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Bragança Paulista Sexta 27 Abril 2012 Nº 637 - ano X [email protected] 11 4032-3919 jornal do meio

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Edição 27.04.2012

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B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta27 Abril 2012

Nº 637 - ano [email protected]

11 4032-3919

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Por algumas vezes já me referi aos voluntários e voluntárias, pessoas que, por uma razão ou outra,

dedicam parte de seu tempo a fazer o bem, envolvendo-se em trabalhos assistenciais.Quero dedicar este artigo, último desta série, a eles todos. Não me importa a razão que os fizeram tomar essas iniciativas, se religiosa, se apenas fruto de um momento vivido que os inspirou a tanto. Importa que se sensibilizam com as necessidades dos outros e dedicam-se a atende-las.Duas perspectivas me chamam atenção. De um lado, o bem que essas pessoas fazem, o testemunho que dão; doutro lado, a escassez cada vez maior dessas figuras humanas.Certamente cada um de nós tem na memória, quando falamos em filantropia, voluntariado, gratuidade, uma figura humana que marcou nossa infância, nossa juventude. Aquela senhora, ou senhor, que enquanto brincávamos ou saíamos por aí com os amigos, passava silenciosa, carregando algo, indo para um trabalho anônimo. Se não identificávamos quem era a por que ia ou vinha, nossos pais, ou avós, se incumbiram de falar e de marcar nossas mentes e corações.Era para um asilo, para uma creche, para um hospital, lá iam ele ou ela, semanalmente, mensalmente, até

diariamente, sem esperar elogio, recompensa, ou paga.Ainda hoje, não graças a elogios, recompensas ou pagamentos, temos gente que se dedica a algum trabalho voluntário, de generosidade, gratuito e anônimo.É a essas pessoas que quero fazer veemente referência; é a essas pessoas que quero dedicar meu pensamento, meu reconhecimento, minhas orações.Graças a elas, muitos e muitas so-freram e sofrem menos, retomaram e retomam razoáveis condições de dignidade, puderam e podem aliviar-se de tanto sofrimento, puderam e podem reencontrar esperança de e para viver.Bragança- já disse isso e repito, é uma cidade privilegiada, co-mo muitas certamente. Temos entidades, nascidas de diversas inspirações, que há anos, décadas ou mais de século, foram fundadas e seus integrantes dedicam-se ao trabalho voluntário, assistencial. Cuidam de crianças, especiais pelas condições de saúde, ou pela fragilidade a que são expostas. Cuidam de idosos. Cuidam de adolescentes e jovens. Cuidam de doentes. Cuidam de desassistidos de diferentes formas. Cuidam de gente que não está em condição de gente, mas está indigente. Não importa o que fazem; importa que fazem.A eles e elas, dedico meu singelo

reconhecimento pelo bem que fazem. Sintam-se lembrados, re-conhecidos, reverenciados. Não só àqueles e àquelas que trabalham em associações ou instituições; mas àqueles e àquelas que, solitários ou em pequeno grupo, indepen-dente de entidades formalmente constituídas, se entregam a fazer o bem. Anônimos, silenciosos, sem recompensa material alguma.Tem gente que veio ao mundo a passeio, tem gente que veio a serviço, já disse Carlito Maia. Dedico-me aos que vieram a serviço.Nossa cidade, nossa gente, lhes é devedora. Oxalá tenhamos coragem e iniciativa para identificá-los e reconhecê-los, e encontrando com vocês por aí, nos becos e esquinas, lojas e igrejas, agradecer-lhes; dar-lhes um abraço, um beijo quem sabe. Mas um abraço com afeto, um beijo que beije. Que digamos muito obrigado por tudo. Certamente muitos ficarão sem jeito, com vergonha, ficarão até bravos. Não importa; importa que manifestemos nossa gratidão e orgulho. Convido os leitores a fazerem assim, quando encon-trarem com esses voluntariosos anônimos, silenciosos e dignos.Outra face da mesma moeda é a diminuição dessas pessoas. São cada vez menos aqueles e aquelas que dedicam parte de seu tempo a algum trabalho voluntário. Já

fiz essa provocação antes e repito--a: lembre das pessoas de sua família, de seu relacionamento e constate: quantos estão de fato comprometidos com algum trabalho voluntário, assistencial ? São poucos, bem poucos.O quem tem feito esse número cair? Sempre foram poucos, dirão alguns. Os problemas au-mentaram, dando-nos a sensação de que o número de dedicados diminuiu, dirão outros. As pes-soas perderam a sensibilidade, poderão considerar outros. Esse trabalho é silencioso, anônimo, e seu volume não se mostra como se mostram as atrapalhadas da vida, ponderarão outros ainda. Um pouco de cada uma dessas constatações pode ser mesmo verdadeira. Mas é fato que cada vez menos pessoas encontram tempo para dedicar aos outros.E há uma constatação antiga, que muitos pais e avós já proclama-ram: quem mais faz, mais tem tempo. Quanta gente conhecemos que reclama de não ter tempo ?! Realmente temos nos enrolado em nossos próprios trabalhos, nas atividades que muitas vezes escolhemos. Mas tem gente que não tempo porque não faz nada, ou faz pouco. São os que mais reclamam de não terem tempo, toda vez que são chamados a fazer algo por alguém.Conheço muita gente que já foi

voluntária em algum trabalho e se cansou, deixou a trincheira do bem voluntarioso. Por que ? Porque foi injustiçado, porque foi acusado de algum desvio, ge-ralmente de maneira apressada e infundada. E não faltam “fiscais algozes”, aqueles e aquelas, que investidos de algum cargo público ou não, se metem a apontar o dedo indicador, expondo pessoas que, no final das contas, nada fizeram de mal. Esta é uma outra razão de diminuição do número dos voluntários.Que não nos esqueçamos dessa gente do bem. Que não perca-mos a possibilidade de tomá-los como exemplos de vida e de segui-los. Que não percamos nosso tempo, sem fazer nada de bom a tanta gente que precisa de nós.

DesembargaDor miguel Ângelo branDi Júnior

Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da

direção deste orgão.

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.

Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

Um tributo e uma percepção

para pensarEm virtude das férias do Mons. Giovanni Baresse, a coluna Para Pensar terá a colaboração do Desembargador Miguel Ângelo Brandi Jr.

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Se você ouvir o nome Elvira Martins certa-mente não saberá de quem se trata. Mas, e Tia do Yakult? Dificilmente alguém que vive

em Bragança há pelo menos sete anos, não saberá quem ela é. Elvira é uma das figuras lendárias da cidade, daquelas que todo mundo conhece. Desde que parou de vender o produto, vários boatos sur-giram a seu respeito. Quem estava acostumado a vê-la sempre por aí, passou a ficar preocupado, achando que algo poderia ter acontecido. “Eu estou bem, pode avisar que eu estou bem. Estou contente, trabalhando com minha mãe”, avisa. Elvira começou a ficar conhecida na década de 80, quando subia e descia as ruas do centro de Bragança empurrando seu carrinho e dizendo: “Quer Yakult?” ou “Compra Yakult?”. Quase todo mundo já comprou Yakult de Elvira. Há exatos 10 anos, o Jornal do Meio fez uma matéria com ela. Na época com 48 anos, já estava há 20 vendendo o produto pela cidade. Parou há “uns quatro”, segundo a mãe, D. Terezinha Torres Martins. Depois de mais de 30 anos de atividade, Elvira decidiu que era a hora de parar. A decisão foi consciente e, segunda ela, não houve arrependimento. “Não dava mais, eu já estava tão cansada”, fala. Agora que está aposentada Elvira pode levar uma vida mais sossegada.

CelebridadeHoje Elvira trabalha com D. Terezinha em casa. A mãe sempre lavou e passou roupa para fora e Elvira ajudava apenas no tempo livre. “Ela não tinha tempo de ajudar. Naquela época eu tinha meu esposo, meu braço forte”, fala D. Terezinha. Falar do pai, que faleceu há cinco meses, é a única coisa que tira o sorriso do rosto de Elvira. “Eu estou bem, mas estou triste porque perdi o meu paizinho”, diz. Ela explica que, além de conseguir ter tempo para ajudar a mãe, o que também contribuiu para que ela decidisse parar foi que o esforço físico para carregar o carrinho já não compensava mais: “Às vezes eu passava a tarde toda na Praça (Raul Leme) e só vendia dois Yakults”, conta. Além disso, a ex-posição ao vento da rua, por tantos anos, acabou prejudicando sua saúde. Quando a temperatura cai, Elvira sente dor no rosto, por isso ela diz que é melhor não ficar muito tempo fora de casa, para não pegar friagem. No entanto, mesmo passando boa parte do dia sem sair, basta Elvira aparecer na rua por um instante para ser reconhecida. E isso em qualquer lugar que vá, seja na fila do banco, seja na missa. “Na missa, acredita? Eu estou lá, quietinha, prestando atenção e alguém chega pra falar comigo”, diz. “Qualquer lugar aonde eu vou sempre tem alguém que grita: Yakult”, conta. Elvira virou referência do produto em Bragança e, com isso, o ajudou a se popularizar. “As pessoas param ela na rua”, conta D. Terezinha. “E muita gente liga pra saber se ela ainda vende” completa. Na verdade, o que as pessoas querem mesmo é saber de Elvira, porque, hoje em dia, o produto pode ser encontra-do em qualquer supermercado. Pelo que Elvira e a

mãe contam, ela é uma celebridade em Bragança! Quando falo isso, ela abre o sorriso. “Nunca tinha pensado nisso, mas é verdade”, comenta a mãe, achando graça. Não é para menos. Elvira forneceu Yakult para três gerações de crianças. Muitas pessoas ainda mantêm a imagem dela na memória afetiva, e por isso ficam felizes ao reencontrá-la. “Às vezes,

quando tenho que fazer alguma coisa na rua, tenho que ir correndo, escondida, pra poder voltar logo pra ajudar minha mãe”, fala. Por mais que Elvira tente se manter discreta, ela não consegue. Em todo lugar que vai, pelo menos

uma pessoa a reconhece. Às vezes, até mesmo um grupo de pessoas se aproxima para falar com ela. Não houve uma única vez, depois que parou de vender Yakult, que ela saiu pelo centro da cidade e não foi reconhecida. É ou não é uma celebridade?

Sossego“Agora eu tenho preguiça de sair”, fala. O que Elvira quer é aproveitar o sossego de poder trabalhar em casa. Além disso, com a ausência do marido e sem a companhia dela, D. Terezinha teria que ficar sozinha. “As pessoas perguntam se eu vou voltar a vender Yakult, mas não vou. Eu não volto porque tenho minha missão, que é cuidar da minha mãe”, explica. Elvira tem mais três irmãos e também sobrinhos, mas na casa, moram só ela e D. Terezinha. A mãe foi lavadeira a vida inteira e, para Elvira, é um prazer pode trabalhar com ela. “Estou muito feliz em poder trabalhar junto com a minha mãe”. Ela faz questão de mostrar como é o trabalho nas fotos para a matéria. E avisa que quem precisar do serviço, é só ligar. “A gente só não lava tapete e nem camisa”, fala. D. Tere-zinha explica que é porque é muito trabalhoso e acaba atrasando outras coisas. “Mas a gente lava cortina, lençol, terno, toalha de banho e vestido de festa, além de roupa em geral. Calça jeans também”, conta. E mesmo depois de quase cinco anos afastada da empresa onde trabalhou por mais de três décadas, a relação com a Yakult continua próxima. “A Lourdes, que é promotora, sempre vem me ver, matar a saudade, saber como eu estou. A gente é amiga até hoje”, conta. “Convidaram ela pra ir conhecer a fábrica em São Paulo”, conta D. Terezinha. Para Elvira, trabalhar na rua, empurrando o carrinho de Yakult, foi uma época muito boa, mas que passou. “Pode dizer que eu estou bem, estou muito feliz”, avisa novamente.

colaboração sHel almeiDa

Qualquer lugar aonde eu vou sempre tem alguém

que grita: Yakult

Elvira

Elvira agora trabalha em casa, com a mãe. “Eu estou bem, pode avisar que eu estou bem.”

“As pessoas perguntam se eu vou voltar a vender Yakult, mas não vou. Eu não volto porque tenho minha missão, que é cuidar da minha mãe”.

Foto tirada para matéria do Jornal do Meio em 13.12.2002 quando Elvira ainda era vendedora de Yakult

Se precisar dos serviços de lavadeira de elvira e d. Terezinha é só ligar para 11 4032 – 6106. Elas lavam roupas de todo tipo: cortina, lençol, terno, toalha de banho, vestido de festa, calça jeans, menos tapete e camisa.

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por DeboraH martin salaroli

Feriado saborosodelícias 1001

Antepasto de abobrinhaFatie 5 abobrinhas (da pequena, tipo italiana) em rodelas bem

fininhas. Coloque numa assadeira grande com 2 cebolas picadas ou fa-tiadas, azeitonas verdes, cheiro-verde, pimentinha dedo-de-moça sem semente (tudo beeeeem picadinho), sal, oré-gano, ½ xícara de azeite e ½ xícara de vinagre branco ou balsâmico. Misture bem e cubra com papel alumínio. Leve ao forno baixo por 1 ½ hora. Espere esfriar e guarde na geladeira em pote bem fechado. Eu sempre faço com antecedência, porque não estraga, desde que a emba-lagem esteja coberta com o líquido que se formou. Caso contrário, embolora!

Arroz biro biroReceita tradicional de churrascarias, o sabor do arroz com bacon e ovos é sensacional, ainda mais com o crocante da batata palha.300 g de arroz já cozido 1 colher (sopa) de manteiga ½ de cebola pequena, picada 3 colheres de cebolinha-verde em finas rodelas 2 colheres de salsinha picada 4 fatias de bacon frito na frigideira, fatiado e picado 2 ovos fritos em óleo não muito quente (para não dourar a clara)100 g de batata palhasal a gosto Em uma frigideira grande, derreta a manteiga e junte a cebola e a ceboli-nha verde. Deixe dourar, acrescente uma pitada de sal e em seguida despeje o arroz, o bacon e a salsinha. Misture bem. Corte em pedaços os ovos fritos, junte a batata palha e o arroz, na frigideira. Mexa mais um pouco e sirva.

Churrasco de panela de pressãoUma boa opção para um churrasco sem usar a churrasqueira? Sem carvão? Sem fumaça? E que sabor, hein? Incrível!!!Coloquei numa panela de pressão 1 ½ kg de costela de ripa (bovina) em pedaços sem sebo e ½ kg de linguiça furada com um garfo. Em camadas, acomodei alguns pedaços de costela com o osso virado para baixo, linguiça

furada, mais costela e mais linguiça. Mais nada, nem água, nem óleo, tem-peros... nada mesmo! Nem mesmo sal, porque a linguiça tempera tudo. Certo?Fechei a panela e esperei começar a chiar para marcar 45 minutos, em fogo alto (mas nem tanto, se seu fogão for poderoso).Abri e voilà... Já estava pronto meu churrasco, saborosíssimo por sinal.Retirei tudo com cuidado, os ossos estavam se soltando da carne. Voltei à panela por uns minutinhos a carne que estava por cima para dourar um pouco mais.Pra mesa!!!!

Quanto de carne?Calcula-se 400g de carne por pessoa (se forem só adultos), mas se o churrasco tiver acompanhamentos como saladas, arroz e pãozinho com alho vai sobrar menos apetite para saborear as carnes. Se no seu churrasco tiver três tipos de carne, o exemplo de cálculo fica assim: 100g de alcatra em filé, 100g de linguiça, 100g de bisteca suína e 100g de picanha, totalizando 400g.Diversifique nos sabores e preferências das pessoas, podendo também incluir espetos, frango e peixes.

E para aproveitar sobras de carnes: arroz de carreteiroReceita ótima para aproveitar sobras de carnes de churrasco. Eu costumo cortar a carne já assada em cubinhos, sem a gordura e guardo em saquinho no freezer. Quando quero, faço esse arroz para um almoço do dia-a-dia.Uma salada verde acompanha super bem... E é só!Vamos à receita?Coloco numa panela um pouco de óleo e frito 1 xícara de carne picada (pode ser lingüiça, carne bovina, suína, frango). Depois, adiciono ½ cebola picadinha e 1 ½ xícara de arroz cru lavado e escorrido. Refogo bem. Então acrescento 1 cenoura crua bem picadinha e ½ pimentão (vermelho ou verde), tudo em cubinhos. No fogo baixo, acrescento 2 ½ xícaras de água fervente e acerto o sal.Depois de cozido, adiciono salsinha bem picadinha.

Que tal organizar um churrasco com a família e amigos neste feriado do ‘Dia do Trabalho’?Aprende a fazer antepasto, acompanhamento e uma sugestão de churrasco sem churrasqueira... você já conhece?

fotos: delícias 1001

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Você chega em casa cansado do trabalho, mas ansioso pelo episódio de seu seriado favorito. Liga a TV, se conecta ao YouTube e acessa o canal que produz o

programa. É assim que o Google, dono do YouTube, imagina o futuro da produção de vídeo na internet. Segundo projeções da empresa, até 2020 cerca de dois terços dos canais de produção própria, incluindo os da TV, serão on-line. Por isso, o YouTube está investindo pela primeira vez em pro-dução de conteúdo. São, por enquanto, 96 canais que levam o selo de Original Channels. Alguns já podem ser vistos no site e, até o fim do primeiro semestre, a maioria deve entrar no ar. “As pessoas gostam de consumir em nichos, e a audiência está se fragmentando”, disse Robert Kyncl, vice-presidente de conteúdo do Google, durante a CES (maior feira de eletrônicos do mundo), em janeiro deste ano. A ideia é que o usuário consuma vídeos não só no PC, mas em “qualquer aparelho com tela e conexão à internet” -o que inclui as TVs inteligentes, ligadas à rede. O investimento total do YouTube é de US$ 150 milhões, como adiantamento de receitas publicitárias. As receitas futuras serão divididas com os canais, e o YouTube não tem direitos autorais sobre o que for produzido. Cada capítulo da novela das oito, por exemplo, custa em mé-dia R$ 450 mil, ou US$ 255 mil. A mais recente, “Insensato Coração”, teve 185 episódios -o que, ao todo, equivale a US$ 47 milhões. Portanto, os US$ 150 milhões, divididos por 96 canais, não são um investimento tão vultoso para produção de conteúdo profissional.

Ecossistema Segundo Kyncl, a ideia é que o conteúdo melhore tanto para o espectador, com programas que seriam ignorados pelas redes de TV, quanto para a publicidade, que poderá ter um público mais focado para atingir. “Nós queremos fomentar um ecossistema de produção de conteúdo”, diz Alvaro Paes de Barros, diretor de conteúdo do YouTube para a América Latina. Segundo ele, o mais importante é a construção de uma cultura em que vídeos na internet são tão importantes quanto a TV. Nomes famosos do entretenimento fecharam parcerias, o que deve facilitar a atração de contratos publicitários. A cantora Madonna terá um canal de dança e o ex-jogador de basquete Shaquille O’Neal terá um programa de humor, entre outros. Além disso, haverá vídeos do jornal “The Washington Post”, da agência de notícias Reuters e do site da “Slate”. Canais que nasceram de modo independente e fizeram sucesso, como o do site de notícias falsas “The Onion” e o de tutoriais eHow, entraram na lista. Brasil tem ‘dezena’ de bons canais, diz YouTube Apesar de o Brasil ter “pelo menos uma dezena de canais que poderiam receber uma ajuda [financeira] para ficarem melhores”, o YouTube não planeja investir em conteúdo na-

cional, segundo Alvaro Paes de Barros, diretor de conteúdo da empresa para a América Latina. Por enquanto, a companhia não tem planos de reproduzir o Original Channels em escala regional -nem no Brasil nem em outros lugares. Apesar de 95 dos 96 canais do YouTube Original Channels produzirem conteúdo exclusivamente em inglês -a exceção é o 123UnoDosTres, com parte da programação em espanhol-, a empresa diz que os vídeos não serão voltados somente aos EUA. “Apesar de serem em inglês, não diria que esses canais são americanos”, defende Alvaro Paes de Barros. Segundo ele, parte do conteúdo é produzido por “personali-dades que transcendem fronteiras”, o que o qualifica a falar ao público de qualquer país. Enquanto celebridades e profissionais de TV -como o criador da série “CSI” - foram o principal foco para as novidades do Original Channels, os canais nascidos na internet escolhidos têm em comum a grande quantidade de acessos. “O primeiro critério é sempre a audiência”, comenta Paes de Barros. “Ela é soberana nesse negócio”, diz ele, que, antes de

ir para o YouTube, trabalhou em canais de televisão a cabo.

Premium Apesar de o YouTube não divulgar números referentes aos mercados regionais, as estatísticas globais sugerem que o usuário do site está consumindo cada vez mais vídeos pro-duzidos em vez de clipes caseiros. Dos dez vídeos mais vistos no site em 2011, seis tiveram produção profissional por trás -igual a um programa de tele-visão-, incluindo um comercial de automóvel feito para TV que virou sucesso na web. No ano anterior, a relação entre os vídeos mais vistos foi a mesma. Para o YouTube, esse conteúdo é diferente da maioria do que é produzido pelos usuários. Ele é considerado “premium”, e é exatamente esse tipo de produção que a empresa espera que ganhe cada vez mais audiência. Filmes e séries em streaming também podem ser considerados conteúdo “premium”. Empresas como o Netflix e o NetMo-vies oferecem o serviço no Brasil, mas não produzem conteúdo próprio. (ALEXANDRE ARAGÃO)

por aleXanDre aragÃo /FolHapress

informática & tecnologia

Youtube profissa Site investe em produção de conteúdo profissional pela 1ª vez, com 96 canais que receberão US$ 150 milhões

ilustração: folhapress

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Youtube profissa teen

por CHiCo Felitti /FolHapress

Puxão de orelha Alargador vai além da modinha, mas enfrenta barreiras no mercado de trabalho

Foi dada a alargada. E parece que ela não tem volta: os jovens que nos últimos anos deram de expandir os lóbulos não demonstram ar-

rependimento. Nas contas da antropóloga Mariana Junyu, há, só na cidade de São Paulo, 50 mil pessoas com botoque (ou alargador, para os íntimos). Desses todos, poucos voltam atrás da decisão. “Faço essa cirurgia com pouca frequência”, disse o cirurgião plástico Juarez Avelar. Esse é um sinal de que o procedimento perdeu o ca-ráter efêmero das modas entre adolescentes. Mesmo que o mercado de trabalho às vezes puxe a orelha de alguns adeptos do penduricalho.

No trabalho não? Foi o que aconteceu com Rafael Caldas, 22, que usa furos de 20 milímetros, quando ele começou a traba-lhar, há cinco anos. “Consegui emprego numa agência dos Correios”, conta o programador. “Mas o diretor avisou logo que eu teria de tirar os alargadores. Foi muito triste.” Médicos dizem que furos a partir de 10 mm já esgarçam a pele a ponto de ela ficar frouxa quando se tira a joia -que é de plástico ou aço no mais das vezes. Era esse tamanho-limite que a catarinense Lucia Santa Cruz, 25, usava quando foi trabalhar em um shopping de São Paulo, em 2007. Ela tirava os alargadores na hora de bater o ponto. “No processo seletivo, já fui avisada de que não poderia trabalhar usando eles.” Ela então passou a usar o acessório só nas horas livres. Ainda assim, sofreu estranhamento. “Tinha gente que ia reclamar ao meu chefe.”O chefe de Adnan (nome fictício) numa videolocadora de Barueri tanto ouviu queixas que acabou por demiti--lo, afirma o estudante de 21 anos. “Uma cliente reclamou de que alargador era coisa de drogado e que não caía bem para um funcionário”, conta ele. “Mas isso foi há alguns anos. Acho que deve ter melhorado.” Melhorou? “Não muito”, responde Carlos Nomizade, 19, estagiário de um escritório de advocacia no Rio. “E olha que meus brincos só têm 5 mm, menos do que o plug de um fone de ouvido”, conta ele, que não

vai ao forum usando o adereço. “É muita mente estreita ter preconceito contra isso”, reclama o jovem.

Tempo de alargar Pode soar como mente estreita, mas quem conhece a lei diz que os chefes não estão fazendo discriminação. “Uma empresa pode exigir que seus empregados se apresentem de uniforme, asseados, barbeados, sem tinturas extravagantes nos cabelos, piercings ou alargadores”, diz a advogada trabalhista Marcia

Yoshida. Há quem aposte que o mercado vá se adaptar. “É uma onda geracional que vai ter um ciclo de vida longo”, afirma o galerista Baixo Ribeiro, que usa alargadores de 18 mm. Foi o que aconteceu com Rafael Caldas. Anos de-pois de ter de tirar os brincos para trabalhar nos Correios, ele virou o jogo. Ganhou a confiança do chefe atual e hoje trabalha com os brincos estertores. E mais: agora, Caldas usa roupa social com alargador.

ilustração: folhapress

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Doença que não sai do noticiário, a meningite

voltou a assustar pais e alunos de escolas da

Grande SP nos últimos 30 dias. A morte de dois

adolescentes com sintomas que indicavam a doença dei-

xou todos em alerta. Mas será que há razão para tanto

medo? Sim e não.

Não, porque nem todos os tipos de meningites são tão

graves. As causadas por vírus costumam recuar com me-

dicação e têm sintomas parecidos com gripes e resfriados.

E mais, a transmissão ocorre de pessoa a pessoa por via

respiratória, mas o contágio se dá por meio de gotículas

de saliva e secreções do nariz e da garganta.

Por isso, a transmissão se dá por meio de um contato

prolongado e da convivência no mesmo ambiente. Algo

que pode ser prevenido a partir de cuidados básicos de

higiene, evitando aglomerações e mantendo os ambientes

bem ventilados.

Porém, quando se trata da meningite bacteriana, todo

medo é justificado sobretudo a causada pela bactéria

meningocócica, responsável por 250 mortes das 640

registradas no Estado de São Paulo em 2011. ‘Por se

tratar de uma doença que pode ter rápida evolução, causar

infecção generalizada e levar à morte ou deixar graves

sequelas, como a surdez, o receio é compreensivo’, diz

Ralcyon Teixeira, infectologista do Instituto Emílio Ribas.

Nunca se automedique Por conta das características das meningites bacterianas,

o médico salienta que diante da suspeita da doença, é

preciso procurar uma unidade de saúde o mais rápido

possível.

Os principais sintomas são fortes dores de cabeça, febre

alta, vômito e manchas vermelhas.

“O tratamento passa sempre pelo diagnóstico precoce, ou

seja, o exame de um médico imediatamente. Além disso,

há a confirmação do exame do líquor, o fluído cérebro-

-espinhal. Por essa razão, a automedicação é perigosa,

já que pode interferir no tempo de diagnóstico”, diz

Ricardo Tapajós, médico infectologista do Hospital

das Clínicas.(Fabio Saraiva)

por Fabio saraiva/FolHapress

Doença assusta e exige cuidado rápido, pois pode matar, tipo bacteriano deixa se-quelas graves, como a surdez, se início de tratamento não for imediato Meningite

ilustração: folhapress

saúde

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Hi, How are you ?por Henrique mamprin

what’s up

Hello, my name’s Henrique and I am an English teacher. Bom, esse começo provavelmente é o que muita gente aprendeu enquanto ainda estava na escola e, por mais que isso me doa escrever, essas mesmas

pessoas saíram sem saber muito mais do que isso. O problema é: hoje aprender a língua inglesa não é mais um “luxo” ou um “prazer”, mas sim uma necessidade cada vez mais presente na vida dos brasileiros. Falar inglês é praticamente obrigatório para alguém que deseja ter um bom emprego. Daí, surgem as perguntas: “Será que eu ainda consigo aprender?”, “Quanto tempo vai demorar?”, “Qual o melhor método?” etc. Por isso, decidi que esse meu primeiro texto eu escreveria sobre todas essas perguntas que assombram tanto os alunos (principal-mente os iniciantes) quanto os professores.Em relação à primeira pergunta, gostaria de começar com o que sempre falo aos meus alunos: todo mundo aprende. E quando digo todo mundo, incluo todo mundo mesmo. O que pode acontecer é de algumas pessoas aprenderem mais ou mais rápido que outras por terem mais facilidade, ficarem mais expostas ao novo idioma (que não precisa ser inglês necessariamente), praticarem mais vezes (quanto mais se pratica, mas se aprende) etc. O que é preciso ter em mente é que aprender inglês demanda, acima de tudo, tempo e disciplina. Tempo, pois nenhuma língua pode ser realmente aprendida em um curto período (por isso, tenha medo dos métodos 100% conversação em 18 meses), levando-se em consideração que aprender a cultura, norma culta, norma padrão, coloquialismos, gírias, expressões idiomáticas também fazem parte de um curso de idiomas e não podem ser aprendidos em um ano e meio. Muito pelo contrário, o aprendizado de uma segunda língua é para o resto da vida e acontece o tempo todo, por isso é necessário ter disciplina, para que se possa aproveitar bem todos os momentos que acontece o aprendizado da segunda língua.Quanto ao método já adianto uma coisa: a maioria dos métodos

utilizados hoje em dia pode fazer com que você aprenda inglês, mas o que vai mudar é o quanto você vai aprender de método para método. Cada vez mais é comum ouvirmos que as aulas são “100% conversação”, que o aluno entra sem saber nada e sai falando inglês fluentemente etc., porém, nem sempre é o que acontece. Algumas pessoas passam anos estudando inglês e depois de um tempo ainda não conseguem falar muita coisa ou continuam com erros básicos, mesmo sendo alunos mais avançados. Geralmente isso acontece por falta de prática (inglês é como andar de bicicleta: quanto mais se anda, melhor se anda; ou ainda como jogar futebol, fazer as próprias unhas etc.) e isso pode estar diretamente ligado à metodologia do professor/escola escolhida. Algumas escolas utilizam o método da repetição das palavras; outras focam no ensino da gramática e suas formas, e não do seu uso; outras ainda focam na comunicação (que eu acredito ser o que a maioria das pessoas procuram).Agora, uma pergunta: qual a diferença entre conversação e comunicação? Na conversação, o aluno fica condicionado a responder ou falar alguma coisa quando o professor pergunta ou diz algo - por exemplo: O professor ensina que toda vez que ele disser “Hello, students” os alunos devem responder “Hi,teacher”; quando o professor disser “good morning”, alguns alunos não sabem o que responder já que a pergunta foi diferente, ou seja, os alunos viram “papagaios”,apenas re-petindo a informação, às vezes até sem saber o que significam ou sem fazer sentido para quem fala. Já na comunicação, a coisa é diferente: o aluno tem domínio, ainda que pequeno, do que está sendo conversado/explicado e consegue responder, mesmo que com dificuldade, às perguntas do professor, ou seja, o aluno usa a língua a seu favor (isso inclui usar gestos, mímicas, palavras parecidas com a língua materna etc.) e não é “preso” às formas e sim livre ao uso. Isso faz com que você aprenda a língua de forma mais natural (já que foca-se no uso) e mais relacionada ao uso diário, com situações reais

e sempre em grupo. Portanto, se você precisa falar inglês, procure uma escola ou professor particular que utilizem a abordagem comunicativa. Outra dica para quem é iniciante: nem sempre fazer aula particular sozinho é a melhor solução. Lembre-se de que em uma turma você pode aprender muito mais, já que outras pessoas também perguntarão, darão suas opiniões e terão dificuldades também. Aprender com as dificuldades e erros é extremamente importante. Errar é uma coisa boa (acredite se quiser!), pois é a partir disso que o aluno e o professor poderão trabalhar para que os erros se tornem acertos. Há também quem ache que por ser mais velho não vai aprender e isso é mentira. O que acontece é que quanto mais velho a gente fica, mais tempo será preciso dedicar ao novo idioma, pois depois de uma determinada idade nossa memória é mais falha, já temos muitas outras preocupações e (muito) medo de fazer errado ou de não saber. Essas si-tuações também fazem com que a gente fique preso e não consiga produzir muito.Bem, espero ter ajudado àqueles que estão procurando um curso de inglês.

I see you all next week!

Sou professor de inglês há oito anos; participei de um treinamen-to internacional para professores na África do Sul; possuo CAE (Cestificate of Advanced English) pela University on Cambridge, Inglaterra entre outros certificados da mesma universidade. Participo frequentemente de cursos para reciclagem. Estudei inglês durante 4 anos na Cultura Inglesa de são Paulo. Dou aulas particulares (individuais e grupos) para áreas específicas ou cursos regulares para jovens e adultos.

Interessados entre em contato pelo tel. 9772-9955E – mail: [email protected]

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Foi com muita alegria que fotografei o casamento de Jhulien e Jefferson. Quando conheci Jefferson pude perceber o quanto esse dia significava para o casal tamanho era o esmero e carinho que ambos dispensavam para a realização deste dia maravilhoso. Eles se casaram na Igreja Batista aqui em Bragança onde sempre tenho o prazer de rever vários amigos que também tive o prazer de fotografar. O making of da Jhulien aconteceu no lindo salão Luara em Atibaia. Ela estava acompanhada pela irmã e por uma daminha que deixavam o clima mais descontraído. Assim que Jhulien ficou pronta voltei para Bragança para começar a fotografar o Grande Dia deste lindo casal.A cerimônia foi presidida pelo Pastor Luís Carlos que teve todo o carinho em fazer uma bela oratória proporcionando momentos de muita emoção para todos os presentes. Uma característica muito importante da igreja Batista são os músicos da própria Igreja que sempre dão um verdadeiro show cantando e encantando esse momento tão importante na vida do casal. Lindo demais!

Logo após os votos o casal selou esse momento colocando a aliança num clima muito emocionante. No final da cerimônia o casal recebeu os abraços e muitos votos de felicidades dos padrinhos e familiares. O pastor anunciou o mais novo casal da comunidade e os dois saíram pelo corredor num clima muito romântico. No final uma salva de palmas partindo dos padrinhos reforçava todo o carinho dispensado para os dois.Na sequencia fomos até Atibaia onde aproveitei para fazer algumas fotos do casal no centro da cidade e depois seguimos para o Buffet América onde o casal ofereceu uma linda recepção para os amigos e familiares. Uma noite maravilhosa que guardo com muito carinho no meu coração.

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A GM não quer perder tempo. Elegeu 2012 como o ano que vai marcar uma grande mudança na atuação da marca Chevrolet no Brasil. A versão hatch do

Cruze, chamada de Sport6, é o segundo entre os sete modelos novos previstos – o primeiro foi a S10 e os os que faltam são TrailBlazer, as versões hatch e sedã do compacto Sonic e as versões de cinco e sete lugares da nova minivan compacta da marca, que tem nome-código PM7. Cada um desses modelos deve atender à lógica mercadológica atual da empresa: melhor que ser o mais vendido em um segmento é vender bem em todos eles. No caso do Cruze Sport6, por exemplo, a Chevrolet não aposta – pelo menos diz que não – que vá se tornar o hatch médio mais vendido do país. Ficaria contente com mil, 1.100 unidades por mês, o que o deixaria atrás das 1.700 unidades do Hyundai i30 e das 1.400 do Ford Focus.No fundo, a expectativa é que o Cruze Sport6 repita a façanha da versão sedã, que apresenta vendas superiores às projeções feitas durante o lançamento. E o modelo tem características que podem ajudar bastante na tarefa. A começar pelo conteúdo. A versão de entrada, LT, tem de série como ar automático, direção elétrica, trio, controle de estabilidade e tração, ABS, faróis e lanternas de neblina, airbags frontais e laterais, volante multifuncional e sistema de som com CD e conexão Bluetooth. Custa R$ 64.900 com câmbio manual e R$ 5 mil a mais com o câmbio automático e revestimento em couro para os bancos. Na versão LTZ, a adição do câmbio automático só altera o preço em R$ 2 mil – vai de R$ 77.400 para R$ 79.400, estratégicos R$ 500 a menos que o Cruze sedã mais caro. Além da “bonificação” no câmbio, a LTZ vem a mais com teto solar, acabamento em couro, navegador GPS, central multimídia com tela de 7 polegadas, chave presencial e ignição por botão, sensor de estacionamento e de luminosidade, rebatimento elétrico dos retrovisores e airbags de cabeça.A não ser pelo teto solar, oferecido apenas na versão Sport6, Cruze hatch e sedã não trazem diferenças, além da óbvia alteração do desenho na parte traseira. Esta mudança resulta em um hatch 9 cm mais curto e apenas 26 quilos mais leve. No mais, traz o mesmo entre-eixos de 2,68 metros e o mesmo conjunto propulsor. Trata-se do motor Ecotec 1.8 com 144 cv de potência e 18,9 kgfm de torque, que tem comando variável na admissão e no escape. Ele é gerenciado por um câmbio de seis velocidades manual ou automático com modo sequencial.

Ponto a pontoDesempenho – O sobrenome Sport6 insinua uma esportividade que pode até ajudar a vender o Cruze, mas não tem a ver com as reais pretensões do modelo. Para arrancar do novo hatch médio da Chevrolet um desempenho mais agressivo é preciso recorrer a giros altos – o que autoriza a entrada dos ruído do motor na cabine sem qualquer cerimônia. No geral, o comportamento é bem de acordo com o segmento, com boas acelerações e retomadas. Na versão mecânica, o zero a 100 km/h é feito, segundo a marca, em 10,7 segundos. Na automática, chega a 11,4 segundos. Para chegar à máxima indicada, de 204 km/h no mecânico e 197 na automática, o Cruze tem de se valer da sexta marcha bem alongada – de 0,74:1. A presença das seis marchas e o bom escalonamento do câmbio extraem de forma competente os 144 cv de potência e os 18,9 kgfm de torque. Nota 8.Estabilidade – Mesmo com o conjunto suspensivo tendo uma configuração clássica – McPherson na frente/eixo de torção atrás –, o Cruze hatch é muito bem acertado. Consegue absorver bem as irregularidades do piso e oferece um ótimo nível de dirigibilidade em ambiente rodoviário, sem flutuações mesmo em velocidades mais altas. A direção também é direta e obediente. O carro se mantém neutro, sem adernar a carroceria, mesmo em curvas mais fechadas. Para que o controle eletrônico de estabilidade entre em ação, é preciso forçar bastante o carro. Nota 9.Interatividade – A versão testada, LTZ com-pleta, tem tudo que se pode esperar de um carro de quase R$ 80 mil. Os comandos estão todos no lugar certo e são bem intuitivos. A exceção fica para o controle do GPS e os comandos do volante multifuncional, que não são complica-dos mas exigem alguma familiaridade até que se possa usufruir totalmente. A facilidade para encontrar a melhor posição de dirigir é garan-tida pelas regulagens de altura e profundidade do volante e também de reclinação no banco. Em compensação, a chave presencial, que abre o carro e permite a ignição por aproximação, e o sistema multimídia com tela de 7 polegadas incrementam bastante o conforto. Nota 9.Consumo – A Chevrolet não tem o consumo de seus modelos monitorados pelo InMetro. Nos 80 km de teste, percorridos em quase 80% em ambiente rodoviário e conduzido de forma comportada, o hatch médio não se mostrou nada econômico: fez média de 7,1 km/l de etanol. Nota 6.Conforto – A suspensão conjuga bem os

trabalhos de equilibrar a carroceria e absorver as irregularidades. Os espaços no interior são suficientes, sem sobras. Apenas o isolamento acústico deixa a desejar, tanto em relação aos pneus no piso quanto ao barulho do motor na cabine. Não apresentou, no entanto, ruídos aerodinâmicos. Os bancos são bem ergonômi-cos e firmes, o que garante viagens sem muito cansaço. O teto solar, presente no modelo de topo, também ajuda na ambientação. Nota 8. Tecnologia – Mesmo que não cause nenhum assombro, a eletrônica embarcada é um dos argumentos de venda da Chevrolet para o Cruze. O modelo traz itens de segurança como controles de estabilidade e tração, seis airbags e ABS. Além disso, tem câmbio de seis marchas com modo sequencial, GPS e multimídia no painel. É um conteúdo pleno e esperável em um carro de R$ 80 mil. Nota 8.Habitalidade – Em relação à versão sedã, o Cruze hatch tem uma desvantagem e várias vantagens. Perde no volume do porta-malas: 402 contra 450 litros. Empata em relação aos poucos porta-objetos e compartimentos no in-terior e no espaço interno e nos acessos apenas suficientes – os dois têm o mesmo entre-eixos. Ganha por ser 9 cm mais curto, 26 quilos mais leve e ter maior versatilidade, com a possibilidade de criar uma enorme área de bagagem com o rebatimento do banco traseiro, de 872 litros até o vidro. Outra vantagem é que a porta traseira é sustentada por amortecedores hidráulicos, que não roubam espaço de bagagem, como ocorre com as alças na tampa da mala do sedã. Nota 8.Acabamento – A construção do Cruze passa a sensação de solidez e os encaixes são firmes e bem-feitos, mas falta requinte aos materiais. Nem o acabamento em couro nos bancos empresta a devida sofisticação ao ambiente. O revestimento traz um excesso de plásticos rígidos. A diversidade de texturas até agradam visualmente, mas os materias não harmonizam com a elegância do modelo. O porta-malas, em vez de carpete, é revestido com um plástico rígido. Nota 6.Design – É o principal argumento de vendas da linha Cruze. A frente e os para-lamas dianteiros em arco dão uma enorme distinção ao modelo. No caso do hatch, as linhas do contorno do habitáculo perderam a geometria que torna o sedã tão equilibrado, mas ainda são atraentes. A traseira, no entanto, carece de um pouco de ousadia e personalidade, principalmente pelo desenho das lanternas. No conjunto, é um carro que chama a atenção. Nota 8.Custo/benefício – A Chevrolet não tem a intenção de fazer do Cruze o best-seller dos

médios. E o preço indica isso claramente. O modelo custa cerca de R$ 3 mil a mais que os rivais com conteúdo similar. Nota 6. Total – O Chevrolet Cruze Sport6 somou 76 pontos em 100 possíveis.

Impressões ao dirigirÉ nitidamente um exagero batizar a versão hatch do Cruze de Sport6. O carro até anda bem, acelera com certa determinação e é bom de curva, mas não é um esportivo. A própria marca reconhece que o Sport do nome diz mais respeito ao as-pecto dinâmico da configuração mais curta do que propriamente à performance. De um jeito ou de outro, o propulsor 1.8 litro com duplo comando varíavel é capaz de inspirar a busca dos limites. No caso da versão automática, ausência de borboletas para a mudança de marchas chega a ser sentida em situações de rodovia, quando se busca uma direção mais “dinâmica”.Na cidade, em modo automático, o Cruze também não incomoda em momento nenhum. E o maior responsável pelo bom comportamento, tanto na estrada quanto em ambiente urbano, é o ótimo escalonamento do câmbio de seis marchas, que não permite que falte motor em nenhuma situação. Da primeira até a quarta, as marchas são fechadas, com degraus curtos entre elas. Na estrada, a sexta aparece como uma sobre-marcha enquanto a quinta tem relação direta, de 1:1, que dá algum vigor sem fazer o motor gritar. Outro aspecto que chama a atenção no Cruze é a estabilidade. Mesmo em curvas de raio curto feitas de forma forçada, não há sequer ameaça de sair do trilho. A carroceria não inclina nada e o controle de estabilidade entra em ação antes mesmo de a tendência substerçante, de sair de frente, se faça sentir.A não ser pela presença do teto solar na versão top da Sport6, não há nada que diferencie o Cruze hatch do sedã. Estão lá os mesmos pai-néis em plástico rígido, os poucos porta-objetos e os comandos bem intuitivos. No caso dos controles do GPS e do volante multifuncional, basta um tempinho para ganhar familiaridade. Já o acesso às informações do computador de bordo é que poderia ser melhor resolvido. Não é tão prático torcer a ponta da haste da seta para navegar por dados de autonomia, consumo, etc. Na prática, há diferenças interessantes. Como o aproveitamento do porta-malas, que apesar de menor, pode ser ampliado e ainda escapa da “maldição” das alças que invadem o bagageiro. Ou seja: apesar do nome Sport6, a versão hatch do Cruze se mostra, na prática, a mais funcional.

por eDuarDo roCHa/auto press

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fotos: eduardo rocha/carta Z Notícias

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Onde você vê obras,a Sabesp vê qualidade de vida.A Sabesp trabalha a todo vapor para trazer mais saúde para você e sua família. A construção da Estação Elevatória

e da Estação de Tratamento de Esgoto, nos bairros São Miguel e Mãe dos Homens, vai aumentar o tratamento

de esgoto e beneficiar 150 mil pessoas. A qualidade das águas do Rio Jaguari e do Ribeirão Lavapés também vai

melhorar bastante, evitando muitas doenças principalmente entre as crianças. Mas enquanto as obras não ficam

prontas, contamos com a sua compreensão. Já, já tudo isso acaba, o esgoto vai embora e a saúde fica. É a Sabesp e a

Prefeitura de Bragança Paulista construindo uma cidade melhor para todos. Sabesp. A vida tratada com respeito.

Jodinaldo Ubiracy de Azevedo Pinheiro - Há 17 anos na Sabesp

Mal foi lançada e a nova Mercedes--Benz SL 65 AMG já ganhou uma

série especial. A 45th Anniversary foi mostrada no Salão de Nova Iorque e celebra os 45 anos da sub-divisão esportiva AMG. O quase exagerado conjunto mecânico da SL 65 foi mantido – o V12 de 621 cv e 100 kgfm de torque se manteve inalterado. As novidades foram con-centradas no visual e no interior. O superconversível ganhou pintura especial, anexos aerodinâmicos em fibra de carbono e rodas exclusivas de 19 polegadas na frente e 20 atrás. Por dentro, couro em dois tons e detalhes em fibra de carbono, além de inscrições alusivas à série limitada. Além disso, alguns itens opcionais no modelo normal foram incorporados à 45th An-niversary, como freios de cerâmica e um sistema de som mais potente.

por augusto palaDino/auto press

foto: divulgação

Quarentão em forma

Mercedes-Benz SL 65 AMG

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Seja por distorções provocadas pelo imposto de importação de 35%, seja pela tradicional ganância dos representantes comerciais, o custo das motos grandes

no Brasil está pela hora da morte. Entre uma moto pequena e outra de alta cilindrada de uma mesma marca há diferenças superiores a 10 vezes no preço – para dar um parâmetro, nos Estados Unidos, por exemplo, essa diferença cai quase à metade. Por essas e outras, há nichos tão pequenos no Brasil que mal sustentam dois competidores. É o caso das motocicletas big trail. As vendas médias mensais, em torno de 100 uni-dades, não dão um bom sustento ao segmento. Resultado: em pé no ringue, sobraram apenas a Yamaha, com a XT 1200Z Super Ténéré, e a BMW, com a R1200 GS. O modelo da BMW é campeão de vendas mundo afora – e no Brasil também. E foi ele que vitimou a Honda e a Su-zuki, que atuavam entre as big trails com a XL 1000V Varadero e DL1000 V-Strom e jogaram a toalha há coisa de dois anos.A desistência das rivais e a chegada de uma Super Ténéré novíssima e cheia de tecnologia, desenhada exatamente para encarar lá fora o modelo alemão, criou a brecha para a Yamaha entrar no segmento. Afinal ,além das qualidades objetivas, como ciclística, desenho, motorização e recursos eletrônicos, a marca Super Ténéré enverga tanta tradição quanto a GS – as duas têm 30 anos de estrada. A chegada do modelo japonês não mudou a disposição no ranking, mas as vendas da R1200 GS acusaram o golpe. A média mensal do modelo da BMW caiu de 75 unidades no ano passado para 63 este ano. Enquanto isso, a moto da Yamaha mantém 30 unidades vendidas por mês, apesar da irregu-laridade na distribuição do modelo.Um dos motivos para esse avanço da Super Ténéré está na tabela de preço. Ela parte de R$ 61 mil e só tem como opcional os acessórios das lojas, como bauleto em alumínio, protetor de punho, etc. No mais, tudo está lá: ABS com controle linear, controle de tração conjugado com controle eletrônico de aceleração e computador de bordo, entre outros. A BMW até “inventou” uma versão da GS de marqueteiros R$ 59.900, mas para chegar nesse preço deixou a tecnologia de fora. Não tem ABS, controle de tração e sequer computador de bordo. A GS mais típica custa a partir de R$ 79.900.Como é um modelo de projeto bem recente e atualizado, a tecnologia do modelo da Yamaha extrapola a eletrônica e vai até o bom propulsor de exatos 1.199 cc, potência máxima de 110 cv a 7.250 rpm e torque máximo 11.6 kgfm a 6 mil giros. São dois cilindros em linha, quatro válvulas e duas velas por cilindro, comando duplo no cabeçote e refrigeração líquida. A transmissão de seis marchas move a roda traseira por um eixo cardã. Todo o conjunto da Super Ténéré foi pensado para ter robustez, agilidade e durabili-dade. Qualidades indispensáveis quando vai se enfrentar obstáculos como estradas irregulares e adversárias obstinadas.

Impressões ao pilotarA classe de motos a que a Super Ténéré pertence é chamada no Brasil de maxtrail ou big trail. A definição inglesa descreve melhor o modelo da Yamaha: dual Sport. É a esportividade que orienta todo o comportamento da moto. As promessas feitas pelo ronco rouco do moto são integralmente cumpridas ao se torcer o punho do acelerador. A Super Ténéré arranca como se não

conhecesse inércia e parece sempre disposta a escalar algum obstáculo – que tanto pode ser um tronco, durante uma seção de off-road, quanto um meio-fio alto, em trecho urbano.Melhor que a grande disposição da big trail da Yamaha é a docilidade aos comandos e a suavidade nas reações. Principalmente no modo mais “manso”, o Touring, de controle de aceleração e de tração. No modo Sport, as respostas são mais ríspidas, mas ainda assim previsíveis. De qualquer modo, a inteiração com a motocicleta é muito simples. E a nisso ajuda também a ótima ergonomia. Comandos, banco, posição das pedaleiras e formato do guidão formam um conjunto muito agradável de lidar. As informações do painel também são fáceis de acessar. Além disso, tem uma ótima altura no banco – a menor é de 84,5 cm e a maior de 87 cm. Nos dois casos, pessoas com estatura mediana, entre 1,72 e 1,78 m, conseguem apoiar pelo menos uma parte da planta do pé no chão. Neste quesito, a Super Ténéré consegue ser melhor e mais maleável até que a XT 660 Ténéré.Em estrada de terra ou no asfalto, a Super Ténéré exibe suas outras qualidades. Os mais de 200 quilos do modelo não pesam nem a tornam difícil de conduzir em pisos irregulares e de baixa aderência. Na estrada, a carenagem mostra boa eficiência ao desviar o ar frontal. O centro de gravidade é baixo – o tanque de gasolina até ocupa uma parte embaixo do banco para deslocar o peso da motocicleta – e proporciona uma ótima estabilidade, que facilita fazer o desenho da melhor trajetória a cada curva. A suspensão é macia ao filtrar os buracos, mas não ao ponto de deixar a traseira mole. No final das contas, a Super Ténéré se revelou uma moto versátil tanto na esporti-vidade quanto na capacidade de proporcionar conforto em qualquer ambiente.

Ficha técnicaMotor: A gasolina, quatro tempos, refrigeração líquida, 1.199 cm³, dois cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando duplo no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial com dois mapeamentos.Câmbio: Manual de seis marchas com trans-missão por eixo cardã. Controle eletrônico de tração com duas regulagensPotência máxima: 110 cv a 7.250 rpm.Torque máximo: 11,6 kgfm a 6 mil rpmDiâmetro e curso: 98 mm X 79,5 mm.Taxa de compressão: 11,0:1Suspensão: Dianteira com garfo telescópico, com tubo de 43 mm, pré-carga ajustável e amortecimento de compressão e retorno. Traseira monoamortecida com ajuste para pré-carga e retorno.Pneus: 110/80 R19 na frente e 150/70 R17 atrás.Freios: Disco duplo flutuante de 310 mm na frente e disco simples de 282 mm atrás. Oferece ABS de série.Dimensões: 2,25 metros de comprimento total, 0,98 m de largura, 1,41 m de altura, 1,54 m de distância entre-eixos e 0,84 m de altura do assento.Peso: 261 kg.Tanque do combustível: 23 litros.Produção: Shizuoka, Japão.Lançamento mundial: 2010.Lançamento no Brasil: 2011.Preço: R$ 61 mil.

por eDuarDo roCHa/auto pressfotos: pedro paulo figueiredo/carta Z Notícias

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A Ford e o Grupo

PSA Peugeot Ci-

troën encerraram

o acordo de cooperação

no desenvolvimento de

motores diesel de baixa

capacidade – de 1.4, 1.6

e 2.0 litros. O anúncio

vem logo após a assi-

natura de outro acordo

entre o grupo francês e

a General Motors para o

desenvolvimento conjunto

de plataformas. Segundo

a PSA, as ações não tem

qualquer relação entre

si, ainda que não tenha

especificado os motivos

pelo fim da parceria. Os

projetos já em andamento

serão concluídos, mas a

partir deles o trabalho

será independente

por augusto palaDino/auto press

foto: divulgação

Divórcio amigável

Ford Focus

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por augusto palaDino/auto press

NotíciasAutomotivas

Fechou o tempo – Após problemas no abastecimento das concessionárias por atrasos na linha de montagem, a Ford enfrenta também o primeiro recall do novo Focus nos Estados Unidos. A marca irá chamar nada menos que 140 mil unidades do modelo produzidas entre agosto de 2010 e meados de outubro de 2011 para a correção de um problema nos limpadores de para-brisa. O componente pode não ter saído com a correta vedação no conector do chicote elétrico do limpador direito, que com a entrada de água pode parar de funcionar, prejudicar a visibilidade e ocasionar acidentes. O defeito foi descoberto pelo NHTSA, o maior órgão de segurança viária norte-americano. Crescimento sustentável – A Porsche está sorrindo de orelha a orelha com o lançamento do novo 911. O modelo foi um dos responsáveis pelo crescimento de nada menos que 63% nas vendas na China durante o mês de março em relação ao mesmo período de 2011, que resultaram nos 21% de crescimento nos negócios em todo o mundo. O panora-ma é bastante favorável à meta da marca – atingir as 200 mil unidades anuais até 2018 – e até mesmo na Alemanha foi registrado um aumento de 15,5% em relação à março de 2011. O Porsche mais “popular” segue o Cayenne, com 5.888 carros vendidos em todo o mundo, a maior parte deles – assim como o restante da gama – ainda saíram de concessionárias europeias. Divórcio amigável – A Ford e o Grupo PSA Peugeot Citroën encerraram o acordo de cooperação no desenvolvimento de motores diesel de baixa capacidade – de 1.4, 1.6 e 2.0 litros. O anúncio vem logo após a assinatura de outro acordo entre o grupo francês e a General Motors para o desenvolvimento

conjunto de plataformas. Segundo a PSA, as ações não tem qualquer relação entre si, ainda que não tenha especificado os motivos pelo fim da parceria. Os projetos já em anda-mento serão concluídos, mas a partir deles o trabalho será independente. Consciência londrina – Assim como a Nissan criou uma versão especial do furgão NV200 para substituir os tradi-cionais táxis nova-iorquinos, a Mercedes-Benz quer adotar uma estratégia semelhante para Londres, na Inglaterra. A fabricante alemã adaptou o Vito, furgão de carga e passa-geiros menor que a Sprinter, para o serviço de táxi, além de ter equipado o modelo com um motor diesel com a tecnologia BlueEfficiency. A ideia é reduzir as emissões de poluentes na capital britânica, onde a Mercedes estima que apenas os antigos “black cabs” sejam responsáveis por 10% da poluição total.Rumo ao Oriente – A Fiat está mesmo interessada em ex-pandir seus mercados. O alvo agora é a China, onde a marca italiana deverá lançar em breve o Fiat Viaggio. O novo carro nada mais será que uma versão local do Dodge Dart, feita em conjunto com a Guangzhou Automobile Group, parceiro chinês do Grupo Fiat. Ele será o primeiro modelo a sair da nova fábrica no gigante asiático, que terá capacidade para até 170 mil carros por ano. O Viaggio será apresentado no Salão de Pequim – que abre as portas na última semana de abril – e chega às ruas chinesas ainda em 2012. Assim, a Fiat espera atingir a marca de 300 mil carros por ano na China, que daria a ela 2% de participação no disputado mercado. Em 2011, a fabricante italiana emplacou apenas 20 mil carros lá.

A BMW não perdeu tempo e já atendeu a uma peculiari-dade do mercado

chinês. A fabricante alemã apresentou uma versão com entre-eixos alongado do novo Série 3. O modelo, exclusivo para o país asiático, fará sua primeira aparição no Salão de Pequim – que começa no fim de abril – e conta com 11 cm a mais no compri-mento, todos direcionados ao espaço para as pernas dos ocupantes traseiros. Serão três versões, 320Li, 328Li e 335Li, os dois mais simples com o 2.0 litros turbo de 184 cv e 245 cv respectivamente. A topo de linha mantém o excelente seis cilindros em linha de 3.0 litros biturbo de 306 cv. A China tem uma notável preferência por modelos com entre-eixos maior, em todos os segmentos. A própria BMW também faz o Série 5 alongado para lá, assim como Mercedes--Benz e Audi tem seus “esticadinhos” exclusivos para aquele mercado.

por augusto palaDino/auto press

foto: divulgação

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BMW Série 3 LWB

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