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185 6 CARACTERÍSTICAS DO TERRITÓRIO E DA SOCIEDADE NO ESTADO DA BAHIA Este capítulo tem por objetivo apresentar informações sobre a localização do Estado da Bahia no Brasil, a formação de seu território ao longo de sua história, o quadro de seus recursos naturais, além de dados sobre sua população, suas atividades econômicas e a organização do seu espaço. 6.1 LOCALIZAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA O Estado da Bahia está localizado na região Nordeste (Mapa 19), onde ocupa uma área de 567.295 km 2 e se abre para o oceano Atlântico numa extensão de 932 km. Limita-se a nordeste por Sergipe e Alagoas, ao norte por Pernambuco e Piauí, a oeste por Goiás e Tocantins e ao sul por Minas Gerais e Espírito Santo (Mapa 16 no capítulo anterior). MAPA 19 A BAHIA NO BRASIL CHIL E O C E A N O P A C Í F I C O O C E A N O A T L Â N T I C O ARGENTINA COLÔMBIA REGIÃO NORTE REGIÃO NORDESTE REGIÃO CENTRO-OESTE REGIÃO SUDESTE BAHIA REGIÃO SUL PERU BOLÍVIA PARAGUAI ARGENTINA URUGUAI VENEZUELA GUIANA SURINAME GUIANA FRANCESA 65 o 0 o 0 o 10 o 10 o 20 o 20 o 30 o 30 o 65 o 55 o 55 o 45 o 45 o 35 o 35 o Fonte: IBGE, 2000. 6.2 A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO DO ESTADO DA BAHIA 18 A Bahia foi o berço da nação brasileira, pois em Porto Seguro aportaram os portugueses da frota de Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500. É possível que a nau mensageira enviada por Pedro Álvares Cabral para dar conta ao rei D. Manuel I das novas terras 18 Dados extraídos de SILVA et al.., 2000: ALMANAQUE, 2002.

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bahia

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    6 CARACTERSTICAS DO TERRITRIO E DA SOCIEDADE NO ESTADO DA BAHIA

    Este captulo tem por objetivo apresentar informaes sobre a localizao do Estado da Bahia no Brasil, a formao de seu territrio ao longo de sua histria, o quadro de seus recursos naturais,

    alm de dados sobre sua populao, suas atividades econmicas e a organizao do seu espao.

    6.1 LOCALIZAO DO ESTADO DA BAHIA

    O Estado da Bahia est localizado na regio Nordeste (Mapa 19), onde ocupa uma rea de 567.295 km2 e se abre para o oceano Atlntico numa extenso de 932 km. Limita-se a nordeste por Sergipe e Alagoas, ao norte por Pernambuco e Piau, a oeste por Gois e Tocantins e ao sul por Minas Gerais e Esprito Santo (Mapa 16 no captulo anterior).

    MAPA 19

    A BAHIA NO BRASIL

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    Fonte: IBGE, 2000.

    6.2 A FORMAO DO TERRITRIO DO ESTADO DA BAHIA18

    A Bahia foi o bero da nao brasileira, pois em Porto Seguro aportaram os portugueses da frota de Pedro lvares Cabral, em 22 de abril de 1500. possvel que a nau mensageira enviada por Pedro lvares Cabral para dar conta ao rei D. Manuel I das novas terras

    18 Dados extrados de SILVA et al.., 2000: ALMANAQUE, 2002.

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    descobertas tenha percorrido a costa da Bahia para o norte, a partir de Porto Seguro, antes de se lanar travessia do Atlntico.

    Os primeiros registros da regio de Salvador foram feitos pela expedio de 1501, enviada por D. Manuel para explorar a ento chamada ilha de Santa Cruz. Amrico Vespcio, que participava da expedio, foi o primeiro a falar da baa a que chamaram "de Todos os Santos", por ter sido encontrada em 1o de novembro, dia de Todos os Santos. O nome "Bahia" iria estender-se ao territrio que se constituiu com as terras das capitanias doadas a Francisco Pereira Coutinho, Pero de Campos Tourinho, Jorge de Figueiredo Correia, D. Antnio de Atade e D. lvaro da Costa. O Mapa 20 mostra como o Brasil foi dividido em grandes lotes chamados Capitanias Hereditrias e a localizao da Capitania da Bahia de Todos os Santos.

    MAPA 20

    BRASIL CAPITANIAS HEREDITRIAS

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    P O R T O S E G U R O

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    S A N TA N A

    S O V ICE N T E (1 lo te )o

    S O V ICE N T E (2 lo te )o

    Fonte: Silva et al., 2000

    O Brasil, at ento praticamente improdutivo, reclamava uma forma eficiente de governo, o que Portugal tentou fazer atravs da implantao do sistema de capitanias, cedo malogrado. Para substitu-lo, deliberou D. Joo III instalar um governo-geral, com sede na Bahia, que, embora situada a distncias desiguais dos extremos da costa ocupada pelos portugueses, oferecia boas condies para apoiar as outras capitanias, ministrar justia e prover os

  • 187

    interesses da coroa portuguesa.

    Para cumprir essa poltica, foi nomeado Tom de Sousa, que, de acordo com o regimento de

    17 de dezembro de 1548, deveria edificar uma fortaleza e povoao grande e forte num lugar conveniente. A Bahia a primeira das capitanias hereditrias a se transformar em capitania real. Em 1549, o primeiro governador-geral do Brasil, Tom de Sousa, construiu a cidade de So Salvador, na Baa de Todos os Santos, para ser a capital da colnia. Alm de sede poltica

    e administrativa, funcionou como plo de desenvolvimento econmico de toda a regio, com acar, tabaco e algodo no sculo XVIII e trfico de escravos at meados do sculo XIX.

    Com a colonizao, a capitania da Bahia incorporou os territrios das capitanias de Ilhus, Itamarac e Porto Seguro.

    A partir da ocupao de Salvador e arredores, nos dois primeiros governos-gerais do Brasil, existiram distines muito ntidas entre Salvador e seu recncavo e o interior mais

    distante. Apesar das excelncias do fundeadouro descoberto em 1501, os portugueses abandonaram-no nas duas primeiras dcadas de existncia da colnia, dando margem a que

    franceses ali negociassem com os indgenas. Em face desse abandono, explica-se a surpresa de Pero Lopes de Sousa, cuja viagem de 1530, ao encontrar na Bahia o lendrio Caramuru, que desde 1510 ou 1511, quando naufragara, vivia entre os selvagens.

    No foi somente com boiadas e currais que se completou a incorporao dos sertes Bahia, mas tambm com as guerras contra os ndios amoipiras, acros e paiaias. Aps a primeira e segunda guerras contra os ndios de Jaguaripe e Paraguau (1558 e 1559), concluiu-se a posse de Matuim e Pass. Alm disso, as misses religiosas dos padres da Companhia de Jesus e dos frades de So Francisco e do Monte Carmelo muito contriburam para as atividades

    civilizadoras, produtivas e constantes. Outro estmulo para o povoamento consistiu no descobrimento de ouro na serra de Jacobina.

    No sculo XVIII, quando da diviso da Bahia em quatro comarcas, as duas do serto j possuam 77.000 habitantes. Acompanhando, por um aspecto, a conquista do territrio, e correspondendo, por outro, orientao de Portugal, ficaram caracterizadas quatro zonas de produo: 1) o Recncavo, para a cana-de-acar; 2) Jaguaripe e Camamu, para a farinha de mandioca; 3) tabuleiros ou areais, para fumo e mandioca; 4) o serto, para o gado. A principal caracterstica da economia foi estar voltada para o mercado externo, com as terras da Bahia fornecendo matrias-primas e artigos da lavoura tropical, que interessavam Europa.

  • 188

    Implantada sob os condicionamentos da economia mercantil, a economia de exportao teve como base o trabalho escravo. Desenvolveu-se, porm, de forma variada e complexa, com um elenco mais extenso e mais expressivo de artigos e produtos, como pau-brasil e outras madeiras, acar, algodo, fumo, ouro, couro cru, cachaa e farinha.

    O Mapa 21 mostra como evoluiu a ocupao do territrio da Bahia do Sculo XVI ao Sculo XIX.

    MAPA 21

    ESTADO DA BAHIA FORMAO DO TERRITRIO

    Fonte: A tlas escolar, Bahia: espao geo-histrico e cultural. Joo Pessoa: Grafset, 2000.

    V E G E TA O N AT U R AL T IP O S D E U S O S P R E D O M INA N T E SF lore sta com o corrnc ia de p au-b rasi l C an a-de -au car e ag ricu ltura de subsis tnc ia E xplorao m ine ral

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    4 6 4 4 4 2 4 0 3 8

    Fonte: Silva et al., 2000

  • 189

    6.3 GEOGRAFIA FSICA DO ESTADO DA BAHIA 19

    6.3.1 Relevo, geologia e tipos de solos

    Aproximadamente 70% do territrio estadual se encontra entre 300 e 900m e 23% abaixo de 300m de altitude. O quadro morfolgico compreende trs unidades: a baixada litornea, o rebordo do planalto e o planalto. Constitui a baixada litornea o conjunto de terras situadas abaixo de 200m de altitude. Erguem-se a, dominando as praias e os areais da fmbria litornea, terrenos de feio tabular, os chamados tabuleiros arenticos (Mapa 22).

    Para o interior, esses terrenos cedem lugar a uma faixa de colinas e morros argilosos, de solo espesso, relativamente frtil, sobretudo no Recncavo, onde se encontra o famoso massap baiano. Tanto a faixa das colinas e morros como a dos tabuleiros so cortadas transversalmente pelos rios que descem do planalto; ao longo deles estendem-se amplas plancies aluviais (vrzeas) sujeitas a inundaes que lhes renovam periodicamente os solos com a deposio de novos aluvies.

    O rebordo do planalto ergue-se imediatamente a oeste dos morros e colinas, formando uma faixa de terrenos muito acidentados, por meio da qual se ascende da baixada ao planalto. Ao norte de Salvador, o rebordo do planalto desaparece, pois a transio entre planalto e baixada se faz suavemente. O planalto ocupa a maior parte do estado e est dividido em cinco compartimentos bem individualizados: planalto sul-baiano, Espinhao, depresso so-franciscana, planalto ocidental e pediplano.

    O planalto sul-baiano, talhado em rochas cristalinas antigas, situa-se no sudeste do Estado.

    Sua superfcie, com 800 a 900m de altitude mdia, apresenta-se suavemente ondulada, com amplos vales de fundo chato. Entretanto, o rio de Contas e o Paraguau abriram em seu seio

    profundos vales, dividindo-o em trs sees: o planalto de Conquista, no sul; o de Itiruu, no centro; o de Cruz das Almas, no norte.

    O Espinhao consiste em uma faixa de terrenos elevados (1.300m de mdia e 1.850m no pico das Almas, seu ponto culminante) que corta o Estado da Bahia de norte a sul pelo centro. Sua superfcie ora se apresenta como alinhamentos montanhosos (cristas quartzferas), ora como elevaes tabulares ou cuestas. Essas ltimas predominam na poro oriental e setentrional, formando um amplo conjunto de formas suaves denominado Chapada Diamantina.

    19 Dados extrados de SILVA et al., 2000; ALMANAQUE, 2002; SEI.

  • 190

    MAPA 22

    ESTADO DA BAHIA RELEVO

    P I A U

    P E R N A M B U C O

    A L A G O A S

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    P la n cie L ito r nea

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    S e rra G era l d o E sp inh a o

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    46 44 42 40 38

    17 17

    13 13

    15 15

    11 11

    9 9

    46 44 42 40 38

    Fonte: Silva et al., 2000

    A depresso so-franciscana estende-se a oeste do Espinhao, com disposio semelhante, isto , formando faixa de sentido norte-sul. Constituem-na terras de reduzida altitude (400m em mdia) e relativamente planas que, com suave inclinao, caem para o rio So Francisco. Ao longo dos vales de alguns afluentes do curso mdio desse rio, especialmente dos rios Corrente e Grande, a

    depresso lana para oeste prolongamentos em forma de dedos. No fundo da depresso fica a plancie aluvial do So Francisco, periodicamente inundada por suas cheias.

    O planalto ocidental, constitudo de rochas sedimentares, ergue-se a oeste da depresso so-franciscana, com uma altura aproximada de 850m. Seu topo regular imprime-lhe feio tabular e o carter de extenso chapado, a que se aplica o nome genrico de Espigo Mestre.

  • 191

    O pediplano compreende toda a poro nordeste do planalto baiano. A se desenvolvem amplas superfcies que se inclinam suavemente para o litoral, a leste, e para a calha do So Francisco, ao norte, com altitudes entre 200 e 500m. Esses terrenos exibem o modelado tpico de clima semi-rido, observado em todo o serto da regio Nordeste: grandes planuras nas quais despontam, aqui e ali, picos e macios isolados (inselbergs). Formam o subsolo dessa regio rochas cristalinas antigas, com exceo de uma faixa de formaes sedimentares, que do Recncavo se projeta para o norte, dando lugar a uma srie de chapadas arenticas tambm denominadas tabuleiros (Mapa 23).

    MAPA 23

    ESTADO DA BAHIA GEOLOGIA

    FO NTE: SG M , 1994

    GEOLOGIA SIM PLIFICADACOBERTURA DETRTICATERC IO- QUATERN RIA

    PROTEROZ ICO SUPERIORSUPERGRUPO S O FRANCIS CO

    BAC IAS SED IM ENTARESD O FANEROZ ICO

    RO CHAS CA RBON TIC ASPROTEROZ ICO M DIO

    S UP ERGRUPO ESP IN HA O

    ROCH AS S IL ICICL STIC ASPREDOM INAN TES / VULC NICA S FLS ICA S

    PROTEROZ ICO IN FERIOR / ARQUEAN O

    GREENSTONE BELTSCOM PLEXOS

    VULCANOS -S EDIM ENTA RES

    TERRENOS GRAN ULTICOS E M IGM ATTIC OS

    TERRENOS GRA N ULTICOS

    G rani tides In tr usivos

    SALVADOR

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    Seabra Itaberaba

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    Vitria da Conquis ta

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    Il husItabuna

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    Eun po li s

    PauloAfonso

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    BarraIrec

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    Bom Jesus da Lapa

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    S N I T N A C O T

    U A I P

    A M B N U R C E O P

    A L A G O A S

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    E S C A LA 1 :6 .00 0.000

    60 0 6 0 1 20 1 80km

    Fonte: SEI

    O Mapa 24 apresenta dados sobre os tipos de solos existentes no Estado da Bahia.

  • 192

    MAPA 24

    ESTADO DA BAHIA SOLOS

    S N I T N A C O T

    U A I P

    A M B N U R C E O P

    A L A G O A S

    E S P R ITOS A N TO

    E P I G R E S

    S I O G

    N A S I M G E R A I S

    M AR AN H O

    SOLOS COM H ORIZO NTE B LATOS S L ICO

    SOLOS COM H ORIZO NTE B TEXTU RAL

    SOLOS COM H ORIZO NTE B ES P DICO

    SOLOS COM H ORIZO NTE B IN CIPIENTE OU C M BICO

    SOLOS COM H ORIZO NTE B N TRICO

    SOLOS POUCO D ESENVOLVIDOS

    SOLOS DE M ANGUE

    E SCALA 1 :6 .000 .000

    60 0 60 120 180km

    FONTE : EM BRA PA, SU DE NE, 1976 e 1977

    46 44 42

    42

    40

    40 38

    38

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    11 11

    13 13

    15 15

    17

    19

    Barreiras

    SALVADOR

    Bom Jesus da LapaSta. M aria daVitri a

    SeabraItaberaba

    Feira de Santana

    Guanam bi Brumado

    Vitria da Conquis ta

    Itapeti nga

    IlhusItabuna

    Jequi

    Eun polis

    Paulo Afonso

    Senhor do Bonfim

    BarraIrec

    Jacobina

    Juazeiro

    Ribeira do Pom bal

    Teixeira de Frei tas

    B R AS IL

    Fonte: SEI.

    6.3.2 Recursos minerais

    Ao analisar o Mapa 25, pode-se constatar que os recursos minerais da Bahia so bastante variados, embora apenas alguns ofeream possibilidades efetivas de explorao comercial, como o petrleo e o gs natural, recursos de que a Bahia , respectivamente, o terceiro e segundo produtor nacional. A rea de explorao o Recncavo baiano, onde se perfuram poos tanto na terra como no mar. Parte da produo processada localmente, na refinaria

  • 193

    Landulfo Alves. Outras riquezas do subsolo so objeto de pesquisa e explorao: amianto, barita, berilo, columbita, cristal de rocha, magnesita, mica, chumbo, mrmore, cromo, mangans, talco, diamante, titnio, urnio, vandio e cobre. A mina de ouro de Morro do Vento, em Jacobina, comeou a operar em 1983.

    MAPA 25

    ESTADO DA BAHIA RECURSOS MINERAIS

    FO NTE: SG M , 1995

    S N I T N A C O T

    U A I PA M B N U R C E O P

    A L A G O A S

    E S P R IT OS A N T O

    E P I G R E S

    S I O G

    N A S I M G E R A I S

    M AR AN H O

    D E P S IT O S M IN E R A IS

    N O MET LICOS

    Ocorr nc ia

    ENERGTICOS

    M ina

    TIPOS

    Jazida

    Fd

    Vm

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    OuroCromoCobreFerroM ang nesNquelChum boEs tanho

    Prata

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    AmetistaBeri loD iamante

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    Esmeralda

    Ti t nio

    PEDRAS PRECIOSAS

    NiFeldspato

    Petrleo/G s Natural

    Talco

    Turfa

    Vermicul ita

    Ur nio

    Rochas Ornam entais

    M icaM agnesita

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    Salgema

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    38

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    1 1 11

    1 3 13

    15 15

    17

    19

    ES C ALA 1 :6.000.0 00

    60 0 6 0 120 180km

    SA LVAD OR

    Paulo Afonso

    BarraIrec Jaco bina

    SeabraItaberaba

    Feira de Santana

    Sta. M aria da Vi tr ia

    Guanam bi

    Barrei ras

    Brumad o

    Jequi

    Vitria da Conquista

    Itapetinga

    IlhusItabuna

    Eun pol is

    Ribei ra do Pom bal

    Juaz eiro

    BR ASIL

    Bom Jesus da Lapa

    Teixei ra de Frei tas

    Fonte: SEI.

  • 194

    6.3.3 Clima, temperatura e precipitao mdia anual

    O mapas 26, 27 e 28 apresentam respectivamente os principais tipos de clima, a temperatura mdia anual e a precipitao mdia anual existente no Estado da Bahia.

    MAPA 26

    ESTADO DA BAHIA PRINCIPAIS TIPOS DE CLIMA

    Fonte: Silva et al., 2000

    Trs tipos climticos se observam na Bahia: o clima quente e mido sem estao seca, o clima

    quente e mido com estao seca de inverno e o clima semi-rido quente, identificados no sistema de Kppen pelos smbolos Af, Aw e BSh, respectivamente. O primeiro domina ao

    longo do litoral, com temperaturas mdias anuais de cerca de 23oC e totais pluviomtricos superiores a 1.500mm. O segundo caracteriza todo o interior, com exceo da parte

  • 195

    setentrional e do vale do So Francisco. Apresenta temperaturas mdias anuais que variam entre 18o C nas reas mais elevadas e 22oC nas reas mais baixas, e totais pluviomtricos

    equivalentes a mil milmetros. O terceiro tipo climtico encontrado no norte do estado e no vale do So Francisco. As temperaturas mdias anuais superam 24o C e mesmo 26o C, mas a pluviosidade inferior a 700mm.

    MAPA 27

    ESTADO DA BAHIA TEMPERATURA MDIA ANUAL

    Fonte: Silva et al., 2000

    O clima seco predominante na maior parte do interior do Estado da Bahia (regio semi-rida) e a baixa precipitao pluviomtrica nela existente explicam porque essa regio apresenta um menor nvel de desenvolvimento do que as demais (Litoral e Oeste da Bahia). A barreira representada pelo clima adverso e pela escassez de chuvas na regio semi-rida ao processo

  • 196

    de desenvolvimento econmico e social poderia ser superada com a adoo de polticas pblicas apropriadas de combate seca, fato esse que no ocorreu at o presente momento.

    MAPA 28

    ESTADO DA BAHIA PRECIPITAO MDIA ANUAL

    Fonte: Silva et al., 2000

    6.3.4 Vegetao

    Perto de 64% do territrio baiano revestido por caatingas, 16% por cerrados, 18% por florestas e 2% por campos. As florestas ocorrem na rea litornea e ocupam uma faixa de terra cuja largura varia entre 100km (no Recncavo) e 250km (no vale do rio Pardo). No lado oriental apresentam-se como matas perenes, no centro como semidecduas e no lado ocidental como decduas agrestes (Mapa 29).

  • 197

    MAPA 29

    ESTADO DA BAHIA VEGETAO

    REGI O DA SAVANA (CERRADO)

    REGI O DA SAVANA ESTPICA (CAATINGA DO SERT O RIDO)

    REF/ GIO ECOL GICO

    REGI O DA FLORESTA ESTACIONAL SEM IDECIDUAL (FLORESTATROPICAL SUBCADUCIF LIA)

    REGI O DA FLORESTA OM BR FILA DENSA (FLORESTA TROPICALPLUVIAL)

    REGI O DA FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL (FLORESTATROPICAL CADUCIF LIA)

    REAS DAS FORM A ES PIONEIRAS COM INFLU NCIA M ARINHAE FLUVIOM ARINHA (VEGETA O DE RESTINGA E M ANGUEZAL)

    REAS DE TENS O ECOL GICA (CONTATOS ENTRE TIPOS DEVEGETA O)

    F O N T E : IB G E , 1 994

    S N I T N A C O T

    U A I P

    A M B N U R C E O P

    A L A G O A S

    E S P R IT OSA N T O

    E P I G R E S

    S I O G

    N A S I M G E R A I S

    M AR A N H O

    46 44 42

    42

    40

    40 38

    38

    9 9

    11 11

    13 13

    15 15

    17

    19

    E S C AL A 1 :6.0 0 0 .00 0

    6 0 0 6 0 12 0 1 80k m

    Barreiras

    SALVADORBom Jesus daLapa

    Sta. M ari a daVitria

    Seabra Itaberaba

    Feira deSantana

    Guanam bi Brum ado

    Vitria da Conquista

    Itapetinga

    IlhusItabuna

    Jequi

    Eun pol is

    Paul o Afonso

    Senhor do Bonfim

    Barra

    IrecJacobina

    Juazeiro

    Ribeira do Pombal

    Tei xeira de Frei tas

    BR A S IL

    Fonte: SEI.

    A principal rea de ocorrncia de cerrados o planalto ocidental. Outras manchas, pequenas, surgem em meio s reas de caatinga. Os campos aparecem tambm no planalto ocidental, formando uma estreita mancha disposta no sentido norte-sul. As caatingas revestem todo o resto do estado, isto , a maior parte de seu interior. Todos esses tipos de vegetao encontram-se hoje bastante modificados por interferncia do homem.

    O clima seco predominante na maior parte do interior do Estado da Bahia (regio semi-rida), baixa precipitao pluviomtrica nela existente e vegetao caracterizada pela caatinga explicam tambm porque essa regio apresenta um menor nvel de desenvolvimento do que as demais (Litoral e Oeste da Bahia). A barreira representada pelo clima adverso, pela escassez

  • 198

    de chuvas e pelas caractersticas da vegetao na regio semi-rida ao processo de desenvolvimento econmico e social poderia ser superada com a adoo de polticas pblicas apropriadas de combate seca, fato esse que no ocorreu at o presente momento.

    6.3.5 Recursos hidrogrficos

    Os rios da Bahia pertencem a dois grupos: o primeiro integrado pelo So Francisco e seus afluentes. Entre esses ltimos destacam-se os afluentes da margem esquerda, que nascem no planalto ocidental (Carinhanha, Correntes, Grande e seu afluente, o Preto). O segundo grupo compreende os rios que correm diretamente para o Atlntico (Mucuri, Jequitinhonha, Pardo, Contas, Paraguau, Itapicuru e Vaza Barris). Os dois grupos incluem, na regio semi-rida, rios de regime intermitente (Mapa 30).

    MAPA 30

    ESTADO DA BAHIA BACIAS HIDROGRFICAS E PRINCIPAIS RIOS 4 2 40 3 8

    9

    11

    3

    1 5

    1

    7

    19

    1

    4 2 4 0 38

    9

    11

    1 3

    1 5

    4 6 4 4

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    2

    3 4

    5

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    7

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    10

    12

    11

    13

    ESCA LA 1:6.000.000

    60 0 60 120 180km

    Rio J e qu itin honh aB acia do E xtre m o S u l

    R io R ealR io P ara gu a u

    B acia do Re c nca vo N orteB acia do Re c nca vo S u lR io de C on ta s

    R io Inha m bu p e

    B acia do L es teR io P ard o

    R io S o F ranciscoR io Va za -B arrisR io Ita pic u ru

    B A C IA S H IDRO G R FICA S

    Rio In term ite n teR io P erm a ne nteL im ite de B a cia1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    12

    11

    13

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    ESPR ITO SAN TO

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    S ERG

    IPE

    Fonte: SEI.

    O clima seco predominante na maior parte do interior do Estado da Bahia (regio semi-rida)

  • 199

    e a baixa precipitao pluviomtrica nela existente que contribuem para seu menor nvel de desenvolvimento em comparao com as demais (Litoral e Oeste da Bahia) poderiam ser enfrentados pelo governo do Estado da Bahia com a adoo de polticas pblicas apropriadas visando o aproveitamento racional dos recursos hdricos nela existentes.

    6.4 REGIES ECONMICAS DO ESTADO DA BAHIA

    O Estado da Bahia possui 15 regies econmicas (Mapa 47 do captulo 8) e 415 municpios20 discriminados no Anexo A que apresenta dados sobre a populao estimada, rea e densidade demogrfica, segundo as regies econmicas e municpios do Estado da Bahia referentes a 1999. O Mapa 31 apresenta a diviso poltico-administrativa do Estado da Bahia com a indicao dos limites geogrficos de seus municpios.

    MAPA 31

    ESTADO DA BAHIA DIVISO POLITICO-ADMINISTRATIVA 4 2 4 0 38

    9

    11

    3

    1 5

    1

    7

    19

    1

    4 2 4 0 3 8

    9

    11

    13

    15

    46 4 4

    Juaze iro Paulo A fonso

    C am a ari

    SA LVAD OR

    Barre iras

    IlhusItabun a

    Teixe ir a de Fre itas

    Porto Seguro

    Eunp olis

    Jequi

    Vit ria daC onqu ista

    Serrin ha

    Feira d eSanta na

    Alago inhas

    Itaberaba

    Brum a doGuanam bi

    S. Ma ria da Vit ria

    Jacob ina

    Senho r do Bonfim

    S.Am aro

    S.Antn iode Jesus

    Valena

    Irec

    Seabra

    Xique -Xique

    MAR ANH O

    P

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    A

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    M I N

    A

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    A L A G O A S

    ESPRITO SANTO

    PE R

    N A M B U C O

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    I

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    ESC ALA 1:6.000.000

    60 0 60 120 180km

    OC

    EA

    NO

    AT

    LA

    NT

    IC

    O

    Fonte: SEI.

    20 Incluindo-se dois municpios recentemente criados, totaliza 417.

  • 200

    6.5 POPULAO21

    No ano 2000, a populao do Estado da Bahia correspondia a 13.066.910, a densidade

    demogrfica era de 23,2 habitantes/km e a taxa de urbanizao foi de 67,1%. O crescimento

    demogrfico entre 1991 e 2000 foi de 1,1% ao ano. A populao da Bahia apresenta forte

    contingente de negros e mulatos, concentrados no Recncavo, alm de numerosos caboclos,

    que predominam no planalto. A distribuio populacional apresenta grandes contrastes

    regionais (Mapa 32).

    MAPA 32

    ESTADO DA BAHIA POPULAO 1996

    0 a 5 .00 0

    5 .00 1 - 1 0 .0 0 0

    1 0 .0 0 1 - 20 .0 00

    2 0 .0 0 1 - 50 .0 00

    A c im a d e 50 .0 01

    Populao de 1996, habitantes

    Fonte: IBGE . Con tagem de Populao de 2000

    Fonte: IBGE, 1999.

    21 Dados extrados de SILVA et al., 2002; ALMANAQUE, 2002; SEI.

  • 201

    No Recncavo e na regio cacaueira registram-se densidades superiores a 100 habitantes por

    quilmetro quadrado. J em amplas reas do interior, o povoamento se torna escasso, caindo

    esses ndices para cerca de 15 hab./km2 nos chapades, na Chapada Diamantina e no serto

    semi-rido (Mapa 33).

    MAPA 33

    ESTADO DA BAHIA DENSIDADE DEMOGRFICA, 2000

    MAR AN HO

    P

    I

    A

    U

    M I N

    A

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    A L A G O A S

    ESPR ITO S AN TO

    PE R

    N A M B U C O

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    R

    G

    I

    P

    E

    20 2 ,8 a 48 9 ,9

    1 .0 94,2 a 1 .892 ,4

    10 2 ,2 a 18 2 ,6

    51 ,0 a 97 ,8

    20 ,0 a 49,3

    10 ,0 a 19,9

    1 ,0 a 9 ,9 71

    10 8

    15 0

    50

    23

    10

    2

    17 .5 17,3

    D e ns id ade D em o grf ica (h ab /km )2 Q de d e M u nic p io s

    Fonte: SEI, 2000. Elaborao prpria.

  • 202

    No Mapa 34 tem-se o tamanho da populao das cidades do Estado da Bahia, destacando-se entre elas, Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Camaari, Ilhus, Itabuna, Vitria da Conquista, Jequi e Juazeiro.

    MAPA 34

    ESTADO DA BAHIA POPULAO DAS CIDADES, 2000 4 2 4 0 3 8

    9

    11

    3

    1 5

    1

    71

    4 2 4 0 3 8

    9

    1 1

    1 3

    1 5

    4 6 4 4

    MARANH O

    P

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    M I N

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    A L A G O A S

    ESPRITO SANTO

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    N A M B U C O

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    !#"%$ &!'")(* + "-,.+ /0

    1!23 2!24#5%623 2&2!275)89 : 5-;.: 4?2&23 2!2&2@7589 : 5;:

  • 203

    populao do Estado da Bahia o que se explica pelo fato de serem os municpios de maior

    dinamismo econmico.

    O Mapa 35 mostra que h predominncia de populao rural na maioria dos municpios do

    Estado da Bahia e o Mapa 36, que a maioria de seus municpios tem grau de urbanizao

    inferior a 50%. Essa situao configura o atraso econmico e social em que se encontra o

    Estado da Bahia na maior parte de suas regies.

    MAPA 35

    ESTADO DA BAHIA PREDOMINNCIA DE POPULAO URBANA OU RURAL, 2000 4 2 4 0 38

    9

    11

    3

    1 5

    1

    7

    19

    1

    4 2 4 0 3 8

    9

    11

    13

    15

    46 4 4

    Predominncia de populao urbana

    Predominncia de populao rural

    M AR ANH O

    P

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    M I N

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    A L A G O A S

    E SP R ITO S A NTO

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    N A M B U C O

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    P

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    ESCA LA 1:6.000.000

    60 0 60 120 180km

    OC

    EA

    NO

    AT

    LA

    NT

    IC

    O

    Fonte: IBGE.

  • 204

    MAPA 36

    ESTADO DA BAHIA GRAU DE URBANIZAO, 2000 4 2 4 0 38

    9

    11

    3

    1 5

    1

    7

    19

    1

    4 2 4 0 3 8

    9

    11

    13

    15

    46 4 4

    M AR ANH O

    P

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    U

    M I N

    A

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    GE

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    A L A G O A S

    ESPRITO SANTO

    PE R

    N A M B U C O

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    I

    P

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    ESCALA 1:6.000.000

    60 0 60 120 180km

    A cim a de 75%

    51 a 75%

    26 - 50%

    A t 25%

    OC

    EA

    NO

    AT

    LA

    NT

    IC

    O

    Fonte: SEI.

    6.6 ATIVIDADES ECONMICAS DO ESTADO DA BAHIA 22

    6.6.1 Agricultura e pecuria

    O principal produto agrcola da Bahia o cacau, cultivado sobretudo para exportao. Sua

    rea de cultura por excelncia so as colinas e morros da regio litornea ao sul do

    Recncavo, principalmente nos municpios de Ilhus e Itabuna. A soja vem em seguida

    22 Dados extrados de SILVA et al., 2002; ALMANAQUE, 2002; [email protected]

  • 205

    concentrando sua produo no oeste do Estado da Bahia.

    A produo de mandioca apresenta uma distribuio geogrfica dispersa, que, de certa forma,

    reproduz a distribuio da populao do Estado da Bahia. Produto bsico da alimentao

    baiana e cultura pouco exigente quanto s condies ecolgicas, natural que acompanhe o

    homem onde quer que ele se instale. A rea de maior concentrao da produo o

    Recncavo, onde a mandioca, cultivada nos solos pobres sobre as formaes arenticas,

    assume o carter de lavoura comercial. No interior aparece geralmente como cultura de

    subsistncia.

    O terceiro produto agrcola do Estado, o feijo, cultura geograficamente dispersa, com caractersticas de pequena lavoura comercial e, tambm, de subsistncia. O caf se situa

    em quarto lugar, sendo sua produo localizada principalmente em Vitria da Conquista. A cana-de-acar vem em quinto lugar quanto ao valor de produo. Grande lavoura comercial ligada agroindstria (usinas de acar), domina os ricos solos de massap do Recncavo. Surge tambm no interior do Estado integrada na pequena lavoura comercial,

    para a produo de aguardente e rapadura ou como simples cultura de subsistncia. Seguem-se em ordem decrescente, por valor de produo, mamo, banana, mamona,

    algodo e laranja.

    A criao de gado de corte se faz em todas as regies do Estado, mas observa-se um certo grau de especializao regional: de um lado, reas de caatinga, voltadas para a reproduo dos rebanhos, e de outro, reas de florestas do rebordo oriental do planalto, reservadas para a engorda dos animais provenientes das primeiras. A pecuria leiteira assume grande vulto na regio de Itapetinga, e a produo estadual de leite considervel. reas antes ridas, como Iau e Itaberaba, foram convertidas pecuria graas introduo de capins africanos.

    O Mapa 37 mostra as reas de aptido agrcola das terras e de pastagem do Estado da Bahia. Sua anlise permite constatar que as reas classificadas como boas para lavoura e pastagem so em menor nmero. Observando o semi-rido, percebe-se que existe grande nmero de reas regulares para lavoura que poderiam ser mais bem aproveitadas se

    existissem polticas pblicas eficazes de combate seca e se se utilizasse a irrigao em larga escala.

  • 206

    MAPA 37

    ESTADO DA BAHIA APTIDO AGRCOLA DAS TERRAS

    S N I T N A C O T

    U A I P

    A M B N U R C E O P

    A L A G O A S

    ES P R ITOS A N TO

    E P I G R E S

    S I O G

    N A S I M G E R A I S

    M AR A NH O

    46 44 42

    42

    40

    40 38

    38

    9 9

    1 1 1 1

    13 13

    15 1 5

    17

    19

    APTID O BOA PARA LAVOURAS

    APTID O REGULAR PARA LAVOURAS

    APTID O BOA, REGULAR OU RESTRITA PARA PASTAGEM PLANTADA

    APTID O RESTRITA PARA LAVOURAS

    APTID O BOA, REGULAR OU RESTRITA OU SEM APTID O PARASILVICULTURA E/OU PASTAGEM NATURAL

    SEM APTID O PARA USO AGRCOLA. INDICADO PARA PRESERVA O DAFLORA, FAUNA OU RECREA O

    B R A S IL

    ESCALA 1:6.000.000

    60 0 60 120 180km

    F O N TE : S U P L A N , 19 78

    Barre i ras

    SALVADORBo m Jesus daLap a

    Sta. M ar ia d aVitr ia

    SeabraItaberaba

    Fei ra d eSantana

    Guanambi Brumado

    Vitria da Conqu i sta

    Itapet i nga

    Il husItabuna

    Jequ i

    Eun Q po l i s

    Pau lo Afonso

    Senhor do Bon fim

    BarraIrec

    Jaco b ina

    Ju aze iro

    Ribe ira do Pom b al

    Teixeira de Frei tas

    Fonte: SEI

    O Mapa 38 mostra os municpios onde predominam as lavouras permanentes e temporrias.

    Sua anlise permite constatar que, prximo ao litoral, prevalecem as lavouras permanentes

    favorecidas provavelmente pelo regime pluviomtrico e pela disponibilidade de recursos

    hdricos.

  • 207

    MAPA 38

    ESTADO DA BAHIA PREDOMINNCIA DE LAVOURAS PERMANENTES E

    TEMPORRIAS, 19951996

    Fonte: Silva et al., 2000

    6.6.2 Indstria de transformao

    As atividades industriais da Bahia, de pouca expresso no passado, desenvolveram-se bastante a partir da dcada de 1950 com a implantao da refinaria de Mataripe. Estado de tradicional estrutura agrria, a Bahia ocupa hoje no setor secundrio considervel parcela de sua populao economicamente ativa. Persistem, no entanto, numerosas indstrias de pequeno porte, de carter artesanal, como as que produzem artigos de consumo sertanejo (rapadura, aguardente, farinha de mandioca). Entre as de maior porte, destacam-se a indstria qumica (inclusive refino de petrleo), petroqumica, metalrgica, de produtos alimentares (especialmente usinas de acar), txtil e de fumo.

  • 208

    Na dcada de 1960, o crescimento econmico baiano se acelerou com a criao do Centro Industrial de Aratu (cimento, metalrgicas) e com a promoo da agricultura na bacia do So Francisco que, na dcada seguinte, passou a ser fomentada pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do So Francisco (Codevasf). O posterior desenvolvimento industrial da Bahia centrou-se no Plo Petroqumico de Camaari, inaugurado em 1978. Na mesma poca, o turismo tambm ganhava fora como fonte de riqueza. Na dcada de 1990, a lavoura cacaueira do sul baiano, outro esteio econmico do Estado, foi prejudicada pela crise provocada pela disseminao da vassoura-de-bruxa, praga que provocou queda substancial na produo e muito desemprego, e pela queda dos preos do cacau no mercado internacional.

    MAPA 39

    ESTADO DA BAHIA DISTRIBUIO DAS INDSTRIAS

    P I A U

    P E R N A M B U C O

    A LA G O A S

    S E

    R G

    I P

    E

    M A

    R A

    N H

    O

    T OC

    ANTI

    NSG

    O I

    S

    E S P R IT OS A N TO

    M I N A S G E R A I S

    46 44 42 40 38

    17 17

    13 13

    15 15

    11 11

    9 9

    46 44 42 40 38

    OC

    EA

    NO

    A

    TL

    N

    TI

    CO

    S em ind s trias

    1 - 50 in ds tr ia s

    51 - 2 00 ind s trias

    20 1 - 800 in ds tr ias

    1 .01 3 in ds tr ia s

    4 .27 8 in ds tr ia s

    0 30 60 90 km

    Fonte: Silva et al., 2000

  • 209

    Concentra-se em torno de Salvador o grosso da produo industrial, sobretudo no Centro Industrial de Aratu, localizado na prpria Regio Metropolitana de Salvador, e no Plo Petroqumico de Camaari, um dos mais modernos do mundo. Alm de Aratu e Camaari, a Bahia conta ainda com o Centro Industrial do Suba em Feira de Santana e o Centro Industrial de Ilhus, dentre outros. Maiores detalhes sobre o processo de industrializao do Estado da Bahia sero apresentados no captulo 7.

    Como pode ser visto no Mapa 39, a maior parte das indstrias do Estado da Bahia est concentrada sobretudo em Salvador, Camaari e Feira de Santana. Por sua vez, o Mapa 40 mostra que h uma concentrao dos plos e centros industriais do Estado da Bahia na RMS Regio Metropolitana de Salvador.

    MAPA 40

    ESTADO DA BAHIA PLOS E CENTROS INDUSTRIAIS 38

    9

    11

    3

    15 5

    13

    7

    19

    1

    4 244 46

    19

    17

    4 0 38

    9

    11

    13

    15

    46 44 42

    M d io s c en t ro s in d u stria is

    D istr ito s in d u stria is

    N cle o s in d u str ia is S E I,

    P lo s in d u s tr ia is

    Juazeiro

    S ALVAD O R

    COPEC

    CIS

    CIA

    Ba rreiras

    Ilhus Itabuna

    Itapetinga

    Eu npolis

    Mucuri

    Jequi

    Vitria daC onquista

    Alagoinha sPo juca

    S o Francisco do C onde

    Brum ado

    Valena

    C ampo Form osoJaguarar i

    M A R A N H O

    P

    I

    A

    U

    M I N

    A

    S

    G

    E

    R

    A

    I

    S

    A L A G O A S

    ESPR ITO SAN TO

    PE R

    N A M B U C O

    G

    O

    I

    S

    TO

    CA

    NT

    IN

    S

    S

    E

    R

    G

    I

    P

    E

    40

    A tlas e scola r, Ba hia; espa o geo-h ist rico e cu ltura l. Joo Pesso a: G rafset, 2 000 .

    Fonte: S EI, 2 000.

    60 0 60 120 180km

    OC

    EA

    NO

    AT

    LA

    NT

    IC

    O

    Fonte: Silva et al., 2000

  • 210

    6.6.3 Turismo

    Dentre as zonas e centros tursticos do Estado da Bahia, destaca-se todo o litoral como a rea

    preferencial desse empreendimento (Mapa 41).

    MAPA 41

    ESTADO DA BAHIA ZONAS E CENTROS TURSTICOS

    P I A U

    P E R N A M B U C O

    A L A G O A S

    S E

    R G

    I P

    E

    M A

    R A

    N H

    O

    T OC

    ANTI

    NSG

    O I

    S

    E S P R IT OS A N T O

    M I N A S G E R A I S

    CH

    AP

    AD

    A D

    I AM

    A NT I

    N A

    CO ST A DO SCO Q UEIR O S

    CIRCU ITODO D IAM ANTE

    CO ST A DODEND

    CO ST A DOCACAU

    CO ST A DODESC OB RIME NTO

    CO ST A DA SBALE IAS

    B AA DETO D OS OS S AN TO S

    BAA DE T O DO S O S SANT O S

    CIRCU ITODO O URO

    46 44 42 40 38

    17 17

    13 13

    15 15

    11 11

    9 9

    46 44 42 40 38

    OC

    EA

    NO

    A

    TL

    N

    TI

    CO

    S AN TO A M A R OC A C H O EIR A

    S O FL IX

    S AL IN A S DA M AR GA R ID A

    JA G UA RIP E

    V ER A C R U Z

    ITA PA RIC A

    S ALVAD O R

    S AU B AR A

    S O FR A N C ISC O D O C O N D E

    M A DR E D ED E U S

    M A RA G O GIP E

    U N A

    C A N AVIE IR A S

    B EL M O N TE

    S AN TA C R U ZC A B R L IA

    P O RT O S EG UR O

    P R A D O

    A L C O BA A

    C A R AVE L A S

    N O VA V I O S A

    M U C U R I

    VA L EN A

    TA P E R O

    ITU B E R IGR A P I N A

    C A M A M U

    M A RA

    ITA C A R

    U R U U C A

    ILH U SV IT R IA D AC O NQ U IS TA

    JA N D A RA

    E SP L A N A D A

    E N TR E R IO S

    M A TA D E S O JO O

    C A M A AR I

    L A U RO D E F R EITAS

    C A IR U

    N ILO P E AN HA

    C O ND E

    JU AZE IR O PA U L O AFO N S O

    M O R R O D O C H AP U

    B AR R E IR AS IR A Q U A R A

    S EA B R A

    PA L M E IR A SL E N IS

    A N D AR A

    ITA E T

    M U C U G

    P IAT

    R IC O C AR D O SO

    R IO D O P IR E S

    A BA R A

    R IO D E CO N TASL IV RA M E N TO D EN O SS A S EN HO R A

    0 3 0 6 0 9 0 km

    Fonte: Silva et al., 2000

    A Tabela 19 mostra a evoluo do turismo em Salvador de 1980 a 1997.

  • 211

    Tabela 19 Fluxo de Turistas Nmero de estabelecimentos, vagas, hspedes e alguns indicadores da rede hoteleira Salvador 19801997

    Hotis classificados

    Penses, casas de hospedagem

    e hotis no classificados

    Brasileiros Estrangeiros Total Permanncia mdia

    Taxa de ocupao por

    leito

    Taxa de ocupao por

    U.H.

    1980 37 109 52.945 11.017 63.962 4,3 45,8 57,41981 38 120 189.318 19.707 209.025 3,9 43,7 55,01982 36 113 196.990 24.911 221.901 4,0 44,7 53,51983 36 105 215.834 35.226 250.660 3,6 44,5 53,21984 36 130 231.225 56.510 287.735 3,6 46,4 53,71985 41 148 240.084 65.651 305.735 3,7 47,4 53,01986 42 167 301.624 80.136 381.760 3,6 54,7 63,81987 44 168 269.875 73.557 343.432 3,6 48,9 56,41988 46 141 232.521 73.487 306.008 3,5 40,2 48,01989 47 141 256.870 69.217 326.087 3,4 41,4 50,21990 47 141 204.876 54.084 258.960 3,4 34,5 42,71991 46 141 226.967 69.695 296.662 3,5 35,5 44,01992 43 141 200.675 89.778 290.453 3,6 38,7 47,31993 42 165 211.995 105.089 317.084 3,8 45,8 53,41994 44 177 229.342 107.955 337.297 3,7 46,6 54,31995 42 189 255.932 86.931 342.863 3,6 43,1 54,11996 42 194 258.857 71.553 330.410 3,5 40,0 49,71997 41 201 277.587 61.497 339.084 3,3 39,0 50,2

    Estabelecimentos Hspedes Indicadores

    Ano

    Fonte: Bahiatursa, 1998.

    6.6.4 Energia Eltrica

    A energia eltrica distribuda na Bahia predominantemente de origem hidrulica, oriunda do

    Sistema Interligado CHESF Companhia Hidroeltrica do So Francisco, que cobre 8

    estados da Regio Nordeste, exceto o Maranho. Assim, a CHESF o fator dominante na

    gerao de energia eltrica para a Bahia, suprindo a COELBA Companhia de Eletricidade

    da Bahia e a COPENE Companhia Petroqumica do Nordeste, alm de fornecer energia

    diretamente aos maiores consumidores industriais do Estado da Bahia. Com efeito, o sistema

    de gerao da CHESF (composto por 14 usinas hidreltricas e 2 termeltricas) tem potncia nominal instalada da ordem de 10.705 MW. Nesse contexto, a gerao hidreltrica representa

    96% da potncia total instalada da CHESF.

    De acordo com o Sistema de Informaes Empresariais do Setor de Energia SIESE, da

    Eletrobrs, a capacidade nominal instalada de gerao de energia eltrica no Brasil e na regio

    Nordeste apresentada na Tabela 20.

  • 212

    Tabela 20 Usinas hidrulicas e trmicas Capacidade nominal instalada MW - Brasil, Nordeste e estado da Regio 19992000

    MWParticipao

    na Regio NE %

    MWParticipao na

    Regio NE %

    Bahia 5.397 50,2 5.397 50,2 -

    Sergipe 3.000 27,9 3.000 27,9 -

    Pernambuco 1.644 15,3 1.644 15,3 -

    Alagoas 440 4,1 440 4,1 -

    Piau 235 2,2 235 2,2 -

    Cear 22 0,2 22 0,2 -

    Maranho 6 0,1 6 0,1 -

    Paraba 4 0,0 4 0,0 -

    Rio Grande do Norte - - - - -Regio Nordeste em relao ao Brasil 10.748 16,8 10.748 15,9 -

    Total Brasil 63.816 100,0 67.713 100,0 6,1

    Estados / Nordeste / Brasil

    1999 2000Variao % 2000/1999

    Fonte: Eletrobrs, 2000. Nota Exclusive estatsticas de auto-produtores.

    V-se que, em 2000, a Bahia foi responsvel por 31,1% do consumo total de energia da Regio Nordeste, equivalentes a 5% do consumo total nacional. A taxa de crescimento do consumo total na Bahia alcanou 6,9%, no perodo analisado, situando-se acima das mdias brasileira e da Regio Nordeste (Tabela 21).

    Tabela 21 Consumo total de energia eltrica Brasil, Nordeste e estados da Regio 19992000

    MWParticipao

    na Regio NE %

    MWParticipao na

    Regio NE %

    Bahia 14.376 30,4 15.361 31,1 6,9

    Maranho 8.041 17,0 8.265 16,7 2,8

    Pernambuco 7.197 15,2 7.637 15,4 6,1

    Cear 5.792 12,2 5.916 12,0 2,1

    Alagoas 3.342 7,1 3.387 6,8 1,3

    Rio Grande do Norte 2.663 5,6 2.737 5,5 2,8

    Paraba 2.507 5,3 2.588 5,2 3,2

    Sergipe 2.101 4,4 2.176 4,4 3,6

    Piau 1.315 2,8 1.390 2,8 5,7Regio Nordeste em relao ao Brasil 47.334 16,2 49.457 16,2 4,5

    Total Brasil 292.677 100,0 305.603 100,0 4,4

    20001999Variao

    2000/1999% Estados / Nordeste / Brasil

    Fonte: Eletrobrs, 2000. Nota Exclusive estatsticas de autoprodutores.

  • 213

    Tabela 22 Consumo industrial de energia eltrica Brasil, Nordeste e estado da Regio 19992000

    MWParticipao

    na Regio NE %

    MWParticipao na

    Regio NE %

    Bahia 7.236 33,3 7.906 34,7 9,3

    Maranho 6.174 28,4 6.312 27,7 2,2

    Pernambuco 1.954 9,0 2.016 8,9 3,2

    Alagoas 1.878 8,6 1.885 8,3 0,4

    Cear 1.718 7,9 1.796 7,9 4,5

    Sergipe 959 4,4 1.023 4,5 6,7

    Paraba 854 3,9 892 3,9 4,4

    Rio Grande do Norte 837 3,9 828 3,6 -1,1

    Piau 113 0,5 112 0,5 -0,9Regio Nordeste em relao ao Brasil 21.723 17,5 22.770 17,4 4,8

    Total Brasil 124.380 100,0 131.182 100,0 5,5

    20001999Variao

    2000/1999% Estados / Nordeste / Brasil

    Fonte: Eletrobrs, 2000. Nota Exclusive estatsticas de autoprodutores.

    Em 2000, a participao relativa da Bahia no consumo industrial de energia eltrica da Regio Nordeste alcanou 34,7%, equivalentes a 6% do consumo industrial nacional (Tabela 22).

    Cabe observar que o Brasil e o prprio Estado da Bahia enfrentaram em 2002 problemas de

    racionamento de energia eltrica devido insuficincia de investimentos para a expanso do

    sistema eltrico nacional. A falta de investimentos na expanso da capacidade geradora do

    sistema eltrico e do sistema de transmisso, associada queda no nvel de gua dos

    reservatrios das usinas hidroeltricas devido escassez de chuvas, contribuiu para que se

    materializasse o racionamento de eletricidade em todo o pas. A falta de investimentos na

    expanso da capacidade geradora do sistema eltrico foi o resultado da equivocada poltica de

    privatizaes das empresas estatais no contexto da poltica do governo federal de abertura da

    economia brasileira, conforme exposto no captulo 4.

    O Mapa 42 e o diagrama de blocos (Figura 25) mostram respectivamente o sistema eltrico interligado do Brasil nas regies Norte e Nordeste e o caminho que a energia eltrica percorre

    at as diferentes classes de consumidores no Estado da Bahia.

  • 214

    MAPA 42

    SISTEMA ELTRICO INTERLIGADO NO NORDESTE DO BRASIL

    Fonte: Brasil. Ministrio das Minas e Energia.

    Estim ativa de Consum o Indus tria em 2000 : 9.000 GW h

    62 2

    1.37 5

    R e sid nc ia s

    1 .9 76

    503

    Ind s trias (n o re g istro da C O E LB A )

    C o m rcio

    Ilu m ina o p b lica

    gua , esgo to e s anea m en to

    D e m a is

    C O P E N E , c onsum o c a tivo

    C o ns um o P lo

    (G e rda u ,S ib ra , A lc an , C a ra b a , C Q RD o w, M ine rao C ara ba , S ch inca r io l)

    577

    1 .0 83

    914

    11 .044

    4.67 3

    2.30 3

    3 .3 40

    1 .0 40

    C O P E N E

    1.0 83A UT O G ER A O

    C O P E N E

    C O E L B A(P erda s e d ife renas :

    127 8)

    G ra ndesC o ns um ido re s

    Ind us tria isC H E S F16 .631

    Elaborao prpria..

    Figura 25 Estrutura da distribuio de energia eltrica na Bahia, 2000

  • 215

    6.6.5 Transporte

    O Mapa 43 mostra a distribuio espacial dos principais meios de transporte do Estado da

    Bahia, e as tabelas 23 e 24 apresentam respectivamente a extenso da rede rodoviria

    existente no Estado da Bahia de 1983 a 1998 e o declnio do movimento de passageiros e de

    cargas na rede ferroviria no Estado, de 1984 a 1997.

    MAPA 43

    ESTADO DA BAHIA PRINCIPAIS MEIOS DE TRANSPORTE

    B99

    A -0

    BR - 324

    BR-1

    1 0

    BR-1

    16

    B R - 407

    B A -0 52

    B R -242

    BA-156

    BA-14 2

    B A-1

    6 0

    BA- 1

    61BA

    -161

    BR -135

    B R -3 49

    BR-0

    20

    BA-026

    BR-11

    6

    B R-41

    5

    BR-1

    01

    BR -03 0

    P I A U

    P E R N A M B U C O

    A L A G O A S

    S E

    R G

    I P

    E

    M A

    R A

    N H

    O

    T OC

    ANTI

    NSG

    O I

    S

    M I N A S G E R A I S

    E S P R IT OS A N T O

    P a u loA fo n s o

    C u ra

    J u a z e iro

    T u c a n o

    C o n d eA la g o in ha s

    C a m a ar i

    S a lv a do rVa len a

    F e ira deS a n ta n a

    J a c o b in a

    S e n h or d o B o n f im

    S e n to S P il o A rc ad o

    B a rraF o rm os a d oR io P re to

    X iq u e -X iq ue

    Ire c

    O u ro l nd ia

    L e n is

    B ru m ad oC a e titG u a n a m b i

    B a rre i ras

    S a n ta n a

    C a r in ha nh a

    M a lh a da

    B o m J e s usd a L a p a

    S a n ta M ar iad a V i t r ia

    V it r ia d a C o nq u is ta

    J e q u i

    Ita c a r

    I lh u s

    U n a

    C a n a v ie ira s

    B e lm o n te

    P o rto S eg u roE u n po l is

    P ra d o

    C a ra v e la s

    M u c ur i

    Ib ira p o

    Ita n h m

    Te ix e irad e F re ita s

    Ita b u n a

    Rio

    So

    Fra

    n cisc

    o

    R io S

    o Fran

    cisco

    OC

    EA

    NO

    A

    TL

    N

    TI

    CO

    BARRAGEM D E SO BRADINH O

    BARRAGEM DE ITAPARIC A

    0 3 0 6 0 9 0 km

    A e ro p o rto

    P o rto

    R o d o v ia

    F e rro v ia

    O le o d u to

    E te n o d u to

    C id a de

    46 44 42 40 38

    17 17

    13 13

    15 15

    11 11

    9 9

    46 44 42 40 38

    Fonte: Silva et al., 2000

  • 216

    Tabela 23 Extenso da rede rodoviria por dependncia administrativa da Bahia 19831998

    Federal Estadual Transitria Estadual Municipal FederalEstadual

    Transitria Estadual Municipal Total

    1983 1.138 2.182 5.721 99.378 3.710 845 4.654 228 9.4371984 1.102 2.156 5.569 99.378 3.710 924 4.696 228 9.5581985 932 2.156 5.512 99.378 3.805 924 4.891 228 9.8481986 1.043 2.114 5.518 99.378 3.717 966 5.034 228 9.9451987 979 2.061 5.910 99.378 3.891 1.019 4.827 228 9.9651988 810 1.964 5.853 99.378 4.127 1.023 4.927 228 10.3051989 804 1.899 6.020 99.378 4.127 1.048 4.922 228 10.3251990 804 1.899 6.020 99.378 4.127 1.048 4.922 228 10.3251991 804 1.899 6.020 99.378 4.127 1.048 4.922 228 10.3251992 802 1.812 5.510 99.378 4.121 1.128 5.854 228 11.3311993 717 1.849 5.506 99.378 4.175 1.188 5.960 228 11.5511994 ... ... ... ... ... ... ... ... ...1995 692 1.849 5.506 99.378 4.243 1.188 5.960 228 11.6191996 ... ... ... ... ... ... ... ... ...1997 ... ... ... ... ... ... ... ... ...1998 731 1.849 7.884 101.381 4.427 1.225 6.479 240 12.371

    No Pavimentada PavimentadasAno

    Fonte: SEI.

    Tabela 24 Movimento de passageiros e carga transportada na rede ferroviria Bahia, 19841997

    Suburbano Interior Total Combustvel Outros Total

    1984 6.274.921 41.792 6.316.713 315.817 1.315.960 1.631.7771985 7.730.030 60.893 7.790.923 321.978 1.332.990 1.654.9681986 6.800.478 67.512 6.867.990 340.770 1.608.960 1.949.7301987 6.657.273 73.008 6.730.281 352.167 1.596.827 1.948.9941988 4.987.884 68.782 5.056.666 323.056 1.429.908 1.752.9641989 5.601.604 13.901 5.615.505 239.491 1.003.482 1.242.9731990 4.902.511 - 4.902.511 322.178 1.160.481 1.482.6591991 4.759.060 - 4.759.060 424.786 1.276.079 1.700.8651992 1.779.668 - 1.779.668 349.019 821.907 1.170.9261993 2.358.744 - 2.358.744 352.545 657.825 1.010.3701994 1.882.397 - 1.882.397 365.676 717.897 1.083.5731995 1.514.464 - 1.514.464 355.573 735.402 1.090.9751996 1.211.078 - 1.211.078 359.615 668.604 1.028.2191997 1.080.887 - 1.080.887 ... ... ...

    Carga Transportada ( t ) PassageirosAno

    Fonte: SEI.

    A principal rodovia pavimentada do Estado a Rio-Bahia (BR-116), que corta o interior de sul para norte, passando por Vitria da Conquista, Jequi e Feira de Santana. Nessa cidade, a

    Rio-Bahia interceptada por outra importante estrada pavimentada, que parte de Salvador em

    direo a Juazeiro-Petrolina. De Salvador para nordeste estende-se a BR-101, tambm

    pavimentada, que alcana Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, em sua extremidade

    setentrional, depois de passar por Aracaju em Sergipe, Macei em Alagoas e Joo Pessoa na Paraba. Todas essas rodovias foram construdas pelo governo federal.

  • 217

    A rede ferroviria constituda por trs grandes ramos que partem de Salvador para nordeste,

    na direo de Sergipe; para noroeste, na direo do Piau; para sudoeste, na direo de Minas

    Gerais. Com exceo dos trechos que cortam o Recncavo e a zona da Mata sergipana, as

    linhas servem a reas de baixa densidade demogrfica e fraca atividade econmica.

    importante destacar a precariedade em que se encontram as rodovias do Estado da Bahia, sobretudo as federais, devido falta de manuteno, a queda vertiginosa na disponibilidade de

    linhas da rede ferroviria em operao, sobretudo aps a privatizao da Rede Ferroviria

    Federal, e o declnio no movimento dos portos existentes no Estado da Bahia. A precariedade

    da infra-estrutura de transporte vem comprometendo sobremaneira o desenvolvimento

    econmico do Estado da Bahia

    O Estado da Bahia possui dois grandes aeroportos, o de Salvador e o de Porto Seguro. O

    movimento de aeronaves, passageiros, cargas e correio no aeroporto de Salvador foi crescente

    nas dcadas de 80 e 90 (Tabela 25). Possui tambm quatro portos: Aratu, Camamu, Ilhus e Salvador. Em Madre de Deus, municpio de Salvador, funciona o terminal martimo

    Almirante Alves Cmara, da Petrobrs, por onde se exportam petrleo bruto e produtos da

    refinaria Landulfo Alves. A Tabela 26 mostra o declnio nas dcadas de 80 e 90 no

    movimento de navios e mercadorias pelos principais portos existentes no Estado da Bahia.

    Tabela 25 Movimento de aeronaves, passageiros, cargas e correio no aeroporto de Salvador 19841997

    Pouso Decolagem Embarcado Desembarcado Embarcada Desembarcada Embarcado Desembarcado

    1984 20.260 20.261 577.609 498.762 3.921.816 7.467.963 2.403.479 96.118

    1985 20.335 20.335 620.152 532.750 3.659.357 6.030.465 218.403 107.619

    1986 22.908 22.908 805.875 666.843 5.842.732 8.620.584 291.979 120.843

    1987 22.362 22.362 793.460 682.208 7.850.836 10.368.362 725.001 1.223.295

    1988 23.322 23.322 781.848 699.018 5.793.200 10.893.136 3.842.559 7.210.391

    1989 24.012 24.012 866.015 787.846 9.506.542 13.547.584 3.998.206 5.134.039

    1990 24.772 24.772 828.601 745.166 9.114.567 11.349.397 2.439.211 6.086.009

    1991 26.211 26.211 830.128 760.145 5.763.030 8.332.991 5.771.664 4.596.271

    1992 22.937 22.937 720.248 627.104 4.609.247 7.192.785 6.246.527 4.567.946

    1993 21.060 24.060 684.809 671.287 3.374.200 6.123.210 8.115.692 7.740.477

    1994 26.426 26.426 697.842 769.960 4.369.523 9.345.025 8.470.925 6.998.724

    1995 27.231 27.135 833.944 855.995 7.245.493 13.684.516 7.629.214 7.169.221

    1996 27.847 27.593 760.561 801.341 6.845.693 12.139.414 7.503.918 6.016.730

    1997 30.982 30.568 802.668 945.633 9.402.156 16.670.876 8.237.874 7.351.463

    Correio (kg)Ano

    Aeronave Passageiros Carga (kg)

    Fonte: SEI.

  • 218

    Tabela 26 Movimento de navios e mercadorias por portos organizados Bahia 19841997

    Navios Exportao ( t )Importao

    ( t ) NaviosExportao

    ( t )Importao

    ( t )1984 1.413 6.135.941 4.207.255 458 192.009 373.422

    1985 1.332 5.285.221 5.458.425 495 280.024 417.838

    1986 1.495 5.726.239 7.170.765 323 213.516 485.916

    1987 1.556 5.724.734 7.126.358 289 246.784 448.403

    1988 1.603 5.853.164 7.812.687 288 199.313 452.125

    1989 1.522 5.858.448 7.961.770 212 214.916 455.553

    1990 1.280 5.915.958 7.510.967 237 210.986 454.153

    1991 1.189 4.577.215 6.942.515 199 179.133 378385

    1992 1.167 5.411.660 8.076.107 175 170.635 312.033

    1993 1.383 5.601.620 8.406.792 143 288.807 356.609

    1994 1.288 5.193.546 8.444.111 161 562.609 394.055

    1995 1.294 4.948.954 8.577.922 90 372.882 441.341

    1996 1.309 4.989.310 9.883.553 72 151.511 270.912

    1997 1.392 5.168.331 10.726.242 56 339.285 92.302

    Navios Exportao ( t )Importao

    ( t ) NaviosExportao

    ( t )Importao

    ( t )1984 1.164 946.266 485.459 3.035 7.274.216 5.066.136

    1985 1.100 916.470 427.850 2.927 6.481.715 6.304.113

    1986 925 677.386 592.700 2.743 6.617.141 8.249.381

    1987 879 635.547 666.193 2.724 6.607.065 8.240.954

    1988 990 775.160 465.602 2.881 6.827.637 8.730.414

    1989 796 887.664 382.935 2.530 6.961.028 8.800.258

    1990 844 959.717 479.157 2.361 7.086.661 8.444.277

    1991 815 920.198 419.291 2.203 5.676.546 7.740.191

    1992 991 1.348.716 408.764 2.333 6.931.011 8.796.904

    1993 722 1.248.195 418.029 2.248 7.138.622 9.181.430

    1994 652 1.520.207 451.270 2.101 7.006.362 9.289.436

    1995 583 1.083.790 519.656 1.967 6.405.626 9.538.919

    1996 534 1.087.469 547.043 1.915 6.228.290 10.701.508

    1997 439 981.732 590.777 1.887 6.489.348 11.412.321

    Aratu MalhadoAno

    AnoSalvador Total

    Fonte: SEI.

    6.6.6 Telecomunicaes

    Os principais aspectos a serem destacados na rea de telecomunicaes so, de um lado, o

    grande crescimento dos terminais em servio com celulares e, de outro, a estagnao dos

    telefones em servio fixo no perodo analisado. possvel que o uso de celulares tenha contribudo para a queda no uso de telefones em servio fixo (Tabela 27).

  • 219

    Tabela 27 Terminais e telefones em servio, fixo e mvel celular Bahia 19831997

    Convencional Celular

    1983 223.850 - 354.3741984 242.732 - 389.7311985 256.295 - 412.7681986 270.408 - 450.7441987 290.282 - 485.3101988 308.899 - 519.3991989 344.617 - 565.1421990 392.682 - 610.5531991 409.041 - 619.9181992 430.985 - 598.2991993 451.694 4.670 598.0511994 476.554 29.322 609.2011995 540.540 96.256 618.1101996 636.544 157.900 610.8021997 769.522 174.829 595.307

    Terminais em servioTelefones em servio fixoAno

    Fonte: SEI.

    6.6.7 Mudanas na economia

    De perfil predominantemente agrcola no passado, a Bahia atualmente um estado com uma

    importante indstria qumica e petroqumica. O Plo Petroqumico de Camaari o grande

    responsvel pela atual performance do Estado da Bahia no setor industrial. A indstria

    petroqumica baiana, responsvel por grande parcela do PIB industrial, foi decisiva para que o

    Estado da Bahia apresentasse as empresas de mais elevada mdia de crescimento no Brasil em

    1999: 27,4%. Na lista das dez maiores empresas do Estado da Bahia, o Plo Petroqumico de

    Camaari incluiu quatro. Outro segmento que vem crescendo no Estado da Bahia o turismo.

    Em Ilhus, cresce o plo de informtica, e a montadora Ford j construiu sua planta em Camaari que dever atrair fornecedores de autopeas. A montadora Ford deixa de se instalar

    no Rio Grande do Sul e se instala na Bahia, atrada pelos incentivos fiscais oferecidos pelo

    governo do Estado da Bahia. Beneficiada tambm por incentivos fiscais, a empresa Monsanto,

    que produz transgnicos, implantou em Camaari uma fbrica de herbicidas, com

    investimentos de 550 milhes de dlares. A unidade de Camaari a maior fbrica da

    multinacional fora dos Estados Unidos, mas a concesso de incentivos aos norte-americanos

    acirra a guerra fiscal entre os estados.

  • 220

    Com os investimentos realizados nos ltimos 15 anos no Estado da Bahia surgiram pelo menos trs novas reas prsperas que se destacam das demais, as regies do Baixo Mdio

    So Francisco, Oeste e Sul do Estado da Bahia, que concentram grandes empreendimentos. As duas primeiras revelam potencial para atividades ligadas ao agro-

    negcio, baseadas principalmente na agricultura irrigada, expondo os contrastes de um estado com dois teros de seu territrio no semi-rido. A terceira regio, que dependeu durante anos do cacau, volta-se para o turismo e a produo de celulose. De 2000 para 2001, a safra de cacau caiu de 159 mil toneladas para 139 mil. E o produto responde por apenas 5% das exportaes baianas.

    Surgem tambm com fora o algodo e o caf, alm da mamona, melancia, feijo e a pecuria. Entre os principais produtos agrcolas esto a cana-de-acar, a soja, a mandioca e o milho. A soja, principal produto agrcola do Oeste, apesar de safra recorde fechada para o ano 2000 em 1,5 milhes de toneladas , deixa de ser o centro das atenes dos agricultores, que apostam no milho. Surgem tambm com fora o algodo e o caf, alm de mamona, melancia, feijo e a pecuria.

    Na pecuria, a criao de caprinos adapta-se s condies do semi-rido e traz bom retorno

    econmico. O Estado da Bahia tem o maior rebanho de cabras do pas, com 3,4 milhes de

    animais em 1999. Na regio semi-rida ainda so criados quase 3 milhes de carneiros e

    ovelhas, o segundo maior rebanho brasileiro. A criao de bovinos a oitava do pas e atinge

    10 milhes de cabeas.

    A anlise detalhada de cada regio e, sobretudo, dos focos dinmicos e dos problemas mais crticos de desenvolvimento do Estado da Bahia e de suas regies se encontra no captulo 8.

    6.7 O ESTADO DA BAHIA E A ORGANIZAO DO ESPAO

    As cidades principais (Mapa 44) do Estado da Bahia agem como verdadeiros plos econmicos, sobretudo no serto. So elas: Feira de Santana, na periferia do Recncavo;

    Itabuna e Ilhus, na regio cacaueira; Jequi e Vitria da Conquista, no planalto; Porto Seguro

    no Extremo Sul; Barreiras no Oeste e Juazeiro margem direita do So Francisco.

  • 221

    MAPA 44

    ESTADO DA BAHIA HIERARQUIA URBANA 42 4 0 38

    9

    11

    1

    1

    19

    117

    4 240 4 0 3 8

    9

    4 6 4 4

    111

    1 5

    MA RA NH O

    P

    I

    A

    U

    M I N

    A

    S

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    HIE RARA QU IA UR BAN A

    Atla s esco la r, Bah ia ; espao geo-h is tri co e cu ltura l.Jo o P essoa: G ra fse t, 2000.

    Fonte: S EI, 2000 ESCALA 1:6 .000 .000

    60 0 60 120 180k m

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    Fonte: Silva et al. 2000

    Alm das funes de capital poltico-administrativa, de porto e de centro industrial, a cidade

    de Salvador desempenha o papel de metrpole regional para uma vasta rea, que compreende quase todo o territrio baiano e ainda todo o estado de Sergipe e o extremo sul do Piau. Do territrio estadual escapam influncia econmica de Salvador apenas pequenas reas situadas nos extremos norte e sul, que so vinculadas a Recife, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Entretanto, sob sua ao direta se encontra apenas o Recncavo (Mapa 45).

  • 222

    MAPA 45

    ESTADO DA BAHIA RECNCAVO 3 8

    3 8

    1 3 1 3

    Lauro de Freitas

    C am aari

    S im es F ilho

    M ata de S .Joo

    D ias D ' vila

    C atu

    P ojucaA m liaR odrigues

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    Terra N ova

    M aragog ipeItaparica

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    Jaguaripe

    Vera C ruz

    C andeias

    S aubara

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    N azar

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    Elaborao prpria

    6.8 SNTESE DOS DADOS REFERENTES AO ESTADO DA BAHIA

    Quadro 6 Aspectos geogrficos rea 564.273 kmRelevo Plancie no litoral, depresso a Norte e Oeste e plancie no CentroPonto mais elevado Serra do Barbado (2.033,30 mRios principais So Francisco, Paraguau, Jequitinhonha, Itapicuru, Capivari, de ContasVegetao Floresta tropical, mangues litorneos, caatinga e cerradoClima TropicalUnidades de conservao 3.531 km (junho./2001)N. de municpios 417

    Municpios mais populososSalvador (2.440.828), Feira de Santana (481.137), Vitria da Conquista (262.585), Ilhus (221.883), Itabuna (196.456), Juazeiro, (174.101), Camaari (161.151), Jequi (147.115), Barreiras (131.335), Alagoinhas (129.617)

    Fonte: Almanaque, 2002 e IBGE.

    Quadro 7 Dados demogrficos Total 13.070.250 (2000)Densidade 23,2 habitantes/km (2000). Crescimento demogrfico 1,1% ao ano (1991-2000)Populao urbana 67,1% (2000)Domiclios 3.170.403 (2000)Carncia habitacional 503.468 (1998). Padro de vida IDH de 0,6548 20 posio no Brasil.Acesso gua 68% (1999).Acesso rede de esgoto 37,2% (1999).

    Fonte: Almanaque, 2002 e IBGE.

  • 223

    Quadro 8 Dados de sade Mortalidade infantil 44,7 (2000).Mdicos 8,3 por 10 mil habitantes (ago./2001). Leitos hospitalares 2,3 por mil habitantes (1999).

    Fonte: ALMANAQUE, 2002.

    Quadro 9 Dados de educao Matrcula na educao infantil 295.520 (74,2% na rede pblica).

    Matrcula no ensino fundamental 3.726.074 (95% na rede pblica)

    Matrcula no ensino mdio 648.757 (92,1% na rede pblica) (2001). Matrcula no ensino superior 73.785 (59,4% na rede pblica) (1999). Populao com oito anos ou mais de estudo 24,9% (1999)

    Analfabetismo 24,70%Analfabetismo funcional 48,3% (1999)

    Fonte: Almanaque, 2002.

    Quadro 10 Dados econmicos Composio do PIB Agropecuria: 15,4%; indstria: 36,7%; servios: 52% (1999)Participao no PIB nacional 4,40%Renda per capita US$: 1.590 (1999)

    AgriculturaCana-de-acar (4.711.788 t), mandioca (4.247.881 t), soja (1.407.600 t), milho (1.121.716 t), feijo (348.027 t), sisal (158.474 t), guaran (3.475 t), cacau (139.251 t), mamona (79.334 t), laranja (3.373.493.000 frutos), coco-da-baa (423.283.000 frutos) (preliminar junho./2001)

    Pecuria Aves (25.895.149), bovinos (9.170.680), caprinos (3.464.308), ovinos (2.808.846), sunos (1.970.778) (1999)

    MineraoPedra britada (2.335.109 m3), magnesita (241.991 t), talco (42.182 t), gs natural (1.860 milhes m3), petrleo (2.728.882 m3), ouro (5.017.818 t), prata (320.193 t), cromo-cromita (121.187 t), cobre (85.792 t) (1999)

    IndstriaAlimentcia, qumica e metalrgica. Extrativa.: castanha-de-caju (2.568 t), umbu (8.955 t), fibras (88.568 t), piaava (88.514 t), carvo vegetal (20.022 t), lenha (14.910.724 m3), madeira (1.939.735 m3), oleaginosos (6.003 t) (preliminar 2001)

    Exportaes Petroqumicos (28%), celulose e papel (15%), mineral metlico (12%), combustvel (11%), soja (5%), cacau (5%), outros vegetais (8%)

    Importaes Nafta (25%), veculo automotivo (17%), sulfeto de cobre (12%), combustvel (7%), petroqumicos (6%) (2000)

    Fonte: Almanaque, 2002.

    Quadro 11 Energia eltrica Gerao 19.424 GWhConsumo 15.361 GWh (2000)

    Fonte: Almanaque, 2002.

    Quadro 12 Telecomunicaes Telefonia fixa 1.858,8 mil linhas

    Celulares 1.460,6 mil (estimativa 2001)

    Fonte: Almanaque, 2002.

  • 224

    Quadro 13 Dados da capital Salvador Populao 2.440.828 hab. (2000)Malha pavimentada 70% (1999)Vias urbanas iluminadas 80% (1999)Automveis 312.831 (1999)Jornais dirios 4 (2001)Cultura e lazer Bibliotecas pblicas (5), museus (8), teatros e casas de espetculo (10), cinemas (25) (1999)Data de fundao 29/3/1549

    Fonte: IBGE, Almanaque, 2002.

    6.9 PRINCIPAIS CONCLUSES SOBRE AS CARACTERSTICAS DO TERRITRIO E DA SOCIEDADE NO ESTADO DA BAHIA

    Pelo exposto neste captulo, pode-se concluir que os recursos minerais do Estado da Bahia so

    bastante variados embora apenas alguns ofeream possibilidades efetivas de explorao comercial, como o petrleo e o gs natural, recursos de que a Bahia , respectivamente, o

    terceiro e segundo produtor nacional. A rea de explorao de petrleo e gs natural o Recncavo baiano, onde se perfuram poos tanto na terra como no mar. Parte da produo processada localmente, na refinaria Landulfo Alves. Outras riquezas do subsolo so objeto de pesquisa e explorao: amianto, barita, berilo, columbita, cristal de rocha, magnesita, mica,

    chumbo, mrmore, cromo, mangans, talco, diamante, titnio, urnio, vandio e cobre.

    O clima seco predominante na maior parte do interior do Estado (regio semi-rida) e a baixa precipitao pluviomtrica nela existente representa uma das explicaes para o fato de a regio semi-rida apresentar um menor nvel de desenvolvimento do que as demais (litoral e oeste). A barreira ao processo de desenvolvimento econmico e social representada pelo clima adverso e pela escassez de chuvas na regio semi-rida poderia ser superada, entretanto,

    com a adoo de polticas pblicas apropriadas de combate seca e o aproveitamento racional dos recursos hdricos nela existentes, o que no ocorreu at o presente momento.

    no Recncavo e na regio cacaueira, onde so registradas as maiores densidades populacionais, que superam 100 hab./km2. J em amplas reas do interior, o povoamento se torna escasso, caindo esses ndices para cerca de 15 hab./km2 nos chapades, na Chapada Diamantina e no serto semi-rido. H predominncia de populao rural na maioria dos municpios do Estado da Bahia os quais tm grau de urbanizao inferior a 50%. Essa situao configura o atraso econmico e social em que se encontra o Estado da Bahia na maior parte de suas regies.

  • 225

    As maiores cidades do Estado da Bahia em tamanho da populao so Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Camaari, Ilhus, Itabuna, Vitria da Conquista, Jequi e Juazeiro.

    As cidades principais agem como verdadeiros plos econmicos. So elas: Salvador no Recncavo, Feira de Santana, na periferia do Recncavo; Itabuna e Ilhus, na regio

    cacaueira; Jequi e Vitria da Conquista, no planalto; Porto Seguro no Extremo Sul; Barreiras no Oeste e Juazeiro margem direita do So Francisco.

    A maior parte das indstrias do Estado est concentrada, sobretudo em Salvador, Camaari e Feira de Santana e as reas preferenciais de empreendimentos tursticos do Estado da Bahia

    esto situadas em toda extenso do litoral, sobretudo em Salvador e Porto Seguro. As reas do Estado classificadas como boas para lavoura e pastagem so em menor nmero. Observando o

    semi-rido, percebe-se que existe grande nmero de reas regulares para lavoura que poderiam ser mais bem aproveitadas se existissem polticas pblicas eficazes de combate seca e se se utilizassem gua subterrnea e a irrigao em larga escala.

    O Brasil e a Bahia enfrentaram em 2002 problemas de racionamento de energia eltrica devido insuficincia de investimentos para a expanso do sistema eltrico nacional. A falta de investimentos na expanso da capacidade geradora do sistema eltrico e do sistema de

    transmisso, associada queda no nvel da gua dos reservatrios das usinas hidroeltricas devido escassez de chuvas, contribuiu para que se materializasse o racionamento de eletricidade em todo o pas, sobretudo no Nordeste. A falta de investimentos na expanso da

    capacidade geradora do sistema eltrico foi o resultado da equivocada poltica de privatizaes das empresas estatais no contexto da poltica do governo federal de abertura da

    economia brasileira.

    importante destacar a precariedade em que se encontram as rodovias do Estado da Bahia, sobretudo as federais, devido falta de manuteno, a queda vertiginosa nas linhas da rede ferroviria em operao, principalmente aps a privatizao da Rede Ferroviria Federal, e o

    declnio no movimento dos portos existentes no Estado. A precariedade da infra-estrutura de transporte vem comprometendo sobremaneira o desenvolvimento econmico do Estado da Bahia.