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APOSTILA DE FOTOGRAFIA DIGITAL

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APOSTILA DE

FOTOGRAFIA

DIGITAL

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CURSO DE FOTOGRAFIA

I Semestre

ÍNDICE

A HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA - Síntese

A CÂMARA OBSCURA.........................................................................2

AS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS.............................................................. 2

O BRASIL COMO CRIADOR ISOLADO DA FOTOGRAFIA ...................................3

A EVOLUÇÃO DA FOTOGRAFIA .............................................................3

A FOTOGRAFIA COLORIDA ..................................................................3

A CÂMARA FOTOGRÁFICA .................................................................5

CLASSIFICAÇÃO DAS CÂMARAS FOTOGRÁFICAS

(quanto ao sistema de focalização) ......................................................6

(quanto ao formato do filme) .............................................................7

COMO OPERAR A CÂMARA FOTOGRÁFICA .................................................8

O OBTURADOR (Velocidade de Obturação) ..............................................8

ABERTURA DO DIAFRAGMA .................................................................9

FOTÔMETRO .................................................................................10

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA (Velocidade de Abertura) ..................................10

GUIA PRÁTICO PARA EXPOSIÇÃO À LUZ DO DIA .........................................11

OBJETIVAS ...................................................................................12

PROFUNDIDADE DE CAMPO.................................................................13

MATERIAL SENSÍVEL (O filme) .............................................................13

FLASH .........................................................................................15

CÁLCULO DE EXPOSIÇÃO PARA O USO DO FLASH .......................................16

COMPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA ...............................................................17

PREVENÇÃO E CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO ........................................19

O SERVIÇO DOS LABORATÓRIOS COMERCIAIS ............................................19

FOTOGRAFIA DIGITAL - BREVE HISTÓRICO................................................20

O QUE É IMAGEM DIGITAL?..................................................................20

COMO FUNCIONAM AS CÂMERAS DIGITAIS?................................................21

TIPOS DE CÂMERAS DIGITAIS................................................................22

CONCEITOS SOBRE O CCD...................................................................24

CÂMERAS DE MEGAPIXEL....................................................................24

FORMATOS DE ARQUIVOS....................................................................27

O QUE É DPI?..................................................................................27

ARQUIVOS E MEMÓRIA.......................................................................27

TAMANHO DO ARQUIVO......................................................................28

CARTÕES DE MEMÓRIA.......................................................................28

ARQUIVOS E MEMÓRIA.......................................................................28

BIBLIOGRAFIA.................................................................................29

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HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

A CÂMARA OBSCURA

Baseados em um fenômeno físico, explicado cientificamente por Leonardo Da Vinci no século XV , quando disse : ”A luz que incide em um objeto, projeta fielmente a imagem deste para o interior de uma câmara obscura, se houver apenas um orifício para a entrada dos raios luminosos”, Pintores e artistas, a partir de então, simplificaram o trabalho de desenhar objetos e cenas, construíram caixas chamadas de “Câmara Obscura” nos mais diversos formatos e tamanhos . Ficando dentro dessas caixas eles gravavam a imagem que era refletida em uma tela colocada na parede oposta ao orifício, usando pincel ou lápis.

O processo evoluiu a partir do momento em que se descobriu um substituto para a tela, ou seja, um material sensível a luz fazendo com que o artista não mais interviesse manualmente na gravação da imagem.

AS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DE SENSIBILIZAÇÃO

No início do século XVIII, um professor de anatomia, o alemão Johann Heinrich Schulze, realizou experiências com nitrato de cálcio e afirmou, em 1727, que os sais se escureciam sob ação da luz e do calor.

Ampliando as experiências de Schulze o químico suéco Carl Wilhem Scheele demonstrou, efetivamente em 1777, que era somente a luz que escurecia os nitratos.

Mais tarde, 1793, baseado nas informações de Scheele, um desenhista de cerâmica inglesa, Thomas Wedgwood, trabalhando sob a orientação do químico inglês Sir. Humphry Davy, conseguiu as primeiras imagens feitas sob couro ou papel sob a ação da luz. O couro, ou papel, era banhado em uma solução de nitrato de prata que, após o banho recebia em cima folhas de plantas ou asas de insetos e o conjunto era exposto de sol.

As imagens conseguidas com esse procedimento só podiam ser vistas sob a luz de velas, luzes mais fortes escureciam-nas e as faziam desaparecer. Somente a partir das experiências desenvolvidas na França por Joseph Nicéphore Niépce é que as imagens vieram a se tornar estáveis.

Niépce iniciou suas pesquisas em 1813 na intenção de aperfeiçoar o processo da litografia (processo de impressão gráfica hoje conhecido como Off-Set). Utilizando-se de uma câmara obscura dotada de uma lente especialmente desenvolvida para ela e, fazendo uso de uma placa de metal revestida com betume da judéia (tipo de resina) que quando exposto à uma cena endurecia nas partes que recebia luz, representando, aí, as áreas claras da imagem. As áreas escuras eram representadas pela chapa nua onde o betume não recebeu luz e posteriormente foi retirado. Niépce conseguiu ,com esse procedimento, em 1826, o que é considerada, hoje, “A primeira imagem fotográfica da História”. Trata-se da imagem dos telhados e chaminés que eram vistos da janela de seu estúdio, localizado no sótão de sua casa em Chalon-Sur-Saône, França. Este processo recebeu o nome de Héliografhie (do grego Hélio = Sol e de francês Grafhie = gravar).

A partir desse sucesso Niépce associou-se em 1829, a outro francês, o pintor Louis Jacques Mandé Daguerre e passou a trabalhar no aperfeiçoamento do processo.

Em 1833 Niépce morreu. Daguerre seguiu sozinho com as pesquisas e conseguiu , em 1837 o primeiro Daguerreótipo. O processo consistia em uma placa de cobre revestida com prata metálica e sensibilizada em vapores de iodo. Após a exposição na câmara obscura era revelada com vapores de mercúrio. A imagem que aparecia era fixada em um banho de cloreto de sódio (sal de cozinha) diluído em água quente. A imagem conseguida era uma reprodução positiva da cena. O processo não permitia cópias.

O Daguerreótipo foi aperfeiçoado e vendido para o governo da França que divulgou para o mundo em 19 de agosto de 1839 “A invenção da fotografia”.

Ao mesmo tempo em que foi anunciado na França o Daguerreótipo, o inglês William Henry Fox Talbot, anunciou na Inglaterra o processo fotográfico que vinha desenvolvendo desde 1833 “The Art of Photogênic Drawing - A arte do Retrato Fotogênico” que mais tarde (1841) seria chamado de “Calótipo ou Talbótipo”. A Calotipia era um sistema negativo - positivo. Ao contrario do daguerreótipo , permitia reprodução das imagens captadas.

Talbot usou o mesmo procedimento de Thomas Wedgwood e outros pesquisadores. Papéis eram banhados em uma solução de nitrato de prata e expostos ao sol tendo por cima tecidos rendados, desenhos em papel semi-transparente, e asas de insetos. Durante o processo de revelação e fixação da imagem, o papel recebia um banho adicional de óleo que o tornava transparente, transformando a imagem em negativa. Colocando essa imagem, negativa, em cima de outro papel sensibilizado, todo o processo anterior era repetido, produzindo, no final do procedimento, um copia da primeira imagem captada, nesse caso, positiva. Um ano após esse resultado, Talbot passou a usar a câmara obscura para obter a primeira imagem. Conseguiu realizar, em agosto de 1835 o primeiro e verdadeiro negativo da história da fotografia.

Apesar do processo da calotipia permitir cópias, não foi muito utilizado. A imagem conseguida era opaca e o processo todo era muito lento e trabalhoso.

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O BRASIL COMO CRIADOR ISOLADO DA FOTOGRAFIA

Em 1976, através das pesquisas do historiador brasileiro Boris Kossoy, iniciadas em 1972, o Brasil foi reconhecido oficialmente, como “Criador Isolado Do Processo Fotográfico”.

Boris Kossy descobriu que : O francês Antoine Hércules Romuald Florence que chegou ao Brasil em 1824 , iniciou em 1832 na vila São Carlos ( atual Campinas) pesquisas de captação de imagens utilizando-se de vários sais sensíveis à luz, principalmente o nitrato de prata.

Auxiliado pelo boticário Joaquim Corrêa de Mello (estudante de botânica na época) que o instruiu sobre as propriedades químicas dos sais de prata, Florence obteve, em 1833, imagens negativas com o uso da câmara obscura.

O resultado (negativo) não o agradou muito, fazendo-o voltar ao primeiro processo que havia iniciado - sobre uma placa de vidro era feito um desenho em tinta preta - Florence o chamava de negativo, a placa era colocada sobre um papel banhado em sais de prata e o conjunto era exposto ao sol. Após a exposição, o papel era lavado e a imagem fixada em um banho de hidróxido de amônia. O resultado final era uma imagem positiva.

Baseado nesses resultados, Hércules Florence e o boticário Joaquim Corrêa, usaram em janeiro de 1833, pela primeira vez em suas anotações, o termo “Photografhie- Fotografia” para designarem o processo ( a data é , oficialmente, 6 anos antes de Sir. Willian Hershel anunciar na Inglaterra o mesmo termo).

Florence, estando mais animado depois desse resultado, voltou a usar a câmara obscura, conseguindo bons resultados. Usou, desta vez, em suas experiências, vários tipos de sais inclusive cloreto de ouro (segundo o Instituto Rochester de Nova Yorque, é o único caso na história da fotografia mundial que o ouro foi usado como sensibilizante no processo fotográfico). Todas a experiências de Florence foram positivas.

Em 1839, Florence tomou conhecimento , através de um jornal francês , o anuncio do Daguerreótipo e descobriu que o processo era mais evoluído que o seu. Resolveu, então, encerrar seus trabalhos.

Publicou, em 29 de Dezembro de 1839, no jornal do comércio do Rio de Janeiro, Um Artigo falando do seu trabalho, no último parágrafo dizia o seguinte; “...É bem claro que nesta Vila de São Carlos ...em se tratando da poligrafia (processo de impressão gráfica desenvolvido no início de suas experiências de sensibilização), eu deveria adiantá-la o mais depressa possível ... e como tratei pouco da Photografia por precisar de meios mais complicados e de suficientes conhecimentos químicos, não disputarei descobertas a ninguém, porque uma mesma idéia pode vir a duas pessoas.

As informações sobre Hércules Florence, e que possibilitaram a reconstrução do processo pelo Instituto Rochester, só foram possíveis de serem publicadas por Boris Kossy, graças aos documentos guardados e cedidos para pesquisas por seu bisneto Arnaldo Machado Florence.

A EVOLUÇÃO DA FOTOGRAFIA

O surgimento de Novos ProcessosA Daguerreotopia ao contrário dos outros processos, invadiu o mundo. Em 1847, Abel Niépce de Saint Victor , sobrinho de Niépce, usando uma emulsão a base de albumina (clara de ovo) sobre uma placa de vidro, transformou definitivamente o daguerreótipo em negativo, que ao contrário do calótipo, produzia melhores reproduções das imagens sem o limite do numero de copias.

Em 1851, surgiu o processo do Colódio (tipo de cola), desenvolvido pelo inglês Frederick Scott Archer. Neste processo, os sais de prata eram grudados a uma base de vidro através do composto de colódio, melhorando a qualidade técnica do negativo.

A “Era do Colódio” se estendeu até 1880 e revolucionou a fotografia da época . As qualidades do composto produziam imagens mais definidas e permanentes, era mais prático e permitia maior sensibilização das emulsões. Possibilitou, também, o aparecimento das primeiras fábricas de materiais fotográficos. Além de desenvolver o processo estético da fotografia.

A FOTOGRAFIA COLORIDA

Em 1861, foi produzido pelo físico Francês James Clerck Maxwell o processo da tricomia ou síntese aditiva de cores (primeiro processo pratico de fotografia colorida). Eram feitas três fotos cada uma delas através de filtros coloridos nas cores primarias: vermelho, verde azul. Após o processamento os negativos eram projetados em registro , com luzes nas cores usadas nos filtros . O resultado era as cores próximas da cena original

Em 1868, Louis Ducos Du Haron e Charles Cross publicaram as teorias da síntese subtrativa de cores. Nos anos seguintes, Du Haron produziu centenas de fotos usando as teorias.

A síntese subtrativa, no processo de Du Haron, consistia na exposição de três negativos em branco e preto através de filtros nas cores primárias vermelho, verde e azul. No laboratório eram feitas transparências tingidas nas cores opostas, ou seja, secundárias, ciano, laranja e azul-violeta . Quando os três negativos eram expostos em registro, mostravam as cores reais da cena fotografada.

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A partir de 1873, com o aparecimento da emulsão feita a base de gelatina (material extraído de ossos de animais) , introduzida pelo médico e foto-amador inglês Richard Leach Madox e da ampliação em 1832 das faixas de sensibilidades das emulsões, até então, restritas ao azul e ao violeta, passando a serem sensíveis às cores verde, azul e violeta, chamadas de isocromáticas e mais tarde (1884), sensíveis as cores azul, verde e laranja, ditas ortocromáticas; é que o processo fotográfico, principalmente a cores, veio a assumir uma evolução mais abrangente e positiva do ponto de vista prático.

Sendo a gelatina, quando seca, um composto mais flexível que o colódio, ela permitiu que, em 1875, Leon Warnerck fabricasse o primeiro filme em rolo da história. Constituído de gelatina sobre um suporte de papel, o filme era uma versão mais avançada da sua experiência realizada 1854, quando fez uso do colódio também sobre um suporte de papel.

Warnerck construiu , no mesmo ano, a primeira câmara destinada exclusivamente ao uso do filme de rolo.

As experiências de Warnerck serviram de base para que ,em 1888, a Kodak fabricasse sua primeira câmara portátil a “ Kodak nº 1” que usava filme em rolo de papel. E, em 1889, fabricasse o primeiro filme em rolo da história da fotografia, feito em suporte

flexível e transparente. Tratava-se do material nitro-celulose, mais tarde conhecido comercialmente por Celulóide (o suporte de nitro-celulose foi desenvolvido pelo Rev: Hannibal Goodwin que o registrou em 1887).

Em 1891, o físico francês Gabriel Lippiman, usando o processo de interferência da luz, descrita anteriormente por Isaac Newton, conseguiu reproduzir, melhor do que qualquer outro pesquisador da época, uma imagem colorida que mostrava corretamente, em tons limpos e brilhantes as cores da cena fotografada.

Apesar de ser o mais representativo na reprodução das cores de uma cena, o processo não era prático. Só podia ser executado por um cientista (o processo atual de produção de imagens holográficas é uma evolução do processo de Lippimam).

Em 1893, o irlandês Johnn Joly, misturando dois processos anteriores - o de Clerck Maxwell (síntese aditiva ) e o de Du Haron ( síntese subtrativa)- criou um terceiro, a síntese partitiva.

O processo consistia em uma espécie de malha colorida conseguida com minúsculas linhas nas cores vermelho, verde e azul, traçadas sobre um vidro.

A exposição de um negativo era feita através dessa malha. No laboratório era feito um positivo em transparência. Quando os dois eram alinhados e projetados através dessa mesma malha usada na exposição, reproduzia as cores originais da cena fotografada. Processo semelhante foi realizado por Du Haron em 1902.

Todas essas experiências geraram em 1907 o primeiro processo pratico e comercial da fotografia colorida, o Autochrome, ou Autocromo, criado pelos irmãos franceses Lumiére. Produzia imagens monocromáticas com boa definição e foi utilizado pelo mundo inteiro até 1940. O processo era semelhante ao processo de John Joly , com uma diferença, a malha era colocada no suporte por baixo da emulsão e a combinação dos pontos coloridos era aleatória, formando uma espécie de mosaico.

Surgiu em 1935, fabricado pela Kodak, um dos melhores processos práticos e comerciais da fotografia colorida - O processo Kodachrome.

O filme possui três camadas de emulsões sensíveis às cores primárias - vermelho, verde e azul que produzem uma imagem colorida positiva. Pode ser vista por transparência ou projeção . O sistema é chamado de filme positivo ou reversível, popularmente conhecido por Cromo ou Slide.

O processo Kodachrome é uma evolução do filme de duas camadas, fabricado, experimentalmente , pela Kodak em 1924.

Apesar da crise gerada pelo início da segunda grande guerra, surgiu, produzido pela Kodak em 1942, o sistema de fotografia colorida que revolucionou a fotografia dos tempos modernos - O sistema Kodacolor.

O processo é análogo a um processo da Agfa - O Agfacolor, lançado em 1832 e que era um filme colorido, positivo em suporte flexível (em rolo).

O Kodacolor, por ser negativo, se tornou um pioneiro. Iniciou a era das cópias em papel colorido. O filme é fabricado com três emulsões sobrepostas contendo pigmentos que as tornam, respectivamente sensíveis a uma cor primaria - azul, verde, vermelha.

O filme é exposto normalmente à cena. A luz branca ao atingir as camadas do filme é decomposta nas cores primárias e cada faixa de cor sensibiliza sua camada correspondente.

Durante o processamento químico, os reveladores fazem surgir corantes nas respectivas camadas, formando uma imagem negativa ( inversão dos valores claros e escuros e inversão das cores primárias em secundárias - cian , amarelo e magenta ). Essa imagem negativa pode ser copiada por processos diretos em papéis e transparências que contenham uma estrutura semelhante a do filme, reproduzindo, através de filtros dos ampliadores, todas as cores originais possíveis de serem encontradas na cena fotografada.

O processo Kodacolor, assim como todos os outros, evoluiu, sendo composto, hoje, por mais de uma camada para cada cor, podendo chegar, em média, a 15 camadas.

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A CÂMARA FOTOGRÁFICA

Princípios básicos de uma câmara fotográfica

Para se obter bons resultados no ato de fotografar é necessário que se entenda como uma câmara fotográfica funciona; mesmo nos dias de hoje, quando a indústria fotográfica coloca em nossas mãos modernos equipamentos e sofisticadas câmaras micro-computadorizadas, onde só temos que apontá-las para o tema , apertar um botão e em segundos teremos uma foto corretamente exposta que poderá ser transmitida imediatamente para varias partes do mundo, ser simplesmente copiada ou então ser armazenada em um banco de dados de um computador.

A câmara fotográfica nada mais é do que uma caixa fechada tendo no fundo um material sensível à ação da luz e pela frente uma lente que permita focalizar o objeto ou cena desejada.

Para gravar a imagem o material sensível necessita que a intensidade de luz refletida pelo objeto ou cena focalizado seja suficiente para impressioná-la e o tempo que ele ficará exposto à essa luz, deverá ser controlado.

Para que esse processo se torne eficiente é necessário:

1- Uma “Câmara Obscura”, que só se permita a entrada de luz por uma abertura, e somente no momento da exposição;

2- Um visor, normalmente situado na parte de cima do corpo da câmara, que permita visualizar e enquadrar a cena a ser fotografada, mostrando de antemão qual será a imagem que vai impressionar o filme.

3- Essa caixa deve acondicionar corretamente no seu interior o filme apropriado, tanto no formato quanto na sua capacidade, e que esse filme possa ser transportado por um mecanismo de avanço ,ou ser substituído para permitir novas impressões.

4- Uma cortina à frente do filme para protegê-lo da luz, e controlar o tempo que ele ficará exposto; é o obturador e varia nas suas formas:

Obturador de Palheta ou Simples

Obturador de Cortina ou Plano Focal (está situado próximo ao plano do filme). Obturador central ou Íris (são lâminas radiais que estão situados na objetiva).

5- Um botão ou alavanca que acione o obturador, é chamado de Alavanca de Disparo ou Botão Disparador.

6- Um conjunto de lentes dispostas de tal forma que permita uma perfeita focalização do objeto ou cena a ser fotografada, ou seja, a imagem que irá chegar ao plano do filme deverá ser livre de distorções e ser a mais nítida possível.É a Objetiva.

7- Uma abertura (um orifício central) variável ou não, normalmente situado dentro e no eixo da objetiva. A esse sistema é dado o nome de Diafragma.

Os sete elementos descritos acima, permitem finalizar o processo de exposição ou sensibilização do filme que após ser processado quimicamente resultará numa imagem visível, que poderá ser copiada em papel emulsionado ou ser projetada em uma tela.

Observação importante:Toda câmara fotográfica é capaz de produzir boas fotos, desde que se conheça suas qualidades e limitações.

PORTANTO - “CONHEÇA BEM SUA CÂMARA”.

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CLASSIFICAÇÃO DAS CÂMARAS FOTOGRÁFICAS

Quanto ao sistema de focalização ela poderá ser monocular ou binocular.

Câmara Monocular, Reflex Monocular ou ainda mais popular, Monoreflex.

É uma câmara que possui apenas uma objetiva. O seu visor pode ser um visor direto (Moldura retangular ou quadrada, vazada, colocada normalmente em cima do corpo da câmara).

Nos modelos mais modernos o visor é constituído de pequenas lentes embutidas no corpo da câmara e independentes da objetiva. A câmara pode ainda ser dotada do sistema reflex (é um espelho colocado a 45 graus atrás da objetiva que reflete a imagem para cima em um vidro despolido, onde será formada e vista através do visor).

Câmara Simples

Esse tipo de Câmara possui apenas uma ou duas regulagens identificadas por símbolos, como; um sol brilhante, uma nuvem escura, ou uma lâmpada ou raio (indicada para uso com flash). O foco da objetiva é fixo e permite nitidez a partir de uma distância mínima, normalmente após 1,5 metros, ( qualquer elemento fotografado antes desta distancia aparecerá desfocado). O visor é simples e direto sem correção ou indicação do erro de paralaxe.

Câmara Automática

Possue esse nome por ter no seu interior células fotoelétricas ou sensores, que controlam eletronicamente as regulagens do obturador, do diafragma e do foco.

Possui três ou quatro aberturas de diafragma diferentes, que são controladas por sensores de acordo com a intensidade de luz que houver no tema no momento do disparo.

As objetivas são de foco fixo com exceção de alguns modelos atuais que incorporam um sistema zoom, (objetiva com a capacidade de variar as distâncias focais).

Quanto ao foco permitem em muitos casos, focalização a partir de 0,9 metros (90 cm), possuindo mais de uma distância de focalização, ajustada eletronicamente (auto-focus) ou manualmente através de símbolos das zonas de foco que podem ser:

n - A figura de um rosto =1,5 metros (distância média de foco )n - A figura de meio corpo =2,5 metros ( distância média de foco )n - A figura de corpo inteiro =3,5 metros ( distância média de foco )n - A figura de uma montanha =A cena estará em foco a partir de uma distância X (média) de foco até o infinito.

Obs.: A distância X depende da construção da lente e varia de câmara para câmara).

Nota - Em câmaras de foco fixo, tudo estará em foco a partir da distância mínima indicada para cada câmara até ao infinito.

Câmara Ajustável

É uma câmara que possui funcionamento semelhante ao das câmaras simples ou automáticas, porém seus controles podem ser manuais ou eletrônicos ou ainda conter dois ou mais modos de funcionamento, permitindo, na maioria dos casos, todas as regulagens possíveis para se tomar uma foto nas mais variadas condições de espaço, tempo e iluminação.Esse tipo de câmara possui um fotômetro ou exposímetro, (célula fotoelétrica que reage à variação de luminosidade indicando regulagens adequadas para se tomar uma foto em função da luminosidade do local).

Permite grandes variações no uso de acessórios, como: motordrive, ocular, tripé, flash, objetivas cambiáveis e até dispositivos de controle remoto, para disparos e regulagens a distância.

Contém várias aberturas de diafragma e regulagens de velocidade de disparo do obturador, que podem ser ajustados automaticamente ou manualmente .

As câmaras ajustáveis podem ser Monocular ou Binocular.

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O sistema Reflex pode conter de 1 a 3 modos de focalização :

1- Campo Mate ou fosco exterior - A focalização é julgada visualmente pela sensação de nitidez que a imagem apresentar no vidro despolido.

2- Colar Micro-Prismático. Esse colar tem a capacidade de duplicar a imagem. A focalização é conseguida quando apenas uma imagem for vista através dos prismas. O colar é muito útil para se focar pontos ou luzes brilhantes.

3- Centro de imagens Bi-Partido. Este centro trunca (divide) a imagem. A focalização é conseguida quando as duas partes da imagem forem juntadas novamente, girando-se o anel do foco da objetiva.

Através desses segmentos de vidro despolido, poderá ser feito um perfeito enquadramento e focalização do assunto a ser fotografado .

Quanto ao formato do filme as câmaras podem ser :

Câmara 135 ou 35mm.

É uma câmara de pequeno porte e pode ser encontrada nos mais variados modelos, características técnicas e diversificação no uso de acessórios.

Atualmente a câmara 135, em função do seu formato, é a categoria de câmara mais utilizada, tanto por amadores quanto por profissionais, e são encontradas com funcionamento simples, automático ou ajustáveis.

Câmara médio formato

Mais conhecida por câmara 120, possui dimensões e peso que dificultam o seu uso nas mãos, sendo mais apropriada para ser apoiada em um tripé.

O filme que ela usa é chamado de 120 (que dá nome a câmara) ou o 220 (tem o dobro do comprimento do filme120). São embalados em carretéis protegidos por um papel negro e o carregamento na câmara é feito manualmente.

A largura do filme é sempre 7 cm ( 70 mm ), produzindo fotogramas que podem variar no comprimento de acordo com o modelo de câmara utilizada. (Existem câmaras 120 nos modelos: 6x4,5 - 6x6 - 6x7 - 6x9).

Fotogramas com essas dimensões permitem fotos de alta qualidade, resultando em ampliações que podem chegar ao tamanho de um pequeno Out- Door, ainda com razoável definição.

As câmaras de médio formato podem ser Monocular ou Binocular e são da categoria ajustáveis.

Câmara de grande formato

Esse tipo de câmara também é conhecido por câmara técnica ou 4’x 5’pol, ou seja 100x127mm.

É muito utilizada em estúdio para fotos de moda e publicidade, também é usada em fotos de arquitetura.

Na indústria gráfica (litografia , clicheria ). Em medicina (câmara de raio X). No meio científico ( mapas celestes e fotos topográficas), etc...

Devido às suas características de formato, peso e dificuldade de manejo, a câmara de grande formato deverá, obrigatoriamente, ser utilizada estando montada em um carrinho ou tripé.

Com o auxílio de acessórios especiais ela pode produzir fotogramas nas mais variadas dimensões como: 9x12 , 10x12 , 4’x5’ , 13x18 , 18x24 , 20x25 , 25x30 cm , e maiores ainda.

Os filmes utilizados, são produzidos em chapas individuais e conhecidos por filme em folha ou filme rígido, carregados na câmara através de um chassi ou magazine especial.

Os filmes em folhas, aliados às características técnicas da câmara, produzem imagens de altíssima qualidade. Quando ampliados mantém a qualidade de definição da imagem na cópia em papéis de grandes dimensões. Como é o caso dos Out-Doors que podem ultrapassar os 4x5 metros.

A câmara técnica é de característica exclusivamente ajustáveis, tendo seus mecanismos funcionamentos individuais. Aceitam, praticamente todo tipo de acessório, possibilitando todas as regulagens possíveis para se tomar uma foto nas mais variadas condições de tempo, espaço, iluminação e planos.

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COMO OPERAR A CÂMARA FOTOGRÁFICA

Sugestões de procedimento:

Nas câmaras simplesA exposição fotográfica nessas câmaras não requer grandes ajustes .

Concentre a atenção na iluminação que o tema estiver recebendo, havendo boa luz e não existindo sombras que cubram parcialmente o tema , escondendo detalhes importantes, já se pode fotografar.

Aponte a câmara para a cena, tome o cuidado de não ficar mais próximo que a distância mínima de foco (1,5 metros distância média ), proceda ao enquadramento tendo o cuidado de não fotografar contra o sol. Verifique se não há objetos na frente das objetivas (como a tampa de proteção da lente, a alça da câmara ou seus próprios dedos), segure com firmeza a câmara e dispare.

Nas Câmaras automáticas :Verifique e regule o anel correspondente a sensibilidade do filme que está sendo utilizado: se houver regulagens de foco, regule-a de acordo com a distância que estiver do tema.

Evite fotografar contra o sol; escolha posições onde a cena fotografada possa ser vista sem grandes variações de sombra ou luz de maior intensidade, causando quase sempre exposições incorretas. Componha bem a cena, segure a câmara com firmeza e dispare suavemente.

Nas câmaras ajustáveis;As operações para se realizar uma foto com uma câmara ajustáveis, obedecem a uma seqüência que pode ser igual a descrita abaixo.

Medição da luz que o tema está recebendo, com o fotômetro da câmara ou de mão, após a leitura faz-se o ajuste da velocidade do obturador e abertura do diafragma. Procede-se ao enquadramento e focalização, faz-se nova leitura, para se corrigir erros, devido ao enquadramento escolhido. A imagem vista no visor é formada pela luz que passa através da objetiva e é refletida por um espelho. Se a câmara for Mono-Reflex, quando se aperta o disparador o espelho desloca-se para cima, o diafragma ( quando automático) se fecha até a medida ajustada (n.º f), o obturador se abre e o filme é exposto. Após a exposição, o obturador se fecha, o espelho volta a sua posição inicial e o diafragma se abre.

A alavanca de transporte ao ser acionada , avança o filme em um fotograma e rearma o obturador, deixando o câmara pronta para a foto seguinte.

O OBTURADOR

Velocidade de ObturaçãoVelocidade de obturação é sinônimo de tempo de exposição, ou seja, é o tempo em que obturador permanece aberto durante a exposição.

O obturador controla o tempo de exposição necessário para a correta sensibilização do filme, em função da intensidade da luz que houver no tema. Se a velocidade escolhida for mais alta que a recomendada, o filme ficará exposto menos tempo que o necessário, tornando a imagem sub-exposta. Se a velocidade for mais baixa, o filme ficará exposto mais tempo, tornando a imagem super-exposta.

As velocidades do obturador obedecem a uma escala padronizada de frações do seguido e costuma ser esta:..8s.4s,2s,1s, ½, ¼, 1/8, 1/15, 1/30, 1/60, 1/125, 1/250,1/500,1/1000, 1/2000, 1/4000...

Essas velocidades normalmente são escritas sem o numerador:..8s,4s,2s,1s, 2,4,8,15,30,60,125,250,500,1000,2000,4000...

Por serem números fracionários, ou seja frações do segundo, a escala quando lida pela ordem crescente dos números: 1s, 2, ...3,... 125 ,...1000..., significa que a velocidade do obturador se torna mais rápida a medida que passar de um número para outro subsequente; cada top ou ponto acima, deixa entrar a luz pela metade do tempo que o anterior, causando exposição mais rápida. Quando a leitura é feita na ordem decrescente o processo se inverte e a velocidade, se torna cada vez mais lenta que a anterior, nesse caso, cada top ou ponto abaixo, deixa entrar luz pelo dobro do tempo anterior, tornando a exposição mais lenta.

A escolha da velocidade de obturação adequada, poderá ser feita, em princípio, baseada no movimento do tema ou da câmara; se a câmara estiver nas mãos as velocidades de obturação deverão ficar acima de 1/60 avos do segundo (ou sejas, velocidades mais altas). Pois, velocidades altas de obturação produzem o congelamento da imagem se o tema ou a câmara estiver em movimento. Já, velocidades baixas de obturação servem para cenas paradas, estáticas, e devem ser usadas com o auxílio de um tripé, caso contrário corre-se o risco da foto sair tremida.

Existe no anel de velocidade uma, em destaque, marcada com uma cor diferente das outras ou uma marca sobre ela, normalmente um X: é a velocidade de sincronização para disparos com o uso do flash.

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A velocidade de sincronização para o uso com flash eletrônico, nas câmaras com obturador de plano focal, é relativamente baixa, ficando em torno de 1/60 ou 1/125 avos do segundo (câmaras eletrônicas modernas já sincronizadas em velocidades maiores, 1/125 ou 1/500 avos do segundo).

Câmaras com o obturador central, a sincronização poderá ser feita em qualquer velocidade. As câmaras que não indicam nenhuma marca de sincronização para uso com o flash, podem ser reguladas em 1/60 avos do segundo ou menos; é a velocidade básica para quase todos os tipos de flash.

Em, algumas câmaras, notadamente as mais modernas, a escala de velocidade vai além, tendo tempos de obturação de até: 23 horas 59 minutos: 1 hora; 30 minutos ... B; T; LT; AE ... 4000: 8000.

NOTAS

Tempos longos de exposição

B - BuldEm razão dos antigos disparos pneumáticos acionados por uma bola de borracha. Nessa posição o obturador se abre e permanece aberto enquanto o botão tiver sendo pressionado. O tempo de exposição deverá ser controlado manualmente com a ajuda de um relógio.

AE - (do inglês Automatic Exposure; exposição automática)Nas câmaras eletrônicas modernas, o obturador é acionado por solenóides (bobinas eletromagnéticas) e controlado por circuitos integrados ( chips). Esse mecanismos é muito sensível e preciso, podendo ser acionado em velocidades intermediárias às normais.Nessa posição a câmara escolhe com total exclusividade as velocidades.

Observação:Os tempos de exposição ou velocidades, acima mostrados, deverão, obrigatoriamente, serem usados estando a câmara montada em um tripé e possuindo, acoplado à ela, um cabo disparador flexível. Em Algumas câmaras poderá ser usado o disparador automático ou mecanismo de retardo.

ABERTURA DO DIAFRAGMA

Diafragma é um orifício situado dentro e no eixo da objetiva, normalmente à frente do obturador; podendo variar ou não suas dimensões para controlar a intensidade de luz que irá sensibilizar o filme.

As aberturas do diafragma são o resultado da divisão focal da objetiva (DF) pelas medidas geométricas dos orifícios. São representadas pelo número f (nº f). Por serem divisores, esses resultados, os números são fracionários e aparecem escritos dessa forma: f=1/8, ou f:8, ou ainda f 8, quer dizer, fração é igual a 1 oitavo.

Em algumas câmaras simples, as aberturas do diafragma são representadas por símbolos, como: um sol brilhante, um sol encoberto, uma nuvem escura, em alguns casos há também indicações de abertura para uso com o flash, nesse caso, aparece o desenho de uma lâmpada ou raio.

Nas câmaras ajustáveis essas medidas são representadas pelos números: f:1, f:1.2, f:1.4 f:1.8, f:2, f:2.8, f:4,f:5.6, f:8, f:11, f:16, f:22, f:32 e etc...

Na escala acima o n.º f:1, é a maior abertura e o n.º f:32 é a menor abertura.

O número f, por ser um denominador, é inversamente proporcional. Na ordem crescente dos números a intensidade de luz diminue pela metade quando passamos de um número f para outro imediatamente maior e vice-versa.

Como exemplo: pelo n.º f:1.2 passa a metade da intensidade de luz que passaria por n.º f:1 assim como em f:1.4 passaria a metade da intensidade de luz que passaria por f:1.2 e assim por diante.

Mudar o diagrama de um n.º f menor para um n.º f imediatamente maior, significa fechar um ponto. O contrário significa abrir um ponto.

Quando se fotografa com câmaras que não possuem controle de velocidades, ocorrem algumas limitações de ajustes de acordo com as situações do local em função da sensibilidade do filme utilizado (normalmente média ou baixa sensibilidade). Baseado nessas limitações, poderão ser escolhidas aberturas do diagrama tomando-se por base as considerações descritas abaixo.

As aberturas de nº F entre f:1.1 e f:2.8, ou seja, maiores aberturas, poderão ser utilizadas quando houver pouca luz no tema, como áreas de sombra, anoitecer, tempo nublado, interiores

Os n.º f entre f:4 e f:8, determinam a medida da área, intensidade de luz próximas do normal, como: amanhecer, sol claro, fraco ou encoberto, entardecer, ou ainda, assuntos à sombra, porém iluminados por ampla área do céu.

As aberturas de n.º f entre f:11 e f:32, ou seja, menores aberturas, implicam em intensidade de luz um pouco acima do normal, como: sol brilhante a descoberto, cenas de praia ou piscinas, neve, etc.

Quando forem usadas câmaras que possuam controle de velocidades, a escolha da abertura do diagrama a ser utilizada poderá ser feita, em princípio, em função da intensidade da luz que houver no tema ou em função da velocidade de obturação escolhida, auxiliado pela leitura de um fotômetro, ou então, baseado em informações técnicas do filme, contidas na bula que acompanha.

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FOTÔMETRO

O fotômetro é um aparelho de medição que possui células fotosensíveis; elas recebem a luz e a transforma em impulsos elétricos que são indicados numa escala análoga ou digital.

De acordo com a sensibilidade do filme utilizado o fotômetro indica se a combinação velocidade/abertura é adequada para uma boa exposição, baseado na intensidade de luz que incidir sobre o tema.

A grande maioria dos fotômetros, sejam manuais ou incorporados a câmara, medem as condições gerais de iluminação do local onde se situa o tema, indicando um valor médio entre as áreas claras e escuras

Em geral, nas câmaras de 35mm , o fotômetro é embutido e seu ângulo de leitura é determinado pelo ângulo de abrangencia da objetiva que estiver sendo utilizada. Normalmente a área medida por esse ângulo, abrange mais do que a área em que o tema está situado, tornando-o algumas vezes, mais ou menos exposto que a área total fotografada. Nesse caso, um expediente prático consiste em aproximar a câmara do tema fazer a leitura e ajustagem (vel /aber ), voltar à posição de enquadramento inicial e disparar a câmara. A leitura feita por esse procedimento se aproxima muito da sua combinação correta de vel/aber tornando o tema melhor expostos dentro da cena.

OBS.: Caso a intenção da foto não seja um tema ou valor de luz específico dentro da cena, porém a cena como totalidade, a leitura deverá ser feita estando a câmara na mesma posição do disparo.

Quando se usa fotômetros manuais, pode-se limitar a leitura sobre uma área menor dentro da cena, usando para isso, integradores semi - esféricos (espécie de limitador) montados sobre a foto - célula do aparelho. Existem ainda alguns fotômetros que fazem uma leitura precisa dessas áreas diminutas devido ao seu estreito ângulo de leitura, situado em torno de 1 grau. São chamados de Spot-Meter .

Para câmara que possuem fotômetro embutido existem 3 modos básicos de medição: 1- Medição seletivaPossui apenas uma fotocélula que mede a parte central da imagem enquadrada (leitura pontual).

2- Medição balanceadaPossui duas fotocélulas juntas, dispostas verticalmente que medem as duas áreas próximas ao centro da imagem. Medem, praticamente , toda área do tema, dando uma leitura média da cena.

3- Medição da área totalSão duas células separadas, dispostas verticalmente, que medem as áreas fora do centro da imagem, porém, com predominância da área central, onde costuma estar a parte mais significativa da imagem.

NOTA: As câmaras eletrônicas modernas trazem os três modos de medição, o que torna a leitura uma média geral de praticamente todos os pontos da imagem; possuem três, quatro ou mais sensores fotoelétricos controlados por micro-processadores.

A regulagem do fotômetro está ligada diretamente à sensibilidade do filme utilizado, que deve ser ajustada na câmara seguindo-se as indicações de ISO ou DIN marcadas em um botão seletor no corpo da câmara ou do fotômetro. Nas câmaras modernas de última geração existem sensores que fazem a regulagem da câmara e do fotômetro, baseados na leitura que fizerem dos códigos de barra existentes nas bobinas dos filmes, é o sistema DX.

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA velocidade x abertura

Pode-se definir exposição fotográfica como sendo: o resultado da combinação - Quantidade de luz que chegar ao filme versus a intensidade dessa luz.

O ajuste dessas combinações são fatores essenciais para uma correta sensibilização do filme e deverá estar de acordo com a capacidade da sua emulsão. Deverá ser determinado se a luz de uma cena será suficiente em quantidade e intensidade para gravar, imprimir ou sensibilizar o filme corretamente, gerando assim, uma imagem definida. É necessário que essa impressão seja correta, caso contrário resultará em uma imagem com definição de sombras e luzes e/ou uma indefinição de linhas e formas.

Quem determina os valores da exposição é o próprio filme.

Para conhecê-los é preciso fazer uso de um fotômetro ou ter conhecimento prévio das especificações técnicas referentes ao filme, folhetos técnicos, bula do filme, etc.

Quando se usa câmara sem fotômetro ou se o mesmo estiver inoperante, pode-se fazer uso das informações contidas na bula do filme utilizado ou se fazer combinações tomando-se por base a seguinte formula: Nº f = 1/ISO do filme utilizado, onde, o n.º f será igual a abertura do diafragma e 1 / ISO do filme utilizado, será igual a velocidade aproximada do obturador. Por exemplo: Se num dia de sol brilhante estiver sendo usado um filme de ISO 100, regula-se a velocidade para 1/152 e o diafragma em f:16 (obs. bula do filme Kodacolor ISO 100).

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Visto na formula : f=______1_________ , 16= ___1___ ISO do filme 100

Se, nesta mesma condição de luz, for usado um filme - ISO 200, regula-se a exposição para 1/250 e o diafragma em f:16.

GUIA PRÁTICO PARA EXPOSIÇÃO À LUZ DO DIA

(para câmaras sem fotômetro )

OBS.: Para as indicações abaixo, presume-se que a velocidade da câmara esteja situada em torno de 1/100 ou 1/125.

Situações médias de luz: Duas horas após a aurora,

e Duas horas antes do crepúsculo

SOL BRILHANTE/NEBULOSO: sobre areia, neve, cenas normais - f=16

SOL CLARO/NEBULOSO: sombras pronunciadas - f=11

TEMPO NUBLADO/FRACO: sombras suaves - f=8

TEMPO NUBLADO/CLARO: sem sombras - f=5.6

SOMBRA A DESCOBERTO/NUBLADO DENSO: - f=4

Para assuntos à sombra porém iluminados por ampla área do céu: - f=11

Para assuntos em “close-up” iluminados por trás: - f=5.6

Bula do Filme - Kodakcolor ISO 100

Partindo-se de médias de exposições, como as apresentadas acima, pode-se variar os ajustes para adequá-los às diversas situações.

Vejamos um exemplo prático: Utilizando um filme de ISO 100 , em um dia de sol brilhante, o ajuste médio recomendado é de vel.: 1/125 e diafragrama f:16, se no momento da foto a abertura for mudada para f:11, e a velocidade continuar em 1/125, chegará ao filme o dobro da intensidade de luz tornando a foto super-exposta. Nesse caso é necessário corrigir a exposição para uma mais rápida que 1/125, ou seja um ponto abaixo 1/250. Portanto, será correto uma exposição de 1/125 x f=16, assim como uma exposição de 1/250 x 11.

Pode-se variar as combinações de acordo com as circunstâncias presentes na cena. Se a foto for tomada em um dia de céu a descoberto e sol brilhante, a combinação média será 1/125 x f:16 As variações de acordo com as circunstâncias poderão ser:

1/60 -f:22 Todas essas combinações produzem basicamente o mesmo resultado de exposição

1/125-f:16

1/250-f:11 A abertura f, pode ser escolhida de acordo com a luz que houver no tema 1/500-f:08

1/1000-f:5.6 A velocidade pode ser escolhida de acordo com o movimento do tema

Em outra situação, se a foto for tomada em um dia de céu nublado denso, a combinação media sugerida é de: 1/125 x f:4.As variações de acordo com as circunstâncias poderão ser:

1/125 -f:2,8

1/125 -f:4 Todas ssas combinações produzem basicamente o 1/60 -f:5,6

1/30 -f:8 mesmo resultado de exposição 1/15 -f:11

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Observe que as duas tabelas diferem uma da

outra, porém , são combinações corretas para

exposições médias em dia de sol brilhante ou

nublado.

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OBJETIVAS

A objetiva é um conjunto de lentes com curvaturas variadas, dispostas de maneira a permitir formar uma imagem definida, sempre no mesmo lugar, local este, onde está situado o plano do filme.

Atualmente as objetivas desempenham papel fundamental nas câmaras fotográficas, mesmo não possuindo o poder de adaptação do olho humano, algumas são capazes de realizar operações e registrar detalhes que são imperceptíveis ao olho humano.

A escolha de uma objetiva está baseado no efeito que causa a imagem em função de sua distância focal .

Distancia Focal: É uma distância que vai do centro ótico da lente até o lugar em que se formará a imagem de um tema que esteja no infinito.

Uma objetiva é considerada normal quando sua distância focal estiver próxima à medida da diagonal do negativo produzido.

Nas câmaras de 35 mm, essa medida teórica é de 43,26 mm, porém na pratica, se considera normais as objetivas com medidas entre 45 mm e 55 mm , por estarem mais próximas do ângulo de visão do olho humano (ângulo da visão central situado entre 45 e 55graus)

As objetivas normais mais comuns para câmaras de 35 mm, são as que possuem distância focal de 50 mm.

Nas câmaras 120, que produzem negativos de 6x6 cm, a diagonal do negativo é de 85 mm; uma objetiva normal para esse tipo de câmara está entre75 e 90 mm.

Algumas das boas vantagens da objetiva normal são as grandes aberturas de diafragma, apropriadas para situações mais críticas de iluminação, além de produzirem imagens relativamente mais próximas às imagens vistas a olho nu, sem alterações.

O conjunto de lentes que compõe a objetiva, está locado de forma bastante precisa e é ajustável (aproxima-se ou afasta-se), o que permite uma focalização do objeto ou cena a ser fotografado, de acordo com a distância que ele estiver da câmara. A distância de foco da objetiva depende da sua distância focal e da mínima abertura que ela possuir, podendo chegar a 10 cm, e até menos, se forem usados anéis ou fole de extensão e/ ou lentes de aproximação.

O tamanho da imagem no filme é controlado de dois modos: alterando-se a distância entre a câmara e o tema ou mudando-se a distância focal da objetiva. Por exemplo:

Uma imagem que tenha 3 mm no plano do filme, será aumentada para 6 mm se, a distância entre a câmara e o tema for diminuída pela metade, ou então, se for usada uma objetiva com o dobro da distancia focal.

Objetiva Grande Angular é a que possui distância focal menor que a objetiva normal.

Para as câmaras de 35 mm, as distâncias focais mais comuns para uma objetiva grande angular, são as medidas de 35 mm e 24 mm, apresentando um ângulo de tomada de 65 e 85 graus, respectivamente.

Para as câmaras de 120, com negativos de 6x6 cm, as objetivas com distancias focais menores de 75 mm, são grande - angulares.Na medida em que se diminui a distancia focal de uma objetiva, aumenta-se o ângulo de abrangência da mesma em relação a cena enquadrada, podendo chegar a 180 graus e melhora-se profundidade de campo.

Uma objetiva é chamada de Tele, quando a sua distância focal estiver acima de 55 mm para as câmaras de 35 mm e, acima de 90 mm para as câmaras 120 com negativos 6x6 cm. Sendo que as tele-objetivas mais usadas em câmaras de 35mm estão situadas entre 75 e 180 mm, e nas câmaras 6x6 cm é a de 150mm. Essas medidas cobrem grande parte das situações em que se fotografa.

Para fotos de competições esportivas, por exemplo, são mais utilizadas as tele-objetivas entre 300 e 600mm.

Na medida em que se aumenta a distância focal de uma objetiva sua abertura máxima tende a diminuir, girando em torno de f:5.6 e menores. A luminosidade diminui e seu ângulo de abrangência se torna fechado, indo para 18 graus numa meia tele de 135, por exemplo

O aumento da distancia focal de uma objetiva, torna a sua profundidade de campo limitada. Essa limitação a torna ideal para fotos com foco seletivo, isto é, ela é capaz, por exemplo, de isolar um rosto, deixando-o com foco no meio de uma multidão e todos os outros elementos desfocados.

A função de uma tele-objetiva é aproximar imagens distantes sem, no entanto, diminuir a distancia entre a câmara e o tema.

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PROFUNDIDADE DE CAMPO

Profundidade de campo é a faixa de distancia dentro da qual os objetos se apresentam nítidos, quando são vistos através do olho humano ou através de uma lente.

Como o olho humano possui uma íris que funciona automaticamente de acordo com a luminosidade do ambiente e o fundo do olho se contrai e se expande para formar as imagens, ajudado ainda pelo cérebro que fornece todas as informações necessárias à percepção daquela imagem, pouco percebemos dos objetos fora de foco dentro do campo visual. No caso das lentes, elas nos mostram claramente essas áreas ou distâncias de nitidez.

Quando uma objetiva, que é um conjunto de lentes, estiver focalizada em um tema à determinada distância, apenas o tema focalizado será registrado com nitidez máxima, os objetos à sua frente e ao fundo apresentarão apenas nitidez aceitável, saindo de foco a medida em que, aparentemente, se distanciarem do tema fotografado.

Imagine se, por exemplo, em um desfile comemorativo, o fotografo ficar na frente das pessoas que estiverem desfilando e fotografar um amigo situado no meio da fila, o foco deverá ser feito sobre esse amigo. Na cópia da foto, ele aparecerá nítido no meio da fila, porém, na medida em que se olhar as pessoas que estiverem na frente e atrás dele, se notará que a nitidez, nessas pessoas, diminui gradativamente na medida em que estiverem mais distantes dele.

Profundidade de campo é um fenômeno ligado a refração da luz que passa por um sistema ótico. Para amenizar esse efeito, as objetivas são construídas com vidros e cristais de diferentes índices de refração e curvatura e, é afetada diretamente pela:

-Distância entre a câmara e o tema-Distância focal da objetiva utilizada-Abertura do diafragma utilizado

Dessa forma a profundidade de campo, ou melhor, a faixa de distancia em que um tema parecerá nítido,

AUMENTA,- Quando a distancia entre a câmara e o tema, tende ao infinito. - Quando a distancia focal diminui.- Quando a abertura do diafragma for reduzida, e DIMINUI,- Quando o tema estiver localizado próximo a câmara.

- Quando a distancia focal da objetiva aumenta.- Quando a abertura do diafragma for aumentada.

MATERIAL SENSÍVEL

O filmeEm fotografia, material sensível é definido como sendo um suporte ( vidro, celulóide papel, etc.) recoberto com uma emulsão química contendo sais de prata, que são sensíveis a luz.

A sensibilidade, que é também chamada de capacidade da emulsão, é a qualidade que a emulsão tem para gravar um negativo dentro de um curto espaço de tempo em função da luz que ela receber. Essa capacidade depende da composição química da mesma que, quando exposta à luz, tende a formar aglomerados de grãos de prata sensibilizados. Teoricamente, na medida em que se aumentam as dimensões dos grãos de prata, também se aumenta a sensibilidade do filme. O maior tamanho do grão de prata gera uma perda de definição na imagem na medida em que ela for ampliada, além dos tamanhos recomendados para tal emulsão. Nas emulsões menos sensíveis ou mais lentas, os grãos de prata são menores e distribuem-se de modo mais uniforme. Essa uniformidade produz imagens mais definidas permitindo, assim maiores ampliações.

As diferentes sensibilidades dos filmes, criaram a necessidade de se estabelecer medidas objetivas para determinar a capacidade de cada emulsão, exprimindo-a em números, do mesmo modo que se exprime, por exemplo, o comprimento em metros. Partindo do mesmo principio mas, baseado em métodos diferentes existem várias tabelas de sensibilidade que servem para fins puramente práticos. Duas dessas tabelas são mais conhecidas internacionalmente, é o sistema ISO e o sistema DIN.

O sistema DIN ( Deuntsch Industrie e Norm - Norma da Indústria Alemã) é mais utilizada na Europa.

O sistema ISO (Internacional Standart Organization - Organização Internacional de Padrão ) é normalmente utilizado na Inglaterra, Estados Unidos e América em geral.

A sigla ASA ( Américan Standart Association - Associação Americana de Padrão ), muito utilizada no Brasil anteriormente, foi incorporada pelo sistema ISO, por possuir índices semelhantes para demonstrar as sensibilidades dos filmes.

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ÍNDICES DE SENSIBILIDADE ( Tabela Prática )

ISO DIN ISO DIN ISO DIN

1212º 200 24º 1200 32º

2515º 200 27º 1600 33º

5018º 800 30º 3200 36º

100 21º 1000 31º 6400 39º

OBS.: Na tabela DIN, o sinal (º ) é = logaritmo. Lê-se, por exemplo: 12º, como sendo logaritmo de 12. Quanto mais alto for o numero de sensibilidade indicado, mais sensível ou mais rápido será o filme.

Deverão ser definidas de antemão a finalidade das fotos, o tipo do equipamento a ser utilizado e as condições em que o filme será exposto e somente após as definições, escolhe-lo na sua sensibilidade mais adequada ao trabalho.

Leva-se em consideração, além de finalidade das fotos, que a sensibilidade do filme também determina de um modo prático , os ajustes de velocidade e abertura. Esses ajustes são fatores importantes para a escolha de uma sensibilidade baixa média ou alta, em função do ambiente em que se fotografa (se é interior ou ar livre ) ; as condições de iluminação do local ( se muita ou pouca luz é o movimento do tema escolhido) ( se há ou não movimento e , se houver, qual a velocidade do motivo). Haverão maiores opções de escolha se a câmara utilizada possuir recursos que permitam a adaptação das várias sensibilidades dos filmes.

TABELA PRÁTICA

ISO de 06 a 80 -

BAIXA sensibilidade - Baixas velocidade do tema e/ ou obturação- Excelente iluminação - Grande ampliação- MÁXIMA DEFINIÇÃO

ISO 100 A 320 -

MÉDIA sensibilidade - Médias velocidades do tema e /ou obturação- boa iluminação- média iluminação- USO GERAL - BOA DEFINIÇÃO

ISO 400 A 1200 -

ALTA sensibilidade - Altas velocidades do tema e /ou obturação- Baixa iluminação- Média ampliação- MÉDIA DEFINIÇÃO

ISO Acima de 1200 -

ALTÍSSIMA sensibilidade - Altíssima velocidade do tema e/ou obturação - Condições críticas de iluminação - Média ampliação - DEFINIÇÃO ACEITÁVEL

O filme colorido, assim como o preto e branco, produz, após ser processado no laboratório, uma imagem negativa. A projeção dessa imagem através de um ampliador sobre a base de papel emulsionado dará como produto final, uma cópia, que é uma imagem positiva. O filme para dispositivos ou filme reversível, conhecido popularmente como Slide ou Cromo, é um filme que após ser processado quimicamente, torna-se positivo, sendo essa a forma do produto final. Ela poderá ser vista através de projeção em, tela ou ser copiada por vários processos - diretos ou indiretos. É, nos dias atuais, o melhor original para as artes gráficas.

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TERMINAÇÕES

Por questões de práticas comerciais e usuais, pode-se identificar grande parte dos filmes preto e branco pela terminação do nome que contém o sufixo PAN (pancromático - sensível a todas as cores ). Não se trata de regra, pois os filmes coloridos também são pancromáticos mas, normalmente seus nomes trazem outras terminações.

EXEMPLOS: ... Plus-x, Pan, Neopan, Agfa-Pan , ... são filmes preto e branco negativos.

Color ( cor ) ... Kodacolor, Fujicolor, Agfacolor ... São filmes coloridos negativos

Chrome ou cromo ( cor ) : ... Ektachrome, Fujicrome, Agfacrome ...são filmes coloridos reversíveis ou positivos.

Lembretes- Qualquer que seja o filme utilizado, leia com atenção as instruções da bula.- Tome o máximo de cuidado, pois, condições extremas de temperatura, umidade e luz são inimigas do filme.- Observe as datas de validade e processe o filme imediatamente após ser exposto.

FLASH

Flash é um acessório que precisa ser usado quando não houver luz suficiente na cena e a câmara não possuir mais combinações de velocidade/ abertura adequadas para a exposição em função da sensibilidade. Pode, ainda ser usado para ressaltar detalhes, formas e cores, independentes da luz existente na cena, assim como, para congelar movimentos muito rápidos.A luz que o flash emite tem sua temperatura de cor em torno de 5500 K o que a torna próxima da luz média do dia, ideal para se fotografar com filmes balanceados para a luz do dia (Day-Light).

Atualmente, nas câmaras de 35 mm, o modelo mais utilizado é o flash eletrônico, conectado, usualmente em cima da câmara através de uma sapata. Já as câmaras automáticas possuem, quase todas elas, um flash embutido e nas câmaras simples usa-se magicubes. Existem ainda, modelos profissionais alimentados por geradores, que são usados em estúdio.

Os flashes eletrônicos e os flashes manuais portáteis (recarregados por baterias especiais), podem ser usados fora da câmara, para isso é necessário conectá-lo à câmara através de um cabo. Nas câmaras mais antigas que trabalham com obturador de plano focal, existem, normalmente , dois soquetes para essa conexão : um marcado com X ( flash manual ou eletrônico ) e, um outro marcado com FP (foto-lâmpada em desuso). Já as câmaras com obturador central (Íris ) possuem apenas um soquete e uma chave seletora, marcada com um X ( flash manual ou eletrônico ) e o M (foto - lâmpada / magnésio - em desuso ).

A marca X , corresponde à velocidade de sincronização da câmara quando em uso com o flash Se essa velocidade não for regulada no mecanismo da câmara, os resultados serão insatisfatórios. No caso das câmaras simples esse ajuste é indicado através símbolos como: uma lâmpada brilhante ou um raio marcado no corpo da câmara . Já nas câmaras automáticas há sensores que avisam e ate regulam o flash e câmara para o uso correto

Na grande maioria das câmaras ajustáveis, o X aparece, porém , existem câmaras em que a velocidade de sincronização está marcada de forma diferente, por exemplo: um ponto vermelho ou verde ao lado da velocidade correta ou ainda a própria velocidade escrita em cor diferente das demais ou ainda, simplesmente com um raio.

As marcas FP, M e X, determinam, em média, o momento em que o flash deve disparar. Se forem usados as marcas FP e o M, o flash irá disparar antes do obturador abrir dando tempo para que os filamentos da foto - lâmpada entrem em combustão ), se forem usadas com os flashes eletrônicos atuais, os resultados serão insatisfatórios. No entanto, a marca X fará com que o flash dispare somente quando o obturador estiver totalmente aberto, captando, assim toda a luz do flash, que é disparada um, intervalo de tempo muito curto, 1/500 ou 1/1000 de segundo, em média.

Em câmaras com obturador central pode-se usar qualquer velocidade para a sincronização do flash.

Nas câmaras que não possuírem essas marcas poderá ser usada a velocidade de 1/60 avos do segundo, ou menor .

A exposição para uso com o flash, baseia-se na seguinte relação:- Potência do flash (expressa em N.º Guia - NG ou GN) - ver manual do flash-- Distancia do tema em relação ao flash - em metros - Sensibilidade do filme utilizado - ISO

Lembrete - Se o flash não estiver conectado em cima da câmara o que importa é a distancia em que o tema estiver em relação ao flash, e não em relação à câmara.

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CÁLCULO DE EXPOSIÇÃO PARA USO COM O FLASH

A exposição será calculada, dividindo-se o nº GUIA do flash que estiver sendo usado pela distância dele em relação ao tema fotografado. FÓRMULA n.º f= NG/ Dist. - do tema em metros. Onde n.º = f será igual a abertura do diafragma a ser utilizado.

Exemplos de cálculo : Se o flash utilizado tiver o numero guia igual a 25 para uso com filme de ISO 100, e o tema a ser fotografado estiver a 3 metros, então, n.º f= NG/Dist. portanto n º f = 25/3, o resultado será n.º f= então n.º f= 8,3 - abertura correta para a distancia em questão. O resultado poderá ser aproximado para n º f=8 ou n.º f = 11.

Se em outra situação o tema estiver a 2 metros n.º f= 25/2 portanto n.º f = 12,5 - o resultado poderá ser aproximado para n.º f = 11 ou n.º f= 16 e assim por diante.As aproximações de f= 8,3 para f = 8 ou f = 11 e de f = 12,5 para f = 11 ou f = 16, poderão ser feitas baseado no índice de reflexão da superfície ou cor do tema fotografado.

Para uso e cálculo de sensibilidade diferentes de ISO 100 , o N.º GUIA do flash muda. Consulte o manual do flash ou use a fórmula acima e subtraia ou some pontos na proporção inversa da sensibilidade do filme utilizado.

Observação Importante: O procedimento acima descrito, constitui-se “apenas” de um expediente prático na falta do nº Guia correto para as sensibilidades em questão.

Lembrete: Para se usar os cálculos da fórmula Nº f = NG/Dist. Tema, o flash deve trabalhar no modo manual.

Quase todos os flashes trazem uma tabelinha prática contendo os resultados médios de exposição. Se não houver tabela, faça uma, conhecendo o nº guia do flash e as distâncias médias de um tema, que estão situadas, para uso com a maioria dos flashes, entre 1 e 4 metros. Deverão ser feitas correções para distancias diferentes destas.

Os flashes eletrônicos atuais possuem sensores que medem a quantidade de luz necessária ao tema quando o flash for disparado no modo automático, cessando o disparo quando julgar correta a exposição (para cinza médio).

Alerta: Verifique se não há nenhum elemento entre o tema e o sensor da câmara ou do flash, caso contrário, parte da luz será refletida pelo possível elemento e voltará mais rápido que a luz que foi dirigida ao tema principal, cessando o disparo antes da sensilbilização correta do filme.

Alguns modelos de flashes, possuem regulagens de distâncias , através do retraimento ou extensão da cabeça (zoom), que aumenta ou diminue o ângulo de emissão da luz, de acordo com o ângulo de abrangência da objetiva utilizada.

Lembrete e dicas:Regule corretamente a sensibilidade do filme no anel correspondente situado no corpo da câmara e no flash, principalmente se forem automáticos.

Observe as distâncias e procure deixar o flash um pouco inclinado ou ligeiramente de lado em relação ao tema, isto é, quando o modelo do flash possuir tal regulagem.

Evite fotografar com o flash totalmente de frente para o tema, muito próximo e na mesma altura dos olhos das pessoas, evitando assim, o desagradável efeito dos “Olhos Vermelhos” que nada mais é, senão a reflexão da luz do flash no fundo do olho.

Cuidado com as superfícies lisas e brilhantes (óculos, vidraças, azulejos, etc...), nesses casos, pode-se mudar a posição de enquadramento ou a posição do tema fotografado. Como sugestão, procure ficar em diagonal com o tema fotografado, pois além de evitar o reflexo, dá à foto uma maior sensação de perspectiva.

Mais 1 ponto

Mais 2 pontos

Menos 1 ponto

S/Correção

50 25 25:3 = 8,3

25

25

25

100

ISO do Filme NG do Flash Resultado Aproximação Correção Nº f

200

400

25:3 = 8,3

25:3 = 8,3

25:3 = 8,3

Aprox: f 8 Mais 1 Ponto f = 5,6

f = 8

f = 11

f = 16

Nenhuma

Menos 1 Ponto

Menos 2 Pontos

Aprox: f 8

Aprox: f 8

Aprox: f 8

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Se o flash possuir cabeça móvel e for desejado usa-la rebatendo a luz no teto (luz suave, evitar reflexos ou amenizar sombras), lembre-se de que ele deverá trabalhar somente no modo manual e a distância para cálculo d exposição será a somatória da distância que a luz do flash irá percorrer até o teto e do teto até o tema.

O flash poderá ser usado em interiores, sob luz ambiente, como em exteriores, sob a luz do sol. O mais importante é a correta regulagem do flash e a câmara, em função da relação velocidade/abertura, dando assim, a exposição necessária para o filme, em consequência da sua sensibilidade.

Se for utilizado mais de um flash simultaneamente, escolha flashes de potências iguais, estabeleça um dos flashes como fonte principal, fazendo os cálculos de exposição para esse flash. O segundo ou demais flashes, deixe-os a 45graus em relação ao flash principal e no dobro da distância estabelecida entre ele e o tema.

Use somente pilhas ou baterias em bom estado e não esqueça dentro do flash quando guardar o equipamento.

IMPORTANTE: Antes de utilizar um flash estude as possibilidades de regulagens da câmara com o flash. Existem dezenas de modelos de flashes diferente. Leia com atenção o manual da câmara e escolha o modelo mais adequado a ela.

COMPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA

Regras, Dicas e SugestõesO bom resultado no ato de fotografar não depende apenas do equipamento utilizado ou do local onde se fotografa. Depende, sobremaneira, de todos os cuidados e procedimentos executados pelo fotógrafo, antes, durante e também, após o ato de fotografação.

É no cuidado, e na observação constante, que reside a capacidade de eliminar todo e qualquer erro, fazendo surgir, no final, a boa fotografia. A seguir; algumas dicas e sugestões:

Motivo/assunto - A o se sair para fotografar, em qualquer ocasião, devemos levar conosco, já estudado de antemão, o motivo da saída, ou seja, definir local, e baseado nele o tipo de imagem que buscamos, ou vice-versa. Para facilitar a determinação do assunto, quatro pontos podem ser seguidos:

1º Criar a necessidade da imagem antes de iniciar o ato fotográfico.

2º Ativar a memória (lembrança) de forma ordenada, facilitando o resgate de imagens anteriormente vistas ou imaginadas.

3º Estar atento durante todo o tempo que durar o ato de fotografar, facilitando e permitindo que a memória registre as imagens vistas óticamente pelo olhar.

4º Determinar valor e interesse à imagens que estiver buscando - Não fotografar! Se a imagem não tiver sido proposta anteriormente, ou não corresponder ao objetivo proposto.

Após o assunto estar definido e os pontos anteriores estiverem sendo seguidos, resta determinar, para as imagens, uma boa composição.

A primeira regra é determinar, o objetivo das imagens.

O objetivo ou finalidade do ato compositivo determinará de modo prático e direto todo o processo de composição. Portanto, quando apontar a câmara para a cena, defina o objetivo a ser alcançado por meio da composição pretendida.

ConteúdoUm dos objetivos básicos da composição fotográfica é dar à imagem um conteúdo. Que poderá ser visto, ou entendido, de maneira diferente pelas pessoas se a imagem for capaz de estimular essas diferenças.

O conteúdo pode ser conseguido através da técnica- físico/mecânica/ química ou compositiva. Técnica pode ser por ex. tipo de câmara, objetiva, regulagem de velocidade ou abertura, tipo de filme (P/B, cor) etc...

Técnica compositivaalgumas regrinhas a seguir:

Simplicidade:Se baseia no questionamento feito no momento da tomada da foto, ou antes, da importância ou relação que os elementos possuírem dentro da cena em função do tema que estiver sendo fotografado. Os elementos podem se relacionar através de cores, luzes e sombras, formas, tamanhos, significados, importâncias, etc...

As primeiras opções são determinar o centro de interesse, selecionar fundos simples ou neutros (desfocar o fundo é uma boa idéia).

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O julgamento do que irá aparecer na foto determina a regra seguinte, que é FORMAS E PLANOS DE ENQUADRAMENTO:

Forma horizontal - Induz ao repouso, contemplação.

Forma vertical - Excita, desperta o questionamento

Plano Geral o Panorâmico:Entra nesse plano todos os elementos vistos, limitados apenas pelo ângulo de abrangência da objetiva e da distância que a Câmara estiver da cena. Deve-se tomar cuidado ao usá-lo. A existência de muitos elementos torna trabalhosa a organização de todos eles.

Plano Americano:Nesse plano enquadra-se aproximadamente 3/4 da cena ou elemento. Os elementos aparentes na cena, interferem junto ao tema principal, mais que no plano geral.

Plano Mediano ou Meio Plano:São enquadrados aproximadamente metade do elemento ou cena. É usado quando o objetivo for limitar a atenção ao tema principal, diminuindo ou eliminando completamente a interferência do ambiente. OBS.: Neste plano procure separar o elemento do fundo, por ex.: fundo simples, homogêneo, distante ou desfocado.

Plano Fechado ou Close-up:Neste plano enquadra-se apenas parte da cena ou detalhe do elemento. OBS>: use-o com cuidado, pois a proximidade diminue o foco e a profundidade de campo, além da sensação de perspectiva que desaparece.

Regra das Linhas de Terço:Uma das melhores regras de composição fotográfica, pelo fato de permitir que uma imagem possa ser entendida mais rápido por qualquer pessoa - é a regra dos Terços.

Usar a regra dos terços para dispor elementos de uma cena dá à imagem mais impacto e beleza, conferindo ao elemento ou tema fotografado, maior importância mesmo que apareçam outros elementos fora desses centros de interesse.

Olhe no visor da câmara. Imagine quatro linhas; duas verticais e duas horizontais passando por ele, o cruzamento dessa linhas formam quatro pontos. São chamados de pontos ouro. Escolha os terços formados pelas linhas e esses pontos, preferencialmente, para colocar os centros de interesses.

Linhas de Construção:São linhas contidas em uma imagem. Podem ser horizontais, verticais, diagonais, curvas ou mistas.

Linhas Retas Horizontais e Verticais:Criam com facilidade a idéia de extensão, espaço, altura e direção.

Linhas Retas Diagonais:Dão a idéia de movimento e quebram a rigidez das linhas retas horizontais e verticais. Acentuam a perspectiva e dão maior profundidade aparente ao elemento ou cena.

Linhas Curvas ou do S:É dinamicamente a linha de construção mais ativa e agradável que uma imagem pode conter.

Equilíbrio:É toda imagem ou elemento que “perceptivamente” (sentido pela emoção mais que pela razão) possa estar ou induzir ao repouso (visão, cérebro, emoção) sem conflitos ou tensões. A imagem não necessita estar simetricamente organizada, pode até estar desorganizada, desde que contenha elementos claros e objetivos e que possam ser percebidos pelo observador, baseado no conteúdo da cena ou ação que se queira expressar. O equilíbrio pode ser conseguido através da relação de Formas e Tamanhos dos elementos que podem ser semelhantes ou não.

Claridade/Cor:Principalmente na foto P/B o equilíbrio está ligado diretamente às distribuições e proporções das zonas claras e escuras. E, no filme colorido, às saturações e brilho das cores.

Direção:Baseado na formação do indivíduo, se refere à direção de leitura da imagem, que no povo ocidental é da esquerda para direita e de cima para baixo. Se uma imagem for composta com essas direções, será mais facilmente entendida e aceita pelo observador. No entanto, uma direção bastante harmoniosa se consegue quando a imagem começar no canto esquerdo inferior e adentrar a foto em diagonal, principalmente quando contiver muitas linhas, uma ação, ou ainda, se queira acentuar a sensação de perspectiva.

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PREVENÇÃO E CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO

É muito comum o usuário descuidar-se da conservação do equipamento e materiais fotográficos. Normalmente a manutenção só é lembrada quando o equipamento funciona mal ou deixa de operar.

Existem uma série de providencias e recomendações preventivas que, se seguidas pelo usuário, evitarão, quase sempre, as manutenções corretivas que acontecem quando o equipamento quebra, parcial ou totalmente.

Sugestões:Leia com atenção o manual de operações ou folheto de especificações do equipamento e as condições relativas a manutenção.

Retire as baterias e desarme todo o equipamento antes de guardá-lo. Caso ele tenha que ficar guardado por longos períodos, faça-o funcionar de tempos em tempos. A inatividade é mais prejudicial do que o uso constante.

Se não houver um local apropriado para a guarda do equipamento, como armário de aço ou salas isentas de poeira, luz solar direta e controle de temperatura e umidade, guarde-o em um local bem ventilado e coberto com uma capa para evitar poeira.

Não guarde o equipamento em gavetas de madeira ou guarda-roupa. Umidade e vapores provenientes da evaporação da cola de madeira (vapores de formalina) são prejudiciais ao equipamento.

Caso ele não possa ficar em local bem ventilado, guarde-o dentro de uma caixa hermeticamente fechada, exemplo: caixa de isopor. Para isso, retire o equipamento de suas capas de couro e coloque-o em sacos plásticos contendo pacotes de sílica gel. Embrulhe, retire o ar do saco plástico, vede e deposite-o na caixa. Antes de fechar a caixa, coloque dentro alguns pacotes de sílica gel.

Ao sair para fotografar use, de preferência, para carregar o equipamento, uma bolsa térmica, por exemplo: de fibra de vidro, que protegerá da poeira, do calor e da umidade excessiva.

Use durante o ato de fotografar, um parasol e um filtro UV, sobre a lente da objetiva eles a protegerão do calor e da irradiação solar. Ao voltar para casa, limpe o equipamento antes de guardá-lo, para tal, será necessário um pequeno Kit de limpeza que poderá ser comprado em qualquer casa de material fotográfico. Normalmente o Kit é constituído de: 1 Blower (bomba de borracha) 1 Blush (escova ou pincel), lencinhos de papel de fibra de vidro e 1 Cleaner (líquido limpador ou desengordurante)

Locais quentes, úmidos e sem luz, favorecem o surgimento de fungos (mofo). Eles destroem a camada de revestimento protetor das lentes da objetiva. Essas marcas, quando acontecem são definitivas. Se os cuidados, na guardada do equipamento e a limpeza preventiva acontecerem periodicamente, o fungo não aparecerá, ou será retirado antes de causar algum dano.

Todo equipamento que estiver em uso constante, deve sofrer revisões técnicas periódicas em uma oficina especializada. Caso o uso do equipamento não seja constante, revise-o num prazo compreendido entre 1 e 2 anos.

O SERVIÇO DOS LABORATÓRIOS COMERCIAIS

Antes de optar pelo laboratório que irá processar o trabalho, saiba quais os tipos de laboratórios e como funcionam.

Existem praticamente quatro tipos diferentes de laboratório, são eles:Padrão, Especializado, Mini laboratório e os Populares.

PadrãoEsse tipo de laboratório faz serviços tanto pra amadores quanto para profissionais. Normalmente são grandes ou médias empresas que fazem serviços gerais em ritmo industrial.

As instalações são modernas, possuindo processadores computadorizadas que produzem trabalhos de ótima qualidade de processamento e impressão, baseados em características genéricas dos filmes e papéis, mantendo controle do processamento.

Atualmente, nos grandes centros, algumas dessas empresas estão separando os trabalhos dos profissionais, e realizando o processamento dos demais em separado, Monitorando-os individualmente com excelente qualidade.

EspecializadoSão médias ou pequenas empresas que realizam um trabalho altamente especializado no processamento de filmes e papéis. São dirigidos exclusivamente a profissionais, principalmente da área comercial.

Esses laboratórios processam todo tipo de filmes tanto em preto e branco, cor e cromo, como todas as sensibilidades e formatos existentes. Na maioria dos casos, o processamento é individual sendo monitorado em todas as fases em função das características individuais do material (filme, papel e transparências-duratrans).

Caso seja necessário, esses laboratórios realizam o processamento em função das características “do tipo de trabalho-foto” ou da “técnica utilizada pelo fotógrafo”, permitindo, ainda, caso seja solicitado, que o próprio fotógrafo acompanhe e opine durante o processamento.

Mini laboratório (Mini-Lab.)São pequenas empresas, ou lojas que, possuem processadoras automáticas. A maioria delas controladas por micro-processadores.

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HISTÓRICO BREVE

1920 - início da transmissão de imagensLondres - NY pelo cabo submarino - 3 horas.1981 - Sony introduz no mercado mundial a Mavica. 1981 - IBM apresenta sistema operacional MS-DOS.1984 - Apple introduz os computadores Macintosh.1987 - Macintosh II - 16,7 milhões de cores no monitor.1989 - arquivos JPEG são adotados como padrão. Microsoft inicia o Windows 3.0.1990… Aparecimento de diversos modelos de câmeras digitais: SinarScitex - PhaseOne - Dicomed - Kodak / Nikon / Canon, etc...

O QUE É UMA IMAGEM DIGITAL?

É uma imagem cujos elementos são representados por longas séries de números. Ex: 00110110

QUAIS SÃO ESSES ELEMENTOS QUE FORMAM UMA IMAGEM DIGITAL?

São os PIXEL = picture elements

Cada PIXEL, uma posição e uma cor.Cada PIXEL (quadrados, octagonal ou retangular mede de 5 a 15 microns.

COMO UMA IMAGEM DIGITAL É CRIADA?

Basicamente em 3 processos:

1 - imagem gerada por um programa;

2 - imagem scaneada de um original;

3 - imagem gerada por câmera digital.

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COMO FUNCIONAM AS CÂMERAS DIGITAIS?

Todas tem um componente sólido (chip) sensível à luz.

CCD = charge-coupled deviceCMOS = complementary metal-oxide semiconductorFoveon X3 = filtragem em 3 camadas (Ex: Sigma)

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CCD ao Microscópio

Pixel

CCD e Diferentes Colocações dos Pixels

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TIPOS DE CÂMERAS DIGITAIS

1 - Matrix monocromática;

2 - Matrix RGB (Máquina Fotográfica);

3 - Escaneamento RGB (Scanner).

MATRIX MONOCROMÁTICA

MATRIX RGB

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ESCANEAMENTO RGB

TODAS AS CÂMERAS FUNCIONAM DO MESMO MODO:

- A luz entra pela objetiva;

- É controlada pelo diafragma;

- Passa pelo obturador (pode ser eletrônico);

- Passa pelos filtros de cor (se houver);

- Atinge o “filme digital”;

- É gravada num disco ou cartão de memória.

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CONCEITOS SOBRE O CCD

Resolução:

É o produto do número de pixels do CCD.

CÂMERAS DE MEGAPIXEL

São câmeras onde a resolução é a ordem de milhões de pixels.

1 MEGA = 1 MILHÃO

Exemplo: Nikon Coolpix 990, com 2048 x 1536 = 3,1 x 10 3,1 MegaPixel

Exemplo: Sinarback 5x4, com 4080 x 5440 = 22 x 10 22 MegaPixel

Horizontal: 13 pixelsVertical: 4 pixels

Resolução: 52 pixels

6

6

Sinar Back 5x4 - 22 Mp

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EM CÂMERAS REAIS:

4080 x 5440 = 22 Mp - Sinar Back 5x4

4080 x 4080 = 16 Mp - Phase One, Sinar 4x4

4536 x 3024 = 14 Mp - Kodak/Nikon DCS 14n

2048 x 3072x2 = 12 Mp - Fuji S2 Pro

4064 x 2704 = 11.4 Mp - Canon EOS D1

2048 x 3072 - 6.2 Mp - D1X, D60, D100

2560 x 1920 - 4.9 Mp - Nikon Coolpix 5700

2048 x 1360 - 2.7 Mp - prop.3/2 (35mm)

1536 x 1152 = 1.7 Mp - “Consumer Cameras”

1024 x 768 - 0.7 Mp - Amadoras

CONCEITOS SOBRE O CCD

PROFUNDIDADE DE COR:

Determina quantas cores são combinadas para a representação de cada pixel da imagem.

Em uma imagem “colorida” cada pixel tem sua cor determinada pela composição de RGB. (vermelho, verde, azul).

SISTEMAS - NÚMEROS DE CORES:

* Olho humano - até 10 milhões de cores

* Pintura a óleo - 500 mil cores

* Fotografia (cromo) - 5 mil cores

* Gráfica CMYK - 2 mil cores

* Monitor RGB - 16 milhões de cores

O monitor tem uma profundidade de cores de 24 bit (8 por canal RGB), ou 3 byte.

1 1 bit = 2 = 2 tons (preto e branco)

2 2 bit = 2 = 4 tons (cinza)

8 8 bit (um byte) = 2 = 256 tons (cinza) ou uma cor

324 bit = 3 byte =256 = 16,7 milhões de cores RGB

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1 BIT

2 tons para a representação de cada PIXEL

2 BIT

4 tons para a representação de cada PIXEL

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8 BIT

256 tons para a representação de cada PIXEL

24 BIT OU 3 BYTE

3 256 = 16 milhões de cores para cada PIXEL

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FORMATOS DE ARQUIVOS

Um formato de arquivo é um método que um computador se utiliza para guardar informações e imagens.

Para imagens os formatos mais comuns são JPEG, TIFF e RAW (negativo digital).

Os arquivos JPEG são mais econômicos, compactos, os TIFF são maiores. O RAW é um tipo especial, que não pode ser manipulado diretamente.

TIFF = Tagged Image File Format.Formato de arquivo de imagem indexada

JPEG = Joint Photographers Expert Group.Grupo unido de fotógrafos prosissionais.

RAW - Cru, guarda até 12 bit de dados.Pode ser menor que o Tiff, e com mais informações.

O QUE É DPI?

DPI, do inglês, significa dots per inch, isto é, pontos por polegadas.

Quanto maior o número de dpi, maior e mais detalhada é a impressão.

Nas câmeras digitais é mais apropriado se falar em PPI, isto é, pixels per inch (pixels por polegada).

Existem 4 medidas de resolução que são muito semelhantes, o que acaba gerando grande confusão.

São elas:

* SPI - Samples (amostras) per inch, scanners.* PPI - Pixels (pixels) per inch, câmeras e monitores.* DPI - Dots (pontos) per inch, impressoras de tinta.* LPI - Lines (linhas) per inch, gráficas.

A RELAÇÃO LPI / PPI

Normalmente, para cada LPI de impressão recomenda-se de 1,6 a 2 PPI da câmera

Exemplos: para uma impressão gráfica com 150 lpi, a câmera digital de gerar um arquivo com 240 a 300 dpi.

Geralmente fala-se em 300 DPI para a resolução de um arquivo de impressão.

ARQUIVOS E MEMÓRIA

As imagens são guardadas na memória, algum tipo de memória.

O número de imagens guardadas depende do tipo de memória e do tamanho do arquivo.

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TAMANHO DO ARQUIVO

O tamanho do arquivo depende da RESOLUÇÃO 1 (arquivo) = RESOLUÇÃO X 3

TAMANHO DO ARQUIVOS (EXEMPLOS EM TIFF)

Sinar Back 4x44080 x 4080 x 3 = 48 MB (resolução máxima)

Nikon D-1002048 x 3072 x 3 = 18 MB (resolução máxima)

CARTÕES DE MEMÓRIA | DIGITAIS MODERNAS PODEM USAR:

a) Cartões CF até 3 Gb, Smartmedia, MemoryStick, SD

b) Microdrive com partes moveis de 1 Gb

3 CORES3 CORES

c) HDs internos, externos, compactos e/ou portáteis, acoplados ou não a um notebook. Externos são chamados de “digital wallets”.

Cartão de 16 MB

arquivo de 15 MB ⇒1

arquivo de 5,7 MB ⇒2

arquivo de 2,0 MB ⇒8

arquivo de 1,3 MB ⇒12

Cartão de 16 MB

arquivo de 15 MB ⇒1

arquivo de 5,7 MB ⇒2

arquivo de 2,0 MB ⇒8

arquivo de 1,3 MB ⇒12

Cartão de 512 MB

arquivo de 15 MB ⇒34

arquivo de 5,7 MB ⇒85

arquivo de 2,0 MB ⇒256

arquivo de 1,3 MB ⇒394

Cartão de 512 MB

arquivo de 15 MB ⇒34

arquivo de 5,7 MB ⇒85

arquivo de 2,0 MB ⇒256

arquivo de 1,3 MB ⇒394

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BIBLIOGRAFIA

Curso Completo de Fotografia - Editora Rio Gráfica

Curso Prático de Fotografia - 6 volumes - Editora Globo

Fotografia com Bom Senso - Leonardo Gaunt - Ediouro

Fotografia em Cores - John Heddgecoe, 2 volumes - Editora Rio Gráfica

Fotografhie - John Hedgecoe/ Jack Tresidder - Editora Mitchel

O manual do fotógrafo - John Hedgecoe - Editora Porto

O prazer de fotografar Edição Kodak do Brasil - Editora Abril ( 1980)

Princípios Básicos de Fotografia - Edição FAU - Editora EDUSP

LA fotografia Passo a Passo - Michael Langford - Editora H Blumes

El Libro de La Fotografia Creativa - Michael Langfod - Editora H Blumes

Tudo sobre o negativo - Reinhard Viebig - Editora íris

História Gráfica de La Fotografia - Helmut and Alisson Gernshein

História de La fotografia - Beamout Newhall

Histórie Mondiale de La Photographie em Couleurrs - Roger Beloone and Luc Fellot

Hércules Florence - 1833: Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil

- Boris Kossoy - Edição Fac. De Comunicação Anhembi - 1977

Tudo sobre filtros - Editora íris

Catálogos Técnicos I.E.C (Indústria Equipamentos Cinematográficos)

Manual Prático de Preservação Fotográfica - João Sócrates de Oliveira