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ESTADO DA PARAÍBA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR CENTRO DE EDUCAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR ACADEMIA DE BOMBEIROS MILITAR ARISTARCO PESSOA CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS RAFAEL VICENTE DA SILVA THIAGO FERNANDES DA SILVA GERENCIAMENTO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO NO 1º BATALHÃO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA JOÃO PESSOA 2013

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ESTADO DA PARAÍBA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE EDUCAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR ACADEMIA DE BOMBEIROS MILITAR ARISTARCO PESSOA

CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS

RAFAEL VICENTE DA SILVA THIAGO FERNANDES DA SILVA

GERENCIAMENTO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO NO 1º BATALHÃO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA

JOÃO PESSOA 2013

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RAFAEL VICENTE DA SILVA THIAGO FERNANDES DA SILVA

GERENCIAMENTO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO NO 1º BATALHÃO DO

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Academia de Bombeiros Militar Aristarco Pessoa como requisito parcial para conclusão do Curso de Engenharia de Segurança Contra Incêndio e Pânico.

Orientador: Prof. Alexandre Fragoso

JOÃO PESSOA 2013

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 7

1.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................................... 8

1.1.1 Objetivos Específicos ............................................................................................................. 8

2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................................................... 9

2.1 GERENCIAMENTO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO .............................................................................. 9

2.1.1 Conceitos Gerais .................................................................................................................... 9

2.1.2 Preservação dos Bens ............................................................................................................ 9

2.1.3 Manutenção ......................................................................................................................... 10

2.1.3.1 Manutenção Corretiva ..................................................................................................11

2.1.3.2 Manutenção Preventiva ...............................................................................................12

2.1.4 Meios e normas para a aquisição de patrimônio ............................................................... 14

2.2 BOMBEIRO MILITAR .................................................................................................................... 16

2.2.1 Histórico Internacional e Nacional ...................................................................................... 16

2.2.2 Corpo de Bombeiro Militar da Paraíba ............................................................................... 18

3 METODOLOGIA .................................................................................................................................. 21

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................................................ 23

5 SUGESTÕES ........................................................................................................................................ 30

CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 31

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 33

APÊNDICE .............................................................................................................................................. 35

ANEXO A – RELATÓRIO DIÁRIO DAS VIATURAS DO 1º BBM ............................................................... 37

ANEXO B – Ficha de Controle de Manutenção do CBMERJ ................................................................. 38

ANEXO C – Ficha de Controle de Manutenção do CBPMESP .............................................................. 39

ANEXO D – Ficha de Controle de Manutenção do Exército Brasileiro ................................................ 40

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Resumo

Este trabalho visa analisar como é realizado o gerenciamento e a manutenção

dos patrimônios dos órgãos públicos, especificamente os do Corpo de Bombeiros

Militar da Paraíba, dando ênfase na eficiência e no modo como a sociedade é

assistida por ele. Ao longo da toda investigação se pôde verificar o estado de

conservação das viaturas utilizadas no serviço operacional, assim como realizar um

levantamento das viaturas disponíveis ao CBM para fornecer um atendimento de

qualidade à sociedade paraibana. Estabeleceu-se conceitos sobre gerenciamento do

patrimônio público, preservação de bens, manutenções corretivas e preventivas, e

sobre os meios e normas para aquisição de bens públicos. Este trabalho se baseou

num levantamento dos dados quantitativos e qualitativos das viaturas operacionais

através de uma entrevista semiestruturada onde o objetivo principal era diagnosticar

possíveis problemas e, desta forma, ajudar os integrantes desta instituição na busca

de soluções que atendam às suas necessidades e desenvolvam da melhor forma

possível um melhor serviço à sociedade paraibana.

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Abstract

This study aims to analyze how the management and maintenance of the

assets of public bodies, specifically the Corps of Military Firefighters of Paraíba, with

emphasis on efficiency and how society is held is assisted by him. Throughout the

entire investigation verified the condition of the vehicles used in operational service,

as well as conducting an inventory of vehicles available to the CBM to provide a

quality service to paraibana society. Settled concepts of management of public

assets, asset preservation, corrective and preventive maintenance, and on the ways

and means for the acquisition of public goods. This work was based on a survey of

quantitative and qualitative data on operational vehicles by using a semistructured

interview where the main objective was to diagnose potential problems and thus help

the members of this institution in finding solutions that meet their needs and develop

the best as possible a better service to paraibana society.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - HERONIS SPIRITALIA..............................................................................15

Figura 2 – ABT 17 (Lateral)........................................................................................24

Figura 3 – ABT 17 (Roda)..........................................................................................24

Figura 4 – ABT 16 (Frontal) .......................................................................................25

Figura 5 – ABT 16 (Lateral) .......................................................................................25

Figura 6 – ABT 16 (Reboque) ...................................................................................25

Figura 7 – ABSL 04 (Lateral) .....................................................................................26

Figura 8 – ABSL 04 (Traseira) ...................................................................................26

Figura 9 – ABSL 04 (Lateral) .....................................................................................26

Figura 10 – ABSL 07 (Lateral) ...................................................................................27

Figura 11 – ABSL 07 (Traseira) .................................................................................27

Figura 12 – ABSL 07 (Lateral) ...................................................................................27

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LISTA DE SIGLAS

ABNT– Associação BrasileiradeNormasTécnicas

ABSL– Auto Bomba e Salvamento Leve

ABT– Auto BombaTanque

BBM – Batalhão de Bombeiros Militar

BBS – Batalhão de Busca e Salvamento

CBMPB – Corpo deBombeiros Militar do Estado da Paraíba

CBPC – Corpo de Bombeiros Provisório da Corte

CBV – Corpo de Bombeiros Voluntários

CRAPH – Companhia Regional de Atendimento Pré-hospitalar

CRBM – Companhia Regional de Bombeiro Militar

QCG – Quartel do Comando Geral

QOABM – Quadro de Oficiais Administrativos Bombeiros Militares

QOBM – Quadro de Oficiais Bombeiros Militares

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1 INTRODUÇÃO

Dentre as inúmeras funções da máquina pública, o gerenciamento de bens é

de grande importância, pois segundo UFMG (2008) a função de controle patrimonial

engloba atividades de registro, controle, utilização, guarda, manutenção,

conservação e desfazimento dos bens permanentes.

Segundo Dias (2006), o patrimônio é visto de forma qualitativa, quando é

considerado uma riqueza ou bem suscetível onde há uso comum a todos, e

quantitativa, quando é visto sob a ótica contábil, ou seja, os valores propriamente

ditos desses bens.

Outro conceito relacionado ao patrimônio público é constantemente

identificado como algo ou coisa do governo, tendo uma de suas definições previstas

na Lei no 4717/65 que, em seu Artigo 1º, define patrimônio público como “o conjunto

dos bens e direitos pertencentes aos entes da administração pública direta ou

indireta” (BRASIL, 2007).

Revendo todos esses conceitos percebe-se que o gerenciamento do

patrimônio público é muito importante para que cada instituição alcance êxito nos

seus objetivos e venha a zelar por todos os seus bens. O Corpo de Bombeiros

Militar (CBM), como componente do Estado e gestor de bens, também não fica

distante dessa realidade. Necessitando assim, de um bom gerenciamento do seu

patrimônio para cumprir seu lema: “Vidas alheias e riquezas salvar”, já que o

desempenho das suas atividades no serviço à sociedade depende diretamente da

manutenção e conservação dos recursos utilizados.

No Estado da Paraíba, o CBM foi fundado em 09 de junho de 1917 pelo

Decreto Estadual nº 844 e atende hoje uma população de 3.753.633 habitantes de

acordo com o IBGE no censo de 2010. Na capital do Estado existem o Quartel do

Comando Geral (QCG), o 1º Batalhão de Bombeiro Militar (1º BBM), o Batalhão de

Busca e Salvamento (BBS) e a Companhia Regional de Atendimento Pré-Hospitalar

(CRAPH) (PARAIBA, 2011a). O 1º BBM está localizado no bairro de mangabeira e

atende ocorrências de incêndios em toda região metropolitana de João Pessoa, por

isso torna-se evidente a sua responsabilidade no cumprimento das missões, sendo

as viaturas operacionais consideradas equipamentos fundamentais, sem as quais

não seria possível o trabalho prestado pelos profissionais desta corporação.

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Este estudo permitirá conhecer o real estado das viaturas operacionais de

combate à incêndio do CBMPB e poderá servir como instrumento para a realização

de mudanças no processo de gerenciamento, o que beneficiará diretamente a

equipe de profissionais e a população assistida.

Diante disso, questiona-se: até que ponto o gerenciamento realizado pelo

Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba, no que diz respeito à conservação e

manutenção das viaturas pertencentes ao 1º BBM, é eficaz?

E em que grau esse gerenciamento realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar

da Paraíba afetará a população?

1.1 OBJETIVO GERAL

Analisar o gerenciamento e manutenção das viaturas operacionais de

combate a incêndio do 1º BBM da Paraíba.

1.1.1 Objetivos Específicos

Fazer um levantamento quantitativo das viaturas operacionais utilizadas na

atividade fim;

Verificar o seu estado de conservação e manutenção;

Descrever o impacto que o estado de conservação e manutenção destes

veículos causa na população assistida.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 GERENCIAMENTO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

2.1.1 Conceitos Gerais

O termo gestão pode ser definido como o ato de administrar, governar, dirigir,

gerenciar (AURÉLIO, 2011).

A administração de materiais tem por objetivo básico dispor os recursos

necessários às atividades de cada instituição, em quantidades adequadas, no tempo

correto e com economia (FREITAS, 2007).

O patrimônio público é constantemente identificado como algo ou coisa do

governo, tendo uma de suas definições previstas na Lei 4717/65 que, em seu Artigo

1º, define patrimônio público como o conjunto dos bens e direitos pertencentes aos

entes da administração pública direta ou indireta. De acordo com essa definição, o

que caracteriza o patrimônio público é o fato de pertencer a um ente público – à

União, um Estado, um Município, uma autarquia ou uma empresa pública (BRASIL,

1965).

Essa concepção considera que o patrimônio público é formado pelos bens

públicos que, de acordo com o Código Civil, são bens do domínio nacional, como os

rios, os mares, as estradas, as ruas, as praças, os edifícios ou os terrenos

destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual,

territorial ou municipal, além dos bens pertencentes a cada um dos entes públicos,

conhecidos como bens dominicais (prédios, móveis, equipamentos etc.) (FREITAS,

2007).

2.1.2 Preservação dos Bens

O patrimônio público também se caracteriza por ser de domínio público, isto

é, de todos, não pertencendo a um único indivíduo ou a um determinado grupo. São

essas características que também conferem às instituições públicas, bem como a

toda sociedade, o dever de preservar, conservar, manter os bens que o compõem. A

preservação do patrimônio público é, portanto, dever de todos. Contudo, quando o

patrimônio está vinculado a uma determinada instituição ou ente público, a ele cabe,

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em primeira instância, adotar as medidas necessárias à sua preservação e

conservação (IB IDEM).

A Constituição Federal, em seu Artigo 129, Inciso III, atribui a uma instituição,

especificamente, a tarefa de defendê-lo e protegê-lo. Trata-se do Ministério Público,

que tem como uma de suas atribuições promoverem inquéritos e ações civis para a

proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses

difusos e coletivos (BRASIL, 1988).

Além do Ministério Público, existem, ainda, outros órgãos encarregados de

exercer o controle da atividade de maneira administrativa, preventiva e repressiva,

adotando medidas que tendam a diminuir práticas lesivas ao patrimônio, bem como

punindo aqueles que incidem nessa prática. São órgãos como o Tribunal de Contas,

Corregedorias e Controladorias, entre outros (FREITAS, 2007).

A responsabilização penal, civil e administrativa de quem lesa o patrimônio se

dá por meio de ações penais, ações de improbidade administrativa, processos

administrativos e ações civis de ressarcimento de danos. É bom lembrar que a

omissão nos torna coniventes com as práticas que consideramos danosas e, por

isso, também nos torna vulneráveis às sanções aplicadas a quem lesa o patrimônio

público, por negligência. Uma vez detectada a prática lesiva ou de negligência, a

denúncia às autoridades competentes pode – e deve – ser oferecida por qualquer

cidadão, por ser ele membro da coletividade, proprietário do patrimônio em questão.

(IB IDEM).

Para que haja a preservação dos bens, é preciso ter o controle do estado de

conservação dos materiais e do processo de entrada e saída.

2.1.3 Manutenção

De início verificamos que a nomenclatura manutenção tem origem militar, cujo

sentido é manter, nas unidades de combate, o efetivo e o material em um nível

constante. (NUNES, 2001).

Assim podemos acompanhar ao longo dos anos que o significado do termo

manutenção expandiu a fronteira e, hoje, está inserido em qualquer organização que

possui um mínimo de comprometimento com planejamento e gerenciamento dos

seus bens. Outrora, se não tivermos atento ao real significado da etimologia da

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palavra podemos ser conduzidos a um falso conceito de apenas conservação de

patrimônio para uso diário das atividades operacionais.

Entretanto, esta afirmação não é totalmente verdadeira, pois seu sentido

estaria melhor representado na afirmação da NBR 5462, “[...] manutenção é a

combinação de ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão,

destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa

desempenhar uma função requerida.” (ABNT, 1994, p. 6, grifo do autor). Sendo

assim a conservação e o reparo dos patrimônios públicos devem sempre ser alvo do

gerenciamento.

Além de verificarmos a importância do termo manutenção para este trabalho

podemos mostrar a missão que este termo carrega nos seus ensinamentos onde

segundo, Pinto e Xavier (2001, p.22), traduzem da seguinte maneira “Garantir a

disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de modo a atender a um

processo de produção ou de serviço, com confiabilidade, segurança, preservação do

meio ambiente e custos adequados”. A maneira pela qual é feita a intervenção nos

equipamentos, sistemas ou instalações caracteriza os vários tipos de manutenção

existentes, que são: manutenção corretiva, preventiva, preditiva, detectiva e

engenharia de manutenção. (PINTO; XAVIER, 2001). Todavia ao longo da nossa

pesquisa foi possível evidenciar apenas duas modalidades de manutenção das

viaturas do Corpo de Bombeiros do 1º Batalhão, a corretiva e a preventiva.

2.1.3.1 Manutenção Corretiva

Este tipo de manutenção possui como característica uma ação por parte dos

gestores quando o equipamento perde sua funcionalidade ou deixa de desempenhar

suas funções sem a mesma intensidade que lhe é característico. É importante frisar

que existem duas condições particulares que levam à Manutenção Corretiva: o

desempenho deficiente e a ocorrência da falha. Assim, sua ação principal é corrigir e

restaurar as condições de funcionamento do equipamento ou sistema.

Segundo explica Xavier (2004, p. 6) “[...] a análise dos custos da manutenção

indica que um reparo realizado no modo corretivo – reativo terá em média um custo

cerca de 3 (três) vezes maior que quando o mesmo reparo for feito dentro de um

modo programado ou preventivo.” O que demonstra a importância no entendimento

do termo manutenção e todos os aspectos que o envolve.

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Sendo assim, esta manutenção possui encargos pesados para uma

organização, pois, se aplicado com todos os equipamentos da instituição poderá

inviabilizar os recursos disponíveis aos reparos dos patrimônios. Diante disso, a

utilização desse tipo de manutenção deve limitar-se a equipamentos que não sejam

importantes para uma empresa, pois ao contrário, além do alto custo envolvido na

utilização desse tipo de manutenção, poderia gerar vários inconvenientes tais como

baixa disponibilidade de equipamentos e baixa produtividade. Assim também

entende, Nassar (2005, p.38) onde estabelece

Nas instalações industriais a utilização racional deste método está limitada a equipamentos em que a consequência da falha não seja significativa para o processo produtivo, como por exemplo: motores de pequena potência (7,5 HP), ar condicionado para conforto pessoal e exaustores de restaurantes.

Este tipo de manutenção pode ser melhor estudada quando a dividimos em

dois subitens: Manutenção Corretiva não Planejada que se caracteriza por uma

correção da falha de maneira aleatória, especificada pela atuação da manutenção

em fato já ocorrido, seja este uma falha ou um desempenho menor que o esperado;

e a Manutenção Corretiva Planejada que se caracteriza pela correção do

desempenho menor que o esperado ou da falha, por decisão gerencial, isto é, pela

atuação em função de acompanhamento preditivo ou pela decisão de operar até a

quebra. No primeiro tipo que apresenta o não planejamento como fundamento,

podemos perceber que o dano ao patrimônio público trazido por ela causa efeitos

graves a instituição, pois, uma vez danificado o equipamento terá um reparo mais

inviável para a instituição e além disso uma falta grave no serviço da organização

que é o de não atender a sua finalidade operacional, isto é, causar atendimentos

com pouca ou péssima qualidade. No segundo tipo o da manutenção planejada

podemos ver que os benefícios para a instituição e principalmente para o público

que será atendido é enorme, pois, os custos são previsíveis e podem perfeitamente

ser adequados dentro das finanças da instituição. Além disso, a previsão sempre

nos aponta caminhos mais baratos, rápidos e seguros. A característica principal da

manutenção corretiva planejada é função da qualidade da informação fornecida pelo

acompanhamento do equipamento. (PINTO; XAVIER, 2001).

2.1.3.2 Manutenção Preventiva

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Abordaremos agora a manutenção preventiva que segundo Pinto e Xavier

(2001, p.41) diz “Manutenção Preventiva é a atuação realizada deforma a reduzir ou

evitar a falha ou quebra no desempenho, obedecendo a um plano previamente

elaborado, baseado em intervalos definidos de tempo.” Também é importante trazer

o que diz Nassar (2005, p. 38) que aprofundou ainda mais a nomenclatura no seu

entendimento:

A Manutenção Preventiva consiste na aplicação de um programa regular de inspeção, ajustes, limpeza, lubrificação, troca de peças, calibração e reparo de componentes e equipamentos. Este método é conhecido como manutenção baseada no tempo, sendo aplicadas em considerar as condições do equipamento.

Assim estas definições nos ajudam a entender que não é necessário que os

equipamentos estejam desgastados para que possam ser removidos. É preciso que

se tenha um programa de controle dos equipamentos que seja bem elaborado e

especificado para que todos da organização possam saber executar com eficiência.

O planejamento e a execução periódica das revisões dos equipamentos possuem

muita importância, pois, evitará danos gravosos posteriormente. Reiterando a

definição de Nassar, é possível determinar que as atividades de Manutenção

Preventiva venham trazer:

Inspeção, que pode ser visual ou com uso de instrumentos específicos;

Reposição de componentes defeituosos ou peças de desgaste;

Calibrações, que consistem na checagem de alguns parâmetros e ajustes

caso necessário;

Entendimento dos manuais dos equipamentos utilizados nas atividades; e

Limpeza para remoção de contaminantes.

Segundo Nassar (2005, p.38) “A atuação periódica da inspeção e

manutenção com intervalos pré-determinados pode reduzir os níveis de falhas em

emergência e melhorar a disponibilidade dos equipamentos.” Sendo assim, esse tipo

de manutenção que é a preventiva se for bem aplicada nos ajuda evitar altos custos

com reparos, desempenhos maiores com os equipamentos, pois, os mesmos podem

apresentar rendimentos apropriados e bem satisfatórios, e dentre outros, uma

melhor forma de atendimento ao público alvo da instituição.

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Assim como pôde ser constatado, as tarefas de manutenção preventiva são

periódicas e apresentam características cíclicas devendo ser respeitadas em

intervalos definidos de tempo. Entretanto como podemos definir os tipos de

intervalos tendo em vista que atividades cíclicas e periódicas possuem intervalos

definidos? Vito (2006, p.33) fornece a resposta: “[...] a definição da duração do

intervalo entre intervenções deve ser determinada com base em manuais técnicos,

recomendações do fabricante, histórico do equipamento, experiências de técnicos e

operadores ou outras ferramentas que possam auxiliar neste trabalho”.

Neste tipo de manutenção é preciso ressaltar que a correta realização dos

planejamentos das atividades preventivas possui fundamental importância e para

isso é importante registrá-la, pois é necessário manter o controle das atividades

realizadas e gerar informações para o gerenciamento da área de manutenção.

Podemos entender melhor este controle no que enuncia Vito (2006) os principais

dados a serem registrados são: data, técnico responsável pela intervenção, duração

da atividade, impossibilidade de executar algumas das atividades programadas e

máquina ou equipamento onde foi realizada a intervenção. Estas informações

ajudam a gerar alguns indicadores importantes para a manutenção e que servirão de

base para futuros aprimoramentos.

2.1.4 Meios e normas para a aquisição de patrimônio

A aquisição de bens permanentes, como mobiliários, equipamentos de grande

porte, em valores superiores a R$ 8.000,00, a realização de grandes obras, ou ainda

a aquisição de materiais em grandes quantidades, depende de processos que

obedecem a determinadas normas legais. Esses processos são as licitações (IB

IDEM). Segundo Martins (2001), a licitação é “um conjunto de procedimentos

administrativos que a administração pública deve seguir para a aquisição, alienação

de bens e contratação de serviços”.

Um dos principais mecanismos regulamentadores desses procedimentos é a

Lei no 8.666/93, que estabelece as normas gerais sobre licitações e contratos

administrativos pertinentes a obras, serviços, compras, alienações e locações no

âmbito dos Poderes da União Federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios. Essa mesma Lei determina que a licitação deve garantir o princípio

constitucional da isonomia e a seleção da proposta mais vantajosa para a

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administração pública, devendo estar em estrita consonância com os princípios da

legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade e da

probidade administrativa em todas as etapas do processo (BRASIL,1993).

De acordo com Freitas (2007), esses princípios podem ser descritos da

seguinte forma:

Princípio da legalidade: a aquisição de bens ou a contratação de serviços

deve atender estritamente aos mecanismos legais vigentes.

Princípio da impessoalidade: interesses particulares não devem, em

nenhuma hipótese, se contrapor ao interesse público.

Princípio da moralidade: os atos administrativos devem ser pautados pela

lisura, pela ética dos agentes envolvidos.

Princípio da igualdade: deve ser garantida a igualdade de oportunidade a

todos os interessados em fornecer bens e serviços, não devendo haver

nenhum tipo de favorecimento a qualquer participante.

Princípio da publicidade: todo o processo deve ser público, devendo ser

dada ampla divulgação ao edital da licitação e a todos os atos de sua

realização.

Princípio da probidade administrativa: não deve haver, em nenhuma

hipótese, prejuízo ao erário e ao patrimônio público.

A própria Lei de Licitação esclarece, em seu Artigo 24, os casos em que esta

pode ser dispensável. O mais frequente é o das compras e contratação de serviços

(que não de engenharia) com valor inferior a R$ 8.000,00. Há, ainda, a situação

prevista no Artigo 25, quando a competição entre fornecedores for inviável, dada a

existência de um único fornecedor do objeto a ser adquirido é declarada a

inexigibilidade de licitação. Em ambos os casos, a lei dispensa a licitação, mas não

os atos formais. As compras devem ser efetuadas em processos administrativos

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formais, nos quais constem os documentos e os atos necessários à sua completa

instrução.

Os materiais e os equipamentos adquiridos nesse processo são repassados,

pelo órgão responsável pelo patrimônio, à unidade de destino, de acordo com suas

necessidades. Os bens entregues ficam sob a responsabilidade do gestor, passando

a compor o patrimônio da unidade. Dessa forma, cabe à entidade atestar o

recebimento do material ou do equipamento, registrando-o em seu cadastro

patrimonial e verificando a existência de identificação do patrimônio (IB IDEM).

Quando a instituição pública recebe uma doação direta de uma empresa

privada, os mesmos procedimentos devem ser adotados com a observação de

alguns detalhes: em primeiro lugar, é importante que a empresa ou a fonte doadora

o faça de maneira expressa, ou seja, que formalize a doação por meio de um

documento impresso. Em seguida, ao receber a doação, deve-se registrá-la,

identificá-la e comunicar ao órgão responsável pelo material e patrimônio (IB IDEM).

Quando a doação é feita por outro ente público, caracteriza-se uma

transferência de patrimônio. Nesse caso, tanto a doação quanto a recepção do bem

devem ser formalizadas entre as instâncias máximas de cada órgão. Após esses

trâmites, procederá ao devido registro para que passem a integrar seu patrimônio (IB

IDEM).

2.2 BOMBEIRO MILITAR

2.2.1 Histórico Internacional e Nacional

Segundo Ortiz (2010), para se compreender a história do CBM é necessário antes

conhecer a história do fogo e algumas vertentes tais como: uma mitológica e outra histórica.

Conforme a mitologia grega, o herói e semideus Prometeus, um dos Titãs, irmão de Atlas, roubou o fogo do domínio dos deuses e entregou-o aos homens, sendo por isto punido pelo deus maior Zeus, que o condenou a ser atado a uma rocha, onde ficaria exposto aos ataques diários de um abutre que lhe devoraria eternamente o fígado, único órgão do corpo humano que, como todos sabemos, se regenera continuamente, tendo, em consequência disso, tal herói recebido um castigo teoricamente interminável. Como consequência para os mortais, conforme a lenda, hoje em dia, ainda por castigo, o fogo escapa ao domínio humano e, transformando-se no monstro dos incêndios, ceifa centenas de vidas e causa prejuízos imensos.

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Em fatos comprovados, o homem sempre teve uma admiração e curiosidade

pelo fogo, pois este se demonstrou bastante presente durante toda a história

humana.

É importante perceber que desde os tempos remotos o fogo se mostrava para

os homens de maneira peculiar. Desde 500.000 a.C o fogo serviu tanto para

proteger os homens de animais e esquentá-los como para iluminar as cavernas,

embora conhecessem seu poder não conseguiam produzi-los. Com o passar dos

anos o ser humano foi o dominando e o cultuando. Em 10.000 a.C houve a invenção

dos primeiros equipamentos de ignição tais como: o isqueiro rudimentar e a

produção de fogo e chamas. E assim foram sendo criados, a partir do código de

Hamurabi, registros que estabeleciam normas de prevenção à incêndios (IB IDEM).

Figura 1 - HERONIS SPIRITALIA

Fonte: http://www.cbmerj.rj.gov.br/documentos/sedec/A%20Pre-Historia%20dos%20Corpos%20de%20Bombeiros.pdf

A imagem acima remonta a primeira bomba portátil inventada por Ctesibius

(250 a.C) e aperfeiçoada por Heron de Alexandria.

Ortiz (2010) ainda divide a criação do CB de diferentes épocas e regiões em

modelos. O modelo Romano se inicia a partir do século 3 a.C com um grupo de

escravos bombeiros comunitários, também nesse momento criam-se as primeiras

guarnições de escravos particulares. Só a partir do século 1 a.C que surgem os

primeiros bombeiros militares compostos por legionários aposentados. Daí em

diante foram criadas e aprimoradas várias brigadas de combate a incêndio,

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estabelecendo no século 6 d.C a Urbe – Primeiro Corpo de Bombeiros Militar do

mundo oficialmente constituído, responsável por defender somente a cidade de

Roma.

Em Portugal, a primeira brigada de incêndios foi criada em 1395 por Carta

Régia de D. João I. O modelo português era composto por bombeiros civis e

militares, profissionais ou voluntários que formavam o Serviço Nacional de

Bombeiros em 1979.

No modelo Francês, o CB surgiu em 1763 e eram civis não remunerados. A

semi-militarização do Corpo de Bombeiros inicia-se em 1792 com Napoleão

Bonaparte e em 18 de setembro de 1811 tornam-se militares com leis e um soldo,

inicialmente foram divididas quatro companhias comandados pelo chefe de polícia.

Em 1821, o Corpo de Bombeiros é integrado as Forças Armadas, sendo

comandados, ainda, pelo chefe de polícia. Em 1822, o CB é comandado por um

Coronel do Exército e passa a ser reconhecido como força auxiliar. Por fim, no ano

2000, depois de passar pela revolução francesa e por guerras, o Corpo de

Bombeiros Militar tem um efetivo de 7 mil homens somente em Paris, sem contar os

voluntários que são organizados, instruídos e controlados pelos bombeiros militares.

No Brasil, os primeiros passos para a criação do CB deram-se em 1797

quando o Arsenal da Marinha ficou responsável por combater os incêndios na

cidade do Rio de Janeiro. Meio século depois o então imperador Dom Pedro II cria,

através de decreto, o Corpo de Bombeiros Provisório da Corte (CBPC), o qual utiliza

bombas manuais e a vapor. Em 1880, o Corpo de Bombeiros da Corte no Rio de

Janeiro se militariza definitivamente e passa a ter graduações militares com o posto

máximo de tenente-coronel. Doze anos mais tarde surge o primeiro Corpo de

Bombeiros Voluntários (CBV) do Brasil em Joinville – Santa Catarina e em 1997

surge o CBV no RJ.

2.2.2 Corpo de Bombeiro Militar da Paraíba

No Estado da Paraíba, o CBM foi fundado em 09 de junho de 1917 pelo

Decreto Estadual nº 844 após vivenciar inúmeros problemas estruturais de combate

a incêndio no ano anterior em lugares de grande destaque na capital, tais como:

Camisaria Universal, Casa Vergara e Delegacia Fiscal, sendo o último o estopim.

Mesmo com a sua criação, o Corpo de Bombeiros não conseguiu atender a

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demanda de atuação, pois não tinha, praticamente, nenhum equipamento, o que

inviabilizava o treinamento por parte do pequeno efetivo de 30 homens, sendo

necessário o auxílio de um Sargento, que logo seria promovido a 2º Tenente,

(Alexandre Loureiro) do Distrito Federal que trazia uma bomba à vapor e iria

comandar e transmitir todas as técnicas de salvamento para a recém formada

guarnição (PARAIBA, 2011).

O CBM atende hoje na Paraíba uma população de 3.753.633 habitantes de

acordo com o IBGE no censo de 2010. Na região metropolitana de João Pessoa

existem o Quartel do Comando Geral (QCG), localizado no bairro de Jardim Veneza;

o 1º Batalhão de Bombeiro Militar (1º BBM), localizado no bairro de Mangabeira VII,

comandado pelo Tenente Coronel do Quadro de Oficiais Bombeiros Militar (QOBM)

Lucas e subcomandado pelo Major QOABM Brito, tendo como efetivo um total de 94

militares que atendem as mais diversas ocorrências de incêndio, compreende uma

área de atuação de 11 cidades; o Batalhão de Busca e Salvamento (BBS),

localizado no bairro de Cabo Branco e atendendo também a 11 cidades; a

Companhia Regional de Atendimento Pré-Hospitalar (CRAPH), localizado no

Conjunto Pedro Gondim e assim como o BBS atua em 11 cidades; e o 1º CRBM

vinculado ao 1º BBM, localizado na cidade de Cabedelo, com área de atuação em 3

cidades (PARAIBA, 2011a).

A Corporação está presente em algumas cidades no interior, como: Campina

Grande (2º BBM), que dá suporte a 63 cidades; Guarabira (3º BBM), que tem área

de atuação em 53 cidades; Patos (4º BBM), que atende 47 cidades; Cajazeiras (5º

BBM), com uma área de atuação em 46 cidades; Sousa (1º CRBM do 5º BBM), com

área de cobertura de 26 cidades (IB IDEM).

O Corpo de Bombeiros Militar, como componente do Estado e gestor de bens,

necessita de um bom gerenciamento do seu patrimônio para cumprir seu lema:

“Vidas alheias e riquezas salvar”, já que o desempenho das suas atividades no

serviço à sociedade depende diretamente dos cuidados e conservação dos

equipamentos utilizados. Devido à magnitude e complexidade das situações

enfrentadas, pode-se comprovar a real necessidade de se possuir viaturas em

plenas condições de uso, propiciando aos seus tripulantes e à população as

condições mínimas necessárias para o atendimento. Nesse sentido é que se

percebe a fundamental importância da conservação e manutenção da frota de

veículos, sendo esses normalmente de alto custo de aquisição e de difícil reposição

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em casos de avarias ou panes, levando em consideração a atual situação da

instituição.

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3 METODOLOGIA

O estudo aqui desenvolvido trata-se de uma pesquisa descritiva de campo

com abordagem quantitativa e qualitativa que segundo Lakatos e Marconi (2006) a

primeira tem como objetivo principal a análise de características de fatos,

fenômenos, populações, instituições e programas, ou o isolamento de variáveis

principais, já a segunda preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais

profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano, fornecendo

análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de

comportamento. Foram empregadas para esses fins técnicas como entrevistas,

questionários e formulários; procedimentos de amostragem e artifícios quantitativos,

permitindo assim a coleta sistemática dos dados. Segundo Minayo (2007) a

abordagem quantitativa transforma em números, opiniões e informações, por meio

de recursos e técnicas estatísticas, para classificá-las e analisá-las.

O Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba contém 10 unidades distribuídas por

todo o Estado. A pesquisa foi realizada no 1º Batalhão de Bombeiros Militar da

Paraíba, localizado no bairro de Mangabeira VII na cidade de João Pessoa. Esse

Batalhão atua, primordialmente, no combate a incêndio com a viatura Auto Bomba

Tanque (ABT), porém realiza também, pequenos combates a incêndio e

salvamentos com o apoio da viatura Auto Busca e Salvamento Leve (ABSL). Nesta

pesquisa foi feito um levantamento quantitativo e qualitativo sobre o estado de

conservação e manutenção dos bens móveis, mais especificamente das viaturas,

desse batalhão, descrevendo o impacto que o estado de conservação e manutenção

destes bens causa na população assistida.

Para coleta de dados utilizou-se a técnica da observação sistemática descrita

por Lakatos e Marconi (2008) como uma técnica utilizada para conseguir

informações utilizando os sentidos na obtenção de determinados aspectos da

realidade. Utilizou-se também a entrevista semi-estruturada, tendo como

entrevistado o Tenente Severino do Ramo dos Santos, responsável pela a parte

técnica das viaturas. Os equipamentos para a realização da pesquisa foram: câmera

digital e gravador portátil.

Inicialmente, no dia 07 de junho de 2013 foi pedida a devida autorização ao

Major Oliveira, então Comandante do 1º BBM, para realização da pesquisa no local

proposto e marcada a visita ao Batalhão no dia 12 de junho de 2013. A entrevista foi

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realizada em um único dia, sendo aplicada pelos pesquisadores e teve duração

aproximadamente de 35 minutos.

Foi feito um levantamento, através de entrevista semiestruturada, dos dados

quantitativos e qualitativos das viaturas operacionais que estavam em condições

prejudiciais para o uso diário no serviço, esses dados foram basicamente,

manutenção preventiva e corretiva, falta de conhecimento técnico por parte dos

motoristas e a prestação de serviço oferecido pela oficina vencedora da licitação.

Após isto, os dados foram transferidos para o questionário desenvolvido pelos

pesquisadores, utilizando uma ferramenta de edição de texto para tal, como o

software Microsoft Office Word do Windows.

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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Foi feita a entrevista na sala do Tenente R. Santos, responsável pelas

viaturas desse batalhão, e discutido alguns pontos sobre o gerenciamento das

mesmas. No início da entrevista, ele relatou que a unidade possui 6 (seis) viaturas

de combate a incêndio operantes no serviço diário, alocadas em 3 (três) lugares: no

1º BBM em Mangabeira, na 1º CRBM em Cabedelo e na casa do DAT localizada

próximo ao Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira.

Foi também perguntado se alguma viatura apresentava problemas que as

impediam de operar normalmente, ele respondeu que nenhuma das viaturas

apresentava problemas graves, porém a grande maioria delas apresentava algumas

modificações ou reparos improvisados o que não as impediam de serem utilizadas

no serviço operacional e uma delas ficava na reserva para caso outra viesse a

baixar. Foi relatado que os problemas mais frequentes, apesar da realização da

manutenção preventiva e corretiva, são na parte elétrica e na bomba de incêndio,

essa última mais especificamente na expulsão da água.

Uma grande dificuldade encontrada é referente ao conserto realizado pela

oficina responsável na manutenção das viaturas, pois ela não possui especialidade

com equipamentos na correção dos problemas, ou seja, ela resolve, porém, utiliza

métodos de improviso.

O que leva essas viaturas a essa condição é realmente o uso diário, pois elas

não param de serem utilizadas nas ocorrências e em todo tipo de terreno. Elas

continuam sendo utilizadas devido à grande demanda de serviço, pois esses

pequenos problemas não podem resultar na perda da utilização da viatura, por

exemplo, uma viatura com a lanterna quebrada só apresenta dificuldade, em sua

utilização, no período da noite.

Por fim, a grande burocracia e falta de conhecimento técnico por parte do

comando é um dos principais motivos para não realização do conserto nas viaturas.

Quando há uma solicitação, por exemplo, de pneus existe uma demora muito grande

na realização do serviço, porque nem sempre a oficina possui os materiais

específicos ou comuns para solucionar as manutenções e nem tudo é resolvido

nessa oficina, fato que deveria ser observado ainda na elaboração da licitação, um

exemplo seria um defeito ocasionado na sirene FA-DO, sirene com especificação

para viaturas de incêndio, há uma dificuldade muito grande na solução desse

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defeito, pois este batalhão não pôde esperar a oficina consertar, sendo assim,

procuraram outros profissionais, restabelecendo o conserto da bomba de ar que

aciona a sirene. Poucos serviços são realizados na oficina vencedora da licitação,

pelo fato que na maioria das vezes ela terceiriza o serviço, tendo em vista que ela

lida mais com carros pequenos.

A seguir, será realizada uma abordagem geral sobre cada tipo de viatura

utilizada pelo batalhão para o atendimento de ocorrências, discorrendo a respeito de

sua nomenclatura e principais utilidades, além de tabela contendo o número de

viaturas que o 1º BBM possui de acordo com marca e modelo de fabricação. Com

base nisso, poderemos inferir sugestões e conclusões nos problemas anteriormente

apresentados.

A viatura Auto Bomba Tanque (ABT) é o carro chefe dos Corpos de

Bombeiros. É uma viatura equipada com bomba de incêndio que permite o

uso do seu tanque de água para fazer combate ao incêndio autônomo, para

pressurizar sistemas de hidrantes em edificações e empresas e fazer sucção

para abastecimento da viatura. Estes tipos de viaturas também vêm com

equipamentos de extricação (desencarcerador, maca tipo ked), material

básico de primeiros socorros, material para combate de incêndio em

vegetação (abafadores, bombas costais), material para combate de incêndios

classe B e C (líquido gerador de espuma, misturador entrelinhas), e outros

diversos materiais utilizados em ocorrências de busca e salvamento e

diversos outros sinistros. Os Auto Bomba Tanques vêm com grande tanque

de água, variando entre 4.000 e 6.000 litros o que dá as viaturas grande

capacidade extintora e permitindo ainda uma mobilidade eficaz nos

deslocamentos dentro da cidade, no campo e nas estradas. Esta viatura

opera adequadamente com 6 componentes distribuídos da seguinte forma:

Motorista e Operador: Dirige a viatura e opera a bomba de incêndio

Chefe de Guarnição: Coordena as ações da guarnição

2 Chefes de Linhas: São a ponta da operação, executando as ordens do

chefe de guarnição

2 Auxiliares de Linhas: Auxiliam os chefes de linhas nas operações

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A viatura Auto Bomba e Salvamento Leve (ABSL) é uma espécie de

caminhão multiuso do Corpo de Bombeiro. É uma viatura equipada com

bomba de incêndio que permite o uso do seu tanque de água para fazer

combate em incêndio autônomo, para pressurizar sistemas de hidrantes em

edificações e empresas e fazer sucção para abastecimento da viatura.

Possuem tanque com menor capacidade de água do que os tradicionais ABT.

Estes tipos de viaturas também vêm com equipamentos de extricação

(desencarcerador, maca tipo ked), material básico de primeiros socorros,

material para combate de incêndio em vegetação (abafadores, bombas

costais), material para combate de incêndios classe B e C (líquido gerador de

espuma, misturador entrelinhas), e outros diversos materiais utilizados em

ocorrências de busca e salvamento e diversos outros sinistros. Os Auto

Bomba e Salvamento Leve vêm com pequena quantidade de água, variando

entre 2.000 e 3.000 litros o que dá as viaturas uma capacidade extintora

pequena, mas uma mobilidade excelente da viatura. Deve ser utilizada em

incêndios de pequeno porte e ainda em praticamente qualquer atividade de

Busca e Salvamento. Assim como o ABT, esta viatura opera adequadamente

com 6 componentes distribuídos da seguinte forma:

Motorista e Operador: Dirige a viatura e opera a bomba de incêndio;

Chefe de Guarnição: Coordena as ações da guarnição;

2 Chefes de Linhas: São a ponta da operação, executando as ordens do

chefe de guarnição;

2 Auxiliares de Linhas: Auxiliam os chefes de linhas nas operações.

Quadro 1 – Relação das Viaturas Operacionais Pertencentes ao 1º BBM NÚMERO DE VIATURAS MARCA/MODELO

02 VOLKSWAGEM / 17.250 CNC 03 FORD / CARGO 815 E

Total - 05 MARCA PREDOMINANTE - FORD

Quadro 2 – Viaturas Auto Bomba Tanque PREFIXO MARCA MODELO PLACA SITUAÇÃO ABT-16 VOLKSWAGEM 17.250 CNC NPW 5847 ATIVA ABT-17 VOLKSWAGEM 17.250 CNC NPW 5937 ATIVA

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Quadro 3 – Viaturas Auto Busca e Salvamento Leve PREFIXO MARCA MODELO PLACA SITUAÇÃO ABSL-04 FORD CARGO 815 E NQG 6317 ATIVA ABSL-07 FORD CARGO 815 E NQJ 5156 ATIVA ABSL-09 FORD CARGO 815 E NPZ 7553 ATIVA

Durante todo o tempo que passamos entrevistando o Tenente R. Santos,

percebemos algumas dificuldades em relação a manutenção, principalmente,

preventiva dos diversos tipos de viaturas. Abaixo elencaremos as fotos das viaturas

pertencentes a esse batalhão, dentre elas, algumas apresentando algum dano.

Figura 2 – ABT 17 (Lateral)

Figura 3 – ABT 17 (Roda)

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Figura 4 – ABT 16 (Frontal)

Figura 5 – ABT 16 (Lateral)

Figura 6 – ABT 16 (Reboque)

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Figura 7 – ABSL 04 (Lateral) Figura 8 – ABSL 04 (Traseira)

Figura 9 – ABSL 04 (Lateral)

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Figura 10 – ABSL 07 (Lateral)

Figura 11 – ABSL 07 (Traseira)

Figura 12 – ABSL 07 (Lateral)

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5 SUGESTÕES

Diante do exposto, foi possível perceber que o 1º BBM, assim como todo o

CBM, apresenta problemas no seu gerenciamento com suas viaturas. Com isso,

elencaremos abaixo alguns pontos que possibilitarão em melhorias na gestão dos

bens dessa corporação:

Formular um processo licitatório bem específico para que a empresa

vencedora possa realmente atender os requisitos para os quais concorreu, ou

seja, que ela realmente seja eficiente na manutenção das viaturas e atenda

por completo os serviços automotivos de toda a frota do batalhão;

Aquisição de novas viaturas para que haja um sistema de rodízio dos veículos

desse batalhão, assim haverá uma maior preocupação em relação aos

cuidados de manutenção preventiva;

Ao adquirir todos os veículos, a corporação possa realizar um curso de

manutenção básica e preventiva para todos os motoristas, a fim de entender

melhor o funcionamento mecânico e possa haver um maior zelo pelo

patrimônio;

Elaborar um checklist (modelo em anexo) de manutenção diária para que se

tenha um melhor acompanhamento do desempenho da viatura, evitando

maiores danos e se busque realizar todas as correções dos problemas que

por ventura venha aparecer;

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CONCLUSÃO

Diante do que foi apresentado neste trabalho até o momento, podemos

chegar há alguns entendimentos. Dentre eles, é notável perceber que o

gerenciamento da manutenção das viaturas operacionais feito pelos integrantes do

1º Batalhão do corpo de bombeiros militar da Paraíba ocorre de modo razoável no

que corresponde a eficácia, pois, dentro do quesito manutenção preventiva não foi

visto, efetivamente, nenhum programa de controle dos equipamentos que os

componentes do serviço operacional do Batalhão possam realizar. Podemos incluir

ainda nesta razoável eficiência, por parte da gestão pública, a insuficiência da

manutenção corretiva, pois, há um número considerável de reparos improvisados e,

muitas vezes insuficientes, nas viaturas operacionais, mesmo sendo realizadas por

oficinas credenciadas pela instituição.

Ainda conforme a razoabilidade apontada, é possível verificar que a

administração possui dificuldades em solucionar problemas de ordens burocráticas,

pois como exposto durante a entrevista podemos inferir que as oficinas que vencem

as disputas licitatórias não possuem total qualificação para solucionar os problemas

apresentados pelas viaturas, sendo assim, geralmente atrasam os consertos e/ou

não os solucionam.

Entretanto, é notável verificarmos, no que diz respeito ao gerenciamento

destes patrimônios, o empenho dos profissionais desta corporação, que realizam

esforços diários para aumentar o tempo de vida das viaturas como exemplo a

utilização da técnica de rodízios de viaturas. Todavia, é preciso que os gestores do

1º Batalhão fiquem atentos a novas técnicas de manutenção, para capacitar os

militares na área de mecânica, buscar fazer uso de check-list, assim como

demonstrado em anexo por outros Corpos de Bombeiros Militares e Exército

Brasileiro, utilizar de processos licitatórios bem esclarecidos e de um corpo de

motoristas devidamente qualificados para evitar possíveis danos às viaturas no uso

cotidiano. Aliados a isso, o zelo e a fiscalização diária devem ser inseridos na rotina

profissional dos militares desta unidade, pois, suas atividades laborais dependem

diretamente destas viaturas.

Assim, diante dos nossos estudos podemos inferir que o atual gerenciamento

das viaturas do Corpo de Bombeiros militar da Paraíba se apresenta em um nível

satisfatório à sociedade paraibana, mesmo apresentando algumas falhas como as

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que foram apresentadas neste trabalho, pois os equipamentos utilizados pelo 1º

Batalhão possuem informações técnicas muito especificas e como relatado pelo

nosso entrevistado não é possível encontrar muitas empresas que atuem nesta área

no nosso Estado, o que torna bem complicada o conserto de algumas falhas. E

ainda dentro deste nível satisfatório o qual elencamos, foi possível verificar que em

nenhuma das ocorrências que os militares do 1º BBM foram solicitados, houve falta

de empenho ou presteza no atendimento por impedimento das viaturas, o que

reforça ainda mais o nível de confiança e credibilidade que a população sente ao se

deparar com o serviço das guarnições dos Bombeiros.

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BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm>. Acesso em: 20 nov. 2011. BRASIL. IBGE. Dados do Censo 2010 publicados no Diário Oficial da União do dia 04/11/2010. 2010. Disponível em: <http://www.censo2010.ibge.gov.br/dados_divulgados/index.php?uf=25>. Acesso em: 13 nov. 2011. DIAS, A. F. Da S. Gestão Patrimonial na Administração Pública Estadual. Santa Catarina: [s.n.], 2006. FREITAS, Olga. Administração de Materiais. Brasília: Universidade de Brasília, 2007. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica: Ciência e Conhecimento Científico, Métodos Científicos, Teoria, Hipóteses e Variáveis, Metodologia Jurídica. 4ed. São Paulo: Atlas, 2006. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de Pesquisa: planejamento e execução de pesquisas; amostragens e técnicas de pesquisa; elaboração, análise e interpretação de dados. 7ed. São Paulo: Atlas, 2008. MARTINS, Ricardo C. de R.; AGUIAR, Rui R. Módulo VII – Como gerenciar o espaço físico e patrimônio da escola? Programa de Capacitação a Distância de Gestores Escolares. Brasília: Consed, 2001. MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 10 ed. São Paulo: Hucitec, 2007. NASSAR, Wilson Roberto. Manutenção de máquinas e equipamentos. Santos, 2005. Apostila. Disponível em: <http://cursos.unisanta.br/mecanica/ciclo9/0962-apostila.htm>. Acesso em: 23 jul. 2013. NUNES, Enon Laércio. Manutenção Centrada em Confiabilidade (MCC): análise da

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implantação em uma sistemática de manutenção preventiva consolidada. 146 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Departamento de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001. Disponível em: <http://teses.eps.ufsc.br/Resumo.asp?2700>. Acesso em: 23 jul. 2013. PARAÍBA. Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba. A História. 2011. Disponível em: <http://www.bombeiros.pb.gov.br/index.php/batalhoes/batalhoes/1o-bbm>. Acesso em: 13 de nov. 2011. PARAÍBA. Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba. Unidades. 2011a. Disponível em: <http://www.bombeiros.pb.gov.br/index.php/batalhoes/batalhoes/1o-bbm>. Acesso em: 13 de dez. 2011. ORTIZ, A. Da S. A Pré-História dos Corpos de Bombeiros. Rio de Janeiro: [s.n.], 2010. Disponível em: <http://www.defesacivil.rj.gov.br/documentos/sedec/A%20Pre-Historia%20dos%20Corpos%20de%20Bombeiros.pdf>. Acesso em 22 set. 2013 PINTO, A. K.; XAVIER, J. A. N. Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Departamento de Serviços Gerais. Divisão de Material. Manual de Patrimônio. Belo Horizonte: [s.n.], 2008. Disponível em: <http://www.ufmg.br/dsg/arquivo/Dimat/Manual%20de%20patrimonio.pdf>. Acesso em: 13 de dez. 2011. VITO, Sérgio Luiz. Indicadores de desempenho em manutenção industrial na empresa Intelbrás. 81 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialista em Automação e Computação Industrial) – Programa de Pós-Graduação em nível de especialização em Automação e Computação Industrial, Faculdade de Tecnologia do SENAI, Florianópolis, 2006. XAVIER, Júlio Nascif. Indicadores de manutenção. [s. l.], 2004. Disponível em: <http://www.klic.hpg.ig.com.br/manutencao_indicadores.htm>. Acesso em: 23 jul. 2013.

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APÊNDICE

ESTADO DA PARAÍBA

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR ARISTARCO PESSOA

CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS

ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Nome: Severino do Ramo dos Santos Posto/Função: 2º Tenente Tempo de serviço: 25 anos Quantitativo de profissionais no local: 94 militares 1) Quantas e quais são as viaturas disponibilizadas para o combate a incêndio desta unidade?

Esta unidade possui 6 (seis) viaturas de combate a incêndio operantes no serviço

diário, alocadas em 3 (três) lugares: no 1º BBM em Mangabeira, na 1º CRBM em Cabedelo e na casa do DAT localizada próximo ao Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira. As viaturas pertencentes ao 1º BBM são: ABT-16, ABT-17, ABSL-07 na sede; ABSL-09 na casa do DAT; e as outras 2 (duas), HQ-1 e ABSL-04, na Cidade de Cabedelo na 1º CRBM. 2) Dentre essas viaturas há alguma que apresente problema de funcionamento ou não

funciona?

Não, faz alguns meses que todas as viaturas pertencentes a este Batalhão estão funcionando normalmente, porém com algumas modificações ou reparos improvisados que não impedem o uso no serviço operacional e uma delas fica na reserva para caso outra venham a baixar. 3) Quais são os problemas apresentados por essas viaturas? O que as levou a essa condição?

E a quanto tempo estão assim?

Os problemas mais frequentes, apesar da realização da manutenção preventiva e corretiva, são na parte elétrica e na bomba de incêndio, há uns quatro meses as três ABSL, por

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pertencerem a mesma linha de montagem, apresentaram um problema nesta bomba no que diz respeito a expulsão da água. O que dificultou bastante o conserto realizado pela oficina responsável na manutenção das viaturas foi o fato dela não possuir especialidade com este equipamento na correção desse problema, ou seja, ela resolve, porém utiliza métodos de improviso. (o ABT-10 está baixado no QCG com problema na bomba de incêndio e transmissão, gerados talvez por falta de manutenção). O que levou essas viaturas a essa condição é realmente o uso diário, pois elas não param de serem usadas nas ocorrências e em todo tipo de terreno. 4) Essas viaturas que apresentam algum problema de funcionamento continuam sendo

usadas ou estão inutilizadas?

Estão sendo utilizadas, pois devido à grande demanda de serviço esses pequenos problemas não podem resultar na perda da utilização da viatura, por exemplo, uma viatura com a lanterna quebrada só apresenta dificuldade em sua utilização no período da noite. 5) Se esses materiais estiverem sendo usados, porque eles estão sendo usados? E quais os

motivos para a não realização do conserto, caso já não tenha sido providenciado? Pelo fato da grande demanda de ocorrências na área de atuação. A grande burocracia por parte do comando é um dos motivos mais fortes para não realização do conserto nas viaturas, pois quando há uma solicitação, por exemplo, de pneus existe uma demora muito grande na realização do serviço, porque nem sempre a oficina possui os materiais específicos ou comuns para solucionar as manutenções e nem tudo é resolvido nessa oficina, um exemplo seria um problema ocasionado na sirene FA-DO que houve uma dificuldade muito grande na resolução do problema, procuraram outros profissionais e restabeleceram o conserto da bomba de ar que aciona a sirene. Poucos serviços são realizados na oficina vencedora da licitação, na maioria das vezes ela terceiriza o serviço, pois lida mais com carros pequenos.

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ANEXO A – RELATÓRIO DIÁRIO DAS VIATURAS DO 1º BBM

RELATÓRIO DIÁRIO DAS VIATURAS OPERACIONAIS

Viatura Local KM Inicial KM Final Condutor ABT-16 ABT-17

ABSL-04 ABSL-07 ABSL-09

João Pessoa-PB, ____/____/_____ __________________________ Permanente

Viatura Local KM Inicial KM Final Condutor ABT-16 ABT-17

ABSL-04 ABSL-07 ABSL-09

João Pessoa-PB, ____/____/_____ __________________________ Permanente

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ANEXO B – Ficha de Controle de Manutenção do CBMERJ

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ANEXO C – Ficha de Controle de Manutenção do CBPMESP

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ANEXO D – Ficha de Controle de Manutenção do Exército Brasileiro