação.- Art.835 CC.

Outro nome = Caução ou Garantia Fidejussória.

- Contrato de fiança será SEMPRE escrito, não pode ser oral.- Fiança é garantia pessoal, não dá bens (recai sobre pessoa).- Não existe a possibilidade de dar bens em fiança.- Lei 8009/90 – art.3º, VII, bem de família.

5º MANDATO:

- Transferência de poderes.- Procuração é instrumento do contrato de mandato.- 658 CC = Se não estipular retribuição, presume-se gratuito.- Exceção: pode prever expressamente seja onerosa.- Ofício ou Profissão lucrativa NÃO PRESUME GRATUIDADE. Ex.: procuração ao advogado, não precisa escrever valor.

- Substabelecimento = o que recebeu poderes transfere a outro. Art.655 CC.- Mandato pode ser Verbal ou Escrito, Expresso ou Tácito. 656 CC

EXCESSO DE MANDATO: quando aquele que receber excede os limites do poder a ele atribuído. 665 CC.

- Quando exceder deve ser ratificado pelo outorgante.- Não ratificou considera-se mero gestor de negócios, que responde pelos seus atos.

ESPÉCIES:

a) Singular -> 1 mandatário.b) Plural -> mais de 1 mandatário.

Plural ainda pode ser:

Conjunto : Mandatários agem conjuntamente.Solidário : Agem isoladamente.Fracionário : Fraciona poderes, cada mandatário tem poderes

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diferentes, específico.Substitutivo: Agirão 1 na falta do outro respeitando a ordem de nomeação.

RESPONSABILIDADE CIVIL

Elementos / Pressupostos:

a) Ação ou Omissão do agente: 186, ato ilícito e o abuso de direito, 187.b) Dolo ou Culpa: 186

c) Dano: ainda que exclusivamente moral (abuso de direito também)

d) Nexo de Causalidade: causa e efeito entre ato e o dano. O que o ato gerou? = Dano.

MATERIAL – 402 – Dano emergente = prejuízo efetivo. - Lucro Cessante = deixou de ganhar.DANO MORAL – Direito da personalidade = 5º, X, CF + Súm.227 STJ.

ESTÉTICO – Dano permanente, pois se for reparável não dá dano. Deve proceder reparação.

-> Causa deve ser adequada para gerar dano (Teoria da Causalidade Adequada). Ex.: Causa atropelamento X Morre de HIV.

-> E o dano hipotético? Não é indenizável. Não exclui o dano indireto ou dano em ricochete, mas a princípio não indeniza. Dano hipotético é aquele em que a pessoa poderia ter sofrido dano. Ex.: Cai um vaso de flores de cima de um prédio, 50 centímetros de uma pessoa. Houve um possibilidade de que aquela pessoa sofresse dano, porém não sofreu. É hipotético, ou seja, na hipótese de ter sofrido o dano.

* Dano Indireto ou em Ricochete: a pessoa não é a vítima, mas é atingida indiretamente e também sofre danos. Ex.: família do pai que os sustentava, que morreu. Indenização à família.

ROMPIMENTO DO NEXO:

- Quando se rompe o nexo não há responsabilidade civil.- Excludentes da responsabilidade civil:

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a) Caso fortuito; b) Força maior; c) Culpa de Terceiro; d) Culpa Exclusiva da Vítima.

Espécies:

a) Contratual – inadimplemento das obrigações.b) Extracontratual ou Aquiliana:

- Subjetiva – REGRA – depende da prova da culpa. - Objetiva – EXCEÇÃO – independe de culpa.

CASOS DE RESPONSABILIDADE OBJETIVA:

1) Responsabilidade do Estado – art.37, $6º, CF.2) CDC, salvo o profissional liberal que é Subjetiva .3) Responsabilidade por ato de terceiro – art.932 CC. Agente + Terceiro. Todas no 932 CC são OBJETIVAS.

• Ver p.ú. art.942 CC.• Ver 928 CC.

4) 936 – Responsabilidade por dano do animal.5) 937 – Dano do prédio em ruína.6) 938 – “Effuris et dejectis” (líquidos e sólidos), jogado de um prédio, quem habita é responsável, não importa quem jogou.

QUINTA AULA:

DIREITO DAS COISAS

Teoria sobre a POSSE:

OBJETIVA, 1196 CC. USO / GOZO / DISPOSIÇÃO / REIVINDICAÇÃOde Ihering - é possuidor quem tem todos esses.

Locatário – uso e gozo – posse direta - posse apenasLocador - disp. e reivind. – posse indireta - proprietário

1198, CC. -> detentor não é possuidor – não tem poderes inerentes à propriedade. Ex: caseiro, que é mero detentor.

AQUISIÇÃO DA POSSE:

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TRADIÇÃO: entrega

- REAL ou MATERIAL = Transfere o corpo, a matéria.- SIMBÓLICA ou FICTA = Entrega de chaves (traditio longa manu).- CONSENSUAL = Por consenso, vontade.

Constituto Possessório -> quem possuía em nome próprio passa a possuir em nome alheio. Traditio Breve Manu -> inverso do constituto. Possuía nome alheio e passa a possuir em nome próprio. Ex: locatário compra casa do locador.

• No constituto possessório a posse não muda, só muda o estado da coisa “cláusula constituti”. Const. Poss. CAI EM TODAS*

EFEITOS DA POSSE:

- Direitos em razão da posse:

a) Propor Interditos Possessórios: ação judicial defesa da posse.

TURBAÇÃO = Restrição do uso da posse. (perturbar = atrapalhar)ESBULHO = Privação quanto ao uso da posse.

Espécies de interditos:

1 – Reintegração de Posse = em esbulho – perdeu a posse e que de volta.

2 – Manutenção de Posse.. = em turbação – não perdeu a posse, só p/ manter.

3 – Imissão na Posse..... = nunca esteve na posse. Agora corre em procedimento comum, antes era especial.

4 – Proibitório.......... = ameaça de esbulho ou turbação, proibir a prática de qualquer prejuízo à posse –TUTELA INIBITÓRIA. Atrelado às Astreintes = preceito cominatório – sanção – multa diária.

5 – Nunciação Obra nova.. = embargar obra, possibilidade de

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molestar possuidor, irregularidade. Enquanto a obra está acontecendo. Se já acabou a obra é ação demolitória, ou seja, desfazer.

6 – Dano Infecto......... = Natureza de ação possessória – reparação de vício que infecta outra propriedade causando dano. Pode ter natureza de Direito de Vizinhança – evita problemas de vizinhança.

7 – Embargos de Terceiro. = (senhor e possuidor) quando tiver seu bem penhorado por outro.

OBS.: Legítima Defesa da Posse – autotutela no D. Civil. Desforço Imediato - não pode ser retardado. Proporcional - suficiente para evitar esbulho ou turbação. BENFEITORIAS: BOA-FÉ = indeniza – Necessárias e úteis Tem direito de retenção Volupt. pode retirar. MÁ-FÉ = indeniza – Necessárias só. Volupt. não retira nem retém

Boa-Fé – Subjetiva – ignora vício.Má-Fé - Objetiva - ciente do vício.

POSSE JUSTA = não é injusta.POSSE INJUSTA = pode ser:

Violenta = agressão física ou moral. Clandestina = conquistada às escuras. Precária = obtida por abuso de confiança.

Posse Nova = até ano e dia.Posse Velha = mais de ano e dia.

P/ PROPOR INTERDITO POSSESSÓRIO: analisa posse nova ou velha.

- Posse Nova = proced. especial – rito especial - pode LIMINAR- Posse Velha = proced. comum - Ord. ou Sum. – TUTELA ANTEC.

PROPRIEDADE:

- USO / GOZO / DISPOSIÇÃO / REIVINDICAÇÃO -> PROPRIEDADE PLENA

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- Uso e Goso para Terceiros é Propriedade Restrita.- Propriedade Resolúvel? -> será extinta.

AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA:

1º - Registro (derivado)2º - Acessão (origem)

ACESSÃO:

1- Formação de Ilhas – divide-se o álveo (meio do rio).2- Aluvião – aglomeração de terra na margem – imperceptível.3- Aluvião Imprópria – retração de águas, mostra terra antes coberta pela água.4- Avulsão – pedaço que sai de uma propriedade e vai para outra, de forma radical, de uma vez.5- Álveo Abandonado – rio que muda de curso, parte do álveo fica descoberta, seco.

USUCAPIÃO

Extraordinária – 1238 Ver artigos e diminuição de prazos.Ordinária - 1242Rural - 1239 -> Para trabalho, “pro labore” –até 50h.Urbana - 1240 -> Até 250 m2.

COLETIVA – Art.10 da Lei 10.257/01 – Estatuto da Cidade. É litisconsórcio na ação de usucapião.

Art.1228, §4º, CC. -> Não é usucapião, §5º, tem indenização. Não está no capítulo da Usucapião. É desapropriação judicial indireta.

CONDOMÍNIO

- Pluralidade de pessoas exercendo propriedade em coisa indivisível. Mais de 1 proprietário.- Tem fracionamento de propriedade – Condomínio Romano.

Ex.: Apartamento em edifício – Condomínio Edilício.Ex.: Comunhão é condomínio Germânico – tudo é de todos.

CONDOMÍNIO EDILÍCIO:

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- Cláusula Penal – multa – reduziu de 20% para 2%- Convenção – quorum – 2/3 dos condôminos (proprietários)- Multa para condômino nocivo ou anti-social – Mediante Assembl. OAB diz que pode expulsar este condômino nocivo ou anti- social.

SEXTA AULA:

DIREITOS REAIS – 1225 CC.

01 – Propriedade – d. real sobre coisa própria (jus re própria)02 – Superfície03 – Servidão04 – Usufruto - de gozo ou fruição.05 – Uso06 – Habitação - direito real07 – Promitente comprador –- aquisição. sobre coisa08 – Penhor alheia (jus in09 – Hipoteca - de garantia. re aliena).10 – AnticreseSUPERFÍCIE – 1369 CC.

construir em algo que prazo determin. Cart. Reg. Não inclui/ plantar não é meu med. instr. públ. Imóveis uso subsolo

- Tudo isso mediante REMUNERAÇÃO ( também chamada de SOLARIUM );

É diferente no Estatuto da Cidade – Lei 10.257/01 - Prazo determinado ou indeterminado; - Pode usar subsolo; - Este é urbano, outro é rural; - solarium = remuneração.

SERVIDÃO –

- Acesso forçado, abre caminho.- Institui por contrato público ou testamento – Judicial não.- Tem que estar cravado, ou seja, sem qualquer acesso.- Deve ser por utilidade, e não por simples desejo.- Passagem por 48 anos ininterruptos e sem oposição fica sempre, como se fosse usucapião, mas não cabe usucapião, art.1208.- Só seria usucapião se houvesse posse, mas na servidão não tem.- Servidão aparente – 1379 CC. – Ver.

- Se a servidão for aparente, ou seja, não oculta, ininterrupta durante 48 anos, sem oposição do dono do terreno ou prédio, pode usucapir. Note-se que deve ser aparente. O que se está usucapindo não é a propriedade, mas apenas a

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servidão. Não agrega à propriedade do outro.USUFRUTO –

Uso / Gozo / Disposição / Reivindicação

Usufrutuário Nu-proprietário

- Pessoa jurídica pode ser usufrutuária: - Extinção de empresa; - Prazo máximo de 30 dias.

USO – ler artigos do código seco, já basta. 1412/1416 CC.

HABITAÇÃO – ler artigos do código seco, já basta. 1414/1416 CC.

PROMITENTE COMPRADOR –

- “Pactum Contraendo” – promessa de comprar e vender.- Comprador – obrigação de dar – dar o preço.- Vendedor - obrigação de fazer – fazer o contrato definitivo, que é o título translativo.

• Para gerar direito real deve ser irretratável o pacto, ou seja, não conste no pré-contrato esta possibilidade.

- Direito de arras (sinal) -> confirmatório – Ñ prevê arrepend. -> penitenciais - prevê arrepend.

- Não cumprida obrigação – cabe AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA.- Se contrato com status de DIREITO REAL. -contrato irretratável

PENHOR, HIPOTECA, ANTICRESE –

- Obrigação – dar o bem = Móvel - penhor Imóvel – hipoteca (navio e aeronave) Imóvel – anticrese

DIFERENÇA ENTRE PENHOR E PENHORA: Penhor = empenhar. Penhora = penhorar.

ANTICRESE -> imóvel/garantia – credor retira frutos para retirar o crédito. Evita expropriação do bem.

CLÁUSULA COMISSÓRIA – 1428 – credor deseja ficar com o bem em lugar da dívida. O bem é garantia e não constitui a própria dívida. NÃO PODE.

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DIREITO DE FAMÍLIA

FAMÍLIA: é formada por um grupo de pessoas que se amam.

CAPACIDADE: Começa c/ 18 anos. 16 é idade mínima. Não confundir.

EXCEPCIONAL: Entre 16 e 18 pode casar, porém, com autorização dos pais. Devem autorizar os dois. Se divergentes, ou seja, mãe autoriza e pai não, pode haver SUPRIMENTO JUDICIAL. Juiz analisará se a negativa é justificada. Se injusta ele concede.

- Com o SUPRIMENTO JUDICIAL o casal perde a faculdade de escolha do regime, que será, obrigatoriamente, SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA.

- MENOR DE 16 ANOS TAMBÉM PODE CASAR – caso de gravidez.

HABILITAÇÃO – quem quer casar passa por processo de habilitação, levantamento de documentos etc. A habilitação tem prazo de 90 d.

ESPÉCIES DE CASAMENTO: estudar os 2 na doutrina.PROCEDIMENTO PARA CASAMENTO:

SÉTIMA AULA:

EFEITOS DO CASAMENTO

DEVERES: - Fidelidade; - Mútua assistência; - Coabitação (obrigação sexual); - Guarda, sustento e educação dos filhos; - Respeito e consideração mútua.

NOME: - Mulher pode incluir nome marido, ele também pode o dela. - Se não quiser, nenhum precisa, pois é optativo.

PODER FAMILIAR: poderes iguais a marido e mulher.

REGIME DE BENS

- Art.1639 – O início do regime é com o casamento. A escolha do regime é que é anterior ao casamento, mas é o casamento que dá eficácia ao regime escolhido.

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- Regime define regras patrimoniais = Pelo Pacto Antenupcial.

- Mudança de Regime é EXCEPCIONAL, mas acaba podendo: - Com devida autorização judicial – pedido motivado dos 2. Ex: cônjuges querem contratar sociedade comercial que não pode pelo seu regime, muda-se de regime para poder.- Mudança de Regime não atinge terceiros -> Sem qualquer efeito.

- Quem já era casado no Código de 16, pode mudar também para se adequar às novas regras.

PACTO ANTENUPCIAL

- Regras patrimoniais para viger durante o casamento.- Realizado em cartório – Tabelionato de Notas – Público.- Casou produz efeitos – “intra partes”.- Para efeito “erga omnes” tem que registrar.- REGISTRO NO CARTÓRIO DE IMÓVEIS – Valer contra Terceiros. * Parece estranho, mas é isso mesmo, Cartório de Imóveis.

QUANDO É OBRIGATÓRIO FAZER O PACTO:

- Na Comunhão Universal;- Participação Final nos Aqüestos;- Separação Convencional.

NÃO PRECISA FAZER PACTO:

- Separação Obrigatória (bens já estão separados e protegidos)

PODE FAZER SE QUISER, NÃO OBRIGATÓRIA, MAS PODE:

- Comunhão Parcial (regime legal).

COMUNHÃO PARCIAL – ART.1659

EXCLUI DA COMUNHÃO:

I – o que tinha antes e adquiridos por sucessão e doação depois de casado, e os sub-rogados nos seus lugares;

II – bens adquiridos por valores sub-rogados de bens particulares;

III – obrigações anteriores ao casamento;

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IV – adquiridos por ato ilícito, salvo reversão em favor do casal;

V – objetos pessoais, livros;

VI – proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge (se ambos trabalham);

VII – pensões, meio-soldos, montepios, rendas semelhantes.

INCLUI NA COMUNHÃO:

- bens ou valores adquiridos por “fato eventual”, pode ser loteria, por exemplo.

COMUNHÃO UNIVERSAL

- Comunica tudo.- Salvo o art.1668 = traz exclusões -> Ver artigo todo.

PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQÜESTOS

Aqüestos = bens adquiridos onerosamente na constância do casamento.Aprestos = despesas do casamento, todas para o evento.

- São 2 regimes em 1: a) Constante o casamento o patrimônio é individual; b) Terminado o casamento participa dos bens finais.

Art.1647 – Vênia Conjugal (autorização). - Separação absoluta não precisa da vênia. - O artigo não fala desse regime, o que subentende que precisa da vênia sim nesse regime.

Art.1656 – Livre disposição bens imóveis particulares. - Para imóveis pode convencionar que não precisa vênia. - Livra da vênia somente neste caso -imóvel particular.

Comunhão – tipo condomínio – são donos da mesma coisa.Aqüestos – percentual sobre o patrimônio do outro, fixado no Pacto, ao qual é livre para estabelecer.

SEPARAÇÃO

CONVENCIONAL = Pactuada, convencionada – Pacto Antenupcial.OBRIGATÓRIA = A lei impõe esse regime, art.1641 CC.

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- Não comunica nada – patrimônio totalmente protegido.

SEPARAÇÃO JUDICIAL e DIVÓRCIO

SEPARAÇÃO JUDICIAL DIVÓRCIO

Não extingue vínculo, Extingue o vínculo, pode casarextingue o regime de de novo, sem impedimento.bens e também os DIRETO: separação de fato pordeveres de fidelidade 2 anos.e coabitação, cessam. INDIRETO: necessidade de converter separação em divórcio após 1 ano da separação.

UNIÃO ESTÁVEL – ART.1723 e seg.

- Não existe prazo para reconhecer.- Conceito art.1723.

- Homem e Mulher – excepcional homossexual;- Convivência Pública;- Contínua e Duradoura;- Objetivo de Constituir Família.

UNIÃO ESTÁVEL – Não tem impedimento matrimonial;COMCUBINATO - Impedimento matrimonial.

- União Estável não tem regime – tem por REGRA comunhão parcial.- Pode mudar a regra – Contrato de Convivência – Não é Pacto.

ALIMENTOS – ART.1694

PODEM PEDIR UNS DOS OUTROS:

- Parentes (em ordem de grau – colateral também. AFINIDADE NÃO.;- Cônjuges;- Companheiros.

- Deve obedecer a Necessidade de um e Possibilidade do outro.

Art.1700 – transmite-se aos herdeiros do devedor no limite e nas forças da herança.

Art.1707 – alimentos são irrenunciáveis, ou seja, não pode:a) Compensação;

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b) Cessão;c) Alienação.

OITAVA AULA:

SUCESSÕES

- É a transferência em decorrência da morte de uma pessoa.

ESPÉCIES:

1 – SUCESSÃO LEGÍTIMA: é aquela que decorre da lei, seja porque não existe testamento, seja porque existe um testamento inválido ou porque existe um testamento válido que não contemplou a totalidade dos bens.

2 – SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA: é aquela que decorre da última manifestação de vontade do testador. Escrita, expressa.

3 – SUCESSÃO UNIVERSAL: é aquela que contempla total ou parcialmente o acervo hereditário, sem identificar com exatidão a parte correspondente a cada herdeiro.

4 – SUCESSÃO SINGULAR: é aquela individualizada, identificada e determinada. Ocorre com o legado que é o objeto certo e determinado que o testador vai contemplar o legatário.

- Com a morte natural ocorre a abertura da sucessão, que será no último domicílio do morto.

- O CC. Adota o Princípio de Savigni que se traduz na transmissão automática da herança para os herdeiros do falecido.

- A natureza jurídica da sucessão é a perpetuidade da propriedade.

- Tanto a aceitação como a renúncia são considerados atos Unilaterais e Personalíssimos e não dependem de consentimento de cônjuge ou companheiro. São também Irretratáveis, pois não admitem arrependimento.

- O herdeiro recebe o ativo e o passivo do patrimônio do morto, sendo que a herança responde com suas próprias forças. Logo o herdeiro não sofrerá nenhuma interferência nos seus bens particulares.

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- A aceitação pode ser Expressa, Tácita ou Presumida.

- A presumida ocorre no silêncio da parte quando o juiz pede para se manifestar.

1 – A RENÚNCIA pode ser: IMPRÓPRIA ou TRANSLATIVA, que na verdade trata-se de uma aceitação seguida de cessão, devendo portanto incidir 2 impostos, o Causa Mortis e o Inter Vivos.

2 – RENÚNCIA ABDICATIVA ou PROPRIAMENTE DITA, é a verdadeira renúncia, vontade.

- Na classe dos Ascendentes e Descendentes existe grau mas não existe limitação.

- Na classe dos Colaterais a limitação existe, é até o 4º grau.

COMPANHEIRO NÃO É HERDEIRO NECESSÁRIO:

- Os herdeiros necessários são:

a) Descendentes;b) Ascendentes;c) Cônjuge sobrevivente.

- Esses possuem direito à legítima, que é a metade indisponível da herança.

- Existindo herdeiros necessários a liberdade de testar é RELATIVA, sendo ABSOLUTA somente na ausência desses herdeiros.

- Os herdeiros necessários são também considerados herdeiros legítimos, mas nem todo herdeiro legítimo será considerado necessário.

- Filho de herdeiro RENUNCIANTE não herda por representação, pois o direito considera o renunciante como se não existisse.

- Já o filho de herdeiro DECLARADO INDÍGNO, DESERDADO, PREMORIENTE e AUSENTE, herdam por representação, recebendo a quota parte que o representado receberia.

ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA, 1829 CC:

- O cônjuge será herdeiro:

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1 – se casado no momento da morte do outro;2 – se separado de fato a menos de 2 anos;3 – se separado de fato a mais de 2 anos e provar que culpa da ruptura é do “de cujus”.

- A vocação hereditária é:1 – Dos descendentes em concorrência com o cônjuge sobrevivente nos seguintes regimes de bens:

. Separação Convencional; . Participação Final nos Aqüestos; . Comunhão Parcial de Bens com bens particulares deixados.

- Se o cônjuge concorrer com filhos comuns terá direito a reserva mínima de 1/4 = 25% da herança.

- Se concorrerem com filhos exclusivos do morto, a herança será repartida em partes iguais, não tendo direito a reserva de1/4.

- Quando concorrer filhos exclusivos e comuns há 2 correntes – NÃO CAI NA OAB.

1 – Mantém reserva de 1/4 porque o objetivo da lei é proteger o cônjuge sobrevivente.

2 – Divide em partes iguais sem reserva de 1/4 , protegendo assim os filhos exclusivos.

- Se o ascendente for de 1º grau e estiverem vivos o cônjuge concorre com 1/3.

- Se tiver 1 só ascendente de 1º grau o cônjuge recebe metade.

- O cônjuge concorre com ascendente:

1 – Terá direito a 1/3 da herança se os ascendentes de 1º grau estiverem vivos.

2 – À metade se concorrer com apenas 1 ascendente de 1º grau ou ascendente de grau maior, ou seja, 2º grau, 3º grau etc.

OBS.: Não tendo Ascendentes e Descendentes o cônjuge recebe a totalidade dos bens, independente do regime.

- Não tendo cônjuge sobrevivente vai para os colaterais até o 4º grau apenas. Não tendo nem um, nem outro, fica com omunicípio.

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SUCESSÃO DE COMPANHEIROS, 1790 CC:

- Participará da sucessão quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável:

1 – Se concorrer com filhos comuns terá direito à quota equivalente à que couber ao filho comum;

2 – Se concorrer com filhos exclusivos do “de cujus” terá direito a metade do que couber a cada filho;

3 – Se concorrer com qualquer outro parente sucessível, terá direito a 1/3 da herança;

4 – Não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança, como se casado fosse.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

PRIMEIRA AULA:

Finalidade do Direito = solucionar conflitosNo CPC conflitos individuais = CPC não existe conflito coletivo.

ARBITRAGEM

É a solução PRIVADA dos conflitos, o Estado não atua.A arbitragem surgiu em 1996 com a Lei 9307/96. (se possível ver)

• 1º ninguém é obrigado a submeter-se;• 2º objeto de direito indisponível não pode ser arbitrado;• 3º execução não cabe arbitramento – exige ordenamento jud.

ARBITRAGEM TRABALHISTA

Procedimento:

Câmara Arbitramento -> Associação Civil (p.ex. junta comercial) |-> Sempre fruto de vontade das partes. Regimento interno |-> Convenção de arbitragem. |-> Compromisso arbitral.Objeto Corpo de árbitros |-> Compromissória. (qualquer pessoa)

• A vontade das partes vai até composição da câmara.• Inserida no contrato, que antes do conflito já se dirime o

modo de resolução.• Instrumento pactuado após a ocorrência do conflito – não

importa se existe. (já é pactuado na câmara)• As partes elegem a câmara (Objeto e Corpo)• Já indica os árbitros.• Tudo é vontade das partes.• NÃO é ACORDO nem TRANSAÇÃO.• Não existem regras de procedimento.• Existem provas a produzir.• Os árbitros não têm poder coercitivo.• Se não for viável, produz prova no judiciário e depois

instrui o arbitro.• Contraditório e Ampla Defesa são respeitados.• Existe sentença, mas NÃO homologa no judiciário.• Sentença tem mesma força que a do Poder Judiciário.

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• Faz coisa julgada também.• Irrecorrível, só cabe EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Embargos

de Declaração = apenas esclarece a sentença.

DIFERENÇAS ENTRE PROCED. ARBITRAL E PROCESSO JUDICIAL

Procedimento Arbitral = querem encontrar a verdade;Processo Judicial = a parte quer ter razão.

NÃO cabe ação rescisória porque é promovida direto ao tribunal.Tribunal não tem competência nesse caso.CABE Ação Anulatória de sentença arbitral.

* Anulatória não envolve questão de mérito, APENAS PROCESSUAL.* ANULA e não reforma.* Tem o PRAZO DECADENCIAL de 90 dias.

ART. 32 - RAZÕES DE ANULAÇÃO*** Aplica o Art. 33, $1º – IMPORTANTE

• Sentença arbitral é passível de execução, pois é título executivo;

• Se necessário executa-la, deve entrar com processo de execução no judiciário;

• É título Judicial porque equivale a sentença judicial (art. 584 – Tít. Exec. Jud.)

AÇÃO JUDICIAL

Ação Judicial é direito assegurado pela CF/88, em que o cidadão tem condições de provocar o Estado a fim de solucionar conflito.

É direito amplo e irrestrito.

Qualquer pessoa pode promover qualquer ação contra quem ela quiser.

Não cabe indenização contra ação.

LITIGAR DE MÁ-FÉ = utilizar do instrumento com objetivo de prejudicar o outro.

PODER na prova é PROCEDER o pedido.

CONDIÇÕES DA AÇÃO

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São condições exigidas para a existência da ação.A ausência de uma das condições da ação ela não existe.

Art. 267, VI -> 1 Possibilidade 2 Legitimidade 3 Interesse de agir

Legitimidade “ad causam” – Não confunde com mérito. É a existência ou não de relação jurídica entre as partes com a demanda.

Legitimidade Ordinária ou Extraordinária, art. 6º:

- Ordinária = aquele que promove é o titular;- Extraordinária = aquele atua em nome de outra pessoa. Sempre

depende de lei. Equivale a substituição processual, ou seja, não representa, mas substitui.

* Representação processual, art. 12;* Substituição Extraordinária, art. 9º, II;* O MP é Extraordinária Autônoma, porque também é beneficiário, substitui a população.

Interesse de agir – NECESSIDADE de utilizar a atividade jurisdicional; ou ADEQUAÇÃO do procedimento.

Possibilidade jurídica do pedido – é diferente do pedido juridicamente impossível, com o pedido possível que é improcedente.

Ex.: Divórcio entre irmãos – é legalmente impossível.

ELEMENTOS DA AÇÃO

1 Partes2 Pedido Através deles que se identifica a ação.3 Causa de pedir

Partes = deve existir autor e réu claramente identificados;Pedido = deve ser explicitado o que se quer com a ação;Causa de pedir = as razões que levaram a propor a ação.

LITISPENDÊNCIA = São 2 ou mais ações idênticas (tudo igual) correndo ao mesmo tempo. Assim, extingue-se as demais e perdura apenas uma, REGRA art. 219 fica a que teve a citação válida primeiro. Art.301, $$ 1º, 2º e 3º

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COISA JULGADA = Uma ação idêntica já foi extinta, impossibilitando que se tenha aquele assunto discutido novamente, o que evita decisões conflitantes.

CONEXÃO = 2 ou mais ações com a mesma CAUSA DE PEDIR e o mesmo PEDIDO, mas as partes são outras, as ações são conexas.

• Haverá reunião das ações em um juízo apenas, e será o prevento aquele que proferiu o primeiro despacho.

Motivos: 1º Economia processual, não há nulidade posterior. 2º Evita decisões conflitantes, que gera nulidade.

* O juiz pode ordenar a reunião dos processos de ofício ou pode ser por requerimento de qualquer das partes.* Aquele que despachou em primeiro lugar é o PREVENTO, art.106.

CONTINÊNCIA = É uma espécie de conexão. São 2 ou mais PARTES, com a mesma CAUSA DE PEDIR e o PEDIDO um é mais abrangente que o outro.

Será PREVENTO o juiz do pedido mais abrangente.

SEGUNDA AULA:

CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES

CONHECIMENTO Declaratória: Meramente declaratória = usucapião. + Constitutiva / + Condenatória.

Condenatória: Ex.: cobrança, indenização, etc.

Constitutiva: Negativa: ou Desconstitutiva: Ex.: divórcio, embargos de 3º que desconstitui penhora, etc.Positiva: Ex.: investigação de paternidade, etc.

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CAUTELAR Tem o objetivo de assegurar direito.

EXECUÇÃO Meio de forçar cumprimento da obrigação.

PROCESSO DE CONHECIMENTO - Procedimento COMUM ---- Ordinário Sumário Procedimento ESPECIAL

SUJEITOS DO PROCESSO

1 Partes2 Juiz3 Ministério Público4 Advogados

* As partes devem ter capacidade de direitos – condições de contrair obrigações e exercer direitos.* O menor pode ser parte, mas não pode estar no juízo sozinho, e o interdito também não – Devem estar representados.

* O menor ser representado não é questão de legitimidade, porque ele tem capacidade, mas como não responde por seus atos, deve ser representado por responsável.

Capacidade Postulatória: Postular – Pedir em nome de outro.Advogado tem capacidade postulatória.Estagiário não tem capacidade postulatória.

No juizado especial não requer o poder postulatório, porque não pede em nome de outro, mas sim, em seu próprio nome.

LITISCONSÓRCIO

Consórcio = grupo de pessoas que busca algo.Litis = lide, demanda.

Para a formação de litisconsórcio deve haver INTERESSE e MOTIVAÇÃO iguais = Pedido e Causa de Pedir.

Vários autores = litisconsórcio ATIVO.Vários réus = litisconsórcio PASSIVO.

O litisconsórcio é formado por:

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Vontade das partes : facultativo, art.46Por força de lei : obrigatório ou necessário, art.47Por força de contrato: obrigatório ou necessário também.

LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO – Não atendido o processo é NULO, porque devem estar todos os obrigados citados, e a falta da citação de um deles gera nulidade. Ex.: art. 10 CPC.

Litisconsórcio: Anterior = antes da citação Posterior= após a citação (intervenção de 3º)

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

Existem 5 modalidades:

1 – NOMEAÇÃO A AUTORIA – intervenção ao autor, exclusivo do réu;2 – CHAMAMENTO AO PROCESSO – exclusiva do réu também, chamar no 3 – DENUNCIAÇÃO DA LIDE prazo da contestação.4 – ASSISTÊNCIA5 – OPOSIÇÃO

** Embargos de 3º NÃO é intervenção de 3º, art. 1046 CPC, porque o terceiro não tem relação com a parte, na intervenção ele tem.

NOMEAÇÃO A AUTORIA

Objetivo : Substituir o pólo passivo – réu nomeia outro réu.Hipóteses: Art.62, réu demandado não é proprietário do bem e

nomeia o verdadeiro proprietário.Processam: Petição inicial – citação – 15 d. para contestação ele

contesta ou nomeia a autoria.É por simples petição requerendo a nomeação.Pode contestar alegando ilegitimidade, mas sofre sanção, art.

69 CPC.Nomeação NÃO é obrigatória + sofre sanção se deixar.Nomeou tem 5 d. para autor se manifestar sobre a nomeação, se

concorda ou não concorda com ela.Se NÃO CONCORDAR abre + 15 d. para réu contestar.Se CONCORDAR juiz cita o 3º e substitui o pólo passivo da

ação, que se chama EXTROMISSÃO.

CHAMAMENTO AO PROCESSO

Objetivo : Chamar um 3º para compor como parte, vem somar.É exclusiva do réu, no prazo da contestação ou na própria

contestação.

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Hipóteses: Casos de solidariedade, chama os solidários, art.77. É passivo: porque substitui o pólo passivo – réu.Facultativo: porque não é obrigatório.Ulterior: depois que é citado, já iniciado o proc.

DENUNCIAÇÃO DA LIDE

Objetivo : Também chama o 3º para compor como parte a demanda.Serve tanto para autor como réu. – Mais comum Réu.É da mesma forma que o chamamento, deve ser feito no prazo da

contestação ou nela mesmo.Hipóteses: DENUNCIAÇÃO NÃO É MAIS OBRIGATÓRIA, apenas o inciso I

do art.70 CPC ainda se discute a obrigatoriedade.Também pode ser Passivo, Facultativo e Ulterior.Ex.: seguro por acidente é denunciação.

DIFERENÇA= entre CHAMAMENTO e DENUNCIAÇÃO: Na Denunciação existe 2 relações jurídicas diferentes, uma entre autor e réu e outra entre réu e terceiro. No Chamamento, o terceiro tem a mesma relação jurídica com o réu demandado, ou seja, uma relação jurídica apenas integra todos.

Denunciação = 1 processo com 2 relações jurídicas;Ex.: autor + réu e réu + terceiro. (seguradora)O autor tem relação indenizatória por acidente contra o réu,

que tem relação (sozinho) contra a seguradora que lhe deve a reparação. O Autor não tem qualquer tipo de relação com a seguradora, que tem contrato apenas com o Réu demandado.

* Tem-se uma sentença com 2 decisões, 2 títulos.

Chamamento = 1 processo com 1 relação jurídica.Ex.: autor + réu + terceiro. (locação – fiador)O fiador integra a relação já de plano, o locador pode

executar o locatário ou ir direto ao fiador, são eles solidários. O fiador pode indicar bens do locatário antes de indicar os seus.

* Tem-se uma sentença com 1 decisão.

O CHAMAMENTO traz a idéia de SOLIDARIEDADE, em que o 3º responde perante o Autor da ação, em conjunto com o réu.

A DENUNCIAÇÃO traduz 2 relações, o Réu responde ao Autor e o 3º responde ao Réu, pois nada tem com o Autor.

DENUNCIAÇÃO e Se o réu contestar e não chamar ou denunciarCHAMAMENTO a oportunidade PRECLUI (perde direito do ato)

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ASSISTÊNCIA

O professor deixou como leitura complementar do curso.

OPOSIÇÃO

É instituto próprio do terceiro que se opõe a uma ação.É espontâneo, sem ser motivado por qualquer dos pólos.Oposição é AÇÃO, em que o que tem pretensão sobre o direito

discutido se opõe em face das partes daquele processo. Art.56.É autuada em apenso aos autos principais.O momento é qualquer um antes da sentença, lógico.

* Existe OPOSIÇÃO do MP, art.82 CPC, nos casos em que se tiver:

I- houver interesse de incapazes;II- concernentes a estado de pessoa, pátrio poder, tutela,

curatela, interdição, casamento, declaração de ausência e disposição de última vontade;

III- que envolvam litígios coletivos pela posse de terras rurais, e em qualquer que houver interesse público pela natureza da lide ou qualidade das partes.

JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA

AÇÃO ----> ESTADO ----> Exerce Atividade Jurisdicional

- Seu escopo é a solução de conflitos - CONTENCIOSA- Administração de interesses - VOLUNTÁRIA

O juiz é o órgão que exerce a Atividade Jurisdicional, tem poderes para solucionar conflitos e administrar interesses.

Tem limites de competência: Todo juiz tem jurisdição, masnem todo juiz tem competência.

Princípio da Inércia – 2º CPC – o Estado deve ser provocado.

COMPETÊNCIA ABSOLUTA: Interesse público;Pode ser de ofício pelo juiz;Pode ser suscitado pelas partes;Não há prorrogação;Não tem preclusão, pode a qq momento;Se não precluiu cabe rescisória;Simples petição;Remete os autos.

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COMPETÊNCIA RELATIVA: Interesse das partes;Juiz não pode declarar de ofício;Só o réu pode suscitá-la;Há prorrogação se não suscitar;Ocorre preclusão se não argüir;No prazo da contestação;Como preclui não cabe rescisória;Exceção de incompetência na Contestação;Remete os autos.

Ocorre a ABSOLUTA por questões de TERRITÓRIO, art.95, VALOR DA CAUSA, ou RAZÃO DA MATÉRIA.

O valor da causa para baixo não implica nada, somente valor maior, pois existe o limite.

Os atos DECISÓRIOS proferidos por juiz incompetente são NULOS.Art.113 CPC.

A nulidade se dá a partir do ATO decisório e não da suscitação.

TERCEIRA AULA:

COMPETÊNCIA

Pergunta-se: Que juiz? Que território?

Passos:

1º Comp. Internacional = arts. 88 e 89

2º Comp. Originária = direto no tribunal, Ex: ação rescisória é no TJ.

3º “Justiça” apta ao caso = Especial (trabalhista, eleitoral ou militar), Comum (todo o resto) – Federal (art.109 CF) ou Estadual (comp. residual, ou seja, o que não é federal será estadual).

4º Análise da Lei de Organização Judiciária – cada estado tem a sua.

A Lei de Org. Judiciária cria a comp. em razão da matéria.Em comarcas com vários fóruns (São Paulo) ela é importantíssima.

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• Acidente de Trabalho pode ser ESTADUAL ou FEDERAL ( EC/45 )• Atenção à prorrogação de competência. Ex: Previdência. Nas

comarcas que não dispõem de justiça Federal as causas previdenciárias podem ser decididas em 1ª instância pela justiça Estadual.

Para competência FEDERAL basta que a União tenha interesse, não precisa ser parte, basta o interesse. (art.109 CF)

Atenção: Banco do Brasil = Estadual (soc. econ. mista)CAI OAB Caixa Federal = Federal (empr. públ. federal)

EXCEÇÃO = Quando a União tem interesse em processo falimentar não muda a competência para Federal só por isso, continua sendo comp. Estadual – Só caso de FALÊNCIA – única exceção.

COMPETÊNCIA TERRITORIAL

Direito Pessoal, art.94 CPC = Competência Relativa

Em regra a competência é do domicílio do réu.Réu com 2 ou mais domicílios o autor escolhe qualquer.Se são 2 réus cada um com um domicílio autor escolhe.

Direito Real, art.95 CPC = Competência Absoluta

Causas sobre imóveis no local do imóvel. Ex: ações possessórias.É a única competência territorial que é absoluta.

Inventário, art.96 + 89 CPC = Relativa

Em regra é o foro do domicílio do autor da herança “de cujus”.Autor com 2 ou mais domicílios ou que não tenha domicílio certo – local dos bens.Além de ter 2 domicílios ou não ter domicílio certo ainda tiver bens em lugares diferentes a competência é a do local do óbito.Além de todo o acima ele morrer no estrangeiro? Se o óbito se der no estrangeiro, como é relativa, pode escolher o que melhor convier.

Incapaz, art.98 CPC = Relativa

No foro do seu representante legal quando o incapaz for réu.

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Pessoa Jurídica, art.100 CPC = Relativa

• Em regra é no foro da sua sede.

ATOS PROCESSUAIS

São os atos que impulsionam a demanda (partes, juiz e escrivão).

PARTES: (não pode o juiz praticar de ofício, só as partes)

PostulatóriosInstrutóriosDispositivos – as partes podem dispor (por isso dispositivo). São aqueles praticados pelas partes em conjunto, Ex: Composição.

* Os atos que as partes não podem dispor não são dispositivos.* Os dispositivos devem ser homologados pelo juiz, senão não tem efeitos.

JUIZ: (despacho, decisão interl., sentença) art.162 CPC

Despachos – sem conteúdo decisório, mero expediente.Decis. Interloc. – resolve incidente no curso do processo.Sentença – põe fim ao processo julgando ou não o mérito,

isto é, definitiva ou terminativa.

ESCRIVÃO: (ordinatórios) – pratica sem determinação do juiz, ou seja, ele mesmo age por si, dentro das suas atribuições. Lei 8952/94.

TEMPO DOS ATOS PROCESSUAIS

- Dias úteis das 6:00 até 20:00 horas. Art.172, $ 2º. (observado o art. 5º, XI da CF) (Esse horário estendido existe para o oficial de justiça, que

pode realizar citação e penhora fora do horário comercial) Porém, esse benefício deve ser concedido pelo juiz.

Férias Forenses: é o Estado que institui. Durante tal período os prazos processuais ficam suspensos. (apenas prazos processuais, pois os prescricionais não) – Salvo CAUTELARES e FAMÍLIA.

Recesso: todos os prazos são suspensos – prazos processuais.

* Os prazos DECADENCIAL e PRESCRICIONAL sempre correm normal.

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* Casos urgentes devem ser recebidos SEMPRE.

CONTAGEM DOS PRAZOS

• Começa a contar no dia seguinte da intimação, em REGRA;• Começa sempre em dia útil;• Se terminar em dia inútil prorroga para o 1º útil seguinte.

TABELA DE PRAZOS

24 Horas 05 dias 10 dias 15 dias

Execução para Emb. Declaraç. Emb. à exec. Todos osdevedor pagar Agravo retido demais sãoou nomear bens Recurso ino- 15 dias.a penhora. minado-JEC.

PRAZOS

Judiciais – juiz define – se a lei não prevê e o juiz for omisso o prazo é de 5 dias.

Legais – a lei estabelece.

Próprios – das partes – há preclusão se não realizar o ato. Impróprios – do juiz – não há preclusão nem sanção – art.296

Dilatórios – admitem prorrogação – Ex: manifestação acerca de laudo pericial complexo.

Peremptórios – não podem ser prorrogados – Ex: resposta do réu, recurso etc.

PRECLUSÃO

É a perda do direito de exercer um ato processual.Só ocorre durante o processo.

Temporal – perde o prazo, deixa escoar.Consumativa – juiz já decidiu aquele fato, já passou.Lógica – prática de ato incompatível com ato que pretende.

PROCEDIMENTOS

Conhecimento – Comum ou Especial – Comum ordinário ou sumário.CautelarExecução

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PROCESSO DE CONHECIMENTO – RITO ORDINÁRIO que é regra.

Fases:1ª Postulatória – Vai da pet. Inicial até a réplica.2ª Julg. Conf. Estado do Proc. – Ext. proc. até saneamento.3ª Instrutória – Vai da perícia até audiência.4ª Decisória – Sentença apenas.

QUARTA AULA:

REQUISITOS DA INICIAL – art.282

A inicial fixa os limites da demanda, pois o juiz é adstrito ao pedido feito na inicial.

1 – Endereçamento:* Verificar a competência e jurisdição.

2 – Partes: indicar e qualificar.* Direito Pessoal deve indicar o demandado.* Direito Real pode ser outros. Ex: Possuidor.

3 – Fatos e Fundamentos Jurídicos (direito)-(causa de pedir):* Narra o fato e alega o direito, não é requerimento.* Fundamentos legais que autorizam a ação, na lei.* Fundamentação jurídica é convencer pela jurisprudência,

doutrina, ou seja, demonstrar que tem direito.

4 – Pedido:* É a conclusão da inicial – sem pedido é inepta, art.295, p.ú.,

II, do CPC.* Deve ser dedução lógica dos fatos e fundamentos.* Imediato – nat. jur. da demanda – condenação, declaração etc.* Mediato - o bem corpóreo pretendido.* Regra o pedido é certo e determinado, mas pode ser genérico.

- CUMULAÇÃO DE PEDIDOS ->

Alternativa: quero A ou B. Ex: quero carro ou equivalente em R$.O cumprimento fica a critério do réu.

Cumulativo Simples: quero A + B. Ex: danos morais e materiais.

Sucessivo: quero A, mas para conseguir A eu preciso antes do B. Ex: alimentos com reconhecimento de paternidade.

- REQUISITOS PARA CUMULAR PEDIDO ->

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a) mesma competência para apreciar os dois pedidos cumulados;b) mesmo procedimento entre os dois pedidos a cumular;c) haja compatibilidade entre os pedidos.

Exceção: Não precisa dos requisitos acima:

Ex.: Despejo com cobrança de alugueres

Lei de locação Comum * Pode cumular porque há autorização legal para tanto.A lei diz: Salvo autorização legal para cumular.

5 – Citação:

* Deve pedir citação da outra parte e pode escolher o modo de citação se quiser. Oficial, Hora Certa etc. VEJA MAIS ABAIXO.

6 – Provas:

* Não é pedir todas as provas que existem, mas alegar por quais se crê serão necessárias para provar os fatos. Ex: perícia. Só demonstra, se diz que protesta.

7 – Valor da Causa:

* Toda causa deve ter um valor atribuído, ainda que a pretensão não tenha valor econômico.

- EFEITOS DO VALOR DA CAUSA ->

1- Na competência: Juizado Especial até 40 salários mínimos;2- Procedimento: Rito sumário, 275, I, até 60 salários min.;3- Custas: Depende da lei de organização judiciária do Estado,

que emite a tabela de custas;4- Sucumbência: Parte vencida paga custas e advogado da parte

contrária. O juiz pode fixar diferente do valor da causa. Máximo 20% do valor da causa.

- QUAL VALOR? ->

1- REGRA – corresponde ao proveito econômico da demanda;2- EXCEÇÃO – diferente do valor econômico da demanda;

2.1- causas sem conteúdo econômico – fixa para fins de alçada;2.2- alimentos e locação – 12 X o valor da mensalidade;2.3- art.260 CPC – prestações vencidas e vincendas.

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* Soma-se uma e outra – todas vencidas + vincendas.* Até 12 vencidas - soma seu número;* Mais de 12 vencidas – soma até 12 só (limite);

SOMAREx.: Vencidas – 20 --- 20 Vincendas - 500 --- 12 32

- IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA ->

* Não é defesa nem resposta. Admitida de ordem técnica.* Apresenta no prazo e simultâneo com contestação;* Peça própria porque autua em apenso;* Não suspende o processo principal, por isso apensa;* Prazo de 5 dias para autor se manifestar;* Não impugnou está precluso, se dá por aceito o valor.

- CITAÇÃO ->

PESSOAL – Próprio titular é citado, o réu. Quando se tratar de pessoa jurídica também é pessoal;

NÃO PESSOAL – Art.215. Aquele citado não é o réu, mas o que representa seus interesses.

- MEIOS DE CITAÇÃO ->

* Art.221. CORREIOS: Regra no Brasil, com AR; OFICIAL : Também por hora certa; EDITAL : Esgotados todos os outros meios.

* Art.222. EXCEÇÃO: não será pelo correio:

a) Ações de estado de pessoa – incapaz; b) Processo de execução do CPC – não o fiscal; c) Autor requer de outra forma – escolhe o modo.

* Pelo correio vai com AR.* Só será válida se o próprio réu assinar o AR – Só ele. Art.223,

p.ú.

- Deve constar o prazo para defesa:

Se constar o prazo errado? . Se constar prazo menor, prevalece o da lei. . Se constar prazo maior, prevalece o maior, sempre em benefício

do réu.

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Começa a contar do dia seguinte ao da juntada do recibo aos autos.

- CITAÇÃO POR OFICIAL ->

* Oficial tem 30 dias para cumprir o mandato;* Ele vai no máximo 3 vezes no endereço;* A certidão do oficial tem fé pública;* Se recusar ser citado ele descreve na cert. e dá como citado.

- Réu que se oculta no endereço efetiva por hora certa.- Juntado o mandato cumprido de hora certa assinado pela vizinha,

oficial manda carta informando réu que foi citado.- O prazo da contestação já iniciou da juntada da certidão.- Se a carta voltar negativa juiz anula a citação da hora certa.

- CITAÇÃO POR EDITAL ->

* Deve ser requerida e o juiz tem que deferir.* Réu citado por edital ou hora certa que não contestar terá o seu

direito de defesa assegurado – será nomeado curador.* É meio de citação ficta.

- EFEITOS DA CITAÇÃO -> art.219

1- Induz litispendência – a primeira válida, o resto extingue.2- Torna prevento o juízo – na competência.3- Faz litigiosa a coisa – instala-se a lide a partir dela.

INDEFERIMENTO DA INICIAL -> CAI*

* Cabe apelação, pois é sentença.

REGRA – indeferimento da inicial extingue o processo SEM julgamento do mérito.

EXCEÇÃO – caso de DECADÊNCIA e PRESCRIÇÃO julga o mérito.

* Art. 295, p.ú.

1- Inepta – falta lógica;2- Parte ilegítima;3- Sem interesse processual;4- Decadência ou Prescrição;5- Procedimento errado;6- Não cumpriu prazo para emendar.

* Se der para emendar não indefere, abre prazo para corrigir.

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• Art. 296 – do indeferimento da inicial cabe juízo de retratação em 48 horas.

• É O ÚNICO CASO QUE ADMITE O JUÍZO DE RETRATAÇÃO NO CPC.

* A parte pode argüir a inépcia da inicial em preliminar na contestação.

* Nesse caso não gera indeferimento porque o juiz já deferiu quando deu o despacho “cite-se”, apenas extingue o feito.

QUINTA AULA:

TUTELA ANTECIPADA

- Surgiu em 1994, art. 273 CPC, antes disso só tinha liminar.• Aplica em ação de conhecimento;• É a antecipação dos efeitos da sentença futura;• Natureza antecipatória, antecipa objeto da ação;• É provisória, sujeita a confirmação pela sentença.

Hipóteses:

- Possibilidade de dano.

Requisitos:

- Prova inequívoca: não definitiva, que pareça verdadeira, indícios de verdade.- Verossimilhança : não exige fatos verdadeiros, mas com possibilidade de ser verdade.- Reversibilidade : provisória, pode ser modificada, assim deve haver possibilidade de reverter ao estado anterior. Se fosse definitiva seria irreversível. Art.273, $2º, CPC.

• Pode ser concedida total ou parcial;• A execução da tutela é provisória;• O juiz pode exigir caução para conceder a execução.

- De ofício não cabe, a parte deve requerer, o autor, claro.- Pode exigir caução para conceder a execução provisória.- Pode revogar de ofício a qualquer momento.

• A Tutela se funde com a Cautelar, através da tutela se pode buscar a cautelar.

TUTELA - antecipa, direto na ação principal e pede tutela para

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assegurar direito.CAUTELAR- assegura, para depois entrar com ação principal. (ambas exigem “fumus” e “periculum”)

• Até $6º é antecipada / o $7º é assecuratória, ou seja, o juiz pode conceder a cautelar no pedido de tutela como incidente do processo principal.

- Pedido de liminar só quando previsto em lei e expresso a possibilidade pela urgência.

- Juiz pode conceder tutela na sentença, para processo não parar quando do recurso com efeito suspensivo, possibilitando a execução provisória mesmo com recurso tramitando. Não precisa pedir a tutela novamente, só precisa pedir uma vez.

- Concedida a tutela na sentença – cabe apelação.- Concedida no curso do processo – cabe agravo de instrumento.RESPOSTA DO RÉU – pode ser: Contestação Reconvenção Exceções

RECONVENÇÃO – contra ataque do réu, oportunidade do réu promover ação contra o autor, sobre mesmos fatos.

1- Mesmas partes; Mesmos fatos,2- Mesma competência; relação entre3- Mesma causa de pedir – rel. jurídica. Eles. Conexos.

- Mesmos autos da ação;- Não são necessariamente opostos os pedidos;- No prazo da contestação e simultâneo a ela;- Pode reconvir apenas e não contestar (ocorre revelia na ação e a reconvenção corre normal até final julgamento).

Art. 317 CPC -> CAI*

- Reconvenção é independente da ação principal;- Se extinta a principal a reconvenção continua normal;- Uma sentença só para ação e reconvenção (um processo);- Uma sentença com duas decisões, juiz deve decidir separado.

• Não cabe RECONVENÇÃO no rito SUMÁRIO.• Não cabe RECONVENÇÃO no juizado ESPECIAL.• Não cabe RECONVENÇÃO nas ações de caráter dúplice. Ex: a

decisão tira de um e dá para outro, como reintegração de

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posse, ao decidir atribui direito a uma das partes, não precisa de reconvenção, juiz vai ter que dar direito para uma das partes de qualquer jeito.

CONTESTAÇÃO – defende-se, demandado não alega nada, só impugna fatos alegados pelo autor.

Defesa Processual: preliminares, art. 301 CPC, direto ao proc.Defesa de Mérito : os fatos propriamente ditos, não técnica.

EXCEÇÕES – Preliminares da contestação = CAI MUITO **

a) Incompetência Absoluta : 113, acolheu remete ao juiz competente, não extingue.

b) Inépcia da Inicial : 295, p.ú., petição ilógica, ordem técnica, não entende, extingue sem julgamento do mérito.

c) Perempção - MAIS CAI* : 268, p.ú., promove pela 4ª vez a mesma ação que foi extinta por inércia. Só este motivo, qualquer outro não é perempção. 4ª vez. Extingue sem julgar mérito.

d) Litispendência : 301, p.ú., duas ou mais ações em curso ao mesmo tempo, pode ser comarcas diferentes. Não julga mérito.

e) Coisa Julgada : 301, $$ 2º e 3º, e p.ú., uma ação idêntica já transitada em julgado e outra em curso. Não julga.

f) Conexão : 105 e 106 cc., deve remeter ao juiz prevento, ou seja, aquele que primeiro despachou.

g) Convenção Arbitragem : Lei 9.307/96. Existindo convenção de arbitragem o demandado deve argüir no prazo da contestação. Extingue sem julgar mérito. 267. É a única exceção que o juiz não declara de ofício, a parte interessada deve argüir.

h) Carência de Ação : 267, VI, falta qualquer condição

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da ação. Sem julgar mérito. São elas: -Interesse de agir; -Legitimidade da parte; -Possibilidade jurídica do pedido.

Aplica-se o Princípio da Eventualidade: - mesma peça a preliminar + o mérito. - se o juiz não acolher a preliminar já tem o mérito.

INÉRCIA

Aquele que não contesta tem PENA DE CONFISSÃO, ou seja, reputar-se-ão verdadeiras as alegações contra ele.

REVELIA

A revelia exige que tenha havido CITAÇÃO, que o demandado conheça a existência da ação.

* Art.319 – fatos alegados presume verdadeiros, julga matéria de direito apenas, pois os fatos são incontroversos.

* Art.322 – demandado não será mais intimado, correndo os prazos normalmente. Pode ele intervir no feito a qualquer momento, mas receberá o processo no estado que tiver.Todo ato do juiz é publicado no D.O., mas o nome do advogado do revel não sai publicado.

EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA

- Modifica a competência relativa, pois a absoluta é reconhecível de ofício pelo juiz, sem exceção.- É do réu, pois o autor não pode intentar a ação e depois ele mesmo dizer que errou a competência por meio de exceção.- No prazo da contestação, mas em outra peça, separado.- É autuada em apenso aos autos principais.- Não precisa contestar, não é obrigado se não quiser.- Se aceita a exceção remete os autos ao competente.- Se rejeita segue o processo normalmente.- Decisão da exceção de incompetência é interlocutória, portanto, cabe Agravo de Instrumento.

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO JUIZ

- Do autor ou réu, aquele que achar impedido ou suspeito o juiz.- Impedimento = absoluta – não pode recusar – Ex: parente.

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- Suspeição = relativa – juiz pode afastar- Ex: amigo íntimo. Juiz afasta e remete os autos ao tribunal para rever sua decisão. (remessa obrigatória).

- Amigo do advogado juiz pode, parente do advogado não.

2ª FASE DO PROCESSO (SANEADORA)

- Audiência preliminar – se houver possibilidade de acordo, e direito disponível. Art.330 e 331. Questão unicamente de direito juiz julga desde logo, sem audiência preliminar. (Julg. Antecip. da Lide).

• Na audiência houver acordo, homologa com mérito.• Se não houver acordo, despacho saneador e segue.

Não marcará audiência preliminar:

- Questão de mérito for unicamente de direito;- Seja caso de revelia;- Direito indisponível que não admite transação;- Circunstâncias da causa evidenciar impossibilidade de acordo.

Despacho saneador: 1-Sanar irregularidades; 2-Fixar pontos controvertidos; 3-Provas necessárias a produzir, a partir dos fatos controvertidos.

SEXTA AULA:

RÉPLICA: o art.327 CPC autoriza a réplica.

Toda vez que alegado as matérias do art.301 CPC deve replicar. (ouvir a outra parte sobre o assunto)

3ª FASE DO PROCESSO (INSTRUTÓRIA)

- Se não produziu provas no momento está precluso.

Objetivo: se é a demonstração da verdade dos fatos alegados existem fatos que não precisam ser comprovados (incontroversos, confessados, notórios e presumidos, art.334 CPC).

* Incontroversos não deixa de ser confessado, porque foi admitido quando não impugnado.

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* Confissão existem também quando o réu for omisso, ou quando o réu não se manifesta.

* Notório são os fatos de conhecimento público. Ex: enchente.

* Presumido não depende do juiz, a lei diz que é presumido.

MEIOS DE PROVAS: documental, pericial, inspeção judicial e oral.

DOCUMENTAL: as partes apresentam na inicial para o autor e contestação para o réu. Pode ser em outros momentos, desde que fato novo. Ex: não tinha acesso ao documento quando da inicial, mas deve justificar ao juiz (explicar na inicial).O juiz defere a juntada posterior. Fato novo durante o processo.Fato que não tinha conhecimento não pode.Documentos estão relacionados com o mérito, portanto, procuração e contrato social não são documentos de provas, é documento de representação.

INSPEÇÃO JUDICIAL: art.440. o juiz vai até o local dos fatos pessoalmente comprovar alguma coisa. Deve fazer acompanhado de perito, senão é inócuo.Pode realizá-la a qualquer momento antes da sentença.

PERICIAL: é técnica, ou seja, o juiz não pode fazer por si só.Ex: se é perícia médica e o juiz é também médico, não pode fazer ele mesmo, só o perito judicial. Juiz não pode exercer outra atividade dentro do processo, só a jurisdicional dele.Pode ser requerida pelo próprio juiz, pelo autor ou réu.O perito desenvolve atividade privada e presta serviço ao judiciário. É de confiança do juiz.O perito também é sujeito às regras de suspeição. Art.138, III.Da decisão que indefere a perícia pela parte requerida cabe agravo. Da fixação dos honorários periciais também é agravo.Beneficiário da justiça gratuita quem paga perito é o Estado.Nomeado perito as partes tem 5 dias para indicar assistente e apresentar quesitos, art.421, $1º.Assistentes: profissionais de confiança das partes.Quesitos: pequenas indagações que se quer esclarecimento.O Laudo pericial produz efeitos se homologado pelo juiz.

ORAL: se desdobra em: Esclarecimentos periciais, depoimento pessoal e oitiva de testemunhas.

Depoimento pessoal- Conciliação não há produção de provas.- Quem presta depoimento pessoal são as partes.- As partes são obrigadas a prestar depoimento pessoal se

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intimadas, se não comparecer é pena de confissão.- Se comparecer e se recusar a depor também é confissão, art.343

Testemunha- Não podem depor o incapaz, impedido ou suspeito.

INCAPAZ:

. Interdito por demência;

. Enfermidade ou debilidade mental;

. Alcoólatra ou dependente de drogas;

. Menor de 16 anos;

. Cego e/ou surdo quando a ciência do fato depender do sentido.

IMPEDIDO:

. Cônjuge, ascendente, descendente em qq. grau, ou colateral, até 3º grau, por consangüinidade ou afinidade, SALVO se houver interesse público ou tratar-se de estado de pessoa;. Quem for parte na causa;. O que intervém em nome de parte como procurador;

SUSPEITOS:

. Já foi condenado por falso testemunho;

. Não for digno de fé por seus costumes;

. Amigo íntimo ou inimigo capital da parte;

. O que tiver interesse no litígio.

OBS.: em causas conexas, uma parte não pode ser testemunha da outra, pois ambas tem interesse na forma de julgamento.

CONTRADITA: é instrumento processual para impedir a oitiva das testemunhas do art.405. Deve manifestar-se sob pena de preclusão na audiência de instrução após a qualificação da testemunha. Art.414, $1º.

INFORMANTE: o informante não tem valor probatório, só a oitiva das testemunhas. O juiz jamais poderá fundamentar com base no informante (não presta compromisso), só serve para o convencimento íntimo do juiz.

• Contra decisão que concede ou rejeita a contradita, cabe Agravo Retido.

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Encerrando a audiência de instrução faz-se as razões finais e remissivas.

4ª FASE DO PROCESSO (DECISÓRIA)

SENTENÇA é o ato que põe fim ao processo. Art.458 CPC.Definitiva - julga o mérito da causa, art.269;Terminativa - não julga o mérito da causa, art.267.

REQUISITOS: Relatório, Fundamentação e Decisão (dispositivo).

Relatório: um breve resumo de tudo que ocorreu no processo.Fundamentos: provas, doutrina, jurisprud. que juiz se fundou.Dispositivo: a decisão propriamente dita.

- Julgamento deve ser dentro do que foi pedido pelas partes:

EXTRA PETITA: Fora do que foi pedido; Ex: pediu A, deu B.ULTRA PETITA: Além do que foi pedido; Ex: pediu A, deu A + B.CITRA PETITA: Menos do que foi pedido; Ex: pediu A, deu ½ de A.

- Extra e Ultra depende de apelação.- Citra quando julga parcialmente procedente, dá, mais não tudo.

PROCESSO DE CONHECIMENTO – RITO SUMÁRIO que é exceção

Existem: RITO ORDINÁRIOAÇÃO COMUM RITO SUMÁRIO

AÇÃO ESPECIAL (Juizado Especial é Lei 9.099/95.)

• Não existe EXECUÇÃO e CAUTELAR pelo rito sumário.• Sumário é exceção, ou seja, somente será sumário conforme o

artigo 275, I e II do CPC:

- Causas de valor menor que 60 salários mínimos;- Causas qualquer valor de: . Arrendamento rural e parceria agrícola; . Cobrança de dívida de condomínio; . Ressarcimento de danos em prédio; . Ressarcimento de danos em acidente de veículos; . Cobrança de segura relativo à acidente de veículos; . Cobrança de honorários de profissional liberal; . Demais casos previstos em lei.

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• Não observará o rito SUMÁRIO causas de estado ou capacidade de pessoas. Parágrafo único do art.275.

INICIAL SIMPLIFICADA: Por ser célere e simplificado, desde logo, na INICIAL o autor já deve apresentar rol de testemunhas e formulará quesitos se requerer perícia. Art.276.

RESPOSTA DO RÉU: A contestação será apresentada em audiência. NÃO CABE RECONVENÇÃO. Mas cabe pedido contraposto ao pedido do autor.

DECISÃO: O juiz pode extinguir o processo nesta primeira audiência mesmo, se o réu deixar de comparecer à audiência caso em que se reputarão verdadeiros os fatos, dando a sentença.

CAUSA COMPLEXA: Nas causas de maior complexidade ou que requerer prova técnica complexa o juiz pode determinar a conversão do rito para ORDINÁRIO.

SEGUNDA AUDIÊNCIA: De instrução e julgamento só será marcada se necessário produzir prova oral, e não ocorrendo as hipóteses dos arts.329 e 330, I e II do CPC:

329- extinção do processo com ou sem julgamento do mérito;

330- questão de mérito for unicamente de direito ou não houver necessidade de produzir prova em audiência pelos fatos serem incontroversos, ou quando ocorrer revelia, art.319, caso da pena de confissão.

NÃO CABE NO SUMÁRIO: Ação declaratória incidental e Intervenção de terceiros, SALVO assistência que pode, recurso de terceiro prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro.

SENTENÇA: Juiz preparado profere na própria audiência, ou senão, no prazo de até 10 dias. Art.281.

SÉTIMA AULA

RECURSOS:

LEI 11.187/05 – Modifica o CPC. (www.soleis.adv.br)

Princípios:

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1- DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: todo julgado poderá ser revisto por outro juízo, diferente daquele que decidiu.

1º grau / 2º grau / STJ / STF Embargos de Declaração não tem duplo grau de jurisdição. É o próprio juiz que fala.

Obrigatório / Reexame Art.475 CPC – Quando há interesseNecessário ou Ex officio: do Estado.

2- TAXATIVIDADE: Os recursos existentes no CPC são taxativos. Apelação, Embargos Declaratórios, Embargos Infringentes, Recurso Especial, Recurso Extraordinário, Recurso Ordinário, Embargos de Divergência, Agravo de Instrumento, Agravo Retido, Agravo de Decisão Denegatória + Recurso Inominado = JEC. São apenas 10, Art.496 CPC. FORA ESTES NENHUM MAIS.

3- FUNGIBILIDADE: Receber um recurso pelo outro quando dado outro nome a ele, desde que não haja erro grosseiro. Quando há dúvida fundada na doutrina sobre qual recurso. O recorrente deve mostrar que existe essa dúvida.PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:

- Todo recurso tem que ser recebido.- O juízo de admissibilidade que recebe.- Verifica os pressupostos, para ver se pode mandar para cima.

PRESSUPOSTOS INTERNOS (INTRÍNSECOS)

Legitimidade: as partes, o MP, o terceiro prejudicado.Interesse: o sucumbente, vencido, ainda que parcial.Cabimento: se naquele momento cabe aquele recurso conforme lei.

- Despacho: não cabe nenhum recurso.- Dec. Interlocutória: agravo retido e de instrumento.- Sentença: apelação e embargos de declaração.- Acórdão: (542, $3º) De agravo : Emb. decl., rec. especial, e extr. retido. (exec. não tem) De apelação: Emb. decl. e infring., especial, extraord. e emb. de divergência.

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É cabível Recurso Ordinário, 539 CPC, contra as decisões denegatórias, proferidas em mandado de segurança de competência originária – Direto no tribunal.

Será de competência do STJ o julgamento do R.O. se o Mandado de Segurança for impetrado no TJ.

Será de competência do STF o julgamento do R.O. se o Mandado de Segurança for impetrado no STJ.

PRESSUPOSTOS EXTERNOS (EXTRÍNSECOS)

1 Preparo: Custas necessárias, 511, $2º, para receber recurso. Não recolheu o recurso é deserto. Recorrente recolher a menor, juiz concede 5 d. para recolher a diferença.

2 Tempestividade: Prazos: 05 10 15 NÃO TEM

Emb. Decl. Agr. Instr. Todos os Oral, imediato. Agr. Retid. Outros Decisão de Rec. Inomi. são 15 d. Agravo retido em audiência.

3 Competência:

4 Regularidade Formal: Na forma da lei.

5 Inexistência de Fatos Modificativos e Extintivos do Direito de Recorrer:

Renúncia : antes do recurso, 502.Desistência : depois do recurso, 501.Aquiescência: concordar expressa ou tácita com sentença, 503.

RECURSOS EM ESPÉCIE:

1 – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO:

- Prazo de 5 dias.- Não tem preparo.- Não tem 2 graus de jurisdição.- Próprio juiz que esclarece os pontos embargados.- Existe o princ. da identidade física do juiz, só ele que se pronuncia, pois foi ele que decidiu. NÃO É OBRIGATÓRIO.

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- O juízo é que é recorrido.- Cabe Emb. de Declaração sobre Emb. de Declaração, quantas vezes precisar, até esclarecer o necessário.- Se for apenas protelatório, que o juiz perceber, aplica multa de 1% sobre o valor da causa. Art.538, p.ú. (Agr. de Instr.).- Se reincidir a protelação a multa vai para até 10% do valor da Causa. Para interpor novo recurso deve antes pagar a multa.- Os ED interrompem prazo para interpor qualquer outro recurso.- Se interrompe o prazo, quer dizer que começa a contar de novo.- No JEC suspende e não interrompe. É diferente.

- Cabe ED contra sentença ou acórdão.- Objetivo é esclarecer a decisão, porque foi omissa, obscura ou contraditória. Não foi clara e advogado não entende.- Não modifica nada na decisão, apenas esclarece.- Se for erro material pode ser modificado.

- Pode fazer pré-questionamento para receber futuro Rec. Especial e o Extraordinário. Suscita-se matéria desses recursos, exige pronunciamento do judiciário. A qualquer momento no processo, não precisa ser em razões finais.

EXTRAORDINÁRIO – STF – ConstitucionalESPECIAL – STJ – Lei Federal

- Pode interpor os 2 ao mesmo tempo. No mesmo prazo 15 d.- Pode ser no mesmo prazo ou simultâneos, nada impede.- Se não receber qualquer um deles cabe Agravo contra decisão denegatória.- O juízo de admissibilidade é o TJ, onde se interpõe.

Rec. Especial = única e última instância quando proferido pelo TJ. Decisão conflitante de tribunal diferente.Rec. Extraord = única e última instância.

OITAVA AULA:

APELAÇÃO

- Cabe contra sentença- Prazo de 15 dias- Interpõe perante juiz “a quo” (no primeiro grau)- Petição de interposição antes (demonstrar pressupostos)- Não pode inovar matéria nas razões (mudar tese)- Juízo de retratação 296 (indeferimento pet. inicial) 48h.- Efeitos: devolutivo e suspensivo.

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DEVOLUTIVO

A matéria será devolvidaao Estado para análisedenovo.

SUSPENSIVO

Mesma coisa do devolutivo,mais não admite a execuçãoprovisória da sentença,fica suspensa.

-> Carta de sentença para realizar a execução provisória (copia peças do processo) para instruir, pois a apelação vai subir.

- 520 CPC – SÓ DEVOLUTIVO - todos incisos PODE CAIR*

- 521 CPC – Ambos os efeitos – extrai carta de sentença- O efeito pode ser parcial

- Contra decisão que não recebe apelação = Agravo de Instrumento

RAZÕES: 15 d. – para Contra-Razões também; Não apresentou NÃO existe confissão.

- Mesmo tempo da Contra-Razões pode fazer RECURSO ADESIVO (outra apelação que adere). Quando a sucumbência é recíproca.

Razões Contra-Razões Adesivo - No adesivo fazer 95 100 petição interposição, contra-razões – NORMAL

- Adesivo depende do principal – se houver desistência do principal o adesivo é prejudicado.

- Adere para corrigir perda de prazo ou apenas por estratégia para forçar outro a desistir.

-> Contra-Razões = limitado à matéria do recurso de apelação (das razões). É impugnação. Pede para manter a sentença.

-> Adesivo = faz pedido também como se apelasse. Para aderir deve antes fazer contra-razões.

NO TRIBUNAL:

Câmara 5 membros

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3 deles julgam apelação

Reforma ou Anula (515, § 3º)

EMBARGOS INFRINGENTES

- Prazo 15 dias.- Interrompe o prazo para os demais recursos (Especial e Extr.)

Possível quando tiver ACÓRDÃO com VOTO VENCIDO = 2 x 1

. Sentença Definitiva = julga mérito

. Apelação

. Acórdão com voto vencido

NÃO CABE EMB. INFR.

1 – Tribunal negou provimento ao recurso;2 – Se o acórdão foi proferido em sede de agravo;3 – Se a sentença for terminativa;4 – Em sede de Mand. de Seg. de competência originária;5 – No Juizado Especial Cível.

- Voto vencido acompanha a sentença.- Só cabe E.I. para a parte VENCEDORA da ação.

AGRAVO

- Lei 11.187/05 – Mudança no Agravo -> VER QUE CAI*-> Agravo Retido é REGRA hoje – Decisão Interlocutória;-> Salvo possibilidade de dano ou lesão é de Instrumento;-> Salvo ainda decisão de apelação também é Instrumento (Ex: decisão que não recebe a apelação)-> Decisão interlocutória em audiência o Agravo é imediato e oral, na própria audiência.

Objetivo: evitar preclusão e reformar a dec. interlocutória.

AGRAVO RETIDO só se processa se o recorrente requer processamento na apelação. Tem que pedir em preliminar.É Prejudicial da apelação.

Tribunal acolhendo Agravo devolve processo para 1º grau refazer o que for. Refeito – nova sentença, apelação ficou prejudicada, deve fazer de novo – em tese deve fazer preparo de novo tb.

- Agravo Retido sobe junto com apelação para tribunal, e é este

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que julga.- Razões ou contra-razões pode pedir Agravo Retido. (preliminar)- Decisão do relator é irrecorrível.

PODE CAIR* -> Mandado de Segurança contra ato judicial

- Não pode caber nenhum recurso- 539 CPC recurso ordinário, denegatória de mandado de segurança, manda para STJ.

- EXEMPLO de caso em que se terá Agravo Retido Oral na Audiência: Contradita de testemunha, faz na hora oral.

AGRAVO DE INSTRUMENTO contra decisão interlocutória também, mas direto no tribunal.

- Deve instruir o agravo para interpor, porque o tribunal não conhece o processo, e o de Instrumento não sobe com os autos.

Peças Obrigatórias: Decisão Agravada Certidão de Publicação da Decisão Procuração ou Substabelecimento

* Petição Inicial NÃO é obrigatória.Peças Facultativas: Todas as outras, se entender necessárias.

- Relator pode no tribunal: 527, I.... (II mudou) -> VER MUDOU- Agravo de Instrumento interpõe direto no tribunal.

URGÊNCIA – recebe A.I. com efeito ativo = irrecorrível. Indefere liminar ou tutela antecipada.

• ESTUDAR A LEI NOVA DO AGRAVO: LEI 11.187/05

NONA AULA:

AÇÃO DE EXECUÇÃO

- Como o nome já diz, é AÇÃO.- Objetivo: cumprimento da obrigação, forçar o cumprimento.- Não é conhecimento, basta mostrar o título e exigir.- Existe no caso de não adimplir por bem, promove forçado.- Não se discute mérito, título já é completo, já fala tudo.

OBRIGAÇÃO DEVE SER:

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CERTA – certeza da obrigação.LÍQUIDA – valor correto, fixo.EXIGÍVEL – decorre da lei, arts. 584, 585 CPC.

Judicial – sentença condenatória civil, penal e arbitral + composição homologada pelo juiz de danos do Jecrim.

Extrajudiciais – cheque, nota promissória etc.

DEVEDOR / CREDOR: só aqueles que figuram no título executivo.

- Devedor deve assinar o título – 2 testemunhas, exceto contrato de honorários advocatícios que não precisa.- Credor não precisa assinar o título, não influencia nada.PROCEDIMENTO DA EXECUÇÃO:

- Citação por Oficial;- Em 24 horas paga ou nomeia bens à penhora. NÃO HÁ PRECLUSÃO AQUI, ou seja, se não fizer no prazo, pode fazer mais tarde.- Entre CITAÇÃO e PENHORA, pode o executado fazer uso da EXCEÇÃO DE PREEXECUTIVIDADE – Não tem previsão legal –> PODE CAIR*.- É exceção à regra do título ser Certo, Líquido e Exigível.- Em exceção discute-se um desses 3 elementos, ocorridos antes da execução.- Se o juiz acolher a exceção , dá-se uma sentença , da qual cabe Apelação.- Se ele rejeita a exceção , dá-se uma decisão interlocutória , pois a execução segue, aí é Agravo de Instrumento . OBS.: EM EXECUÇÃO NÃO CABE NADA RETIDO.

PENHOR

PENHORA = constrição judicial para garantir o juízo, pode recair sobre bem móvel, imóvel, conta corrente, dinheiro etc.

Devedor 10 d. para Embargos (seguro o juízo).São Apensados aos autos principais.Suspendem o processo de execução.Embargos é ação, não defesa = tem mérito, produz provas, e

tem sentença.

Embargos Procedentes : extingue execução.Embargos Improcedentes: execução continua – cabe apelação.

Designa data para hasta pública.Leilão – móveis.Praça - imóveis.

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1 – Remição – bem fica com cônjuge / asc. / desc. / do devedor.2 – Adjudicação – bem fica credor no lugar do dinheiro.3 – Arrematação – oferta de lanços – disputa efetiva pelo bem.

- Entendimento de que PREÇO VIL quando há deságil de 40% do valor do bem. Depende do caso. RESUMO: o bem não pode ser vendido por preço vil, entendido como 40% abaixo do seu valor.

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS:

Ação de Conhecimento – Proc. Comum - Proc. Especial – Contenciosa. Voluntária – ñ tem lide.

- Procedimentos especiais são ações que o Código de Processo Civil diz que deve seguir procedimento próprio. Próprio CPC traz o procedimento a ser seguido.

VEJAMOS AS MAIS IMPORTANTES E COMUNS – QUE PODEM CAIR:

CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO:

- Forma de extinção de obrigação. Ação Declaratória.- Para quem quer pagar mais não consegue.- Não confundir com depósito judicial, este é um dos atos da consignação em pagamento. (um faz parte do outro).- Tem juízo de admissibilidade, juiz vê se cabe mesmo antes.- NÃO CABE QUANDO O DEVEDOR ESTÁ CONSTITUÍDO EM MORA.

Art.898 CPC – PODE CAIR* - ler artigo.- Juiz cita 2 quando há dúvida de quem deve receber.- Não aparece nenhum – converte-se o depósito em arrecadação de bens de ausentes. Extingue a obrigação e tudo certo.- Compareceu 1 o juiz julga em relação a ele, dá sentença. Continua em relação ao outro – ação de conhecimento.- Compareceu 2 o juiz extingue obrigação e processo continua entre os credores apenas – segue rito ordinário.

AMEAÇA – Interdito Proibitório.TURBAÇÃO – Manutenção de Posse.ESBULHO – Reintegração de Posse.

Art.920 – Admite-se fungibilidade de ações possessórias, se presentes os seus requisitos.

Art.921 – Pode também cumulação de pedidos: Ex.: Perdas e Danos, Pena para caso de nova turbação, desfazimento obras...

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Art.924 – Regem-se pelo procedimento especial a possessória que tenha posse nova = menos de ano e dia. Com posse velha = mais de ano e dia – rito ordinário.

AÇÃO DE DEPÓSITO:

- Contrato de depósito.- Deixa bem sob guarda de outrem.- Objetivo de retomar o bem de contrato de depósito.

NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA:

- Objetivo de demolição ou modificação da obra.- Não confundia com Embargo de Obra. Este é pedido da liminar da ação de Nunciação de Obra Nova.- Para promover precisa ter irregularidades na obra e que ela ainda esteja em andamento. Obra terminada não tem.- Podem promovê-la: Proprietário ou Possuidor. Condômino. Municipalidade.

CAUTELAR:

- É Ação.- Liminar é pedido da ação cautelar – não confundir.- Requisitos: “fumus boni júris” e “periculum in mora”. | | (Agressão ao direito) (fato e dano)

Cautelar Preparatória = Preparar para ação principal. Deve promover principal em 30 dias. Após efetivação da liminar (pedido).

- Deferida Liminar : 30 dias após efetivação.- Indeferida Liminar: 30 dias após indeferimento.

CAUTELAR DE ARRESTO: Pressupõe obrigação pecuniária. Ação princ. exec. contra devedor solvente. Arresta qualquer bem.

• ARRESTO – PARTICULARIDADE = ação principal 30 dias após o vencimento da obrigação.

CAUTELAR SEQÜESTRO: Pressupõe entrega de coisa. Ação principal exec. para entrega de coisa. Bens determinados – aquilo que quer entrega.

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ALIMENTOS PROVISIONAIS:

- PROVISIONAIS: ainda não tem prova da paternidade.- PROVISÓRIOS : dentro da ação de alimentos, já existe prova da paternidade.

- No provisional se pagar e depois provar que não é pai, não recebe nada de volta.

- Para o juiz conceder deve demonstrar o “fumus” e o “periculum”, e mais alguma relação para mostrar indícios de paternidade.

- Litisconsórcio passivo (requerido) nessa ação pode, normal.- Não tem regresso.- Mesmo depois de registrado pode ação investigação paternidade.- Não tem prazo para investigação de paternidade.

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DIREITO EMPRESARIAL / COMERCIAL

PRIMEIRA AULA:

ATIVIDADE EMPRESARIAL

Circulação de Produtos / Produção / Prestação de Serviços

Objetivo: Lucro, com habitualidade ou profissionalismo.

NÃO É CONSIDERADO ATIVIDADE EMPRESARIAL:

- Profissional liberal, médico etc. ADV. não é empresarial. EOAB- Profissional intelectual, músico etc.- Cooperativas também não são atividade empresarial.

Atividade regular – Registro na Junta Comercial – com documentos arquivados na junta, todos os atos constitutivos.

- Livros Obrigatórios – livro diário ou balancete diário, toda atividade tem.

ME e EPP – depende do faturamento BRUTO anual.

Até 244.000 reais é ME – livros mais simplificados.De 244.000 até 1.200.000 é EPP – mais complexo.

SIMPLES – forma de recolhimento simplificado. Tem porcentagem do valor do faturamento. * Não é toda ME ou EPP que pode ter SIMPLES. * É opcional, pode filiar-se ou não. * Ativid. prof. fora da lista abrangida pelo simples não podem.

LIVROS

1- Qualquer empresa – Livro diário.2- ME ou EPP que optou pelo SIMPLES : Livro Caixa e Reg. de

Inventário (estoque).3- ME ou EPP que não optou pelo SIMPLES : não precisa

escrituração, ou seja, não precisa manter livros, apenas deve guardar os documentos, controle normal, caso sejam requisitados.

ESTABELECIMENTO COMERCIAL ou FUNDO DE COMÉRCIO (sinônimos) CAI*

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- É tudo que faz parte do patrimônio, imóveis, móveis, nome etc.- Corpóreos e Incorpóreos, ponto, clientela etc.

* Pode vender: Estabelecimento inteiro ou parte dele.* O NOME EMPRESARIAL não pode vender.

VENDA DO ESTABELECIMENTO = TRESPASSE – alienação comercial.

1 – Cautelas, formalidades para negócio eficaz perante 3º?- Alienante bens suficientes para saldar as dívidas - NADA.- Alienante não tem bens – indispensável NOTIFICAÇÃO aos credores de que fará alienação – Credores tem 30 dias para aceitar ou não a venda do estabelecimento.- Se não fizer notificação a venda é ineficaz contra 3º.- Fundamenta pedido de falência inclusive.

2 – Responsabilidade pelas dívidas adquiridas antes do TRESPASSE.- Contratos firmados antes do trespasse - quando alienante sai continua respondendo pelas dívidas por 1 ano, ele será solidário.- Esse 1 ano conta-se da publicação do trespasse ou do vencimento da obrigação – o que ocorrer primeiro desses.- Se as dívidas foram contabilizadas, faz parte do negócio, assim, o adquirente que responde, o alienante se desonera.

AÇÃO RENOVATÓRIA

É instituto processual usado pelo inquilino que pretende renovar contrato compulsoriamente. Arts. 51 e 52 da Lei 8.245/91 – Dispõe sobre locação de imóveis urbanos e procedimentos.

A) REQUISITOS:

- Contrato de locação escrito, com prazo determinado;- Pelo menos 5 anos no mesmo imóvel, mesmo que vários contratos;- 3 últimos anos explorando mesmo ramo de atividade.

• O intervalo entre um contrato e outro é prorrogação, não cabe Renovatória depois, pois quando prorroga, passa a ter prazo indeterminado, e para a ação tem que ser determinado.

• Se Trespassar, quem compra aproveita os requisitos de tempo do anterior, mas deve continuar a mesma atividade.

B) POSSIBILIDADE DE RETOMADA:

- Entrou com renovatória e o proprietário pede o imóvel de volta, art. 52 – é taxativo.

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- Se houver melhor proposta de 3º, mas antes deve oferecer ao inquilino pela mesma forma;- Para reforma do imóvel – estrutural, não pintura simples;- Uso próprio – locador mesmo quer utilizar o prédio, mas deve ser outro ramo de atividade.- Uso de ascendente, descendente ou cônjuge – provar que tem pelo menos 1 ano de fundo de comércio em outro endereço, já na atividade. Lembre-se: Profissional Liberal não é fundo de comércio (atividade empresarial), portanto, para liberal não pode. Para sociedade simples já pode.

EXCEÇÃO: Shopping – não pode pedir para uso próprio nem para parentes, é caso distinto. Se cair na prova shopping, já sabe.

PROPRIEDADE INDUSTRIAL

Serve para garantir a exclusividade do uso (nome, design, produtos etc.).

INPI – é uma autarquia federal – fiscaliza e concede propriedade industrial.Significa: INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL – Cai*

Pilares da Propriedade Industrial:

A) PATENTE:

- Protege o produto em si. Ser vivo nunca. O princípio ativo de planta ou ser vivo sim. Ex: própolis. Exceção: Transgênicos.

INVENÇÃO MODELO DE UTILIDADE

Produto novo, criação Melhoria no produto já existe.Por 20 anos do requerimento Por 15 anos do requerimento.

- Terminado o prazo cai em domínio público, qualquer um pode explorar. O nome continua sendo protegido, só o produto que não.

PERDE-SE A PATENTE: * Fim do prazo;* Não pagamento da taxa de retribuição;* Caducidade, por não utilizar por 5 anos.

Caducidade: Passado 3 anos sem que o dono utilize o produto, o 3º pede ao INPI licença compulsória por 2 anos. Passado este prazo, somando 5 anos, o dono perde a proteção, e o terceiro pode explorar. Se voltar a usar antes de 5 anos não perde mais.

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- PATENTE NÃO SE PRORROGA, O PRAZO É FINAL.

B) REGISTRO INDUSTRIAL:

- Serve para proteger o nome e o formato, design do produto.

DESENHO MARCA

10 anos + pode prorrogar Logotipo ou nome.por 3 vezes de 5 anos. Coletiva – pertence a membros da entidade. Ex.: cooperativa. 10 anos + prorroga por igual Período (+10), infinitamente. Pode prorrogar quanto quiser. Ex.: Coca-Cola, Nestlé, Skol.

SOCIEDADES

PERSONIFICADAS: tem personalidade jurídica – com registro na junta comercial, tudo legalizado.

* Empresarial- nome coletivo (resp. solidários) / comandita simples (resp. limitada) / comandita por ações (resp. ilimitada do diretor) / e ainda S/A e LTDA.

* Simples – não empresarial – liberal, intelectual, cooperativa.

NÃO PERSONIFICADAS: não tem registro na junta – não tem personalidade jurídica. Despersonalizada.

* Conta de Participação- Sócio ostensivo – registrado e respons. Sócio oculto – 3º não responsável.

* Comum, irregular ou - Sócios não registraram, informalidade. de Fato Todos os sócios respondem com patrimônio

pessoal.

-> O nome empresarial só começa a ser protegido com o registro, assim, as não personificadas não tem proteção.

SEGUNDA AULA:

-> SOCIEDADE LTDA

Pode escolher firma ou denominação.

FIRMA......: Razão social. Nome empresarial composto pelo nome

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ou sobrenome dos sócios.DENOMINAÇÃO: nome fantasia, nada a ver com o nome dos sócios.

1- Nome empresarial: - Registrado na junta e tem proteção. - Junta pesquisa para ver se tem igual.

- pode escolher entre nome firma ou denominação, é livre.- indicar o ramo empresarial;- terminação LTDA – deve colocar no final do nome. Se não colocar LTDA a sanção é a responsabilidade ilimitada dos administradores – ou a ausência em algum contrato.

2- Capital social: - tudo que os sócios colocam na empresa. Pode ser dinheiro em espécie ou bens.

- se ao invés de sócio colocar dinheiro ele colocar bens, ex: casa, barracão etc., deve avaliar o bem antes para ver valor.- sócio responde pelo valor do bem do valor da avaliação. Art.1055 CC.- Na sociedade LTDA não pode sócio entrar apenas prestando serviço, deve ter patrimônio também, ainda que pouco.

3- Responsabilidade: - Sócios da X LTDA. Capital social 100.

Comprometeu Colocou de fato Deve para empresa Subscreveu integralizou não integralizou

A 70 50 20B 30 -- 30

- se o sócio não tem o capital a vista, ele pode entregar a prazo, ou seja, apenas subscreve e integraliza em prazo.

- o sócio responde pela integralização da quota subscrita.- a quota não integralizada os sócios respondem SOLIDARIAMENTE , até o limite do que falta a integralizar, mesmo aquele sócio que não deve nada, paga junto, no patrimônio pessoal.

- cobra até o limite do que faltava integralizar, se a dívida for maior o credor perde, pois ele assumiu o risco de contratar mesmo sabendo que não havia integralizado tudo.

• Responsabilidade Ilimitada / Desconsideração da Personalidade Jurídica – Art. 50 CC. (Dentro da LTDA).

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. Desvio de finalidade;

. Confusão patrimonial.

- fraude contra credores – desfazimento de patrimônio.- fraude ao contrato social – inventar capital social sem ter.- sociedade conjugal – comunhão universal (marido e mulher), responsabilidade obrigatória.

- só registra sociedade conjugal se for outros regimes.- os sócios que já eram registrados antes do CC de 2002 devem fazer alteração: * mudar regime de bens, ou * mudar a sociedade.

4- Administrador: -> CAI*

- substituir a figura do sócio gerente antigo.

O administrador pode ser: Sócio ou Não sócio.

- deve ser pessoa qualificada.- deve estabelecer funções, o que pode e não pode fazer.- escreve no contrato social ou em documento particular separado, registrado (contrato) ou averbado (documento) na junta comercial.- quem registra na junta é o próprio administrador, que tem 10 dias para tanto.- os documentos omissos quanto ao administrador, considera-se os sócios como administradores. Se não falar nada.

- sendo administradores todos os sócios, se sair um desses sócios e entrar outro no lugar, este não será administrador. Só considera administrador os sócios da época da constituição da empresa.- se sair toda a constituição original da empresa deve fazer outro contrato social, pois aquele não vale mais.- administrador não sucede aos novos sócios.

Responsabilidade do Administrador: CAI *

REGRA : Administrador não responde – é atividade de risco.EXCEÇÃO: Responsabilidade solidária à empresa quando ocorrer:

a) administrador não averbar o documento que o qualificou na junta comercial, sendo negligente é solidário com a empresa.

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b) perdas e danos – empresa responde e paga, e em regresso cobra o administrador quando este contraria a vontade da maioria dos sócios.

c) responsabilidade do administrador pode ser oposta perante 3º. Ex: adm. responde isoladamente, quando ele contraria a vontade da maioria dos sócios. Se a situação podia ser conhecida por 3º que negocia sem verificar se o adm. podia praticar aquele negócio ou ato, ou seja, 3º não observou cautelas, o adm. opõe contra ele também a responsabilidade.

5- Assembléia:

- deve ter mais de 10 sócios.- até 10 sócios não precisa de assembléia, só reunião.

Convocação para assembléia: via EDITAL.

- horário, local e pauta (o assunto que será discutido).- publicação por 3 x no D.O. e jornal de grande circulação.- 1ª publicação com 8 dias de anterioridade da assembléia.- na data deve ter quorum mínimo de ¾ do Capital Social .- um desses requisitos não cumpridos pode anular a assembléia.

• vício formal – fazer formalidade denovo. Repete a 1ª.• 2ª convocação por falta de quorum. Realiza denovo, 2ª.

- ocorrido isso, ou seja, não atingido quorum, na 2ª convocação, a antecedência da assembléia é de 5 dias – não exigirá mais o quorum mínimo na segunda vez. (para instalar a sessão)

- a não exigência do quorum na segunda convocação, é apenas para instalar a sessão, não para tomar decisões, pois algumas decisões exigem quorum, persistindo a exigência de quorum.

• a assembléia realizada sem uma das formalidades exigidas pode ser anulada em até 2 anos. Passado esse prazo se dará por válida.

• a assembléia pode ser substituída por um documento assinado por todos os sócios sobre o assunto.

QUOTAS:

- um sócio pode passar suas quotas para outro, não precisa concordância dos demais.- para passar quotas para 3º (fora da sociedade), os outros com

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pelo menos ¼ do capital social podem se opor .

• aquele sócio que passa quotas para outro, é responsável pela empresa ainda por um prazo de 2 anos, da data da averbação, responde solidariamente pelas dívidas por ele adquiridas, com os demais sócios.

• No trespasse é 1 ano apenas esse prazo de responsabilidade.

6- Dissolução da sociedade LTDA: CAI*

DISSOLUÇÃO TOTALEmpresa extinta

- Falência- Vontade dos sócios- Empresa prazo determinado

- unipessoalidade: (1 sócio apenas ficou com todo o capital social, morte outro)180 d. para unipessoalidade ser resolvida, passou isso não é mais LTDA a empresa.

- inexequibilidade: do objeto social (não consegue mais trabalhar qualquer motivo).

DISSOLUÇÃO PARCIAL CAI*Em relação a 1 sócio

Empresa permanece existindo

- Morte do sócio: se houver cláusula que deve apurar as quotas e ressarcir aos herdeiros.- Retirada do sócio: ele quer sair da empresa e quer que ela compre suas quotas, quando não pode vender para 3º. Ex: mudança que ele não concorda ele pode sair.- Exclusão do sócio: iniciativa dos outros sócios, maioria absoluta do cap. social. Por causa justa. Ex: mora na integralização, declarado falido outro caso.

- se houver empate nas quotas para decidir, Ex: 1 sócio tem 50% das quotas, e outros 4 sócios juntos somam a outra 50% restante, prevalecerá aquele com maior número de sócios.

- Se assim também empatar, ou seja, 2 sócios com 50% cada um, só por decisão judicial.

TERCEIRA AULA:

-> SOCIEDADE S/A

S/A é por ações – direitos diferenciados

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S/A ABERTA = bolsa de valoresS/A FECHADA = própria empresa

Nome da S/A – sempre DENOMINAÇÃO – ou seja, inventado.Deve sempre ser seguido de S/A, no início, meio ou fim.CIA também pode, é o mesmo que S/A.Ex.: CIA Vale do Rio Doce

1 – CONSTITUIÇÃO DA S/A

1ª Forma Constit. Simultânea = rápida Subscrição Particular = pessoas com todo R$ para capital social.

2ª Forma Constit. Sucessiva = passos a tomar. Subscrição Pública = tem só a idéia ou parte do R$, busca outra parte do R$ + CAI* de pessoas de fora.

CONSTIT. SIMULTÂNEA

a) Assembléia de Constituição

b) Ata + Estatuto Social e leva na Junta para ser registrada.

DIFERENCIAR APENAS O “a” E O “c” QUE MAIS CAI NA OAB.

CONSTIT. SUCESSIVA

a) CVM – Comissão de Valores Mobiliários, pedir prévio registro – faz avaliação.b) Ter mínimo 10% cap. soc. para S/A

Ter mínimo 50% cap. soc. para Banco e Inst. Financ.c) Intermediação de Inst. Financ. que venderá ações na bolsa, para fazer capital.d) Com capital – Assembléia de Constituição.e) Ata + Estatuto Social e leva na Junta para ser registrada.

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2 – CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DA S/A

a) DIREITOS / ESPÉCIES / NATUREZA

ORDINÁRIAS – confere direito de voto.PREFERENCIAIS – privilégio econômico – recebe divisão primeiro, e em maior quantidade, conforme o Estatuto.

Preferenciais com VOTO Preferenciais sem VOTO – emitir no máximo 50% do total de ações.

GOZO OU FRUIÇÃO- guardadas para amortizar dívidas, no cofre.

Ações serão Ordinárias ou Preferenciais, só existe 2. Esta não tem direitos como se estivesse no mercado.

b) FORMA

NOMINATIVAS – além do certificado identificar seu dono, se quiser vender deve informar a sociedade.ESCRITURAIS – não tem certificado, está na bolsa, sem controle de quem é o titular.

Nominal EndossávelNominal Ao Portador Estão revogados tacitamente. Lei 8021/90

3 – VALORES MOBILIÁRIOS

São títulos a emitir para aumentar o capital de giro.Existem 3 tipos para essa finalidade:

1-Debênture: não atinge capital social, vencimento certo do título – S/A pode pagar com R$ ou Ações de gozo ou fruição.

2-Parte Beneficiária: não atinge capital social, vencimento eventual – só se empresa tiver lucro – não tendo lucro não recebe – vale para até 10 anos – não pagou passa a acionista.

3-Bônus de Subscrição: aumento do capital social, emite bônus da diferença do aumento, no limite do Estatuto.

4 – ÓRGÃOS DA S/A

a) Assembléia;b) Conselho de Administração;

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c) Diretoria;d) Conselho de Fiscalização.

A) Assembléia Geral: toma decisões da empresa.

Ordinária - Realizada nos 4 primeiros meses do exercício. Assuntos da administração da S/A.Extraordinária – Realizada a qualquer tempo ou período do ano. Assuntos emergenciais da administração.

Convocação: - Na 1ª são 3 publicações – D.O. e Jornal; Primeira com 15 dias antes para S/A ABERTA; Primeira com 08 dias antes para S/A FECHADA. Quorum de ¼ do capital votante. Se faltar quorum faz 2ª convocação.

Na 2ª são 3 publicações – D.O. e Jornal; Primeira com 08 dias antes para S/A ABERTA; Primeira com 05 dias antes para S/A FECHADA. Não terá quorum qualificado, ou seja, qq. um.

B) Conselho de Administração: define assuntos a votar pela assembléia.

- É eleito pela Assembléia Geral que pede prestação de contas.- Conselho OBRIGATÓRIO para: . Cias Abertas; . Soc. Econ. Mista; . Soc. de Capital Autorizado.

- Não tendo conselho é a Diretoria que assume suas vezes.

C) Diretoria: representação da S/A.

- Eleita pelo Conselho da Administração.- Não havendo Conselho é a Assembléia Geral.- Presta contas ao Conselho.

D) Conselho de Fiscalização: fiscaliza os negócios da S/A.

- Assembléia que convoca o Conselho Fical.

5 – MODIFICAÇÃO DA ESTRUTURA DA S/A

a) INCORPORAÇÃO: empresa compra outra, a comprada extingue-se;b) INCORPORAÇÃO POR AÇÕES: não compra empresa, só o controle acionário dela;

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c) FUSÂO: duas empresas se unem, deixando de existir, formam outra nova empresa, uma só.

CADE – Conselho da Administração de Diretrizes Econômicas. Fiscaliza o monopólio de empresa; Evita o domínio de mercado.

CONTRATOS MERCANTÍS

Quando o contrato X se dá por perfeito? CAI*

CONTRATOS REAIS CONTRATOS CONSENSUAIS

Entrega de coisa: Acordo de vontades:

- Mútuo - Compra e Venda- Depósito - Mandato- Comodato - Locação etc.

1 – Contrato de Representação Comercial:

- Função de obter pedidos de compra e venda. Não Distribui.- Risco da atividade corre por conta do representado.- Área geográfica delimitada – exclusividade na região.

2 – Factoring / Faturização / Fomento Mercantil:

- Compra de Faturamento – títulos de crédito por vencer.- Antecipação de recursos – paga hoje valor menor e cobra juros.- Tipo troca de cheque sob juros do agiota.

3 – Contrato de Franquia:

- Cedendo a marca apenas, não a empresa, não é dono.- Cede a organização empresarial, mesma forma, padrão, tudo.- Antes do contrato deve entregar Circular de Oferta de Franquia: * Informa tudo – 10 dias antes do contrato. * Não fazer a Circ. Oferta Franquia o contrato

pode ser anulado juntamente com perdas e danos.

4 – Concessão Mercantil:

- Tipo de mandato para veículos automotores terrestres.- Concedente e concessionária – exclusividade do produto.- Produto daquela marca específica e suas peças.

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5 – Mandato Mercantil:

- Representa uma atividade mercantil.- Procuração “ad negotio”.- Poder para gerir, comercializar produtos, agir em nome do primeiro.

QUARTA AULA:

6 – Leasing ou Arrendamento Mercantil:

- É uma locação com opção de compra no final.- Pode devolver o bem no final se preferir.- Se é tipo locação pode até renovar no final.- Comprar o bem é OPÇÃO, não é obrigado, pode e não deve.- VRG = Valor Residual de Garantia – Correto pagar no final, quando for comprar o bem.

Na prática o Arrendatário (ário = funcionário = recebe) vai pagando o VRG diluído, mês a mês de pouquinho para no final ficar mais fácil, antecipa-se.

Neste caso, se estaria desvirtuando o contrato de leasing, pois a compra já seria certa, e não opção.

Daí veio a SÚMULA 293 STJ dizendo que o pagamento antecipado do VRG não descaracteriza o leasing.

MODALIDADES DE LEASING:

LEASE FINANCEIRO: é o mais comum. Existem:

Arrendador: O arrendatário escolhe o bem no Arrendatário: fornecedor e indica para o ar- Fornecedor: rendador, que o adquire.

LEASE OPERACIONAL: Existem:

Arrendador: O próprio arrendador é que fornece Arrendatário: o bem escolhido pelo arrendatário. Fornecedor: É direto, sem intermédio de outro. * Neste é obrigatória a assistência técnica no produto.

LEASE BACK ou DE RETORNO:

O bem sairá da esfera de propriedade por meio de um contrato de compra e venda ou dação em pagamento e retornará por meio de contrato de leasing.

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Ex.: Empresa devedora só tem uma máquina de bem para pagar dívidas, mas se vender a máquina a fábrica fecha. Então ela vende a máquina para a instituição financeira (banco), e recebe o dinheiro por ela. Depois readquire aquela mesma máquina por meio de leasing. Saiu da sua esfera mais depois voltou por meio de leasing, Lease Back, Retorno.

-> Se o arrendatário não pagar cabe reintegração de posse pelo arrendador. Não é busca e apreensão.

7 – Alienação Fiduciária:

- É um contrato de mútuo.

Mutuante – dá empréstimo – Fiduciário. - tem a posse indireta / domínio resolúvel.

Mutuário – recebe o bem - Fiduciante. - tem a posse direta / resolúvel porque adquire o domínio quando paga tudo. - também é o depositário do bem. (responde pelo bem).

-> Neste caso se não pagar não é reintegração de posse, é busca e apreensão.

LEI 10.931/04 – 15 dias para contestar a ação de busca e apreensão na alienação fiduciária.

8 – Contrato de Seguro:

- Conceito no art.757 CC. (riscos pré-determinados)- DE PESSOA – pecuniário – não indeniza – pode fazer + de 1.- DE COISA – indenizatório – recompõe patrimônio – só pode 1.

Note-se que agora os riscos devem ser pré-determinados, não é qualquer coisa. Se algum evento não estiver expressamente determinado, não está coberto pelo seguro.

- CASOS QUE EXCLUEM A RESPONSABILIDADE DA SEGURADORA:

1- 763, Mora no pagamento.2- 766, Declarações inexatas ou omitir fato que influir.3- 768, Agravar intencionalmente o risco.4- 769, Deixar de comunicar imediatamente o incidente que agrava

o risco.

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TÍTULOS DE CRÉDITO

TC são executivos extrajudicial – art.585, I, CPC. Cobra-se por meio de Ação de Execução.

PRINCÍPIOS:

a) CARTULARIDADE: papel, aquele que tem o documento original é o credor. Deve estar representado por documento escrito. - Não há crédito sem documento = representado no papel. - Não há que se falar em transferência do crédito sem transferir o documento, ou seja, não existe verbal. - Não há exigibilidade do crédito sem a apresentação do documento. Sempre o original.

b) LITERALIDADE: o que não está no título (cártula) não existe. Tudo deve estar expresso no documento (TC). - As relações cambiais devem estar literalmente escritas. - Não pode haver quitação em documento separado. - Não pode dar aval em documento separado, tudo no TC.

c) AUTONOMIA: o TC não vincula ao negócio que o gerou. É independente. Para o 3º de boa-fé não atrapalha se o negócio tinha vício.

CLASSIFICAÇÃO:

Quanto à estrutura:

Ordem de - Dá a ordem = sacador. Cheque, Letra de CâmbioPagamento - Recebe ordem = sacado. e Duplicata. - Beneficiário = tomador. = Mando outro pagar em meu nome, pq me deve.

Promessa de - Promitente = Nota Promissória.Pagamento - Beneficiário = Eu mesmo prometo pagar.

SAQUE = ato de criaçao e emissão do TC.ACEITE = tomador beneficiário apresenta o TC para sacado, sacado pode dar aceite. É a concordância com a ordem de pagto.

Sacado só é devedor principal depois do aceite . É faculdade do sacado. CAI*

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Se o sacado recusou o aceite, não é devedor do título, o devedor será o sacador. CAI*

Efeito da recusa do aceite = Vencimento antecipado do TC .CAI*

CIRCULAÇÃO:

a) AO PORTADOR : Letra de Câmbio, Nota Promissória e Duplicata

NÃO PODEM SER AO PORTADOR. Cheque pode só até R$100,00 apenas, mais que isso também não.

b) NOMINATIVOS: à ordem = transfere por endosso. Não à ordem = transfere por cessão civil. Consta nome do credor do título.

Efeitos do Endosso:

1º Transferir titularidade do crédito do endossante para o endossatário.2º Tornar o endossante co-devedor do TC. Executa qualquer um ou todos, pois serão solidários.

- No endosso o endossante responde pela solvência do título.- Na cessão civil o cedente não responderá pela solvência do título, só responde pela existência. Ex.: duplicata fria, cheque roubado etc.

ENDOSSO EM PRETO – Identifica o endossatário.ENDOSSO EM BRANCO – Não identifica o endossatário.

ENDOSSO PARCIAL – é NULO, deve ser total ou nada.

AVAL = é o ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete (garante) a pagar TC nas mesmas condições que um devedor desse TC (avalizado). Garante, se ele não pagar eu pago!. Questão de confiança. É garantia.

AVAL EM PRETO – Sabe quem é, identificado.AVAL EM BRANCO – Não identifica o avalizado. - No aval em branco o avalizado é o sacador emitente apenas.

- Simples assinatura: NO VERSO = Endosso.- Simples assinatura: NA FRENTE (anverso) = Aval.

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DIFERENÇA ENTRE AVAL E FIANÇA:

AVAL FIANÇA

- Só pode ser dado no TC. – Só em contrato.- Autônomo. – Acessório.- Não tem benefício de ordem. – Benefício de ordem existe.- Exceção pessoal não pode - Pode alegar exceção pessoal. ser alegada a 3º de boa-fé.

Para ambos deve existir autorização do cônjuge. Art. 1647, III, CC.

PRAZO PRESCRICIONAL: CAI *

Vencimento: a) a vista = exige de imediato; b) data certa = sobre data;do Aceite = c) a certo termo da vista = x dias a partir de certo momento.da Emissão = d) a certo termo da data = x dias a partir de ou Saque. certa data.

* DICA: Filme O Exterminador do futuro: “Hasta las vista babe” = terá na resposta aceite (vista – aceite).

Nota - Devedor principal / avalista – 3 anos do vencto.Promissória - Co-devedor / avalista -------- 1 ano do protesto.Letra de - Direito de regresso ---------- 6 meses do pagto.Câmbio

- Devedor principal / avalista – 3 anos do vencto.Duplicata - Co-devedor / avalista -------- 1 ano do protesto. - Direito de regresso ---------- 1 ano do pagto.

- Dev. principal / avalista – 6 m. fim prazo apresent.Cheque - Co-devedor / avalista ----- 6 m. do protesto. - Direito de regresso ------- 6 m. do pagamento.

Prazo prescricional – do cheque CAI * Não é o prazo de apresentação do cheque. APRESENTAÇÃO DO CHEQUE: 30 d. – da praça. 60 d. – praça diferente.

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DICA: Quem entra no cheque é BESTA = número da besta 666. Prazo sempre de 6 meses (666). Cheque é ordem de pagamento a vista, não tem prazo.• O protesto para fim de execução pode ser substituído por

declaração do banco sacado ou por declaração da câmara de compensação.

QUINTA AULA:

FALÊNCIA e RECUPERAÇÃO JUDICIAL

- Lei 11.101/05

1 – Sujeito Passivo – arts. 1º e 2º (devedor)

Exclusão total: 1- Empresa Pública NÃO SOFREM 2- Soc. Econ. Mista FALÊNCIA CAI*

Exclusão parcial: -> 1º passa por liquidação extrajudicial.

. Banco = Bacen – administra liq. extr.

. Operadora de Plano de Saúde = ANS

. Seguradoras = SUSEP

• Não dando resultado a liquidação extrajudicial vai para falência.

2 – Competência – art. 3º

- Sede econômica da empresa;- Prevenção pela 1ª distribuição;

3 – Créditos Excluídos do Processo Falimentar – arts. 5º e 6º

- Obrigações ilíquidas- Obrigações gratuitas

4 – Administração Judicial – art. 22

- Não existe + síndico, agora é administrador judicial;- Pode ser pessoa física ou jurídica;- Amigo do juiz deve ser Advogado, Adm. de Empresas, Economista.- É remunerado. Máximo 5% do valor da Recuperação Judicial ou 5% do valor dos bens na falência. Recebe no final.

FUNÇÃO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL

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FALÊNCIA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

-Arrecadação dos bens, todo -Fiscaliza a administração do patrimônio e junta. devedor que continua na -Avaliação dos bens, pode posse dos bens. contratar assistente.-Apresenta relatório, meio -Verifica cumprimento do que ele fala com juiz. plano de recuperação-40 h. depois do termo de homologado pelo juiz. compromisso o 1º relatório com opinião dele sobre a quebra.-Quadro de credores, ordena.

5 – Assembléia Geral de Credores – art. 35

- Convoca-se assembléia entre eles, organiza.- Juiz, credor podem convocar.- Para convocar:

- Edital no D.O. e Jornal Gde. Circulação 1 x apenas. 15 dias antes da assembléia. - Voto proporcional ao valor do crédito quando convoca 100% dos credores. - Se convocar só alguns o voto é “per capta”, por credor.

Função da Assembléia -> Zelar pelos interesses dos credores.

6 – Comitê de Credores – art. 26 e 27

- Representa a assembléia – ela escolhe o comitê.- Se poucos os credores não é necessário – facultativa.- Composição:

- Máximo 3 1 membro - crédito trabalhista 1 membro - crédito garantia real e privilegiado 1 membro - crédito quirografário

Função do Comitê -> Fiscalizar o administrador judicial.

7 – Processo Falimentar – FALÊNCIA

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Arts. 7, 8, 10, 11, 12, 14, 83 a 85, 94 e 98 Lei 11.101/05

a) Petição Inicial, 282 CPC com motivos esclarecidos.

1- Impontualidade – não pagou título no vencimento.2- Atos de falência – vender tudo, fazer doação etc.

Pode Cair* = Origem Título de Crédito ou Título Judicial: TC = protesta, valor mínimo de 40 sal. mínimos. TJ = não tem bens suficientes para proc. execução.

b) Citação do Devedor.

c) Contestação, prazo de 10 dias contesta ou paga o título.

d) Sentença, recursos:

- Sentença declara a falência = Agravo de Instrumento.- Sentença improcedência dela = Põe fim ao processo – Apelação.- Juiz fixa termo legal – 90 d.- Período que antecede a falência – adm. começa analisar.- É relacionado com a fraude contra credores ou ação revocatória. Diferente do período suspeito, 2 anos antes da falência, atos gratuitos.

e) Edital de Convocação, dos credores para eles habilitarem seus créditos em 15 dias.

f) Habilitação dos Credores, 15 dias do Edital.

- Pode ser depois de 15 dias = retardatário, mas precisa advogado para processo incidental de habilitação.

- Conseqüência atraso:

. Não discute fatos já passados no processo. . Não atualiza até o momento de entrada no processo, perde o período de atraso, só cobra até a publicação – art.10.

g) Administrador Formula Quadro de Credores,

1 Créditos Extraconcursais, 84 – surgiram em razão da falência, paga antes de tudo, até do trabalhista.

2 Créditos Concursais, 83 – deram origem à falência, anteriores.

ORDEM: 1º Acidente de Trabalho e crédito trabalhista, até 150

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salário mínimos - remanescente vai para fim da fila. 2º Crédito com Garantia Real. 3º Fisco. 4º Crédito Privilegiado – lei confere, ex: honorários. 5º Crédito Quirografário. 6º Remanescente do Crédito Trabalhista.

h) Liquidação, vende bens e paga credores.

i) Relatório, do administrador para prestação de contas.

j) Sentença, declara encerramento da falência.

8 – Recuperação Judicial – art. 47

a) REQUISITOS: art.48

- Exerce atividade empresarial de forma regular nos últimos 2 anos no mínimo.- Registro na junta e livros atualizados.- Se sofreu falência é necessário a declaração de extinção das obrigações.- Não pode ter sido condenado por crime falimentar.- Se já foi beneficiado por recuperação judicial deve ter intervalo de tempo de 5 anos para pedir outra.- Da anterior com concessão de plano especial o intervalo de tempo é maior – 8 anos.

b) PLANO ESPECIAL: art.70 e 72

- Serve para ME e EPP.- Só para créditos quirografários.- Parcelamento em até 36 vezes.- Juros de 12% a.a.- Não precisa concordância da assembléia de credores.

c) QUAL É O PROCEDIMENTO:

Pet. inicial Juiz decide Plano de Edital convoca Juizc/ requisitos interloc. Recuper. credores e eles homologa concedendo 60 dias se quiserem o plano rec. jud. Após dec. Objeção em 30d. de rec. concede rec. jud.

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- Crédito trabalhista até 5 sal. mín. MÁXIMO 30 dias de atraso.- Crédito trabalhista acima 5 sal. mín. Máximo 1 ano de atraso.

9 – Ação Revocatória – arts. 99, 129 e 130

- Demonstrar fraude contra credores, encontrada no termo legal, precisa produzir provas. Como se fosse ação pauliana.- Legitimidade Ativa = ingressa com ação: Adm. Judicial Credor MP- Prazo decadencial de 3 anos para propor ação.- Conta-se o prazo da declaração da falência.

10 – Pedido de Restituição – arts. 85 a 90

- Quando bem de 3º for arrecadado na massa.- Proprietário prova que é dele e pede de volta.

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DIREITO PENAL

PRIMEIRA AULA:

Direito Penal existe para garantir impunidades.É defesa frente ao abuso de mais fortes – protege o cidadão.

PRINCÍPIOS

Culpabilidade – vedação à responsabilidade objetiva – ninguém pode ser punido sem DOLO ou CULPA – subjetivo.

Proporcionalidade – a pena deve ser proporcional ao delito.

Humanidade da Pena – não pode aplicar pena cruel, desumana. O trabalho forçado não pode. O trabalho do preso é obrigatório, mas não é forçado. Se não trabalhar sofre sanção.

Personalidade da Pena – a pena não pode passar da pessoa do condenado, ou que passe o mínimo possível, pois atinge a família. – Individualizar a pena.

Intervenção Mínima – o Estado regula a violência, e pune aplicando mais violência, mas só quando compensar, para evitar violência ainda maior, prevenir. O Estado deve intervir apenas quando a lesão for grave, com um mal social. Entendimento STJ.

Legalidade – não há crime nem pena sem lei anterior (1º CP). Decorrem do Princípio da Legalidade os seguintes:

- Reserva Legal:

Estrita Res. Legal – só lei pode incriminar, pois passa por processo legislativo, feito pelos nossos pares – Med. Prov. e Lei Delegada NÃO PODE criar lei incriminadora.

Taxatividade – alei deve descrever de forma circunstanciada a proibição, ou seja, delimitar, detalhar, que é o tipo fechado.

. Tipo Fechado: quando descreve a conduta detalhada. O tipo doloso é obrigatoriamente fechado, senão é inconstitucional.

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. Tipo Aberto: não descreve a conduta detalhada. O crime culposo pode se aberto.

Vedação de Analogia em Prejuízo do Réu – em “malam partem”. A analogia não pode ser utilizada em prejuízo do réu.Legalidade das Penas – Pena anteriormente prevista em Lei.

- Lesividade: para ser crime não basta estar na lei. Conceito material de crime. Só pode ser crime a conduta (DOLO ou CULPA) que lesa ou expõe a risco de grave lesão um bem jurídico vital para vida em sociedade, deve haver LESÃO.

INSIGNIFICÂNCIA- pequena lesão não merece ser crime, pois não tem relevância.

ADEQUAÇÃO SOCIAL- não deve ser considerada criminosa a conduta socialmente adequada ou que apenas gera um risco permitido. Ex.: cond. soc. adequada seria o furar a orelha de uma bebê para colocar brinco, é lesão corporal, mas não é crime.Ex.: risco permitido seria voar de avião, que é um risco, mas a pessoa aceita esse risco, ainda que possa morrer com isso.

- Anterioridade: para ser crime deve estar previsto em lei penal, e ainda antes do fato ocorrido. Lei prévia, ou seja, prever a situação anteriormente.

NORMA PENAL EM BRANCO

É aquela que precisa de um complemento de outro ato normativo par ter sentido. Ex.: casar quando existe impedimento é crime de bigamia. Mas quais são os impedimento? A resposta está no Código Civil.

Ato normativo inferior também, no caso de substâncias entorpecentes. Quais são os entorpecentes? A resposta está em portaria do Ministério da Saúde (portaria é ato inferior).

* Quando lei penal for complementada por lei penal - heterogêneo* Quando lei penal for compl. por outra não penal – homogêneo

CONFLITO DE LEI PENAL NO TEMPO

“tempus regim acto” = pela lei de seu tempo – aplicar a lei vigente – mas isso não é absoluto no Direito Penal.

- Retroatividade da lei mais benéfica: lei penal que de qualquer forma favorece o réu aplica-se a fato anterior a sua vigência.

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Ex.: se o Estado admitiu que aquele fato não precisa de punição, revogando o tipo incriminador, aquele preso pelo delito deve ser posto em liberdade, pois a lei nova retroage em seu benefício.

RETROATIVIDADE = para trás - vige para fatos passados.ULTRATIVIDADE = para frente – vige depois que revogada.

Admitir que a lei penal MAIS BENÉFICA RETROAGE, é admitir a:= Não ultratividade da lei má;= Lei benéfica tem ultratividade – para frente depois que não mais

vigente;= Irretroatividade da lei gravosa.

ABOLITIO CRIMINIS

É a lei que revoga tipo incriminador, como a que revogou o crime de adultério. = aboliu o crime.TEMPO E LUGAR DO CRIME

* TEMPO = art. 4º CP* LUGAR = art. 6º CP

A respeito do tema existem 3 teorias:

1. ATIVIDADE: lugar do crime é o lugar da conduta criminosa;2. RESULTADO: considera-se o lugar da consumação;3. UBIGÜIDADE: tanto o lugar do crime como o do resultado.

No Brasil as teorias adotadas foram:

Para o TEMPO DO CRIME = ATIVIDADE = lugar da ação ou omissão.

Para o LUGAR DO CRIME = UBIGÜIDADE = tanto um como o outro, assim, em crime de longa distância, aplica-se a lei brasileira.

Basta se lembrar que para decorar isso será uma LUTA. Assim se recordando, LUTA, evidencia a resposta:

L U T Au b e tg i m ia g p vr ü o i i d d a

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a d d e e

SEGUNDA AULA:

TEORIA DO CRIME: ( finalismo )

- Bipartite – 2 partes = para OAB SP- Tripartite – 3 partes = para OAB resto do BRASIL

O crime é:

FATO TÍPICO SP BRA FATO ANTIJURÍDICO TEORIA FINALISTA FATO CULPÁVEL (FINALISMO)

FATO PUNÍVEL

FATO Conduta : ação ou omissão, consciente ou TÍPICO voluntária, dirigida a uma finalidade, finalista.

Tipicidade: perfeita adequação entre o fato e a CAI * hipótese da lei, prevista na lei.

Nexo causalidade: relação causa-efeito entre conduta e resultado. Modelo de.. Típica..

Resultado naturalístico: não jurídico. Tudo tem resultado naturalístico, que altera o mundo exterior. Vem da conduta, conseqüência. É gerado pela conduta, seu resultado.

INEXISTÊNCIA DE CONDUTA:

a) Coação física irresistível : violência direta ao corpo do sujeito, determinado movimento negativo ou positivo.

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b) Ato reflexo ou movimento involuntário : não consciente, Ex: sonâmbulo.

Crime Comissivo – faz o que não deveria, é o agir.Crime Omissivo - não faz o que devia fazer, omitir.

OMISSIVO PRÓPRIO: Dever jurídico de agir. Não existe resultado naturalístico, pois do nada nada vem. Não importa se vai ter resultado prático. Previsão típica direta – expresso.

OMISSIVO IMPRÓPRIO: Dever jurídico de agir para impedir o resultado. Não basta agir. Existe resultado naturalístico relevante.Também chamado Dever de garante, garantidor. Ex: art.13, de Comissivo por $2º, CP.Omissão. Normal- Dever legal, de qualquer forma assume a mente comissivo responsabilidade de impedir o resultado.mas excepcional- Comportamento anterior gera risco de mente é omissivo. produzir resultado. Criou risco e deve a partir daí responsabilidade.

RESULTADO NATURALÍSTICO:

Classificação quanto ao resultado:

a) MATERIAL: tipo prevê um resultado naturalístico e o exige para consumação. Ex: art.121, precisa que a pessoa morra.

b) FORMAL: tipo prevê um resultado naturalístico mas não o exige para a consumação. Ex: art.159. Resultado vantagem, mas para o crime não precisa que o agente a obtenha. Crime de consumação antecipada.

c) CRIME DE MERA CONDUTA: tipo nem prevê resultado naturalístico. Ex: omissivo próprio. Ex: violação de domicílio. Não altera o mundo exterior diverso da conduta, só a conduta.

NEXO DE CAUSALIDADE:

- Teoria da equivalência dos antecedentes, vigora no Brasil.- Considera causa tudo o que contribuiu para o resultado.- Tudo sem o que o resultado não teria ocorrido de forma igual.

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• Teoria da “Conditio Sine Qua Non” – mesma teoria.

É fácil saber, usando critério de eliminação hipotética:

* Elimina elemento na cadeia causal, se o resultado permanece não é causa, se o resultado muda é causa. Não é infinita.

* Nem sempre tal teoria funciona. O nexo é uma corrente, deve ser assim. Uma coisa causa a outra, sempre. Exceção: Art.13, $1º, CP.

- Causa superveniente (ocorre depois), relativamente (mais ou menos) independente.- Vem depois da conduta e não é o que costuma acontecer.

Ex.: Dar café fortemente adoçado ao diabético. Diabetes é causa, não costuma acontecer, é anterior. Como é anterior não pune.

Ex.: Ambulância bate em caminhão de combustíveis e explode.

-- Não costuma acontecer, quebra o nexo de causalidade –-

TIPICIDADE:

- Modelo de... Tipo de...: modelo de conduta.- Para ser típico deve ter adequação perfeita.

DOLOSA Conduta com dolo, CULPOSA Deve ser expressa a(REGRA) agir com vontade. (EXCEÇÃO) forma culposa. Todos os crimes O texto do artigo são a princípio deve prever esta dolosos. Forma culposa.

DOLO: – Consciência e Vontade

DIRETO: Sujeito prevê o EVENTUAL: Prevê o resultadoresultado e atua para mais não deseja, apenas aceita,alcança-lo. Ele quer o tolera o risco de alcançar oresultado. Importante é resultado. Importante é ao resultado. conduta.

CULPA: - Quebra de dever objetivo de cuidado

- Agente deve ter cautelas que despreza.

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- Relevante / Irrelevante.

PREVISIBILIDADE OBJETIVA:

- Descuido relevante penal se o resultado for normalmente previsível. Ex.: deixar faca no chão onde tem criança pequena, o resultado é previsível. Ex.: no trânsito uma pessoa se joga na frente do seu carro e você atropela. Não era previsível que ela fizesse isso, você poderia ter diminuído a velocidade, mas não era previsível, ou, pelo menos, irrelevante penal. É descuido irrelevante. Não acontece normalmente.

TERCEIRA AULA:

ESPÉCIES DE CULPA:

CULPA CONSCIENTE: prevê o resultado, mas tem certeza que não ocorrerá, ele confia que pode evitar. Faz previsão do resultado.

CULPA INCONCIENTE: sequer faz previsão do resultado. É surpresa.

OBS.: - Dolo Direto – quer o resultado. - Dolo Eventual – assume o risco, tolera.

FORMAS DE QUEBRA DO DEVER DE CUIDADO:

NEGLIGÊNCIA: Descuido omissivo, não tomar cuidado devido. Ex.: deixar de verificar pneus do carro.

IMPRUDÊNCIA: Descuido comissivo, age sem cuidado. Ex.: passar sinal vermelho.

IMPERÍCIA : Falta de habilidade ou conhecimento específico em profissão, arte ou ofício. Depende de conhecimento específico técnico.

CRIME QUALIFICADO PELO RESULTADO:

É aquele em que depois de descrever o crime de forma completa o legislador prevê evento gerado, ao menos por culpa, capaz de influir na dosagem da pena.

Evento posterior capaz de influir na dosagem da pena.

DOLO + CULPA = PRETERDOLO (qualifica pelo resultado, ou seja, além do dolo, tem mais uma coisinha, uma culpa).

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CRIME CONSUMADO e TENTADO:

CONSUMADO: Realizado todos os elementos de sua definição legal. Art.14, I, CP.

ITER CRIMINIS: Fases:

COGITAÇÃO : Plano mental do crime.PREPARAÇÃO: Realiza no mundo exterior que é necessário para prática do crime. Ex.: emprestar revólver, conseguir mapa etc. Pode vir a ser relevante se o crime for pelo menos tentado.

EXECUÇÃO : Efetivo ataque ao bem jurídico, antes de terminado.

CONSUMAÇÃO: Realiza os elementos da definição legal do crime.

• Apenas os 2 últimos são puníveis, os 2 primeiros não.• Não se pode punir um sujeito por pensar em praticar um crime,

também não por se preparar para tanto, pois pode vir a desistir antes de inicia-lo.

TENTATIVA:

- Iniciada a execução, não alcança a consumação, por circunstâncias alheias à sua vontade. Art.14, II, CP.

- A tentativa é punida com a pena do crime consumado, diminuída de 1/3 a 2/3. Quanto mais distante da consumação maior a redução.

Tentativa BRANCA – não resulta lesão.Tentativa CRUENTA – resulta lesão.

Tentativa PERFEITA – esgota os planos executórios (crime falho).Tentativa IMPERFEITA – não esgota os meios que dispunha.

INFRAÇÕES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA:

1- Crime Culposo;2- Crime Unissubsistente;3- Crime Habitual;4- Contravenção Penal;5- Crimes de Atentado.

Unissubsistente: O início da execução coincide com o da consumação, mesmo momento. Ex.: omissão de

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socorro, injúria verbal etc.

Crime Habitual : Ganha relevância quando se torna um hábito. Ex.: manter casa de prostituição, rufianismo = tirar proveito da prostituição alheia (cafetão)

Crimes Atentado: É quando o tipo prevê que TENTAR alcançar o resultado já é crime consumado. Art.352 CP. Fuga mediante violência.

DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA:

- Depois de iniciada a execução, o agente desiste de nela prosseguir por sua própria vontade, sem interferência, não se consumando. Só responde pelos atos já praticados.

ARREPENDIMENTO EFICAZ:

- Já completou o plano executório, atua por ato voluntário, de forma a evitar a consumação. Só responde pelo que já praticou.

ARREPENDIMENTO POSTERIOR:

- Causa de diminuição de pena do crime.- Crime praticado sem violência ou grave ameaça à pessoa.- Deve haver reparação do dano até o recebimento da denúncia.- Deve ser ato voluntário da pessoa autora do crime.

HIPÓTESES ANÔMALAS:

1- Estelionato por cheque sem fundos. Da reparação do dano até o recebimento da denúncia, afasta a relevância penal do fato.

2- Art.312, $3º, Peculato Culposo. Até a sentença extingue a punibilidade. Mesmo depois da decisão definitiva reduz a pena pela metade.

ERRO DE TIPO: -> CAI *

ERRO DE TIPO ESSENCIAL:Sobre Elementar: Está no caput do delito, “matar alguém” é, motivo fútil não. Quem não conhece a elementar, não sabe que aquilo é elementar de crime. Ex.: não sabia que matava alguém, pensava eu matava um urso. Não tem dolo. EXCLUI O DOLO SEMPRE.

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Erro inevitável: Exclui DOLO e CULPA. Erro evitável : Exclui DOLO, mas pode punir por CULPA, se houver previsão.

Sobre Discriminante: Excludentes de antijuridicidade. Por erro = PUTATIVA. Acha que está certo, mas não está (erro). Não tem dolo. EXCLUI O DOLO. Erro inevitável: Exclui DOLO e CULPA. Erro evitável : Exclui DOLO, mas pode punir por CULPA, se houver previsão.

QUARTA AULA:

-- ESTUDAR LEGÍTIMA DEFESA --

QUINTA AULA:

ESTADO DE NECESSIDADE

- 2 bens em risco, não há como preservar os 2, mas apenas 1, permite-se sacrificar 1 deles.

REQUISITOS:

a) PERIGO ATUAL -> não criada voluntariamente pelo sujeito.b) SACRIFÍCIO INEVITÁVEL e RAZOÁVEL DO BEM -> sacrifica bem de valor igual ao que se pretende preservar, ou bem menor para salvar bem maior. É objetivo.

- Não pode argüir Estado de Necessidade em favor próprio quem tem o dever legal de enfrentar o perigo . Ex: Bombeiro.

- Ainda que o sacrifício não seja razoável o juiz pode diminuir a pena. Art.24 § 2º.

ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL

- A lei lastreia esta ação ou omissão, fato típico.Exercício Regular de Direito:

- Ex.: prática esportiva.- Tem limites – responde por excesso.- Excludente de antijuridicidade.

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* =/= entre Excludente de Antijuridicidade e de Culpabilidade:

Culpabilidade: é elemento subjetivo do crime, o resultado pertence subjetivamente ao sujeito ativo. Se, pela prática, deve ser imputado ou não.

Antijuridicidade: é fenômeno social objetivo que fere preceitos impostos pela sociedade através de normas. O crime não é ação qualquer, é uma ação antijurídica, contrária aos preceitos sociais.

CULPABILIDADE

- Idéia de juízo de reprovabilidade sobre o sujeito. Questão de livre arbítrio.

Excludentes da Culpabilidade: (tem que decorar)1- Enimputabilidade;2- Embriagues acidental completa;3- Erro de proibição inevitável, ou

Falta de potencial consciência da ilicitude;4- Inexigibilidade de conduta diversa.

Excludentes da Antijuridicidade: (tem que decorar)

1- Legítima Defesa;2- Estado de Necessidade;3- Estrito Cumprimento do Dever Legal;4- Exercício Regular de Direito.

INIMPUTÁVEL, 26:

- Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado. ** Menor de 18 aplica ECA e não Código Penal.

Inimputável que pratica crime recebe MEDIDA DE SEGURANÇA.É chamada de Absolvição Imprópria.

SEMI IMPUTÁVEL, 4 tipos:

1- Pré-ordenada -> embriaga para poder cometer crime. AGRAVANTE

2- Voluntária/Culposa -> bebe porque quer ou se embriaga por descuido. Ex: amigos enchem copo com álcool.

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NÃO INFLUI NA CULPABILIDADE – pune como se não bebera. (teoria da actio libera in causa – plenamente culpável)

3- Acidental -> decorre de caso fortuito ou força maior. Pode ser: Completa: afasta culpabilidade; Incompleta: diminui a pena.

5- Patológica -> alcoolismo como doença. É doença mental. Esta gera inimputabilidade, aplica Medida de Segurança.

ERRO DE PROIBIÇÃO: (é diferente de erro sobre elementar do tipo)

- Equivocada compreensão sobre o que é proibido ou permitido.

Inevitável – não tinha condições de saber. Afasta Culpabilidade.Evitável – devia saber que era proibido. Diminui a pena.

- Não erra sobre a existência da lei, mas pela sua compreensão.- A lei é de conhecimento de todos (art.21 CP).- Só quem não sabe e não tem condições de saber (sobre a carga proibitiva da lei).

INEXIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA:

- Estudantes têm a falsa impressão que têm de perguntar se tinha outra conduta disponível para optar. Na verdade não se pergunta NADA. São 2 os casos, vejamos:

Coação Moral Irresistível – constrangimento mediante ameaça que se impõe de forma invencível sobre sua vontade. Afasta Culpab.

Obediência hierárquica – superior e inferior com vínculo público e ordem NÃO manifestamente ilegal. O superior é que responde pelo crime.

Desdobra-se: - Superior para inferior; - Vínculo público; - Não pode ser manifestamente ilegal.

• Nesses casos não se exige conduta diversa.

Causas Supralegais: Existem outras causas não previstas em que os tribunais costumam aceitar a excludente da culpabilidade.

SEXTA AULA:

CONCURSO DE AGENTES

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- Prática criminosa por mais de 1 agente. Existem 2 teorias acerca do tema:

TEORIA MONISTA: colaborou responde pela pena ao crime cominada, art.29 CP – REGRA. Todos agentes mesma pena, independente do ato em si.

TEORIA PLURALISTA: é EXCEÇÃO, aplica-se em 2 casos:• Previsão específica de cada conduta na lei : Ex: corrupção

ativa e passiva – 2 agentes participam do mesmo fato, mas cada um tem um tipo penal específico. Se não houvesse previsão, ambos responderiam pelo mesmo crime. Cada um responde pelo seu, embora o fato seja o mesmo.

• Cooperação Dolosamente Distinta : Algum dos colaboradores participa de crime menos grave. Um deles não quis colaborar com outro crime, apenas o menos grave. Art.29, §2º, CP.Responde pelo que quis praticar apenas, pelo outro não.

REQUISITOS:

a) Pluralidade de agentes;b) Liame subjetivo (aderência de uma vontade a outra);c) Relevância de cada comportamento (deve ter influenciado).

COMUNICABILIDADE DE ELEMENTOS E CIRCUNSTÂNCIAS: -> CAI*

- Caso em que a elementar do crime comunica com outro agente.

ELEMENTAR – Está no “caput”.CIRCUNSTÂNCIA – Dado acessório do “caput”, influi lá dentro.

ELEMENTAR - OBJETIVA - Não se refere ao sujeito.CIRCUNSTÂNCIA – SUBJETIVA – Se refere ao sujeito.

Ex.: 121 – Matar alguém = Matar -> Elementar. Fútil -> Circunstância = Subjetiva.

• Elementares SEMPRE se comunicam:Estupro – Conjunção Carnal -> Elementar – Comunica.Aquele que ficou com a arma apontada enquanto outro estuprava, responde também por estupro, pode ser até mulher, mas como comunica, responde em concurso.

• Circunstâncias SÓ COMUNICAM se objetivas:Circunstâncias subjetivas não.

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Ex.: furto noturno – noturno é circunstância.Não é do sujeito = então é objetiva = então comunica.Contribuiu, responde pelo furto noturno em concurso.

OBS.: Participação de Menor Importância diminui a pena - §1º

INSTITUTOS SEMELHANTES AO CONCURSO DE AGENTES: -> MAIS CAI*

AUTORIA MEDIATA -> agente se serve de um inculpável ou alguém determinado em erro para prática criminosa. Usa inimputável para crime. Pode ser o próprio inimputável a vítima do crime.

AUTORIA COLATERAL -> é a prática coincidente da mesma infração por 2 ou mais agentes sem o liame subjetivo. Sem liame = Sem concurso. Responde apenas pelo que fez. Autoria Incerta – não se sabe quem provocou o resultado. Pune no limite da certeza, ou seja, sabe-se que os 2 tentaram, é certo, quem matou não se sabe, então pune os 2 por tentativa apenas. IN DUBIO PRO RÉO.

TEORIA DA PENA -> UM DOS QUE + CAI*

- Finalidade da pena = 3 teorias:

TETRIBUTIVISTA / ABSOLUTISTA: retribuir o mal com a pena.

PREVENTIVA / RELATIVA: prevenir crimes, a pena intimida a sociedade. Comunicar a vigência da lei, mostrar o erro daquela conduta.

TEORIA MISTA / ECLÉTICA: Ressocializar criminoso – expressa na Lei de Execução Penal, art.1º. Visa retribuir e prevenir, bem como RESSOCIALIZAR O PRESO. – ADOTADA BRASIL

ESPÉCIES DE PENA NO BRASIL

- Privativa de Liberdade- Restritiva de Direitos Art. 32, CP.- Multa pecuniária

RESTRITIVA DE DIREITOS:

- SEMPRE substitutiva no CP. Não é expressa, é depois da

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privativa de liberdade que é aplicada. Substitui a privativa de liberdade.

- Requisitos: - Pena privativa de liberdade menor que 4 anos; - Sem agressão ou violência a pessoa; - Não reincidente específico em crime doloso.

Ex.: Roubo tem pena de 4 a 10, condenado a 4 poderia substituir. Porém não pode porque tem violência ou ameaça.

- Lei diz que DEVE substituir, não é discricionário ao juiz.Aplicação:

Pena entre 1 e 4 anos –> Converte 2 restritivas dePrivativa direito, ou 1 restritiva eLiberdade mais 1 de multa. menor que 1 ano -> Converte em 1 restritiva de direito ou 1 de multa.

Restritivas de direitos são:

- Prestação de serviço à comunidade – trabalha para sociedade.- Interdição temporária de direitos – não exercer profissão.- Perda de bens e valores – equivalente ao lucro do crime.- Limitação de final de semana – restrições, cursos, palestras.- Prestação pecuniária – de 1 a 360 salários mínimos para a vítima ou entidade beneficente.

Pena de Art.32 – Calculada em dias-multa. Multa 1ª fase – quantos dias – de 10 a 360 dias multa. 2ª fase – seu valor – de 1/30 até 5x sal. mín.

- Dinheiro vai para o Fundo Penitenciário.

- NÃO PAGOU A MULTA: Inscreve na dívida ativa. Executa na lei tributária – exec. fiscal.

SÉTIMA AULA:

PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE

RECLUSÃO – admite regime inicial fechado.DETENÇÃO – não admite inicial fechado (somente semi-aberto).PRISÃO SIMPLES – não admite fechado em hipótese alguma.

REGIMES:

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FECHADO – trabalha no dia / cela individual noite – Penitenciária.

SEMI-ABERTO – colônia agrícola ou industrial onde trabalha no dia e se recolhe a noite.

ABERTO – trabalha na rua no dia e fica na casa do albergado na noite, onde assiste palestras, faz cursos etc. Como falta casa do albergado, fica em Albergue Domiciliar, com restrições nos horários apenas.

RDD – Regime Disciplinar Diferenciado – É sanção disciplinar.

Cabe RDD em qualquer regime, até no aberto. É sanção. Precisa SEMPRE de autorização judicial. É o isolamento do preso por até 1 ano (2 visitas semana). Necessidade de isolamento para evitar continuidade no ramo delitivo, evitar comunicação com demais presos.

PROGRESSÃO: A REGRA no Brasil é a possibilidade de progressão de regime. Passagem do regime mais grave para o menos grave. Ajuda na ressocialização do preso.

- Deve ter cumprido 1/6 da pena + ter mérito (exame criminológico acabou, não é mais necessário).

- Não pode progredir direto do Fechado para o Aberto. SALVO falta de vaga no semi-aberto, não pode esperar no fechado, então vai para o aberto direto, até ter vaga.- Crime Hediondo NÃO pode progredir. – TORTURA PODE. STF está julgando a constitucionalidade, alguns desembargadores já decidiram que pode progredir no hediondo.

- Existe REGRESSÃO – passar do regime mais brando para o mais gravoso. Neste caso pode ir direto do aberto para o fechado.- Na Regressão não precisa aguardar o trânsito em julgado da ação penal do novo crime. Suspende-se o regime menos severo, recolhe o condenado, e aguarda a decisão preso.

REMIÇÃO: benefício da execução

- Cada 3 dias trabalhados, 1 remido (subtraído da pena final).- Foi estendido para os dias de estudo também.- Existe no regime Fechado ou no Semi-Aberto.

DETRAÇÃO:

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- É o desconto na pena a cumprir de tempo de prisão processual.

Mesmo processo: Tempo que ficou preso cautelarmente desconta-se.

Processos diferentes: pode, desde que não forme conta corrente de pena. A prática do fato em que haverá detração deve ser anterior à prisão pelo outro processo.Por fato ocorrido depois da cautelar não pode.

Se praticou fato antes e estava respondendo, nesse ínterim cometeu novo crime, e foi condenado, quando o primeiro crime for julgado absolvido e neste ficou preso cautelarmente, pode detrair aquele tempo de preso.

REINCIDÊNCIA:

- É a prática de novo crime após o trânsito em julgado de sentença condenatória por crime anterior. Art.63 CP.

ATENÇÃO: Prática de novo crime, depois que já praticou antes e transitou em julgado condenando.

1º CRIME + 2º CRIME = Reincidência.1º CRIME + 2º CONTR = Reincidência.1º CONTR + 2º CONTR = Reincidência.1º CONTR + 2º CRIME = Não há reincidência.

• Crime POLÍTICO e MILITAR PRÓPRIO (aqueles que só existem previstos no COM) não geram reincidência.

PERÍODO DE CURADOR DA REINCIDÊNCIA, 64 CP:

- Deixa de considerar reincidente.- 5 anos após a extinção da punibilidade.- Conta nos 5 anos o período de pena do sursis e do livramento condicional também.- É garantia legal, não necessita qualquer requirimento.

QUALIFICADORA – tem pena própria, especificada no tipo penal. Limite mínimo e máximo de pena especificado.

AGRAVENTE – 61 e 62 CP. Ex.: reincidência.

ATENUANTE – 65 CP. Ex.: menor de 21 anos, confissão espontânea.

AUMENTO e - é aquela que influi na pena em fração.

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DIMINUIÇÃO

SISTEMA TRIFÁSICO DE FIXAÇÃO DE PENA:

1ª) Fixa pena base, observadas as qualificadoras (pena própria).

- Dentro da pena mínima e máxima estabelecida pelo tipo. - Leva em conta as circunstâncias judiciais. - É de livre arbítrio do juiz.

2ª) Agravantes e Atenuantes.

- Dentro do limite mínimo e máximo. - Prudente arbítrio do juiz.

3ª) Aumento e Diminuição.

- Aqui pode desobedecer os limites mínimo e máximo (frações) - Arbítrio do juiz dentro da variabilidade das frações.

• Não obedecido o sistema trifásico a sentença é nula.• Verificar e decorar esta ordem trifásica – importante.

CONCURSO DE CRIMES

Existem 3 espécies:

MATERIAL - 2 ou + ações realiza 2 ou + resultados, 69 CP.FORMAL - 1 ação ou omissão produz mais de 1 resultado, 70 CP.CONTINUADO- 2 ou + ações realiza 2 ou + crimes...., 71 CP.

Material - penas são somadas – hipótese residual. Primeiro olha se é continuado ou formal.

Formal - responde pelo + grave – exasperada a pena. Se iguais as penas aplica-se uma delas aumentada.

Continuado- é ficção jurídica pela qual se pune uma seqüência de crimes como se fosse um só.

Requisitos:

1- Crimes da mesma espécie, tipo.2- Mesmas condições de tempo, 30 dias cada.3- Mesmas condições de lugar, cidade vizinha tb.4- Mesmo modo de execução, ex: armas, máscara etc.

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OBS.: 1 – As penas de multa serão aplicadas distinta e integralmente. 2 – Quando o concurso material for melhor que os outros aplica-se o material, ainda que diferentes.

OITAVA AULA:

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

- Art.107, CP.

- Extingue-se a punibilidade pelo cumprimento total da pena.- E mais o rol do artigo 107 CP, que é exemplificativo, o que quer dizer que podem outras possibilidades, não é taxativo.

I - MORTE DO AGENTE: (não existe punição pós-mortem)

- Precisa da prova da morte, feita por certidão de óbito.- Com certidão falsa, se extinguir e transitar, acabou. O STF diz que o ato é inexistente para poder punir ainda. Não cabe nada. Qualquer decisão em benefício do réu que transita em julgado não se muda mais. Transitou acabou.- Causa soberanamente julgada – imutável - (benefício do réu).

II – ANISTIA, GRAÇA ou INDULTO:

ANISTIA: Aplicada por lei, pelo congresso, esquece o fato jurídico e penal, beneficiando os que se enquadram.

INDULTO E GRAÇA: -Indulgência soberana – perdão do chefe. -Faz por meio de decreto e perdoa – presidente. -Extingue punibilidade somente no efeito principal, nos acessórios não. Ex: primariedade não, só a pena mesmo.

DIFERENÇA entre Indulto e Graça:

Graça – individual e provocada (uma pessoa que pede).Indulto – coletivo e espontâneo (grupo de pessoas, involuntário)

- Pode perdoar parte da pena – indulto parcial – comutação.- Não cabe Indulto e Graça em crime hediondo e equiparados.

III – ABOLITIO CRIMINIS:

IV – PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA E PEREMPÇÃO: Art.60 CPP.

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- Decadência: Inércia do ofendido que não representa na A.P.Pública Condicionada ou com a Queixa na Priv.

- Perempção : Extinção da punibilidade por desídia do querelante da A.P.Privada; Não produz movimento no processo; Quando morre ninguém sucede em 60 dias; Não comparece quando necessário a ato do processo; Não pede condenação nas alegações finais da A.P.Privada.

Prescrição será tratada em tópico próprio, dada à sua importância no direito penal.

V – RENÚNCIA DO DIREITO DE QUEIXA: Na A.P.Privada.

- Pode ser expressa ou tácita (pratica ato incompatível com a vontade de processar). Ex: sai com a vítima para namorar.- Depois que ofereceu não pode mais renunciar.- Mas pode perdoar – porém nessa fase é BILATERAL. (acusado deve aceitar o perdão).

Renúncia e Perdão se comunicam: A renúncia de um aproveita a todos. Assim como o perdão, se mais de um autor. Perdoou um deles tem que perdoar todos.

VI – RETRATAÇÃO: é desdizer o que disse, voltar atrás.

- Falso testemunho- Calúnia Retratar antes da sentença, Ext. Punib.- Difamação

VII e VIII – REVOGADOS.

IX – PERDÃO JUDICIAL: somente casos previstos em lei.

PRESCRIÇÃO

- É a perda do poder de punir do Estado em razão de decurso de tempo.

- Prescrição da Pretensão Punitiva – PPP = perda do poder de punir do Estado que não consegue no prazo da lei a certeza da culpa (trânsito da sentença).

Art.109, CP. -> O maior prazo prescricional do Brasil é 20 anos. Pena maior que 12 anos.

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O menor prazo prescricional do Brasil é 02 anos. Pena menor que 1 ano.

- Conta-se a prescrição desde a data do fato (REGRA).

- Falsidade de registro público – só quando tornar público.- Vários crimes – despreza o continuado, faz 1 a 1, porque é mais benéfico para o réu. (EXCEÇÕES).TEM QUE LEMBRAR*

CAUSAS QUE SUSPENDEM A PPP (prescrição da pretensão punitiva):

- Enquanto cumpre pena no estrangeiro;- Enquanto não resolve questão prejudicial em outro processo;- Citado por edital não aparece nem constitui advogado, 366.- Durante período de prova do “sursis processual”.

Existem outros, mas devemos gravar apenas esses.

CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PPP -> CAI*

- Recebimento da Denúncia ou Queixa;- Sentença Condenatória Recorrível = não transitada.

Data Recebimento daFato |--------------| Denúncia ou Queixa -> Conta nesse lapso a prescrição porque o recebimento da denúncia interrompe a PPP.

- Já condenado – PPP em concreto.- Não condenado – PPP em abstrato.

PRESCRIÇÃO RETROATIVA:

- Aplicada a pena e não havendo recurso da acusação, serve ela de base para o cálculo da prescrição referente aos prazos anteriores à própria sentença.- A prescrição pode ter por termo inicial data anterior à do recebimento da denúncia ou queixa.

- A prescrição pode operar-se:

a) entre a data do fato e a do recebimento da denúncia;b) entre a data do recebimento da denúncia e a da sentença;c) entre a data da sentença condenatória e o do julgamento da apelação, ou do eventual recurso extraordinário.

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- Não há prescrição retroativa se o recurso da acusação foi provido.- Não pode ser reconhecida a prescrição retroativa antes da prolação da sentença, pois é nesta que se fixa a pena.- Anulada a sentença em recurso exclusivo da DEFESA, a prescrição continua a ser contada com base na pena em concreto da decisão anulada.PERDA DO PODER DE PUNIR DO ESTADO = PPE

- Estado não consegue no prazo da lei tornar efetiva a pena já certa, ou seja, não consegue executá-la. Art.109, CP.- Corre desde quando a pena torna certa para acusação, ou seja, transita para acusação.- Caso de FUGA a PPE começa contar de novo, com base na pena restante a cumprir. Art.113, CP.

NONA AULA:

121 - HOMICÍDIO

Conceito de morte : É a encefálica, morte do cérebro, está na lei de transplantes.

Sujeitos do delito: Quem nasceu e até quando estiver vivo.

* Homicídio Simples “caput” do art.121 NÃO É HEDIONDO. Salvo o simples praticado por grupo de extermínio.

PRIVILÉGIO - §1º Jamais será hediondo*

- Relev. Valor Moral -> reprovável, pela moral prática. Ex: eutanásia.- Relev. Valor Social -> interesse coletivo e social. Ex: traidor da pátria.

- Domínio de Violenta -> não basta violência, deve estar domina- Emoção Logo Após do, cego, êxtase emocional. Logo após Injusta Provocação porque o domínio não dura muito. Injus- ta não no sentido de justiça, é no sen- tido de injustificado, sem necessidade.

QUALIFICADORA - §2º

I – Paga e promessa de recompensa, outro motivo torpe. Causa especial repugnância. Ex: mata pai para ficar com seguro de vida, etc.

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II – Fútil. É especialmente desproporcional, praticamente sem Motivo. Ex: briga de trânsito, mata mulher porque esqueceu de colocar sal na comida, etc.

III – MEIOS – Veneno – deve ser insidioso, escondido. Fogo – gera perigo e sofrimento. Asfixia – química ou mecânica, causa sofrimento. Explosivo – gera perigo para geral. Tortura – quer matar, mas vai judiar antes. É diferente da tortura com resultado morte, que é preterdolosa. Qualquer outro meio cruel.

IV – MODOS – Traição – utiliza da surpresa, especial confiança. Emboscada – armadilha com surpresa. Dissimulação – esconde propósito homicida. Surpr. Dificulte ou torne impossível a defesa da vítima – relação com os demais, tem que ter surpresa em todos.

V – Qualificadora teleológica – Para assegurar execução(....)

- Assegurar execução – matar pai para estuprar a filha.- Assegurar ocultação – mata p/ ninguém saber que houve crime.- Assegurar Impunidade – sabe-se do crime mais não consegue punir, porque agente assegura que ninguém saiba quem foi o autor.- Vantagem outro Crime – ladrão mata outro ladrão para ficar com os produtos do crime.

• Todo QUALIFICADO em regra É HEDIONDO.

Pode ser ao mesmo tempo QUALIFICADO e PRIVILEGIADO ???

R: Sim ! - Qualificado o motivo é Subjetivo. - Privilegiado o motivo é Objetivo.- Quando o Qualificado for de motivo, subjetiva, não dá para ser privilegiado.- Quando for por meio, modos objetivos, pode ser. Ex: flagra estupro da filha (violenta emoção) e mata estuprador com tortura. É compatível.SIMPLES – Não hediondo – Salvo prat. por grupo extermínio.PRIVILEGIADO – Jamais será hediondo.QUALIFICADO – Sempre será hediondo.QUAL./PRIV. - ????????????????????????????????????????????????

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122 – COLABORAÇÃO NO SUICÍDIO

- Colaborar só tem relevância se resultar lesão grave ou morte. Se não resultar nada, não tem nada.- Só existe se a pessoa da vítima é que pratica o ato letal. O colaborador não pode praticar o ato letal, senão é homicídio.- Vítima tem que ter capacidade de discernir, senão é homicídio também. Ela deve ter capacidade para a vida civil.123 – INFANTICÍDIO

- Deve ser mãe.- Durante o parto. (início do rompimento da bolsa)- Puerperal (queda brusca de hormônios) – perde total controle dos seus atos. Os pratica inconsciente.- Pode haver concurso daquele que auxilia a mãe, mesmo art.123.

124 – ABORTO

- É a interrupção da gestação com resultado morte.- Pode ser após ter nascido, mas causada por decorrência da interrupção da gestação – nasce com vida, mas morre depois.

124 – Auto aborto, própria mãe provoca, ou consente para que outro o faça.125 – Sem consentimento da mãe.126 – Com consentimento da mãe – não ela, o executor que ela autoriza. (ela 124 e ele 126).127 – Aumento de pena por lesão grave ou morte da gestante para os tipos do 125 e 126.128 – Aborto legal – autorizado por lei. Existem:

NECESSÁRIO : praticado por médico se não há outro meio de salvar a vida da gestante. Não precisa dela consentir.

SENTIMENTAL: praticado por médico, com consentimento da gestante, gravidez resultante de estupro. Pode também decorrer de atentado violento ao pudor, por analogia “in bonan partem”.

- Não precisa do trânsito em julgado do crime de estupro.

- Não precisa autorização judicial. -> Quando o médico não se convence, ela pede para juiz que ordene ao médico, então haverá determinação judicial. Mas se o médico se convenceu ele não precisa de autorização nenhuma para realizá-lo.

ABORTO EUGÊNICO / EUGENÉSICO – Aborto por má formação.

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Feto tem anomalia ou problema. NÃO PODE, NÃO EXISTE NO BRASIL.

ABORTO ENCEFÁLICO / NORENCÉFALO – Não tem cérebro ou caixa craniana. Vida impossível.

- STF, Min. Marco Aurélio decidiu estar permitido esse aborto.- Plenário caçou a liminar do Min. Marco Aurélio que permitia.- Hoje não se tem posição certa. Cada juiz julga de um jeito.

129 – LESÃO CORPORAL

DOLOSA: - Leve - Grave - Gravíssima

CULPOSA: Não tem gradação.

GRAVE

- Ocupações habituais por + de 30 dias – diagnóstico comprova.- Perigo de vida, deve ter no laudo.- Debilidade permanente de membro, sentido ou função. (defcit deminui, não perde)- Aceleração de parto - + nasce com vida.

GRAVÍSSIMA

- Incapacidade permanente para trabalho em geral.- Enfermidade incurável.- Perda / Inutilidade de membro, sentido ou função.- Deformidade permanente com rejeição social.- Aborto decorrente da lesão – preterdolo – aborto culposo.

SEGUIDA DE MORTE

- Preterdolo – dolo lesionar – culpa na morte.

LEVE

- Nenhuma das acima – é definida por exclusão das demais.

DÉCIMA AULA:

FURTO – 155 CP

- Subtrair é tirar de forma clandestina, a res, com o dissenso

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de quem de direito.- Para si ou para outrem é querer a coisa, para que integre o patrimônio de si ou outrem.+ Repouso Noturno: varia de local para local. Jurisprudência exige que o local seja habitado e com pessoas dormindo.

- Primário e Pequeno valor a coisa -> Valor menor que 1 sal.mín.

+ Rompimento ou Destruição de Obstáculo, ele deve ser destruído, não basta vencer o obstáculo, deve ter violência contra o obstáculo.

+ Abuso de Confiança – não exige relação de emprego, o que não enseja a qualificadora. Pode haver relação de emprego e não existir relação de confiança. Deve existir a relação de confiança que é quebrada.

+ Fraude – o erro é para afastar a vigilância da pessoa, para que a vítima não perceba a subtração.

=/= Fraude no Furto com Estelionato: No estelionato também tem fraude, mas a vítima é induzida em erro, ela dá o bem voluntariamente, sob engano. No furto o erro afasta a vigilância da vítima que não percebe a subtração da coisa.

+ Escalada – entrada por via anormal, com especial agilidade e esforço sensível. Ex: muro de 3 metros. Cuidado: escalada não quer dizer apenas subir, pois, entrada subterrânea também pode dar escalada.

+ Destreza – especial habilidade, pega bem sem a vítima perceber, sob vigilância imediata dela. Ex: tirar carteira do bolso da vítima.

+ Chave Falsa – não precisa de “chave” em espécie, pode ser qualquer aparato que funcione como se fosse a chave verdadeira. Deve abrir e não quebrar, senão é rompimento de obstáculo. OBS.: chave verdadeira não é chave falsa, ainda que obtida por meio ilícito. Ver jurisprudência sobre cópia.

+ Concurso de 2 ou mais pessoas.

ROUBO – 157 CP

- Reduzir a possibilidade de resistência – roubo impróprio.- Consuma com a posse mansa e tranqüila da res. TJ e OAB entendem assim.

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- Tribunal Superior é com a mera detenção da coisa, ou seja, pegou já consumou.

+ Emprego de Arma – deve usar efetivamente a arma. Arma: faca, de fogo etc. Arma de brinquedo é brinquedo e não arma. Deve ter poder vulnerante, que brinquedo não tem. Roubar com arma de verdade é mais grave, mais perigoso. Ex: concurso de pessoas com boneco inflável – não dá concurso porque a pessoa é de brinquedo. Arma é a mesma coisa.

+ Concurso de 2 ou mais pessoas.

+ Transporte de valores e agente sabia da condição e do R$.

+ Manter em seu poder restringindo sua liberdade. Somente quando sua restrição da liberdade for relevante para efetivação do crime, necessária para o roubo. Se desnecessária é roubo + seqüestro.

+ Com Resultado Morte – morte dolosa ou culposa, não importa.

ESTELIONATO – 171 CP

Meio de Cheque – emitir cheque sem provisão de fundos, em que o emitente sabe que não terá fundos, ou frustrar o pagamento do cheque dolosamente visando não pagar o débito.

- Cheque pré-datado não configura estelionato.- Deve haver prejuízo para a vítima, senão não há estelionato. Ex: prostituta que não recebe não dá estelionato. Pode executar o cheque dado em pagamento, mas estelionato não.

- Se reparar o dano antes do recebimento da denúncia afasta a relevância penal do fato. No Cheque apenas.

* CHEQUE FALSO OU ASSINATURA FALSA cai no “caput” do artigo e não no inc. VI, que trata apenas do caso de cheque verdadeiro.

- Competência é o local da agência sacada –> REGRA.- Se for cheque falso, local que foi passado (caput) -> EXCEÇÃO.

RECEPTAÇÃO – 180 CP

- “Caput” – Simples Dolosa – sabe que é produto de crime. DOLO DIRETO. (crime comum, qualquer pessoa)- No exercício de atividade que sabe ou devia saber.

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DOLO DIRETO OU EVENTUAL. (só comerciante)- Não sabe mas foi negligente ou imprudente na aquisição, pois poderia ter percebido fosse produto de crime. (CULPA) Ex.: preço muito menor que o de mercado.

ISENÇÃO DE PENA – IMUNIDADES ABSOLUTAS – 181 CP

- Somente para crimes contra o patrimônio.- Praticados sem violência ou grave ameaça.

a) Cônjuges;b) Ascendente ou Descendente.

- Vítima não pode ser maior de 60 anos.- Se for maior de 60 é relevante penal, pune normalmente.

- Não comunica com o co-autor. Outra pessoa que participa do roubo/furto contra ascendente responde normalmente.

- Cônjuge separados / irmãos / tios e sobrinhos a Ação Penal é Pública Condicionada.

ESTUPRO – 213 CP

- Conjunção Carnal = Pênis e Vagina – total ou parcial. Simples roçar não é estupro, deve penetrar.

- Mulher pode ser co-autora de estupro normalmente.- Sujeito passivo deve ser mulher.- Sujeito ativo deve ser homem e pode ter mulher auxiliando.

ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR – 214 CP

- Ato Libidinoso, diferente da conjunção carnal.- Qualquer ato que não seja pênis penetrando na vagina.- Deve haver ato grave contra a liberdade sexual da mulher. Simples pegar nas nádegas pode não configurar.- Se não for razoavelmente grave é importunação ofensiva ao pudor, que é Contravenção Penal.

- Atos menores é absorvido pelo estupro. Ex.: preparando para estupro comete atentado ao pudor.

ATENÇÃO: ESTUPRO TENTADO A PENA É MENOR QUE ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR CONSUMADO. Melhor que seja estupro tentado.

RESULTADO LESÃO GRAVE OU MORTE – 223 CP

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- Deve ser Culposo o resultado. PRETERDOLOSO O CRIME.- Se for Doloso é Concurso de Crimes – Soma os 2 crimes.

VIOLÊNCIA PRESUMIDA – 224 CP

- Vítima menor de 14 anos – STF diz que a presunção é absoluta.- Vítima alienada mental e agente sabe dessa condição.- Não pode oferecer resistência por qualquer causa.SEDUÇÃORAPTO REVOGADOS – Rapto virou seqüestro agora.ADULTÉRIO

ART.231 – Tráfico INTERNACIONAL de Pessoas.ART.231-A – Tráfico Interno de Pessoas para PROSTITUIÇÃO.

Ver os 2 artigos com calma, apenas o texto seco mesmo.OBS.: Não precisa prostituir-se, basta que tenha essa intenção.

QUADRILHA OU BANDO – 288 CP

- Mínimo 4 pessoas.- Devem ser crimes indeterminados, vários, não um específico.- Associação estável e permanente.

ART.297 – Falsificação Material.ART.299 – Ideológica = doc. verdadeiro + informação falsa.ART.307 – Se atribuir Falsa Identidade. Para investigação criminal não dá falsa identidade, pode mentir identidade normalmente. O acusado não é obrigado a falar nada, nem a verdade.

* DAQUI PARA BAIXO OS CRIMES CAEM SOMENTE O TEXTO SECO DA LEI *

PECULATO – 312 CP

- Tem que se aproveitar da função pública. APROVEITANDO DELA.- Bem sob custódia do Estado, sob guarda/responsabilidade dele.- Peculato COMUNICA com co-autor. Ex.: Não funcionário público que participa do peculato responde também por ele.

CONCUSSÃO – 316 CP

- Funcionário EXIGE vantagem.

CORRUPÇÃO PASSIVA – 317 CP

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- SOLICITA ou RECEBE a vantagem.

PREVARICAÇÃO – 319 CP

- Deixa de fazer o que deve para ATENDER INTERESSE PESSOAL.- Se não for para atender interesse próprio não é crime.

DESACATO – 331 CP- Deve humilhar o desacatado.- Sujeito passivo sempre funcionário público.- NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO ou EM RAZÃO DELA. Ex.: durante o trabalho ou a humilhação tenha ligação com o trabalho.

LER TODOS OS TIPOS DE TODOS OS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

PRIMEIRA AULA:

AÇÃO PENAL

No silêncio da Lei a Ação Penal é Pública Incondicionada – Regra

Pública – Incondicionada- (Regra) independe de vontade da vítima, de ofício.

Condicionada..- (147 CP) depende de representação da vítima, autorização do repr. Legal dela, ou até requisição do Ministro da Justiça em casos excepcionais.

Na Pública o titular da ação é o MP, que é o autor.

AÇÃO Privada – Propriamente dita- (Exceção) necessário a PENAL Queixa crime, que é petição

simples da vítima ou repr.Personalíssima- (Exceção também) onde só a

vítima pode representar, mais ninguém em seu nome. (Ex.: 213 CP)

Na Privada o titular da ação é a vítima, autora da queixa crime. O MP é apenas fiscal da Lei.

Subsidiária - Em que, na ação Pública, o MP não oferece a denúncia no prazo, pode a parte suprir a falta do MP, de forma subsidiária requerer a ação penal.É exceção da exceção.

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SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL NAS AÇÕES PENAIS

- Na Ação Penal Privada, se por exemplo morre o autor (querelante), ele pode ser substituído por CADI – Cônjuge, Ascendente, Descendente ou Irmão, que prosseguem na ação.Isso quer dizer que na Privada, só existe substituição processual no pólo ativo.

- Na forma Personalíssima, em que só a vítima pode requerer a ação penal pela queixa, não existe substituição processual.

- A Ação Penal Pública Subsidiária, é assim chamada porque, a princípio era para ser Pública, mas o MP perde o prazo para oferecer a denúncia (5d. réu preso / 15d. réu solto), ou não oferece porque repudia a queixa. Neste caso a vítima ou repr. legal faz a QUEIXA, transformando em Ação Penal Privada.

O prazo para essa Queixa é o mesmo da Queixa da Ação Penal Privada, ou seja, 6 meses, contados do dia em que esgotou o prazo para o MP.

REPRESENTAÇÃO

Prazo: é de 6 meses a partir do conhecimento da autoria do crime, e não da data do crime. Dia que descobrir o autor.

Começa a contar o prazo apenas a partir de quando a vítima puder exercer o direito, ou seja, 18 anos de idade. Antes disso não começa a contar o prazo de 6 meses. Quando completar 18 anos que pode exercer o direito de representação, aí começa o prazo de 6 meses correr. Porém, deve-se observar a prescrição do crime que já está correndo, pois a prescrição do crime nunca pára.A quem representar? Para Autoridade Policial, Promotor ou direto com o Juiz.

Quem pode representar? A própria vítima ou seu repres. legal.O CPP fala que menor de 18 anos tem que ser o seu representante.

De acordo com o CC de 2002, após os 18 anos só a vítima pode representar, o seu repres. legal não pode mais. Antes podia até os 21, agora acabou. (é interpretação, não é lei penal que fala)

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A lei penal fala que até os 21 pode a vítima e o repres. legal, que o prazo corre para cada um. E que a vítima maior de 21 anos só ela pode representar, repres. legal não.

Se o repres. for contra o representado (vítima), ou seja, a vítima quer reclamar e o repr. não, o juiz nomeia Curador Especial que representará a vítima menor neste ato.

Forma: a representação não tem forma, pode ser até oral.

Retratação: significa retirar a queixa. É possível antes do oferecimento da denúncia.Se retirada a queixa e se arrepender pode representar novamente, desde que ainda esteja dentro do prazo. (é a retratação da retratação).

REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA

O Ministro da Justiça pode autorizar o MP a oferecer a denúncia em Ação Penal Pública Condicionada. Ele requisita ao MP.A Lei é omissa nesse sentido, mas alguns preceitos da representação são aplicados por analogia.

Na Ação Penal Pública Condicionada ou na Privada, mesmo com a Representação da vítima ou repr. legal ou com Requisição do Ministro da Justiça o MP não é obrigado a propor a ação.

Na ação penal Pública Incondicionada o MP não pode renunciar a Ação Penal.

Na Ação Penal Privada o Réu é QUERELADO.O Autor VÍTIMA ou REPR. LEGAL são QUERELANTE.

A petição inicial da Ação Penal Privada chama-se QUEIXA-CRIME.

PRINCÍPIOS

Oportunidade ou Conveniência – a ação penal só será iniciada com anuência da vítima ou repr. legal, que têm a faculdade de queixar-se, segundo sua conveniência.

Disponibilidade – a vítima dispõe da ação, pois é a titular dela, pode entrar como não entrar, e pode desistir dela como pode não desistir, pois lhe é disponível. (Desistência 60 CPP)

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Esse princípio existe apenas para a Ação Penal Privada, porque nas demais, Pública, ocorre o Princ. da Indisponibilidade, pois se a Ação era do MP, seu titular, a vítima não pode dispor.

Indivisibilidade – a vítima (querelante) não pode escolher qual réu ela se queixa ou perdoa. Tem que ser todos ou nenhum deles.

O réu aceitou – extingue.Se 2 réus e 1 não aceita – continua a ação penal contra ele.

PERDÃOSó pode ocorrer o perdão da vítima (querelante) ao autor do crime (querelado) na Ação Penal Privada. Mas depende de aceitação do querelado.

O perdão pode ser oferecido até o trânsito em julgado da ação.

SEGUNDA AULA:

INQUÉRITO POLICIAL

É justa causa, condição para iniciar a Ação Penal.Justa Causa = Materialidade do Delito Suspeita

+ razoável ou Indícios da Autoria Início de prova.

IP é: Investigativo – óbvio Prévio da A.P. - óbvio Administrativo – não é jurisdicional – não é processo – é

procedimento.Presidente é a autoridade de polícia judiciária.Civil ou Federal – De ofício ou ofendido.

Destinatário do IP: DIRETO – Pública – MP Titular Privada – Ofendido da Ação.

INDIRETO – O juiz. Recebe ou rejeita a denúncia.

CARACTERÍSTICAS DO IP

PRINCÍPIO INQUISITIVO – Não é judicial – não tem contraditório. Tem discricionariedade o delpol, art.6º

CPP – VER artigo.

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OBRIGATORIEDADE – Em relação ao delpol – toma conhecimento do delito e deve investigar, faz IP.

INDISPONÍVEL - Relação do IP com o delpol. – Ele não pode encerrar, arquivar o IP – Só o juiz pode, a pedido do MP.

DISPENSÁVEL - Pode ter um processo que não foi baseado em um IP. Se houver materialidade e indícios não precisa do IP, seria atoa.

Ex.: Casos de sonegação, não precisa.

ESCRITO - Art. 9º CPP. Todas as peças devem ser escritas e assinadas pela autoridade.

POSSIBILIDADE DE SER - Art.20 CPP – o delpol pode decretar oSIGILOSO segredo do IP, quando necessário à

elucidação do fato ou exigido pela sociedade.

Para o advogado não há sigilo no IP. Para Juiz, Promotor e Vítima também não. Art.7º, XIV do EOAB.

COMO SE INSTAURA O IP?

PÚBLICA 1- De ofício (portaria)INCONDICIONADA 2- Prisão em flagrante (pelo seu auto).(REGRA) Exceção: na lei 9099 (menor pot. ofensivo) o ofendido não tem flagrante se se comprometer

a comparecer no fórum, não tem nem IP, faz apenas Termo Circunstanciado.

3- Requisição do MP ou Juiz – ordem – Ex.: no caso de falso testemunho/perícia.

4- Requerimento da vítima – pedido – formal.

PÚBLICA Tem condição – a representação do ofendido -CONDICIONADA depende de sua vontade. A falta de repres.

extingue a punibilidade pela decadência.

PRIVADA Titular é a vítima que pede para instaurar IP. Requerimento da vítima e a própria distribui a

queixa-crime.

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PRAZO DE DURAÇÃO DO IP

ACUSADO SOLTO – 30 d. prorrogável infinitas vezes sem prescrever o crime.

ACUSADO PRESO – 10 d. prazo peremptório – definitivo – se preso pode prorrogar o prazo, mas tem que soltar o preso. Se ultrapassar o prazo cabe relaxamento do flagrante que passa a se tornar ilegal.

EXCEÇÃO: FEDERAL – SOLTO – O prazo é igual, 30 dias, prorrogável por 2 vezes apenas.

FEDERAL – PRESO – O prazo de 15 dias, prorrogável 1 vez por até mais 15, no máximo o total de 30 dias.

EXCEÇÃO: Lei 6368/76 – Prazo igual SOLTO, 30 dias. DROGAS Prazo para PRESO é 05 dias.

Art.12, 13 e 14 tem PRAZO EM DOBRO – 10 d. para PRESO.

• Terminado o prazo deve encerrar as investigações, não o IP, redigindo o RELATÓRIO – quando nada mais a fazer.

• O Relatório vai descrever o conteúdo do IP, não podendo ter juízo de valor, é apenas descritivo.

• NO IP NÃO EXISTE NULIDADE.* Terminado pelo Relatório vai ao fórum – vara criminal.* Juiz verifica se é pública ou privada para ver procedimento.Se PÚBLICA – Vista ao MP para requerer ou oferecer denúncia;Se PRIVADA – VÍTIMA – aguarda manifestação da vítima em cartório, ou entrega traslado à vítima e abre prazo para oferecer a QUEIXA. 06 meses para começar o processo, caso não faça extingue a punibilidade pela decadência.

O MP pode tomar os seguintes procedimentos: hipóteses:

1. Oferece denúncia – quando existem condições da ação: a)legitimidade da parte; b)interesse de agir; c)possibilidade jurídica do pedido; d)justa causa; e e)se condicionada a sua representação.

2. Pede arquivamento – quando não tem condições da ação. Insanáveis, pois se sanáveis deve requerer diligências para buscar suprir.

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3. Pede diligências – para sanar as faltas sanáveis, complementares – pela quota ministerial.

4. Conflito de atribuições – não é previsto, mas ocorre quando na comarca há promotor especializado. Ex.: especialista só para júri.

OFERECIMENTO DA DENÚNCIA ou QUEIXA

O juiz decide se recebe ou rejeita a denúncia.

RECEBER – instaurou a ação, era denunciado passa para acusado. Denúncia formalmente em ordem. Cabe HC trancar ação. Denúncia materialmente em ordem – condições da ação.

REJEITAR – Se não constituiu crime, ou seja, falta possibilidadeArt.43 jurídica do pedido. Se extinta a punibilidade pela prescrição. Legitimidade etc. – condições.

Art.41 CPP – MATERIALIDADE DA DENÚNCIA

1º Qualificação do indivíduo – basta individualizar;2º Capitulação do crime – pode ser mudada depois;3º Narração minuciosa dos fatos – possibilita defesa;4º Rol de testemunhas – pois é uma petição inicial;5º Procuração com poderes especiais – para Queixa.

* Se rejeitar denúncia ou queixa – Recurso em Sentido Estrito.* Para decisão que recebe não cabe recurso = pode caber HC para

trancar a ação penal.

PEDIDO DE ARQUIVAMENTO PELO MP

- Juiz concorda e determina o arquivamento. Exceção: art.18 – polícia pode continuar em pesquisas para novas provas.- A decisão que arquivou o IP é irrecorrível.- Se o juiz atravessar o promotor e arquivar direto, sem vista ao MP, cabe Correição Parcial.- Quando o juiz não concorda com o MP no pedido de arquivamento, remete ao Procurador Geral da Justiça, ou Procurador Geral da República (caso Federal), art.28.- O Procurador Geral decide. Se concordar com o arquivamento ele insiste e o juiz está obrigado a arquivar.- Se o Procurador não concordar com o arquivamento pedido pelo Promotor, pode ele mesmo denunciar ou nomear outro Promotor

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para fazê-lo.- Este outro Promotor não pode ser o mesmo que pediu o arquivamento.- Este outro Promotor deve denunciar obrigatoriamente, pois atua por delegação, que o vincula.

TERCEIRA AULA:

COMPETÊNCIA

JUSTIÇA COMUM: FEDERAL – 109, CF. ESTADUAL – Residual – o que não é federal nem Eleitoral ou Militar, é Estadual Comum. O que sobra da Especial.

JUSTIÇA ESPECIAL: ELEITORAL – tudo eleitoral e seus conexos (vis atractiva), cíveis e crime. MILITAR – exclusive de crimes militares TRABALHO – especial, porém não julga crime.

2º GRAU -> FEDERAL TRF2º GRAU -> ESTADUAL TJ ACIMA DOS 2 É STJ (comum)

STF | STJ

TRF TJ | | FEDERAL ESTADUAL

STF | TSE STM TST | | | ELEITORAL MILITAR TRABALHO

-> Para cada justiça tem um tribunal superior – “S” de superior.-> Tudo que é Supremo é superior aos superiores.

1º - Vê se é ESPECIAL (Eleitoral, Militar), se não vai para 2º;2º - Vê se é FEDERAL – se não vai para 3º;3º - Só pode ser COMUM ESTADUAL então – residual (sobrou).

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COMPETÊNCIA FEDERAL ou ESTADUAL:

• JUSTIÇA COMUM FEDERAL:

- Infração penal contra BIS (Bens, InteressesArt.109, IV, CF e Serviços da União). + - Entidades Autárquicas (Federal ou Estadual) Súmula 42 STJ e mais as Fundações Públicas. CAI * - Contra BIS de Empresas Públicas Federais. Direito privado, espécie de Empr. Estatal.

Empresa Pública = Capital integral público federal 100%. Forma livre.Soc. Econ. Mista = Capital público federal + privado. Sempre S/A – Justiça Estadual.

Ex.: BB S/A Petrobrás S/A Estadual

CEF * EXCETO CONTRAVENÇÕES ECT Federal PENAIS. NUNCA COMPETE À FEDERAL. AINDA QUE AFETE O BIS DA UNIÃO.

Art.109, IX, CF. – Crimes: Aeronaves+ Súm. 38 STJ Embarcações FEDERAL

• Contravençao em Aeronave ou Embarcação não é Federal.

Art.109, IV, CF. – Crimes: Contrabando Suprime tributo+ Súm. 151 STJ Descaminho federal – FEDERAL

CRIMES PRATICADOS SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL COMPET.CONTRA ou POR: (Serviços ou Interesses União) FEDERAL

• Se houver nexo funcional vai para justiça federal.• Deve haver nexo com sua função – no exercício ou em razão

dele, o cometimento do crime. Súm. 147 STJ, 254 TFR/TRF.

Art.109, V, CF. Tratado ou Convenção internacional. ++ Súm. 522 STF Execução do crime iniciada em um país e consumada em outro. (crimes a distância, de espaço máximo ou que transcendem fronteiras).

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Ex.: tráfico internacional – FEDERAL.

1ª – Qual a justiça? – Especial / Federal / Comum.2ª – Nesta justiça, que grau? – Ex: Compet. Prerrog. de Função. Primeiro Grau é REGRA. Segundo Grau é EXCEÇÃO (Prerrogativa de Função).

- Juiz / Promotor................... = TJ que é subordinado;- Governador........................ = STJ- Presidente. Dep. Federal / Senador = STF3ª – Onde? Comarca? – Competência territorial. REGRA 70 CPP.

Lugar do Crime – Teoria da Ubigüidade Tempo do Crime – Teoria da Atividade Lembrar: L U T A

CPP adotou a Teoria do Resultado, onde se consumou, pois é onde estão os vestígios, facilita produção de provas.

Não conhecido o lugar da consumaçãoSubsidiariamente – Domicílio do Réu (72, CPP).Facilita sua defesa no processo.

Crimes de Ação Penal Privada (Queixa Crime)A.P. Privada o foro é optativo – vítima escolhe.Consumação ou Domicílio do Réu.

4ª – Qual juízo? Vara? Se mais de 1 existir.

Ex.: Cível e Crime, ou Crime e Crime do Júri, etc.

COMPETÊNCIA TERRITORIAL EM CRIME CONTINUADO -> CAI *

Ex.: 4 Roubos da mesma espécie. 4 Comarcas diferentes consumadas. Qual julga? – Art.71 CPP. JULGARÁ O JUÍZO PREVENTO – Aquele que primeiro despachou.

PROVAS

1 – PROVA PERICIAL – 159 CPP.- Peritos oficiais (concursados).- Não havendo oficial o juiz nomeia os não oficiais (louvados).- Deve ter no mínimo 2 peritos para fazer o laudo.

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Exame de Corpo de Delito: É diferente na sua finalidade, visa provar a materialidade / existência do crime, senão não é exame de corpo de delito. CORPO = VESTÍGIO.

Necroscópico: Corpo delito – prova existência do crime.Digital Arma: Geral – não prova existência do crime, mas tenta provar autoria.

Art.158 CPP – Corpo Delito – INDISPENSÁVEL.

Outros exames podem ser dispensados. Base mínima para denunciar deve ter prova da materialidade e indícios suficientes da autoria = Por isso corpo delito é indispensável – prova materialidade.

Quando impossível – não há vestígios por exemplo – prova testemunhal pode suprir. Art.167, CPP, em última hipótese. Não é opção.

O depoimento permite concluir pela existência, embora alguns casos não se conclui.

Sem vestígios e sem testemunhas:-Confissão da pessoa, ainda que detalhadamente, não supre.-A confissão não supre nada. Art.158, parte final.-Não é prova segura suficiente para condenar.

INTERROGATÓRIO DO ACUSADO

Natureza jurídica = Mista ou Híbrida – Dúplice. Porque é meio de defesa e meio de prova.

Defesa Técnica Auto Defesa (advogado) (pessoal)

LEI 10.792/03 Modificou Interrogatório -> CAI *

Arts. 185 a 196, CPP.

1) 185 – obrigatória presença do advogado. Senão gera nulidade.2) 185, $2º - direito de entrevista entre acusado e advogado, prévio, permite interação das defesas.3) 194 – revogado. Previa nomeação de curador para acusado menor de 21 anos. Não tem mais.4) 188 – advogado não podia intervir, era ato privativo do juiz o interrogatório. Hoje as partes podem formular as

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reperguntas. Não havia contraditório, hoje sim.QUARTA AULA:

ACAREAÇÃO – 229 CPP

- Pode ser de todos contra todos.- Quando houver divergência relevante sobre fatos e circunstâncias.- É judicial ou administrativo – no processo ou inquérito.- Com testemunha é mais problemático: Art.203 – Termo de compromisso. Art.208 – Não são testemunhas.

a) Doente ou Deficiente Mental;b) Menor de 14 anos;c) Ascendente / Descendente / Cônjuge / Irmão / Filho adotivod) Art.207 – PROIBIDAS:

a) Segredo profissional, sigilo (EOAB veda ao advogado)Salvo desobrigação da parte. Advogado pode recusar.

INTERROGATÓRIO = Réu. Quem arrolou é queDEPOIMENTO = Testemunha. pergunta primeiro.DECLARAÇÕES = Vítima ou Informantes. Se for testemunha do juízo é o MP 1º.

OBS.: DOCUMENTO É QUALQUER ESCRITO.

-> Momento de pedir provas = Acusação – inicial, denúncia. Defesa - defesa prévia.

OBS.: NO PROCESSO PENAL PODE JUNTAR DOCUMENTOS A QUALQUER MOMENTO, ANTES DA SENTENÇA, SALVO RITO DO JÚRI. Nas alegações finais de pronúncia não junta mais. Não pode apresentar documentos novos no plenário. Pode juntar até 3 dias antes do plenário, para contrariar. Pelo direito do contraditório do docto., pode ser falso.

PRISÃO E LIBERDADE

CÍVIL = Depositário Infiel; Inadimplemento Pensão Alimentícia.

PENAL = Pena, execução de pena privativa de liberdade.

PROCESSUAL = Ocorre da data do fato até o trânsito da sentença. Tem caráter provisório – SEMPRE – Cautelar. (fumus boni juris e periculum in mora).

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REGRA : Indivíduo permaneça solto, em liberdade no processo.EXCEÇÃO: Prisão no processo é exceção.PRISÕES:

a) Flagrante;b) Preventiva;c) Temporária;d) Decorrente da Sentença de Pronúncia;e) Decorrente de Sentença Condenatória Recorrível.

A) FLAGRANTE: 302 CPP

1º - Próprio ou Real: = I e II = Mais próximo.2º - Impróprio ou Quase Flagr: = III = Perseguição ininterrupta.3º - Ficto ou Presumido: = IV = Mais distante, encontrado.

PreparadoEsperadoRetardado / DiferidoForjado

PREPARADO: Interação entre o agente com policial de modo subjetivo que influencia. Não pode porque seria impossível a consumação. Analisar esta impossibilidade.

ESPERADO : Polícia arma tocaia, mas não interage com o agente, apenas espera o delito ocorrer para dar a prisão. Pode normal. Quando há denúncia anônima, p. ex.

RETARDADO: Lei 9034/95. Poderia prender o agente porque já tinha elementos, mas não faz para continuar vigiando para ter mais êxito. Pode normal. Em geral é para pegar a quadrilha toda.

FORJADO : Não pode existir. Quando polícia planta prova Inexistente, para tornar lícita a diligência.

• Auto de prisão em flagrante:

Art.304 – Tem: Histórico Ouve pessoas Ouve acusado

* Em 24 horas o DelPol deve: JUIZ: Ratificar o flagrante. O delpol informa o juiz da

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Não feito isso o juiz prisão para verificar sua deve relaxar a prisão. legalidade. PRESO: Informa os motivos de sua prisão pela nota de culpa.

O JUIZ ANALISA: VÍCIOS: Flagrante em ordem. Problemas formais. Se houver deve relaxar na hora. Ilegal. MÉRITO: Ver se merece ficar preso, a necessidade da custódia, art.310, se cabe liberdade provisória, se não presentes os requisitos do art.312. Problema mérito – Liberdade Provisória.

AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA Para manter o flagrante deveAÇÃO PENAL PRIVADA haver representação para( Mas flagrante pode normal ) validar. Senão é ilegal.

LEI 9.099/95 – Faz TC – DelPol pergunta ao autor/acusado se ele se compromete a comparecer no juízo. SIM – Liberado. NÃO – Fica no flagrante.

LIMITE DE DISCRICIONARIEDADE DO DELEGADO DE POLÍCIA:

- Tem certo limite.- Não pode deixar de praticar ato por achar que é melhor.- Não pode fazer pré-julgamento de mérito.- Limite de prevaricação.- Existe margem mínima de discricionariedade. Ex.: - Pode arbitrar fiança em determinados casos. - Havendo excludente clara não mantém o autor preso.

B) PRISÃO PREVENTIVA: 311 a 316 CPP

- Cabe em crimes dolosos: NÃO EM CRIME CULPOSO; NÃO EM CONTRAVENÇÃO.

Requisitos: 312

Ordem Pública: todo crime atenta, mais ou menos causar clamor.Ordem Econômica: contra o sistema financeiro.Garantia da Aplicação da Pena: possibilidade de fuga do réu.Conveniência da Instrução Criminal: pode atrapalhar a marcha.

- Pode existir durante o IP ou na Ação Penal.

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- Decretada pelo juiz: OFÍCIO Requisição do MP Pedido do DELPOL

Pedida ao Juiz = Ele diz SIM -> cabe H.C. Ele diz NÃO -> cabe RESE.

C) PRISÃO TEMPORÁRIA: não prevista no CPP

- Lei 7960/89 (prisão para investigação).- Só existe durante o IP.- Tempo de 5 dias, prorrogável por mais 5 dias. (não é 10)- Hediondo é 30 dias, prorrogável por mais 30 dias. (não é 60)- Não pode de ofício o juiz – art.2º - omisso quanto à isso.

Hipóteses: art.1º, I, II, III.

I – Imprescindível para investigações no IP.II – Não tem residência fixa ou há dúvida sobre sua identidade.III – Rol de delitos – “a” até “o” do artigo. Só cabe dentro desse rol, fora dele não existe, é TAXATIVO, sine qua non.

OBS.: Deverá ser sempre: III + I ou Porque o III deverá III + II existir sempre.

QUINTA AULA:

PRISÃO PROVISÓRIA

- É prisão durante o processo (prisão processual) ou prisão cautelar: deve haver fumus boni júris e periculum in mora. ( Indício da autoria e Prova da materialidade )

FLAGRANTE : 302/304 (304 ver que mudou – agora auto fracionado)

PREVENTIVA: 312 Qq crime doloso punido com reclusão Mais requisitos A prisão não tem prazo

TEMPORÁRIA: 7960/89 Só no IP Rol de crimes específico Prazo de 15d + 5 ou 30 + 30 se hediondo

Art.408 CPP – Prisão em razão de pronúncia “REGRA”.

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Pronunciou tem que prender. Exceção: primário e de bons antecedentes aguarda solto. Se estava solto continua assim, ou contrário.

Art.594 CPP – Por Sentença Condenatória no 1º grau. Para recorrer deve recolher à prisão “REGRA”. Exceção: mesma do 408, primário e de bons antecedentes, apela livre.

LIBERDADE PROVISÓRIA- Para prisão em flagrante- Para prisão preventiva e temporária = cabe revogação

Flagrante: Vício Excesso de prazo Relaxamento Liberdade Auto tudo ok Liberdade provisória2 tipos de liberdade provisória

COM FIANÇA: Na delpol arbitra e já sai livre. 323 CPP quais não admite fiança.

I – reclusão pena mínima maior que 2 anos; II – contravenções dos arts. 59 e 60 LCP; III – réu reincidente em crime doloso; IV – prova no processo que o réu é vadio; V – crime doloso praticado com violência ou grave ameaça a pessoa, ou que provoque clamor público; (em concurso material de crimes soma-se as penas para efeito de concessão de fiança)

( Pena mínima até 2 anos cabe fiança ) ( primário em crime doloso tb cabe )

Detenção – delpol arbitra Reclusão – só juiz arbitra

Valor = terminou processo devolve – é caução. (dinheiro, pedras, título da dívida pública)

QUEBRA, PERDA E DEVOLUÇÃO:

Quebra: descumpre deveres impostos – recolhe à prisão / não tem mais fiança / metade do dinheiro vai para o fundo penitenciário.

Perda: condenado e não se apresenta à prisão – perde tudo.

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Devolução: sempre quando termina o processo devolve o valor.

SEM FIANÇA: (direito de sair sem recolher fiança)

Deve antes ouvir o MP

- Tenta Liberdade Provisória (quando não dá com fiança)- Tenta Sem Fiança

- Se livra solto (expressão acabou com Lei 9099/95).- Punido com multa apenas (menor potencial) – Sem fiança.- Pena máxima de 3 meses – Sem fiança.- Delpol verifica que o crime foi praticado conforme art.23 CP.

• Em Concurso Material = soma pena mínima.• Em Concurso Formal = levar em conta o aumento de pena + pena

mínima do crime mais grave.

SEXTA AULA:

PROCEDIMENTOS = RITOS

COMUM: ORDINÁRIO = Reclusão Lei que determina SUMÁRIO = Detenção qual rito usar. SUMARÍSSIMO

ESPECIAL: Júri Contra a Honra Por Funcionário Público Tóxicos, etc...

Para saber qual - É sumaríssimo? – ainda que haja especial.rito, pergunta-se: - É especial? - Então é Ordinário Comum.

SUMARÍSSIMO: - Lei 9.099/95.

- Infrações de menor potencial ofensivo, que são:

. Todas contravenções; . Todos crimes com pena máxima até 2 anos.

- A Lei 9.099/95 inovou em 3 pontos:

. Art.88 – lesão corporal culposa – A.P. Públ. Condicionada. - lesão corporal dolosa leve – Públ. Condicionada. . Art.89 – trouxe suspensão condicional do processo.

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. Total - criou o rito sumaríssimo.

- Art.89 – Susp. Cond. do Proc. pode em qualquer rito, é inovação da lei 9.099 mas não se aplica somente a ela. “sursis processual”

REQUISITOS: - Qualquer crime pena mínima até 1 ano; - Primário e não respondendo por outro processo. - Qualquer crime, lei 9.099 ou não.

ATENÇÃO: é diferente da Susp. Cond. da Pena – art.77 CP.PRINCÍPIOS NO SUMARÍSSIMO:

- Oralidade: atos são realizados oralmente, porém documentados.- Celeridade: tudo resolvido em uma única audiência, rápido.- Informalidade: pouco rigorismo formal para ganhar tempo.

FASE POLICIAL:

- Não tem flagrante – faz TC, que substitui o flagrante.- Se recusar a assinar o compromisso faz flagrante normal.- Em REGRA não tem IP, mas casos complexos, se precisar tem.- Encaminhado para o JECrim.FASE JUDICIAL:

1º - AUDIÊNCIA PRELIMINAR – antes da denúncia – art.72 Composição civil – acordo – A.P.Privada = renúncia. A.P.Públ.Cond. = ext. punibil. Transação penal - acordo – Aplica pena não privat. liberd. restrit. de direitos ou multa. Extingue a punibilidade.

• Não cumprindo o acordo a lei não fala nada. 3 correntes:

- converte privat. liberd. – Corrente do MP.- segue ação que foi suspensa – Corrente lógica.- executa no cível obrigação de fazer – Corrente da OAB.

• Não aceitando transação penal o MP oferece denúncia oral.

2º - AUDIÊNCIA INSTRUÇÃO, DEBATES E JULGAMENTO.

- 1º Juízo de admissibilidade, juiz vê se recebe denúncia. - 2º Defesa rebate a denúncia. - Ouve testemunhas – acusação e defesa (3 ou 5 cada lado).

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- Interrogatório do réu. - Debates (MP 20 min. / defesa 20 min.) prorrog. + 10 min. Não faz memoriais, ofende o princ. da oralidade. - Sentença em audiência – dispensa relatório. - Cabe apelação da Lei 9.099/95 – ver seu prazo.

OBS.: RECURSOS CPP 9.099 LEI IMPRENSA

Recebe a Ñ Ñ RESEDenúncia SÓ HC SÓ HC DO CPP

Rejeita a RESE APELAÇÃO APELAÇÃODenúncia 43 DO CPP LEI 9.099 DO CPP

- Recurso vai para Turma ou Colégio Recursal.- São 3 juízes de 1º grau reunidos.- HC contra Colégio Recursal vai DIRETO AO STF porque Col. Rec. é 2ª instância interna, senão até chegar para STF teria 5 instâncias (excesso).

ORDINÁRIO: - Crimes de Reclusão.

- Denúncia – Solto 15 dias / Preso 05 dias.- Queixa -AQUI SUSPENSÃO DO PROCESSO – Art.366 CPP, quando o acusado:

a) se oculta;b) tem qualificação incerta;c) está em local inacessível;d) está em L.I.N.S.

- Não existe citação por hora certa no Proc. Penal. - Não existe citação pelo correio no Proc. Penal. - ASSIM, FAZ EDITAL.

- Juiz recebe ou não a denúncia.- Cita o Réu para interrogatório – só por mandado – por oficial.- Depois interrogatório a Defesa Prévia – arrola testem. – 3 d.- Audiência ouve testemunhas acusação 20d. preso / 40d. solto.- Audiência ouve testemunhas defesa até 8 testemunhas cada.

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- Fase do 499 – diligências complementares – 24 horas de prazo. . Tem que intimar e abrir prazo. Geralmente se desiste antes.- Fase do 500 – Alegações Finais – 3 dias cada parte. . É diferente do procedimento do júri. . Não apresentou aleg. finais, NÃO JULGA, falta defesa, juiz nomeia um defensor dativo.- Sentença em até 10 dias.

SÉTIMA AULA:

SENTENÇACONDENATÓRIA = impõe pena.

ABSOLUTÓRIA = não impõe pena.ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA = impõe medida de segurança – não é pena.

EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE = 107 CP – Lei 11106/05*. - Tem o mérito prejudicado, nem chega analisar mérito. - Extint. da Punibil. cabe RESE. - Absolvição Sumária do Júri, cabe RESE, 411 CPP.

SENTENÇA: Ementatio libelli, 383 CPP. Ver e entender. Mutatio libelli, 384 CPP.

- Princípio da Correlação entre Acusação e Sentença.

Assim, a sentença deve guardar paridade com a denúncia, onde o promotor faz seu pedido. Se o pedido é um, não pode o juiz condenar em outro, diferente do que pede o promotor. Deve sempre guardar consonância. - Sentença não pode ser ULTRA PETITA – a mais. - Sentença não pode ser CITRA PETITA – a menos.

DENÚNCIA SENTENÇA

Fatos, Fatos, Tipo Troca Penal Tipo

155, §4º Art.171 Fraude estelionato

• 383, pode trocar tipo penal – emendatio libelli.

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DENÚNCIA SENTENÇA

Fatos, Fatos Tipo | | | Novos Penal =/= Fato inédito “ X ” surge fora juiz pode da denúncia conhecer.

• 384, MP adita denúncia – mutatio libelli.• Prazo para MP aditar e Prazo para Defesa pronunciar.• Se mutatio para situação mais grave – MP adita.• Se mutatio para situação menos grave – ouve defesa apenas.

SUMÁRIO: - Detenção que não seja sumaríssimo. Que não tenha rito especial – (Lembrar de ver Júri).

- Denúncia;- Cita réu;- Interrogatório;- Defesa Prévia;- Testemunhas acusação;

- Despacho saneador*

- Testemunhas defesa;- Debates orais – 20 min. + 10 min. (pode ser memoriais);- Sentença na audiência ou em até 10 dias.

• Não existe a fase do 499, pois o que tinha que realizar de provas devia ter sido requerida antes do despacho saneador.

OITAVA AULA:

RECURSOS

1 – Para recorrer tem que ter interesse em recorrer – vencido.2 – Precisa ter sucumbência – derrotado em qualquer aspecto.3 – Previsão legal.4 – Órgão Superior revisão (regra) –Exceção: Emb. Decl./Infring.5 – Quando no mesmo processo a causa de pedir não muda.

HIPÓTESES de Reexame Necessário:

1 – Proc. do Júri – Absolvição Sumária, independente do plenário, art. 411 CPP.

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2 – HC em 1ª inst.- RESE.

3 – Decisão do juiz que concede reabilitação.

- Conhecimento: juízo de admissibilidade.- Provimento : discussão do mérito.

REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS:

OBJETIVOS: Cabimento; Adequação; Tempestividade; Procedimento Correto.

SUBJETIVOS: Legitimidade Parte; Sucumbência.

Denúncia: Recebe – nenhum recurso – só HC (não tem previsão) Rejeita – RESE, 581, I, CPP.

---- I – Renúncia. - Réu não recolhe prisão. (594 CPP – regra prisão).FATO Inverte regra geral.

---- II – Desistência – A.P. Privada. Fuga do Réu.

• Pode Réu RECORRER DE DECISÃO ABSOLUTÓRIA ??? SIM PODE !!• Art.386 CPP – pode ser absolvido mais querer algo mais.

PRINCÍPIOS:

Fungibilidade: Recebimento de um recurso pelo outro, desde que o erro seja justificado e de boa-fé, e com compatibilidade procedimental.

Proibição da Recurso da defesa não pode prejudicar, piorar aReformatio in situação do réu. * O recurso da acusação sim.Pejus: Não aplica este princ. se acusação tb recorre.

Reformatio in Anulada uma sentença em face de recursoPejus INDIRETA exclusivo da defesa, não é possível, em novo julgamento, agravar a situação do réu. Isso se

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dá porque o MP se conformou com a primeira decisão, não apelando dela, apelando apenas a defesa – cria-se limite ao novo julgamento.

EFEITOS DOS RECURSOS:

Devolutivo: (regra e normal) – Devolve a matéria ao judiciário.

Suspensivo: (exceção, alguns) – Suspende a execução até que julgue o recurso. Sobrestamento dos efeitos da sentença.Regressivo: Interpõe em face de um, direcionando para outro. Juízo de retratação: juiz concorda com erro e corrige ao invés de mandar para tribunal o recurso. Ex.: RESE e Agravo em Execução têm.

Extensivo : Recurso de um réu aproveita ao outro, quando cometeram o crime em concurso de agentes. Há exceção.

RECURSOS EM ESPÉCIE:

RESE -> 581, I a XXIV, CPP

- Leis 7209 e 7210 – Execução Penal, art.197 = AGRAVO EM EXEC.- Art.581 CPP, incisos XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII, e XXIV – Ver todos.- Art.294 CTB – RESE

APELAÇÃO

- Art.593 CPP. – LER TODOS ARTIGOS DO CÓDICO SOBRE APELAÇÃO.- Prazo de 5 dias para manifestar.- Prazo de mais 8 dias para razões, 600 CPP.- Ver todos incisos do artigo*.- Decisão do juiz singular – Exclui o Júri; - Exclui o Tribunal.

Art.593, III, CPP – cabe das decisões do trib. do júri:

(a) Nulidade – após a pronúncia – antes pronúncia é RESE.(b) Juiz contra lei ou jurados – tribunal adequa a decisão à

lei.(c) Juiz erra aplicação da pena – tribunal refaz cálculo e

corrige.

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(d) Jurados contra evidências dos autos – novo julgamento, uma só vez.

Art.600, §4º, CPP – Se a parte ao apelar manifestar vontade de arrazoar no tribunal, será o processo remetido para lá e aberta vista dos autos, intimando o recorrente para tanto, no tribunal.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

- Embarguinhos = ao juiz na 1ª instância. Prazo de 2 dias.- Arts.382 (embarguinhos) e 619 (embargos normal).- Na lei 9099/95 o prazo é de 5 dias. Resto mesma coisa.- Pode se utilizar dos Embargos de Declaração para fazer PREQUESTIONAMENTO para eventual recurso posterior.- LER TODOS ARTIGOS DO CÓDIGO SOBRE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.

EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE

- Art.609, p.ú., CPP.- Votação não unânime = 2 x 1- É privativo da defesa.- Se o assunto tratou-se de mérito apenas é só INFRINGENTES.- Se tratou de mérito e nulidade é INFRINGENTES E DE NULIDADE.- O assunto é restrito à divergência, só o tema que divergiram.- Cabe do 2 x 1 da APELAÇÃO, do RESE e do AGRAVO EM EXECUÇÃO.- Não cabe no HC, ainda que seja julgado por 2 x 1.- Prazo de 10 dias a contar da publicação do acórdão.

NONA AULA:

CARTA TESTEMUNHÁVEL

Decisão -> Publicação -> Intima -> 5d para RESE -> Razões/Contra-Razões de RESE -> Retratação ou NÂO -> Determina subida para 2ª instância.

Quando juiz nega essa subida dos recursos, trancando-os.

SOMENTE NOS CASOS DE: RESE; Agravo em Execução; Protesto por Novo Júri.

- CT sobe com cópias – traslados.- É dirigido ao escrevente que submete ao juiz para retratar.- Escrevente é obrigado a subir com CT se não retratado.- Negou provimento CT – acabou – não cabe mais nada.

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- Deu provimento à CT – SOBRE O RESE – autoriza a subida.- Como a CT já vai instruída com cópias o tribunal já julga o RESE. (decisão “de meritis”), com base nas cópias do RESE.

• Quando indefere a subida da Apelação é RESE, que não vai com cópias, portanto, não faz esse julgamento antecipado.

PROTESTO POR NOVO JÚRI

- Arts. 607 e 608 CPP - Ver.- Pena de 20 anos por 1 crime doloso contra a vida.- Não pode 15 anos no homicídio + 10 anos do estupro.- 10 + 10 por 2 homicídios também não. Deve ser 1 crime apenas.- PNJ + Apelação concomitantes = Exceção à Unirecorribilidade.- Possibilidade de 2 recursos ao mesmo tempo.- Deve ser PNJ para crime doloso contra a vida com pena de 20 anos ou mais, e Apelação para outro crime julgado junto.- PNJ não sobe, é o próprio juiz presidente do júri que decide.

- PNJ só cabe uma vez.- Na segunda se der 20 a. de novo, faz Apelação.- Nessa Apelação, reconheceu decisão contrária às provas, cancela o júri – faz outro.- No 3º julgamento pegou 20 a. de novo, NÃO CABE MAIS NADA, sem PNJ e nem Apelação.

1º júri – 20 a. – recorreu cancelou;2º júri – 24 a. – não pode “reformatio in pejus”. Há dúvida, então, “pro reo”.

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

- Art. 102 CF e Lei 8038/90.

- HC em 1ª inst. (coator DelPol).- HC denegado na 1ª inst.- Cabe RESE para 2ª inst. – Pode novo HC na 2ª.

- HC em 2ª inst. (coator juiz 1º grau).- HC denegado na 2ª inst.- Cabe ROC para 3ª (STJ).- HC denegado em ÚNICA inst. no STJ (direto no STJ).- Ex.: por prerrogativa de função vai direto para STJ.- Cabe ROC par STF -> único caso. QUANDO ÚNICA INST. STJ.

RECURSO ESPECIAL RECURSO EXTRAORDINÁRIO

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STJ STFLei Federal Matéria ConstitucionalMatéria de Direito, não fato. Matéria de Direito, não fato.Esgotar vias ordinárias. Esgotar vias ordinárias.Pré-questionamento anterior. Pré-questionamento antes.Argüição de relevância agora. Argüição de relevância agora.(interesse geral – EC/45) (interesse geral – EC/45)

VER NA LEI E CÓDIGO OS PRAZOS E HIPÓTESES DE CABIMENTO DE TODOS OS RECURSOS AQUI ESTUDADOS. IMPORTANTE PARA PROVA.

AÇÕES IMPUGNATIVAS: HC / REVISÃO / MANDADO DE SEGURANÇAHC – 648 CPP

HC Preventivo: solto correndo risco d ser preso – salvo conduto.HC Liberatório: já está preso – alvará de soltura.

- Não precisa de capacidade postulatória.- Não tem prazo – enquanto ocorrendo a violação ou ameaça.- HC cabe no IP para trancar o IP, na iminência de ser preso.- HC é AÇÃO.

REVISÃO CRIMINAL

- É AÇÃO.- Visa rescindir a Coisa Julgada – matéria importante.- Não precisa capacidade postulatória para INICIAR, MANIFESTAR.- Para arrazoar precisa de advogado. Ex.: próprio preso manifesta pedido de revisão criminal para juiz, ele recebe e nomeia advogado para arrazoar.- Tem que ter sentença transitada em julgado.- É privativo da defesa / condenado.- Promotor não faz Revisão Criminal.

Só cabe de sentença CONDENATÓRIA, ouABSOLUTÓRIA QUE APLICA MEDIDA DE SEGURANÇA.

- REQUISITOS: Art.621 CPP -> VER.

- Quando juiz errou e errou feio, pois a coisa julgada é muito importante para permitir mutação facilmente.

- ART.630 CPP – Um dos pedidos da RC pode ser indenização. É o único caso no CPP que admite pedir indenização.

- COMPETÊNCIA: onde o acórdão transitou em julgado:

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EX.: STF – STF STJ – STJ TJ – TJ

EXCEÇÃO: NÃO TEM REVISÃO NA 1ª INSTÂNCIA. SE A DECISÃO TRANSITOU NA VARA DA 1ª INSTÂNCIA, A COMPETÊNCIA PARA REVISÃO SERÁ NA 2ª INSTÂNCIA.

MANDADO DE SEGURANÇA

- Já foi comentado.- Estudar na CF e Lei 1533/51 – PEGAR, LER E LEVAR NA 2ª FASE.- Ler e levar na 2ª fase também a Lei 8038/90.

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DIREITO DO TRABALHO

PRIMEIRA AULA:

A CLT é um conjunto de lei destinado a regular relação de emprego. Trás leis tanto materiais como processuais.

Trabalho – todo esforço intelectual ou físico destinado à produção. (existe trabalho sem emprego)

Emprego – toda relação de emprego contém relação de trabalho.Empregado- trabalhador que se enquadra no art. 3º CLT.

REQUISITOS DO EMPREGADO

Pessoa física- todo aquele que não é pessoa jurídica é física.Não existe empregado pessoa jurídica.

Pessoalidade - “intuito personae”, a função não pode ser exercida por qualquer um que tenha tal habilidade. O empregado nunca pode se fazer substituir por outra pessoa.

Não eventual – habitualidade, expectativa de retorno do empregado no local de trabalho, mesmo que seja uma vez por mês.

Subordinação – estar sob as ordens de alguém.Subord. Hierárquica- relação de comando que o empregador tem

com seu empregado.Subord. Técnica- supervisão técnica do trabalho já realizado.

Ex.: Advogados empregados.Subord. Econômica- não é dependência de salário, mas sim da

estrutura econômica gerada pelo empregador.

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Onerosidade - Salário. Não existe vínculo de emprego gratuito. Basta a promessa que vai receber salário. Art. 460 CLT.

Esses requisitos são CUMULATIVOS, ou seja, a falta de um deles descaracteriza o vínculo. Devem ser somados, existir todos.

TIPOS DE TRABALHADORES E EMPREGADOS

Autônomo – trabalhador – falta subordinação

Eventual – trabalhador – falta habitualidadeAvulso - trabalhador – falta habitualidade

* Diferença entre EVENTUAL e AVULSO: a relação do avulso é trilateral, ou seja, através de intermediador, geralmente sindicado, enquanto no eventual é bilateral, trabalhador e empregador direto.

Aprendiz – empregado – segundo a CF/88 (Art.428,433 e MP251/05)

* O aprendiz aumentou de 18 para 24 anos.* É proibido o trabalho de menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos até os 24 anos.

Estagiário- trabalhador – falta onerosidade (Lei 6494/77)

* Direitos do estagiário: contrato de estágio e seguro de vida.

Trabalhador Rural – empregado – (Lei 5889/73) A diferença está na zona (local) em que trabalha. Não importa a atividade, mas o local, tem que ser rural.

* O empregador rural deve desenvolver atividade visando lucro.

Doméstico – empregado – (Lei 5859/72)

* Ausência de lucro do empregador;* Trabalhar para pessoa ou família;* Trabalhar no âmbito residencial;

* Se o doméstico trabalha apenas 1 vez por semana, não é considerado empregado, ainda que habitualmente.

Institutos que o doméstico não tem direito:

- Horas extras;

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- Adicionais de insalubridade e periculosidade;- Estabilidade de gestante;- FGTS (é facultativo).

SEGUNDA AULA:

CONTRATO DE TRABALHO

Regra – prazo indeterminado.Exceção – prazo determinado, 443 CLT.

CONTRATO A PRAZO DETERMINADO – EXCEÇÃO- Não há aviso prévio, pois já sabe quando termina o contrato;- Não tem multa do FGTS porque ninguém provocou a rescisão;- Não há qualquer tipo de estabilidade, pois vai terminar;

$ 2º ADMISSIBILIDADE:

a) serviço que justifique pela natureza transitória. Ex. aumento de produção temporária;

b) atividade empresarial de caráter transitório. Ex. empresa que só funciona em épocas especiais, páscoa, natal etc.

c) contrato de experiência. Ex. para testar empregado.

PRAZO

Art. 445. Para (a) e (b) no máximo 02 anos;Para (c) no máximo 90 dias.

Art. 451. Prorroga-se apenas 1 vez. Se prorrogar mais de 1 vez passa a ser a prazo indeterminado automático.

* É errado crer que a prorrogação é de 2 + 2 que soma 4 anos.* A prorrogação não pode ultrapassar 2 anos NUNCA, ou seja, se assina por 1 anos, pode prorrogar por mais 1, que dará 2, o máximo permitido. Nunca pode ultrapassar o máximo permitido.* Para o contrato de experiência vale a mesma regra.

479 e 480 CLT – Na eventualidade do empregador rescindir o contrato de trabalho antes da data final pactuada, arcará com indenização em favor do empregado pertinente à metade do que ele deveria receber até o final do contrato.

Em caso inverso, o empregado poderá arcar com indenização em favor do empregador até a mesma proporção a que teria direito, mas somente se ficar comprovado o prejuízo.

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• O empregado paga somente até o limite a que ele teria direito ao empregador, nada mais que isso, ainda que o prejuízo do empregador seja maior que este valor.

TEMPORÁRIO – Lei 6019/74

O empregado temporário pode ser contratado em 2 situações:

a) acréscimo de serviço Máximo 3 meses Não é 90 d. –> é 3 mesesb) necessidade transitória 1 prorrogação de + 3 meses

substituição de pessoal chegando a 6 meses.

DIFERENÇA COM O CONTRATO A PRAZO DETERMINADO

O trabalho temporário é trilateral, ou seja, relação de entre o TOMADOR com a LOCADORA, mais o EMPREGADO. (Art. 16 da Lei)

* Entre o TOMADOR e a LOCADORA existe um contrato civil.* Entre a LOCADORA e o EMPREGADO existe um contrato de trabalho.

TOMADOR ---------- LOCADORA ---------- EMPREGADO

V V (Contrato Civil) (Relação de Trabalho)

O contrato a prazo determinado é bilateral, só 2 partes, ou seja, o EMPREGADOR e o EMPREGADO – Relação de trabalho apenas.

* O art. 16 da Lei dispõe que em caso de falência da locadora, a tomadora de serviços se responsabiliza solidariamente pelos créditos trabalhistas dos empregados.

TERCEIRIZAÇÃO

Existe ainda a terceirização que em nada se confunde com os anteriores. SÚM. 331 TST.

TOMADOR ---------- TERCEIRIZAÇÃO ---------- EMPREGADO

V V (Contrato Civil) (Contrato de Trabalho)

• A Terc. não compreende contrato pessoal de serviço;

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• A Terc. deve compreender contrato de atividade meio da empresa contratante, NUNCA atividade fim. Ex.: O banco tem como atividade B a segurança, portanto pode terceirizar a segurança, que não é sua atividade fim. O restaurante pode terceirizar limpeza que não é sua atividade fim, mas meio.

• Na Terc. o TOMADOR tem responsabilidade Subsidiária sempre.• No Temporário a responsabilidade do TOMADOR é SOLIDÁRIA.

SALÁRIO

Salário - é a importância fixa destinada ao empregado.Remuneração - é o conjunto de títulos recebidos pelo empregado. Tudo o que ele recebe. É mais importante que o salário.

Verba salarial – é a contraprestação pelo serviço prestado. (a obrigação parte de quem recebe, que trabalha antes para receber)Indenizatória - reparação de dano, só. (obrigação parte de quem paga, p.ex.: multa por atraso)

MEIO DE PAGAMENTO DE SALÁRIO

1º - DINHEIRO, 463 CLT – Moeda corrente do país. Se não observar isso é tido como se não tivesse pago.

2º - CHEQUE ou DEPÓSITO, Port. 3281/84 – Referida port. Autoriza as empresas, situadas em perímetro urbano, com o consentimento do empregado a fazer o pagamento de salário e remunerações através de conta bancária aberta para esse fim ou em cheque emitido diretamente pelo empregador em favor do empregado, salvo se este for analfabeto.

3º - UTILIDADE – Pago através de bens econômicos. Pelo menos 30% dos valores devem ser pagos em dinheiro ou cheque.

• Se receber o bem para trabalhar não caracteriza.• UTILIDADE para caracterizar SALÁRIO deve ser dada PELO

TRABALHO e não PARA O TRABALHO.

EQUIPARAÇÃO SALARIAL

O princípio vem da CF/88, art. 7º, XXX: “proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil”.

PARADIGMA – é o espelho que se usa para comparação com o que pretende ser equiparado.

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1- Função idêntica, não o cargo, é o posto, função ou serviço que realiza;

2- Trabalho de igual valor, mesma produtividade (quantidade) e mesma técnica (qualidade), art.461, $1º;

3- Diferença de tempo de serviço não maior que 2 anos. EN. 135 TST – considera-se o tempo na função e não na empresa.

4- Ambos trabalharem para o mesmo empregador. (mas pode entre empresas do mesmo grupo empresarial – Champion/Carrefour);

5- Trabalhadores de uma mesma localidade (Mesmo Município).

• Os requisitos são CUMULATIVOS, não podendo faltar nenhum;• Quadro de carreira homologado pelo Ministério do Trabalho

exclui a equiparação.

TERCEIRA AULA:

AVISO PRÉVIO – 487 CLT.

• Só existe quando tem rescisão do contrato de trabalho.

Requisitos: - Surpresa na ruptura do contrato de trabalho. - Contrato a prazo determinado, não tem AP. - Demissão por Justa Causa não tem direito AP.

Prazo: CF, 7º, XXI (487, I, CLT – REVOGADO PELA CF)

- No mínimo 30 dias, e não 30 dias taxativamente. - É base mínima, podendo ser mais de 30 dias. - Não falou prazo, subentende-se o mínimo: 30 dias.

Objetivo: - Empregado: dar tempo para que procure outro emprego – ÚNICO - Empregador: dar tempo para que arrume outro funcionário.

Titular:

- EMPREGADOR que dá ao empregado. - EMPREGADO para empregador também existe. (direitos iguais).

1 - CONCEDIDO PELO EMPREGADOR: manda embora sem justa causa.

• TRABALHADO:

- Empregado trabalha no curso do prazo do AP, no período.- Tem jornada menor para poder procurar novo emprego.- Art. 488, p.ú. CLT.- 2 horas menos por dia, ou trabalha jornada normal e sai 7 dias

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antes de vencer o prazo do AP.- Escolha faculdade do empregado, o que for melhor para ele.- Rural não tem opção, é obrigado sair 1 dia menos por semana.

PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DE DIREITOS – inerente ao empregado que não pode renunciar seus direitos. Ex.: empregado pede para não ser registrado, não pode, ele deve ser registrado.

SÚMULA 276 TST: “O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego”.-> Ou seja: se a irrenunciabilidade prejudicar o empregado aí pode renunciar.

SÚMULA 230 TST: É vedado substituir a jornada reduzida do AP por hora extra. Se isso ocorrer caracteriza nulidade do aviso, gerando um novo AP a ser indenizado pelo empregador. Não pode, empregador paga mais um. Não pode pagar em dinheiro.

• INDENIZADO:

- Desligamento imediato, empregador indeniza o valor correspondente. Ex: 30 dias = 1 mês de salário.- Ocorre quando o empregador quer o desligamento imediato do empregado, por qualquer motivo, briga etc.

2 - CONCEDIDO PELO EMPREGADO: quer deixar a empresa.

- Quando empregado comunica que vai sair (pede demissão).- Empregado concede ao empregador.

• TRABALHADO:

- Empregado trabalha o período.- Não tem redução de jornada, art. 488 CLT.- Não precisa procurar outro emprego, se ele quer sair por vontade própria ou já arrumou outro ou não vai mais trabalhar.

• INDENIZADO:

- Empregado paga empregador o valor de 1 mês de trabalho, se de 30 dias o aviso.- É descontado nas verbas rescisórias.

• Art. 477, $ 6º CLT: as verbas rescisórias devem ser pagas até o 1º dia útil subseqüente ao término do AP trabalhado ou em

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10 dias corridos caso de AP indenizado ou mesmo ausência de AP.

• Mesmo artigo fala que a inobservância destes prazos por parte do empregador imputa em multa de 1 vez o seu salário em favor do empregado.

• Prazo para pagamento das rescisórias no AP domiciliar é idêntico ao indenizado.

AVISO PRÉVIO sempre conta como TEMPO DE SERVIÇO, para todos os fins.

SÚMULA 348 TST: É inválida a concessão de AP na fluência de garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos. Ex: gestante recebe aviso antes de terminar o prazo de garantia, pois quando o aviso expirar a sua garantia já teria se expirado também. Não pode. Só pode dar aviso depois que expirada a garantia.

ESTABILIDADE

- Direito do empregado de permanecer no emprego mesmo contra vontade do empregador.

(Art.492 CLT REVOGADO)

É quebrada: a estabilidade:

a) Pedido de demissão pelo empregado;b) Aposentadoria;c) Morte do empregado;d) Demissão por justa causa.

FGTS

- 8% do salário do empregado o empregador paga no fundo para não ficar na mão por eventual desemprego.

- Art.478 CLT: O empregado optante da estabilidade decenal, que não a adquiriu em razão da CF/88, tem direito a uma indenização compensatória na base de 1 salário para cada ano de serviço.- Multa 40% do FGTS:

. Existe quando empregador demite sem justa causa. . Passou para 50% para o empregador pagar . Alíquota de 8,5% sobre o salário agora.

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CAI* Porém: Só 40% vai para empregado. Os outros 10% vai para o governo cobrir rombo. Mesma coisa da alíquota, os 0,5% de diferença vão para o governo, e não empregado.

- Multa empregado recebe = 40% --- Depósito de 8% -- Nada mudou.- Multa empregador paga = 50% --- Depósito de 8,5% -- SUBIU.

SAQUE DO FGTS:a) Demissão sem justa causa;b) Aposentadoria;c) Compra de Casa Própria;d) Conta inativa por mais de 3 anos;e) Empregado com 70 anos ou mais;f) Moléstia grave;g) Pelos herdeiros por morte do titular.

ESTABILIDADE -> CAI*

1- Direção Sindical – cargo que representa a categoria.

2- Membros da CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.Empresas com atividades insalubres ou perigosas e tenham mais de 50 funcionários é obrigatória a CIPA.CIPA – formada por representantes dos empregados e empregadores, só os eleitos pelos empregados tem estabilidade, representante do empregador não tem.* TITULAR E SUPLENTE têm estabilidade.* DO REGISTRO DA CANDIDATURA AO CARGO DE ELEIÇÃO ATÉ 1 ANO APÓS FINAL DO MANDATO.

3- Acidente de Trabalho – Doença do trabalho é equiparada. LER – lesão esforço repetitivo. No percurso para trabalho também.

- 15 primeiros dias de afastamento é pago pelo empregador;- do 16º em diante é o INSS que paga, auxílio acidente;- IMPORTANTE: Só adquire a estabilidade quando passa a receber do INSS. A partir do 16º dia.- Estável até 1 anos após o retorno ao serviço.- Auxílio Doença não dá estabilidade. Ex: machucou jogando bola.

4- Gestante –

- Da confirmação da gravidez – até – 5 meses após o parto.

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- Se houver aborto a estabilidade acaba com o aborto. Tem direito a 2 semanas de licença só.- Licença maternidade de 120 dias não tem nada a ver. INSS paga.

IMPORTANTE: Empregado estável que é mandado embora, não existe indenização, é reintegração ao serviço.

- Só se for impossível e inviável a reintegração, pode o juiz, a seu critério (discricionário), converter em indenização.É prerrogativa do juiz fazer isso, não faculdade do empregador.

SÚMULA 28 TST: ( confirmar na CLT nova – 2005 )

QUARTA AULA:

JUSTA CAUSA

Princípios:

1º IMEDIATIVIDADE: ( 2 + importantes, caem muito* )

- Prazo 24 horas no máximo para tomar decisão da falta.- houve falta grave deve ser de imediato a dispensa.- Não dispensou de imediato pode dar perdão tácito.- Conta-se da ciência do empregador. Nem sempre é da falta.

2º ISONOMIA DE TRATAMENTO:

- Se tem mais de 1 envolvido na falta, todos devem ter punição idêntica, não pode haver discriminação.

FALTAS GRAVES: - 482 CLT.

a) ATO DE IMPROBIDADE : qualquer ato do empregado, que atente ao patrimônio do empregador.

b) INCONTINÊNCIA DE CONDUTA OU MAU PROCEDIMENTO : atos sexuais, obscenos ou libidinosos = Inc. de Conduta.Todas as faltas são mau procedimento. Mas o Mau Procedimento ocorre em situações mais específicas.

c) NEGOCIAÇÃO HABITUAL : tipo de concorrência desleal com o empregador.Deve ser repetida, uma só vez não é admitida.Não pode o empregado concorrer com o empregador dele, em benefício próprio ou de outrem.Ex.: Desviar cliente do empregador para ele ou outro.

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d) DESÍDIA : preguiça, desleixo, atraso, falta sem justificar, dorme no trabalho, vende avon no trabalho, não cumpre tarefas como ordenado etc.Em regra só o acúmulo vai ocasionar justa causa.

e) CONDENAÇÃO CRIMINAL : exige 2 requisitos cumulativos:1- Trânsito em julgado da decisão penal condenatória.2- Reclusão do empregado preso, pelo mesmo delito. Se for solto, ainda que condenado, não preenche o requisito.

f) EMBRIAGUES HABITUAL OU EM SERVIÇO : - Habitualidade, repetição.- Se embriaga fora mas há reflexos dentro do trabalho.- Bebida alcoólica ou tóxicos, tudo que entorpece.- Foi equiparada à doença, motivo pelo qual o INSS paga empregado que fica afastado para tratamento até recuperar. De acordo com CLT – Justa Causa. De acordo com qualquer outro – Não dá justa causa.

Em serviço: - Não precisa de repetição. - No horário de almoço não dá justa causa. - Deve estar embriagado. - Pode usar antes, mas estar no estado de embriagues no horário de trabalho configura.

g) VIOLAÇÃO DE SEGREDO : empregado que divulga fórmula secreta. -> Senha de banco é segredo de empresa.

h) INDISCIPLINA OU INSUBORDINAÇÃO : descumprimento de ordens.Indisciplina : Ordens Gerais do Serviço.Insubordinação: Ordens Diretas e Específicas.Ex.: Advogado empregado que perde prazo é indisciplina.

i) ABANDONO DE EMPREGO :- Quebra a habitualidade de trabalho.- Falta por 30 d. consecutivas dá abandono.- Não for consecutivo dá falta por desídia.

j) ATO LESIVO À HONRA E BOA-FAMA BEM COMO OFENSAS FÍSICAS: - Não é só calúnia (mentira), qualquer agressão verbal dá justa causa. - Ofensa física pode ser só tentada já dá. - DEVE SER em horário de serviço ou âmbito da empresa. - FORA DA EMPRESA NÃO. - Pode ser contra: colega, cliente, qualquer pessoa.

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- EXCETO: Empregador ou Superior Hierárquico.

k) ATO LESIVO À HONRA E BOA-FAMA BEM COMO OFENSAS FÍSICAS CONTRA O EMPREGADOR OU SUPERIOR HIERÁRQUICO: - Neste caso não precisa ser na empresa ou no seu âmbito. - Pode ser em qualquer lugar, fora da empresa inclusive.

Nos casos das letras J e K, excetuam-se os casos de Legítima Defesa.

e) PRÁTICA CONSTANTE DE JOGOS DE AZAR :- Deve ser constante, ou seja, mais de uma vez.- Neste caso são 4 requisitos cumulativos para dar falta grave:

1º Jogos de azar são os que independem de habilidade do jogador.2º Deve estar envolvido dinheiro.3º Deve ser horário de serviço ou âmbito da empresa.4º Deve ser ilegal o jogo.

ART.482, P. ÚNICO = Atos atentatórios à segurança nacional. Está em desuso, mas pode ocorrer.

(1) DEC. LEI 95.247/87: Vale transporte.

- Não pode ser dinheiro, é só o vale.- Art.7º, $3º. A declaração fraudulenta de etinerário configura falta grave.- Deve haver dolo em pedir sabendo que não ia utilizar.

(2) LEI 7783/89: Lei de greve.

- Apenas greve abusiva pode ser falta grave.- Ex.: nas atividades essenciais, que afetam a sociedade.

QUINTA AULA:

PROCESSO DO TRABALHO

ÓRGÃO:

1ª – Vara do Trabalho – EC 24/99

- Órgão exclusivo de 1ª instância – “juiz do trabalho”.

2ª – Tribunal Regional do Trabalho – TRF – Cada estado tem 1,

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exceto SP que tem 2.

- Órgão da 2ª instância – “juiz do trabalho”.- Órgão de 1ª instância – competência originária.

3ª – Tribunal Superior do Trabalho – TST – Brasília-DF

- 27 ministros.- 2 instâncias dentro do TST (Turmas e SDI/SDC)- Processo chega no TST uma TURMA julga.- Da decisão da TURMA cabe recurso para o próprio TST.- Este recurso vai para SDI / SDC (dentro do mesmo TST).- São até 4 instâncias, e ainda pode Extraordinário para STF.- Na verdade pode ser até 5 instâncias contando o STF.

DISSÍDIOS:

INDIVIDUAIS: Simples : um só reclamante. Plúrimos: pluralidade de reclamantes. Especial: inquérito judicial para apuração de falta grave. Prazo e procedimento peculiar.

. Sumaríssimo – até 40 sal. mín. – 2 testemunhas cada parte.

. Ordinário - mais de 40 sal. – 3 testemunhas cada parte.

DIFERENÇA ENTRE DISSÍDIO INDIVIDUAL E COLETIVO:

Não diz respeito ao número de reclamantes, mas sim ao pleito. O pedido no Dissídio Individual é pessoal, enquanto no Dissídio Coletivo é da categoria o pedido.

ESPECIAL: CAI*

- Caso o empregado cometa alguma falta grave ensejadora da ruptura contratual por justa causa não poderá haver demissão imediata, desde que seja ele estável em decorrência de dirigência sindical ou decenal.

- O empregador deverá suspender o empregado e, dentro de 30 dias (prazo decadencial) o inquérito deverá ser proposto.

- O inquérito permite ouvir até 6 testemunhas cada parte.

Resumindo: Empregado estável em razão de ser dirigente sindical ou caso de estabilidade decenal (10 anos etc.), o empregado não será demitido nem por falta

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grave. Caso cometa falta grave no gozo dessas 2 estabilidades, deverá ser suspenso e submetido a um inquérito judicial para apuração, ouvidas até 6 testemunhas cada parte, será então demitido ou não.

DISSÍDIO INDIVIDUAL: Originária na Vara do Trabalho – TODOS.DISSÍDIO COLETIVO : Originária no TRT – Em REGRA. Originária no TST – EXCEÇÃO.

( Extravasa competência de 1 TRT, é originário do TST, direto ) Ex.: sindicado que abrange uma cidade de SP e outra fronteiriça de MG, o dissídio será de competência do TST.

EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO: TRT 15ª REGIÃO – CAMPINAS

- Extravasando a competência do TRT da 2ª Região (SP) para o da 15ª Região (Campinas), a competência será de SP. Art.114, CF – EC 45/04

COMPETÊNCIA MATERIAL: Art. 114, CF e EC 45/04

Estatutário – Justiça ComumAcidente de Trabalho – Justiça Trabalho – entendimento STF

- O STF, em decisão dia 29.06, por 10 votos a O, declarou a competência da Justiça do Trabalho para julgar ações decorrentes de Acidente de Trabalho. Qualquer ação -> Porque é contra o empregador.

- Para ação que pretende configurar acidente de trabalho é Justiça Comum, ou seja, do Juiz de Direito. Ex.: ação judicial para provar que aquele acidente deve ser considerado de trabalho -> Porque geralmente é contra INSS.

- Sindicato – cobra contribuição sindical – Obrigatória. - filiou paga, mas a filiação - Facultativa.

- Demanda envolvendo sindicato TODAS é da Justiça do Trabalho, mesmo os sindicatos patronais. Sindicato X Sindicato = Justiça do Trabalho. Duas pessoas jurídicas – Primeira vez que acontece isso.

- Dano moral e material decorrente da relação de emprego e trabalho = Justiça do Trabalho.

COMPETÊNCIA TERRITORIAL: Art. 651 CLT

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- REGRA : local da prestação do serviço.- EXCEÇÃO: não importa o local da contratação.

EXCEÇÃO: Contratado em SP -----> Trabalha Santos Repres. Guarujá Comercial Cubatão

-> Deve propor ação no LOCAL ONDE TRABALHA e FOR SUBORDINADO.

-> Caso empregado não seja SUBORDINADO A NENHUM DOS LOCAIS que presta serviço, poderá propor ação ONDE RESIDE ou na localidade mais próxima.

-> Empregador VIAJANTE (ex: circo) o empregado escolhe o foro (optativo) para propor ação, que pode ser o LOCAL DA CONTRATAÇÃO ou PRESTAÇÃO DE SERVIÇO.

-> Contratado BRASIL -----> trabalha ARGENTINA (exterior): - Pode propor na ARGENTINA, pois facilita para empregado, quando ainda está trabalhando. - Se não está mais trabalhando PODE OPTAR, local da CONTRATAÇÃO ou LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO (BRA ou ARG).

SÚMULA 207 TST: Qualquer caso a lei aplicável é a lei do país que trabalha. No caso a lei argentina. Juiz brasileiro aplica lei argentina.

SEXTA AULA:

AUDIÊNCIA

- É obrigatória e indispensável;- SEMPRE faz conciliação antes – 764 CLT;- Presença das partes é OBRIGATÓRIA.

Reclamante pode ser substituído por colega de serviço ou membro do sindicato – até familiar.

- A ação trabalhista é personalíssima;- Substituto não presta depoimento;- Somente para justificar a não presença da parte -> SÓ ISSO.- Marca nova data para audiência para ele vir.

Reclamado também pode ser substituído por preposto ou gerente com conhecimento sobre o fato. TST diz que o preposto deve ser empregado da empresa.

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- Audiência UMA – mas pode dividir em 3 (juiz faz isso).

1ª INICIAL – tenta conciliar PELA CLT É UNA, MAS2ª INSTRUÇÃO – provas, testemunha, etc. NA PRÁTICA SECCIONA3ª JULGAMENTO – sentença. Tecnicamente não audiência, partes ñ precisam ir, é só retirar a sentença, pois começa correr prazo.

RECLAMANTE AUSENTE – 1ª AUDIÊNCIA

- Arquiva o processo – sentença sem mérito – cabe R. Ordinário.

* 2 arquivamentos consecutivos – 6 meses para propor novamente.* Após 6 meses + 1 arquivamento (3º) – Perempção da ação.

Resumindo.... se propor a ação trabalhista e ela for arquivada por ausência do reclamante 2 vezes, só poderá entrar novamente com a mesma ação depois de decorrido 6 meses. É uma espécie de punição àquele que entrou 2 vezes e não apareceu na audiência. Depois desses 6 meses pode entrar de novo. Se entrar a parte e novamente der causa de arquivamento, ou seja, pela 3ª vez ele é arquivado, ocorre a Perempção da ação.

RECLAMANTE AUSENTE – 2ª AUDIÊNCIA – DE INSTRUÇÃO

- Confissão quanto a matéria de fato (não arquiva).

RECLAMADA AUSENTE – Revelia e confissão sobre matéria de fato.

RECLAMADA AUSENTE – 2ª AUDIÊNCIA – DE INSTRUÇÃO

- Confissão quanto a matéria de fato.

CONCILIAÇÃO

- Quando ocorre o juiz homologa por sentença – de mérito.- Transita em julgado imediatamente – NA HORA DA HOMOLOGAÇÃO.- Homologado o acordo não cabe recurso para nada.

ACORDO VICIADO:

- Somente caberá Ação Rescisória do 485 CPC, não é recurso.- Homologou acabou, só rescisória.- Ver incisos, é taxativo.

Rescisória – REGRA – é para TRT.

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Não é recurso – é AÇÃO. Prazo decadencial de 2 anos para Rescisória, a partir do

trânsito da decisão rescindenda.

RECURSOS

- Duplo grau de jurisdição (decisões revistas por no mínimo 2X).

PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:SUBJETIVOS: Parte que pode – legitimidade para tanto: vencido, MPT, terceiro prejudicado – sucumbente no todo ou em parte.

OBJETIVOS: Previsão Legal e Adequação: recurso deve ser previsto em lei, não pode inventar; deve ser o adequado para o momento processual que se encontrar. Tempestividade: dentro do prazo previsto; todos os recursos da CLT são de 8 dias – Não tem exceção. Depósito Recursal: restringir um pouco a protelação; só empresa paga dep. rec., empregador doméstico tb. paga. O dep. rec. não se perde, se ganhar recurso levanta de volta. Se perder o recurso reverte como parte de pagamento, abate na dívida da condenação. Custas Processuais: ambos pagam, tem que pagar, salvo benef. justiça gratuita / 789 CLT – 2% valor da causa ou 2% valor da condenação, qdo. tem condenação. - Se a ação for parcial procedente só o Reclamado paga custa, Reclamante não paga.

RECURSO ORDINÁRIO – 895 CLT

- Prazo 8 dias.- Só efeito devolutivo – Suspensivo não – Autoriza exec. prov.

O TRT atua em 1ª instância:

- Dissídios Coletivos;- Ações Rescisórias; Em grau de recurso- Mandado de Segurança; cabe RO p/ TST- Hábeas Corpus.

- Rediscute qualquer matéria, não só que perdeu – SEM LIMITE.

RECURSO DE REVISTA – 896 CLT

- Prazo 8 dias.

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- Só efeito devolutivo.

- Cabe da decisão do TRT que julga RO (TRT em grau de recurso) ( atua em 2ª instância )

- Quando TST julga RO não cabe.

- No RR não discute mais os fatos – só matéria de direito pertinente às hipóteses:

a) Divergência jurisprudencial ou de Súmula;b) Divergência de norma coletiva;c) Divergência da CF ou Lei Federal.

No Sumaríssimo só cabe:

- Divergência de Súmula;- Divergência da CF.

AGRAVO DE INSTRUMENTO – 897, ”b”, CLT

- Prazo 8 dias.- NÃO é toda decisão interlocutória que cabe.- No processo do trabalho não cabe recurso de decisão interlocutória – Só Mandado de Segurança.- Só cabe da decisão que denega seguimento a Recurso.

EMBARGOS NO TST – 894 CLT

- TST tem duas instâncias internas – Turmas e SDC/SDI.

Processando....

- Chegou proc. no TST vai para uma das turmas;- Da decisão da turma cabe Embargos para SDC/SDI (próprio TST).- Toda decisão das turmas do TST cabe Embargos no TST (interno), para SDC ou SDI. (Sessão de Dissídio Coletivo ou Individual).

EXTRAORDINÁRIO – 102, III, a, b, c, CF

- Prazo 15 dias.- STF - Guardião da CF – Constitucionalidade.- Última instância trabalhista – SDC e SDI do TST – daqui é que cabe extraordinário para STF.- Somente da última, não pode suprimir instâncias, deve passar passo a passo por todas até alcançar o Extraordinário.

EXECUÇÃO

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- Juiz de ofício inicia a execução, não precisa a parte.

Despacho – Exeqüente – apresentar cálculos;Despacho – Executado – impugnar com cálculos dele;Envia - Perito - laudo de contador para verificar contas.

PODE - Abrir vista às partes – não manifestou é porque concordou com os cálculos do perito.Homologa – Cálculo que julgar correto, geralmente o do perito.

Exeqüente – não concordando com cálculos homologados – impugna.Executado – não concordando com cálculos homologados – Embargos à Execução, Art.884 CLT. Para embargar o Executado deve garantir o juízo ou sofrer penhora de bens.

- Para EMBARGOS À EXECUÇÃO - Prazo 5 dias – Pode impugnar.- Para EMBARGOS DE TERCEIRO – Se 3º tem bens penhorados erradamente.

IMPUGNAÇÃO Art. 897 CLT EMB. EXEC. AGRAVO DE PETIÇÃO PARA TRT. EMB. TERC.

> Decisão do juiz da Vara.

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DIREITO TRIBUTÁRIO

PRIMEIRA AULA:

Dir. Público: Uma das partes da relação jurídica é o Estado.Dir. Obrigacional: relação de crédito e débito.

INVASÃO Retirar R$ = Tributo ENTES ENTES CREDORES DEVEDORES

Poder de tributar Dever de pagar

UNIÃO, ESTADOS, PESSOA FÍSICA MUNICÍPIOS E DF. OU JURÍDICA.

( COMPULSORIEDADE )

LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR

Art. 150, 151 e 152 CF.Dentro desses limites é constitucional e pode ser cobrado.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

1- PRINC. DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA (150, I, CF, c.c. 97, CTN)

União,Estados, Criar e Aumentar -> Tributo -> Meio de LeiMunicípiose DF.

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Por quê? Porque sendo por meio de lei, é o povo tributando a si mesmo. Aquela velha idéia de que o povo elege um constituinte que o representa no congresso e faz leis que serão impostas ao que lhe passou procuração por meio do voto, o próprio povo.

REGRA: Lei ordinária:

Componentes - ALÍQUOTA Taxativos - BASE CÁLCULO Reserva Legal“numerus clausus” - FATO GERADOR Tipicidade Fechada Art.97 CTN - SUJ. PASSIVO Estrita Legalidade - MULTA

OBS.: O prazo para pagamento do tributo pode, assim, ser estipulado em instrumento infralegal, pois não está neste rol.TRIBUTOS FEDERAIS que nascem por LEI CCOMPLEMENTAR: São 4

1- Impostos sobre Grandes Fortunas, 153, VII, CF.;2- Empréstimos Compulsórios, 148, CF.;3- Impostos Residuais (novos)da União, 154, I, CF.;4- Contribuições Previdenciárias Residuais (novas), 195, $4, CF.

OBS.: Onde a lei complementar versar, a Medida Provisória não irá apitar. Art.62, $1º, III, CF.

EXCEÇÃO À LEGALIDADE TRIBUTÁRIA, art.153, $1º, CF. -> CAI*

4 impostos federais não estão sujeitos à legalidade tributária:

IMPORTAÇÃOEXPORTAÇÃOIPIIOFCIDE Combustível – EC/33 de 2001 acrescentou esses dois últimos.ICMS Combustível – Arts.177, $4, I, b, + 155, $4, IV, c, da CF.

- Porque têm função extra, regulam o mercado.- A alíquota pode sofrer alteração pelo poder executivo federal, ou seja, Presidente da República, por Decreto Presidencial.- Eles têm extrafiscalidade (poder de regulamentação do mercado e economia).

2- PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA

União,

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Estados, Exigir -> Tributo -> Exercício ou exercícioMunicípios financeiro financeiro dae DF. POSTERIOR publicação lei

Por quê? Proteção à segurança jurídica, com o fim de evitar a tributação de inopino, surpresa.

EXCEÇÃO À ANTERIORIDADE DA TRIBUTAÇÃO ANUAL, ou seja, caso de pagar já, de imediato, art. 150, $1º, 1ª parte, CF.6 tributos federais não respeitam a anterioridade da tributação:

IMPORTAÇÃOEXPORTAÇÃO Mesmo motivo, extrafiscalidade eIPI regulam o mercado e a economia.IOFIEG ---------------------------------- Tem Caráter Emergencial.EMPR. COMPULS. CALAMIDADE PÚBLICA ---- Tem Caráter Emergencial.CIDE Combustível – EC/33 de 2001ICMS Combustível

- Tendo caráter emergencial, não podem aguardar para ano seguinte, devem ser cobrados imediatamente, atendendo a necessidade.

* DADO IMPORTANTÍSSIMO:

• A EC/42 de 2003 e o PRINC. da ANTERIORIDADE.• Essa emenda reforçou o princípio da anterioridade, ao prever

prazo de 90 dias que devem intermediar a lei e o pagamento do tributo.

• Assim sendo, não basta exigir o ano seguinte, deve ter intervalo mínimo de 90 dias. Vejamos exemplo:

Prazo 90 dias LEI CRIADA -------------------> PAGAMENTO DO TRIBUTO

- Isso se chama anterioridade NONAGESIMAL ou Qualificada ou Privilegiada.

• Se a lei foi criada em Março de 2005, ela só entra em vigor em 1º de Janeiro de 2006. (exercício financeiro seguinte)

• Mas se ela for criada em Dezembro de 2005, ela não poderá entrar em vigor e ser cobrada a partir de 1º de Janeiro de 2006, pois aí teria anterioridade de menos de 1 mês.

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• Com a EC/42, exigindo o mínimo de 90 dias, essa lei criada em Dezembro de 2005, só entrará em vigor e autorizará a cobrança do tributo em Março de 2006. (90 dias depois).

SEGUNDA AULA:

3- PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE (ART. 150, III, “a”, CF)

- Lei tributária não pode ter efeito retroativo.- Só para eventos futuros.

EXCEÇÃO: 106 CTN Pode retroagir. 144, $1º, CTN Novo procedimento de fiscalização.

- Leis que estabelecem novos critérios de fiscalização.- Lei expressamente interpretativa.- Lei que reduz penalidade ou deixa de definir ato como infração. (in dúbio pro reo)

FATO GERADOR LEI COBRANÇA 1999 2000 2001

Não pago 20% Pagar:25% alíquota + 25% (fato gerador)+ multa 20% multa 15% + multa 15% (106 CTN)- Tributo não retroage, é o da data do fato gerador.- Penalidade pode ser diminuída para beneficiar.- O que já pagou também não restitui, pagou acabou.- Multa/Penalidade deve estar em aberto ainda, finda não.

4- PRINCÍPIO DA ISONOMIA (150, II, CF)

- Mesma situação.- Princípio da Uniformidade Geográfica – 151, I, CF.- Todos Estados em igualdade.- Equilíbrio social e econômico de determinada região pode ter benefício fiscal visando desenvolvimento regional.

5- PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO (150, IV, CF)

- É vedado utilizar tributo com efeito de confisco.- Tributo muito alto que retira a propriedade do sujeito passivo. Não existe limite objetivo.- A CF diz “tributo”, penalidades ela não fala, porém STF entende que aplica para penalidades também.

De acordo com CF – Só tributos.

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De acordo com STF – Penalidades também.

6- PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (145, $1º, CF)

- Somente aplicável aos impostos.- São graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.- Segundo manifestação de riqueza do contribuinte.

a) PROPORCIONALIDADE: alíquota fixa e base de cálculo variável. Quanto maior a base de cálculo, maior a alíquota.b) PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTA: exceção, quando autorizado pela CF. Alíquota variável para diferentes bases de cálculo. Ex.: IR não pode ter alíquota única. Veja como IR é:

De 0,00 até 1058,00 = 0% É progressivo de acordo1058,01 até 2100,00 = 15% com a capacidade econô-2100,01 até ... = 27,5% mica do contribuinte.

SOMENTE ESTES SÃO PROGRESSIVOS:

IR e ITR = União Autorizado na CF.IPVA = Estado Obrigatoriamente progressivos.IPTU = Município

ANTES DA EC/29 APÓS A EC/29

182, $4º, II, CF – Progr. 182, $4º, II, CF + 156, $1º, CF- Não dá utilidade ao - Progressividade em razão doimóvel, função social. valor, uso e localização.Progressividade no tempo. (uso residencial, comercial,Extrafiscal, é pela industrial). A EC/29 não acaboufunção social. com a 1º, só incluiu a 2º.

ITR – Quanto maior a produtividade, menor a alíquota.IPVA – EC/42 de 2003 criou progressividade. 155, $6º, CF, pelo tipo e utilização.

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

Imunidade = delimitação da competência tributária, do poder de tributar.

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IMUNIDADE ISENÇÃO

Imp. s/ Não tem Está dentro IPIlivro. compet. Diz que não vaiEstá para mais tributar.fora. tributar. Tem competênciaNão É vedado. mais abre mão.tributa. Tem na CF. Opta não trib.

Determinada na CF. Só a CF dispõe sobre imunidade. Lei complementar só regulamenta.

IMUNIDADES DE IMPOSTOS (150, VI, CF)

- É vedado instituir impostos sobre:

a) Patrimônio, Renda e Serviços Uns dos Outros: SÓ IMPOSTO. Fala da União, Estados, DF e Municípios, mas estende-se para Autarquias e Fundações com finalidade pública.

b) Templos de Qualquer Culto: SÓ IMPOSTO. Estende ao patrimônio, renda e serviços aos que possuem fim religioso. Se tiver imóvel sem uso deve pagar. Destino da renda para templo é imune. SÚM. 730 STF.

c) Partidos Políticos, Entidades Sindicais de Trabalhadores, Entidades de Educação e de Assistência Social sem fins lucrativos: atendidos os requisitos da lei. SÓ IMPOSTOS. Pode estender a patrimônio, renda e serviços com entidades que se relacione com sua finalidade essencial. Lei complementar regulamenta: Art.146, II, CF e 14, CTN. Entidade de Assistência Social – Art.195, $7º, CF – não paga Contribuição Previdenciária.

d) Livros, Jornais, Periódicos e Papel para sua Impressão: Qualquer um deles, não importa o seu conteúdo. Ex: lista telefônica, revista playboy etc. E o seu papel para impressão. A tinta não.

TERCEIRA AULA:

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

- TRIBUTOS: ART.3º CTN DECORAR*

Tudo queUnião pode criar de tributo.

Compet. tributáriada União.

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É prestação pecuniária, compulsória, que não é multa, instituída por meio de lei e cobrada por meio de lançamento.

Pecuniária: Lei Complementar 104/01 alterou o art.156 do CTN, ao inserir o inciso XI, que trata da “Dação em Pagamento” no Direito Tributário. Tal instituto foi concebido em nossa disciplina como causa extintiva exclusivamente ligada à bens imóveis. Antes era só dinheiro.

Compulsória: Obrigatório? Sim é. O tributo deve ser pago, pois deriva do poder de império estatal, no mister (atividade) de invasão patrimonial. Assim, o tributo não é voluntário, facultativo, contratual.

Não é multa: Tributo não é multa, e multa não é tributo.Multa é sanção, penalidade, por conduta omissiva, tributo é de ação comissiva. O tributo deve ser pago quando se realiza o fato gerador (ação). IMPORTANTE: a multa deve, entretanto, estar prevista na lei tributária. Art.97, V, CTN.

Criado por Lei: Em 1966 CTN Lei Em 1988 CF Lei + Exceções à Legalidade.

Exceções à Legalidade: 4 impostos federais.

Importação Exportação Ato do Poder Executivo IPI Federal pode alterar. IOF

Art.62, §2º, CF Em 2001 EC 32/01 Lei + Exceções à Legalidade + MP (Medida Provisória). Em 2001 EC 33/01 Criou + 2 Exceções:

CIDE Combustível + ICMS Combustível

Lançamento: É ato documental de aferição do importe tributário devido. Ex.: auto de infração.Lançamento é Vinculado ou Discricionário? É Vinculado, (à lei), pode ser responsabilizado se imprimir feição discricionária no ato de lançar, a autoridade fiscal poderá ser responsabilizada civil, penal e administrativamente.

ESPÉCIES DE TRIBUTOS: Art.145 CF / 5º CTN

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1 - IMPOSTOSDoutrina 2 – TAXAS 3 - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

Jurisprudência 4 - EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 5 - CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / PARAFISCAIS

1 – IMPOSTOS – 145, I, cc 16 CTNÉ tributo não vinculado à atividade estatal, portanto, o

contribuinte realiza o fato gerador e, conseqüentemente, deve recolher o tributo. Age e paga.

Tributo é unilateral.Há listas de impostos na CF (art.153).

153, CF -> Impostos Federais -> Competência p/ criar: União155, CF -> Impostos Estaduais -> Competência criar: Estados e DF156, CF -> Impost. Municipais -> Compet. criar: Municípios e DF

* DF = Estaduais e Municipais (art.155 e 147 CF)

IMPOSTOS

Municipais Estaduais Federais

IPTU ICMS II ISS IPVA IE ITBI ITCMD IPI IOF ITR IR IEG – imp. extr. de guerra IGF – imp. s/ gde. fortuna IRU – imp. residual união

TODA MATÉRIA DO CURSO TRIBUTÁRIO

145 até 162 da CF Estudar muito.

IMPRIMIR “ESQUEMA SINÓPTICO DE IMPOSTOS” – ANEXAS 10 fls.

QUARTA AULA:

2 – TAXAS – 145, II, CF cc 77 e 78 CTN

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Conceito: é o tributo vinculado à atividade estatal.Semelhança dos impostos – as taxas são tributos: Federais Estaduais MunicipaisLei Ordinária = institui as taxas SEMPRE.

Lei Complementar é só para: Impostos sobre Grandes Fortunas, Empréstimo Compulsório,* DECORAR -> Imposto Residual da União, Contribuição Previdenc. Residual.

ATIVIDADE ESTATAL: Estado age e eu pago a taxa para ele.

TAXAS EXISTEM EM 2 CASOS:

1 – Serviço Público – taxa de serviço ( de utilização )2 – Poder de Polícia – taxa de polícia (de fiscalização)

Detalhando....

TAXA DE POLÍCIA: 78 CTN – Conceito de Poder de Polícia

-> Atividade estatal de fiscalização que limita direitos e liberdades individuais, em prol da coletividade.

Ex.: Taxa de alvará (localização / funcionamento) TFA: taxa de fiscalização ambiental

** Pode existir taxa de polícia potencial? NÃODeve ser concreto, regular, efetivo = REGULAR PODER DE POLÍCIA.

TAXA DE SERVIÇO: 79 CTN – Serviço Público PODE CAIR*

ESPECÍFICO e DIVISÍVEL

ESPECÍFICO: Singular (ut singuli). Serviço prestado em unidades autônomas de utilização, portanto, não se trata de serviço prestado indistintamente.

DIVISÍVEL : quantificável, individualizável. Ex: luz, gás, água e esgoto = há controvérsias -> Não Caem. São Pseudo- tributações – na verdade seria tarifa.

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NÃO ENSEJA TAXA : Serviço geral, prestado indistintamente, não específico (ut universi). Ex: segurança pública, iluminação pública. -> Serviços públicos prestados em geral, para todos.EC 39/02 – Criou CIP ou COSIP (Contribuição de Serviço de Iluminação Pública). Competência Município e DF (tributo municipal). Art. 149-A, CF. Lei Ordinária.

OBSERVAÇÕES FINAIS SOBRE TAXA:a) Base de Cálculo -> Imposto = Valor =/= taxa não pode ser o -> Taxas = Custo valor do bem, é o custo. Art.145, §2º, CF e 77, p.ú., CTN

b) TAXA (custo) TARIFA (preço)

- É tributo - Não é tributo - Lei cria taxa - Contrato - Obrigação “ex lege” - Obrigação “ex voluntate” - Compulsória - Facultatividade - Receita derivada - Receita originária

- TFA: R$ deriva de - Ex: bens públicos locados ou patr. Particular vendidos (valores pagos = preços) -> R$ origina de patr próprio. Ex: tarifa de ônibus é facultativa, pego se quero.

3 – CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – 145, III, CF c.c. 81 e 82 CTN

- Lei Ordinária cria – Lei Complementar NÃO.- Federal, Estadual, Municipal (tributo)

- TAXA x CONTR. MELHORIA = em comum:

. bilaterais, sinalagmáticos, contra-prestacionais

. fato gerador da contr. melh. = obra pública c/ valoriz. imob.

Valoriz. NEXO Obra Imobil. CAUSAL Pública

. base de cálculo = não é valor da obra – valor é imposto

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EX.: R$ imóvel (antes obra) = 10 R$ imóvel (após obra ) = 12 Quantum de valorização = 02 -> respeita 2 limitesLimites INDIVIDUAL -> Valorização individualmente experimentada TOTAL -> Respeito ao teto de valor gasto com a obra

** Taxa de asfalto não pode no Brasil.** Poderia ser Contr. de Melhoria = para STF é assim.** Asfalto não é individualmente prestado, não é serviço, é obra

QUINTA AULA:

4 – EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO – 148, CF -> DECORAR

- O tributo é federal – UNIÃO- Lei Complementar cria – MP, aqui, não.

SITUAÇÃO EMERGENCIAL: Exceção à anterioridade.SITUAÇÃO URGENTE : Respeita o princ. da anterioridade.

CALAMIDADE PÚBLICA e GUERRA EXTERNA – Paga já.INVESTIMENTO PÚBLICO – Respeita anterioridade - 90d.

EXCEÇÃO: Paga imediatamente – Calamidade Pública; Guerra Externa.

Art.148, P.Ú.: O EC será vinculado à despesa que o fundamentou. Não pode ter finalidade desviada. Coíbe desvio de finalidade ou tredestinação.

IMPORTANTE: O art.15, III, CTN, não foi recepcionado pela CF. Ele retrata o seguinte Empr. Compuls.:

Empréstimo Compulsório criado em face de conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo da moeda. INCONSTITUCIONAL. -> Pode cair confundindo.

- “Nome bonito para: nós, Estado, podemos pegar o seu dinheirinho que está depositado no banco, depois nós devolvemos, só Deus sabe quando”.

5 – CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS OU ESPECIAIS – 149, caput, CF

- O art.149 “caput” da CF anuncia 3 espécies de contribuições parafiscais. De competência da União (= tributos federais). (- Não são todos federais, só os 3 -)

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OBS.: O art.149, §1º, CF, prevê espécies de contribuições estaduais e municipais também.

CAPUT, 149, CF.:

- Trata-se de contribuições instituídas pela União e arrecadadas e fiscalizadas por ente parafiscal ( paralelos ).

CRIAR Delegação ARRECADAR e = parafiscalidade FISCALIZAR

Competência Capacidade tributária tributária ativa

ESPÉCIES: (federais e instituídas pela União)

1- Contr. Profissional ou Corporativa;2- Contr. Interventiva ou de Interv. no Domínio Econômico- CIDE;3- Contr. Previdenciária ou “Social”.

EXEMPLOS:

1- Anuidades recolhidas às entidades corporativas, OAB, CRC etc.2- Atividades econômicas passíveis de intervenção, açúcar, café, combustível etc.

- EC 33/01 que permitiu a instituição da CIDE combustível, (Lei 10.336/01). Art.149, §2º, II, c.c. art.177, §4º, todos da CF. Há 3 impostos que incidem sobre o combustível, 155, §3º, CF:

- ICMS - Importação Imposto. IMPOSTOS SÃO SÓ 3 - Exportação C/ TRIBUTOS SÃO 4 - CIDE – após EC 33 de 2001 -- Tributo.

3- Contribuições previdenciárias, art.195, CF – análise:

- Há 4 fontes de custeio da seguridade social: (4 incisos)

I – Empregador / Empresa;II – Empregados;III – Receita de Prognósticos (loteria);IV – Importador (EC 42/03) – PIS e COFINS Importação.

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§ 4º - Contribuição Previdenciária Residual. Nasce por Lei Complementar. MP não!

§ 6º - Período de Anterioridade para Contribuições Previd. 90 dias (período de anterioridade especial, nonagesimal, Noventena, ou período de eficácia mitigada).

CTNRelação Jurídico-Tributária

( linha do tempo )ANEXO - imprimir.

Hipótese de Ação de ExecuçãoIncidência Fiscal (concreto)(abstrato)

Hipótese -> Fato -> Obrigação -> Lança- -> Crédito -> Inscri- -> Dívida -> ProposituraIncidência Gerador Tributária mento Tributário ção Ativa Ação Exec. Fiscal

Hipótese -> é situação abstrata prevista em lei e hábil aIncidência deflagrar a relação jurídico tributária – Plano Normativo. Ex: auferir renda – IR.

Fato -> plano concreto – materialização da hipótese. FatoGerador Gerador constitui a Obrigação Tributária criando um direito subjetivo ao Estado (perceber o tributo) e um dever ao contribuinte (recolher o gravame).

4 Elementos da Obrigação Tributária: 1 - Sujeito Ativo – 119 2 - Sujeito Passivo – 121 3 - Objeto – 113, §§ 1º/2º 4 - Causa – 114 e 115

SEXTA AULA:

Elementos da Obrigação Tributária:

1 - SUJEITO ATIVO: Entes que detêm poder de criação do tributo = competência tributária.

OBS.: os entes parafiscais podem ser considerados sujeitos ativos, ao lado das entidades impositivas (União, Est., Munic. e DF.), Ex.: INSS, OAB, CREA etc.

2 - SUJEITO PASSIVO:

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DIRETO INDIRETO121, I, CTN 121, II, CTN

Contribuinte Responsável

Tem relação É o proprietário do imóvel. MenorPessoal e direta pode ser proprietário, mas não pode sercom o FG. contribuinte. Seu responsável é quem paga. Ela não realiza o FG, mas paga. Daí INDIRETA. 3ª pessoa escolhida por lei para pagar.

RESPONSABILIDADE: Art.128 até 138 CTN LER, CAI TEXTO COPIADO.

-> Fazer o simulado do site: www.professorsabbag.com.br

- Compra e Venda de imóvel com dívida de IPTU:

* Contribuinte – alienante* Responsável - adquirente – pode se livrar do pagamento se comprovar por certidão negativa.

Solidariedade Ativa - Não pode existir. - 2 entes buscando receber tributo sobre o mesmo fato gerador = Bitributação. - Resolve com Consignação em Pagamento.

Solidariedade Passiva – Pode existir. Arts. 124 e 125 CTN -> VER - Única solidariedade possível = PASSIVA. - É a concomitância de devedores. - NÃO TEM BENEFÍCIO DE ORDEM, 124, p.ú.

3 - OBJETO: (prestação) 113, CTN.

- Ato de pagar = §1º- Obrigação principal.- Atos diferentes de pagamento = §2º- Obrigações acessórias, de cunho instrumental.

4 – CAUSA DA OT:

- Lei ......... 114 CTN – Lei Federal, ex: lei do IR.- Legislação .. 115 CTN – Decreto, regulamento, instrução normativa, circular, portaria etc.

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LEI = Obrigação Principal. Ex.: Lei do IR.LEGISLAÇÃO = Obrigações Acessórias. Ex.: Regulamento do IR.

DECADÊNCIA

lançamento

Obrigação -O--------------> Crédito Tributária Tributário | | Ilíquida Liquidez Exigibilidade

Decadência, art. 173, I, CTN + IMPORTANTE

- É a perda do direito de lançar.- É prazo oponível à Fazenda – ela que devia lançar.- Prazo qüinqüenal (5 anos) do CTN – art.173, a contar do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado.

Lanç. Inscrição.

HI – FG – OT O -----> CT ---------> DA O --> Ação de Execução Fiscal. Decadência Prescrição

Exigibilidade

PRESCRIÇÃO – perda do direito de ação da execução fiscal.DECADÊNCIA – perda do direito de lançamento do crédito.

PRESCRIÇÃO: é a perda do direito de promoção da ação de execução fiscal, a ser desencadeada pelo fisco no prazo de 5 anos, a contar da constituição definitiva do crédito tributário.

DECADÊNCIA: é a perda do direito de promover o lançamento da dívida, tornando-a crédito tributário exigível, pelo decurso do prazo de 5 anos.

5 anos 5 anosFG -----------> LANÇAMENTO -----------> AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL

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| | Perda do direito Perda do direito de lançar. de executar. DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO

CRÉDITO TRIBUTÁRIO CAI*

SUSPENSO EXTINTO EXCLUÍDO(Suspensão) (Extinção) (exclusão) 151, CTN 156, CTN 175, CTN 6 incisos 11 incisos 2 incisos

Ex: parcelamento Ex: pagamento Ex: isenção e anistia

• DECORAR SUSPENSÃO E EXCLUSÃO (MENOS INCISOS) – POR EXCLUSÃO VOCÊ ELIMINA ERRO E SABE O QUE É EXTINÇÃO – FÁCIL.

ISENÇÃO ANISTIA

- 176 a 179 - 180 a 182- Dispensa de Pagto. – Dispensa de Pagto.- Lei – 97, VII, CTN - Lei – 97, VII, CTN- PARA TRIBUTO - PARA MULTA- Afeta obrigação - Afeta obrigação Principal. Principal.SUSPENSÃO DO CRÉDITO: 151, CTN -> Decorar artigo.

MO DE RE CO PA

I - Moratória, 152/155 CTN – dilatação legal de prazo p/ pagar. II – Depósito montante integral; Conversão em renda extingue.

III- Reclamações e recursos administrativos.

IV – Concessão da Liminar em Mandado de Segurança.

V - Concessão da Tutela Antecipada.

VI – Parcelamento – art.155-A, CTN.

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ÉTICA E ESTATUDO DA OAB

PRIMEIRA AULA:

LEI 8.906/94 – Só

ESTATUTO OAB.................80 arts.CÓDIGO ÉTICA.................60 arts. – metade repete o EstatutoREGUL. GERAL DO ESTAT. OAB..180 arts.Ementas do Tribunal de Ética e Disciplina – TEDCada conselho seccional tem um – Cada Estado da Federação.

1 – Julga o Processo Disciplinar – função jurisdicional. T E D – instâncias originária

2 – Orienta Advogados e Responde suas Consultas. Aquele advogado que não sabe como agir

• PUBLICIDADE DE ADVOCACIA:

SIM – Moderada e Discreta;NÃO – Rádio e TV ou Outdoor;NÃO – Associar com empresa diferente;SIM – Nome completo e número OAB;NÃO – Foto do profissional;SIM – Títulos, mestrado etc.;SIM – Mala direta para sua carteira de clientes;SIM – Entrevista pode dar, menos sobre proc. específico ou de outros colegas;NÃO – Consultas em programas de TV, só ensinar como é;NÃO – Fornecer na TV telefone / endereço do escritório.

O irregular sofre pena de SENSURA.

3 – Mediar os conflitos entre advogados.

- Dois advogados discutindo direitos.

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- Antes de virar processo disciplinar tenta conciliar.

• A 1ª e 2ª funções VIRA EMENTA.• A 3ª função VIRA PROCESSO DISCIPLINAR – remete a 1ª função.

EMENTA: Repete lei, apenas complementa.

ADIN 1127-8 –> art. 133 CF – advogado indisponível.Art. 7º EOAB – direitos do advogado exercer.Dizem que fere a isonomia – Ex.: 7º IV e VII da CF.

AMB – Assoc. Magistr. Brasil. Ajuizou ADIN, pedindo para STF liminar para declarar inconstitucional que apenas SUSPENDE EFICÁCIA, não declara, SUSPENDE. Na ADIN 1127-8.

ADIN não declara nada, apenas SUSPENDE.• No art. 7º, IV – “ter a presença de representante da OAB”

está SUSPENSO pela ADIN.

- Deve ter apenas comunicação expressa, só.

• IMUNIDADES PROFISSIONAIS

CRIMES ANTES PÓS COM ADIN EOAB EOAB 1127-8

Difamação C Ñ Ñ

Injúria C Ñ Ñ

Desacato C Ñ C -> voltou a ser crime após aCalúnia C C C ADIN.

Tergiversação C C C

RAZÕES FINAIS ORAIS -> CLT 10 min. EOAB 15 min. ADIN Quando previsto vale ele, quando não previsto aplica o de 15 min.

ATIVIDADES ADVOCACIA:

Art.1º - PRIVATIVO: advogado. (bacharel e estagiário não).

-- ADIN criou exceção judicial na postulação.-- Não é mais privativo pela ADIN:

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. Justiça do Trabalho 1ª fase / Recursos é privativo. . Justiça de Paz (casamento) não precisa advogado. . Juizado Especial (JEPEC Lei 9.099/95)

-- Lei 10.259/01 = de 20 a 60 salários mínimos (aplica a regra porque a lei não falou nada).

CÍVEL: de 00 a 20 s.m. – Não de 20 a 40 s.m. – Sim 2º grau sempre - Sim

Exceção Legal: HC qualquer um pode interpor (art.1º, $1º, EOAB)

Revisão Criminal Hábeas Data precisam advogado.

Art.1º, $2º, EOAB = Atos e contratos devem ser visados por Advogado, senão é NULO.EXCEÇÃO: Lei 9841/99 – ME e EPP não precisa.

Art.1º, $3º, EOAB = Advocacia em conjunto com outra atividade, não pode, sob pena de INCULCAÇÃO = Captação de Clientela.

Art.2º repete a CF.Art.3º, $2º = Estagiário regularmente inscrito. (Art.29 reg. geral OAB).

1- Carga e devolução de processo;Estagiário 2- Obter certidão no cartório;pode sozinho 3- Assinar petição de juntada documentos; 4- Atividades extrajud. autorizado pelo adv.

Art.4º - Nulidades: Atos privativos do advogado, se feitos por outro é NULO.

Efeitos da Nulidade:

1- Absoluta;2- Declarada de ofício;3- Requerida por qualquer pessoa interessada;4- Não convalesce com o tempo;5- É imprescritível;6- Não se ratifica pela parte interessada;7- Não pode ser suprida ou sanada;

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8- Anula efeitos do ato jurídico “ab initio” ou “ab ovo”.

Art.5º - Mandato Judicial (art.8º, XXIV, Código de Ética). Mandato é representação. Não é procuração, esta é instrumento do mandato, é contrato.

- Mandato – contrato – é verbal.- Procuração – instrumento – é escrito.

$1º - Urgência pode realizar ato sem procuração – 15 dias para juntada da mesma. Prazo é do 1º ato no processo.$2º - Poderes para todos atos judiciais, qualquer juízo ou instância, ou seja, foro geral (ad juditia). Poder especial deve ser expresso (ad juditia et extra). Ex.: substabelecer.

EXTINCÇÃO DO MANDATO

1º - REVOGAÇÃO: ato unilateral do cliente: . Ciência inequívoca do advogado; . Juntada da revogação nos autos.

2º - RENÚNCIA: ato unilateral do advogado: . Ciência inequívoca do cliente; . Juntada da renúncia no autos. . Permanece no patrocínio ainda 10 dias, salvo se substituído antes.

3º - ARQUIVAMENTO: dos autos ou extinção do processo – neste caso presume-se que o mandato extinguiu.

4º - SUBSTABELECIMENTO SEM RESERVA DE PODERES: advogado passa seus poderes para outro. . Forma consensual, todos aceitam, inclusive cliente. . Com reserva de poderes fica os 2 no processo.

5º - SUBSTITUIÇÃO COM RESERVA: advogado substabelecido somente poderá exigir honorários do cliente CAI * outorgante com anuência expressa do advogado substabelecente. . Neste caso se tem cessão de crédito do substabelecente, que é quem tem direito de receber.

CÓDIGO DE ÉTICA

Art.8º - não pode haver dúvidas ao cliente, ou seja, todos os riscos da demanda devem ser comunicados e explicados.

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Arts.: 18, 19 e 20 – Leitura obrigatória – Código de Ética.

SEGUNDA AULA:

INSCRIÇÃO OAB – 8º a 14º - EOAB

Requisitos: Ver art.8º

a) Capacidade Civil -> maior e sano;b) Diploma ou Certidão de graduação em Direito;c) Título de eleitor e reservista;d) Aprovação em exame de ordem;e) Não exercer atividade incompatível (proibição total)– art.28. Ver também artigo 30 (impedidos) para diferenciar.

INCOMPATIBILIDADE – proibição total para exercer advocacia.IMPEDIMENTO – proibição parcial para exercer advocacia. – Quando existe a expressão CONTRA, só pode ser impedimento.

Impedido pode prestar exame normal, mas não pode se inscrever, então não tem carteira, logo não pode suspender. Deve pedir certidão de aprovação (perpétua) depois faz o que quiser, pede demissão do cargo ou espera aposentadoria.

- Médico legista é incompatível – Exerce atividade policial indireta – funcionário da Secretaria da Segurança Pública.- Idoneidade moral não tem conceito, pode ser quem praticou crime infamante. Não pode ser advogado.- CRIME INFAMANTE: contrário à honra, a dignidade e a boa fama de quem pratica.- Prestar compromisso perante o conselho (seccional). Faz juramentos etc. Art.20 do regulamento geral. É solene, formal e pessoal.

INFRAÇÃO E SANÇÃO DISCIPLINAR: Art.34 EOAB

I a XVI + XXIX Censura ( BRANDA )

Art.34 XVII a XXV Suspensão ( MÉDIO )*VER* XXVI a XXVIII Exclusão ( GRAVE )

Não prevista Multa

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* DICA: * Infração relacionada a crime = Exclusão.

Elimina * Infração que trata de dinheiro R$, carga dos autos90% de e inépcia profissional = Suspenção.chancede erro * Ato é sujeito a censura – o correto é decorar. O que não é exclusão ou suspensão poderá ser censura.

Não existe sociedade de fato de advogados. Sociedade de advogados se registra na OAB.

Por que o inciso XXIX é subido para censura? Porque penaliza o estagiário – estagiário só sofre censura, nada mais.

SANÇÃO DISCIPLINAR: Existem 4: Censura Suspensão Exclusão Multa – art.39

1 – MULTA:

- É sanção acessória, agravante da censura e da suspensão.- Não se pune só com multa. Ela é para agravar.- É sanção pecuniária.- Valor de 1 anuidade até 10 anuidades.- Dinheiro arrecadado com multas vai para o conselho seccional.

2 – CENSURA:- Mais leve das sanções.- Não é sanção pública.- Registra no prontuário do advogado.- Ela se aplica: Infração art.34, I ao XVI + XXIX; Infração ao Código de Ética todo; Aplicação residual, tudo que não previu pena no EOAB.

- Atenuantes do art.40 – converte em advertência apenas.- A advertência é escrita, mas não registra no prontuário.

3 – SUSPENSÃO: ( o que + CAI* ) - Art.37, EOAB.

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- É proibição do exercício da advocacia em todo o território nacional. (se for inscrito em outra seccional, não pode).

- CONSELHO FEDERAL ÓRGÃOS OAB - CONSELHO SECCIONAL (TED) Advogado se inscreve neste, do seu Estado. - SUBSEÇÃO

- Para advogar em outro conselho com mais de 05 causas por ano, deve fazer inscrição suplementar – Outro Estado – Paga nova anuidade.

- O TED ( TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA ) fica no conselho seccional (ESTADO).

- A CAIXA DE ASSISTÊNCIA AO ADVOGADO é estadual também, está no conselho seccional.

- É sanção pública – sai no D.O.- Ela se aplica: Infração art.34 XVII a XXV; Reincidência em infração disciplinar – ou seja, vai direto para suspensão; Reincidência específica.

- ART.37, II, DE CENSURA – (Suspensão e Exclusão não tem).

ATENÇÃO PRAZO: CAI*

REGRA – mínimo 30 dias / máximo 12 meses.EXCEÇÃO - 34, XXI – mínimo 30 d. / máximo até prestar contas ao cliente. 34, XXIII – mínimo 30 d. / máximo até pagar com juros e correção. 34, XXIV – mínimo 30 d. / até aprovação em novas provas de admissão. Não exclui, é suspenso.

-> O ÚNICO ATO VÁLIDO DO ADVOGADO SUSPENSO É O SUBSTABELECIMENTO

SUSPENSÃO PREVENTIVA – Cai toda prova*

- Para alcançar sanção, deve haver processo disciplinar.- Quem julga o processo disciplinar é o TED.- O TED é do Conselho Seccional.

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- TED competente para julgar é o do local dos fatos, porque está próximo das provas.

- Prazos no processo administrativo são todos 15 dias.

- Sustentação oral é 15 minutos.

- Quem aplica a pena é o Conselho Seccional da inscrição principal do advogado.

PREVENTIVA – Infração muito grave. Evita que advogue até acabar o proc. disciplinar.

Infração ------ Processo disciplinar ------ Sanção Suspensão preventiva

- Depois da infração e antes do processo disciplinar ela ocorre.- Tipo cautelar.- É aplicada pelo Conselho Seccional da Inscrição, que julgará.

QUEM APLICA A SUSPENSÃO PREVENTIVA?-> TED do Conselho Seccional da inscrição principal do advogado, que também julgará.

QUANDO SE APLICA A SUSPENSÃO PREVENTIVA?-> Quando a infração gerar repercussão negativa à dignidade da advocacia.

QUAIS OS REQUISITOS DA SUSPENSÃO PREVENTIVA?-> 1- Notifica acusado para comparecer à sessão especial no TED. 2- Julgar o processo disciplinar no prazo máximo de 90 dias. Não há na lei prazo para suspensão, só prazo do processo. A suspensão deve durar enquanto for necessária.

4 – EXCLUSÃO: 38, EOAB.

- Mais grave.- Gera cancelamento da inscrição do advogado.- Sanção pública – publica-se no D.O.- Aplica-se: - Infração XXVI a XXVIII; - Aplicação da 3ª suspensão (pode, não deve); - Exige quorum para tanto.

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- Para excluir precisa de parecer favorável do Conselho Seccional de 2/3 dos membros. Senão não exclui. SEMPRE.

OBS.: Cometeu infração de CENSURA + CENSURA = SUSPENSÃO Cometeu infração de CENSURA + CENSURA = SUSPENSÃO Cometeu infração de CENSURA + CENSURA = SUSPENSÃO

3 SUSPENSÕES || EXCLUSÃO

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ANEXOS – MATERIAL COMPLEMENTAR

DIREITO COMERCIAL:

LEI 11.101/05 – NOVA LEI DE FALÊNCIAS E RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS

Seção II

Da Verificação e da Habilitação de Créditos

Art. 7o A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas.

§ 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados.

§ 2o O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma do caput e do § 1o deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1o deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8o desta Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação.

Art. 8o No prazo de 10 (dez) dias, contado da publicação da relação referida no art. 7o, § 2o, desta Lei, o Comitê, qualquer credor, o devedor ou seus sócios ou o Ministério Público podem apresentar ao juiz impugnação contra a relação de credores, apontando a ausência de qualquer crédito ou manifestando-se contra a legitimidade, importância ou classificação de crédito relacionado.

Parágrafo único. Autuada em separado, a impugnação será processada nos termos dos arts. 13 a 15 desta Lei.

Art. 10. Não observado o prazo estipulado no art. 7o, § 1o, desta Lei, as habilitações de crédito serão recebidas como retardatárias.

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§ 1o Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, excetuados os titulares de créditos derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações da assembléia-geral de credores.

§ 2o Aplica-se o disposto no § 1o deste artigo ao processo de falência, salvo se, na data da realização da assembléia-geral, já houver sido homologado o quadro-geral de credores contendo o crédito retardatário.

§ 3o Na falência, os créditos retardatários perderão o direito a rateios eventualmente realizados e ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os acessórios compreendidos entre o término do prazo e a data do pedido de habilitação.

§ 4o Na hipótese prevista no § 3o deste artigo, o credor poderá requerer a reserva de valor para satisfação de seu crédito.

§ 5o As habilitações de crédito retardatárias, se apresentadas antes da homologação do quadro-geral de credores, serão recebidas como impugnação e processadas na forma dos arts. 13 a 15 desta Lei.

§ 6o Após a homologação do quadro-geral de credores, aqueles que não habilitaram seu crédito poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil, requerer ao juízo da falência ou da recuperação judicial a retificação do quadro-geral para inclusão do respectivo crédito.

Art. 11. Os credores cujos créditos forem impugnados serão intimados para contestar a impugnação, no prazo de 5 (cinco) dias, juntando os documentos que tiverem e indicando outras provas que reputem necessárias.

Art. 12. Transcorrido o prazo do art. 11 desta Lei, o devedor e o Comitê, se houver, serão intimados pelo juiz para se manifestar sobre ela no prazo comum de 5 (cinco) dias.

Parágrafo único. Findo o prazo a que se refere o caput deste artigo, o administrador judicial será intimado pelo juiz para emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias, devendo juntar à sua manifestação o laudo elaborado pelo profissional ou empresa especializada, se for o caso, e todas as informações existentes nos livros fiscais e demais documentos do devedor acerca do crédito, constante ou não da relação de credores, objeto da impugnação.

Art. 14. Caso não haja impugnações, o juiz homologará, como quadro-geral de credores, a relação dos credores constante do edital de que trata o art. 7o, § 2o, desta Lei, dispensada a publicação de que trata o art. 18 desta Lei.

Seção II

Da Classificação dos Créditos

Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:

I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;

II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;

III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;

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IV – créditos com privilégio especial, a saber:

a) os previstos no art. 964 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002;

b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;

c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia;

V – créditos com privilégio geral, a saber:

a) os previstos no art. 965 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002;

b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;

c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;

VI – créditos quirografários, a saber:

a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;

b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento;

c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo;

VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias;

VIII – créditos subordinados, a saber:

a) os assim previstos em lei ou em contrato;

b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.

§ 1o Para os fins do inciso II do caput deste artigo, será considerado como valor do bem objeto de garantia real a importância efetivamente arrecadada com sua venda, ou, no caso de alienação em bloco, o valor de avaliação do bem individualmente considerado.

§ 2o Não são oponíveis à massa os valores decorrentes de direito de sócio ao recebimento de sua parcela do capital social na liquidação da sociedade.

§ 3o As cláusulas penais dos contratos unilaterais não serão atendidas se as obrigações neles estipuladas se vencerem em virtude da falência.

§ 4o Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão considerados quirografários.

Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a:

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I – remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência;

II – quantias fornecidas à massa pelos credores;

III – despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência;

IV – custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida;

V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.

Seção III

Do Pedido de Restituição

Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição.

Parágrafo único. Também pode ser pedida a restituição de coisa vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada.

Seção IV

Do Procedimento para a Decretação da Falência

Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:

I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;

II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;

III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:

a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos;

b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;

c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;

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d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;

e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;

f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;

g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.

§ 1o Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I do caput deste artigo.

§ 2o Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os créditos que nela não se possam reclamar.

§ 3o Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9o desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislação específica.

§ 4o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução.

§ 5o Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, o pedido de falência descreverá os fatos que a caracterizam, juntando-se as provas que houver e especificando-se as que serão produzidas.

Art. 98. Citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único. Nos pedidos baseados nos incisos I e II do caput do art. 94 desta Lei, o devedor poderá, no prazo da contestação, depositar o valor correspondente ao total do crédito, acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios, hipótese em que a falência não será decretada e, caso julgado procedente o pedido de falência, o juiz ordenará o levantamento do valor pelo autor.

www.planalto.gov.br

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DIREITO PENAL:

INFORMAÇÕES DE PENAL E PROCESSO PENAL

LUIZ FLÁVIO GOMES

- Princípio da Insignificância ou Bagatela: STJ e STF aceitam bem este princípio. Exclui a TIPICIDADE MATERIAL. Ler no livro de processo penal mais sobre o princípio.

- Progressão de regime em crime hediondo: Pela lei integral fechado. Não progride. STF está discutindo. Está 4x2 para inconstitucionalidade. PORTANTO, PARA OAB, JÁ CABE PROGRESSÃO EM CRIME HEDIONDO. A proibição fere o princípio da individualização da pena.

- Pena substitutiva em crime hediondo: STJ e STF estão aceitando. Salvo crime violento. Ex: tráfico não tem violência, portanto, está cabendo substituição de pena. Isso se dá porque a lei não proíbe expressamente, e a lei penal não pode interpretar a lei em prejuízo do réu. A lei restritiva deve ser expressa, e não há proibição para tal, o que faz ser possível a substituição de pena.

- Crime Tributário: contribuinte discutindo o tributo na via fiscal, é IMPOSSÍVEL INSTAURAR PROCESSO PENAL. A via fiscal vincula a via penal. Enquanto se discute se deve ou não o tributo, não haverá processo penal.

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- Aborto Anencefálico / hidranencefálico: (1º feto com crânio mal formado), (2º feto com excesso de líquido aminiótico).

• Nenhum dos dois tem chance de vida, o feto não sobrevive.• A lei não prevê nada sobre o assunto.• Hoje em dia os tribunais (STF) aceitam – NÃO É CRIME.

* A lei permite 2 tipos de aborto: Risco de vida para a mãe. Resultante de estupro.

• Não está na lei, mas está permitido, os dois de cérebro acima.

- Arma desmuniciada: STF decidiu que não é delito. Falta potencialidade lesiva. Não é arma de fogo.

- Arma de brinquedo: Brinquedo não é arma. Não agrava o roubo. Serve para intimidar, é verdade, portanto, serve para praticar o roubo, mas não o agrava. Decisão do STF. Ex: boneco inflável para co-autoria. É de brinquedo, não pode ser co-autor de crime. Brinquedo não comete crime.

- Descumprimento de transação penal: Acordo no juizado. 1) Não cabe prisão – NUNCA. 2) STJ e STF decidiram: Deve oferecer a denúncia, inicia o processo que foi trocado pela pena alternativa. É posição criticada, mas é a jurisprudência do STJ e STF.

- Responsabilidade penal da pessoa jurídica: CF: 1) Crime econômico – ainda não tem lei. 2) Crime ambiental – tem lei que regulamenta.

No caso do 2 (crime ambiental), a lei é válida, e processa a pessoa jurídica + a pessoa física responsável pelo crime. É a TEORIA DA DUPLA IMPUTAÇÃO – (jurídica + física). Responsabilidade pela por Ricochete, Indireta ou Mediata.

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ÉTICA E ESTATUTO DA OAB:

COMPLEMENTO DE ÉTICA

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

- Contrato de honorários verbal? Pode normal.- Advogado corre o risco de sofrer pelo arbitramento.- Mais difícil de executar, mais pode sim.

VERBAS SUCUMBENCIAIS: - Custas Processuais - Honorários do Adv. da parte contrária. (parte + advogado)

PODE RECEBER:

- Convencionado + Sucumbenciais.- Arbitrados + Sucumbenciais.

- Convencionado + Arbitrado = NÃO.

EMPATE: “Sucumbência Recíproca”: Ninguém atinge o bem postulado. Cada parte paga o seu advogado.

BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA

- Não paga os sucumbenciais. ( Custas Proc. + Honor. parte contra )

- Em qualquer hipótese o juiz condena na sucumbência, mais depois suspende a exigibilidade.

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Se mudar a situação financeira do condenado ele deverá pagar. Art.25 = 5 anos prescreve honorários SEMPRE.

Tem 5 anos para cobrar honorários, a partir do trânsito da sentença que os fixou.

VALOR: - De 10 a 20 por cento do valor da causa; - Sem cunho financeiro juiz usa a tabela da OAB para fixar.

EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO DE HONORÁRIOS: Só por meio de pagamento.

- É anti-ético receber em bens.- Não é atividade mercantil.- REGRA deve receber em pecúlia.

TEM EXCEÇÃO: que é a “quota litis”.

HONORÁRIOS COM CLÁUSULA “QUOTA LITIS”:

- Advogado pode receber parte da vantagem obtida no processo.- Participa dos bens do cliente = é exceção.

REQUISITOS PARA QUE ISSO SEJA POSSÍVEL:

1- Contrato escrito;2- Cliente deixe consignado que não tem dinheiro para pagar;3- Quota do adv. seja menor que a do cliente. TED limita em 30%

- Assim sendo pode a “quota litis”.- Nesse caso as custas processuais o adv. deve adiantar.

QUOTA LITIS -> FAZ PARTE DOS HONORÁRIOS CONVENCIONADOS.

HONORÁRIOS “AD EXITO”:

- Contrato pelo êxito;- Adv. vai receber somente se ganhar a causa;- É chamado de contrato de risco.

DIFERENÇA: QUOTA LITIS = BEM AD EXITO = DINHEIRO

SIGILO PROFISSIONAL

- Toda informação do adv. recebida EM RAZÃO DA PROFISSÃO é sigilo.- Criou-se inviolabilidade do escritório ou local de trabalho.

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SALVO: mandado judicial.

- Arquivos também são invioláveis, qualquer tipo, até computador.

• MANDADO GENÉRICO não pode, tem que ser específico.• É SIGILO DE ORDEM PÚBLICA, pois está na lei.

2 EXCEÇÕES: 1)Quando houver grave ameaça ao direito à vida ou à honra. (Crime ainda não aconteceu – ameaça).autorizam Depois do crime não pode mais quebrar o sigilo.a quebrado sigilo. 2)Própria defesa do advogado quando este tenha sido atacado pelo cliente, nos limites da acusação. Ex: cliente acusa adv. de não ter entrevistado.

- Advogado intimado é OBRIGADO a comparecer.- Só NÃO É OBRIGADO a depor quebrando sigilo.- Nem se CLIENTE AUTORIZAR, nem se o advogado QUISER, NÃO PODE.- PORQUE É DE ORDEM PÚBLICA, PROIBIDO POR LEI.- SÓ PODE NOS 2 CASOS ACIMA DE EXCEÇÕES, MAIS NADA.

PUBLICIDADE NA ADVOCACIA

- Pode advogado fazer publicidade? SIM !- Desde que:1- Moderada;2- Discreta. Só nesse limite, assim pode normal.- Jornais, Revistas = PODE.- Rádio e Televisão = NÃO PODE.

REQUISITOS:

- Sempre com nome completo do advogado e OAB;- Se sociedade seu nome e OAB também;- NÃO PODE TER FOTO NUNCA;- Títulos pode colocar, desde que verdadeiros;- Ação específica que atua não pode, só a área. EX: Criminal, e não, por exemplo: homicídio, inventários, aposentadoria, etc.- Cargos ocupados NÃO PODE. Caracteriza captação de clientela. É chamada de INCULCA.- INCULCA gera pena de censura. (Captação de clientela).

OBS.: Cartão de advogado é publicidade, aplica-se as regras acima. Ofício do escritório também pode ser. Estagiário não pode participar da publicidade.

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(cartão, placas indicativas, folhas do escritório). - Na folha pode constar o seu nome, mas deve especificar claramente “ESTAGIÁRIO”.

- PATROCÍNIO não pode nenhum, não mistura com advocacia.- Porque não é atividade mercantil, que usa esse meio de marketing.

- PODE dar entrevista em rádio, TV, jornal, normalmente.

- NÃO PODE: 1) tratar de caso sob seu patrocínio; 2) causa de patrocínio de colega; 3) dar consulta na imprensa (fere pessoalidade).

• Todas as mesmas regras se aplicam à Internet;• Foto do escritório também não pode;• Mala direta PODE, mas depende:

Para quem já é cliente é que pode. Potencial cliente ou não cliente NÃO PODE.

PROCESSO NA OAB

- Fundamento legal no artigo 68.

DISCIPLINAR: entre a infração e a sanção disciplinar.PROCESSO Apura se houve infração e sanção a aplicar. DEMAIS PROC: refere-se a proc. de inscrição, art.8º EOAB, é administrativo, e Eleição na OAB também.

Proc. Disciplinar: EOAB + Legisl. Proc. Penal Comum = subsidiária.Demais Processos : EOAB + Legisl. Proc. Penal Comum + Legisl. Proc. Civil Comum. (casos civis) – Deve ser nessa ordem.

Disciplinar: PenalDemais proc: Administrativo

PROCESSO DISCIPLINAR:

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Infração -------------------------> SançãoDiscipl. ( Proc. Discipl. ) Discipl.

- Quem julga é o TED – Quem julga processo é Tribunal = TED.- TED do local dos fatos – REGRA – mais perto das provas.- TED dá uma sentença – Cabe recurso 15 dias.- TODOS PRAZOS AQUI SÃO DE 15 – “ESTATUTO SUPER 15”.

- QUEM JULGA É TED DO LOCAL DOS FATOS – COMO REGRA.- QUEM APLICA A PENA É CONSELHO SECCIONAL DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL.

2 EXCEÇÕES À COMPETÊNCIA:

Conselho 1) Infração cometida direto contra Federal Conselho Federal, é ele mesmo que julga. C. FEDERAL

Conselho CAASP Seccional caixa 2) Suspensão Preventiva, art.70, §3º. Conselho Seccional que suspende, ele mesmo que julga também. C.FEDERAL Subsecção

SUSPENSÃO PREVENTIVA:

- Aplica quando a infração causar repercussão negativa à dignidade da advocacia. Ex.: advogado do chinês de SP tentou pagar polícia.

- Momento é após a infração, antes do processo disciplinar, é CAUTELAR. É uma PENA cautelar.

- Quem aplica pena é o CONSELHO SECCIONAL DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL. ENTÃO QUEM SUSPENDE É O TED DO CONSELHO SECCIONAL DA INSCRIÇÃO.

EXCEÇÃO À REGRA DA COMPETÊNCIA: LEMBRE-SE DA REGRA:

a) Quem julga é TED do local dos fatos.b) Quem aplica pena é o Conselho Seccional da Inscr. Principal.

SIGILO DO PROCESSO DISCIPLINAR:

- Ele é sigiloso.

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- Apenas 3 grupos de pessoas tem acesso:

1- As partes (representante e representado);2- Procuradores constituídos nos autos (defensor da parte);3- Autoridade judiciária competente ( TED ).

- Sendo processado ninguém fica sabendo do processo;- Se já foi condenado aí fica sabendo porque passa ser público.

INSTAURAÇÃO DO PROC. DISCIPLINAR:

3 formas:

1) De ofício pela própria OAB (Est.72 / Cód.51):É o conjunto de Presidentes da AOB: - Presidente do Conselho Seccional. - Presidente da Subsecção. - Presidente do TED.

2) Representação da pessoa interessada .Desde que não seja anônima, caso em que não pode.

3) Representação de qualquer autoridade : (judiciária, policial,

fazendária, etc.)

Depois da apresentação da Defesa Prévia o processo já existe. Ler artigos 72 do Est. e 51 do Código.FASES DO PROCESSO DISCIPLINAR:

- São 3 fases:

INSTRUÇÃO Instaura, 72, nomeia relator, relator 1ª Admissibilidade da representação, propõe arquivamento ou admite, intima para defesa prévia 15d., pode prorrogar se parte quiser, ouve acusado/testemunhas/acus. e defesa, razões finais sucessivas 15d. cada, relator faz relatório.

JULGAMENTO TED local dos fatos vai julgar, novo relator, novas 2ª diligências, indica o voto ao tribunal, convoca parte para votação, relator lê o voto e indica a pena que ele acha, sustentação oral para defender 15 min., conselheiros com dúvidas esclarece, é perguntado quem acompanha o voto do relator, daí sai se é condenado ou absolvido.

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RECURSAL 3ª

PRAZOS NO ESTATUTO É TUDO DE 15. 15 DIAS OU 15 MINUTOS. ESTATUTO DO “SUPER 15” = FÁCIL DECORAR.

Contagem dos Prazos:

Da notificação pessoal do acusado em CR com AR. 1º dia útil posterior ao recebimento da notificação.

(não é da juntada, é do recebimento)

Publica na Imprensa Oficial – D.O.E. (Seccional = Estado). 1º dia útil posterior da publicação.

DIREITO TRIBUTÁRIO:

ESQUEMA SINÓPTICO DE ESTUDO

IMPOSTOS EM ESPÉCIEMunicipais / Estaduais / Federais

PROF. EDUARDO DE MORAES SABBAG

I. IMPOSTOS MUNICIPAIS

1. IPTU

a) O IPTU é imposto municipal, de competência dos Municípios e Distrito Federal (Art. 156, I, c/c Art. 147, “in fine”, ambos da CF);

b) O sujeito passivo é o proprietário, o titular do domínio útil (enfiteuta e usufrutuário) e o possuidor (com “animus domini”) do bem imóvel. Diga-se que, no caso do IPTU, o bem imóvel pode ser “por natureza” ou “por acessão física” (Ex.: ilhas);

c) O fato gerador dar-se-á com a propriedade, o domínio útil ou com a posse de bem imóvel localizado na zona urbana. Tem-se, à luz do elemento temporal, como ficção jurídica, a data de 1º de janeiro como demarcadora do FG;

d) Conceito de “zona urbana”: art. 32, §1º, I a V, do CTNÉ necessário preencher dois dos cinco incisos discriminados, com os melhoramentos respectivos, para que a área possa ser considerada “zona urbana”;

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e) A base de cálculo é o valor venal do bem imóvel. É possível atualizá-la (índices oficiais de correção monetária) por instrumento infralegal (Ex.: decreto); todavia, a “atualização” que represente aumento de tributo (índices acima da correção monetária do período) somente poderá se dar por meio de lei (Art. 97, §§1º e 2º, CTN);

f) Progressividade de Alíquotas:

- Antes da EC 29/2000: o único critério de progressividade era aquele respaldado na “função social da propriedade” (Art. 156, §1º, c/c Art. 182, §4º, II, ambos da CF – vide Súmula 668, STF). Era a progressividade calcada na busca do adequado aproveitamento da propriedade, onerando-se mais gravosamente, ano a ano, o proprietário que mantivesse a propriedade subaproveitada. Portanto, tal variação poder-se-ia dar de modo gradualístico – era a “progressividade no tempo”. Dessa forma, subsistia a progressividade “extrafiscal” para o IPTU, antes da EC 29/2000.

- Após a referida Emenda: passamos a ter quatro critérios de progressividade – “localização”, “valor”, “uso” e a “função social” – conforme se depreende do art. 156, §1º, I e II c/c Art. 182, §4º, II, CF). Nesse passo, exsurgiram critérios estranhos à genuína progressividade do IPTU, dando-lhe esdrúxula feição de “imposto pessoal”. Por essa razão, é possível afirmar que, após a EC 29/2000, o IPTU ganhou nova progressividade – a “fiscal” –, a par da já consagrada progressividade “extrafiscal”. É a evidência da extensão do “princípio da capacidade contributiva” – somente válido para impostos pessoais (Art. 145, §1º, CF – a um caso de imposto real.

2. ISS

a) O ISS é imposto municipal, de competência dos Municípios e Distrito Federal (Art. 156, III, CF c/c Art. 1º e seguintes da LC 116/2003);

b) O sujeito passivo é o prestador dos serviços constantes da lista anexa à LC 116/2003, excetuados aqueles que prestam serviços sem relação de emprego, os trabalhadores avulsos e os diretores e membros de Conselhos Consultivo e Fiscal de Sociedades (Art. 2º, II, da LC 116/2003);

c) O fato gerador dar-se-á com a prestação de serviços constantes da Lista mencionada, que conta com cerca de 230 serviços, divididos em 40 itens. Além das situações de exclusão de contribuintes citadas na letra anterior (“...excetuados aqueles que prestam serviços sem relação de emprego, os trabalhadores avulsos e os diretores e membros de Conselhos Consultivo e Fiscal de Sociedades - Art. 2º, II, da LC 116/2003”), não se dá o fato gerador na prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal (incidência do ICMS), na prestação de serviços para o exterior (imunidade específica) e na prestação de serviços pelo próprio ente tributante (imunidade recíproca).

d) A base de cálculo é o preço do serviço (Art. 7º, LC 116/2003). Na impossibilidade de aferição do valor correspondente, é possível calcular o imposto a partir de um valor recolhido periodicamente – é o “ISS FIXO”, comum aos profissionais liberais.

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e) As alíquotas estarão disciplinadas em lei ordinária, respeitadas as normas gerais dispostas em lei complementar.

f) É vedado à legislação ordinária estipular serviço não previsto na lista anexa à LC 116/2003;

g) Os serviços da lista podem ser puros (sem utilização de mercadorias) ou mistos (com utilização de mercadorias). Nesses últimos, teremos as seguintes regras:

- se o serviço estiver na lista e houver emprego de mercadorias, incide tão-somente o ISS (Art. 1º, §2º, LC 116/2003);- se o serviço não estiver na lista e houver emprego de mercadorias, incide tão-somente o ICMS (Art. 2º, LC 116/2003);

Ainda, de modo específico:- em certas atividades, se o serviço estiver na lista e houver emprego de mercadorias, incidirá o ISS sobre o serviço e o ICMS sobre a mercadoria (ver situações específicas na lista: subitens 7.02; 7.05; 14.01; 14.03; 17.11);

h) Na repartição das receitas tributárias, o Município abocanha uma fatia considerável do “bolo”. Vejamos:

- da União: 50% do ITR, podendo chegar a 100% (Art. 158, II, CF – EC 42/2003);100% do IRRF (servidores públicos municipais da administração direta);

- dos Estados:50% do IPVA;25% do ICMS;

i) Quanto ao local da prestação do serviço, vige a regra do recolhimento para o Município do estabelecimento prestador. Todavia, a LC 116/2003 trouxe 22 situações de exceção à regra (Art. 3º, I a XXII, da LC 116/2003), nas quais o recolhimento do imposto deverá ser feito para o Município da prestação do serviço. Vale a pena ler os incisos, para uma ligeira noção dos assuntos lá constantes. Entre eles, teremos serviços como demolição, edificação de pontes, florestamento, dragagem de rio etc.

j) A LC 116/2003 traz anexa uma lista de serviços que é considerada pela doutrina e pela jurisprudência como “taxativa”. Todavia, a verdade é que a quantidade de serviços abrangidos pela fluida terminologia adotada na legislação atual, que se vale de expressões de larga abrangência para alguns itens (“...e congêneres”, “...de qualquer espécie”, “...quaisquer meios etc.) permite-nos concluir que não há taxatividade clara na norma, ao dar azo à interpretação analógica.

h) O art. 156, §3º, I, CF preconiza que competirá à lei complementar estabelecer alíquotas máximas e mínimas sobre o ISS. A LC 100/1999 fixou em 5% a alíquota máxima do imposto, percentual confirmado pela legislação posterior – a LC 116/2003.

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Quanto à alíquota mínima, o art. 88 do ADCT (acrescentado pela EC 37/2002) trouxe a previsão de 2%. Frise-se que este percentual não foi confirmado pela LC 116/2003, porém se deve entender que permanece válido.

i) Atenção: a “locação de bens móveis” não é fato gerador do ISS, à luz da LC 116/2003, uma vez que sua previsão foi vetada na lista, conforme se pode detectar no item 3.01 (“vetado”) da legislação atual. A celeuma estava no fato de que a legislação anterior, com base no DL 406/68 (item 79) previa o serviço como fato gerador. Com efeito, a locação de bem móvel não se confunde com a “prestação de serviços”, sob pena de se alterar o conceito de direito privado para alargar competência tributária (Art. 110, CTN). Ademais, a prestação de serviços é “obrigação de fazer”, afeta ao dever de cumprir o serviço prometido, enquanto a locação de bens é “obrigação de dar”, adstrita à entrega da coisa locada ao locatário em condições de servir.

3. ITBIa) O ITBI é imposto municipal, de competência dos Municípios e Distrito Federal (Art. 156, II, CF). Também chamado de “sisa”, não pode ser confundido com o ITCMD – este, sim, estadual;

b) O sujeito passivo é qualquer das partes da operação tributária de transmissão de bem imóvel. Geralmente, é o adquirente.

c) O fato gerador dar-se-á com a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis (“por natureza” ou por “acessão física”). Ademais, a transmissão de direitos reais sobre tais bens imóveis também representa fato gerador do tributo, ressalvados os direitos reais de garantia (anticrese e hipoteca). É mister mencionar que o fato gerador ocorrerá no momento do registro imobiliário, à luz do art. 530 do Código Civil, a par da jurisprudência mais abalizada do STF.Outrossim, registre-se que a propriedade adquirida por “usucapião” não gera a incidência do ITBI, por se tratar de modo ‘originário’ de aquisição de propriedade.Nesse passo, a promessa particular de venda como contrato preliminar à escritura pública de compra e alienação não é igualmente alvo de incidência do ITBI.

d) A base de cálculo é o valor venal dos bens imóveis transmitidos ou direitos reais cedidos.

e) Com relação às alíquotas, insta mencionar que deverão ser proporcionais, e não progressivas, uma vez que é vedada a progressividade para tal gravame, em função de se tratar de imposto real (vide Súmula 656 do STF) e da ausência de previsão de progressividade no texto constitucional. Portanto, não se pode variar o ITBI em razão da presumível capacidade contributiva do contribuinte, aplicando-se-lhe a “proporcionalidade” – técnica de variação do imposto, com imposição de alíquota única, graduando-se o gravame em função da base de cálculo.

f) Há importante imunidade para o ITBI no art. 156, §2º, I, CF, segundo a qual não incidirá o imposto nas transmissões de bens ou direitos nas realizações de capital, fusões, incorporações, cisões ou extinções de pessoas jurídicas. Essa regra será excepcionada,

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isto é, haverá a incidência do imposto se a atividade preponderante do ‘adquirente’ for o arrendamento mercantil, a locação ou a compra e venda desses bens imóveis.

II. IMPOSTOS ESTADUAIS

1. ITCMD

a) O ITCMD é imposto estadual, de competência dos Estados (Art. 155, I da CF).

b) São sujeitos passivos do ITCMD o herdeiro ou legatário, na hipótese de transmissão causa mortis, e o doador ou donatário, caso se tratar de doação.

c) O fato gerador do imposto verifica-se com a transmissão gratuita de quaisquer bens (móveis ou imóveis). Referida transmissão pode se dar mediante contrato de doação ou, ainda em razão do falecimento de seu titular (causa mortis).d) Caso se trate de transmissão de bens imóveis, o imposto será recolhido ao Estado da situação do bem ou ao DF, nos termos do artigo 155, § 1º, I,da CF. Por outro lado, se houver a transmissão de bem móvel, o ITCMD competirá ao Estado onde de processar o inventário ou tiver domicílio o doador, ou ao DF (artigo 155, § 1º, II, da CF).

e) Segundo dispõe o artigo 35 do CTN, a base de cálculo do ITCMD será o valor venal dos bens ou direitos transmitidos e da doação. A alíquota máxima do imposto será fixada pelo Senado Federal (Resolução nº 9/92 - 8%). É importante notar que a cobrança do ITCMD não se sujeita ao regime de alíquotas progressivas, por ausência de disposição constitucional, devendo ser aplicável, neste caso, a proporcionalidade, ou seja, variação do imposto, com imposição de alíquota única, graduando-se o gravame em função da base de cálculo.

2. ICMS

a) O ICMS é imposto estadual, de competência dos Estados (Art. 155, II da CF);

b) São fatos geradores do ICMS: circulação de mercadorias, prestação de serviço de transporte interestadual, prestação de serviço de transporte intermunicipal e a prestação de serviço de comunicação.

c) Assim, poderão ser sujeitos passivos do ICMS pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias, importadores de bens de qualquer natureza, prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e, finalmente, prestadores de serviço de comunicação.

d) A base de cálculo do imposto varia de acordo com o fato tributável. Caso se trate de circulação de mercadorias, a base de cálculo será o valor da mercadoria objeto de comercialização. Considerando os outros fatos geradores, a base de cálculo poderá ainda ser o preço do serviço, em se tratando de transporte e comunicação.

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e) É importante mencionar que o ICMS incide na importação de bens, independentemente de o importador ser pessoa física ou jurídica, contribuinte habitual ou não do imposto. Nesse caso, a base de cálculo será o valor do bem importado.

f) Em relação às alíquotas, o Senado Federal fixará as mínimas e as máximas, consoante expressa disposição constitucional (artigo 155,§ 2º, incisos IV e V, da CF).

g) O ICMS é um imposto não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores, sendo vedada a apropriação de créditos na hipótese de as operações anteriores serem isentas ou não tributadas (artigo 155, § 2º, incisos I e II, da CF).

h) O ICMS não incide e, portanto, são hipóteses de imunidade: (i) operações que destinem mercadorias ou serviços para o exterior, (ii) operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis, líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica, (iii) sobre o ouro quando definido em lei como ativo financeiro e (iv) nas prestações de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

3. IPVA

a) O IPVA é imposto estadual, de competência dos Estados (Art. 155, III da CF).

b) O fato gerador do IPVA é a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie.

c) O sujeito passivo do imposto é o proprietário do veículo automotor, pessoa física ou jurídica e a base de cálculo será o valor venal de referido veículo.

d) Nos termos do artigo 155, § 6º, da CF, IPVA terá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal, podendo, ainda, possuir alíquotas diferenciadas em razão do tipo e da utilização do veículo.

e) Com a Emenda Constitucional nº 42/2003, a mudança na base de cálculo do IPVA não necessita obedecer o princípio da anterioridade nonagesimal, prevista no artigo 150, III, “c”, da CF. Segundo o artigo 150, § 1º, da CF, a majoração da base de cálculo deste imposto somente observa a anterioridade do exercício seguinte.

III. IMPOSTOS FEDERAIS

1. II

a) O II é tributo de competência da União (artigo 153, I, da CF).

b) O fato gerador do II, segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é a entrada real ou ficta do produto estrangeiro no território nacional (RE 90.114/SP).c) Os sujeitos passivos do II, nos termos do artigo 19 do Código Tributário Nacional, poderão ser o importador, o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, o

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destinatário de remessa postal internacional ou o adquirente de mercadoria em entrepostos aduaneiros.

d) Nos termos do artigo 153, § 1º, da CF, o II poderá ter suas alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Ademais, caso haja modificação deste imposto, nos termos do artigo 150, § 1º, da CF, não haverá necessidade de observância do princípio da anterioridade.

2. IE

a) O IE é tributo de competência da União (artigo 153, II, da CF).

b) O fato gerador do IE é a saída do território nacional para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.

c) A base de cálculo do imposto, nos termos do artigo 223 do Decreto nº 91.030/85, é o preço normal que o produto alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional.

d) O sujeito passivo do IE é o exportador, assim considerada qualquer pessoa que promova a saída de produto nacional ou nacionalizado do território nacional, segundo o artigo 27 do Código Tributário Nacional.

e) Nos termos do artigo 153, § 1º, da CF, o IE poderá ter suas alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Ademais, caso haja modificação deste imposto, nos termos do artigo 150, § 1º, da CF, não haverá necessidade de observância do princípio da anterioridade.

3. IR

a) O IR é tributo de competência da União (artigo 153, III, da CF) informado por critérios de generalidade, universalidade e progressividade.

b) O fato gerador do imposto é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda decorrente do capital, do trabalho ou da conjugação de ambos e de proventos de qualquer natureza, nos termos do artigo 43 do Código Tributário Nacional.

c) O sujeito passivo do IR é pessoa física ou jurídica, titular de renda ou provento de qualquer natureza, podendo a lei atribuir à fonte pagadora da renda a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto.

d) A base de cálculo do imposto é o montante real, arbitrado ou presumido da renda ou provento de qualquer natureza.

e) As alíquotas do IR serão necessariamente progressivas, nos termos do artigo 153, § 2º, I, da CF.

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f) Com a Emenda Constitucional nº 42/2003, a majoração do IR não observa o princípio da anterioridade nonagesimal, mas somente aquela do exercício seguinte, nos termos do artigo 150, § 1º, da CF.

4. IPI

a) O IPI é tributo de competência da União (artigo 153, IV, da CF).

b) Nos termos do artigo 46 do Código Tributário Nacional, poderão ser fatos geradores do IPI: (i) importação, (ii) saída de produtos industrializados de estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, (iii) aquisição em leilão de produto abandonado ou apreendido e (iv) outras hipóteses especificadas na lei.

c) Dependendo da ocorrência do FG, teremos um sujeito passivo determinado, que poderá ser (artigo 51 do Código Tributário Nacional): (i) o importador ou quem a lei a ele equiparar, (ii) o industrial ou a quem a ele a lei equiparar, (iii) o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça a industriais ou a estes equiparados e (iv) o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.

d) A base de cálculo do imposto, no mesmo sentido, varia de acordo com o FG, podendo ser ou o valor da operação de saída do produto, ou o preço normal, acrescido do II e das taxas aduaneiras ou, ainda, o preço de arrematação do produto apreendido ou abandonado.

e) As alíquotas do IPI não são progressivas, a elas se aplicando o princípio da proporcionalidade. Ademais, por expressa menção constitucional, este imposto deverá ser seletivo em razão da essencialidade dos produtos (artigo 153,§ 3º, I, da CF) e, ainda, será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores.

f) Em relação à imunidade, é importante salientar que o IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior, nos termos do artigo 153, § 3º, III, da CF).

g) Por fim, segundo dispõe o artigo 153, § 1º, da CF, o IPI poderá ter suas alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Ademais, caso haja modificação deste imposto, nos termos do artigo 150, § 1º, da CF, somente haverá necessidade de observância do princípio da nonagesimal.

5. IOF

a) O IOF é tributo de competência da União (artigo 153, V, da CF) que incide sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.

b) O FG do IOF, nos termos do artigo 63 do Código Tributário Nacional, será: (i) quanto às operações de crédito, a entrega do montante que constitua o objeto da obrigação, (ii) quanto às operações de câmbio, a entrega de moeda nacional ou estrangeira e, assim, na liquidação do contrato de câmbio, (iii) quanto às operações de seguro, a emissão de

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apólice ou recebimento do prêmio e (iv) quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliário, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate desses.

c) A base de cálculo do imposto, segundo o artigo 64 do Código Tributário Nacional, será o valor da operação, ressalvada a hipótese de operações de seguros, nas quais a base de cálculo será o montante do prêmio.

d) As alíquotas do IOF seguem o princípio da proporcionalidade e variam de acordo com a natureza das operações financeiras.

e) Nas operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, o IOF será devido na operação de origem e terá alíquota mínima de 1%, nos termos do artigo 153, § 5º, da CF.

f) Nos termos do artigo 153, § 1º, da CF, o IOG poderá ter suas alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Ademais, caso haja modificação deste imposto, nos termos do artigo 150, § 1º, da CF, não haverá necessidade de observância do princípio da anterioridade.

6. ITR

a) O ITR é tributo de competência da União (artigo 153, VI, da CF).

b) Nos termos do artigo 29 do Código Tributário Nacional, serão fatos geradores do ITR: a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do Município. Insta mencionar que o conceito de zona rural se dá por exclusão, considerando-se a zona urbana do Município.

c) São sujeitos passivos do ITR, igualmente segundo o artigo 29 do Código Tributário Nacional, o proprietário, o titular do domínio útil e o possuidor.

d) A base de cálculo do ITR será o valor fundiário do imóvel, nos termos do artigo 30 do Código Tributário Nacional. As alíquotas do imposto serão proporcionais e progressivas (artigo 153, § 4º, da CF), de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.

e) O ITR não incide sobre pequenas glebas rurais quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel, nos termos do artigo 153, § 4º, da CF. f) Por fim, a Emenda Constitucional nº 42/2003 conferiu aos Municípios que assim optarem a possibilidade de arrecadarem e fiscalizarem o ITR, nos termos da lei, desde que tais atividades não impliquem renúncia de receita da União.

7. IGF

a) O IGF é tributo de competência da União (artigo 153, VII, da CF) cuja instituição deverá ser efetivada por lei complementar. Em relação a este imposto, a União ainda não exerceu sua competência tributária.

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