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Bragança Paulista Sexta 2 Novembro 2012 Nº 664 - ano XI [email protected] 11 4032-3919 jornal do meio

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Edição 02.11.2012

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B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta2 Novembro 2012Nº 664 - ano [email protected]

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Li e vi reportagem a respeito de um Estado Americano em que foi aprovada lei que

permite castigo a alunos (menores) indisciplinados. É a palmada americana. Recentemente tivemos, aqui, discussão sobre projeto de lei federal que veda a palmada contra menores, a pretexto de reprimir, castigar, repreender por indisciplina. A matéria, em dezem-bro de 2011, estava na Câmara dos Deputados e deveria seguir para o Senado Federal.Não vou me ocupar em escrever sobre a pertinência de uma ou de outra lei. Mas, retiro delas uma questão sobre a qual já escrevi e que, a meu sentir, está na raiz do grave problema da indisciplina de crianças e adolescentes que emerge da má educação. Essa questão é o tempo. O tempo que pais e responsáveis dedicam às suas proles.Diz a sabedoria antiga que eu dedico tempo àquilo que me faz bem, àquilo que é de minha responsabilidade. Dedico tempo àquilo que cativei e/ou que me cativou. Dedico tempo àqueles que amo. Educação exige tempo. Tempo no sentido prático da vida, no sentido mais claro do termo: momentos de dedicação. Segundos, minutos, horas, dias e assim vai. Traçamos tantos parâmetros e objetivos para nossas vidas, que o tempo passou a ser um desafio. Dá a impressão que o relógio corre mais rápido do que

antes. Guardamos a sensação de que temos menos tempo disponível do que antes. Já ouvimos alguém falar, ou nós mesmos já falamos assim: na minha juventude, o tempo parece que passava mais lento. Os dias têm a mesma quantidade de horas. As horas têm a mesma quantidade de minutos. Os minutos, igualmente, têm a mesma quantidade de segundos. A semana continua com sete dias. Os meses, variando um pouco, têm 30 dias. A cada seis anos, ajustamos a contagem de nossas horas ao tempo do sol, e incluímos um dia a mais ao mês de fevereiro. Aumentando um pouco a lente de leitura, constatamos que os anos continuam tendo doze meses. Os séculos continuam contados a cada cem anos. Parece-me que a sensação de que o tempo é mais curto está diretamente ligada a quantidade de “coisas” a que nos dedicamos, especialmente o trabalho. Por isso é que temos, segundo percebo, a sensação, às vezes verbalizada, de que o tempo é curto. O tempo encurtou. Para aqueles tantos que guardam um ritmo de vida mais lento, o tempo passa também mais lento. Há tempo para tudo. Inclusive para o necessário ócio. Como tudo que é exagero é ruim, ócio demais também não é bom. Mas ter momentos de ócio é fundamental, já constaram antigos filósofos.Mas a questão de fundo a que remeto você, leitor(a), é a do tempo que se

dedica hoje aos filhos. Sem tempo dedicado, impossível educar, fazer “crescer” e crescer bem. Sem tempo, não se brinca com os pequeninos. Sem tempo, não se contam histórias. Sem tempo, não se acompanha, nem se auxilia nas lições da escola. Sem tempo, não se conversa sobre o que aconteceu no dia do(a) pequenino(a). Tempo é fundamental. E sem empenho, sem escolha, não se encontra tempo. Não se dedicando tempo, os pequeni-nos crescem distantes de nós. Quase que nos desconhecendo, e nós a eles. Quando percebemos, eles já estão engatinhando, já estão andando, já estão começando a falar. Quando percebemos, já estão escrevendo e lendo, conquistando amigos. Cresce-ram. E o que fizemos com o tempo dedicado a eles? Destaco o tempo como sendo a ma-terialização do carinho, do compro-misso que devemos ter com nossas proles. Dizer que ama, mas não dedicar tempo é uma contradição. É o mesmo que não dizer nada. Pior, não dedicar tempo é o mesmo que não sentir nada por alguém. Mas e a correria do dia a dia? E meus compromissos? E o meu trabalho? Afinal, é do trabalho que tiro recursos para dar à prole condições de vida! A sensação que tenho é que nos acostumamos e fomos induzidos a estabelecer necessidades que, na verdade, eram apenas vontades,

sonhos, muitos deles, introduzidos artificialmente . E começamos, não faz muitas décadas, a justificar nossa dedicação ao trabalho (especialmente ao trabalho) a partir das necessidades que dizemos ter de conquistar isso ou aquilo, de manter isto ou aquilo. Vontades, desejos ou sonhos passa-ram a ser tidos como necessidades. Necessidades exigem dedicação a algo que me propicie ganhos, com os quais conquistarei, atenderei a essas necessidades. E tudo se justifica a partir daí. Dessa lógica perversa que fomos chamados a aderir. E que muitas vezes aderimos. O fato é que tudo isso exige tempo, tempo muitas vezes roubado de nossos filhos. E o tempo repercute na educação. E a educação repercute na conduta social dos filhos. E a rebeldia, a intolerância, a incapacidade de dialogar, de dividir, de compartilhar passam a se fazer presente no dia a dia das crianças e adolescentes. E a violência surge, inevitavelmente ela surge. E surge nas escolas com uma força indo-mável. Vitimam colegas, professores, funcionários. Mas surge também nas próprias casas: é violência com os pais, avós, irmãos, amiguinhos(as). Aí aparece a reação familiar: as palma-das, afinal, é preciso conter os ânimos, as rebeldias. É preciso reprimir. É preciso “educar”. Aí aparece a reação social: a palmada na escola, local único de convivência externa para muitos

pequeninos. Essas “alternativas” não me parecem ser outra coisa senão a confirmação de uma catástrofe: a par-tir das famílias, não se tem dedicado tempo aos filhos, como materialização do afeto e do compromisso. Falta tempo, falta educação, falta afeto, falta presença marcante. E surgem inevitáveis problemas. Minha provocação impertinente de hoje é dirigida aos pais, avós, responsáveis por nossas crianças: que temos feito do tempo? Que tempo temos dedicado a esses pequeninos e pequeninas? Que quantidade e qualidade tem esse tempo? Oxalá estejamos dispostos a pensar nisso. Oxalá nossas respostas, para nós mesmos, sejam as melhores possíveis e esta provocação seja im-pertinente por sua desnecessidade. Não ficarei triste se esta provocação à reflexão se mostrar infundada e desnecessária.

desembargador miguel ÂNgelo braNdi jr

Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da

direção deste orgão.

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.

Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

para pensar

Em virtude das férias do Mons. Giovanni Baresse, a coluna Para Pensar terá a colaboração do Desembargador Miguel Ângelo Brandi Jr.

Os pequeninos e o tempo

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Entramos num período bastante turbulento no que diz respeito aos raios. Na realidade, os raios são mais intensos no verão, porém, o Planeta está desregulado com relação ‘as estações do ano, e

percebemos até as quatro estações num único dia.

O que é o raio?Ainda hoje, “apesar de todos os avanços da ciência em vários aspectos, o conhecimento sobre as descargas at-mosféricas é limitado”. Atualmente, dominamos técnicas avançadas de proteção e análise dos efeitos dos raios, mas sabemos pouco sobre diversos aspectos físicos envolvidos no fenômeno, como é o caso das descargas que partem da nuvem para a estratosfera, por exemplo. Na formação do raio é estabelecido um canal condutor entre nuvem e solo, que ocasiona o fluxo de corrente in-tensa. Isso gera o aquecimento do canal, causando efeito luminoso intenso, o relâmpago, e deslocamento do ar com forte efeito sonoro, o trovão. Como a velocidade da luz (300 milhões de m/s) é muito maior que a do som (300 m/s), percebemos o relâmpago segundos antes do trovão.O que é o trovão ?As ondas sonoras geradas pelo movimento das cargas elé-tricas na atmosfera são denominadas trovões. O trovão é resultado da rápida expansão do ar em virtude do aumento da temperatura do ar por onde o raio passa.Qual o poder destrutivo de uma descarga atmosférica? As descargas atmosféricas apresentam um alto poder destrutivo, dada a corrente do raio ,de 2 a 200 mil ampe-res ,( a titulo de comparação imagine que sua residencia normalmente possue disjuntores de no maximo simples 50 amperes) apesar de sua curta duração, cujo período crítico na faixa de dezenas de microssegundos. Entretanto só uma parcela da energia disponível no raio é que irá atingir as diferentes unidades consumidoras da rede de baixa tensão: residências, escolas, hospitais, indústrias, estações de telecomunicações, escritórios, etc.Esses “raios” podem causar destruição de residências que venham a ser atingidas e freqüentemente causam “explo-são” de transformadores da rede de energia elétrica, além de danos eletrodomésticos, mesmo que tenham caído a longa distância das residências.

O que é surto elétrico? Ao atingir a rede elétrica direta ou indiretamente, os raios causam aumento súbito da tensão (voltagem). Esse fenômeno é chamado de surto elétrico, que se propaga até encontrar um ponto de passagem até a terra. Esse ponto de passagem pode ser o eletrodoméstico ou aparelho

eletrônico de sua casa, que nesses casos podem sofrer danos irreparáveis. Como proteger os aparelhos elétricos e eletrônicos?Em termos objetivos e práticos, a melhor medida é des-ligar os aparelhos das tomadas, nos momentos de queda de raios, os quais duram pouco tempo, mas provocam danos enormes.Procure instalar protetores de surto nos equipamentos instalados em seu patrimônio, pois a função destes pro-tetores é se auto-destruirem ao receberem uma descarga.Também é recomendável a contratação de seguro contra danos elétricos, até porque, mesmo com todas as prote-ções possíveis e imaginárias, quando a descarga é muito próxima, não existe nada no mundo que elimine os efeitos destruidores da absurda e elevada corrente elétrica das mesmas..

Tempestade com raios! O que fazer?•Evite ficar perto de cercas de arame, grades, tubos me-tálicos, linha telefônicas e de energia elétrica, bem como de estruturas metálicas. •Fique longe de tratores, motocicletas e bicicletas; e se estiver no automóvel, fique dentro dele com as janelas fechadas. •Não fique em campos abertos, pastos, campos de futebol, lagos, descampados. •Proteja-se dentro de casas, automóveis, ou edificações que tenham Pára-Raios. •Jamais procure abrigo sob árvores, principalmente se elas estiverem isoladas ou em campo aberto. •Fuja do topo de morros e locais altos. •Se estiver na praia ou na piscina, saia imediatamente e procure um lugar seguro. •Estando em uma casa sem um bom sistema de Pára-Raios, evite ficar próximo de janelas metálicas, geladeiras, televi-sores e de uma maneira geral próximo de tomadas elétricas. •Deixe para tomar banho após a tempestade ter passado. •Evite usar o telefone convencional e o celular. •Não ligue aparelhos e motores elétricos. •Desligue da tomada os aparelhos eletrônicos como tele-visão, som e computador.. •Não fique ao ar livre durante tempestades, a menos que seja necessário. Procure abrigo dentro de prédios, veícu-los ou outras estruturas ou locais que oferecem proteção contra raios. •Certos locais são extremamente perigosos durante tem-pestades, devendo ser evitados de qualquer maneira. Ao se pressentir a aproximação de tempestades com raios, deve-se agir logo para se afastar dos seguintes locais:

-Tratores ou outras máquinas agrícolas em campo aberto;-Motocicletas, bicicletas, carroças, etc.; -Barcos abertos sem mastros com proteção contra raios;-Campos abertos, campos de futebol, de golfe-Piscinas, lagos, lagoas e praias; - Proximidades de cercas de arame farpado, varais, linhas de transmissão e trilhos de trem; - Árvores isoladas, postes e mastros; - Topo de elevações ou morros; - Cabanas cobertas com sapé, pequenos depósitos rurais contendo palhas secas e choupanas; - Montículos, como cupim; o Carrocerias abertas de caminhões.* No caso de tratores ou máquinas com cabines metálicas fechadas não há com que se preocupar.• Nem sempre é possível achar locais que ofereçam boa proteção contra os raios. Siga então as seguintes regras quanto à seleção de locais: o Procure florestas densas - evite árvores isoladas;regiões baixas; abrigo mesmo em casas ou cabanas em áreas baixas; procure abrigo em encostas situadas no sentido oposto de onde chegam as nuvens carregadas.• Estando em casa ou apartamento (ou escritório) nas cidades não há com que se preocupar. Tranqüilize-se, lembre-se que o estampido de um trovão nas proximida-des não provoca por si nenhuma consequência danosa. Procure permanecer nas salas de estar, salas de jantar, quartos (ou escritórios) e continue seus afazeres com tranqüilidade. Seria conveniente, entretanto, evitar locais contendo chaminés, lareiras, aparelhos elétricos diversos, canalizações (de água, gás, conduites), tubulações de ar condicionado e outras massas metálicas. Isso se encontra com mais freqüência em banheiros, cozinhas e lavanderias. Se possível, não use o telefone durante as tempestades com raios.

Até a próxima

Valmir aristides, consultor de segurança e fundador da eco sistema eletrônico ltda- empresa especializada em tecnologias e soluções em segurança.Formado em eletrônica sendo que sempre atuou na área técnica nas empresas ibm – international business machines e itt- international telegraphs & telecomunications.Fundador / presidente da reb -pm rede de emergência bragan-tina na policia militar.Atuou por 2 anos como diretor do spc- serviço de proteção ao credito na câmara de dirigentes lojistas de bragança paulista (cdl)

por Valmir arisTides

Proteja-se dos raios!

olho vivo - dicas de segurança

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Em outubro foi comemorado o cha-mado “Outubro Rosa”, movimento popular conhecido internacionalmen-

te pelas campanhas de prevenção ao câncer de mama. Já entramos em novembro, mas o assunto merece – e precisa – continuar a ser debatido. De acordo com o médico mastologista Dr. Anastasio Barrettini Junior, a situação em Bragança Paulista é alarmante. “De acordo com órgãos oficiais, não existem números sobre pa-cientes com câncer de mama no nosso município. Porém na prática, encontramos 80% das pacientes com diagnóstico de câncer de mama em estádio clínico III e IV (avançados), onde o índice de cura é em torno de 10%. São níveis comparados aos países africanos e os países asiáticos mais pobres,” afirma o médico. Dr. Anastasio atende no AME, em Atibaia. Segundo o que contou ao Jornal do Meio, ele conseguiu notar uma diferença grande de Bragança em relação às demais cidade atendidas pelo Ambulatório Médico Espe-cializado, no que diz respeito às pacientes diagnosticadas com câncer de mama. “O AME atende 19 cidades e Bragança está bem atrás das outras”, afirma. “Enquanto as pacientes das demais cidades chegam até o ambulatório em estado inicial da doença, onde a chance de cura é de 98%, a grande maioria das pacientes vindas de Bragança chegam já em estado clínico avançado”, alerta. De o acordo com o mé-dico, o comparativo pode ser realizado no AME pelo fato de o ambulatório atender diversas cidades. Mas o percentual de diagnósticos avançados em Bragança é preocupante independente de onde a pa-ciente seja atendida. “A situação é crítica em Bragança, e isso independe de nível social”, afirma.

Mamografia“A campanha Outubro Rosa acontece há 10 anos e tem o intuito de conscientizar sobre a importância do diagnóstico preco-ce”, explica. Mas, infelizmente, segundo o médico, Bragança precisaria de uma cam-panha local efetiva para mudar a realidade. “Não depende só da área médica, depende também das pacientes”, fala. “No AME é possível conseguir uma consulta em 30

dias,” avisa. “O ambulatório de especiali-dades tem um mamógrafo, mas é pouco usado por falta de paciente”, conta. “Mas muitas não se consultam por medo”, fala. “As mulheres precisam se conscientizar que a mamografia tem que ser feita uma vez ao ano, a partir dos 40 anos de idade. Se já houver casos antecedentes na família, então é preciso começar aos 35 anos”, diz.

“Para um tratamento de uma mulher com câncer de mama em estádio III e IV, gasta-se o mesmo que realizar mamografia em 2000 pacientes”, afirma o médico. “Esperamos que as novas autori-

dades do nosso município não brinquem apenas de enfeitar a cidade de rosa, mas que assumam o real compromisso de lutar contra esta terrível doença, pois o diagnóstico precoce é a única esperança”, enfatiza. “Penso em realizar campanhas com os filhos e filhas nas escolas para orientação das mães”, fala. “Conscienti-zando os jovens, eles reforçarão em casa sobre a importância da mamografia”. Em relação ao auto-exame Dr. Anastásio explica que nem existem mais campanhas sobre isso. “Chegou-se a conclusão que essas campanhas não ajudaram em na-da”, diz. “Durante 10 anos, o Ministério da Saúde incentivou de maneira intensa o programa de Auto-Exame das Mamas. Muitos centros de tratamento de câncer se envolveram nesta causa e criaram cam-panhas, desfiles de moda, corridas de rua e roupas, onde o objetivo era conscientizar sobre o diagnóstico de câncer de mama. E resultado foi que não houve aumento no diagnóstico precoce e estas medidas causaram fobia na população feminina, fato é que a campanha foi abolida pelo Ministério da Saúde”. Muitas mulheres, ao invés de serem incen-tivadas a procurarem um médico a partir das campanhas do auto-exame, passaram a evitar os consultórios, por medo de serem diagnosticadas com a doença. “Em outros casos, as pacientes faziam o auto-exame e não achavam nada e por isso não procura-vam o médico. Mas alguns tumores só são encontrados com a mamografia”, diz. “A realização da mamografia é a forma mais efetiva na descoberta de tumores de mama de pequeno tamanho, onde os índices de cura são elevadíssimos”, afirma. “Durante o

Congresso Mundial de Mastologia, o médico italiano Umberto Veronesi, candidato ao Prêmio Nobel de Medicina devido aos seus estudos que revolucionaram o tratamento da do câncer de mama, mostrou dados em que pacientes com tumores menores de 1 cm, que são diagnosticados somente na mamografia, apresentaram índice de cura de 98,4%”, conta. “Outro dado importante apontado no último Congresso foi de que a mortalidade do câncer de mama está em queda, em todas as faixas etárias até os 70 anos, devido ao diagnóstico precoce e às novas terapias. Porém, nas mulheres acima de 70 anos, a mortalidade tem aumentado”, fala.

Riscos“Apenas 5% das pacientes que desen-volvem o câncer de mama é por fator genético”, explica. “Em 95% dos casos são por causas esporádicas”, fala. “Obesi-

dade, cigarro e a falta de amamentação e gravidez aumentam o risco”, explica. Mas isso não quer dizer que toda mulher tem que engravidar e amamentar para evitar o câncer de mama. Ser mãe deve ser uma opção de cada mulher. Mas realizar a ma-mografia periodicamente é uma obrigação que cada uma deve ter com a própria saúde. “Engravidar antes dos 25 anos funciona como fator preventivo. Mas somente a mamografia realizada anual-mente é o realmente que vai prevenir”, fala. “Falo para minhas pacientes que descobrir no início é sorte, porque só assim é possível realizar um tratamento eficaz”, diz. “A chance de cura de um tumor descoberto em estágio inicial é de 98% de cura”, enfatiza.Para se informar mais sobre prevenção do câncer de mama, visite o site da Sociedade Brasileira de Mastologia: www.sbmastologia.com.br

colaboração sHel almeida

A realização da mamografia é a forma mais efetiva na

descoberta de tumores de mama de pequeno tamanho, onde os

índices de cura são elevadíssimos

Dr. Anastasio Barrettini Junior

Dr. Anastasio Barrettini Junior. “O AME atende 19 cidades e Bragança está bem atrás das outras”

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Por deboraH marTiN salaroli

Bacalhau Com baixo teor de gordura, mas com uma textura incrívelmente singular, o bacalhau é uma escolha saudável no cardápio. Seu

sabor leve também o torna uma proteína versátil, por isso o bacalhau pode estrelar ao lado de qual-quer tipo de receita, como uma massa italiana com molho de tomate simples ou acompanhado de batatas assadas.Por que esperar por datas especiais para provar este peixe tão saboroso? Vamos, aventure-se já!Como dessalgar o bacalhauO bacalhau é geralmente vendido salgado. Antes de o empregar deve-se, portanto, tirar o sal, deixando-o de molho em água gelada abundante durante uma noite e trocando de água sempre que possível. Use sempre água gelada e conserve durante esse período na geladeira. Perceba só o tempo de dessague, que depende da altura das postas:-Bacalhau desfiado: 6 horas (trocar a água de 3 em 3 horas)-Postas normais: 24 horas (trocar a água de 6 em 6 horas)-Postas grossas: 40 horas (trocar a água de 8 em 8 horas)-Postas muito grossas: 48 horas (trocar a água de 8 em 8 horas)-Lombos muito grossos: 72 horas (trocar a água de 8 em 8 horas)

Bacalhau com grão de bicoUma entrada completa, chique (não é?) e mais que deliciosa...Desta vez economizei um pouco ($$$) e comprei lascas de bacalhau. Sabe que me surpreendi pela qualidade do peixe, vendido em pedaços bem carnudos, sem espinho algum! As postas inteiras, muito utilizadas para preparação de pratos assados (R$40,00/kg) foram substituídas desta vez por esse bacalhau já em pedaços (R$18,50/kg). De qualquer maneira, eu iria desfiá-los, portanto, pra quê investir em algo mais caro?!?Além disso, dessalgar as lascas de bacalhau é muito mais rápido.Lavei bem 1kg de bacalhau em lascas, retirando todo excesso de sal. Deixei de molho de um dia para o outro, trocando sua água sempre que me lembrava.Também cozinhei 300g de grão de bico na panela de pressão por uns 20 minutos (se necessário, pode deixar mais tempo). Esperei amaciar bem, sem perder seu formato. Depois de frio, retirei sua pele, pois estava com paciência para isso! Mas não é preciso fazer isso não, pura ‘neura’ minha!No dia seguinte, fervi rapidamente o bacalhau por uns 10 minutos apenas, para amaciar o peixe.Enquanto isso, fatiei 1 pimentão vermelho e 1 pimentão amarelo (um charme só!). Coloquei uma

caneca de água para ferver e joguei por cima dos pimentões, apenas para amolecer um pouco.Misturei o bacalhau desfiado grosseiramente em grandes lascas com os pimentões, um maço de salsinha picadinha, azeitonas pretas sem caroço em rodelas, o grão de bico, 2 colheres de mostarda, suco de 1 limão espremido, sal, pimenta do reino e 1/2 xícara de azeite.Levei à geladeira para resfriar até o momento de servir.Então reguei com mais azeite e levei à mesa.Uma excelente sugestão para petisco ou entrada para uma refeição.

Bacalhoada à modaMais uma receita de bacalhau?NÃO... Esta aqui não é ‘mais uma’ , mas sim ‘a receita’ de bacalhoada!Fantástica! Modéstia à parte (sorry!), os elogios chegam sempre.Simples e com sabor marcante...

1 kg de bacalhau de boa qualidade, dessalgado 1 ½ kg batatas grandes em rodelas2 batatas doces em rodelas3 cebolas fatiadas5 folhas de couve rasgadas4 tomates em rodelas1 pimentão vermelho em rodelas1 pimentão verde em rodelas1 cabeça de alho inteira (descascar)pimenta-do-reinosalsa picada250ml de azeite de boa qualidade100g de azeitonas pretas grandes1 ovo cozidoO bacalhau (já dessalgado) deverá ser primeiramente aferventado. Não deve ser fervido, levado apenas em fogo brando e rapidamente, por 5 minutos. Senão ele fica borrachudo e sem sabor. Tire as espinhas que houverem, sem desmanchar suas lascas.Num refratário grande untado com azeite, acomode em camadas algumas rodelas de tomate, batatas cruas (as doces também), as cebolas, o bacalhau em postas, a couve, os pimentões, dentes de alho inteiro (ficam deliciosos, meio adocicados e dão um sabor especial - acredite!), azeite, sal (bem pouquinho; cuidado para não deixar salgado demais) e algumas azeitonas sem os caroços. Repíta essas camadas até que acabem todos os ingredientes. Veja se a travessa ficou com azeite até a metade. Complete com mais azeite, caso seja necessário.Enfeite com azeitonas pretas inteiras, feche com papel alumínio e leve ao forno médio por 1 hora. Momentos antes de servir, veja se as batatas estão bem cozidas, retire o papel e deixe dourar.Corte o ovo cozido por cima ao levar à mesa.

Há diversas modos de preparo para a bacalhoada. Minha avó costumava fazer assim, desse jeitinho. Se for pensar bem, todas as receitas são em cama-das, mas umas levam ao forno e outras na panela. Os ingredientes podem mudar, acrescentamos umas coisas, retiramos outras, mas a essência é a mesma!!! Bacalhau com batatas e muito azeite... Uma verdadeira delícia!

Bolinho de bacalhauPara aproveitar as sobras de bacalhoada, que tal um bolinho de bacalhau?Esse aqui eu adaptei de uma outra receita que já faço há muito tempo.

Cozinhei 3 batatas, espremi e juntei com 1 xícara de bacalhoada processada e bem moída. Caso você não tenha sobra de bacalhoada, apenas utilize 200g

de bacalhau dessalgado e fervido por 5 minutos.Adicionei 1 ovo inteiro, salsinha picada, 1 colher de amido de milho e acertei o sal.Deve ficar numa consistência de massa pegajosa. Se preciso, coloque mais 1 colher de amido; mais que isso não, senão fica com sabor alterado.Leve à geladeira antes de fritar por imersão.

DeborahDeborah martin salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.Delicias1001.Com.Br recheado somente de receitas testadas e aprovadas.Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para [email protected]

bacalhau a portuguesa

bolinho de bacalhau

Fotos: Daelícias 1001

Delícias 1001

Para qualquer tipo de ocasião

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Foi com muita alegria que fotografei a fes-

ta de 15 anos desta linda menina camada

Letícia Luzia. Uma garota encantadora e de

um sorriso lindo, que sabe o que quer e tem

muito bom gosto. Sua festa foi uma alegria

só! Aconteceu no salão de festas do IEST

totalmente lotado pelos amigos e familiares.

A decoração estava impecável com flores em

tons de rosa e branco. Na mesa principal um

belíssimo bolo com um topo personalizado

e muito docinhos finos todos fartamente

distribuído pela mesa.

A festa já começou com a primeira entrada da

aniversariante onde ela e suas amigas fizeram

uma apresentação de dança com coreografia

montada pela própria Letícia. Foi uma ver-

dadeira loucura onde todos os convidados

curtiram cada momento.

Depois, lá pela meia-noite, houve a segunda

entrada triunfante da Letícia Luzia. Ela foi

ovacionada pelos convidados! No centro da

pista de danças fez uma linda homenagem à

mãe e a avó. Todos emocionaram com a delica-

deza da Letícia. E depois dançou lindamente

uma valsa com os familiares mais próximos.

E, finalmente o príncipe com fardão e tudo,

conduziu Letícia noutra valsa para apagar

as velas. Foi lindo! Na sequencia todos can-

taram o tradicional “Parabéns à você” com

muita energia e alegria. Houve também uma

homenagem que as amigas mais próximas

fizeram a ela. Todas se emocionaram pela

alegria da Letícia.

Depois, com a terceira troca de vestido, abriu

a deliciosa balada que rolou madrugada à

dentro. Tudo com muita alegria e diversão.

Mais um dia que guardo com muito carinho.

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As motos de luxo no Brasil foram as que menos sentiram a crise mundial. Esse cenário

positivo chamou a atenção da in-glesa Triumph, que era a única das fabricantes europeias de maior re-presentatividade oficialmente fora do “apetitoso” mercado brasileiro. Agora a marca apresenta seu carro-chefe no país, quase um ano depois de anunciar sua estratégia de retorno ao mercado brasileiro, depois de sua saída há três anos. Ela construiu uma nova fábrica em Manaus, no Amazonas, onde vai montar inicialmente a Tiger 800 XC, a versão mais “aventureira” da Tiger 800, de olho na faixa das motocicletas com altas cilindradas. Entre elas, a BMW F800 GS, a mais vendida no segmento de luxo. Além da Tiger 800 XC, a maxi trail Tiger Explorer 1200 será importada. A motocicleta foi lançada em 2010, no Salão de Milão, e chegará à – até agora a única – concessionária da marca em São Paulo ainda em outubro.A big trail é equipada com um moderno motor de três cilindros em linha, com duplo comando no cabeçote e quatro válvulas por cilindro. O propulsor é semelhante ao usado pela esportiva Daytona 675, mas teve o curso dos pistões aumentado para chegar aos 799 cm³ e foi desenvolvido especial-mente para as Tiger. Ele produz 95 cv a 9.600 rotações e o torque chega a 8,0 kgfm, atingidos a 7.850 rpm. A força é transmitida à roda traseira por corrente. Apesar da versão XC ser a va-riante mais voltada ao fora-de-estrada, o motor tem as mesmas especificações do usado pela Tiger 800.Os freios possuem ABS, que pode ser desativado para condução mais precisa no off-road. Mas a moto é tecnologica-mente simples. O quadro é até de aço, que denota relativa simplicidade na estrutura. Não há controle de tração, estabilidade ou uma central eletrôni-ca que permita diferentes modos de condução. Ela é uma moto grande – são 2,21 metros de comprimento. O perfil é agressivo, como na Tiger 800, mas o “sobrenome” XC adiciona traços mais atléticos. A moto recebeu reforços na estrutura para aguentar o uso mais severo e uma roda dianteira maior, de 21 polegadas – ante a de 19 polegadas da Tiger 800 – com pneus mais estrei-tos, de 90 mm de largura. O posto de pilotagem também é mais alto na big trail. O piloto viaja a no mínimo 84,5 cm do chão – há ainda regulagem de altura do assento, que pode chegar a

86,5 cm. No Brasil, a nova moto tem um belo desafio. Encarar de frente a BMW F800 GS, simplesmente o modelo mais vendido da marca alemã – com cerca de 200 unidades mensais. Mesmo com a proximidade do lançamento – a Triumph ainda não divulga sequer a faixa de preços onde a Tiger XC será posicionada –, certamente não será muito distante dos R$ 42.900 que a BMW cobra por sua big trail. Tam-pouco fala do volume da produção em CKD – assim como a rival – na fábrica manauara. Nos Estados Unidos, ambas custam perto dos US$ 12 mil – apro-ximadamente R$ 24.500. Ainda que a moto inglesa seja mais potente que a F800, o torque maior e em menores giros da BMW deve colocar as duas próximas em termos de desempenho. A briga pela grife mais valiosa deverá ser acirrada.

Ficha técnicaTriumph Tiger 800 XCMotor: A gasolina, quatro tempos, 799 cm³, três cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote. Injeção eletrônica multi-ponto sequencial e refrigeração a água.Câmbio: Manual de seis velocidades e transmissão por corrente.Potência máxima: 95 cv a 9.300 rpm.Torque máximo: 8,0 kgfm a 7.850 rpmDiâmetro e curso: 74 mm x 61,9 mm.Suspensão: Dianteira com garfo te-lescópico invertido de alumínio pres-surizado e ajustável, com 220 mm de curso. Traseira do tipo monoshock com amortecedor único de reservatório de óleo remoto e mola, com 215 mm de curso.Pneus: 90/90 R21 na frente e 150/70 R17 atrás.Freios: Dianteiro com discos duplos de 308 mm de diâmetro com pinça de dois pistões. Traseiro com disco único de 255 mm de diâmetro com pinça de pistão simples. Oferece ABS com EBD como opcional.Dimensões: 2,21 metros de compri-mento total, 0,86 m de largura, 1,39 m de altura, 1,56 m de distância entre--eixos e 0,84 m de altura do assento. Peso: 215 kg.Tanque do combustível: 19 litros.Lançamento mundial: 2010.Lançamento no Brasil: 2012.Produção: Manaus, Brasil.Preço nos Estados Unidos: US$ 11.999, o equivalente a cerca de R$ 25 mil.Preço no Brasil: Não divulgado.

por igor macário/auTo Press

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Fotos: Divulgação

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Alguns automóveis chegam ao merca-do valorizando sua versão com preço mais competitivo – aquela que aparece

nos anúncios junto com a frase “a partir de X reais”. Outros optam por mostrar primeiro a versão “top”, que funciona como uma espécie de “cartão de visitas” – deixa uma boa impres-são e uma imagem de modernidade para as versões menos equipadas lançadas a seguir, essas sim responsáveis por ampliar o volume de vendas. Essa será a estratégia adotada na chegada ao Brasil da nova geração do Fusion. A versão topo de linha com tração integral Titanium Ecoboost AWD será a primeira a desembarcar e será o destaque da Ford no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, que acontecerá de 24 de outubro a 4 de novembro. A pré-venda começa esse mês, mas as primeiras 400 unidades só serão entregues em dezembro. O preço fica em R$ 112.900 – o modelo já chega completo e não oferece opcionais. Apresentada no último Salão de Detroit, em janeiro desse ano, a nova geração do Fusion foi lançada esse mês no mercado norte--americano. Assim como na geração anterior, o modelo será trazido para o Brasil da fábrica mexicana de Hermosillo. O sedã também é produzido em fábricas nos Estados Unidos, Bélgica, Rússia e China, e será vendido em 160 países. Encarna bem a proposta estratégica de investir em plataformas globais, iniciada em 2008 com o New Fiesta, que a marca ameri-cana batizou de “One Ford”. Agora, os sedãs Fusion e Mondeo foram unificados e apenas o nome os diferencia. O novo sedã cresceu um pouco em todas as suas dimensões e, segundo a Ford, nenhuma peça do modelo anterior foi aproveitada na geração atual.Com um estilo derivado do conceito Evos, revelado no Salão de Frankfurt de 2011, o novo Fusion apresenta a evolução do chamado Kinetic Design. Mas a semelhança com os sedãs da marca inglesa Aston Martin – que até 2007 pertencia à Ford – é inegável. Os cromados foram usados com moderação. A grade frontal é ampla, ladeada por faróis es-culpidos – que o marketing da Ford chama de “efeito joalheria”. O capô ostenta vincos bem marcados, que dão um aspecto aerodinâmico e ainda compõem um interessante efeito de luz e sombra. No perfil, a linha de cintura ele-vada, o teto em forma de parábola e a traseira curta, em estilo “fastback”, conferem um ar

esportivo. Por trás, o vidro bem inclinado e as lanternas em leds se destacam, enquanto o spoiler na tampa da mala e as saídas duplas de escapamento integradas à saia explicitam o potencial dinâmico. Por dentro, o sedã adota um estilo conserva-dor, mas de alto padrão. Com direito a muitos revestimentos “soft touch”, couros naturais e sintéticos, “black piano” e aço escovado. O amplo porta-objetos à frente da alavanca do câmbio, com vãos laterais para facilitar o aces-so, e a generosa tela LCD de 8 polegadas, dão desejáveis toques de modernidade estilística.A versão Titanium AWD do novo Fusion traz um farto pacote de equipamentos tecnológicos, que inclui itens como alerta de ponto cego, assistência à manutenção de faixa – o volante vibra quando é detectada troca de faixa não sinalizada através das setas –, assistência a estacionamento – o carro identifica se a vaga é adequada e faz todas as manobras, enquanto o motorista apenas acelera e freia – e controle de cruzeiro adaptativo, que freia e acelera o carro de acordo com o trânsito à frente. O teto solar é item de série e o Sync Media System, com GPS integrado, agora está disponível com comandos de voz em português.Para mover a configuração Titanium AWD foi escalado o moderno EcoBoost 2.0 GTDI transversal, que substitui o V6 de 3 litros. Apesar de ter um litro a menos na capacidade, o motor a gasolina de quatro cilindros gera 240 cv – apenas 3 cv a menos que o antigo V6 – e 34,7 kgfm. Para isso, conta com tec-nologias como injeção direta de combustível, turbocompressor e duplo comando de válvulas independentemente variável Ti-VCT. A trans-missão é automática de seis velocidades, com possibilidade de trocas manuais através das aletas atrás do volante.Se o “top” Titanium Ecoboost AWD pinta ainda esse ano nas concessionárias, a versão básica SE, com motor bicombustível Duratec de 2,5 litros, só chega ao Brasil em março de 2013, simultaneamente com a intermediária Titanium Ecoboost FWD, com tração dianteira. No mês seguinte, para reforçar o marketing ecológico, desembarca o Fusion com moto-rização híbrida. Nenhuma das três futuras opções já tem preço confirmado no Brasil.

Primeiras impressõesLos Angeles/Estados Unidos - O consumidor que a Ford planeja conquistar com o novo

Fusion é atualmente disputado por modelos como Hyundai Azera e Sonata, Kia Optima e Cadenza, Volkswagen Passat e Jetta Tur-bo e Toyota Camry, além das versões mais básicas dos sedãs de marcas “premium”, como Volvo S60, Audi A4, BMW Série 3 e Mercedes Classe C. A marca norte-americana imagina que irá atrair também o público que cogita comprar utilitáros esportivos urbanos e estilosos, como Chevrolet Cap-tiva, Volkswagen Tiguan, Hyundai ix35 e Honda CR-V. Para encarar os adversários escolhidos, que são muitos e poderosos, o novo Fusion representa uma agradável evolução generalizada em relação ao mo-delo anterior. Que já apresentava um bom conjunto, embora estivesse nitidamente defasado em termos estilísticos.Em relação ao, a evolução também é clara. Não é difícil achar uma boa posição para dirigir o novo Fusion. O motorista conta com ajuste lombar, ajuste elétrico para dez posições e memória para três diferentes posições de bancos e espelhos, mas todos os assentos do sedã recebem os ocupantes de forma amistosa e relaxante, sempre com espaços generosos. O nível de ruídos a bordo foi reduzido consideravelmente.Se a aparência elegante e dinâmica é respon-sável pelo impacto inicial e a receptividade no habitáculo é sedutora, o novo conjunto mecânico também não deixa nada a desejar. Nas bem sinalizadas vias da cidade de Los Angeles, o motor EcoBoost 2.0, em conjunto com o câmbio automático de seis velocidades, mostrou boa elasticidade e respondeu sem vacilações tanto em baixa quanto em alta rotação. Os 240 cv de potência e o torque de 34,7 kgfm dão e sobram para mover o sedã de forma vigorosa ou pacata, ao gosto do “freguês”. Coerentemente com o trem de força, o acerto de suspensão foi feito para garantir estabilidade numa condução mais esportiva. Como já ocorria na versão AWD anterior, a tração nas quatro rodas oferece instigantes possibilidades dinâmicas ao modelo, dis-pensando maiores intervenções do controle de estabilidade. Para tornar a experiência de dirigir ainda mais divertida, as marchas podem ser acionadas manualmente através dos “paddle-shifts” no volante. E a direção elétrica oferece respostas diretas, além de ser bastante precisa. Pelo conjunto da obra,

não é difícil apreciar carros como o Fusion EcoBoost AWD.

Ficha técnicaFord Fusion Titanium 2.0 EcoboostMotor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.999 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbo. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico.Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré com modo se-quencial e trocas no volante. Tração integral. Oferece controle eletrônico de tração.Potência máxima: 240 cv a 5.500 rpm. Aceleração 0-100 km/h: 7,3 s.Velocidade máxima: 240 km/h.Torque máximo: 34,5 kgfm entre 1.750 rpm e 4.500 rpm.Diâmetro e curso: 87,5 mm x 83,1 mm. Taxa de compressão: 10,0:1.Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amorte-cedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo Multilink, molas helicoidais, amortecedores hidráuli-cos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.Pneus: 235/45 R18.Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBDCarroceria: Sedã com quatro portas e cinco lugares. Com 4,87 metros de comprimento, 1,85 m de largura, 1,44 m de altura e 2,85 m de entre-eixos. Oferece sete airbags: dois frontais, dois laterais dianteiros, dois do tipo cortina e um para o joelho do motorista.Peso: 1.599 kg.Capacidade do porta-malas: 453 litros.Tanque de combustível: 60 litros.Produção: Hermosillo, México.Lançamento mundial: 2012.Itens de série: Ar-condicionado automáti-co, vidros elétricos, travas elétricas, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth, computador de bordo, direção hidráulica, freios ABS, airbag frontais, laterais e de cabeça, sensores de estacionamento, crepuscular e de chuva, bancos em couro, sistema de navegação GPS, rodas de liga-leve em 18 polegadas, volante multifuncional, leds de iluminação diurna, controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo, bancos dianteiros com aquecimento, .Preço: R$ 112.900.

por luiz HumberTo moNTeiro Pereira/auTo Press

Fotos: luiz Humberto monteiro Pereira/carta z notícias

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por augusTo PaladiNo/auToPress

automotivasNotícias

Vedete grandalhona – A Volkswagen não deve levar a nova geração do Golf para o Salão de São Paulo. Assim, para dar um ar de novidade ao seu

estande, a marca alemã vai expor a primeira versão especial da Amarok, chamada de Canyon. O modelo começou como um conceito, mas teve produção confirmada recentemente. A Amarok Canyon tem um apelo maior para o fora-de-estrada graças à suspensão elevada, pneus off-road, faróis auxiliares no teto e outros detalhes no interior. O motor, no entanto, é o 2.0 TDI de 180 cv e 40,8 kgfm de torque já utilizado na versão tradicional da Amarok e pouco indicado para trilhas pesadas. Necessidade utilitária – Executivos da Volkswagen na Europa confirmaram que um utilitário esportivo compacto está entre as prioridades da marca para os próximos anos. O SUV teria dimensões semelhantes a um Ford EcoSport ou Renault Duster. A expectativa é que ele seja feito na plataforma modular MQB, que já deu origem ao Golf VII. A inspiração visual deve vir do conceito Cross Coupé, que tinha uma carroceria mais esportiva, nos moldes do Range Rover Evoque.Nova máquina – A Ferrari marcou para o Salão de Detroit, em janeiro, a apresentação de seu próximo suprassumo em esportividade. O nome ainda não está decidido, mas o novo bólido vem para suceder a Enzo, que fez história em 2002. O que é certo é que o trem de força vai ser composto de um

V12 de mais de 800 cv e um motor elétrico que vai ampliar a potência para mais de 900 cv. Conforme especulações, a F70 vai acelerar de zero a 100 km/h em 2,5 segundos. Futuro conjunto – Tudo indica que a Opel e o Grupo PSA vão para a fusão. As duas marcas, que já haviam anunciado uma joint-venture, devem dar mais um passo e estreitar os laços juntando por completo as companhias. A possível união vem de um impasse entre a PSA e a GM – que se recusava vender a Opel ao conglomerado francês. Assim, a GM terá 30% da nova empresa gerada pela fusão. De acordo com a imprensa francesa, ainda há possibilidade de o governo de François Holland se opor à transação, mas a posse de 70% das ações pela PSA deverão viabilizar o negócio.Recall de janela – A Toyota tem feito uma alta quantidade de recalls nos últimos anos em todo o mundo. O último deles chegou inclusive ao Brasil. A chamada engloba o Co-rolla fabricado entre outubro de 2007 e dezembro de 2008, o RAV-4 feito entre setembro de 2006 e julho de 2008 e o Camry da mesma época. Os três tem o mesmo problema no interruptor do vidro elétrico da porta do motorista. Ele pode apresentar falha e parar de funcionar. Nesse caso, a marca avisa para o cliente não tentar concertar o defeito sozinho, pois se o aparelho for lubrificado com graxa, pode ocorrer derretimento das peças internas e – aí sim – ocorrer um incêndio.

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Mudança bem-vinda A SsangYong reestilizou

a linha Actyon, que em

alguns mercados é co-

nhecido como Korando Sports,

finalmente ganhou traços mais

harmônicos. A frente concentrou

as maiores modificações e ostenta

linhas mais comuns e elegantes,

em vez das diagonais misturadas

a faróis arredondados da pri-

meira fase do modelo. A versão

remodelada ainda não tem data

prevista para chegar ao país, onde

o atual custa R$ 98 mil. Por aqui,

a linha ainda contempla o Actyon

– a versão “hatch” da picape – o

SUV compacto Korando e os dois

utilitários médios, o Kyron e a

segunda geração do Rexton.

por augusTo PaladiNo/auToPress

Foto: Divulgação

Ssang Yong Korando Sports

Massivo e veloz O Cayenne é um dos

SUVs mais esportivos

que existem na atuali-

dade. Mas a Porsche resolveu

adicionar um pouco mais de

pimenta à mistura. Lançou

a nova versão Turbo S com

um V8 de 4.8 litros de 550

cv e 76,4 kgfm de torque,

50 cv e 4,9 kgfm a mais que

o Turbo. Assim, o zero a 100

km/h é feito em 4,5 segundos

e a velocidade máxima é de

283 km/h. A suspensão é

pneumática e tem controle

eletrônico de amortecimento

e as rodas de 21 polegadas

são exclusivas da versão.

por augusTo PaladiNo/auToPress

Foto: Divulgação

Porsche Cayenne Turbo

veículos

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