24
Bragança Paulista Sexta 24 Fevereiro 2012 Nº 628 - ano X [email protected] 11 4032-3919 jornal do meio

628

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição 24.02.2012

Citation preview

Page 1: 628

B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta24 Fevereiro 2012Nº 628 - ano [email protected]

11 4032-3919

jorn

al

do

me

io

Page 2: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 6282

Faz quase cinquenta anos que a Igreja Católica no Brasil julgou oportuno

juntar à celebração da Quares-ma um tema específico que unisse o tempo penitencial a uma atitude escolhida para ser olhada com mais atenção e objeto de mudança no seu agir. Nos primeiros anos a maior parte dos temas ficou voltada para a vida interna da própria Igreja. Com o correr dos anos a campanha foi abrindo seu olhar sobre temas de ordem social, política, econômica. Começava uma atenção maior para o todo da população. Era o sair das estruturas religiosas para oferecer, a partir da sua visão de fé, uma reflexão e uma proposta de abordagem. Tivemos campanhas sobre educação, jovens, drogas, meio ambiente, água. Amazônia, saúde, etc. Algumas delas feitas em parceria com igrejas cristãs (Luterana, Anglicana, Metodista, Presbiteriana, etc.). Neste ano é oferecida uma visão sobre a Saúde Pública. O lema escolhido

“Que a saúde se difunda sobre a terra” tem a sua inspiração no livro do Eclesiástico (cap. 38,8). A prática adotada para a abordagem do tema segue o método Ver-Julgar-Agir. Faz-se uma análise da realidade. Esta é iluminada pela Palavra de Deus. Disto se parte para apontar caminhos para solucionar os desafios. O texto-base da cam-panha parte da afirmação que a saúde integral é o que mais se deseja, é a principal preocupação de qualquer pessoa. Lembra que o SUS (Sistema único de Saúde) inspirado em belos princípios, como o de atender a todos, é um modelo ideal, mas ainda não conseguiu ser implantado em sua totalidade e não aten-de a todos a contento. Entre os objetivos específicos são mencionados a necessidade da educação para prática de hábitos de vida saudável; sensibilizar as pessoas para o cuidado com os doentes; difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil; despertar as pessoas para a discussão da realidade da saúde

pública; para a defesa do SUS; para o justo financiamento; qualificar a comunidade para acompanhar a gestão pública e a aplicação dos recursos públi-cos com transparência. O texto lembra as grandes preocupações na saúde pública em nosso país: hipertensão, diabetes, câncer. As doenças transmissíveis tais como a AIDS, tuberculose, hanseníase, malária, dengue. Os fatores de risco modificáveis como tabagismo, obesidade, dependência química (drogas e álcool), os acidentes de trân-sito, a saúde bucal. O texto faz longa e pormenorizada reflexão sobre o SUS. O que pode ser. O que não consegue ser por falta de financiamento adequado. Na segunda parte, o Ver, faz--se reflexão sobre a visão da doença na Bíblia. Mostrando a mentalidade da época em atribuir a doença ao pecado. O doente era um pecador. Sendo pecador o diabo se apossava dele. Só poderia curar-se se Deus o perdoasse. É lembrado, espe-cialmente, o livro de Jó como

uma meditação que contrariava este modo de ver doença e doente. No Novo Testamento surge a figura de Jesus que vai quebrando a mentalidade antiga desarmando o esquema pecado-doença e, com sua ação curativa, devolvendo a quem era considerado amaldiçoado a condição de dignidade Termina o olhar bíblico utilizando a pará-bola do Bom Samaritano (Lucas 10, 30-37). Ela é demarcada pelos verbos ver, compadecer--se, aproximar-se, curar, servir, hospedar e cuidar. É proposta bem delineada de como se deve cuidar de quem é enfermo ou ferido. Após a visão bíblica, que é uma exteriorização de como os cristãos devem enca-rar saúde e doença, o texto vai para a parte do Agir, do buscar soluções. Aponta a necessidade de um aprimoramento no aten-dimento aos enfermos naquilo que se chama Pastoral da Saúde (presente em qualquer credo religioso ou visão humanista). Lembra o direito que todos têm de viver e morrer com dignidade.

Aponta propostas que possam sair das estruturas das igrejas e da sociedade em geral. Neste item fala na necessidade de comunicação sistemática dos problemas não resolvidos à Ou-vidoria do SUS; na reivindicação de atendimento humanizado a o cidadão em qualquer unidade de saúde; na valorização dos profissionais da área da saúde; no atendimento ágil; na garantia de infraestruturas mínimas... Como o leitor percebe um vasto leque sobre realidade que nos atinge a todos. Quem puder procure ter contato com os textos da campanha. Ajudarão a ter ações de cidadania que ultrapassem a lamentação.

Mons. Giovanni Barrese

Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da

direção deste orgão.

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.

Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

Campanha da fraternidade

para pensar

Page 3: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 628 3

O primeiro bimestre do ano é historicamente o mais fraco para lojas de itens de construção e de

decoração. As vendas de material caem, em média, 10% em relação às de novem-bro e dezembro, segundo pesquisa do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para esquentar o mercado, janeiro virou mês de bota-fora. Quem está disposto a se embrenhar por promoções e pontas de estoque consegue descontos acima de 50% em móveis e itens de decoração .“Geralmente são peças que sobraram da coleção passada”, afirma Lipel Custódio, diretor da Abimóvel (associação da in-dústria moveleira). Na compra de material de construção, as maiores reduções estão em revestimentos.

De olho Nos saldões, há unidades de mostruário à venda que podem ter defeitos visíveis, como manchas e arranhões. “Se o pro-blema for aparente, o consumidor não terá direito de troca”, alerta a advogada Gisele Friso. Quando a falha não é evidente, como um ventilador que não funciona, o cliente pode exigir a substituição do produto ou o dinheiro de volta. Outro cuidado é com o prazo de validade. Materiais como cimentos e argamassas têm vida útil curta. Bancos oferecem crédito para obra por 1,9% ao mês Linhas específicas para material de cons-trução permitem que compras sejam feitas durante seis meses Cartões para aquisição de materiais permitem gastos de até R$ 180 mil; contratante tem de ser correntista

Quem quer aproveitar a temporada de queima de estoque, mas está com as re-servas financeiras em baixa, pode optar pelo financiamento bancário para a compra de material de construção. A questão é considerar se as despesas com o empréstimo serão compensadas pelos descontos dados pelas lojas. As linhas de crédito que não exigem ga-rantia oferecem até 60 meses para pagar o dinheiro usado durante seis meses de compras. Os juros vão de 1,89% a 3,94% ao mês, de acordo com o valor e o tempo de quitação. A linha da Caixa Econômica Federal oferece crédito em grande parte das lojas de ma-terial de construção, mas é preciso antes passar em uma agência para a aprovação. O limite mínimo é de R$ 1.000, e a cota máxima, de R$ 180 mil. No Banco do Brasil, o crédito é contratado diretamente em lojas conveniadas que aceitem Visa. O limite máximo é de R$ 50 mil. No Itaú, o correntista deve ir até a agência para a contratação da linha usada em lojas que aceitem cartões MasterCard. O cartão do Bradesco só é aceito em lojas credenciadas pela Anamaco (associação de comerciantes de material de constru-ção). As linhas são válidas apenas para correntistas. Sem pressa e com uma obra maior em vista, há linhas de crédito para reforma na Caixa, no Bradesco e no Santander com juros mais baixos, mas que exigem um imóvel como garantia. Também é necessária documentação, e a aprovação do crédito leva tempo que pode durar mais que os estoques.

Mãos de obra Prepare-se: gastos com mão de obra re-

presentam cerca de 35% do custo total da reforma Janeiro e fevereiro são bons meses para contratar pedreiros, já que as obras co-meçam, em geral, em março Antes de fechar o contrato, busque re-ferências com amigos e profissionais e confira trabalhos anteriores

Obras em alugado Com jogo de cintura, inquilinos podem fazer pequenas reformas na unidade locada, como pintura, troca de tomadas e de fiação Alterações que resolvem problemas da unidade ou que trazem benefício ao imóvel podem ser descontadas do aluguel após negociação com o locador Para conseguir a redução, apresente di-ferentes orçamentos ao dono do imóvel antes da compra do material Propostas de obras que mudem muito o imóvel por gosto do morador, como a troca de um lavatório, enfrentam resistência dos proprietários

Controle de estoque Aproveitar a liquidação para comprar materiais para a reforma exige atenção à validade e ao espaço de armazenamento dos materiais Os produtos devem ficar em local sombre-ado e sem umidade, para evitar alterações nas características Cimentos podem ser guardados por cerca de três meses. Já argamassas têm prazos de validade superiores; as colantes costumam durar seis meses No caso de revestimentos cerâmicos, a dificuldade de encontrar peças iguais no futuro para suprir as quebradas é o pro-blema. O ideal é comprar de 10% a 15% além do planejado

foto: Isadora Brant/folhapress

por CarLos arTHUr FranÇa/FoLHapress

casa & reforma

Temporada de ofertas de decoração traz produtos por menos da metade do preço Dá um desconto

Page 4: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 6284

Para solicitar a limpeza de bueiros e terrenos e praças públicas na sua rua, entre em contato com a Secretaria Municipal de Serviços: 4035 – 8540 Para solicitar a limpeza de terrenos particulares, entre em contato com a DIPP – Divisão de Projetos e Posturas: 4034 – 7074 ou 4034 – 7073 / Para solicitar a visita de um fiscal da Vigilância Epidemiológica, ligue: 4034 – 6714 ou 4034 – 6715.

No cinema eles são engraçadinhos e divertidos. Mas encontrar um rato na vida real não é uma situação muito

prazerosa. Mesmo sabendo que o animal não causará um mal imediato, já que ele foge assim que vê um humano, geralmente a reação é de medo ou de, no mínimo, asco. O problema nem é o rato em si. Os hamsters estão aí para mostrar que um rato pode ser agradável e sim-pático e, além disso, existem animais bem mais feios e mais apavorantes. O problema é que o rato está imediatamente associado à sujeira e, conseqüentemente, às doenças. Em termos sanitários, os ratos podem ser transmissores diretos ou participar da cadeia epidemiológica de diversas delas. A mais conhecida é a Lep-tospirose, mas há ainda a Peste Bubônica, a Tifo Murino, a Triquinose, a Salmonelose, a Hantavirose, entre outras. Os ratos podem, também, trazer prejuízos econômicos. As roeduras em fios ou cabos elétricos ou de te-lefone podem causar curto circuitos, pane em equipamentos ou sistemas de controle e até incêndios. Há algumas semanas, em diversos pontos de Bragança, os ratos passaram a ser vistos com mais freqüência. Em algumas ruas, principalmente as do centro, é possível encontrar os animais até mesmo durante o dia. Animal de hábitos noturnos, o rato só aparece à luz do sol quando a população da colônia aumenta e não há comida suficiente para todos.

Invasores“Parecia um gatinho, veio pela rua e entrou na minha casa”, conta Lurdinha Vasconce-

los. “Foi o tempo de eu fechar a porta para não entrar e ele sumiu. Mas depois vi outro rato na casa do vizinho também. E nas duas vezes foi de dia”, fala. Lurdinha, que mora próximo ao Cemitério Municipal e conta que, frequentemente, ouve comentários de alguém que viu um rato pela região. “Já me contaram que viram o rato atravessando a rua”, lembra. “Tem muito mato no muro do Cemitério. Não passaram máquina nem no Finados”, fala. “E é muita coisa de construção acumulada por aí, areia que fica na rua, tudo isso ajuda”, avalia. Outra moradora do mesmo bairro, Célia Rodrigues, disse que também já encontrou ratos em casa. “Meu filho viu na cozinha. Eu não quis nem ver. Minha mãe deixou ratoeira lá e conseguiu pegar”, lembra. “Minha filha, que mora na Vila Aparecida, disse que na casa dela tam-bém apareceu. Outro dia um vizinho achou uma ratazana debaixo do carro”, conta. Em casos como os relatados é preciso redobrar a atenção. Tanto o rato quanto a ratazana evitam tocar qualquer objeto de imediato. Fazem isso apenas depois de alguns dias no local. Portanto, se alguém os viu é porque já estão há algum tempo por ali, escondidos, observando. Quando o alimento está em um lugar exposto, é retirado aos pouco pelo roedor. Então, se notou algum sinal da presença de rato, como farelos ou restos de comida, fezes, odor semelhante ao amoníaco,

móveis ou materiais como cabos e plásticos roídos, presença de ninho, se prepare. Eles irão voltar.

Limpeza“O rato não tem abrigo e não tem comida. Ele vai procurar onde houver acesso”, fala Marcos Bueno, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica. “No Centro existem muitas casas com porão em que a pessoa deixa muita coisa velha guardada. Isso ajuda a atrair não

só ratos, mas escorpião e aranhas também”, explica. “Resto de telha, madeira, papel, tudo isso atrai”, avisa. Há ainda o problema do lixo jogado na rua. O recomendado é que se coloque fora

minutos antes da passagem da coleta. Para cada bairro existe um horário específico em que o caminhão de lixo passa, basta apenas que o morador esteja atento e se programe. “Colocar o lixo para a coleta pouco antes do lixeiro passar evita que cães furam o saco e espalhem a sujeira na rua e que os ratos não fiquem circulando pela calçada. Eles vão atrás da comida”, explica. É indicado, também, que o lixo seja colocado longe do solo. Mas, e no caso dos bueiros? “A população pode ligar na Secretaria Municipal de Serviços e solicitar a limpeza”, avisa Marta Franco, Médica Veterinária da mesma divisão. A limpeza de terrenos também precisa acontecer regular-mente. No caso de terrenos particulares,

a responsabilidade é do proprietário. Se algum vizinho se sentir incomodado, pode entrar em contato com a Divisão de Projetos e Posturas (DIPP), se o terreno for particular e com a Secretaria de Serviços, no caso de terrenos e praças públicas. Marcos também recomenda que a população não tente exter-minar os ratos por conta própria. “O ideal é procure por uma empresa especializada, que está acostumada a manusear o veneno”, fala. “As soluções caseiras podem causar risco de acidentes com crianças, animais domésticos e também com o meio ambiente”, avisa “Se a pessoa não souber como agir, pode entrar em contato com a Vigilância Epidemiológica, tanto no caso de ratos como no de aranhas, escorpião, dengue. Enviamos um fiscal para passar orientações, mas não resolvemos o problema. A responsabilidade é do muníci-pe”, explica. “Não temos desratização porque não é função do município”, esclarece. “Não temos uma data confirmada ainda, mas, em março, faremos um arrastão que passará pelos bairros para recolher entulhos”, avisa Marta. “A população poderá separar os materiais que não interessam maisa e que o caminhão de lixo não leva, como telhas, madeiras, móveis velhos. Recolheremos tudo”.

colaboração sHeL aLMeiDa

A população pode ligar na Secretaria Municipal de Serviços

e solicitar a limpeza de bueirosMarcos Leme

Os ratos podem ser transmissores diversas doenças. A mais conhecida é a Leptospirose, mas há ainda a Peste Bubônica, a Tifo Murino entre outras” Marcos Leme e Marta Franco da Divisão de Vigilância Epidemiológica

Animal de hábitos noturnos, o rato só aparece à luz do sol quando a população da colônia aumenta e não há comida suficiente para todos

Page 5: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 628 5

Page 6: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 6286

Cresce a oferta de armas contra celu-lite nos sites de compras coletivas. E a frustração da mulherada aumenta

na mesma proporção. Se nem os tratamentos médicos mais sofisticados alcançam grandes resultados nessa área, o que esperar de um pacote com cinco sessões de drenagem linfática, cinco de massagem modeladora e outras cinco de ultrassom pela bagatela de R$ 83? A pechincha, encontrada no site Peixe Urba-no, é só uma entre centenas de promoções tentadoras na rede. A variedade de terapias anticelulite já revela a ineficácia da maioria. Se houvesse uma 100% garantida, seria a única. “Medicina estética é uma das áreas que mais crescem, o que atrai grupos vendendo tra-tamentos sem comprovação científica”, diz o clínico geral Pedro Pinheiro. “Não há, até o momento, tecnologia que corrija alterações estruturais do tecido adiposo feminino e da derme profunda”, afirma Pinheiro. A dermatologista Adriana Vilarinho é mais otimista. “Não há técnicas definitivas, mas elas estão mais eficientes e podem melhorar a celulite em até 60%.” Para Pinheiro, a melhora é parcial, temporária e consome muito dinheiro e tempo. O sucesso dos tratamentos não é a única divergência entre os profissionais da área. Outra questão é se celulite é ou não doença. “Considero a celulite uma característica fe-minina, presente em praticamente todas as mulheres que passaram da puberdade. Não tem qualquer implicação para a saúde”, diz a dermatologista Lucia Mandel. “Celulite não é doença, mas uma alteração normal do tecido subcutâneo feminino que, por imposição da sociedade, tornou-se um incômodo estético”, diz Pinheiro. Já a nutricionista Flávia Moraes afirma que é, sim, uma doença multifatorial.

Partes sensuais O chato é que a celulite se instala nas partes mais sensuais do corpo: bumbum, pernas e abdômen. Crônica e benigna, a afecção é também de-mocrática: segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, acomete 62% das brasileiras, sem distinção de raça, credo, classe social ou fama. É, a celulite coloca no mesmo saco você e Juliana Paes, Grazi Massafera, Maria Fernan-da Cândido, Marcelle Bittar, Ellen Rocche e Fernanda Souza, entre outras celebridades que já assumiram padecer desse mal. Uma das causas do fenômeno está relacionada ao estrogênio, hormônio responsável pelo comportamento feminino e pela anatomia, o que inclui lábios carnudos, pele macia e curvas. Quer dizer: mulheres com alto nível de es-

trogênio são mais desejadas pelos homens e, ironicamente, mais propensas a desenvolver esse “efeito colateral”. Enquanto a medicina não descobre a cura definitiva dessa suposta doença, as mulheres continuam sucumbindo às falsas promessas.

“Me engana que eu gosto”Tratamentos em voga contra o problema Carboxiterapia Usa injeções de gás carbônico para estimular a formação de colágeno. Promete melhorar a oxigenação dos tecidos e, por tabela, a circulação sanguínea. É comum um ardor desagradável na aplicação e leve coceira logo depois. Indicada para casos mais leves. Criolipólise Criado pela Universidade Harvard, o método não invasivo seleciona áreas em que há acú-mulo de gordura localizada e, resfriando-as, induz sua eliminação sem danificar os tecidos. Drenagem linfática Massagem com movimentos suaves se-guindo o trajeto do sistema linfático. Feita manualmente ou por aparelhos. Estimula a reabsorção do edema da celulite e reduz o inchaço. Quando é suspensa, a celulite pode voltar. Contraindicada para quem tem doen-ças circulatórias, cardíaca, renal e infecções. Laserlipólise Método invasivo que usa o laser para fazer lipoescultura. A ponteira do equipamento é inserida no tecido subcutâneo. O laser rompe células de gordura, que são eliminadas pela circulação ou aspiradas mecanicamente. Massagem dermoativadora Com uma luva massageadora são feitos mo-vimentos intensos que ativam a circulação e, teoricamente, reorganizam a gordura. Grávidas, lactantes, hipertensos, pacientes renais e com infecção não podem fazer. Radiofrequência Usa a radiofrequência para contrair as fibras de colágeno, deixando a pele mais firme e compactando o tecido adiposo. Indicado para mulheres no peso ideal, mas com flacidez. Liberado pela Anvisa. Subcisão Cirurgia com anestesia local indicada para estágios mais avançados. É introduzida uma agulha-bisturi que corta as fibras que repuxam a pele para baixo, desfazendo os nódulos. Não deve ser feita em áreas grandes. Tratamento reconhecido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Ultrassom Ondas provocam vibrações que quebram as traves fibrosas responsáveis pelas depressões da celulite. A eficácia é questionada. A libera-ção da gordura pode aumentar os níveis de colesterol e triglicérides. Não indicado para quem está acima do peso. Velashape Aparelho queridinho de dermatologistas, une radiofrequência, raios infravermelhos

e manipulação mecânica. As duas primeiras técnicas agem na flacidez e a massagem é para diminuir o inchaço. Liberado pela Anvisa. Fontes: Soraya Francisco Rossetti, dermato-logista; Roberto Chacur, cirurgião - Celulite entra na conta do ‘pacote mulher’ A publicitária Carolina Mercadante, 24, tem 64 quilos distribuídos por 1,74 m. Mesmo assim, fez dez sessões de drenagem, dez de carboxiterapia e dez de lipocavitação (tipo de ultrassom) arrematadas em uma promoção do site Cesta Cheia. O preço foi bom (R$ 90), os resultados, nem tanto.”A pele fica mais lisa, mas a celulite continua lá”, entrega. E o namorado, reparou? “Para me agradar, ele dizia que tinha melho-rado, mas acho que não via diferença.” A exemplo do namorado de Carolina, muitos homens não compartilham dessa preocupa-ção feminina. Para o preparador físico Bruce Bastos, 47, celulite faz parte do pacote mulher. “A busca opressiva pela perfeição é chata, egocêntrica.” “Quem quer mulher sem celulite deve pro-curar nas revistas masculinas, o Photoshop é o único remédio”, brinca o artista gráfico Gian Di Sarno, 37. Para a dermatologista Soraya Rossetti, a abordagem é multidisciplinar. “O tratamento deve envolver áreas como endocrinologia, nutrição, dermatologia e até intervenções plásticas”, avisa. A necessidade de combinar qualquer trata-mento meia-boca com uma rotina de exer-cícios e um programa alimentar é um dos poucos consensos. Como já sabemos, dieta e atividade física são receita para tudo, até para a indestrutível celulite. - Por que investir nos paliativos Resolvi testar na pele alguns tratamentos para tentar descobrir por que as mulheres insistem tanto. Agendei uma avaliação grátis em uma clíni-ca e fui informada de que tinha celulite de grau 1 nas coxas, perceptível só quando se comprime a região. Decidi me livrar daquilo, com a condição de não sofrer, e me indicaram dois tratamentos: drenagem linfática e sessões com um apa-relho que reúne ultrassom, microcorrente, endermologia e iontoforese. A sensação da máquina aspirando sua pele não chega a ser desagradável. A aparência da traquitana anunciava algo bem pior. Mas a drenagem linfática foi bem mais prazerosa. Enquanto fazia, ouvi na maca ao lado a opinião de uma cliente: “Detesto sentir dor. Não acredito que tenha quem pague pra fazer massagem modeladora”. Outra cliente rebateu: “Dói, mas o resultado é muito melhor”. Eu não espero milagre, mas já consigo entender por que as mulheres investem nesses palia-tivos: o prazer de relaxar e a garantia de ter um tempo para cuidar delas mesmas.

por anneTTe sCHWarTsMan/FoLHapress

tapa-buraco vai o mundo Operação

No verão, sobem as apostas no investimento mais incerto: os tratamentos anticelulite

comportamento

Nem as belas e famosas, se isso serve de consolo

Page 7: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 628 7

Nos próximos três anos, nos EUA, os tablets vão se tornar o principal dispositivo de computação pessoal, superando os PCs tradicionais.

Redes sociais terão um papel ainda mais importante na comu-nicação, mas um de seus maiores desafios será a credibilidade -51% de seus usuários afirmam que apenas parte ou nada do conteúdo disponível nelas é confiável. Os dados estão em um relatório que será lançado ainda neste mês pelo Centro para o Futuro Digital, da Universidade do Sul da Califórnia. As tendências de longo prazo que ele aponta já se desenham nas tradicionais listas de previsões para 2012 na imprensa especializada. Além de antever o declínio dos laptops em prol dos tablets, Jeffrey Cole, diretor do centro, acredita que computadores de mesa não vão desaparecer, mas ficarão restritos a nichos, com participação de 4% a 6% no mercado. “O tablet é um gadget muito convidativo”, afirma Cole. “É mais conveniente e acessível do que o laptop e muito mais atraente para o uso”. Para que essa tendência se concretize, porém, é fundamental que o preço das maquininhas com tela sensível ao toque diminua -processo acelerado pelo Kindle Fire, da Amazon, que custa US$ 200 nos EUA. Vivek Wadhwa, pesquisador da Escola de Informação da Universidade de Berkeley, prevê já para este ano uma explosão de tablets básicos abaixo de US$ 100. Enquanto corre para suprir a demanda por tablets, a indústria ainda aposta no formato de laptop por meio dos esbeltos ultrabooks -vários deles serão apresentados na feira CES, que começa hoje em Las Vegas. Outra tendência forte para 2012 é a interação com celulares, tablets e outros eletrônicos por comando de voz, na carona do Siri, da Apple, que neste ano deve evoluir, expandir suas funcionalidades e inspirar a concorrência.

Nova safra Apesar das previsões incisivas, Cole pondera que boa parte das tecnologias que devem predominar nos próximos cinco anos ainda não é conhecida. Ele lembra que, em 2006, os hoje onipresentes YouTube, Twitter e Facebook ainda eram infantes. “Meia década atrás, quem pensaria que essas tecnologias nascentes seriam padrão para a comunicação social em 2011? A próxima grande tendência está sendo criada agora por uma nova safra de visionários a ser descoberta.” Redes sociais estão mais perto do limite Executivo da indústria estima que, dentro de oito anos, haverá 50 bilhões de dispositivos conectados à rede Ao mesmo tempo em que o crescimento das redes sociais já estabelecidas, como o Facebook e o Twitter, se aproxima de um ponto de saturação, elas devem se tornar parte cada vez mais integral do cotidiano em 2012, preveem especialistas. O carro-chefe dessa tendência é o “compartilhamento

sem esforço”, introduzido pelo Facebook em setembro do ano passado, que permite aos usuários propagar automati-camente aos seus amigos as músicas que ouve, os filmes que vê e as notícias que lê na internet. À medida que mais serviços se integram ao Facebook e a outras redes sociais, vai aumentar a variedade de informação compartilhada: refeições consumidas, horas de sono e distân-cias percorridas, por exemplo, aposta Marshall Kirkpatrick, do site de tecnologia ReadWriteWeb.

Novatos Vivek Wadhwa, pesquisador da Escola de Informação da Universidade de Berkeley, pintou no “Washington Post” um cenário pessimista para as start-ups (empresas iniciantes) de redes sociais. “O Vale do Silício é obcecado com mídia social, e os investidores financiaram centenas de start-ups ‘de ocasião’ com bilhões de dólares”, afirma Wadhwa, citando como exemplos “redes sociais para donos de animais de estimação” e “um número ridículo de apps de compartilhamento de fotos”. O pesquisador afirma que, assim como aplicações baseadas em localização se reduziram a mera funcionalidade de redes maiores, a mídia social vai sobreviver e se tornar parte ainda mais integral do dia a dia. “Mas a festa acabou para investi-dores e start-ups nesse espaço”, opina. Segundo Wadhwa, os lucros dessas empresas novatas não corresponderam às expectativas, e a maioria delas se apro-xima da falência.

50 Bilhões conectados Nos próximos anos, as informações compartilhadas nas redes sociais irão muito além do conteúdo digital, segundo Kirkpatrick. Hans Vestberg, executivo-chefe da Ericsson, estima que, em 2020, haverá 50 bilhões de dispositivos conectados à rede, desde eletrônicos até itens triviais -número muito maior do que as atuais 5 bilhões de assinaturas de serviços móveis no mundo. Kirkpatrick fantasia uma caixa de cereal inteligente, que, ao detectar que a guloseima acabou, executa um pedido de compra de uma caixa nova automaticamente. “O que vai acontecer depois do seu 50º reabastecimento automático de Cap’n’ Crunch? Você vai ganhar uma meda-lha de superfã no seu perfil de mídia social, tenho certeza”, afirma Kirkpatrick. Ele reconhece que a perspectiva de “instrumentação do cotidiano” pode soar assustadora, mas lembra que, poucos anos atrás, postar fotos de si mesmo em redes sociais e usar cartões de débito também parecia estranho. “Se isso for feito corretamente, com proteções de privaci-dade, segurança, educação, consenso informado e usuários satisfeitos, esse tipo de engajamento com mídia social pode representar um período enorme e desejável de cresci-mento na indústria”, afirma.

por raFaeL CapaneMa/FoLHapress

informática & tecnologia

foto: rodrIgo Capote/folhapress

vai o mundo O futuro é dos tablets, dizem analistas, e 2012 deve reforçar essa tendência com modelos de baixo custo; redes sociais terão de se mostrar confiáveis

Para onde

Page 8: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 6288

Se os Estados Unidos foram responsáveis pela invasão de rostos bonitos e músicas plastificadas na década passada, é a Europa

o grande celeiro de boy bands na música pop atual. Mesmo em crise, o velho continente jogou no mercado três herdeiros de grupos como Backstreet Boys e ‘N Sync -The Wanted, One Direction e Il Volo arrebatam corações pelo mundo afora. A fórmula básica de uma boy band de sucesso continua a mesma: estilo, beleza, sorte e um bom produtor. Sim, os grupos são criados do nada, seja em programas de TV, como One Direction e Il Volo, seja em testes, caso do The Wanted. “A gente nem se conhecia”, admite Jay McGuiness, 21, que tocou no Brasil com The Wanted em outubro. “Há dois anos e meio, quando a banda surgiu, co-meçamos a nos conhecer e, agora, já somos muito amigos”, completa. Sua banda bombou no Reino Unido com o single “All Time Low”, de 2010, e viu a fama aumentar com o segundo álbum, “Battleground”. Os garotos do One Direction também estouraram recentemente. Eles são uma espécie de Take That, grupo dos anos 1980 liderado pelo cantor e galã Robbie Williams. O mago dos meninos entre 17 e 20 anos foi o ranzinza Simon Cowell, ex-jurado do “American Idol” e atual carrasco do “The X-Factor”. O quinteto terminou em terceiro na competição, mas descolou um contrato com uma grande gravadora e lançou o single “What Makes You Beautiful” e, depois, o disco “Up All Night”. McGuiness admite que é difícil escapar do clichê “pôster em fichário de adolescentes”, mas garante que muito marmanjo curte o som açucarado do The Wanted. “É natural que comece só com garotas”, diz. “Não é uma escolha oficial ter que ser bonito, mas faz parte. Não forçamos uma imagem sexy nem nada disso, mas as pessoas nos veem assim.”

Três tenores Quem consegue fugir do estereótipo de beleza são os italianos do Il Volo. Os meninos parecem uma versão 2.0 dos Três Tenores -inclusive gravaram “O Sole Mio”, eter-nizada por Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras. Não que eles concordem... “Nosso som é mais moderno. Gostamos desde AC/DC até Lady Gaga”, diz, indignado, Ignazio Boschetto, 17. Surfando no hype exótico de três teens cantando ópera, não voltam à Itália há seis meses e até participaram da série da HBO “Entourage”. Boschetto concorda com McGuiness em relação à amizade que nasceu. “Já somos como três irmãos”, garante. “Queremos cantar para os jovens por muito tempo.” “Espero que nossa música dure mais do que as boy bands ‘old school’”, alfineta McGuiness. Quem aposta?

Os rostos são diferentes, mas a fórmula é a mesma: conheça três novas boy bands

por iUri De CasTro TÔrres/FoLHa press

Efeito Dominó

teen

foto: folhapress

foto: dIvulgação

foto: folhapress

Page 9: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 628 9

O fascínio que a poesia de Emily Dickinson (1830-1886) exerce sobre poetas e tradutores brasileiros é cada

vez maior. Um levantamento realizado pelo crítico Carlos Daghlian das traduções disponíveis em língua portuguesa aponta para um conjunto crescente de trabalhos. Manuel Bandeira reinou solitário na década de 1940, no decênio seguinte as traduções subiram para sete. Depois foram cinco nos anos 1960, dispararam para 11 nos anos 1970, 22 na década de 1980, 19 nos anos 1990. Esta última cifra já foi ultrapassada na última década. Dentre os tradutores renomados, para ficarmos só entre poetas, figuram Bandeira, Cecília Mei-reles, Paulo Mendes Campos, Mário Faustino, Décio Pignatari, Ana Cristina Cesar, Paulo Henriques Britto, João Moura Jr., Augusto de Campos. Entre os portugueses, Jorge de Sena, Mário Cesariny e Nuno Júdice. Num primeiro olhar, podemos inserir o crítico e tradutor José Lira nesta linhagem de poetas. Mas o lançamento de “A Branca Voz da Solidão”, segundo volume de traduções dedicado à poesia de Emily Dickinson, permite destacar um as-pecto fundamental do seu trabalho que talvez permaneça em segundo plano para o leitor. Muito além da paixão e da fidelidade ao estudo da poeta, a quem já dedicou um livro de ensaios, “Emily Dickinson e a Poética da Estrangeiriza-ção” (UFPE, 200), outro volume de tradução, “Alguns Poemas” (Iluminuras, 2006), e inúmeros artigos e conferências, José Lira tornou-se, no

melhor sentindo do termo, um especialista da poesia de Emily Dickinson. Radicalizando, sua trajetória intelectual se beneficiou e, simultaneamente, contribuiu para a especialização do debate em torno da tradução poética no Brasil. Questões inerentes à poesia de Emily Dickinson serviram como uma luva para a formação de um autêntico grupo de estudiosos.

Balada e soneto Ao lado de Carlos Daghlian e Walter Costa, José Lira não só organizou um número da revista “Fragmentos” (Universidade de Santa Catarina, 2008), inteiramente consagrado à poeta, como, em permanente diálogo com Paulo Henriques Britto, avançou em questões técnicas ligadas a traduções. Ambos refletiram sobre possíveis equivalências de formas poéticas, como a balada inglesa e o soneto, para o nosso idioma, no enriquecimento de formas rímicas, como o uso da raríssima “rima abreviada”. No caso de José Lira, o tradutor preparou o terreno para o amadurecimento do especialista. O domínio da bibliografia crítica sobre Emily Dickinson e a intimidade com a prosódia com-parada do inglês-português são, no mínimo, extraordinários. Paradoxalmente, a própria condição de espe-cialista seja responsável por alguns excessos que aparecem em “A Branca Voz da Solidão”. Talvez, por já ter abordado o mesmo assunto tantas vezes em livros e artigos, José Lira tenha

se desobrigado de oferecer ao leitor comum algumas portas de entradas mais acessíveis. Por vezes, faltam informações sempre úteis e necessárias, recomendar os bons ensaios, a melhor biografia, o principal site, etc. Porém, do que o volume se ressente mesmo é de um maior equilíbrio entre o debate sobre tradução e um viés interpretativo. Nesse sentido, “Emily Dickinson: Não Sou Ninguém” (Editora da Unicamp, 2008), publi-cado por Augusto de Campos, continua uma referência essencial. Numa introdução sintética, o ensaísta mes-cla dados biográficos e fontes bibliográficas atualizadas sobre a autora americana, além de expor de maneira clara as incompreensões que marcaram a recepção crítica desta poesia tão moderna. Num outro plano, não fica atrás a contribuição dada por Angela-Lago, inventiva escritora e ilustradora de livros infantis. A sua leitura crítica propõe um fecundo diálogo entre tra-dução e criação gráfica, já expressa no próprio título, “Emily Dickinson: Um Livro de Horas” (Scipione, 2007).

Moderna até a medula Tais reparos não desabonam a difícil tarefa realizada por José Lira, atualmente respon-sável pelo maior número de poemas de Emily Dickinson traduzidos entre nós. Recomendo vivamente a leitura dos dois volumes: “Alguns Poemas” e “A Branca Voz da Solidão”. Ambos nos permitem uma visão bastante

ampla desta poesia moderna até a medula, escrita por uma mulher que nasceu e morreu em Amherst, cidadezinha próxima de Boston, região das mais conservadoras nos EUA. Para alguém que sempre cultivou a arte da perda -da fé, do amor, da vida literária -, ficaria surpresa e feliz ao saber que no Brasil ela circula livremente. Augusto Massi é professor de literatura brasi-leira na USP e autor de “Negativo” (Companhia das Letras) e “Vida Errada” (7 Letras) A branca voz da solidão Autora: Emily Dickinson Editora: Iluminuras Tradução: José Lira Quanto: R$ 47 (352 págs.) Avaliação: ótimo

Raio-x emily dickinson Vida Nasce em 10/12/1830, em Amherst, Massa-chusetts, nos EUA. Dickinson nunca se casou e passou a maior parte da vida na casa dos pais, à margem dos círculos literários. Morreu no mesmo local, em 15/5/1886 Cartas Deixou quase mil itens de correspondência, que trazem quase tudo o que se sabe sobre a reclusa poeta Produção Publicou apenas dez poemas em vida. Em 1998, uma coletânea organizada por R.W. Franklin reuniu quase 1.800 poemas da autora

A consagração da democracia como regime político dominante nas socie-dades é uma das grandes conquistas

da modernidade, sem dúvida.O regime político democrático reside na autori-dade do povo, na supremacia popular. Para que a supremacia popular seja concretamente obser-vada imperiosa se faz a necessidade de eleições livres, a partir da qual a escolha de representantes políticos reflita, de fato, a vontade popular.Desta necessidade é que surgem os sistemas eleitorais, entendidos como mecanismos neces-sários para a definição daqueles que exercerão efetivamente, em nome do povo, o poder soberano.Sistema eleitoral é o conjunto de critérios utiliza-dos para definir os vencedores em um processo eleitoral, as regras do jogo eleitoral.No Brasil, dois foram os sistemas eleitorais adotados para a verificação dos vencedores na disputa, os sistemas majoritário e proporcional.O sistema majoritário foi adotado nas eleições para cargos executivos (prefeito, governador e presidente da república) e para senadores. O sistema proporcional nas eleições para deputados ou vereadores.Pelo sistema majoritário é considerado eleito o candidato que obtenha a maior soma de votos sobre os seus competidores, sendo os votos atribuídos aos demais candidatos desprezados.Neste sistema pode ser necessária a mera maioria relativa para a verificação do candidato vencedor, como também a maioria absoluta. Na primeira hipótese tem-se o sistema majoritário simples e na segunda o sistema majoritário absoluto.

O sistema majoritário simples se aplica nas eleições para senadores e prefeito de municípios com até 200 mil eleitores (é o caso de Bragança Paulista-SP). Neste caso haverá apenas um turno de eleição e vence o candidato mais votado, in-dependentemente da soma dos votos dos seus adversários. O que significa que o candidato que receber mais voto que os demais será eleito, ainda que os a soma de todos o votos dados aos seus adversários seja superior ao número de votos que recebeu.Este sistema é alvo de críticas, pois pode viabili-zar a eleição de um candidato com alta rejeição do eleitorado, em bora bem votado. Em um exemplo isso pode ser melhor observado: ima-ginemos um condomínio residencial composto por setenta apartamentos, cada um deles com direito a um voto na assembleia condominial que esteja elegendo o seu síndico. No dia da eleição apenas 29 condôminos votam, sendo estes votos distribuídos entre quatro candidato. O candidato A obtém 10 votos, o candidato B 08 votos, o candidato C 06 votos e o candidato D 05 votos. Pelo sistema majoritário simples será eleito o candidato A, mesmo que os outros 19 moradores (a grande maioria) votantes sejam contra a sua eleição. O sistema majoritário absoluto se aplica nas elei-ções para presidente da república, governadores e prefeitos de municípios com mais de duzentos mil eleitores. Nele é exigida a maioria absoluta dos votos para se apontar o candidato vencedor.Para estes cargos, o vencedor só será declarado no primeiro turno caso tenha a maioria absoluta

de votos, ou seja, mais votos do que todos os votos recebidos por seus adversários. Assim, seguindo o exemplo utilizado para esclarecer como se dá as regras do sistema majoritário simples, no majoritário absoluto para que o candidato A fosse declarado vencedor deveria ter recebido, ao menos, 15 votos, sendo 14 os votos distribuídos entre os demais candidatos.Caso nenhum candidato consiga maioria abso-luta, deverá haver segundo turno entre os dois candidatos mais votados.Tanto no sistema majoritário simples como no absoluto os votos brancos e nulos não tem ne-nhum valor. Não procede o mito de que os esses votos são dirigidos ao candidato mais votado. A maioria simples ou absoluta é aferida a partir dos votos válidos. Na contramão do sistema eleitoral majoritário, está o sistema proporcional, cujo pressuposto é a repartição aritmética das vagas, com o objetivo de que a representação em determinado território seja distribuída entre as correntes ideológicas dos partidos políticos concorrentes.A técnica adotada no Brasil para a verificação da representação proporcional é a do quociente eleitoral, conforme prevê o código eleitoral.Com esta técnica verifica-se o número de vagas que estará apto a ocupar cada partido ou coliga-ção. Ao contrário do sistema majoritário onde os votos são dirigidos ao candidato, no sistema proporcional os votos são computados aos partidos, após se verificar quantas vagas cada partido terá direito a ocupar na Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa e na Câmara

dos Vereadores, verificar-se-á quais foram os candidatos mais votados em cada um deles para que ocupem essas as vagas. É na eleição aos cargos de deputados e verea-dores que se pode observar a utilidade do voto de legenda, quando o eleitor vota no partido ou coligação e não em um candidato específico.Por isso, para chegar a conclusão de quais can-didatos aos cargos de deputados e vereadores foram eleitos, é necessário, em primeiro, veri-ficar se foram destinadas vagas ao partido que ele representa.Para tanto se faz necessário proceder a duas operações aritméticas: a primeira para determinar o quociente eleitoral e a segunda para verificar o quociente partidário.Tendo em vista as peculiaridades deste sistema, a forma como essas operações aritméticas devem ser calculadas serão tratadas na próxima edição deste respeitável espaço democrático.Há que se considerar, antes de tudo, que os sistemas eleitorais adotados no Brasil, como ressaltado, possuem a tarefa de estabelecer as regras que devem ser seguidas para que cada candidato seja considerado eleito, levando-se em conta a autoridade do povo, a qual deve estar livre de qualquer espécie de influência externa. Imprescindível se faz que o eleitor conheça as suas regras para que conscientemente dirija o seu voto.Até a próxima!Gabriela de Moraes MontagnanaGustavo Antonio de Moraes MontagnanaAdvogados

Modernidade de Dickinson

As regras do jogo eleitoral

por aUGUsTo Massi/FoLHapress

por GUsTavo anTÔnio De Moraes MonTaGnana/GaBrieLa De Moraes MonTaGnana

“A Branca Voz da Solidão” ganha versão em português de José Lira, um dos principais especialistas brasileiros na obra da poeta

antenado

Seus Direitos e Dever

Page 10: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 62810

Page 11: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 628 11

Foi com muita alegria que fotografei o batismo dessas três gracinhas de bebês: Lara , Malu e Chloe. Malu e Lara são gêmeas e irmãzinhas da Giulia que são filhas do casal Giuliana e Alexandre Adade que também tive o prazer de fotografar o casamento deles e, Chloe é filha da Cláudia e Marcus que é irmão do Alexandre. Ou seja, foi uma linda e exclusiva cerimônia em família. Tudo aconteceu numa linda tarde de segunda feira no belíssimo Haras Sheriff, propriedade da família. Uma linda e simpática capela do haras foi o templo onde foi realizada a cerimônia. Ela ficou lotada pelos amigos e familiares que fizeram questão de presenciar esse sacramento tão singelo na vida das meninas. Foi uma linda cerimônia onde o Padre deu uma “palhinha” e cantou uma canção em Italiano para abrilhantar toda a alegria do momento. Foi lindo! Depois aproveitamos para fazer uma sessão de

fotos com toda a família e descemos para um lindo espaço gourmet onde foi oferecido um delicioso almoço. Tudo com muito bom gosto e descontração. Malu, Lara e Chloe, estrelas da festa, passavam nos colos das tias, amigos, dos avós que quase explodiam de tanta alegria e pelos pais que estavam especialmente felizes pelo dia maravilhoso. Foi uma tarde muito agradável onde tive a sensação da paz em plena segunda feira. Coisas que a minha profissão premia. Mais um dia muito especial que guardo com muito carinho.

Page 12: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 62812

Page 13: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 628 13

veí

culo

s e

va

ried

ad

es2ºCaderno

Page 14: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 62814

Como tudo na vida, montar um escritório dentro de casa ¿ o famoso home office ¿ tem suas vantagens e desvantagens. Para encarar a aventura, é importante colocar na balança os prós e os contras, como aponta a psicóloga e sócia da Steer Recursos Humanos, Priscila Oliveira. Acredito que um home office seja uma forma inteligente de trabalhar com economia de tempo e de dinheiro. Sem dúvida a questão da comodidade é relevan-te, explica a psicóloga, que também apresenta alguns pontos negativos. O trabalho solitário, a dificuldade de planejamento de tempo e espaço físico e de posicionar-se perante os demais moradores da casa podem ser alguns dos problemas. Mas com muita disciplina é possível tirar de letra esta experiência. Confira as dicas! 1. Defina um local para o trabalho Antes de tudo é fundamental delimitar o espaço de lazer e a área destinada ao trabalho. Senão vira uma bagunça total e a sua agenda pode ir parar na cozinha, O espaço de trabalho deve ser bem estruturado. Tanto faz se seu home office fica em um cômodo ou é uma adaptação de seu quarto ou sala. O que importa é que seja um local organizado e tenha os equipamentos fundamentais para desempenhar bem a sua atividade profissional.2. Analise o seu orçamento Invista apenas em móveis e equipamentos necessários, compa-tíveis com seu bolso, suas necessidades e seu trabalho. No caso de adquirir um novo computador, dê preferência ao notebook, assim pode fechá-lo e levar o seu escritório para qualquer lu-gar. Se ainda não tem uma impressora, aproveite os serviços oferecidos por papelarias, porque além de economizar, você é estimulada ao convívio social, já que passa a maior parte do seu tempo em casa. Quanto ao telefone, prefira um aparelho sem fio. Não é necessário ter uma segunda linha, a menos que todos em sua casa usem muito o telefone.3. Escolha móveis adequadosSe o seu trabalho exige que fique horas em frente ao computador é importante escolher uma boa cadeira. A ergonômica é uma ótima opção nestes casos. Imagine-se sentada quatro, cinco horas num pufe. Você pode terminar o dia quebrada. Para quem está com o orçamento curto, a sugestão é a compra de uma cadeira simples e adequada ao trabalho no computador. Coloque uma almofada rolo, aquelas usadas em decoração de cama, entre a cintura e a cadeira, e uma almofada quadrada, na região das costas para que mantenha uma boa postura.Outro item importante em um home office é a prateleira. O espaço entre elas pode ser de 20 centímetros, dispostas na vertical. Nem perca tempo procurando armários próprios para escritórios, eles ocupam muito espaço. Agora, se você pretende

guardar objetos pesados, como livros, opte por cestos coloridos ou caixas. Divida os livros por temas e guarde cada conjunto em peças de cores diferentes. Outra sugestão é a elaboração de um catálogo, contendo as cores dos cestos e as respectivas legendas, que pode ser plastificado e fixado com pregadores coloridos. Se o seu espaço é muito pequeno, prefira uma bancada dobrável. Uma poltrona com rodinhas não pode faltar nos escritórios de quem costuma receber clientes.4. Organize seu espaçoDe nada adianta arrumar o local se os pequenos objetos es-tiverem espalhados. A mesa de trabalho precisa estar sempre limpa. Por isso, disponha estiletes, perfuradores, canetas e lápis em canecas coloridas. Pulseiras redondas de plásticos, coladas umas sobre as outras, também podem fazer a função de porta--caneta. Idéias não faltam. Procure escolher as mesmas cores usadas para os cestos para não virar Carnaval. Deixe portas--copo no escritório para que ninguém manche seus papéis com suco de uva. 5. Enxugue seus gastosProcure economizar em contas telefônicas, tentando resolver tudo ou a maior parte do seu trabalho via e-mail ou pela in-ternet. Pesquise também os planos de voip, principalmente, se faz muitas chamadas interurbanas.6. Estar em casa x trabalhar em casa Faça com que as pessoas que moram no seu lar doce lar entendam esta diferença. Você pode estar em casa, mas isso não quer dizer que estará disponível. É importante, também, que elas não confundam seus clientes com amigos para evitar que alguns de seus segredinhos sejam revelados a contatos profissionais por engano.7. Liste suas tarefas

Uma boa relação, com tudo o que precisa fazer no seu dia-a-dia, vai ajudá-lo a se organizar. Eleja uma agenda de compromissos como o outlook ou o celular para anotar telefones, recados e lembretes. E procure cumpri-la. Se você se programou para limpar o vidro do seu quarto na quinta-feira, obedeça este prazo. Senão você pode perder tempo em um dia executando uma atividade programada para outro.8. Estabeleça horáriosApesar de os horários serem mais flexíveis, é importante lembrar que as responsabilidades assumidas em home office precisam ser compatíveis com as do mundo lá fora. As exceções devem ser administradas levando-se em conta o caráter de urgência do trabalho a ser executado. O ser humano sente necessidade de delimitar o tempo. Mas não é preciso ser rígido, se você resolveu tirar uma hora de lazer ou dormir uma hora a mais, pode muito bem repor este tempo depois, mas sem exagerar.9. Atualize-se!Ter um home office significa que você cuidará de seus negócios em tempo integral, assim, é primordial que se aperfeiçoe, leia, estude, busque cursos e especializações e se diferencie.10. Invista em networkingDedique um tempo para participar de feiras e eventos para promover seu trabalho e trocar idéias. Aproveite a ocasião para distribuir seu cartão de visitas. Se você é uma empresa, procure manter um site sempre atualizado. As empresas, hoje em dia, procuram profissionais que ajam como se fossem donos do negócio, tenham espírito empreendedor e saibam controlar os gastos em suas áreas. Para isso, a experiência do home office é bastante enriquecedora.Fonte: IG-SP

informe publicitário/SeSSão bragança decor idealizado por giuliano leite

Trabalhar em casa: céu ou inferno?Já pensou em poder desligar o despertador e dar aquela esticada na cama, muito bem-vinda, sem se preocupar em chegar atrasada ao trabalho? Mas trabalhar em casa nem sempre é uma grande diversão

Page 15: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 628 15

O sofá está velhinho e sem graça? Será que chegou a hora de trocá-lo ou apenas uma boa reforma – ou alguns truques de decoração, como capas e tecidos sobre-postos – são suficientes e mais em conta para dar vida nova a este que costuma ser o centro das atenções na sala?Se a estrutura e a espumam estiverem preservadas é possível reformar, o custo será bem menor do que o de um novo, e você ainda terá um móvel personalizado. No entanto, a saída só dará certo se a parte interna estiver realmente em boas condições. De nada adianta se ela estiver comprometida, com cupins, madeira empenada, molas ou espumas velhas ou partes quebradas.Nessas horas, pontos positivos para os móveis antigos.Não se fazem mais sofás como antigamente. Hoje, a maioria dos fabricantes não usam molas ou percintas de couro, é tudo de papel ou MDF. Temos de preservar o que é bom e bonito. Ao optar pela repaginação – alternativa ecológica, diga-se de passagem –, nada melhor do que procurar por profissionais especializados. Um estofador que também é restaurador é sempre o mais recomendado.Há uma infinidade de tecidos que podem ser usados nessa etapa. Chenile, sarja, ve-ludo e couro são os mais procurados por apresentarem maior resistência. Outras texturas mais delicadas, como a seda, também podem ser escolhidas, desde que você não tenha animais ou crianças em casa. Algodão, linho e até jeans também caem bem em qualquer ambiente. São perfeitas para espaços descolados. Depois de eleger o tecido ideal e o tapeceiro de confiança, basta aproveitar o sofá novinho.

Não se desfaçam de suas relíquias. Um sofá antigo tem um potencial incrível.

Capa: solução rápida e econômicaEncomendar uma capa para o modelo é uma boa ideia, mas nem sempre a melhor opção. É bem legal. Mas se o sofá precisar mesmo de uma reforma, ela só irá deixá--lo mais bonito e não ficará confortável. Será bom de olhar, mas não de sentar. Se há crianças ou animais de estimação em casa, vale investir em uma. É versátil – permite a renovação da decoração sempre que quiser – e prática (é possível lavá-la com facilidade).Porém, como em todos os casos, é fun-damental procurar profissionais com experiência para desenvolvê-la. Ela deve ter qualidade e ser feita com tecido pré--encolhido, que não vai se modificar nas lavagens. Se tudo for realizado da maneira correta, não irá parecer uma capa, pois se assentará perfeitamente. O valor médio para fazer uma, é de R$ 700 (dois lugares) e R$ 900 (três lugares). - Fonte: IG-SP

De uns tempos para cá os fornecedores de fios para tricô e crochê tem nos trazido muitas possibilidades. Foi-se o tempo de usar fios simples e sem nenhum atrativo. Novas texturas, apresentações inusitadas, bom gosto, qualidade, fácil execução e resultado fantástico são as marcas dessas novas tendências. O último lançamento da Círculo, a Coleção Quatro Estações, apresenta uma variedade de rendas e fitas de tecido desenvolvidas para você tricotar ou crochetar peças super diferentes. É isso mesmo: você poderá trabalhar com delicadas tiras de renda/tecido e obter produções bem descoladas ou modernas customizações de regatas, palas de vestidos e acessórios diversos.Se você adora novidades, precisa conhecer a Renda Tricô, o Tecido Tricô, o Tecido Rendado Tricô, entre outros. Venha em nossa loja e deixe-se deslumbrar com idéias maravilhosas para incrementar seu

guarda roupa ou então deixar suas amigas doidinhas e receber muitas encomendas.Essas e outras coleções já estão disponí-veis em nossa loja.Estamos lhe aguardando para mostrar

ao vivo e a cores mais essa novidade!

Um abraço.Márcia Lima PalamimCasa Odinete

Sofá novo sem gastar muito

tricô e crochê

informe publicitário/SeSSão bragança decor idealizado por giuliano leite

informe publicitário/SeSSão bragança decor idealizado por giuliano leite

Novidades para

Page 16: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 62816

informe publicitário/SeSSão bragança decor idealizado por giuliano leite

Os dias quentes de verão são encarados com roupas leves, atividades ao ar livre, ar--condicionado, bebidas refrescantes... Mas quando chega a noite, o calor pode atrapalhar o descanso.Dificuldade para pegar no sono, mexer-se muito na cama e acordar várias vezes são algumas situações enfrentadas nos períodos de altas temperaturas.No dia seguinte, o resultado é aquela moleza. Uma noite maldormida pode provocar ainda dor de cabeça e falta de concentração. Em longo prazo, a privação do sono pode levar a depressão e obesidade.“O ideal é que se tenha, em média, de sete a oito horas de sono por noite. Tanto a falta quanto o excesso podem ser prejudiciais a saúde”, diz a endocrinologista Claudia Chang, professora e coordenadora da pós-graduação em endocrinologia do Instituto Superior de Medicina (ISMD). “Acredita-se que um sono ruim tenha papel central na predisposição a ganho de peso e até possa prejudicar o emagrecimento. Infelizmente, o número de jovens adultos cuja duração do sono é inferior a sete horas por noite é muito alto (quase 40%)”, completa a médica.Quem deseja uma boa noite de sono deve manter o quarto arejado, o corpo fresco e a cabeça tranquila na hora de ir para a cama. “Com o calor, a agitação costuma ser ainda maior. Deixe o estresse de lado e procure se desligar dos problemas na hora de ir dormir”, argumenta Claudia.

Confira a seguir outras dicas da especialista para bons sonhos de uma noite de verão:

• Hidrate-se ao longo do dia e não apenas na hora de deitar, para não ficar com vontade de ir ao banheiro durante a madrugada. Siga

uma dieta balanceada e leve. Evite refeições muito calóricas à noite • Bebidas estimulantes como o chá verde e o café (que no verão ganha gostosas opções geladas) devem ser evitadas no período noturno. A cafeína tem duração de quatro horas no organismo, portanto o ideal é que o último gole seja por volta das 16 horas para não atrapalhar a qualidade do sono• Evite exercícios muito vigorosos próximos à hora de deitar. • Evite atividades que exijam muita concen-tração ou que elevem o nível de ansiedade (como filmes de ação ou suspense) perto do período de dormir• Use roupas leves e frescas• Prefira lençóis de algodão e linho aos sin-téticos, porque esquentam menos• Banho morno refresca e ajuda a relaxar • Deixe o quarto arejado durante o dia e, se possível, uma brecha na janela também à noite, para o ar circular• Ventilador é uma alternativa refrescante para os dias mais quentes. Só tome cuidado para que não seja barulhento – prejudicando o sono – e para não fique virado direto para o corpo, pois o vento pode causar frio, fazendo com que você desperte no meio da noite• Se preferir o ar-condicionado, lembre-se que ele deve estar com o filtro limpo e funcionar a uma temperatura agradável, em torno de 24 graus. Mas como resseca o ar, uma dica é colocar uma bacia de água no quarto, para umidificar o ambiente• O travesseiro também contribui para a qualidade do sono. É preciso que seja arejado e feito de material que evite a proliferação de ácaros, fungos e bactérias, capazes de desencadear crises alérgicas típicas do verão

Fonte:IG-SP

Como dormir bem no verão

informe publicitário/SeSSão bragança decor idealizado por giuliano leite

“Temos o compromisso de plantar uma semente para o futuro do país. Nossa re-gião é muito rica, mas ainda enfrentamos diversos problemas. Nossas cidades cres-ceram mas também empobreceram e por isso, é importante que as ações e todas as discussões sejam feitas juntas.A proposta da Unicidades é motivar e ajudar as pessoas a ficarem em nossos municípios, trabalhando aqui. Para isso precisamos aproveitar nossas potencialidades e fazer com que essas pessoas tenham orgulho de viver aqui. Além de desenvolver o turismo, temos que trabalhar para melhorar as con-dições sócio-econômicas e ambientais dos municípios, sempre com sustentabilidade.” (Victor Siaulys)Com esse propósito foi criada a UNICIDADES uma agência de desenvolvimento regional que visa estimular ações conjuntas entre entidades públicas, privadas e sociedade civil organizada, trazendo para região entre outras ações o fomento do turismo regional.Com a participação de 16 municípios, foi lançada dia 9 último, a revista Vivendo Unicidades. Uma revista que trará uma maior integração desta agência com o público, mostrando a todos o trabalho

desenvolvido, as conquistas conseguidas para a nossa região, bem como a promo-ção e divulgação do circuito turístico das cidades integrantes.Circuito entre Serras e Águas:Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Extrema, Guarulhos, Jarinu, Joa-nópolis, Mairiporã, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Socorro, Tuiuti e Vargem.Aproveitando a proximidade e a beleza da nossa região fica uma dica de passeio tranquilo e prazeroso para todas as idades.PIRACAIA – Onde a Mata Atlântica e as águas do Sistema Cantareira se misturam formando um conjunto de cachoeiras, mirantes e represas de raríssima beleza. Você irá encontrar um paraíso ecológico combinado a um patrimônio histórico e arquitetônico da época de ouro do café, com fazendas, casarões e igrejas construídos no século XIX. Viaje com seu carro e conheça nossa região mais informações você também pode con-seguir: www.unicidades.org.br

Grande abraço a todos.Vanessa Nogueira

O Desenvolvimento do Turismo Regional

Page 17: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 628 17

informe publicitário/SeSSão bragança decor idealizado por giuliano leite

Molhadinho, do tipo que se desmancha na boca à primeira mordida. O bolo gelado de coco, embrulhado no alumínio, tem cara de festa de aniversário infantil: a criançada ansiosa se coloca ao redor da mesa aguar-dando a distribuição dos pedaços. Não é uma receita de se comer com os olhos, mas com as mãos. A surpresa aparece só depois de desembrulhar o pacotinho.

Ingredientes

Para a massa •5 ovos•3 xícaras (chá) de açúcar•1 xícara (chá) de leite•2 xícaras (chá) de farinha de trigo•1 colher (sopa) de fermento em pó

Para a calda •400g de leite condensado•400ml de leite•200ml de leite de coco•Coco ralado para cobrir

Modo de preparoBata as claras em neve. Junte as gemas, bata mais um pouco e adicione o açúcar, ainda batendo. Coloque o leite e depois a farinha com o fermento. Leve para assar em fôrma untada em forno pré-aquecido a 180º C por 40 minutos ou até a massa ficar firme e dourada. Para fazer a calda, misture os ingredientes líquidos, depois banhe o bolo ainda quente com a calda e deixe esfriar. Passe pelo côco ralado embrulhe no papel alumínio e leve à geladeira. É pura diversão!

Bolo gelado: doçura em pedaço

Page 18: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 62818

Quando as marcas premium alemãs resolveram entrar no segmento de utilitários esportivos de luxo, a

estratégia foi ir de “cima para baixo”. Todas começaram com modelos maiores, de grande porte, para depois diversificar mais a linha e atingir um público maior com modelos mais compactos e práticos. Com a Audi, não foi diferente. A marca das quatro argolas começou em 2005 com o Q7, passou pelo Q5, em 2008, e lançou no ano passado o Q3, modelo que chega agora ao Brasil. Por aqui, ele terá duas calibragens de motor diferentes e a missão de fazer os utilitários esportivos da fabricante alemã – controlada pelo Grupo Volkswagen – finalmente ganharem uma vendagem inte-ressante em solo brasileiro.O Q3 já está em exibição nas concessionárias da Audi como uma forma de pré-apresentação e pré-venda para os clientes antes da chegada oficial, que acontece apenas em maio. Mun-dialmente, ele foi apresentado no Salão de Xangai, em abril, e começou a ser vendido na Europa em junho do ano passado. No Brasil, os preços ainda não foram confirmados. Mas a Audi adianta que a versão de entrada Attraction custará menos que o Land Rover Evoque mais barato – o modelo inglês co-meça em R$ 164.900, na versão Pure. O Q3 topo de linha deve chegar perto dos R$ 200 mil. Isso significa dizer que, na configuração de entrada, ele terá como rivais – além da versão mais básica do Evoque – , BMW X1 sDrive 18i, Volvo XC60 e até o Volkswagen Tiguan, quando equipado com todos os seus opcionais. Na versão “top” Ambition, a briga direta será com os também “top” BMW X1 sDrive 28i e Range Rover Evoque Dynamic. Internamente, enfrentará ainda o próprio Audi Q5, que começa em R$ 205 mil. Ou seja, uma concorrência absolutamente diversificada e com propostas bem diferentes.Visualmente, o Q3 não surpreende – adota basicamente a identidade visual comum aos utilitários da Audi, apenas em uma escala reduzida. Na dianteira, estão os faróis bem retos com leds e a generosa grade trapezoidal

com frisos cromados. De lado, se destaca a área envidraçada que termina com um belo corte reto na coluna traseira e as caixas de roda com detalhes em preto que ajudam a dar um aspecto mais robusto ao carro. A traseira é inclinada e reúne as lanternas em formato de seta, também com os indefectíveis leds dos Audi atuais. Além do desenho elegante e moderno, a marca alemã aposta bastante na tecnologia embarcada em seu utilitário compacto. Até porque, no que diz respeito a plataforma e trem de força, não são tantas novidades. A plataforma é uma evolução da que equipa o Volkswagen Tiguan – ambos são produzidos na unidade da Seat em Martorell, na Catalu-nha – e o motor é o já conhecido 2.0 TFSI, o mesmo que move A4, A5, Q5 e TT. Na versão de entrada, a Attraction, ele desenvolve 170 cv a entre 4.300 e 6.200 rpm – é a primeira vez que essa calibração está disponível no Brasil – e 28,5 kgfm a entre 1.700 e 4.200 rotações. Já na mais equipada, chamada de Ambition, o propulsor gera 211 cv entre 5 mil e 6.200 rpm e 30,5 kgfm entre 1.800 e 4.200 giros. A transmissão é sempre a automatizada de dupla embreagem e sete velocidades – com opção de trocas manuais através de borboletas atrás do volante –, assim como a tração Quattro, de série nas duas configurações.Nos equipamentos, no entanto, algumas novi-dades interessantes aparecem – embora a Audi não tenha definido ainda quais dos sistemas disponíveis no Q3 europeu serão oferecidos no Brasil. De série na versão Ambition, o Audi Drive Select, sistema que altera diversos parâmetros do carro – suspensão, permissivi-dade da direção, giro das trocas de marchas e até funcionamento do ar-condicionado – ao toque de um botão, agora conta com a opção Efficiency, que ajuda a economizar combus-tível. Nesse modo, o sistema desengata as embreagens em velocidade de cruzeiro e o movimento se mantém por inércia e com consumo de combustível reduzido – até que o acelerador seja acionado ou os sensores de-tectem a necessidade de “acordar” o propulsor.

As outras três opções são as que já existiam no Audi Drive Select do Q5: Auto, Dinamic ou Comfort. O modelo ainda conta com sistema Kers de recuperação da energia de frenagem.Além dele – entre itens de série e opcionais –, equipamentos mais tradicionais como seis airbags, controle de estabilidade com bloqueio eletrônico do diferencial, acabamento interno com detalhes em alumínio, luzes internas em leds, teto solar panorâmico, assistência de estacionamento, câmara de ré e sistema de entretenimento com GPS completam a lista. Mas a Audi ainda não definiu os equipa-mentos que estarão disponíveis no Brasil em cada versão. O certo é que, se a ideia é fazer a marca das quatro argolas mais competitiva em um segmento cada vez mais povoado e diverso, o Q3 não pode vir menos equipado que os concorrentes.

Primeiras impressões Bertioga/SP - A avaliação da versão de 211 cv do Q3 pela imprensa automotiva nacional – o de 170 cv não estava disponível – foi feita em um passeio de ida e volta entre a capital paulista e a cidade litorânea de Bertioga. Mas os Q3 apresentados pela Audi não são os mesmos que virão para o Brasil. Aparentemente, a diferença que chamava a atenção estava no estofamento dos bancos em tom caramelo bem vivo – por aqui, qualquer revestimento interno que não seja em tons de cinza encalha nas lojas. Mas as diferenças mais importantes não eram estéticas. Lamentavelmente, algumas das tecnologias presentes nos Q3 dos europeus não estarão disponíveis no Brasil. Pelo menos por enquanto.Um dos mais curiosos equipamentos dos Q3 comercializados na Europa, que por enquanto não serão vistos nos modelos vendidos no Brasil, é o Audi Side Assist. Ele faz com que o carro se mantenha na trajetória correta nas estradas, sem atropelar as faixas pintadas da pista. Quando o motorista se aproxima das faixas da pista sem colocar a seta, o sistema inicialmente mostra um alerta luminoso no painel. Se o motorista insistir, o volante vibra e o sistema chega a “assumir a direção” – o

volante se mexe sozinho e devolve o carro para o centro da pista, equidistante das faixas pintadas. Outra tecnologia interessante dos Q3 europeus é a que “lê” e as placas de limites de velocidade das pistas e as reproduz no mostrador painel. Serve para que o motorista possa sempre conferir o limite de velocidade na estrada onde trafega, mesmo que a placa tenha ficado para trás. Ambos os sistemas ainda dependem de normatizações das vias e das sinalizações de trânsito brasileiras, ou de adequações em suas configurações, para serem disponibilizados por aqui.Mas, felizmente, nem só de tecnologias “para europeu ver” se faz o Q3. Os modelos que virão ao Brasil oferecem equipamentos interessantes e alguns deles contribuem efetivamente para o desempenho. Dinamicamente, o Q3 esbanja força e equilíbrio. O motor 2.0 de 211 cv e 30,5 kgfm de torque garante energia suficiente para mover tonelada e meia de SUV com insuspeita destreza e agilidade. É um veículo capaz de re-tomar velocidade de maneira impressionante, saindo de qualquer giro. Chega a ser assustador o modo como o carro acelera quando é exigido – mesmo quando se parte de uma “velocida-de de cruzeiro” de 140 km/h. Em termos de suspensão, o modelo germânico estranha as irregularidades das ruas e estradas brasileiras e às vezes transmite aos ocupantes mais sola-vancos que o desejável. Mas, apesar disso, os dispositivos eletrônicos ajudam a manter uma sensação de equilíbrio exemplar. Nas frenagens vigorosas, quando todo o conjunto suspensivo é severamente exigido, tal percepção é reforçada.Em resumo: o Q3 é um veículo inegavelmente Audi. Consegue oferecer uma combinação interessante de estilo, requinte, conforto e esportividade, com um “blend” característico do fabricante de Ingolstadt. O novo SUV compacto, que chega em maio ao mercado brasileiro, entrega exatamente o que se espera de um legítimo modelo da marca das quatro argolas. Se vai vender ou não por aqui, vai depender muito do posicionamento de preços – “segredo” que, por enquanto, a Audi não confessa a ninguém.

por roDriGo MaCHaDo/aUTo press

fotos: auto press

Audi Q3 Q3 chega no Brasil para ganhar representatividade entre os utilitários esportivos premium

veículos

foto:luIz humBerto monteIro pereIra/Carta z notíCIas

Page 19: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 628 19

Page 20: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 62820

A Ram apresentou a

nova Laramie Lon-

ghorn, o pacote de

equipamentos topo de linha

para as caminhonetes 1500

e 2500 da marca. O foco está

no luxo e sofisticação. As

picapes são equipadas com

revestimentos diferenciados

no interior – em couro com

detalhes em cinza. Além disso,

muito cromado no exterior,

como na grade, maçanetas

e estribos laterais. As rodas

são de 20 polegadas na 1500,

enquanto as maiores recebem

unidades de 17 polegadas.

As Laramie Longhorn tam-

bém ganham uma injeção

de tecnologia, com sistema

de navegação, câmera de ré

e assentos aquecidos ou

refrigerados. As vendas nos

Estados Unidos começam

no segundo trimestre.

por aUGUsTo paLaDino/aUTo press

RAM Laramie Longhorn

foto: dIvulgação

Grandalhona de salto

veículos

Page 21: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 628 21

A Peugeot reduziu

o preço do 408

Turbo apenas um

dia após o lançamento. O

modelo, que surgiu no site

da marca por R$ 83.490,

passou a custar os mesmos

R$ 81.490 da versão Griffe

com câmbio automático.

Segundo a Peugeot, o erro

ocorreu na divulgação do

primeiro valor, que incluiria

a regulagem elétrica do

banco do motorista – um

opcional de exatos R$ 2

mil. A Griffe THP usa o

mesmo motor 1.6 turbo

do crossover 3008, mas

calibrado para 165 cv e

24,5 kgfm de torque.

por aUGUsTo paLaDino/aUTo press

Peugeot 408

foto: dIvulgação

Sintonia nas cifras

veículos

Page 22: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 62822

A BMW M Power, nova divisão de modelos ainda mais

esportivos da marca alemã, já divulgou os seus primei-ros carros. A primeira leva traz apenas configurações movidas a diesel e introduz um novo motor de 3.0 de seis cilindros em linha e três turbos. Ele é capaz de gerar 381 cv entre 4 mil e 4.400 rotações e impressionantes 75,4 kgfm já disponíveis a 2 mil giros. Os modelos equipados são os M550d xDrive, M550d xDrive Touring, X50 M50d e X6 M50d. O mais rápido dos quatro é o M550d xDrive. Com tração integral, o sedã acelera de zero a 100 km/h em 4,7 segundos. Além do novo motor, a linha M Power traz mudanças estéticas, como para-choques mais pronunciados e rodas de 20 polegadas.

por aUGUsTo paLaDino/aUTo press

foto: dIvulgação

Jogo bruto

BMW M550d xDrive

veículos

Page 23: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 628 23

Page 24: 628

Sexta 24 • Fevereiro • 2012 Jornal do Meio 62824