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7 de maio de 2008 ano 12 nº 221 Procel realiza caminhada em Tucuruí Empresa implanta certificação digital Jorge Palmeira e Antonio Barra são os novos diretores da Eletronorte T omaram posse na Ele- tronorte, neste dia 6 de maio, o diretor-presi- dente, Jorge Nassar Palmeira (primeiro à esquerda, na foto ao lado); e o diretor Econômico-Fi- nanceiro, Antonio Maria Amorim Barra (foto abaixo). O evento, realizado no auditório da Sede da Empresa, em Brasília, contou, com as presenças do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; do presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopez; do diretor Financeiro da Eletrobrás e presi- dente do Conselho de Adminis- tração da Eletronorte, Astrogildo Quental, parlamentares e autori- dades do Setor Elétrico. A cerimônia foi marcada pela comoção e afetividade daqueles que fazem ou fizeram parte da Eletronorte. O ex-presidente, Carlos Nascimento, expressou sua gratidão a todo corpo de empregados e destacou alguns dos objetivos cumpridos durante a sua gestão, como a adequação da Empresa ao modelo setorial, a interligação do sistema Acre-Ron- dônia ao Sistema Interligado Na- cional – SIN, e a negociação de uma Sede própria em Brasília. Jorge Palmeira falou da sua paixão ao vislumbrar a sua futu- ra jornada na Empresa. “Com o tempo, a única luta que se per- de é a que se abandona. E, ao contrário disso, espero contribuir com o sistema elétrico nacional. Desejo a participação de todos os colaboradores da Eletronorte, independentemente de suas ide- ologias”, declarou Palmeira. O presidente da Eletrobrás, José Muniz, relembrou seu perí- odo de trabalho na Empresa. “Foi na Eletronorte, graças à equipe de colaboradores, que pude me realizar como profissional. Pude sonhar e realizar sonhos”, afir- mou. O ministro de Minas e Ener- gia, Edison Lobão, demonstrou satisfação pelas realizações da gestão anterior da Eletronorte e suas perspectivas com relação à atual. “Carlos Nascimento fez uma obra admirável na Eletro- norte, graças às suas idéias, pro- fissionalismo e correção pessoal. Acredito que Jorge Palmeira fará uma excelente gestão com a co- laboração de todos os emprega- dos da Empresa, que são o seu grande sustentáculo”, destacou. Lobão discorreu, ainda, sobre o importante papel de Tucuruí e Itaipu para a estabilidade do Setor Elétrico, além do êxito do Brasil em fontes como o petró- leo e o gás. Experiência Jorge Palmeira é engenheiro elétrico e, entre outros títulos acadêmicos, possui o de mestre em Gestão Empresarial e Enge- nharia Elétrica. Atuou na Eletro- norte, entre 1981 e 2003, em funções operacionais e gerenciais até chegar a diretor de Produção e Comercialização. Foi também responsável pela implantação da metodologia TPM - Manutenção Produtiva Total na Empresa, obtendo sete Prêmios de Excelência concedidos pelo Japan Institute of Plant Mainte- nance – JIPM, no Japão. Em seu discurso reafirmou o propósito de resgatar o trabalho, principal- mente na área operacional. Diretor Econômico-Financei- ro – Antonio Barra é Engenheiro Eletricista. Entre outros títulos, detém o de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho e Tecnologias do Gás Natural. Entre 2005 e 2006, foi engenheiro coordenador dos projetos e obras do Luz Para To- dos da Eletroacre e, de 2006 a 2008, foi assistente da Diretoria de Tecnologia da Eletrobrás. O auditório lotado teve a presença de empregados, parlamentares e representantes do Setor Elétrico

7 de maio de 2008 ano 12 nº 221 Jorge Palmeira e Antonio … · do presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopez; do diretor Financeiro da Eletrobrás e presi-dente do Conselho

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7 de maio de 2008 ano 12 nº 221

Procel realiza caminhada em Tucuruí

Empresa implanta certificação digital

Jorge Palmeira e Antonio Barra são os novos diretores da Eletronorte

Tomaram posse na Ele-tronorte, neste dia 6 de maio, o diretor-presi-

dente, Jorge Nassar Palmeira (primeiro à esquerda, na foto ao lado); e o diretor Econômico-Fi-nanceiro, Antonio Maria Amorim Barra (foto abaixo). O evento, realizado no auditório da Sede da Empresa, em Brasília, contou, com as presenças do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; do presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopez; do diretor Financeiro da Eletrobrás e presi-dente do Conselho de Adminis-tração da Eletronorte, Astrogildo Quental, parlamentares e autori-dades do Setor Elétrico.

A cerimônia foi marcada pela comoção e afetividade daqueles que fazem ou fizeram parte da Eletronorte. O ex-presidente, Carlos Nascimento, expressou sua gratidão a todo corpo de empregados e destacou alguns dos objetivos cumpridos durante a sua gestão, como a adequação da Empresa ao modelo setorial, a interligação do sistema Acre-Ron-dônia ao Sistema Interligado Na-cional – SIN, e a negociação de

uma Sede própria em Brasília.Jorge Palmeira falou da sua

paixão ao vislumbrar a sua futu-ra jornada na Empresa. “Com o tempo, a única luta que se per-de é a que se abandona. E, ao contrário disso, espero contribuir com o sistema elétrico nacional. Desejo a participação de todos os colaboradores da Eletronorte, independentemente de suas ide-ologias”, declarou Palmeira.

O presidente da Eletrobrás, José Muniz, relembrou seu perí-odo de trabalho na Empresa. “Foi na Eletronorte, graças à equipe de colaboradores, que pude me realizar como profissional. Pude sonhar e realizar sonhos”, afir-mou.

O ministro de Minas e Ener-gia, Edison Lobão, demonstrou satisfação pelas realizações da gestão anterior da Eletronorte e suas perspectivas com relação à atual. “Carlos Nascimento fez uma obra admirável na Eletro-norte, graças às suas idéias, pro-fissionalismo e correção pessoal. Acredito que Jorge Palmeira fará uma excelente gestão com a co-laboração de todos os emprega-

dos da Empresa, que são o seu grande sustentáculo”, destacou. Lobão discorreu, ainda, sobre o importante papel de Tucuruí e Itaipu para a estabilidade do Setor Elétrico, além do êxito do Brasil em fontes como o petró-leo e o gás.

ExperiênciaJorge Palmeira é engenheiro

elétrico e, entre outros títulos acadêmicos, possui o de mestre em Gestão Empresarial e Enge-nharia Elétrica. Atuou na Eletro-norte, entre 1981 e 2003, em funções operacionais e gerenciais até chegar a diretor de Produção e Comercialização.

Foi também responsável pela implantação da metodologia TPM

- Manutenção Produtiva Total na Empresa, obtendo sete Prêmios de Excelência concedidos pelo Japan Institute of Plant Mainte-nance – JIPM, no Japão. Em seu discurso reafirmou o propósito de resgatar o trabalho, principal-mente na área operacional.

Diretor Econômico-Financei-ro – Antonio Barra é Engenheiro Eletricista. Entre outros títulos, detém o de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho e Tecnologias do Gás Natural. Entre 2005 e 2006, foi engenheiro coordenador dos projetos e obras do Luz Para To-dos da Eletroacre e, de 2006 a 2008, foi assistente da Diretoria de Tecnologia da Eletrobrás.

O auditório lotado teve a presença de empregados, parlamentares e representantes do Setor Elétrico

7 de maio de 2008 ano 12 nº 221

Empresa implanta certificação digital

A Superintendência de Tecnologia da Informa-ção, em parceria com

a Universidade Corporativa Eletronorte –Ucel, iniciou no último dia 17 de abril, o cur-so sobre certificação digital ministrado em cinco turmas, em atendimento ao Objetivo 9 do Planejamento Estratégi-co 2007/20010 - reduzir ris-cos empresariais - e ao Plano Diretor de Tecnologia da In-formação.

A certificação digital é um conjunto de técnicas e pro-cessos que propiciam mais segurança às comunicações e transações eletrônicas, ofere-cendo garantias como auten-ticidade, integridade, confi-dencialidade, validade jurídica e transações seguras na web.

Na prática, o certificado digital funciona como uma carteira de identidade virtual que permite a identificação segura de uma mensagem ou transação em rede de com-putadores. Todos os proce-dimentos estão descritos em cartilha distribuída durante o treinamento. Após a valida-ção da documentação, ge-rentes de nível 1 e 2, e os advogados da Empresa, rece-bem um tokens, o hardware escolhido pela Eletronorte, que assemelha-se a um pe-queno pen-drive.

Para o instrutor do cur-so e analista de sistema da Gerência de Segurança da Informação, Renato Muniz, “a palestra demonstrou de que maneira é utilizada a as-sinatura digital, além de ou-tros esclarecimentos - como enviar um e-mail assinado, princípios sobre segurança da informação, assinatura eletrônica de documentos do word e informações ao

nosso corpo gerencial sobre a certificação digital no Brasil e na Eletronorte”.

A assinatura digital vai pos-sibilitar agilidade, redução de custos e segurança. Entre ou-tros benefícios, parte dos inú-meros documentos em papel será eliminada e processada eletronicamente. O superin-tendente de Contabilidade, Jesus Alves da Costa, vê a cer-tificação como uma novidade que faz parte de um contex-to maior. “É importante, pois estamos discutindo o Sistema Público de Escrituração Di-gital - SPED, que envolve a contabilidade e contabiliza-ção digital, escrituração fiscal digital, nota fiscal eletrônica”, destaca.

Validação

O curso foi seguido pelo processo de validação pre-sencial realizado pela Serasa, quando os usuários apre-sentaram cópias e originais da documentação pessoal, e se cadastraram num sistema

que gerou o “Termo de Titu-laridade e Responsabilidade de Certificado Digital”. “Foi muito proveitoso. No meu caso, como advogado, será útil, pois a certificação está sendo implementada em to-dos os tribunais. Assim, po-deremos enviar documentos assinados por e-mail. Além disso, o processo vai garantir autenticidade aos documen-tos, agilidade e economia de papel”, explica o advogado da Consultoria Jurídica, Jorge

Carlos Silva (foto abaixo, à direita).

Para o superintendente de Tecnologia da Informa-ção, Eduardo de Oliveira Lima, “a certificação, como toda mudança precisará de um período de adaptação. Esse procedimento traz ga-rantia de segurança, sigilo e autenticidade. Estamos atu-ando para atingir as metas do Plano de Continuidade de Negócios e Informa-ção”.

Diretores, gerentes e advogados participam de curso sobre certificação digital

Profissionais realizam validação e entrega dos tokens

7 de maio de 2008 ano 12 nº 221

Contratada seguradora com a menor taxa dos últimos anos

A Eletronorte acaba de contratar uma nova apólice de seguro de

vida em grupo, que entrará em vigor a partir deste 1º de maio, com a taxa mais vanta-josa dos últimos anos. “Nós temos tido uma redução constante na taxa de seguro. Neste ano, nós contratamos a apólice com uma taxa de 0,27 por mil, o que represen-ta uma redução considerável de mais de 20% em relação ao ano passado nos prêmios”, informa Moisés Aben-Athar, assistente da Diretoria Econô-mico-Financeira.

Entre os fatores que pos-sibilitaram esse ganho para a Empresa está, primeiramen-te, a renovação do quadro funcional com a entrada de novos concursados, fazendo com que a idade média dos empregados seja reduzida. A taxa de seguro é estabelecida conforme a idade média dos empregados

Outro fator importante é que a Eletronorte tem apre-sentado excedente técnico em função do baixo índice de sinistros, o que só traz van-tagem para a Empresa como estipulante. A Eletronorte contribui com 80% do prê-mio e o empregado com ape-nas 20%.

“Se há um cenário em que a idade média do grupo é menor, e o índice de sinistros é inferior, temos as condições para procurar o mercado e obter preços menores. A troca de seguradora requer, pois, uma análise de cenário. Nós abrimos mão da reno-vação para ir ao mercado e contratamos a Tókio Marine, que comprou a parte de se-guros do Banco Real. É uma seguradora nova, mas prece-dida de um bom referencial”, completa Moisés.

O contrato prevê uma in-denização de 50 vezes o sa-lário do empregado em caso de morte natural e invalidez

permanente, total ou parcial, limitado a R$ 312.908,00 que é o valor máximo de capi-tal segurado estabelecido no contrato, até a presente data.. No caso de morte acidental a indenização é o dobro.

Seguro de riscos Outra negociação de se-

guro muito importante para a Empresa envolve um sinistro que causou prejuízos por vol-ta de R$ 30 milhões, ocorrido na Usina Hidrelétrica Tucuruí, em junho do ano passado, no qual houve danos nos trans-formadores e na subestação blindada das máquinas 7 e 8. Essa subestação foi adquirida

em 1984 e hoje não há mais peças de reposição no mer-cado.

A seguradora arcou com a indenização dos prejuízos e, com orientações técni-cas da Eletronorte, acertou com o fornecedor, que era a Alstom, hoje Areva, uma adaptação de tecnologia para as partes atingidas em substituição à tecnologia an-tiga. Os equipamentos, que pesam 88 toneladas, foram transportados por via aérea por conta do fornecedor, dentro dos custos previa-mente combinados. Hoje, a blindada está em fase final de montagem e permitirá a energização da subestação ainda este mês.

Em Imperatriz (MA), hou-ve um sinistro em janeiro de 2007 num transformador que estava em funcionamento há 30 anos, fabricação Coensa, de 100 MVA 230 kV, que foi totalmente rebobinado e modernizado, tornando-se um transformador pratica-mente novo e instalado na subestação Miranda, com tudo pago pela seguradora. Os prejuízos ficaram em R$ 3,3 milhões.Avião fretado pela seguradora transportou equipamentos de subestação

Moisés Aben-Athar, à esquerda, e equipe da área técnica de seguros

7 de maio de 2008 ano 12 nº 221

Procel realiza caminhada em Tucuruí Evento serviu para sensibilizar a comunidade contra o desperdício

Como parte da cam-panha do Programa de Racionalização de

Energia Elétrica do Governo Federal - Procel, foi realizada no último dia 11 de abril uma caminhada que reuniu 100 alunos das escolas campeãs do Programa Eletronorte de Eficiência Energética - Educa-ção 2008, além de colabora-dores da Empresa e comuni-dade em geral.

Lívia Monteiro Costeira, seis anos, aluna da 2ª série, ajudou a Escola Manoel Bar-bosa de Moraes a receber o prêmio estadual do Progra-ma Eletronorte de Eficiência Energética. Ela contou que mudou o comportamento da família depois de participar do projeto. “Antes deixava luz ligada, televisão. Agora não”, explica. Questionada a respeito do que falaria para outras crianças, respondeu: “Não deixar nada ligado, sem uso. Tem muita gente que precisa aprender isso”.

Damares Barbosa Nas-cimento, 14 anos, aluna da 8ª série, também aprendeu a economizar energia tan-to na escola Severo Alves, em Breu Branco, como em casa. “Achei muito bom par-

ticipar do Procel. Antes, toda hora eu fazia prancha no meu cabelo, deixava TV e DVD ligados sem estar assistindo. A conta, que era mais de R$ 100,00, agora não passa de R$ 50,00”, compara. A aluna afirma também que, mesmo economizando, não deixou

nhada vem ajudar em nossa tarefa árdua de quebrar pa-radigmas e conscientizar as pessoas da importância de economizar energia”. Ele destaca que a campanha re-cebe uma força extra com a constituição da Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice), que atua no combate ao desperdício.

Em relação à premiação da escola Manoel Barbosa de Moraes, campeã estadual de 2008, Elisvânia diz que o sucesso veio através da ges-tão voltada para a cidadania. “A escola viveu o projeto, que foi trabalhado de forma lúdica, mas dando sentido à vida prática do aluno, ou seja, mostrando situações que po-dem ser observadas na casa dele”, explicou.

PremiaçãoDurante o evento, foi en-

tregue o Planejamento Mu-nicipal de Gestão Energética - Plamge para a prefeitura de Tucuruí. O representante da Eletrobrás, Jailson José Me-deiro Alves, informou que a Prefeitura de Tucuruí tem

de fazer nada do que gosta. “Tem muita gente que des-perdiça energia. Deveriam economizar, porque um dia pode faltar”, complementa Damares.

Para o coordenador do Programa em Tucuruí, Ânge-lo Jorge Artur Filho, “a cami-

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capacidade para reduzir em 16% o gasto com energia elétrica, o que representaria a economia de R$ 257mil por ano.

Claudiney Furman, chefe de gabinete e representante do poder público municipal, afirmou confiar no sucesso do Programa Eletronorte de Eficiência Energética. “Além de Tucuruí ser a maior gera-dora de energia, acreditamos que pode ser exemplo para todo o Brasil no combate ao

acordo com Luis Cláudio Silva Frade, superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Ele-tronorte, “não tem energia mais barata que aquela que a gente economiza”. Depois de apresentar alguns exemplos verificados entre os 41 municípios que já participam do programa da Eletronorte, ele lembrou que o alcance da meta requer mudança de hábitos e investimentos em tecnologia.

Segundo a coordenação, houve superação nas expectati-vas em Tucuruí e Breu Branco. Além do combate ao desperdí-cio nas escolas em 10%, os alu-nos também receberam a meta de reduzir 6,99 kWh do consu-mo energético na casa deles. Em Tucuruí, a média de economia foi 10,28 kWh por aluno; em Breu Branco, 13,97 kWh, ou seja, quase o dobro da meta.

desperdício”. Ele comentou também que ações sim-ples podem resultar em economias significativas para os cofres públicos.

Escolas de Breu Branco e Tucuruí – parceiras do Procel, implantado em 2005 – também receberam certificados e troféus pelos resultados apresentados no trabalho de redução do consumo energético. De

7 de maio de 2008 ano 12 nº 221

Belém sedia o V International Workshop on Power Transformer

A Eletronorte foi a anfitriã da 5ª edição do Interna-tional Workshop on Power

Transformer, que ocorreu pela primeira vez na Amazônia, em Belém, de 15 a 18 de abril úl-timo, quando foi discutido o tema “Novas Tecnologias Apli-cadas a Transformadores e Re-atores”.

O evento aconteceu na Es-tação das Docas, onde foram apresentados 23 trabalhos nas sessões plenárias, no Teatro Maria Sylvia Nunes, e 25 traba-lhos na sessão pôster, que fica-ram em exposição do lado de fora do teatro para apresentar mais novidades relacionadas a transformadores.

As discussões envolveram questões técnicas e pesquisas

sobre inovações nos transfor-madores, como controle da umidade nos equipamentos, utilização com segurança do óleo vegetal, monitoramento digital, entre outros.

Segundo Lídio Nascimento, coordenador local do seminá-rio, esse foi o evento de maior

número de patrocinadores e participantes, com mais de 400 inscritos no evento. Entre os assuntos tratados, a princi-pal revolução são os trans-formadores isolados a óleo vegetal. No Brasil já existem equipamentos de baixa tensão utilizando esse tipo de tecno-logia e projetos estão sendo desenvolvidos para melhorar o desempenho nos transfor-madores de alta tensão.

Outra área de pesquisa é a substituição do papel como segundo elemento isolante do transformador. Vários tipos de fibras, que garantam esta-bilidade e durabilidade para o equipamento, estão sendo

analisados. Ronaldo Albino, di-retor da ABB, explicou que já está sendo utilizada uma fibra chamada Nomex, que parece papel, porém é mais resisten-te. “Já usamos essa fibra em alguns transformadores. Além de ficarem mais compactos, os equipamentos ficam mais”.

Outras tecnologias tam-bém estão sendo estudadas para os acessórios, que de-senvolvem funções secundá-rias dentro do transformador, como comutadores a vácuo, substituindo o óleo. Todas essas inovações já estão em funcionamento e pesquisas estão sendo feitas para aper-feiçoá-las.

No último dia 11 de abril, oito turmas do Programa Brasil Alfabetizado concluí-ram o curso realizado duran-te seis meses, em seis bairros da cidade de Tucuruí: Santa Isabel, Cohab, Jaqueira, Li-berdade e São Francisco. O projeto é desenvolvido na região pela Eletronorte e Serviço Social da Indústria -Sesi, com o apoio das asso-ciações de moradores.

Brasil AlfabetizadoEm Tucuruí, mais de 250 pessoas concluíram o curso

De acordo com Delciney Nava, coordenador de Pro-jetos Educacionais do Núcleo de Responsabilidade Social da Eletronorte, cerca de 550 pessoas se cadastraram, mas as dificuldades de aprendiza-gem e outros problemas pes-soais levaram mais de 50% dos inscritos a abandonar o curso.

Já os problemas de visão são resolvidos com a reali-

zação de consultas oftalmo-lógicas e a doação de óculos de grau. “Em Tucuruí, o pro-blema do analfabetismo caiu bastante. O desenvolvimento é muito grande para as co-munidades. As pessoas não sabiam escrever e se sentiam inferiorizadas, excluídas. Ago-ra, se sentem cidadãos reco-nhecidos. E a Eletronorte está proporcionando isso a eles. Se não houvesse o envolvimento

da Empresa, o projeto não saía do papel”, afirma Nava.

Em Tucuruí, o Sesi se com-promete com a capacitação dos professores e a doação de apostilas. O custeamento dos instrutores e o restante do ma-terial didático são oferecidos pela Eletronorte aos alunos. Cabe às associações de mora-dores o levantamento dos inte-ressados e a cessão de espaços para realização das aulas.

Evento discutiu novas tecnologias aplicadas a transformadores e reatores

22 de abril de 2008 ano 12 nº 220

Pregoeiros se atualizam no Compras-Net – Versão 2008

Os leiloeiros e técni-cos da área de su-primentos recebe-

ram a visita do responsável e um dos criadores do sistema de pregão eletrônico e ou-tros métodos interativos de aquisição do Ministério do Planejamento, Cleber Bue-no, que proferiu palestra, compartilhada com as regio-nais, via videoconferência, no auditório da Sede, em Brasília, no último dia 16 de abril. O objetivo foi atualizá-los sobre o Compras-Net e, mais especificamente, o pre-gão eletrônico. O técnico trabalha desde o ano 2000 no desenvolvimento desses processos; enquanto outra equipe atua na moderniza-ção da legislação sobre as compras do governo, que fechou o ano de 2007 com um marco histórico: uma economia de quase 20% nos gastos com aquisições, hoje em torno de R$ 20 bi-lhões anuais, realizadas via concorrência internacional, concorrência nacional, con-vite, tomada de preços, con-curso, dispensa de licitação, inelegibilidade, pregão ele-trônico e pregão presencial.

Compraram-se, em 2007, R$ 9,5 bilhões via pregão eletrônico, com eco-nomia de 15% a 19%, em relação a outros métodos de compra. Segundo Cle-ber, além da transparência o sistema é o mais rápido, em torno de 12 dias. Uma con-corrência levaria seis meses. Ele enfatiza ainda que com o aumento da competitividade, ampliou-se o leque de parti-cipantes, com fornecedores de todo o País; e conseqüen-temente, os preços caíram. “Hoje o governo compra por

preços menores. A novidade é a participação de pequenas e micro-empresas. O sistema já atende aos requisitos da Lei Complementar No. 123, que trouxe os benefícios para esse setor da economia, an-tes marginalizado dos pro-cessos de compras oficiais. O Compras Net - versão 2008, do Portal de Compra do Go-verno Federal, operou ano passado 35 mil pregões ele-trônicos. Hoje 60% de todas as licitações já são nesse mo-delo. Ganhamos confiabilida-de internacional: o sistema está em pleno funcionamen-to no Peru; o Paraguai está implantando e outros países do continente já declararam interesse, principalmente porque ele foi homologado e recomendado pelos bancos Mundial e Interamericano - Bird e BID.

ICMSOutra novidade do Com-

pras-Net é a adequação do pregão eletrônico às deter-minações legais relativas ao ICMS, o que ajuda ao órgão licitante conhecer o valor final do produto, já acrescido des-te imposto. Ou seja, o sis-tema já identifica as alíquotas, faz comparações entre elas,

define o fator de equalização e aplica este fator ao valor das propostas e dos lances, exi-bindo e considerando as dife-renças de alíquotas entre os estados. “Isto é importante, pois, às vezes, há distâncias consideráveis entre o estado onde o produto é fabricado e onde ele será entregue ou o serviço será prestado. O Tribunal de Contas e a Con-troladoria Geral da União podem auditar os proces-sos a qualquer momento. É um sistema certificado pelo governo e absorve todas as tecnologias novas sobre o assunto, inclusive a certifica-ção digital”, comenta Cleber Bueno.

Segundo o superinten-dente de Licitação e Con-tratação Elton Crisóstomo Pereira, a Eletronorte foi a primeira da administração indireta a usar o Compras-Net, por meio do Serpro, vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O pregão torna pú-blica a aquisição num prazo de oito dias úteis. Depois se tem a cotação e na seqüên-cia vem a fase de lances, on-line, via Internet. Durante o pregão o sistema informa aos licitantes o valor das propos-

tas. Então os preços tendem a baixar.

“Quando os lances param, o sistema se diz aleatório e pode fechar o leilão dentro de um ou 20 minutos. Isto faz com que os proponentes apresentem novos preços. O pregão inverteu o sistema da compras. Numa concor-rência há três fases com três seções públicas. No primei-ro momento se recebia as propostas, se abria os en-velopes de habilitação, ana-lisavam-se os documentos e muitas vezes se eliminavam licitantes, por simples forma-lidades burocráticas. Na fase técnica, também eliminató-ria, se analisava as propostas técnicas. E só na terceira fase se abria as propostas comer-ciais, com os preços. No pregão primeiro se abrem os preços e entra-se na fase de lances. Quando o leiloeiro entende que tem um bom preço, declara o proponente vencedor. E mesmo esgota-da a fase de lances ele ain-da pode negociar. Só então se verifica a documentação. Hoje os órgãos federais op-tam pelo pregão eletrônico pela sua versatilidade”, ob-serva Elton.

Cleber Bueno

Abadia, Elton e Iná

7 de maio de 2008 ano 12 nº 221

Dia do Índio. No Brasil inteiro protestos e comemorações lembram uma data que, na Eletronorte,

poderia ser comemorada todos os dias

O dia 19 de abril, aqui, passa a ser apenas uma data formal

para lembrar os resultados de um trabalho feito todos dos dias há 25 anos. Na ma-nhã do dia 15 de abril, no au-ditório da Sede, em Brasília, a data foi lembrada com a exibição do filme “Brincan-do nos Campos do Senhor”, do diretor Hector Babenco. Logo depois os participantes puderam participar de um debate com o indigenista Porfírio Carvalho.

Carvalho (foto abaixo) ex-plica que a data, nas comu-nidades indígenas, não tem uma forte referência. “Não é um dia tradicional deles; é uma data criada por nós e que algumas comunidades, mais incorporadas à nossa cultura, utilizam para mani-festações. É um dia de refle-xão sobre como nós temos tratado os índios ao longo da sua história”, diz.

Questionado sobre quais os resultados dessa reflexão, Carvalho é enfático: “depen-de de quem é o nós. Se for

o nós sociedade brasileira muito mal; e se o nós for o nosso trabalho aqui na Ele-tronorte, estamos cumprin-do os nossos objetivos”, dis-

se ele. Os objetivos fazem referência aos programas Parakanã e Waimiri Atroari,

considerados referência no Brasil e no mundo, e que têm o objetivo de minimizar os impactos provocados pela construção de hidrelétricas

nas terras indígenas. Implan-tados na década de 1980 - a partir da construção das

usinas hidrelétricas Tucuruí, no Pará, e Balbina, no Ama-zonas – os programas pro-movem ações de educação, saúde, proteção ambiental e apoio à produção.

Em 1986 os Parakanã eram 247; hoje, são 695. Já em 1988, os Waimiri Atro-ari eram 374, com um índi-ce de redução populacional de 20% ao ano. Hoje, já são 1.155. As comunida-des indígenas perdiam seus valores e as principais mani-festações de seu patrimônio cultural. Com o trabalho da Eletronorte, além do au-mento populacional, a vida é. Os Parakanã têm produ-ção de excedentes e houve o resgate das práticas do extrativismo e da coleta de frutos para comercialização, a exemplo do açaí, cupuaçu e castanha.

Os Waimiri Atroari são parceiros da Eletronorte e do Ibama na preservação dos 900 mil hectares da Re-serva Biológica do Uatumã. A produção foi incrementada e há estoque de animais para abate (peixes e gado). São 19 escolas com 38 professores indígenas. Os Parakanã têm a garantia de total independên-cia alimentar da comunidade, além do resgate de todas as práticas culturais. São sete escolas e 30% dos Parakanã foram alfabetizados nas lín-guas materna e portuguesa.