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Cobertura de PET VII JEPEX Domingos Sávio Ramalho 1 , Hugo Leonardo de Albuquerque Lira 2 , Maria Luiza da Silva 3 , Heybe Emmanuelle Cabral Ferreira da Silva 4 e João Gilberto Farias Silva 5 _______________ 1. Aluno do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected] 2. Aluno do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected] 3. Aluna do Curso de Economia Doméstica da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected] 4. Pós-graduanda do Curso de Especialização em Política e Gestão Ambiental da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected] 5. Professor Doutor, Orientador, Coordenador do Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão sobre Desastres-CEPED e Vice Pró-Reitor de Extensão da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E- mail: [email protected] Introdução Segundo Lemos (1999), dos diversos problemas ambientais mundiais, a questão do lixo é das mais preocupantes. O destino inadequado do lixo provoca vários problemas sanitários como poluição dos mananciais (chorume), contaminação do ar, assoreamentos, presença de vetores, problemas estéticos e de odor e problemas sociais; bem como as doenças ligadas a estes. (MARTINE, 1995). Atualmente a luta pela preservação do meio ambiente e a própria sobrevivência do homem no planeta, está diretamente relacionada com a questão do lixo urbano. A sociedade tem como hábito extrair da natureza a matéria-prima e, depois de utilizada, descartá-la em lixões, caracterizando uma relação depredatória com o seu habitat. Assim, grande quantidade de produtos recicláveis que poderiam ser reaproveitados a partir dos resíduos são inutilizados na sua forma de destino final, implicando em perdas ambientais comprometendo a qualidade do ar, do solo e, principalmente das águas superficiais e subterrâneas (AZEVEDO, 1996). Neste sentido, este trabalho procura desenvolver ações para preservação do meio ambiente e conservação dos recursos naturais, educando e mostrando alternativas de reaproveitar o PET na construção de calhas, telhados e cobertas; resultando assim em favorecimento da comunidade e na construção de um comprometimento da mesma com a vida e o meio ambiente, ao reconhecer os prejuízos que o acúmulo do lixo traz, bem como, a importância da redução e reutilização do lixo para a natureza. Desenvolvendo atividades que possibilitem uma melhoria das condições de vida da população, integrando os problemas ambientais . Material e métodos A. Materiais Alicates do bico fino e curvado; alicates de corte médio; grampeadores de papel de grande porte; caixas de grampos resistentes à oxidação; estiletes de médio porte com trava de segurança; quilos de arames galvanizados finos e grossos; fios finos de veias internas de cabos de telefone; furadores. B. Métodos Foi utilizada uma sala de aula da Escola Alfredo Freire, situada no bairro de Água Fria, Recife/PE, onde uma equipe de 10 alunos realizou atividades de confecção de telhado de Garrafas PET, seguindo passo a passo os métodos de corte das garrafas. Primeiramente as garrafas PET tiveram suas extremidades (o bico e o fundo) separadas. Em seguida, foram cortados na longitudinal em um dos lados sobre a linha da emenda; dobrou-se sobre a linha da emenda do outro lado, de maneira a formar duas calhas unidas pela dobra; encaixou-se uma peça na outra, grampeando-se ambas, primeiro na dobra do meio, depois nas duas extremidades laterais, tomando-se o cuidado para que ficassem mais unidas, alinhadas e rígidas possíveis , como se formasse um corpo único. Essas são as calhas de bica. As calhas de cobertas são construídas de forma semelhante, diferindo apenas que em vez de dobrar um dos lados, os dois lados são cortados formando duas calhas separadas de cobertas. A união entre as calhas de bica (que ficam voltadas para cima) com as de cobertas (que ficam voltadas para baixo) foi feita encaixando uma ao lado da outra e furando-se cada uma com o furador em dois lugares para uni-las através de fios finos que são passados pelos furos e enrolados do outro lado. Assim, foi construída a coberta e a cumeeira. Na montagem do telhado, houve o cuidado também com a questão da estética. Duas calhas para cima cuidadosamente aramadas com uma calha emborcada seguinte, e, para na seqüência ser fixada na cumeeira, garantindo-se a vedação e ao mesmo tempo a passagem do ar quente.

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Cobertura de PET VII JEPEX

Domingos Sávio Ramalho1, Hugo Leonardo de Albuquerque Lira2, Maria Luiza da Silva3, Heybe Emmanuelle Cabral

Ferreira da Silva4 e João Gilberto Farias Silva5

_______________ 1. Aluno do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected] 2. Aluno do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected] 3. Aluna do Curso de Economia Doméstica da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected] 4. Pós-graduanda do Curso de Especialização em Política e Gestão Ambiental da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected] 5. Professor Doutor, Orientador, Coordenador do Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão sobre Desastres-CEPED e Vice Pró-Reitor de Extensão da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom Manoel de Medeiros s/n Dois Irmãos, Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: [email protected]

Introdução Segundo Lemos (1999), dos diversos problemas ambientais mundiais, a questão do lixo é das mais preocupantes . O destino inadequado do lixo provoca vários problemas sanitários como poluição dos mananciais (chorume), contaminação do ar, assoreamentos, presença de vetores, problemas estéticos e de odor e problemas sociais; bem como as doenças ligadas a estes . (MARTINE, 1995). Atualmente a luta pela preservação do meio ambiente e a própria sobrevivência do homem no planeta, está diretamente relacionada com a questão do lixo urbano. A sociedade tem como hábito extrair da natureza a matéria-prima e, depois de utilizada, descartá-la em lixões, caracterizando uma relação depredatória com o seu habitat. Assim, grande quantidade de produtos recicláveis que poderiam ser reaproveitados a partir dos resíduos são inutilizados na sua forma de destino final, implicando em perdas ambientais comprometendo a qualidade do ar, do solo e, principalmente das águas superficiais e subterrâneas (AZEVEDO, 1996). Neste sentido, este trabalho procura desenvolver ações para preservação do meio ambiente e conservação dos recursos naturais, educando e mostrando alternativas de reaproveitar o PET na construção de calhas, telhados e cobertas; resultando assim em favorecimento da comunidade e na construção de um comprometimento da mesma com a vida e o meio ambiente, ao reconhecer os prejuízos que o acúmulo do lixo traz, bem como, a importância da redução e reutilização do lixo para a natureza. Desenvolvendo atividades que possibilitem uma melhoria das condições de vida da população, integrando os problemas ambientais . Material e métodos

A. Materiais

Alicates do bico fino e curvado; alicates de corte médio; grampeadores de papel de grande porte; caixas de grampos resistentes à oxidação; estiletes de médio porte com trava de segurança; quilos de arames galvanizados finos e grossos; fios finos de veias internas de cabos de telefone; furadores.

B. Métodos

Foi utilizada uma sala de aula da Escola Alfredo Freire, situada no bairro de Água Fria, Recife/PE, onde uma equipe de 10 alunos realizou atividades de confecção de telhado de Garrafas PET, seguindo passo a passo os métodos de corte das garrafas. Primeiramente as garrafas PET tiveram suas extremidades (o bico e o fundo) separadas. Em seguida, foram cortados na longitudinal em um dos lados sobre a linha da emenda; dobrou-se sobre a linha da emenda do outro lado, de maneira a formar duas calhas unidas pela dobra; encaixou-se uma peça na outra, grampeando-se ambas, primeiro na dobra do meio, depois nas duas extremidades laterais, tomando-se o cuidado para que ficassem mais unidas, alinhadas e rígidas possíveis , como se formasse um corpo único. Essas são as calhas de bica. As calhas de cobertas são construídas de forma semelhante, diferindo apenas que em vez de dobrar um dos lados, os dois lados são cortados formando duas calhas separadas de cobertas. A união entre as calhas de bica (que ficam voltadas para cima) com as de cobertas (que ficam voltadas para baixo) foi feita encaixando uma ao lado da outra e furando-se cada uma com o furador em dois lugares para uni-las através de fios finos que são passados pelos furos e enrolados do outro lado. Assim, foi construída a coberta e a cumeeira. Na montagem do telhado, houve o cuidado também com a questão da estética. Duas calhas para cima cuidadosamente aramadas com uma calha emborcada seguinte, e, para na seqüência ser fixada na cumeeira, garantindo-se a vedação e ao mesmo tempo a passagem do ar quente.

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Resultados Os resultados observados em sala de aula demonstraram que os alunos responderam bem quando solicitados a contribuir numa ação voltada para reciclagem de garrafas PET, uma vez que, a finalidade da ação seria para que os alunos propagassem a possibilidade da construção de cobertas através do reaproveitamento de garrafas PET. Os alunos da Escola Alfredo Freire, familiares e a comunidade de entorno sensibilizaram-se sobre os impactos ambientais causados pelo destino inadequado do lixo. As atividades desenvolvidas em sala de aula foram importantes para difundir os assuntos ligados à educação ambiental e respeito ao meio ambiente de forma interdisciplinar. A problemática não é específica do local, mas está presente no cotidiano das pessoas e consequentemente em todo o planeta, existindo, assim uma enorme quantidade de materiais que podem ser reciclados e são descartados no meio ambiente. Os alunos desenvolveram alternativas de reutilização de garrafas PET, material de baixo custo, para coberturas de casas, estufas, decomposteiras, áreas, calhas, etc. Esta técnica de reutilização das garrafas PET é uma alternativa de baixo custo e de qualidade, podendo ser utilizadas pelos mesmos alunos em suas residências e para geração de renda. Sendo a oficina de reutilização

do PET, aplicados à vida cotidiana dos alunos

Discussão Este trabalho contribuiu para redução dos Problemas ambientais causados pelo lixo, especificamente pelo PET, bem como, contribuir para formação de pessoas comprometidas e responsáveis em relação ao destino final do lixo, reutilização de recursos para fabricação de objetos com baixo custo e preservação ambiental.

Agradecimentos Ao Profº Ivaldy Calado, diretor da Escola Alfredo Freire em Água Fria por ter disponibilizado o espaço e apoio para a realização desse trabalho. À Andréa Afonso Ferreira, aluna do Curso de Economia Doméstica pelo apoio. Referências [1] AZEVEDO, C. J. C. 1996. Concepção e prática da população

em relação ao lixo domiciliar na área central da cidade de Uruguaiana- RS. Uruguaiana, PUCRS- Campus II. Monografia de pós-graduação. Educação ambiental. 68p.

[2] MARTINE, G. Demanda, oferta e necessidades dos servicos de saneamento . 1. ed. Brasilia: Ministerio do planejamento e orçamento, 1995. 219 p.

[3] LEMOS, J.C.; LIMA, S.C.; ALVIM, N. M. C. Segregação de resíduos de serviços de saúde para reduzir os riscos à saúde pública e ao meio ambiente. Bioscience Journal. Vol.15, n°2,. Uberlândia: Universidade federal de Uberlândia, 1999 (p.64-72).

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Figura 1. Vista superficial de um telhado de garrafa PET, Recife/PE. Figura 2. Alunos da Escola Alfredo Freire no processo de confecção das calhas de PET, Recife/PE. Figura 3. Corte e montagem das calhas de PET, Recife/PE. Figura 4. Calhas aramadas de PET, Recife/PE. Figura 5. Vista do telhado (na vertical) e da calha (na horizontal), Recife/PE. Figura 6. Vista de um ambiente interno coberto por telhado oriundo da reutilização de garrafas PET, Recife/PE.

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