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Bragança Paulista Sexta 1 Março 2013 Nº 681 - ano XI [email protected] 11 4032-3919 jornal do meio

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Edição 01.03.2013

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B r a g a n ç a P a u l i s t a

Sexta1 Março 2013

Nº 681 - ano [email protected]

11 4032-3919

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Sexta 1 • Março • 2013 Jornal do Meio 6812

Os meios de comunicação

continuam a ter a renúncia de

Bento XVI e a escolha de seu

sucessor como um dos temas fortes

do noticiário e de análises. Se junta

a isto a revelação de um relatório en-

tregue ao Papa e que teria denúncias

gravíssimas sobre comportamento

homo afetivo de membros da Cúria

(uma rede transversal de chantagem

sexual, conforme o jornal italiano

La Repubblica) e malversação de

dinheiro no IOR (Istituto delle Opere

di Religione), o banco vaticano. A se

verificar tudo isso não deixa de ser

lamentável e vergonhoso. Partindo

de uma estrutura que deveria ser

sempre de serviço e modelo não

só para quem é católico, mas para

qualquer pessoa. Creio que isso é que

esperam todas as pessoas, mesmo

aquelas que não têm fé religiosa.

Esperam que as estruturas de igrejas

sejam modelo daquilo que pregam!

No artigo anterior eu citava frase de

comediógrafo grego, do século II a.C.:

“Nada do que é humano me surpre-

ende”! Falava, referindo-me a eleição

do novo Papa que era natural que os

cardeais se agrupassem ao redor de

visão comum e formassem grupos que

influenciassem na escolha. Lembrava

que a ação de Deus na História passa

pela mediação humana. Quando os

homens se abrem ao sopro do Espí-

rito o caminho tem a prevalência das

virtudes teologais: Fé, Esperança e

Amor. Quando os homens se deixam

levar por seus interesses, estreitam

horizonte, ficam cegos e escravos dos

desejos mais rasteiros. Escondem-se

de Deus. Tal como a passagem bíblica

(Gênesis 3): depois de desejar ser

critério do bem e do mal (comendo o

fruto proibido), Adão e Eva se sentem

nus, se vestem da autossuficiência

e consciência de sua pequenez e se

escondem de Deus. Podem membros

da hierarquia da Igreja (que sempre

deveria ser hierarquia de servidores)

cair em pecados e desobediências à

Lei do Senhor? Infelizmente, sim!

A consciência da fragilidade de cada

ser humano deveria ser um motivo

suficientemente forte para prevenir

qualquer ato que não correspondesse

ao chamado a ser “santos como Deus

é Santo!” Todavia a sedução do poder

e do dinheiro, muitas vezes, ganha

a parada no coração de muitos!

Mantendo-me naquilo que está sendo

denunciado, creio que a primeira

reação é de tristeza. A segunda é

de vergonha pelo mal que isso pode

trazer e fazer. Especialmente aos mais

simples. Sem esquecer aos nossos

jovens, a quem estamos procurando

apresentar um Jesus que é “razão de

nossa esperança!” Crava-se mais fundo

o risco de separar Jesus da Igreja que

ele instituiu. Todavia, vislumbro um

ponto que pode nos ajudar a todos:

as nossas comunidades concretas, as

nossas paróquias. Estas são o lugar

de nossa vida, do nosso dia a dia.

Não são, também, perfeitas, mas são

aquilo que nós somos. E para não

termos a tentação de nos acharmos

perfeitos em tudo e execrarmos

aqueles que, nos serviços mais ele-

vados erraram, permito-me tomar

um exemplo que, de vez em quando,

cito para as crianças: suponhamos

que no interior de nossas igrejas

tenhamos duas lousas enormes. Na

lousa da direita todos escreveríamos

as nossas qualidades e virtudes. Na

lousa da esquerda nossos pecados e

defeitos. Isso seria o retrato do que

somos. E essa comunidade, feita

de gente concreta, boa e limitada,

é aquela pela qual Jesus deu a vida

e convoca a ser discípula e missio-

nária. Se nos postos mais altos da

estrutura de serviço da Igreja há

pessoas que foram infiéis à sua fé e

à sua vocação, nós vamos lamentar

a situação. E nos envolveremos cada

vez mais em ser Igreja para que ela

possa se converter e ser cada vez

mais, a mensageira dos valores do

Evangelho. A Igreja será cada vez

mais santa quanto mais cada um

de nós o for. Será cada vez modelo

de retidão e honestidade se nós o

formos. E se alguém se desviar nós

não concordaremos e procuraremos

fazer de tudo para que os erros sejam

corrigidos. Não caíamos no risco de

desanimar diante dos pecados dos

outros. Nem dos nossos. Tratemos

de buscar um seguimento cada vez

mais consciente e participativo para

que sejamos testemunhas da Verdade

que é Jesus. Os erros de pessoas da

Igreja (os nossos erros) não devem

ser motivo de desânimo. Devem nos

recordar quem somos: manchados pelo

pecado, mas chamados a ser filhos

de Deus! Com a confiança absoluta

naquilo que Jesus disse a Pedro: “Tu

és Pedro, e sobre esta pedra edificarei

minha Igreja, e as portas do inferno

nunca prevalecerão contra ela”

(Mateus 16,1-18).

por Mons. Giovanni Baresse

Jornal do MeioRua Santa Clara, 730Centro - Bragança Pta.Tel/Fax: (11) 4032-3919

E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Carlos Henrique Picarelli

Jornalista Responsável:Carlos Henrique Picarelli(MTB: 61.321/SP)

As opiniões emitidas em colunas e artigos são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, da

direção deste orgão.

As colunas: Casa & Reforma, Teen, Informática, Antenado e Comportamento são em parceria com a FOLHA PRESS

Esta publicação é encartada no Bragança Jornal Diário às Sextas-Feiras e não pode ser vendida separadamente.

Impresso nas gráficas do Bragança Jornal Diário.

ExpEdiEntE

para pensar

Um preço a pagar

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Por Mariana versoLaTo /foLhaPress

Vacina contra HPV passa a ser

indicada para câncer anal A Anvisa (Agência Nacional

de Vigilância Sanitária)

aprovou uma nova indi-

cação para a vacina contra o HPV

(papilomavírus humano).

Agora, além de indicada para pre-

venir câncer do colo do útero em

mulheres e verrugas genitais em

homens, a mesma vacina passa a

valer no combate ao câncer anal,

para ambos os sexos.

A idade em que a imunização deve

ser feita continua a mesma --de 9 a

26 anos--, para que a prevenção seja

feita antes do contato com o vírus.

Por enquanto, a vacina contra HPV

não faz parte do programa nacional

de imunização e está disponível

em clínicas particulares. Municí-

pios como Taboão da Serra (SP)

e Campos (RJ) já anunciaram a

oferta da vacina.

A aprovação da nova indicação foi

baseada em um estudo publicado no

“New England Journal of Medicine”,

que mostrou que a vacina diminuiu

em 77% as lesões causadas pelos

tipos de HPV cobertos na vacina

quadrivalente (6, 11, 16 e 18) e em

55% as lesões associadas a outros

14 tipos de HPV.

Os 602 voluntários do estudo eram

homens mais suscetíveis a desen-

volver o câncer anal por praticarem

sexo com outros homens.

Mas, segundo a pesquisadora Luisa

Villa Lina, professora da Faculdade

de Ciências Médicas da Santa Casa

de São Paulo e uma das maiores

especialistas em HPV no país, a

ampliação da indicação para ho-

mens e mulheres em geral foi feita

porque entende-se que o benefício

pode ser extrapolado.

“A frequência de câncer anal é

maior em mulheres e em homens

que fazem sexo com homens, mas

a doença também acomete héteros

e quem nunca fez sexo anal.”

Isso porque o HPV é altamente

transmissível e pode ser transferido

na relação sexual com a mulher ou

pela manipulação com os dedos.

Grupos de maior risco, porém,

poderão ter a indicação reforçada

por seus médicos, como pacientes

com HIV.

Fabio Atui, médico responsável

pelo ambulatório de proctologia e

DST/Aids do Hospital das Clínicas

da USP, diz acreditar que a vacina

poderá diminuir a incidência do

câncer anal no futuro e ser uma

arma a mais para a prevenção,

principalmente quando o tabu ou

o desconhecimento impedem que

as pessoas de alto risco façam o

diagnóstico precoce das lesões

causadas pelo HPV.

Raro O câncer de ânus é raro (1,5 caso

em 100 mil pessoas), mas, nos úl-

timos anos, a incidência do tumor

cresceu 1,5 vez entre os homens e

triplicou entre as mulheres, segun-

do artigo da “Revista Femina”, da

Febrasgo (Federação Brasileira

das Associações de Ginecologia

e Obstetrícia).

Uma explicação para isso é o fato

de mulheres com infecção cervical

pelo HPV têm um risco três vezes

maior de infecção anal simultânea,

segundo estudo feito no Havaí.

Cerca de 80% da população se-

xualmente ativa já teve contato

com o HPV. Nem todos, porém,

desenvolverão verrugas

genitais ou câncer.

Apesar de raro, tumor tem se tornado mais frequente em ambos os sexos; maioria dos casos é ligada ao vírus

saúde

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Sem espaço para representação em museus e galerias, a street art surgiu em Nova York nos anos 1970, como parte do movimento underground e

encontrou nos muros das cidades a platafor-ma ideal de expressão. Movimento artístico com alcance tão representativo quanto a pop art, aos poucos a street art ultrapassou os próprios limites e se espalhou em diversas formas, como graffiti, stencil, stickers, cartazes lambe-lambe, intervenções e instalações. A cidade, antes estática, transformou-se em suporte para a expressão da arte, na qual artistas apropriam-se dos espaços públicos e os tornam mutáveis. No Brasil a street art chegou primeiro em São Paulo, pelas mãos de Alex Vallauri, entre os anos 1970 e 1980. Foi com ele, também, que primeiro alcan-çou as galerias, com trabalhos expostos na Pinacoteca do Estado, no MASP e na Bienal Internacional de Arte. Mas foi somente nos anos 2000, com Os Gêmeos – Gustavo e Otávio Pandolfo - que a street art passou a ser reconhecida pelo circuito artístico no Brasil e ocupar espaços significativos em locais antes alheios a ela. Hoje a street art brasileira recebe atenção acadêmica e começa a ter a história registrada em livros, como em “Estética Marginal – Volume#2”, que docu-menta, a partir de biografias, a contribuição que artistas como Alex Vallauri, Celso Gitahy, Jaime Prades, Carlos Matuck, Claudio Donato e Júlio Barreto, entre outros, trouxeram às artes plásticas. A street art mantém-se estética e o conceitualmente margi-nal, mas, ao fazer o caminho inverso de seu surgimento, sair do espaço público e in-vadir o privado, passa a ser reconhecida e valorizada enquanto movimento artís-tico representativo de uma época e de um grupo. É um movimento atual e globalizado, com artistas produzindo em todos os cantos do mundo, inclusive na região bragantina. Conversamos com dois desses artistas, Matias “Espacial” Picon e Simone Sapienza “Siss”, para saber como a linguagem das ruas manifesta-se em seus trabalhos.

Arte Gráfica“Eu vejo a arte de rua como atitude capaz de intervir no espaço público”, fala Matias. Ele se considera, antes de tudo, um artista visual. Não se prende a nenhum rótulo e nem a nenhuma plataforma para realizar seus trabalhos. Produz stencil, adesivos, colagens, camisetas, telas, sketchbooks. “Minha primeira linguagem foi a colagem. Hoje meu trabalho é um híbrido em que uso o spray, o acrílico e a colagem. O stencil eu aprendi sozinho, em 2003. Aos poucos fui evoluindo e meu traba-lho começou a ganhar notoriedade. Comecei produzindo em São Paulo e Atibaia. Em 2004 participei de uma primeira exposição, na Pinacoteca de Atibaia”, conta. Nessa época a street art era algo novo tanto em Atibaia quanto em Bragança. Matias foi um dos primeiros artistas a trazer o conceito para a região e é um dos responsáveis por difundir a linguagem e a técnica do stencil por aqui. “Eu olho uma parede ou um muro, vou lá e pinto. A arte tem o poder de modificar, criar ruptura. Ajuda a sair da mesmice, a trazer algo inusitado para a cidade, a provocar o olhar de quem passa”, analisa. Durante certo período, Matias foi responsável pela Galeria Mutante, em Atibaia e ali teve a oportuni-dade de ensinar o que sabe a novos artistas e também de trazer trabalhos de artistas já conceituados para exposições. “Foi um espaço capaz de proporcionar troca e diálogo. Mais do que dar aula sobre stencil o importante é incentivar que aconteça, que outros artistas produzam, que novas gerações descubram a possibilidade. Eu posso ensinar a técnica, mas atitude vem da pessoa. Não tem que esperar que o poder público incentive, valo-rize. Tem que fazer acontecer por si mesmo”, fala. Em dez anos de produção artística na região, o trabalho de Matias já é facilmente reconhecido por quem acompanha a evolução da street art local. “O nome Espacial já está bem conhecido. Eu vim da escola de arte gráfica, não de arte plástica. Meu trabalho tem muito dessa pegada gráfica. E também

tem uma pegada mais agressiva, não curto muito deixar as coisas bonitinhas. Pode até ser um desenho limpo, mas sempre vai ter ali algo pra questionar, sair do conforto”, conta. “Hoje se faz muito trabalho por encomenda, como fachadas ou paredes indoor. Não vejo nada de errado nisso. Mas não dá pra ficar só nisso, tem que sair pra rua, pintar muro. A bagagem de vivência é que marca a pegada de cada artista. Qualquer coisa é parte dessa bagagem, mas só se ele estiver com o radar ligado”, avalia. Uma das características da street art é ser mutável, assim como a própria cidade. Hoje um muro pode estar ali, ama-nhã não. Por isso, grande parte da produção desses artistas fica registrada em imagens fotográficas. Para Matias, isso faz com que a arte de rua seja uma arte andante. “É como se o artista fosse tatuando a cidade. É uma mutação gigante de concreto. Ao mesmo tempo é a arte ao alcance de quem passa”, diz.

TPMSiss é artista plástica desde 1995, mas foi apenas em 2010 que descobriu o stencil, em um curso com Matias e Celso Gitahy. “Meu trabalho em tela já tinha características de arte de rua, foi uma transição natural. Quando descobri o stencil e o lambe-lambe percebi

que são linguagens muito mais versáteis, me apaixonei. Acabou encaixando muito com o que eu queria passar com meu trabalho. O spray foi um desafio, depois de 16 anos com pincel e tinta acrílica”, fala. Desde que começou a trabalhar com arte, Siss sempre desenvol-veu projetos voltados para a condição da mulher. Hoje ela percebe que até nisso o stencil trouxe benefícios para sua obra. “É uma arte muito poética. E me possibilitou in-vadir um espaço tipicamente

masculino para falar da mulher. Meu trabalho está servindo de referência para meninas que estão começando. As pessoas vêm me dizer que é muito importante o que estou passando para as meninas. Onde eu vou tem mulher pintado”, conta. As mulheres fazem parte do trabalho de Siss não só no tema, mas também em personagens. Sophia Loren, Frida Kahlo, Clarice Lispector, Tina Turner, Elza Soares são algumas das homenageadas. Outras características do trabalho da artista são as frases que acompanham os desenhos e também o humor. “Eu tenho que escrever alguma coisa pra que o trabalho esteja pron-to. E sempre trago questionamentos com uma levada de humor. A arte de rua é uma arte muito política”, diz. Uma de suas obras mais conhecidas é a Mulher Maravilha com latas de spray nas mãos e a frase “TPM – To Pintando Muro”. Uma versão desse trabalho conquistou notoriedade internacional ao ser escolhido pela cantora Madonna para estampar a capa do single “Superstar”. Siss havia se inscrito em uma oficina no MIS, em São Paulo, sem fazer idéia de que o projeto tinha por finalidade uma seleção. A primeira etapa reduziu o número de participantes de 30 para 10, depois de votação do público. A própria Madonna foi quem escolheu o traba-lho de Siss entre os finalistas, sem saber que ela era a única mulher entre os 10. “Isso me ajudou a ficar com o nome conhecido, o que contribui para viabilizar projetos. As coisas aconteceram muito rápido pra mim na arte urbana”, conclui. Com quase três anos de carreira em arte urbana, Siss expôs em Paris, Berlin e Budapeste.

colaboração sheL aLMeiDa

Trabalhos de Matias “Espacial” Picon em paredes indoor, feitos por encomenda. Arte de rua sai do espaço público e invade o privado.

Para Siss a arte de rua tem o poder de fomentar o debate para assuntos sociais e políticos.

Matias “Espacial” Picon foi um dos primeiros artistas a trazer o a arte de rua para a região e é um dos responsáveis

por difundir a linguagem e a técnica do Stencil por aqui.

Trabalho de Siss foi escolhido, em concurso, para ilustrar capa de single de Madonna. Artista expôs em Paris, Berlin e Budapeste.

Para conhecer mais sobre o trabalho dos

artistas, acesse: www.matiaspicon.tumblr.com

e www.siss1.com.br

Começa hoje, 1º de Março, a exposição coletiva

“Walkman sobre Papel”, com participação de

Matias “Espacial” Picon e mais 12 artistas brasi-

leiros e estrangeiros. O evento acontece na Casa

30 com abertura às 19h. O endereço é

R. José Domingues, 30.

FOtOs: ARquivO PessOAl

A arte de rua tem o poder de modificar, criar ruptura. Ajuda a sair da mesmice, a trazer algo

inusitado para a cidade, a provocar o olhar de

quem passa

Matias “Espacial”

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problemas comuns e de fácil soluçãoLíngua presa ou separação de dentes:

A cirurgia plástica periodontal é definida como tratamento cirúrgico realizado para corrigir ou eliminar

deformidades anatômicas da gengiva ou mucosa por origem traumática ou de de-senvolvimento como, por exemplo, corrigir inserções de freios ou músculos, ou ainda aumentar a quantidade de gengiva na arcada dentária. O assunto de hoje será sobre como corrigir estes freios ou músculos. Você já reparou que algumas pessoas apresentam os dentes incisivos (anteriores) separados?Ou ainda falam com dificuldade, como se estivessem com a língua presa? Ou apresentam uma retração na gengiva com uma “forte” inserção muscular? O freio é uma mucosa que contem fibras musculares e se encontra nos lábios, bo-chechas ou na língua. Os problemas do freio ocorrem com maior freqüência entre os incisivos centrais supe-riores e inferiores e nas áreas de canino e pré-molar, ocorrendo com menor freqüência na superfície lingual da mandíbula. Ele se torna um problema, quando esta inserção nos lábios e bochechas está pró-xima à gengiva marginal (aquela gengiva que contorna os dentes), ou quando o freio lingual apresenta-se curto e espesso, podendo interferir na remoção da placa bacteriana, inibindo a escovação adequada dos dentes ou dificultando os movimentos da língua. Outro problema muito comum na popu-lação é quando que este freio se encontra inserido no meio dos dentes anteriores até o palato (céu da boca) causando o dias-

tema (termo usado para definir “espaço entre os dentes”). Nesse caso, geralmente o paciente procura um Ortodontista para “fechar” este espaço, tendo como queixa principal sua estética, o paciente usual-mente relata sentir-se envergonhado com seu sorriso. Como esta inserção é muito fibrosa, na maioria das vezes o Ortodon-tista não consegue fechar este diastema simplesmente com a colocação do aparelho, havendo a necessidade de uma intervenção cirúrgica para atingir o resultado esperado, sendo o paciente indicado a procurar um Periodontista que fará a remoção deste freio.Existem algumas técnicas para a remoção total ou parcial destes freios, podendo o dentista reposicionar este freio ao invés de removê-lo completamente. Quem de-terminará qual técnica indicada para cada paciente será o especialista, que após uma avaliação inicial irá planejar com o paciente o melhor tratamento a ser realizado. Por tratar-se de uma técnica cirúrgica simples, a cirurgia é realizada no consultório em al-guns minutos, sob anestesia local. Quando se trata do freio lingual, é muito comum que o paciente seja encaminhado a um fonoaudiólogo, antes ou após a cirurgia, para adaptá-lo à sua nova condição.O sucesso neste tratamento é garantido quando bem indicado, trazendo ao pa-ciente uma nova sensação de conforto e satisfação tanto quanto à estética do sorriso, à qualidade da fala e melhor hi-gienização da boca.

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A violência e as

torcidas de futebolÉ curioso pensar que a violência tenha um status de ingresso e de ascensão social, ou seja, ela é capaz

de destacar e de elevar a posição social de um indivíduo ou de um grupo de indivíduos na hierarquia social e é utilizada com mais e mais frequência nos momentos sociais mais diversos, tais como uma briga de adolescentes ou em eventos maiores como nos jogos de futebol.A visibilidade destes atos é imensa devido a todo o aparato midiático e ao acesso às redes sociais que se tornam espaços, nada virtuais, nos quais as mensagens de ódio e de violência proliferam sem controle e de forma quase instantânea. A divulgação de brigas, de imagens de conflitos, que mais lembram antigos confrontos tribais, e de agendamento prévio de conflitos é enorme. Em alguns países, como os EUA, esta forma de propaganda social chegou ao cúmulo de estimular vídeos nos quais adolescentes levavam outros adolescen-tes para suas casas, os espancavam para,

minutos depois, compartilhar o vídeo na internet ou ainda quando namorados marcavam brigas entre suas namoradas para o mesmo propósito.Mas, o que é a violência? Ou qual a ideia de violência utilizada aqui?A violência é, segundo a visão dos gregos, todo e qualquer ato que transforma o ser humano em uma coisa, portanto todo ato que desconsidere a humanidade de uma pessoa é um ato de violência. Percebe-se, pois, que a ideia de violência se aplica ao universo dos seres humanos.E o motiva o individuo ou um grupo de indivíduos a adotar posturas violentas em busca de ingresso social são fatores como o pertencimento a um grupo, a aceitação tão buscada pelos adolescentes e a ideia explícita de superioridade física. Quando pensamos que grupos como os Carecas, que são comuns em metrópoles como São Paulo, têm como ritual de iniciação um momento de agressão coletiva ao membro recém aceito, vemos até onde esta busca

pode levar. Entretanto, estes grupos são desconhecidos e mais difíceis de serem identificados, o que não ocorre com as torcidas organizadas. A visibilidade das torcidas organizadas e a sua presença extrapola o universo dos estádios de futebol, pois elas se encontram em áreas assistenciais, já que algumas mantêm ou dizem que mantém programas educativos em suas sedes, e nas áreas cul-turais, com a criação de escolas de samba e afins. Estranho é que estas organizações, tão bem estruturadas, não tenham o mes-mo cuidado com o cadastramento de seus filiados ou o controle de vendas de seus produtos que deveriam ser, em um primeiro momento, direcionados aos seus afiliados. Se há o cadastramento, ele não é claro, pois nos parece através da grande mídia, que estes dados não são apresentados quando temos algum problema.Algumas destas agremiações cumprem o papel de ingresso social tal qual descrito acima. No entanto, o mais assustador é

o fato deste problema da violência nas torcidas ser generalizado e não restrito a uma única torcida, como é divulgado e de-fendido nas redes sociais que só alimentam as rivalidades entre estas mesmas torcidas e induzem os “torcedores” a tomarem po-sições parciais de defesa de “seus clubes” e nos façam perder de foco o problema da violência dentro e fora dos estádios.É evidente que durante algumas semanas e alguns jogos os conflitos entre as torcidas irão diminuir, é evidente que manifestações e discursos contra a violência partirão destas organizações, mas o problema se-rá resolvido? Pode-se pretender afirmar que não. E, para encerrar, uma fatalidade não pode ser comparada com um ato de extrema irresponsabilidade que carrega consigo um potencial enorme de risco aos demais torcedores.

Pedro Marcelo Galasso – cientista polí-tico, professor e escritor. E-mail: [email protected]

Por PeDro MarceLo GaLasso

Reflexão e Práxis

Muffins saborososMuffins de banana e frutas secasAdoraria acordar toda manhã com o cheiro de bolo fresco assando no forno. Estes muffins de banana

e frutas secas são especiais. Além de ser rápido para ser preparado!Nem usei batedeira ou liquidificador.Fiz tudo misturando apenas numa tigela alta.Coloquei os ingredientes nesta ordem:3 bananas nanicas grandes maduras, amassadas com um garfo (ou 4 pequenas)2 colheres de margarina derretida no micro por 15 segundos¾ de xícara de açúcar1 ovo levemente batido1 colher (chá) de baunilha1 colher (sopa) de café expresso (opcional)1 colher (chá) de bicarbonato de sódiouma pitadinha de sal1 ½ xícara de farinha de trigo1 xícara de castanhas ou nozes picadas grosseiramente½ xícara de uvas passasAcomodei as forminhas de papel para cake numa forma com buracos (mas poderia ser em forminhas de empadas). Coloquei 2 colheres de massa dentro de cada uma. Levei ao forno pré-aquecido (médio -180ºC) por 25 minutos ou até que dourassem.

Para saber se estavam assados, costumo furar bem no centro com um palito de dente. Caso saia limpo, está ok.Assim, retirei do forno e coloquei a forma sobre uma grade do fogão. Assim eles ‘respiram’ por baixo e continuam macios e fresquinhos por mais tempo.Esta receita rende 12 unidades.

DeborahDeborah Martin Salaroli, amante da culinária e a tem como passatempo por influência da avó paterna desde criança. Desde abril de 2010, é criadora e autora do blog www.delicias1001.com.br recheado somente de receitas testadas e aprovadas.Alguma sugestão ou dúvida? Mande um e-mail para [email protected]

Queridos amigosTenho o prazer de divulgar o ‘nascimento’ do “Delícias 1001 - Gastronomia cria-tiva, eventos especiais”, que tem como idéia inovar, com novos pratos e opções de serviço criados a partir da culinária habitual, mesclando sabores, aromas e

apresentação inusitada. Opção ideal para quem deseja reunir e surpreender pessoas com praticidade e elegância, em cardápios personalizados, cada evento é elaborado de acordo com

seu perfil, sugerindo um menu criativo e sofisticado, ousado e saudável.Para organizar um evento com comidi-nhas diferentes em casa, é só me chamar (99401.7003)

Por DeBorah MarTin saLaroLiFOtOs: DelíCiAs 1001

muffins de banana

Delícias 1001

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Apesar da chegada do poderoso portátil Vita, da Sony, e do temporão Wii U, estreia tardia da Nintendo na era do HD, a verdade é que os

games mais aguardados de 2013 saem para as plataformas já estabelecidas há pelo menos cinco anos: PlayStation 3 e Xbox360. O lançamento mais esperado ocupa este posto há quatro anos, já que a Rockstar não lança nova versão de “Grand Theft Auto” desde 2008. “GTA 5” chega com a promessa de ser um dos maiores jogos da história. Tomb raider Sinopse: O game resgata as origens de Lara Croft e foca na sua transformação de mocinha apavorada em uma sobrevivente casca-grossa com instintos aguçados e capacidade física além dos limites da resistência humana. Para: ps3, xbox360, pc Quando: 5 de março Expectativa: A produtora Crystal Dyna-mics anunciou: “Esqueça tudo que você sabe sobre ‘Tomb Raider’” The last of us Sinopse: Depois que um fungo matou mi-lhões de pessoas, a humanidade se refugia em zonas de quarentena comandadas pelo Exército, obedecendo a uma lei marcial. Um homem promete a um amigo que vai tirar uma jovem garota desse regime, e os dois fazem uma perigosa viagem pelos Estados Unidos.

Para: ps3 Quando: 7 de maio EXPECTATIVA: Apresenta uma nova dinâmica de interação entre personagens nos momentos de combate e traz cenários maravilhosos de cidades abandonadas, tomadas pela vegetação. Além disso, ganhou mais de 20 prêmios de revistas especializadas na última edição da feira de games E3, incluindo seis de melhor game Mega man x street fighter Sinopse: Crossover entre uma das séries de ação mais populares da era 8-bits, “Mega Man”, e a pedra fundamental dos jogos de luta modernos, “Street Fighter 2”. Primeira de uma série de homenagens aos 25 anos do “Mega Man”. PARA: PC QUANDO: já nas lojas Expectativa: Basicamente o “Mega Man” clássico, com os lutadores originais de “SF2” no lugar dos chefões de fase Grand theft auto 5 Sinopse: Simulador de banditismo ex-tremo, “GTA” polemiza ao convidar o jogador a cometer diversos crimes -desde o roubo de carros, que dá título ao game, até o tráfico de drogas, passando pela prostituição e pelo assassinato. PARA: PS3, Xbox360, PC Quando: lançamento entre abril e junho Expectativa: Releitura em HD da melhor cidade da série, San Andreas. Pela primeira vez na história da franquia, será possível escolher entre três personagens diferentes

Por anDrÉ cZarnoBai/ foLhaPress

Start 2013 Aqui está uma prévia dos games que vão dominar as atenções no ano, depois de longa espera

The Last of Us

GTA 5

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Foi com muita alegria que fotografei essa menininha mais linda e de olhos incri-velmente azuis: Maria Clara. Ela é filha do Sr. Luis Pugliesi e Sra. Gisela. Foi num lindo domingo ensolarado na belíssima Igreja Matriz de São João em Atibaia. Os avós, tios, tias e amigos estavam presentes para prestigiar esse lindo acontecimento na vida da pequena Maria Clara. Os padrinhos da Maria Clara foram os Tios Luciano e Renata que, com muito ca-rinho, cercava Maria Clara de ternura. Quem celebrou a cerimônia foi o querido Monsenhor Giovanni, amigo da família que fez uma belíssima oratória.

Logo após a cerimônia seguimos para o almoço para continuar a alegria desse lindo dia. Claro que Maria Clara foi disputada pelos colos das tias “corujas”. Também não era pra menos, a pequenina é um docinho de criança que, generosamente, ia no colo de todo mundo.Enfim mais um dia inesquecível que guardo com muito carinho.

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A primeira geração do Citroën C3, produzida no Brasil a partir de 2003, praticamente inaugurou o segmento dos hatches compactos superiores

no mercado local. Na época, o único rival era o Volkswagen Polo, lançado no ano anterior. A briga mais quente estava no “andar” de baixo, entre os compactos populares como Gol, Palio e Fiesta. No entanto, o aquecimento da economia nacional nos últimos anos fez com que muitos consumidores “subissem um degrau” em busca de um pouco mais sofisti-cação e qualidade. O que anda embalando as vendas de compactos equipados e com bom nível de acabamento. O velho Polo continua a venda, mas em uma versão antiga, que reduz sua atratividade. Novatos como Fiat Punto, Ford New Fiesta e Chevrolet Sonic assumiram boa parte dos consumidores do segmento. Diante da proliferação de con-correntes, o C3 precisou se renovar. E sua segunda geração, apresentada em agosto do ano passado, definitivamente devolveu o status ao modelo. Na transformação estética, o inegável des-taque é o para-brisa panorâmico Zenith, de série a partir da versão intermediária, que se estende até quase a metade do teto. Mas o preço do hatch também avançou. A configuração Exclusive, que corresponde a 20% do mix de vendas do C3, é a que mais exemplifica esse salto. No topo da linha, a versão não sai das concessionárias por me-nos de R$ 51.190 – a versão “top” da geração anterior, mesmo em seus melhores tempos, jamais chegou aos R$ 49 mil. Além dos va-lores, a renovação também influenciou nos resultados do C3 no mercado. Em 2011, já em “fim de carreira” e com preços mais baixos, a geração anterior fechou na frente do rival Fiat Punto. Já em 2012, nos oito primeiros meses com um modelo antigo já agendado para deixar de existir e depois com a nova geração e seus preços reajustados, o C3 ficou atrás do concorrente da marca italiana no acumulado. Foram 42.362 unidades emplaca-das pelo hatch da Fiat contra 34.923 entregas do compacto da Citroën. Em janeiro desse ano, foram 4.886 unidades do Punto contra 3.212 unidades do C3.O grande apelo do C3 está nas modernas linhas. Os vincos são bem distribuídos e formam um conjunto harmonioso, que mistura robustez e sofisticação. Alguns detalhes cromados, como os presentes na grade dianteira, no friso superior do para-brisa e na parte inferior da tampa do porta-malas ajudam a equilibrar a aparência do hatch. Na frente, luzes diurnas em led modernizam o carro e, na traseira, o novo formato das lanternas, que lembram bumerangues, ajuda a encorpar o compacto.Por dentro, embora o acabamento seja bem feito, não há tanta novidade. O painel já é conhecido. É o mesmo usado na minivan C3 Picasso. No entanto, o volante e o cluster de instrumentos lembram os do compacto “premium” DS3. O ar-condicionado ganhou saídas redondas com contorno que simula um cromado. Todos os itens de conforto são de série, incluindo no pacote a direção com assistência elétrica, trio elétrico, além de freios ABS, airbags frontais e o para-brisa Zenith. Entre os opcionais, presentes na

versão testada, estão os bancos de couro, detector de obstáculo traseiro e airbag lateral. Há disponível ainda um sistema de navegação com GPS, que adiciona R$ 2.400 ao preço final.A versão Exclusive é equipada com o mesmo motor 1.6 litro da geração anterior. O pro-pulsor, no entanto, foi atualizado e ganhou novos materiais nas partes internas. A mo-dernização permite que a unidade de força gere 122 cv de potência e entregue torque de 15,5 kgfm. O conjunto é completado por uma transmissão manual de cinco velocidades. O Citroën C3 é produzido na fábrica da PSA Peugeot Citroën em Porto Real, Sul do Rio de Janeiro. O preço vai de R$ 51.190, quando nas cores branca ou preta e sem qualquer opcional. Com todos os equipamentos e pintura perolizada, a fatura ultrapassa os R$ 58 mil.

Ponto a pontoDesempenho – O motor 1.6 litro gera 122 cv e mostra disposição para empurrar os 1.177 kg do C3. Tanto na cidade quanto na estrada, o carro não deixa a desejar, mesmo quando se opta por uma tocada mais agressiva. Com 15,5 kgfm de torque, na faixa dos 3 mil giros, as saídas são convincentes e a relação do câmbio de cinco marchas com trocas manuais é a ideal para que o conjunto opere de forma linear, suave e “animada”. Nota 8.Estabilidade – O C3 transmite uma sensação de segurança incomum entre os compactos, mesmo quando exigido em velocidades mais elevadas. Transmite a impressão de estar sempre grudado ao solo. Em áreas com muitas oscilações na pavimentação, ele até balança ligeiramente, mas nada que comprometa. Nota 8.Interatividade – O hatch tem quase tudo onde deveria estar. Os comandos atrás do volante é que poderiam ser mais diretos. Ainda assim, nada que complique a utilização. A visibilidade do C3 merece um capítulo à parte. O para-brisa Zenith aumenta consideravel-mente o campo de visão do motorista e sua interação visual com o meio ambiente, sem contar o “charme”. O sistema de entreteni-mento melhora a interação entre motorista e carro. A conexão do telefone ao sistema Bluetooth poderia ser mais simplificada. Porém, uma vez conectado, tudo fica simples e intuitivo. Nota 9.Consumo – Segundo o InMetro, o C3 Exclu-sive 1.6 faz 10,6 km/l na cidade e 13,4 km/l na estrada com gasolina. O Programa Brasileiro de Etiquetagem classificou o hatch com a nota “C”. De acordo com o computador de bordo do carro, o consumo na cidade com etanol manteve-se em 7,5 km/l e, na estrada, perto do 9 km/l. Nota 6.Tecnologia – Embora o interior do Citroën C3 não apresente nada inovador em termos de equipamento, a plataforma é moderna. A atual geração é de 2009 e a plataforma é a mesma de outros modelos recentes da PSA, como o DS3. O motor, embora antigo, foi atualizado recentemente, recebeu novos materiais e teve o rendimento melhorado. Embora conte com direção elétrica, não há controle de estabilidade. Nota 8.Conforto – Mesmo se tratando de um hatch,

o C3 conta com bom espaço interno. Os bancos da frente, além de confortáveis, dão ao motorista e o passageiro boas opções de ajustes para encontrar a melhor posição. Na parte de trás, dois adultos não encontram problemas. O isolamento acústico é bem feito e a suspensão também “segura” bem as imperfeições do caminho. Nota 8.Habitabilidade – É agradável estar a bordo do Citroën C3. Peca pela falta de porta-objetos, já que os que existem são pouco práticos. O porta-malas comporta 305 litros. Suficiente para o cotidiano, mas nada muito farto para levar bagagens em caso de viagens. Nota 7.Acabamento – Seria exagero dizer que o C3 tem interior requintado. No entanto, de modo geral, não deixa a desejar. Os plásticos aparentam boa qualidade e os encaixes são justos, sem rebarbas. Nota 8.Design – A Citroën acertou ao alterar o visual do C3. O modelo ficou mais “másculo” e os vincos trocam a aparência arredondada por um perfil mais robusto. As luzes diurnas de leds dão certa sofisticação ao carro. As lanternas, que se pronunciam em direção às laterais e à tampa do porta-malas, dão sensação de modernidade ao desenho do hatch. Nota 8.Custo/benefício – Apesar da qualidade do Citroën C3, o Exclusive 1.6 parte de R$ 51.190 e pode chegar a onerosos R$ 57.980, depen-dendo da configuração escolhida. A versão testada sai por R$ 54.980. Um hatch compacto com preço similar ao de alguns sedãs médios disponíveis no mercado nacional. O consumo de combustível nivel C no InMetro também pesa na relação. Nota 5.Total – O Citroën C3 Exclusive 1.6 somou 75 pontos em 100 possíveis.

Impressões ao dirigirÉ impossível chegar perto do C3 e não se admirar com o vasto para-brisa. O vidro pa-norâmico Zenith, sem dúvidas, foi um grande acerto da Citroën na nova geração do carro. Por dentro, a sensação é ainda melhor. Nada que permita chamar o hatch de luxuoso, mas, além do conforto, tudo está de acordo com o que se espera de um carro. Os assentos são confortáveis e o volante regulável em altura e profundidade contribui para que rapidamente seja encontrada a melhor posição de dirigir. Embora o design seja bastante convidativo, o hatch não se vale somente da aparência. É girar a chave e logo perceber que os 122 cv do motor cumprem com tranquilidade qualquer exigência.Por se tratar de um hatch compacto, não falta destreza para serpentear entre os pou-cos espaços que restam nas congestionadas ruas de uma metrópole. A assistência elétrica da direção aumenta consideravelmente o conforto. A condução fica leve. Porém, é uma grata surpresa o desempenho do C3 na estra-da. Em uma rodovia livre, que mescla retas, trechos sinuosos e subidas, o motor mostra valentia e não muda de comportamento. O bom escalonamento do câmbio dá necessária dose de agilidade nas primeiras marchas e tem as últimas relações bem prolongadas. A precisão dos engates facilita o trabalho. O hatch suporta uma velocidade de cruzeiro acima dos 130 km/h sem enviar qualquer

ruído para dentro da cabine.À noite, com os faróis altos invadindo a cabine por todos os lados, o retrovisor eletrocrômi-co mostra sua efetividade e filtra qualquer luminosidade. No entanto, a iluminação é o ponto fraco do interior do C3. Por conta do forro, que se move em direção à traseira para “descortinar” o para-brisa, as luzes internas ficam nas laterais, pouco acima dos ombros do motorista e do passageiro. Ou seja, o que o hatch ganha em visibilidade durante o dia, perde à noite. Ainda assim, é divertido dirigir o carro. Pelo menos até a hora de abastecer, quando o elevado consumo de combustível – principalmente quando se roda com etanol e em trânsito urbano – se mostra como o verdadeiro “telhado de vidro” do C3.

Ficha técnicaMotor: 1.6 a gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.587 cm³, quatro cilindros em linha, comando simples no cabeçote, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas na admissão. Injeção eletrônica mul-tiponto sequencial e acelerador eletrônico.Transmissão: Câmbio manual de cinco mar-chas à frente e uma a ré. Tração dianteira.Potência máxima: 115 cv e 122 cv com gasolina e etanol a 6 mil rpm.Torque máximo: 15,5 kgfm e 16,4 kgfm com gasolina e etanol a 4 mil rpm.Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amorte-cedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira com travessa deformável, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Pneus: 195/55 R16.Freios: Discos ventilados na frente, tambores atrás e ABS com EBD de série.Carroceria: Hatch em monobloco com qua-tro portas e cinco lugares. Com 3,94 metros de comprimento, 1,70 m de largura, 1,52 m de altura e 2,46 m de distância entre-eixos. Airbags frontais de série. Airbags laterais opcionais. Peso: 1.100 kg. Capacidade do porta-malas: 300 litros.Tanque de combustível: 55 litros.Produção: Porto Real, Rio de Janeiro.Itens de série: Airbag duplo, ABS com EBD, travamento central das portas, ban-co do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, direção elétrica, trio elétrico, volante com regulagem de altura e profundidade, faróis de neblina, lanternas diurnas, para-brisa panorâmico, rádio/CD/MP3/Bluetooth, maçanetas na cor da carro-ceria, faróis com acionamento automático, retrovisor eletrocrômico, ar-condicionado automático, cruise control, sensor de chuva, pedais com acabamento em alumínio, pon-teira de escapamento cromada, volante em couro e rodas de liga leve de 16 polegadas.Preço: R$ 51.190.Opcionais: Pintura metálica, por R$ 1.090, pintura perolizada, por R$ 1.990, sistema de navegação MyWay com GPS, por R$ 2.400, pacote com banco de couro e detector de obstáculo traseiro por R$ 2.100 e airbag lateral, por R$ 600.Preço da versão testada: R$ 54.980.Preço completo: R$ 58.280.

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por roDriGo MachaDo/auTo Press

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FOtOs: PeDRO PAulO FigueiReDO/CARtA Z NOtíCiAs

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por auGusTo PaLaDino/auToPress

Mais forte – A Mercedes-Benz não cansa de lançar novas versões para a sua linha de produtos AMG. O alvo da vez foi, de novo, a C63 na carroceria cupê. A série especial ganhou o nome Edition

507, que é bem auto-explicativo. É que o motor V8 de 6.2 litros ganhou potência e atingiu os 507 hp – ou 514 cv na unidade usada no Brasil –, 50 hp a mais que a configu-ração tradicional. Para conseguir esse ganho de força, a AMG mudou pistões, bielas e até o virabrequim. Com a nova potência, o cupê acelera de zero a 100 km/h em 4,2 segundos e atinge os 280 km/h de velocidade máxima. Francês na lama – À venda desde 2009 na Europa, a tercei-ra geração do Renault Scénic vai passar por um face-lift de meia vida. O modelo já teve as primeiras informações divulgadas, mas a apresentação oficial vai ser no Salão de Genebra, que será realizado em março na capital suíça. O grande novidade vai para a versão XMOD, uma espécie de variante aventureira do monovolume. Ela usa a base do Scénic tradicional, mas com suspensão elevada, novos para-choques, para-lamas e rack no teto.Linha vermelha – A Chrysler vai aproveitar o Salão de Chicago, nos Estados Unidos, para dar uma “sacudida” no Challenger. A fabricante norte-americana vai lançar uma versão especial do cupê, chamada apenas de Redline. As mudanças são basicamente estéticas. Como o próprio nome denuncia, o esportivo ganha faixas vermelhas pintadas na carroceria e aros da roda na mesma cor. O motor continua um V8 Hemi de 5.7 litros, 380 cv e 55,3 kgfm de torque. Extremo Oriente Médio – Por mais improvável que possa parecer, o carro mais caro do mundo é fabricado no Líbano. É o Lykan Hypercar, feito pela W Motors, que custa US$ 3,5 milhões, algo em torno de R$ 7 milhões. Para atingir esse valor, o Lykan tem couro costurado com fios de ouro e

diamantes incrustados nas luzes externas. Além disso, tem um motor de 750 cv que impulsiona o extravagante cupê até 100 km/h em apenas 2,8 segundos e uma velocidade máxima de 395 km/h. A produção também é exclusiva. Apenas sete unidades serão feitas por ano e os executivos da marca garantiram que existem encomendas de todos os cantos do mundo.Sem capota – Depois de conseguir bastante sucesso com a versão fechada, a Toyota vai apresentar a variante con-versível do GT-86 no Salão de Genebra, que vai acontecer em março, na Suíça. Na ocasião, a unidade em exposição vai ser ainda um conceito e vai servir para medir a reação do público. Se for bem sucedido, a sua produção se torna mais provável. O protótipo será chamado de FT-86 e vai manter a base do modelo fechado, feita em parceria por Toyota e Subaru.Para chinês ver – Por causa do início das obras de sua fábrica na cidade de Jacareí, no estado de São Paulo, a fabricante chinesa Chery conseguiu se habilitar no Inovar--Auto, novo regime automotivo brasileiro. Dessa forma, a empresa ganha uma cota de importação de 4.800 uni-dades por ano sem o acréscimo de 30 pontos percentuais extras do IPI. A indústria vai ficar pronta em 2014 e vai ter capacidade inicial de produzir 50 mil carros por ano. Para poucos – A Mercedes realizou dois recalls de dimensões mínimas quase em sequência. Primeiro, a marca alemã chamou o proprietário de uma única Classe G para reparação o ponto de solda que liga o airbag frontal do passageiro ao resto do painel. Um dia depois, foi a vez de um recall para três unidades da Classe E cupê. Mais uma vez, o problema foi no equipa-mento de segurança. Neste caso, a bolsa lateral da janela direita pode esvaziar e não absorver completamente o impacto.

automotivasNotícias

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A Kawasaki não quer se atrasar. Em segmentos de média e alta cilindrada, exatamente onde

a marca japonesa atua no Brasil, a atualização com o mercado exterior é considerada fundamental pelos consumidores. Assim, o intervalo entre um lançamento lá fora e aqui precisa ser cada vez menor. E quan-do se trata de uma de suas motos mais vendidas, a agilidade tem de ser ainda maior. Por isso, apenas três meses depois do lançamento da nova Z800 na Europa, a Kawasaki já começa a produzir e vender a sua naked no Brasil. E a sua missão é das mais nobres. Afinal, em 2012, a Z750 – sua antecessora – foi a moto de alta cilindrada mais vendida da marca, com mais de 1.200 empla-camentos.Como o próprio nome já denuncia, a Z800 cresceu em relação a sua antiga geração. O motor pulou das 748 para 806 cilindradas. De maneira natural, potência e torque também foram realinhados para cima. O quatro cilindros agora desenvolve 113 cv a 10.200 rpm e 8,5 kgfm a 8 mil giros – os números anteriores eram de 106 cv e 8,0 kgfm. O câmbio continua sendo um manual de seis marchas, com transmissão final feita por corrente. O quadro foi outro que passou por melhorias. O modelo tubular feito de aço continua lá, mas ele ganhou um subquadro fundido de alumínio. Em essência, ele permite um novo posicionamento do motor, mais re-cuado e baixo. Dessa forma, o centro de gravidade fica mais rebaixado e melhora a dirigibilidade da moto. As suspensões também foram reformu-ladas para acompanhar a evolução em termos de rigidez do chassi e força do propulsor. Tanto na frente quanto atrás, é possível realizar ajustes no amortecimento, retorno e na pré-carga da mola.A renovação mecânica foi acom-panhada de um novo visual que deixou a naked da Kawasaki com um aspecto muito mais moderno e esportivo. Vista de perfil, a Z800 é definitivamente mais “musculosa” que a Z750. Há uma maior concentração de elementos na parte dianteira da moto. O tanque de combustível – de 17 litros – tem um ressalto na parte superior e vincos nas laterais. A Z800 também ganhou uma carenagem abaixo do tanque que recebe a logo da empresa e o “Z” que identifica a linha. O escapamento reforça esse aspecto mais “compacto” da naked.

Ele continua agrupando as quatro saídas em dois canos, mas está mais curto e próximo da roda traseira. São três opções de pintura que se misturam com elementos da carena-gem pintados de preto. O quadro de instrumentos é totalmente diferente. Agora ele é totalmente digital e ainda tem elementos personalizáveis pelo condutor.A montagem da Z800 no processo de CKD já começou na fábrica da Kawasaki em Manaus. São duas versões: com e sem freios ABS. Os preços são de R$ 35.990 e R$ 38.990, respectivamente. Isso significa que, assim como o motor, o preço tam-bém cresceu na troca de geração. A Z750 era vendida por R$ 33.390 e R$ 37.390 com e sem o equipamento de segurança. A concorrência na faixa de preço é forte e a Kawasaki é li-geiramente mais cara que as rivais. Dentre elas, destaque para a Honda CB 600F Hornet, por R$ 31.990, a BMW F 800 R, a R$ 36.900, a Suzuki Bandit 650, vendida a R$ 28.900 e a Yamaha XJ-6N, a R$ 27.850.

Ficha técnicaKawasaki Z800Motor: A gasolina, quatro tempos, 806 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, coman-do duplo no cabeçote e refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial.Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente.Potência máxima: 113 cv a 10.200 rpm.Torque máximo: 8,5 kgfm a 8 mil rpmDiâmetro e curso: 71,0 mm X 50,9 mm.Taxa de compressão: 11,9:1.Suspensão: Dianteira com garfo invertido de 41 mm com retorno e pré-carga da mola ajustáveis. Traseira do tipo Uni-Trak, com amortecedor a gás e ajustes no retorno e na pré--carga da mola em 7 níveis.Pneus: 120/70 R17 na frente e 180/55 R17 atrás.Freios: Disco duplo de 310 mm na frente e disco simples de 250 mm atrás. Oferece ABS como opcional.Dimensões: 2,10 metros de compri-mento total, 0,80 m de largura, 1,05 m de altura, 1,44 m de distância entre-eixos e 0,83 m de altura do assento.Peso: 229 kg (231 kg com ABS).Tanque do combustível: 17,0 litros.Produção: Manaus, Amazonas.Lançamento mundial: 2012.Lançamento no Brasil: 2013.Preço: R$ 35.990 (R$ 38.990 com ABS).

por roDriGo MachaDo/auTo PressFOtOs: DivulgAçãO

Kawasaki lança a nova Z800 no Brasil apenas três me-ses depois da Europa e mira o mercado de nakeds

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Só de farra A Alfa Romeo

resolveu cele-

brar o patro-

cínio da Superbike,

a segunda categoria

mais importante de

competições para

motocicletas, com uma

versão especial do MiTo

Quadrifoglio Verde.

O compacto ganhou

detalhes estéticos

exclusivos como as

rodas de 18 polegadas,

os para-choques mais

pronunciados e uma

pintura diferente. Serão

apenas 200 unidades

produzidas. O conjunto

mecânico se manteve

o 1.4 MultAir turbo de

170 cv capaz de levar

o MiTo a 100 km/h

em sete segundos

por auGusTo PaLaDino/auToPressFOtOs: DivulgAçãO

Alfa Romeo MiTo SBK Limited Edition

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