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Bragança Paulista Sexta 08 Junho 2012 Nº 643 - ano X [email protected] 11 4032-3919 jornal do meio

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Edição 08.06.2012

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B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta08 Junho 2012

Nº 643 - ano [email protected]

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Na quinta feira a Igreja Católica celebrou, em todo o mundo, a Festa de Corpus

Christi. Neste domingo realizar-se-á, em São Paulo, a Parada Gay. No dia 14 de julho acontecerá a Marcha para Jesus. Um encontro multi-confessional, de raiz protestante. Milhões de pessoas, reais ou fictícias, participaram e participarão. Para celebrar. Para ver. Umas movidas por ideais. Outras pela curiosidade. Não há como mensurar isso. Vale a análise como fenômenos a serem estudados à luz da antropologia, da sociologia, das ciências do comportamento, das escolhas religiosas. Em relação à “Marcha para Jesus” se percebe, por parte dos dirigentes das diferentes igrejas protestantes - especialmente as de origem pentecostal e neopentecos-tal - que à ela aderiram, um esforço gigantesco para marcar posição. No campo religioso, no campo da política partidária e na inserção mais profunda do viver social. Hoje os protestantes de variadas denominações contam com bom número de senadores, deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores... Há uma estratégia

de levar ao povo “evangélico” a necessidade de que cada vez mais se elejam candidatos da mesma opção religiosa. Mostram-se ativos e sempre procuram ocupar espaços. Sua presença efetiva nos meios de comunicação não passa despercebida. De vez em quando surgem manifestações que querem incentivar a uma conquista relacionada aos espaços “católicos” (tais como feriados religiosos, por exemplo). Há muito que, pelo mundo afora, se trabalha para a unidade dos cristãos. O movimento ecumêni-co, porém, aqui no Brasil ainda caminha nos pequenos passos. Há muitas denominações religiosas que, longe de evangelizar a quem não conhece Jesus Cristo, tomam como modo de agir o interferir em outras igrejas, seduzindo as pessoas com a oferta de soluções de todo tipo. Uma visão míope impede de verificar que a essência da evangelização é levar a um encontro pessoal com Jesus de Nazaré e não de ficar disputando pessoas. Em todo caso, “Marcha para Jesus” e “Corpus Christi” servem para recordar que há

Alguém que precisa ser tornado mais conhecido pelo comporta-mento daqueles que Nele creem. A “Parada Gay” se move entre o movimento de ordem civil, na afirmação do respeito que todo ser humano merece, quaisquer que sejam suas opções relacionadas à sexualidade, e o histrionismo dos que querem aparecer. É dito que o evento gay é a segunda maior renda de turismo para a cidade de São Paulo. Claro que há por trás da parada um forte componente econômico. No entanto, isso não aparece como motivador. Neste ano, mais uma vez, se faz apelo para a não discriminação das pessoas homo afetivas. Pede-se o banimento da homofobia. Luta justa. Ninguém deve ser estig-matizado. O que se percebe é a dificuldade da maioria em perceber o que significa respeito às pessoas e o desejo de obrigar os outros a serem simples espectadores de propostas que contrariam outras opções de vida, outras escalas de valores. Lembro só o caso do reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo. A lei reconheceu esse direito. Podem

chamar isso até de casamento. Para a antropologia cristã não há como adequar a união de homem com homem, mulher como mulher, na linha daquilo que Jesus Cristo elevou a sacramento: “Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher e os dois serão uma só carne” (Mateus 19). Ressalto que a relação entre pessoas do mesmo sexo não pode ser reduzida ao fato da genitali-dade. Nas relações homo afetivas há mais que relação sexual. Em muitas dessas relações não há relação sexual. É mais um relacio-namento de carinho, de afeto, de amor. Isso, todavia, nunca levará o nome de matrimônio. Mesmo porque seria uma “contraditio in terminis”. Aspecto que preocupa são os reflexos na formação das novas gerações, no seu equilíbrio emocional, nos parâmetros da presença masculina e feminina. Não temos ainda parâmetros para ver como as coisas vão andar. E não se venha aqui a afirmar que há muitos homens e mulheres que enviuvaram e tiveram que educar sozinhos os seus filhos e, estes, nem por isso, cresceram crianças

problemáticas. Menos ainda se fale dos cônjuges abandonados. Reafirmo minha convicção de que as pessoas tem o direito de viver suas escolhas dentro dos limites da convivência social. Mas ninguém tem o direito de impingir suas convicções. Penso que os que têm visão religiosa sobre a sacralidade da família, da aliança matrimonial, da geração da vida - resultado de um amor cultivado na entrega e conheci-mento mútuos - tem obrigação de dar testemunho de sua crença. Ninguém ignora que a banalização dos relacionamentos é campo fértil para a desmoralização daquilo que realmente conta: a vida plena vivida no Espírito de Deus.

Mons. Giovanni Barrese

Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da

direção deste orgão.

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.

Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

para pensar

Parada gay, Corpus Christi e Marcha para jesus

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Os idosos de hoje não são como os de antigamente. Não ficam em casa tricotando ou contando histórias para os netos. Eles saem, se diver-

tem, viajam, praticam esportes, trabalham, namoram e mantêm-se ativos, tanto físico quanto intelectualmente. Agora, estar acima dos 60 não é mais sinônimo de rabugice nem de falta de perspectiva. Os 60 são os novos 40, com a vantagem de não ser mais preciso cuidar de filho. Essa nova geração de idosos acompanhou a modernidade e deixou para trás as angústias e imposi-ções sociais. Criou uma nova maneira de se estabelecer com a tão temida velhice. Aprendeu a se adaptar, dosando muito bem as dificuldades e os prazeres da idade, e com isso, aprendeu a aproveitar melhor a vida. Os idosos de hoje não se permitem ficar presos às regras ou à família. Eles simples-mente querem viver de acordo com o que lhes foi oferecido com o tempo, a liberdade. Com os filhos já criados, a única preo-cupação passou a ser eles próprios. Não ficam mais em casa, sozinhos, esperando o dia passar. Eles vivem, se relacionam. Quando se se-param ou ficam viúvos, encontram novos parceiros. Quando permanecem casados, voltam ao tempo em que se conheceram. A terceira idade reaprendeu a namorar.

NamorarUm dos pontos de encontro da terceira idade bragantina é o tradicional Baile Da Saudade, que acontece todos os domin-gos, das 14h às 18h, no Jardim Público. Organizado pela Associação Solar Amigo, o baile existe há 24 anos e já ajudou a formar muitos novos casais. Alguns pa-raram de frequentar o evento depois que se casaram novamente. Mas a maioria volta toda semana para bailar pelo salão, segundo a Presidente da associação, Odila Gomes Morford. “É como qualquer outro baile. As pessoas vêm para se divertir, conhecer outras pessoas, paquerar ”, explica. “Existem os que ficaram viúvos ou se separaram e começaram a namorar de novo vindo aqui e os que continuam casados e vêm com o marido ou esposa”, conta. Independente do perfil, uma coisa é certa, todos estão namorando novamente. Com o tempo livre para se divertir, o que cada um deles quer é aproveitar a vida. Para a Sra. Wilma Rosa Oliveira Almeida, de 69 anos, a readaptação, depois de 21 anos de casada, não foi um problema. Quando ficou viúva, permaneceu em lu-to por pouco mais de um ano, mas logo percebeu que era preciso seguir em frente. Começou a frequentar os bailes, conheceu alguém e namorou por oito anos. Hoje namora o Sr. José Manoel Jardim, de 77 anos. Estão juntos há cinco e continuam frequentando o baile. “Paquerar foi fácil”, ela diz. “Está 100 vezes melhor. É muito melhor namorar”, diz ele. “Quando eu era casada eu só trabalhava. Agora minha única preocupação é dançar”, completa D. Wilma. O casal Douglas Colagrande, 76 anos e Maria Augusta Feitosa do Nasci-mento, 69 anos, também se conheceu no baile. Ele foi casado por 49 anos e ela por

39. Quando ficaram viúvos começaram a frequentar o salão e logo se encontraram. “Estamos juntos há 11 anos, mas moramos em casas separadas”, explica Seu Douglas. “Optamos por não morarmos juntos porque quando a gente se vê é melhor. Quando fica muito tempo junto não tem o que falar”, diz. Assim como muitas outras pessoas que foram casadas por muito tempo, eles descobriram as vantagens de permanecer namorando e estão muito bem assim. “Voltamos a ser adolescentes”, fala D. Maria Augusta.

DançarComo os idosos são de uma geração em que o galanteio era peça fundamental em um flerte (a paquera de antigamente) o namoro na terceira idade tem muito da

época em que eram jovens. O principal con-tato físico acontecia na hora de dançar. A dança proporciona estar próxi-mo, tocar, pegar a mão, sorrir, tudo com muita delicadeza. É assim para a senhora Neuza das

Neves, 63 anos e o senhor Milton Alves da Silva, 62 anos. Ela explica que eles são parceiros de dança há dois anos. “É uma amizade boa”, fala. “Nem todos os rela-cionamentos entre idosos é sexual, existe sim o namoro de adolescentes”, explica. “Somos de uma geração diferente, nosso objetivo é passear”, fala. Neuza foi casada, ficou 10 anos sozinha e voltou a aproveitar mais a vida ao começar a frequentar bailes. Para ela, não é por acaso que muitos rela-cionamentos entre idosos começam nos salões. “É mais fácil encontrar alguém nos bailes porque a dança é uma coisa muito sensual, tem que ter química”, analisa. Para ela, ao contrário do que pensam, há muita vantagem em envelhecer. “Quando você é jovem tem obrigações com a casa, com a família, ainda está construindo seus parâmetros com a sociedade”, fala. “Eu já formei a minha moral, as pessoas sabem quem eu sou. Não tenho mais que me preocupar com que os outros pensam”, explica. “Eu acho que rejuvenesci com a idade”, reflete. Para os casados, os bailes funcionam como um resgate dos tempos de namoro. D. Odila conta que ela e o marido, Prentice Vicente Monford, juntos há 48 anos, sempre gostaram de dançar. “Eu só comecei a dançar depois que casei”. Mesmo quando os filhos ainda viviam com eles, o casal já frequentava os bailes, mas é agora, aos 64 e 74 anos respectivamente, que eles realmente conseguem aproveitar. “Eu vivo hoje, quando era solteira, meu pai não me deixava ir aos bailes”, fala D. Odila. E, mesmo compartilhando o gosto pela dança com o marido, antes havia as preocupações com a casa, com os filhos. Agora, a preocupação é com a organização do evento e, claro, com a dança. “Nós aproveitamos o presente”, fala. D. Odila e Seu Prentice frequentam o Baile da Saudade há 15 anos, há 12 ela faz parte da diretoria do Solar Amigo e há dois é presidente. O marido também faz parte da diretoria. “Agora os netos querem ir pra casa dos avós, mas os avós não estão em casa”, ri. “Domingo não tem família, domingo é só a gente”, conclui.

colaboração sHeL aLMeiDa

Agora os netos querem ir pra casa dos avós mas os

avós não estão em casaOdila G. Morford

José Manoel e Wilma estão juntos há cinco anos. “É muito melhor namorar do que casar”

Douglas e Maria Augusta. “Estamos juntos há 11 anos, mas moramos em casas separadas, continuamos namorados”

Prentice e Odila 45 anos de casados. “Agora a gente aproveita de verdade”

Milton e Neuza, parceiros de dança há dois anos. “Nem todos os relacio-namentos entre idosos é sexual, existe sim o namoro de adolescentes”.

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É hora de dizer adeus ao IMC (índice de massa corporal). A proposta é de pesquisadores britânicos, que apresen-tam hoje em Lyon, na França, uma revisão de estudos

mostrando que a proporção entre a cintura e a altura prevê me-lhor o risco cardíaco e de diabetes do que a velha escala do IMC. O índice de massa corporal é calculado dividindo o peso em quilos pela altura, em metros, ao quadrado. A conta sugerida pela pesquisa da médica Margaret Ashwell, da Universidade Oxford Brookes, é ainda mais fácil: a circunferência da cintura deve ser, no máximo, a metade da altura. Se uma pessoa tiver 1,60 m de altura, sua cintura deve ter até 80 cm. Mais do que isso é sinal de risco.

Gordura abdominal Medir a cintura para ver risco cardíaco não é uma ideia nova. Mas, segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, os padrões usados hoje (102 cm para homens e 88 cm para mulheres como limite máximo) não levam em conta a altura. “Claro que uma pessoa de 1,90 m com cintura de 94 cm não tem o mesmo risco de uma com 1,50 m e a mesma circunferência.” O que faltava era a comprovação de que uma cintura medindo 50% da altura é um indicador fiel da maior probabilidade de ter problemas cardíacos e metabólicos. A revisão de estudos feita pelos britânicos analisou 31 trabalhos, envolvendo um total de 300 mil pessoas. A pesquisa também levou em conta diferentes etnias para en-contrar a proporção máxima da cintura. Isso é importante porque um dos pontos fracos do IMC é que ele tem significados diferentes para cada etnia. De acordo com Halpern, indianos e japoneses já apresentam risco de diabetes com valores de IMC considerados normais (entre 20 e 25). O IMC também não discrimina entre massa muscular e gordura na hora da conta. Por isso é que a cintura começou a ganhar importância. De acordo com o médico da USP, o risco para a saúde é maior quando a pessoa tem mais gordura entre as vísceras. Essa gordura é mais perigosa do que a localizada logo abaixo da pele. A medida da circunferência não diferencia entre as duas. “Por isso também essa medida pode ser falha. Mas, quanto maior é a circunferência, mais gordura há dentro e fora das vísceras. Com a altura, a precisão aumenta.” Segundo a autora do estudo, a proporção entre altura e cintura, além de servir para pessoas com qualquer ascendência, também vale para crianças --a versão infantil do índice de massa corporal tem uma escala que varia de acordo com a idade. De acordo com Ashwell, a nova medida já está ganhando apoio em países como EUA, Austrália, Japão, Índia, Irã e também no Brasil. Pesquisadores da City University de Londres estimaram que um não fumante de 30 anos reduz sua expectativa de vida em até 33% se a medida de sua cintura corresponder a 80% de sua altura. “Manter a circunferência da cintura no ponto certo aumenta a expectativa de vida para todas as pessoas do mundo”, disse Ashwell. Halpern lembra, no entanto, que, como todo estudo epidemiológico, esse também vai se deparar com casos que fogem à regra.

por DÉBora MisMeTTi/foLHapress

Pesquisa britânica mostrou que circunferência da cintura tem de medir, no máximo, metade da altura da pessoa.Do con-trário, cresce o risco de doenças do coração e diabetes, diz estudo; medida pode desbancar a tradicional

saúde

‘Novo IMC’

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por DeBoraH MarTin saLaroLi

Sobremesas famosas

delícias 1001

Alguns pratos têm como ‘tradição’ somente serem servidos em restaurantes. Talvez por causa de seus nomes complicados

ou por puro marketing. As pessoas têm certo receio em executá-los na sua cozinha, achando que estas receitas que pertencem somente aos grandes chefs. Isto também acontecia comigo, até o dia em que resolvi desmistificá-los.Estas sobremesas fazem parte desta ‘lista negra’, mas agora você também poderá fazer em casa por um preço bem mais acessível e com modo de preparo simplificado...

Creme brûléeSuper famoso e chique, me aventurei nesta sobremesa sofisticada e nem tão difícil assim...É só seguir o passo-a-passo que está nos mííííííííííínimos detalhes. Não tem como errar.Assim, ó:Bati 5 gemas na batedeira com 1/3 xícara (chá) de açúcar até obter um creme bem claro.Desliguei a batedeira e adicionei 1 xícara de creme de leite fresco, 100ml de leite e gotas de essência de baunilha. Misturei bem com uma colher. Deixei a mistura descansar por 10 minutos. Retirei a espuma que se formou na superfície da mistura de gemas com uma colher. Coloquei o creme em ramequins, tigelinhas individuais refratárias.Arrumei todas as tigelinhas numa assadeira retangular com água fervendo para assar em banho-maria. Levei ao forno pré-aquecido baixo por 40 minutos.Depois deste tempo, deixei esfriar e levei à geladeira por no mínimo 5 horas.Na horinha de servir, polvilhei açúcar sobre toda a superfície do creme e caramelizei com o maçarico. Caso você não tenha um em mãos, encoste as costas da colher quente na superfície do creme, fazendo movimentos circulares, para caramelizar o açúcar.

Petit gâteauPetit gâteau era uma sobremesa que me causava nervos... Morria de vontade de fazer em casa, mas não sabia se daria conta de fazer bem na horinha de servir. Então descobri que essa receita aqui pode ser até mesmo congelada! Basta levar ao forno minutos antes de servir!E, pra ser bem fiel, segui as dicas do chef Olivier Anquier, mais francês impossível. Receita legítima e com truques simples demais.Vamos a ela:• 240 g de chocolate amargo picado (eu usei o meio amargo)

• 200 g de manteiga• 4 ovos inteiros• 4 colheres (sopa) de açúcar• 4 colheres (sopa) de farinha de trigoPrepare o petit gâteau assim:• Derreta o chocolate em uma panela em banho--maria (eu derreti no micro por 30 seg., mexi e mais 30 seg) e junte a manteiga, mexendo até que fique homogêneo, liso e brilhante;• Em uma outra vasilha, bata os ovos com um fouet e o açúcar até que os ingredientes fiquem bem incorporados;• Despeje os ovos no chocolate derretido (e não o contrário). Mexa até que os ingredientes estejam bem integrados;• Misture, bem devagar e suavemente, a farinha de trigo, sem parar de mexer;• Unte forminhas pequenas, próprias para petit gâteau, com manteiga (eu polvilhei com chocolate em pó para o petit gâteau não ficar manchado com trigo);• Coloque a massa nas forminhas e deixe na geladeira por 2 horas;• Preaqueça o forno à temperatura máxima;• Tire da geladeira pouco antes de assar. Asse em forno pré-aquecido a 250ºC por 4 a 5 minutos aproximadamente (teste uma forminha antes, para saber a temperatura correta de seu forno; o petit gâteau deve estar consistente por fora e mole por dentro);• Desenforme num prato e sirva com calda de chocolate e sorvete de creme.Dica: Esta massa pode ser conservada na geladeira por uma semana ou até congelada individualmente. Congele a massa crua já en-formada e, quando quiser assar, retire do freezer e deixe descongelar por 3 horas na geladeira.

Errata:Na coluna da semana passada do dia 1 de junho, ficou faltando 1 coco fresco ralado na receita de ‘Doce de Coco com Ovos’, que deve ser adicionado logo após formar a calda rala. O restante da receita está correto. Desculpe-me!

Até a próximaDeborahDeborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas.Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para [email protected]

Todos os mistérios desvendados

fotos: delícias 1001

petit gateau

Creme brulê

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por GusTavo anTônio De Moraes MonTaGnana/GaBrieLa De Moraes MonTaGnana

Propaganda eleitoralO que pode e o que não pode na

1. Propaganda eleitoral nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos de uso comum inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos,

passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos: é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados. 2. Propaganda em cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, igrejas, estádios, ainda que de propriedade privada: aplica-se a vedação, tendo em vista que os referidos bens são considerados de uso comum para fins eleitorais.3. Propaganda eleitoral em bens particulares: independe de obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral por meio de fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições, desde que não excedam a 4m2 e que não contrariem a legislação eleitoral. A propaganda deverá ser espontânea e gratuita.4. Propaganda eleitoral nas dependências do Poder Legisla-tivo: permitida à critério da Mesa Diretora da Casa.5. Propaganda eleitoral em árvores e jardins localizados em áreas públicas: proibida.6. Propaganda eleitoral em árvores e jardins localizados em áreas privadas.: permitida.7. Propaganda eleitoral em muros, cercas e tapumes divisó-rios: não é permitida a colocação de propaganda de qualquer natureza, salvo se estes locais forem privados, conforme entendimento da Justiça Eleitoral.8. Colocação de cavaletes, bonecos, cartazes, mesas para a distribuição de material de campanha e bandeiras ao longo das vias públicas: permitida, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de veículos e pes-

soas. A mobilidade está caracterizada com a retirada dos meios de propaganda após as 22 horas até as 06 horas da manhã.9. Distribuição de folhetos, volantes e outros impressos editados sob a responsabilidade do partido, coligação ou candidato: independe de obtenção de licença municipal e de autorização de justiça eleitoral. Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o número do CNPJ ou CPF do responsável pela confecção bem como de quem a contratou, e respectiva tiragem.10. Realização de ato de propaganda em recinto aberto ou fechado: Não depende de licença de polícia. Deverá ser feita, entretanto, comunicação à autoridade policial com, no mínimo, 24 horas de antecedência.11. Utilização de alto falantes ou amplificadores de som: permitida entre as 08 e as 22 horas, vedada a instalação a menos de 200 metros das sedes dos poderes executivo e legis-lativo; tribunais judiciais; quarteis e outros estabelecimento militares; hospitais e casas de saúde; escolas; bibliotecas públicas; igrejas; teatros em funcionamento.12. Utilização de aparelhagem de sonorização fixa em co-mícios: permitida no horário compreendido entre as 08 e as 24 horas.13. Uso de alto-falantes, amplificadores de som, ou promoção de comícios ou carretas no dia da eleição: prática vedada. Constitui crime punido com detenção de 06 meses a 01 ano, com alternativa de prestação de serviços à comunidade, e multa.14. Prática de boca de urna no dia das eleições: prática ve-dada. Constitui crime punido com detenção de 06 meses a 01 ano, com alternativa de prestação de serviços à comu-nidade, e multa.

15. Realização de showmício ou evento assemelhado para a promoção de candidatos, mesmo que o artista não seja remunerado: prática vedada.16. Utilização de trios elétricos: prática vedada, exceto para a sonorização de comícios.17. Confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais: prática vedada.18. Propaganda eleitoral na imprensa escrita: permitida até a antevéspera das eleições, bem como a reprodução na internet do jornal impresso, até 10 anúncios por veículo, em datas diversas, para cada candidato, no espaço máximo por edição, de 1/8 de página de jornal padrão e ¼ de página de revista ou tablóide.Propagando eleitoral no rádio ou na TV: restrita ao horário eleitoral gratuito e aos debates, vedada a propaganda paga.19. Propaganda eleitoral na internet: permitida após o dia 05 de julho do ano da eleição, sempre de forma gratuita, em sítio de candidato, partido ou coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral, em provedor de serviço de internet estabelecido no Brasil. Também é per-mitida por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e assemelhados, bem como através de e-mail. Veda-se o anonimato e em sítios de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, ou sítios oficiais.

Até a próxima!

Gabriela de Moraes MontagnanaGustavo Antonio de Moraes MontagnanaAdvogado

seus direitos e dever

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Mão na massa Criar obras visuais em uma tela sensível ao toque é uma experiência viciante.” A opinião é do artista digital Pixel, que gosta de utilizar tablets

para criar trabalhos. Pixel já usou um iPad para bolar projeções visuais e agora trabalha no projeto Labmov, que usa um aplicativo de realidade aumentada para estimular a criação colaborativa de histórias por meio de tablets e celulares. Ele não está sozinho -segundo pesquisa da empresa Accenture, divulgada no fim do mês passado, 61% dos brasileiros donos de tablets utilizam os dispositivos também para fins profissionais (além do pessoal). A média mundial é de apenas 5%. São pessoas que, além de usarem o tablet para atividades de consumo de conteúdo digital (notícias on-line, e-mails e redes so-ciais), utilizam o dispositivo para produção e criação, área que até então era de domínio dos computadores tradicionais. Samantha Shiraishi, dona da agência es-pecializada em mídia digital Otagaissama, adotou os tablets (um iPad 2 e um Galaxy Tab 7) como substitutos do desktop e do notebook para o trabalho. “Eles estão sempre comigo, assim dá para escrever na hora que vem a inspiração”, diz Shiraishi. “Teclo sem dificuldades, mas, para textos longos, uso o teclado físico. A bateria dura mais que a do notebook, e eles [tablets] não demoram para ligar”, completa. Mesmo quando está ao lado de um desktop, Shiraishi muitas vezes prefere o tablet. A popularidade crescente dos aparelhos (segundo dados da Gartner, a expectativa é que as vendas de tablets se igualem às de PCs em 2015) também colabora para que as empresas se preocupem em oferecer aplica-tivos de criação e produção. Lev Grossman, crítico literário norte-americano, disse em artigo na revista “Time”, em 2010, que o iPad faz a ênfase mudar da criação de conteúdo para a simples absorção e manipu-lação. “Ele emudece o usuário, transforma-o num consumidor passivo.” Walter Isaacson, autor da biografia de Steve Jobs, disse que o cofundador da Apple levou a crítica a sério e, partir daí, passou a garantir que as versões seguintes do iPad se empe-nhariam em facilitar a criação de conteúdo. Microsoft e Intel, companhias voltadas ao mercado tradicional de PCs, preparam uma investida no setor com os chamados “ultrabooks híbridos” -notebooks potentes e ultraleves com tela sensível ao toque.

Aplicativos para criar Você está acostumado a ouvir música, ler notícias e ver fotografias no tablet. Mas que tal usar o dispositivo para compor canções, escrever e editar suas próprias imagens? Há vários aplicativos, tanto para aparelhos com iOS quanto com Android, para fins criativos e profissionais Música Garageband Ios Onde: bit.Ly/gbmovel Quanto: US$ 4,99 Um clássico de desktops e notebooks da apple, mantém na versão móvel o pacote de instrumentos, efeitos e amplificadores para composição e gravação Ims-20 Ios Onde: korg.Com/ims20 Quanto: US$ 32,99 Além de emular os timbres e o visual do ms-20, sintetizador lançado pela korg nos anos 1970 que marcou seu nome na música eletrônica, tem sequenciador, bateria e mixer, que permitem os primeiros passos no gênero Amplitube Ios Onde: bit.Ly/ampmovel Quanto: US$ 19,99 Todo guitarrista que se preza tem uma coleção de pedais de efeito e de amplificadores. Este app empacota tudo isso: tem delay, compressor, distorção e outros Texto Plaintext Ios Onde :hogbaysoftware.Com/products/plaintext Quanto: gratuito Editor minimalista que cria e organiza do-cumentos em pastas, sincronizados com sua conta no dropbox Quickoffice hd Android e ios Onde: quickoffice.Com Quanto :US$ 19,99 Pacote de escritório semelhante ao microsoft office. Tem suporte para smartphones e está todo traduzido para o português Desenho Paper Ios Onde: paper.Fiftythree.Com Quanto: gratuito “Um lugar para as ideias começarem”, diz o

site oficial. É um app para fazer rascunhos, diagramas ou notas e compartilhá-los Artrage Ios Onde: artrage.Com Quanto: us$ 4,99 Simulador completo de pintura. É possível escolher entre vários pincéis, canetas e giz, bem como tipo, cor, textura e densidade das tintas Drawing hd Android Onde: bit.Ly/drawandhd Quanto: R$ 12,12 É possível criar desenhos e efeitos especiais animados, como explosões. O app ainda tem um simulador de física se você quiser usar objetos com comportamento real Foto Befunky Android Onde: befunky.Com

Quanto: gratuito Aplique mais de 20 efeitos e molduras em suas fotos. É 100% gratuito: não tem anúncios nem limite de uso Filterstorm pro Ios Onde: filterstorm.Com Quanto: US$ 14,99 Especialmente desenvolvido para quem quer trabalhar com fotografias de forma mais profissional e precisa de ajustes mais precisos Photoshop express Android e ios Onde: photoshop.Com/tools/expresseditor Quanto: gratuito Versão intuitiva e bem espartana do programa disponível para pc, mas funciona muito bem para retoques e correções leves Celular e tablet ajudam a vigiar patrimônio De nicoli geigner, dona de um restau-rante em são paulo.

por aLeXanDre orriCo/foLHapress

Ainda vistos como dispositivos para consumo de conteúdo, tablets são cada vez mais usados para trabalho e criação

foto:Gabo Morales/folhapress

informática & tecnologia

O artista digital VJ Pixel posa para um retrato nas cercanias da Casa de Cultura Digital, onde trabalha, no centro de São Paulo, em 20 de Abril de 2012.

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Nas profundezas do Novo México, nos EUA, o escritor britânico D.H. Lawrence (1885-1930) adquiriu a

única propriedade que teve em vida, um “rancho” de cerca de 650 m . Sem um tostão, ofereceu como pagamento o manuscrito de um de seus livros mais célebres, “Filhos e Amantes” (1913). Viveu pouco tempo no lugar. Tuberculoso, voltou à Europa e morreu em Vence (França), em 1930, aos 44 anos. Durante a estadia nos EUA, entre 1922 e 1925, escreveu a obra-prima “A Serpente Emplumada” (1926) e os extraordinários “Estudos sobre a Literatura Clássica Ame-ricana” (1923), que nas últimas décadas voltaram a chamar a atenção de intelectuais, inclusive Gilles Deleuze e Harold Bloom. O livro poderia se chamar “Estudos Sobre a América à Luz da Literatura Clássica”, pois ele é também um pretexto para o escritor-pensador refletir sobre a singu-laridade histórica dos EUA. A reflexão de Lawrence é um tanto tortu-osa, mas talvez possa ser resumida assim: ele vê os EUA como um país atormentado pelas exigências de um ideal civilizatório de base cristã e romântica, que pretende abolir as contradições da natureza humana. Ao tentar criar um novo homem, arrisca a destruir a vida. “A democracia americana sempre foi uma forma de autoaniquili-

ção”, escreve. Passa por aí a sua leitura de Benjamin Franklin, St. John de Crèvecoeur, Fenimore Cooper, Edgar Poe, Nathaniel Hawthorne, Richard Henry Dana, Herman Melville e Walt Whitman -todos eles, para Lawren-ce, divididos entre o idealismo próprio da cultura americana e a percepção “da verdadeira alma humana”. Hoje, estes autores reinam no cânone literário, mas Lawrence, em 1923, trata--os de igual para igual. Diz que Franklin construiu o “primeiro simulacro do americano sabidinho”. Cri-tica o estilo “apelativo” de Poe. E chama Melville de “burlesco” e “sentencioso”. Ao mesmo tempo, lança às alturas a obra deles. A análise de “A Letra Escarlate” é um desafio à atual leitura feminista, por enfatizar a função “diabólica” da mulher no livro de Hawthorne. Os textos sobre Melville e Whitman devem ser lidos de joelhos: são certamente os mais belos já escritos sobre os dois escritores.

Estudos sobre a literatura clássica americana Autor:D.H. Lawrence Editora: zahar Tradução: heloísa jahn Quanto: R$ 49,90 (256 págs.) Avaliação ótimo

Dilemas dos EUA por aLCino LeiTe neTo/foLHapress

Livro sobre autores como Whitman, Melville e Poe reflete a singularidade histórica e os dilemas dos EUA

foto: divulGação

O escritor D.H. Lawrence, autor do livro “Estudos sobre a Literatura Clássica Americana”

antenado

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Foi com muita alegria que fotografei o casamento da Patrícia e Ricardo. Eles

abriram as portas da belíssima casa para receber os amigos e familiares para

uma cerimônia muito íntima. Ricardo é libanês e fez questão de animar a

festa com o estilo alegre e festivo peculiar dos libaneses. O Buffet também

foi personalizado com pratos típicos da culinária árabe o que tornou o am-

biente mais íntimo ainda.

Patrícia é uma pessoa de sorriso fácil e extremamente divertida. Seu making

of aconteceu no salão do Ray onde minha amiga Juliana caprichou no vi-

sual da noiva. Patrícia vibrava com cada detalhe do seu making of o que

demonstrava toda a felicidade na realização do Grande Dia. Aliás, Patrícia

ficou linda de noiva.

Ricardo também é muito divertido, cantava e abraçava os amigos com muita

vibração. Um momento pegou Patrícia e começou a dançar com ela com muita

descontração tirando aplausos e sorrisos dos convidados. Dava pra sentir

o quanto o casal estava feliz pelo dia maravilhoso que estavam passando.

No início da cerimônia o casal desceu as escadas que davam acesso à belíssima

sala principal da casa e fez um discurso sincero e emocionado e brindaram

com os convidados à saúde e felicidade para sempre.

Foi uma tarde muito agradável tudo com muito requinte e bom gosto. Mais

um dia muito especial que guardo com muito carinho.

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Na organização de produtos da Chevrolet, a linha Sonic entra aci-ma de Cobalt e Agile e logo abaixo do Cruze. Os preços entre R$ 46,2

mil e R$ 56,1 mil – do hatch mais barato ao sedã mais caro – colocam os novos com-pactos ali. Só que o novo modelo trazido da Coreia do Sul chega com uma função mais estratégica do que pragmática. A missão do Sonic não é vender muito, mas vender para quem normalmente não compra modelos da Chevrolet. A ideia é seduzir um público mais jovem e renovar a imagem da marca. Tanto que a projeção oficial é emplacar 1.200 unidades por mês – 700 do sedã, 500 do hatch. Isso representa apenas 8% do universo de 15 mil vendas mensais entre compactos mais completos e tecnológicos – casos de Fiat Punto e Linea, Honda Fit e City e Ford New Fiesta hatch e sedã.Esse plano de ação, obviamente, não foi desenhado no Brasil. É um esforço da controladora da marca, a norte-americana General Motors, para modernizar a ima-gem no mundo inteiro. E o desenho do Sonic responde bem a essa pretensão. Para este ano, a expectativa é bater as 500 mil unidades na soma das dezenas de países onde o modelo é vendido, na maior parte com o nome Aveo, como na Europa e no extremo Oriente. No Brasil, a tática foi re-vista. Manteve-se o conceito de modelo de renovação e abriu-se mão de venda maiores. Por aqui, ser moderno, equipado e arrojado custa caro, o que espanta substancial parte da freguesia. Essa jovialidade do Sonic está bem impressa nas linhas do modelo. O conjunto ótico afilado traz dois canhões de cada lado e não tem pálpebra. Segundo a GM, isso dá ao carro um olhar “naked”, típico de motocicleta de alto desempenho. Essa mesma referência, e aí bem mais explícita, é feita no quadro de instrumentos, que imita o desenho e até a combinação de conta-giros analógico com um visor de LCD com velocímetro, odômetro, relógio, dados do computador de bordo e marcador de combustível. De volta às linhas externas, os modelos hatch e sedã diferem bastante entre si. Embora mante-

nham o mesmo entre-eixos de 2,53 metros, a última coluna é trabalhada de forma bem individual. Enquanto no três-volumes esta ganha um caimento suave e harmônico, no hatch ela é cortada de forma abrupta, com um ângulo negativo, que gera sensação de velocidade. Os vincos na linha de cintura e na base das portas buscam reforçar essa impressão. E, de quebra, reduzir um pouco a sensação de altura do compacto, que tem bons 1,52 m de altura.Boa parte da tecnologia do Sonic, porém, está fora das vistas: o propulsor 1.6 16V, da mesma linhagem do Ecotec 1.8 16V que vem sob o capô do médio Cruze. Neste caso, ele rende 116 cv com gasolina e 120 cv com etanol de potência, sempre a 6 mil giros, enquanto o torque de 15,8/16,3 kgfm aparece apenas aos 4 mil rpm. O motor tem comando continuamente variável na admissão e no escape e ainda conta com dutos com duas geometrias, uma para bai-xas e outra para altas rotações. O câmbio mecânico tem cinco marchas, enquanto o automático tem seis velocidades, com modo sequencial manualO conteúdo do Sonic também tenta respon-der à exigência de tecnologia e sofisticação desse novo público – definido pela GM como jovens solteiros, no caso hatch, e jovens casais no sedã. Só que a maior parte desses itens aparecem apenas na versão mais cara, LTZ. Caso das rodas de liga leve aro 16, do CD com bluetooth e entradas P2 e USB, acabamento em couro, volante multifuncional, sensor de estacionamento e controle de cruzeiro. Na versão hatch sai a R$ 48.700 com câmbio mecânico e R$ 53.600 com automático. O sedã sai, na mesma ordem, a R$ 51.500 e R$ 56.100. Já na versão inicial LT, o modelo é sempre com câmbio manual e custa R$ 46.200 na configuração hatch e R$ 49.100 na sedã. E traz apenas itens triviais no segmento de compactos superiores, como airbags, ABS, ar-condicionado, trio elétrico, direção hidráulica e rodas de liga leve aro 15. São recursos quase obrigatórios e incapazes de emprestar a imagem sofisticada que a Chevrolet busca. Talvez por isso mesmo, a

aposta da marca seja que a LTZ vá responder por nada menos que 70% das vendas.

Primeiras impressõesArmação de Búzios/RJ – Geralmente, o de-sign dos modelos compactos buscam criar a sensação de que seus carros são maiores do que são. No Chevrolet Sonic, a ideia foi outra. A intenção foi valorizar a agilidade e a esportividade, com detalhes que remetem até a motos de alta performance. Neste caso, menor é melhor. Os mais de 4 metros do Sonic hatch e os quase 4,40 m do sedã são camuflados pelos vincos acentuados na lateral e pelas soluções para a última coluna. A plataforma é exatamente a mesma utilizada pelo sedã Cobalt, mas impressão é que o do modelo coreano é bem menor.A dimensão real do Sonic fica evidente do lado de dentro. Na frente, o duplo cockpit envolve bem os ocupantes dos bancos da frente, o que facilita o acesso a comandos e porta-objetos, mas oferece um bom espaço para esticar as pernas. Atrás, além de uma área generosa para cabeça e pernas, há um bom espaço lateral. O terceiro passageiro no banco traseiro fica incomodado mais pela modelagem do assento, que não prevê alguém ali, do que pelo aperto – a largura do modelo é de 1,73 metro. No interior, porém, falta cuidado nos detalhes. A luz do salão se resume à que fica sobre o retrovisor interno, os espelhos de cortesia não têm iluminação individual e há um excesso de plásticos rígidos nos revestimentos.No comando, tem-se à disposição regulagem de altura do banco e o volante tem ainda ajuste de profundidade. Na versão LTZ, o Sonic é razoavelmente completo. Além dos comandos no próprio volante, vários comandos nas hastes que se projetam da coluna de direção. Ali, como no Cruze, a navegação pelos dados computador de bordo requer um movimento incômodo, de torcer um anel na ponta da haste. Além disso, não dispõe de consumo instantâneo, informação interessante para que o motorista possa interagir melhor com o carro atrás de um pouco mais de economia.Já o painel em si é um cluster que traz conta-giros analógico e velocímetro digital.

Parece um tanto acanhado e pequeno, mas as informações estão todas lá. Ou quase. Falta o termômetro do líquido do radiador. No mais, o banco tem boa ergonomia, sustenta bem o corpo nas curvas e o motorista dispõe de um apoio de braço bastante simpático. Há ainda vários porta-objetos espalhados no interior, como porta-copos no console central, porta--trecos no console frontal, porta-garrafas nas portas e bolsa nas costas do encosto do passageiro. O volante de três raios tem bom calibre e um tamanho agradável, o que facilita as manobras.A boa habitabilidade gerada pelo real ta-manho do Sonic exige o preço na hora de acelerar. Os 1.170 kg do carro pesem sobre o propulsor 1.6 16V, que dispõe da totalidade dos 116/120 cv e dos 15,8/16,3 kgfm com gasolina/etanol somente em giros muito altos. Abaixo de 2 mil rpm, há escassos sinais de vigor. E mesmo com todas os recursos para melhorar a distribuição do torque em baixa, como coletor e comando variáveis, ainda falta um pouco de força em situações críticas, como em rampas íngrimes e nas arrancadas mais firmes.Como tem seis velocidades, o câmbio auto-mático consegue gerenciar os recursos do motor um pouco melhor. Já o mecânico, que tem somente cinco, exige mesmo mãos à obra. Na estrada, porém, os dois se equi-valem. O Sonic, mesmo com plena carga, transita com facilidade em velocidades de cruzeiro bem aceitáveis, em torno de 120 km/h. As retomadas também são boas e ele ainda mostra bastante agilidade, desde que não se tenha preguiça de recorrer ao câmbio. No caso da transmissão automática, o melhor é deixar que ela se vire sozinha, já que o modo manual é pouco amigável. A troca é feita através de um botão que exige uma pequena contorção da mão – pois fica na lateral interna da alavanca, exatamente como na Captiva. Na verdade, o recurso de mudanças sequenciais não tem muito crédito com a GM. A própria marca diz que é um fator importante para reduzir a rejeição ao câmbio automático, mas depois que o carro sai da concessionária, dificilmente é será utilizado pelo consumidor.

por eDuarDo roCHa/auTo press

fotos:eduardo rocha/carta Z Notícias

veículos

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A Rolls-Royce vendeu essa se-mana seu primei-

ro carro no Brasil. O Ghost pintado em azul perolizado, chamado pela marca de “luna blue”, e com o capô em alumínio escovado foi o presente de aniversário de um filho endinhei-rado para seu pai – o nome do comprador não foi divulgado. O modelo, cotado em R$ 2,3 milhões, usa um motor V12 biturbo de 6.6 litros, 563 cv e 60 kgfm de torque. A unidade é a primeira das 15 que a marca pretende vender no Brasil em 2012.

por auGusTo paL aDino

foto: divulGação

Presente de luxo

Rolls-Royce Ghost

veículos

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Em geral, a presença das fabri-

cantes em competições é mais

uma questão de exibição do que

de desenvolvimento. Dificilmente ha-

verá uma utilização do que se aprende

nas pistas nos modelos de produção

em massa. Entretanto, o Mundial de

Motocross tem uma singularidade: os

veículos usados nas corridas são vendidos

para o público interessado em encarar

trilhas. Mesmo que tragam consigo uma

alta dose de tecnologia embarcada, os

preços são altos mas não proibitivos.

Variam de R$ 10 mil a R$ 36 mil, de-

pendendo da procedência e cilindrada.

São motos feitas especialmente para o

fora-de-estrada e que não trazem nada

de semelhante com os modelos que vão

para as ruas.

Hoje existem duas categorias principais

do Mundial. A MX2 é a de entrada, com

motos de motores de quatro tempos

com até 250 cc ou dois tempos de 125

cc. A principal é a MX1, com modelos

de 450 cc ou 250 cc com dois tempos.

São 17 etapas ao longo do ano, com o

final no dia 30 de setembro, na Bélgica

– país com grande tradição no esporte.

A MX3 é menos popular. Conta com

motos de 650 cc e tem apenas 11 etapas.

Sete marcas participam do torneio. As

japonesas Honda, Yamaha, Suzuki e

Kawasaki, a austríaca KTM, a italiana

TM e a sueca Husqvarna – presente

apenas na MX2.

No último final de semana, nos dias 20

e 21 de maio, na cidade de Penha, em

Santa Catarina, o Beto Carrero World

recebeu a quinta etapa do torneio or-

ganizado pela Federação Mundial de

Motociclismo. No espaço do parque

de diversões, foi montada uma pista

de 2.050 metros. O público esgotou

os mais de 20 mil ingressos para os

dois dias de competição e viu o inglês

Tommy Searle e o francês Christophe

Pourcel dominarem as provas na MX2

e MX1, respectivamente.

Mecanicamente, a principal diferença

das motos que participam do mundial

é o quadro. Todo feito de alumínio,

ele prioriza o baixo peso. Tanto é que,

toda montada, elas pesam pouco mais

de 100 kg. A suspensão também tem

papel importante. Ela é a responsável

por absorver as inúmeras imperfeições

das pistas e ainda amortecer o piloto

nos imensos saltos realizados. “Essa é a

parte mais importante. Uma suspensão

bem calibrada é 60% das motos de mo-

tocross”, quantifica José Luiz Terwak,

gerente de pilotagem da Motor Honda

do Brasil. Para poder acertar melhor a

dianteira, é possível fazer um ajuste fino

com até 40 níveis diferentes, tanto na

parte superior, perto do guidão, como

mais próximo do eixo.

Os motores também são feitos especial-

mente para as motos de off-road. Por não

terem limites de emissão ou compromisso

com consumo, os propulsores são muito

mais fortes do que um correspondente

de mesmo tamanho. Os números não

são divulgados oficialmente, mas as de

250 cc têm potência próxima aos 40 cv

e a de 450 cc fica perto dos 50 cv. Uma

moto de rua com os mesmos 250 cc tem

cerca de 22 cv. A transmissão é conven-

cional, manual de cinco marchas, mas

tem as relações encurtadas. Apesar de

não parecer para quem presencia uma

competição, existe um limite de ruído,

medido antes de cada etapa. Os freios

são mais eficientes, com diâmetros su-

periores. O cabo do dianteiro, por sinal,

é feito com uma material aeronáutico,

que pode controlar a sua própria dila-

tação. O escapamento é feito de uma

mistura de titânio e fibra de carbono

para maior resistência. “Além de tudo

isso, um componente muito importante

é o preparo físico do piloto. Como a

potência é alta e a moto é leve, é preciso

força nos braços e nas pernas para não

virar passageiro”, adiciona José

Luiz, da Motor Honda.

por roDriGo MaCHaDo/auTo press

fotos:divulGação

veículos

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por auGusTo paLaDino

Notíciasautomotivas

Tá chegando – Cerca de um mês antes de ter sua produção iniciada em Sorocaba, no interior de São Paulo, o Toyota Etios já deu as caras na África do

Sul. O compacto da marca japonesa já havia sido lançado na Índia em 2010 e tem como alvo mercados emergentes, como o Brasil. Da nova fábrica paulista, deverão sair 70 mil unidades anuais para abastecer a América do Sul e Central. Ainda não foram confirmados detalhes técnicos da versão brasileira, mas no país africano tanto o hatch quanto o sedã usam um motor 1.5 litro de 90 cv e têm preços equivalentes a R$ 30 mil – abaixo da faixa estimada para o Brasil, especulada em R$ 35 mil.Sensibilidade inglesa – A Mini resolveu adicionar um pouco de consciência ambiental em seus modelos mais potentes, da gama John Cooper Works. Todas as variantes passam a contar na linha 2013 com sistema stop/start e freios regenerativos, que ajudam a recarregar a bateria. Além disso, os pistões são novos e a câmara de combus-tão foi ligeiramente alterada para melhorar a queima do combustível. As mudanças não afetaram a potência de 211 cv do motor 1.6 turbo – apenas o Countryman JCW tem 218 cv –, e ajudaram a reduzir o consumo médio em cerca de 10% em todos os modelos. As transformações servem para enquadrar os esportivos, mais poluentes, nas normas de emissão de gases que entrarão em vigor em 2013 na Europa.Votos renovados – Apesar de ter rompido relações com a Tata, a Fiat não deverá ficar de fora do mercado indiano por muito tempo. O grupo italiano estuda estreitar a par-ceria com a Suzuki, que detém uma enorme participação na Índia graças à união com a indiana Mauriti. Ainda não se sabe como a Fiat fará para vender no país asiático – a

marca vendia seus modelos nas concessionárias da Tata por lá –, mas a julgar pelo histórico de cooperação entre as marcas, é possível que a italiana ofereça seus carros com emblemas Suzuki e até mesmo desenvolva novos projetos específicos para mercados em desenvolvimento. Casa nova – Após acertarem os últimos detalhes da união, PSA e GM anunciaram a construção de uma fábrica conjunta no Brasil. A unidade, que deverá ser instalada no Sul do estado do Rio de Janeiro, produzirá quatro modelos – dois de cada fabricante – a partir de plataformas comuns. O investimento chega à casa de 1 bilhão de euros – cerca de R$ 2,6 bilhões. As instalações ainda não têm data para começar a ser construídas ou entrar em funcionamento. Abaixou geral – O Governo Federal mal anunciou os cortes no IPI para carros vendidos no Brasil e a JAC Motors já liberou a nova tabela de preços para seus modelos. O hatch J3 caiu de R$ 37.900 para atraentes R$ 34.990, enquanto a versão sedã passa a custar R$ 36.990. O sedã J5, lança-do recentemente por R$ 53.800, agora é vendido por R$ 49.990. Até mesmo a minivan J6 foi beneficiada com uma redução que chega a R$ 3.910, e reduz o preço da versão de cinco lugares para R$ 51.990 – com sete lugares, a minivan passa aos R$ 53.990, bons R$ 5.510 a menos que antes.Novidade nas pistas – A GM confirmou que fará uma nova geração do esportivo SS nos Estados Unidos. O modelo usará a plataforma do australiano Holden Com-modore VF e tem estreia prevista para 2013. A primeira missão do novo carro será servir de base para a NASCAR e substituir o Impala – outro que ganhará nova geração. O motor será um V8 de 6.2 litros, 432 cv e 58 kgfm de torque enviados às rodas traseiras.

– Antes mesmo do

início das vendas,

a nova geração do

Ford Fusion já coleciona

prêmios de design. Dessa

vez, o sedã levou o Geno

Ritvo 2012, concedido pelo

voto de designers, que des-

creveram as linhas do modelo

como “revolucionárias” para

o segmento. O carro foi

mostrado no último Salão

de Detroit, em janeiro, e será

tanto o Fusion vendido nos

Estados Unidos e América

Latina, quanto o Mondeo

vendido na Europa – são o

mesmo carro, mas com nomes

diferentes. Por enquanto,

está confirmada a produção

nas fábricas de Michigan,

nos Estados Unidos, e em

Hermosillo, no México, de

onde sai o atual carro.

por auGusTo paLaDino

foto: divulGação

Desenho premiado

Ford Fusion 2013

veículos

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