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O Secretário para a Economia e Finanças confessou estar “chocado” com as verbas gastas em rendas pelo Executi- vo, mas escusou-se, para já, a revelar valores. No debate das LAG, Lionel Leong apelou ainda à honestidade dos “junkets”, garantiu a protecção dos direitos dos traba- lhadores residentes, prometeu a simplificação da buro- cracia para as pequenas e médias empresas e expressou apoio à contratação de professores de português, para aumentar os quadros bilingues e fomentar as sinergias sino-lusófonas. Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4890 • Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015 10 PATACAS PUB FOTO JTM Ponte do Delta regista atraso de pelo menos um ano A ponte que ligará Hong Kong, Ma- cau e Zhuhai vai falhar o prazo de conclusão de 2016 por um ano, ad- mitiu o Governo da antiga colónia britânica. As instalações do posto fronteiriço e correspondente ligação viária não vão estar terminadas no final de 2016, de acordo com o ac- tual progresso da construção, con- firmou o departamento responsável pelas autoestradas e ferrovias de Hong Kong. Referindo-se ao pro- jecto como “enorme e complicado”, o Governo de Hong Kong apontou para a existência de vários desafios técnicos, tanto no desenho como nas diferentes fases da construção. Segundo aquele departamento, a conclusão da ponte foi adiada para o final de 2017 devido à instabilida- de no fornecimento de materiais e falta de mão-de-obra, bem como a dificuldades em relação aos limites de altura impostos pelas autorida- des de aviação, critérios de protec- ção ambiental e atrasos na constru- ção de aterros. Lionel Leong “chocado” com despesas em rendas dos serviços públicos Pág. 7 Última Paulina Santos critica MP e deixa reparo ao acórdão que fechou “caso das campas” “Faço cada espectáculo como se fosse o último e o primeiro” António Costa promete moderação e estabilidade mas Cavaco mantém dúvidas Engarrafamentos “temáticos” em “De Fonte Limpa” Págs. 2 e 3 Centrais Págs. 4 e 5 Governo não cede na reversão de lotes em Nam Van Pág. 6 Festival de Luz anima pontos turísticos em Dezembro Pág. 9 LUÍS DE MATOS EM ENTREVISTA AO JTM

7 Ponte do Delta Lionel Leong “chocado” com despesas em ...ser Centro Mundial de Turismo e Lazer, a segurança é certamente uma vertente que não pode ser descurada. E há mais:

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Page 1: 7 Ponte do Delta Lionel Leong “chocado” com despesas em ...ser Centro Mundial de Turismo e Lazer, a segurança é certamente uma vertente que não pode ser descurada. E há mais:

O Secretário para a Economia e Finanças confessou estar “chocado” com as verbas gastas em rendas pelo Executi-vo, mas escusou-se, para já, a revelar valores. No debate das LAG, Lionel Leong apelou ainda à honestidade dos “junkets”, garantiu a protecção dos direitos dos traba-

lhadores residentes, prometeu a simplificação da buro-cracia para as pequenas e médias empresas e expressou apoio à contratação de professores de português, para aumentar os quadros bilingues e fomentar as sinergias sino-lusófonas.

Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4890 • Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015 10 PATACAS

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JTM

Ponte do Delta regista atraso de pelo menos um anoA ponte que ligará Hong Kong, Ma-cau e Zhuhai vai falhar o prazo de conclusão de 2016 por um ano, ad-mitiu o Governo da antiga colónia britânica. As instalações do posto fronteiriço e correspondente ligação viária não vão estar terminadas no final de 2016, de acordo com o ac-tual progresso da construção, con-firmou o departamento responsável pelas autoestradas e ferrovias de Hong Kong. Referindo-se ao pro-jecto como “enorme e complicado”, o Governo de Hong Kong apontou para a existência de vários desafios técnicos, tanto no desenho como nas diferentes fases da construção. Segundo aquele departamento, a conclusão da ponte foi adiada para o final de 2017 devido à instabilida-de no fornecimento de materiais e falta de mão-de-obra, bem como a dificuldades em relação aos limites de altura impostos pelas autorida-des de aviação, critérios de protec-ção ambiental e atrasos na constru-ção de aterros.

Lionel Leong “chocado”com despesas em rendasdos serviços públicos

Pág. 7 Última

Paulina Santos critica MPe deixa reparo ao acórdão que fechou “caso das campas”

“Faço cada espectáculo como se fosse o último

e o primeiro”

António Costa promete moderação e estabilidade mas Cavaco mantém dúvidas

Engarrafamentos“temáticos” em“De Fonte Limpa” Págs. 2 e 3

Centrais

Págs. 4 e 5

Governo não cede na reversão de lotes em Nam Van Pág. 6

Festival de Luz anima pontos turísticosem Dezembro Pág. 9

LUÍS DE MATOS EM ENTREVISTA AO JTM

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02 JTM | LOCAL Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

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• • • DO BAÚ DE RECORDAÇÕES

Do Baú de Recordações retiramos hoje uma fotografia de Novembro de 1997, assinalando a vitória de Fernanda Ribeiro na Meia Maratona de Macau, numa prova que marcou o regresso às competições da atle-ta portuguesa. Na próxima semana, Fernanda Ribeiro estará de regres-so, desta vez para assistir à 34ª Ma-ratona Internacional de Macau em representação da Federação Portu-guesa de Atletismo.

Rodas no passeio, pés na estrada - ICom a aproximação do final do 15º Festival de Gastronomia de Macau, não só se intensifica a azáfama na zona como aumenta o perigo para a segurança... pública. Para os peões há duas opções, ambas complicadas. Muitos seguem pelo passeio, mas arriscam-se a ser atropelados por um dos muitos motociclistas que, à falta de estacionamento noutros locais próximos da Torre, decidem invadir terreno reservado aos peões para ali deixarem os veículos.

Rodas no passeio, pés na estrada - IIA alternativa é ainda menos recomendável, mas seguida pelos mais afoitos e apressados: ir pela estrada e arriscar-se a ser atropelado por qualquer autocarro ou veículo ligeiro que por ali passe como se estivesse numa pista de corrida. Como esta situação não é exclusiva desta edição, levantam-se dúvidas sobre o planeamento do Festival, até porque, para uma cidade que quer ser Centro Mundial de Turismo e Lazer, a segurança é certamente uma vertente que não pode ser descurada. E há mais: basta perguntar aos moradores da zona, fartos do constante barulho em horas de descanso.

Tailandeses celebram 10 anosde festival e 88 do Rei - IA Rua de Abreu Nunes volta a animar-se este fim-de-semana com a realização de mais um Festival da Cultura Tailandesa. Segundo a Associação dos Tailandeses de Macau, o evento vai incluir espectáculos de dança tailandesa e bancas de gastronomia e artesanato da “Terra dos Sorrisos”, entre as 16 e as 22 horas.

Tailandeses celebram 10 anosde festival e 88 do Rei – IIEste ano, há motivos para festa redobrada, uma vez que a comunidade tailandesa vai celebrar a 10ª edição do Festival e o aniversário do Rei Bhumibol Adulyadej, que completará 88 anos a 5 de Dezembro. Os visitantes poderão ainda experimentar massagens tailandesas e assistir a um pequeno desfile, entre a Rua do Campo e a Rua de Abreu Nunes, com canções e danças típicas do país.

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Lançado livro sobre Património Cultural Chinês em PortugalO Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), o Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e a Fundação Jorge Álvares vão organizar, no próximo dia 2 de Dezembro, uma sessão de lançamento do livro “Património Cultural Chinês em Portugal”. A iniciativa decorrerá nas instalações do CCCM, em Lisboa, com o livro a ser apresentado pelos responsáveis pela edição: o presidente da instituição anfitriã, Luís Filipe Barreto, e o historiador Vítor Serrão. No evento serão ainda apresentadas as mais recentes peças da Colecção Fundação Jorge Álvares que integram a exposição permanente do Museu do Centro Científico e Cultural de Macau.

15 eventos para reflectir sobre o 25 de Novembro - IUm grupo de cidadãos constituído por António Barreto, João Salgueiro, Luis Aires de Barros, Luis Valença Pinto, Manuel Braga da Cruz e Vasco Rocha Vieira, último Governador de Macau, tem vindo a organizar desde Setembro, em Portugal, colóquios e conversas sobre o significado do 25 de Novembro de 1975. Frisando que integra personalidades de “diversas áreas profissionais” e “vários sectores de opinião”, o grupo justifica a iniciativa como uma forma de promover a reflexão sobre “uma data tão marcante”, uma vez que, “com o 25 de Novembro, o ideal democrático do 25 de Abril voltou a vigorar como orientação do processo de transição”.

15 eventos para reflectir sobre o 25 de Novembro – IIEnglobando 15 eventos, o programa arrancou a 17 de Setembro, na Sociedade de Geografia de Lisboa, e prolonga-se até 4 de Dezembro, dia em que a Fundação Calouste Gulbenkian será palco das conferências “O 25 de Novembro e a Comunicação Social” (com Maria João Avilez, Dinis de Abreu, José Manuel Fernandes e Mário Mesquita) e “O 25 de Novembro, 40 anos depois” (com Artur Santos Silva, o General Rocha Vieira, António Barreto e Francisco Pinto Balsemão).

15 eventos para reflectir sobre o 25 de Novembro – IIINos próximos dias, as comemorações centram-se nos Açores, com conferências em Ponta Delgada (domingo) e Angra do Heroísmo (segunda-feira), e continuam a 2 de Dezembro, na Universidade Nova de Lisboa, onde será abordado o tema “Impacto do 25 de Novembro na Política Externa portuguesa”. Para o dia seguinte, na Messe Militar da Praça da Batalha (Porto), está agendada a apresentação do livro “Radiografia Militar e os Quatro DDDD” do coronel Manuel Barão da Cunha e apresentação do general Sousa Pinto.

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015 JTM | LOCAL 03

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JTMO Natal já chegou ao Senado – I

Embora ainda faltem alguns dias para a cerimónia da inauguração das iluminações decorativas do Natal e Ano Novo, tradicionalmente presidida pela Secretária para a Administração e Justiça, a cidade já aderiu ao espírito festivo. E, como sempre, na linha da frente volta a estar o Largo do Senado, “vestido” a rigor para dar as boas-vindas ao Pai Natal.

O Natal já chegou ao Senado – IIPara além da tradicional árvore de Natal, o Largo do Senado está agora mais brilhante graças às muitas luzes acompanhadas de música ambiente, obviamente apenas durante o dia, porque o Pai Natal também respeita a Lei do Ruído. Se para turistas e residentes passa a haver mais uma opção para diversificar as “selfies”, também serão dias de esperança renovada para os retalhistas, que apostam na força de outro espírito - o do consumismo – para atenuar o impacto do “ajustamento”, o novo conceito aplicado às quebras nos negócios.

Engarrafamento “temático” - INa quarta-feira, em reunião plenária da Assembleia Legislativa, vários deputados pediram ao Governo mais determinação e celeridade para lidar com os problemas ligados aos transportes públicos, tendo Ella Lei Cheng I chegado ao ponto de referir que a velocidade média dos autocarros locais é de 10km por hora. A tese poderia ser reforçada por estas fotografias captadas por “Fonte Limpa” que, mais do que espelharem o “passo de caracol” dos autocarros, arriscam-se a abrir uma nova categoria: “não sair do mesmo lugar”.

Engarrafamento “temático” - IIAlém de poder ser classificado como “temático”, já que todas as viaturas envolvidas são autocarros, o engarrafamento fotografado na Rua do Campo comprova que, muitas vezes, mais vale andar a pé e esquecer a política governamental da “primazia dos transportes públicos”. Porém, para quem optar pela via pedestre, recomenda-se uma nova peça de vestuário - a máscara, já que a poluição na beira da estrada está a tornar-se cada vez mais evidente. Há já quem graceje que o sistema de transportes e o tráfego em Macau “matam o cidadão por andar a pé ou por andar de autocarro”, nem que seja pelo tédio da espera.

“Rei” das Motos gostou da capa do JTM - IPeter Hickman foi o grande vencedor de um muito animado Grande Prémio de Macau de Motociclismo no passado fim-de-semana. Na edição especial de domingo, o JORNAL TRIBUNA DE MACAU colocou na primeira página o feito de Hickman como o novo “rei” das motos, elogio que não passou desapercebido ao piloto britânico. No “Twitter”, Hickman partilhou a capa da edição o que motivou muitos comentários dos seus seguidores.

“Rei” das Motos gostou da capa do JTM - IITambém nas redes sociais, Felix Rosenqvist, vencedor da prova de Fórmula 3, fez questão de recordar a grande experiência vivida em Macau que coroou uma grande época, após a conquista do campeonato europeu de F3. “Sinto-me um pouco emocional depois de uma época onde me diverti tanto”, declarou o piloto sueco. Face ao bis conquistado em Macau, Felix Rosenqvist foi também desafiado pelo piloto da Fórmula 1 Roberto Merhi para um encontro no Grande Prémio de Macau em 2016.

“Rei” das Motos gostou da capa do JTM - III “Félix Rosenqvist no próximo ano vou contigo e com o Daniel Juncadella. Está a ficar demasiado fácil para ti (...). Precisas de mais competição”, escreveu o piloto da Marussia na sua conta do “Twitter”. Na resposta, o piloto sueco mostrou-se disponível para o desafio: “No próximo ano?”

O “voo” de Batman - IOs residentes de Macau apenas ficaram a conhecer o “Batman Dark Flight” no final de Outubro mas a companhia responsável pela sua construção, a Dynamic Structures, já tem muita experiência no ramo. Após o sucesso da mais recente criação, que mora agora no Studio City, a empresa canadiana decidiu explicar como funciona o equipamento abrindo as portas dos seus armazéns, um cenário que o site “TriCityNews” descreve como “menos glamoroso”.

O “voo” de Batman - IIInstaladas a uma altura de dois andares, as plataformas duplas de 72 lugares assentam em estruturas massivas e “alguns feitos desconhecidos de engenharia”, que permitem “empurrar as pessoas para a frente”, mantendo-as com as pernas suspensas em frente a um ecrã de cinema gigante. “Após rodar sobre si mesmo, tem a capacidade de produzir outro tipo de movimentos que tornam a diversão ainda mais interessante”, mas requerem “estratégias muito complexas de manuseamento da própria estrutura”, referiu Arnt Wiebicke, engenheiro da empresa.

O “voo” de Batman - IIIO artigo garante que, “para quem esteja em Macau, o Batman Dark Flight tem uma grande aventura preparada”. Os “cinemas voadores” da companhia canadiana costumam oferecer “serenos e gentis” eventos que fazem com que os utilizadores saltem montanhas, telhados de prédios, atravessem oceanos, com efeitos a quatro dimensões como esguichos de água ou o cheiro a flores.

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 201504 JTM | LOCAL

Incentivos fiscais para contratarportadores de deficiência

O Governo planeia apresentar em 2016 um plano de incentivos fiscais para a contratação de pessoas portadoras de deficiência, disse ontem Lionel Leong, a propósito de uma medida já anunciada pelo Che-fe do Executivo na apresentação do relatório geral das LAG. De acordo com o director dos Serviços de Economia, as empresas que recrutarem esses traba-lhadores poderão receber um desconto de 320 mil patacas nos impostos, podendo acumular descontos consoante o número de empregados contratados. A questão tinha sido levantada pela deputada Chan Hong, que defendeu a necessidade de garantir os di-reitos dessas pessoas ao emprego.

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DEPUTADOS PREOCUPADOS COM REFLEXOS DAS QUEDAS NO JOGO

Secretário pede “honestidade” aos “junkets”Para o Secretário para a Economia e Finanças, um dos segredos para atrair mais turistas está na confiança, não apenas nos produtos mas também nos serviços, tendo pedido por isso aos “junkets” que sejam mais honestos. Perante a sugestão de Zheng Anting sobre a criação de uma “lista negra” de devedores de salas VIP, Lionel Leong afirmou que o Governo não se atreveria a fazê-la sem falar com o Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais

Liane Ferreira

O Secretário para a Economia e Finanças apresentou ontem na Assembleia Legislativa as Li-

nhas de Acção Governativa da sua tu-tela para 2016, tendo o sector do jogo dominado parte das intervenções do dia. “Perante a descida das receitas eco-nómicas, temos de criar uma Macau de qualidade. Que turistas queremos ter, como atraí-los? Vamos pedir a elevação da qualidade dos serviços e enriquecer os elementos não jogo”, disse, acrescen-tando que “a honestidade é muito im-portante” para que as pessoas confiem na qualidade dos produtos vendidos em Macau. Principalmente, frisou, “os promotores de jogo têm de ser hones-tos, porque só assim podemos atrair mais pessoas”.

Afirmando que o segmento VIP está a “entrar no Inverno”, o deputado Zheng Anting recomendou a melhoria da fiscalização da actividade dos pro-motores de jogo e da respectiva legis-lação, devido à existência de “zonas cinzentas e lacunas”. Para além disso, apelou a uma fiscalização “mais ri-gorosa” a quem trabalha no sector e a auscultação das necessidades, já que existem pessoas que não devolvem dinheiro pedido aos promotores “por dolo”. “Agradeço que crie uma lista negra para que os promotores de jogo

Locais não são trocados por TNRLionel Leong garantiu ontem que os trabalhadores locais não estão a ser substituídos por não residentes e reiterou que está a ser estudado um mecanismo de saída da mão-de-obra importada

possam recuperar o dinheiro empresta-do”, afirmou o deputado.

Em resposta, Lionel Leong salientou que o “Governo quer ajudar o sector a desenvolver-se de forma saudável”, pelo que está a melhorar progressiva-mente o regime de fiscalização e fun-cionamento. No entanto, foi cauteloso no que diz respeito à lista negra de de-vedores. “A criação de uma lista negra, tem a ver com a Lei de Protecção de Dados Pessoais, por isso não nos atre-vemos a fazer esse trabalho sem qual-quer prudência. Temos de falar com o Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais”, disse o Secretário.

Face à referência ao caso Dore pelo

deputado Pereira Coutinho, que criti-cou arduamente a Direcção de Inspec-ção e Coordenação de Jogos (DICJ), acusando-a de inacção, Lionel Leong recordou que todo o sector do jogo está a ser alvo de um processo de revisão in-tercalar. Os resultados dessa análise de-verão ser tornados públicos em Janeiro de 2016, ao mesmo tempo que está a ser feita uma revisão das directrizes que orientam os promotores de jogo. Nes-te ponto, o depósito de fichas é legal, o mesmo não acontecendo com a acumu-lação de capital, explicou, notando que existem diplomas que regulamentam os empréstimos privados.

Enquanto um grupo de lesados do

caso Dore se manifestava no exterior da AL, o representante da DICJ assegurou que o organismo colaborou com a Po-lícia Judiciária na investigação do caso Dore.

Limite para mesas“não vai mudar”

Além disso, o Secretário para a Eco-nomia e Finanças garantiu ainda que o aumento máximo de 3% para o cresci-mento médio anual das mesas de jogo é uma “política que não vai mudar”. “Usamos estratégias para direccionar o funcionamento do sector do jogo, aten-dendo aos elementos não jogo introdu-zidos. Por outro lado, temos em conta o seu contributo para as Pequenas e Médias Empresas (PME) porque o mais importante é se as mesas de jogo con-tribuem para o nosso desenvolvimento rumo à meta final do Centro de Turis-mo e Lazer”, disse.

As referências à queda das receitas do jogo e o impacto noutros sectores da economia local foram comuns a todos os deputados, tendo ainda Kwan Tsui Hang alertado para o pagamento de baixos salários a “croupiers”, pedindo mais fiscalização às operadoras.

Assim, Lionel Leong garantiu que na revisão intercalar do jogo, as opera-doras serão avaliadas. Nesse contexto, o Governo irá analisar formas de ele-var as responsabilidades das diferentes partes, relativamente à contratação e subconcessão de licenças.

Receios de que a queda das receitas do jogo se reflictam na taxa de desemprego, que já cres-ceu de 1,7 para 1,9%, levaram muitos deputa-

dos a criticar o papel da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e do Gabinete para os Recursos Humanos (GRH) em termos da contratação de trabalhadores não residentes (TNR) e falta de co-locação em empregos.

Se, de um lado, Kou Hoi In considerou que o Go-verno deve rever a lei de recrutamento de TNR para apoiar as Pequenas e Médias Empresas, do outro Au Kam San denunciou casos de trabalhadores residen-tes despedidos para dar lugar a mão-de-obra exter-na.

Como é habitual, Ella Lei também criticou a con-tratação de TNR. “O Governo tem de ter mais po-líticas e decidir quais são os sectores e postos de trabalho para proibir a importação de TNR além de motoristas e ‘croupiers’, porque existem outros tra-balhos adequados para residentes”, disse a deputa-da.

“Posso garantir que os locais não são substituí-dos por TNR. Se um residente for despedido nessa situação façam queixa que tomaremos as medidas necessárias”, assegurou o Secretário para a Econo-mia e Finanças, Lionel Leong, acrescentando que a DSAL e o GRH trabalham em “contacto estreito” na distribuição de quotas para ver se existem residentes que satisfaçam os requisitos das vagas existentes.

Relativamente a alegadas irregularidades nos despedimentos, o director da DSAL destacou que o organismo acompanha os casos de forma “rígida” e com “postura muito séria”. Segundo disse, foram abertos mais de 2.000 processo, com períodos de tra-tamento que variam entre os três e os 63 dias.

Embora admitindo que os trabalhadores da DSAL estão sob grande pressão e muito trabalho, Lionel

Leong salientou que o processo de simplificação em curso e a fusão do organismo com o GRH irá levar ao “fortalecimento” de todo o processo.

Para além disso, voltou a referir que está a ser es-tudada a criação de um mecanismo de saída de TNR. “Verificamos que há muitos TNR que conseguiram ajudar na melhoria do desempenho de trabalhadores locais e, quando estes chegarem ao patamar que as operadoras precisam, os TNR irão embora”, ressal-vou. De acordo com o Secretário, em Outubro foram contratados menos 5.000 TNR do que em Maio deste ano.

Sobre a acção da DSAL no auxílio ao emprego para locais, o director do organismo assegurou que foram lançadas medidas para a população e quando os pedidos de emprego são devidamente encaminha-dos, tendo sido até feitas sessões de recrutamento. No entanto, ressalvou que os candidatos e empresas têm de manifestar interesse mútuo.

No domínio das oportunidades de formação e subida na carreira para os locais, pedidas por mui-tos deputados, Lionel Leong declarou que “a popu-lação tem atitude proactiva e continua a valorizar--se”. “Por isso, chamamos a atenção das operadoras para dar mais oportunidades de formação aos tra-balhadores”, disse, notando que muitas oferecem formações organizadas com instituições académicas estrangeiras.

L.F.

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Os montantes gastos pelo Governo no pagamento de rendas de espaços para os serviços públicos já tinham sido alvo

de escrutínio no debate da Lei de Orçamento para 2016, na quarta-feira, e voltaram a sê-lo ontem no âmbito da discussão das Linhas de Acção Governativa. Desta vez, foi Chan Meng Kam que se mostrou preocupado com o impac-to no erário público dos gastos com rendas, já que as despesas neste campo atingiram 700 mi-lhões em 2015 e deverão ascender a mil milhões em 2016.

“Os serviços públicos pagam rendas muito elevadas todos os anos. Sinceramente, também sinto muito, fico um bocado chocado ao ver estes montantes avultados gastos no arrenda-mento”, disse Lionel Leong em resposta, acres-centando que, como Secretário, tem de “estar

ciente” dos valores gastos, mas escusou-se para já a divulgá-los publicamente.

“A publicação desses montantes será que afecta ou não o mercado de arrendamento? Será que os preços baixam ou acontece outro fenó-meno inesperado? Temos de ouvir a sociedade, porque pode trazer impacto”, justificou.

Ainda assim, segundo o Secretário, a sua tu-tela “não tem problemas em publicar os dados”. “Queremos ter o maior grau de transparência na divulgação do erário publico”, assegurou.

Também em resposta a Chan Meng Kam, que exortou o Governo a acelerar os trabalhos de construção do edifício para os órgãos judi-ciais, Lionel Leong ressalvou que não lhe com-pete tal tarefa, mas manifestou o desejo de ver edifícios permanentes de serviços públicos em funcionamento. Dessa forma, o Secretário espe-ra “limitar as quantias gastas no arrendamento no mercado privado e obras de benfeitoria e controlar melhor os gastos do erário público”.

Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015 JTM | LOCAL 05

Liane Ferreira

PME’s vão ter serviço “one stop”Sublinhando que a simplificação burocrática é mais importante para o desenvolvimento das PME’s do que o “cifrão”, Lionel Leong avançou que a sua tutela está a criar um sistema “one stop” para lidar com procedimentos dessas empresas

Apoiada contrataçãode docentes de Português A contratação de mais professores de português é “uma ideia excelente” e vai ao encontro das necessidades da plataforma comercial entre a China e os países de língua portuguesa, disse Lionel Leong

O Secretário para a Economia e Finan-ças manifestou o seu

apoio à contratação de mais professores de português, de modo a aumentar os quadros bilingues e assim incentivar os negócios com os países da lusofonia.

A pergunta partiu do de-putado Mak Soi Kun: “Há muitos projectos que têm que ver com os países de língua portuguesa, mas as gentes lo-cais não falam português. A maioria das escolas só ensina inglês como língua estrangei-ra. Será que agora também têm de ensinar português? 66% [dos residentes] domina inglês, mas só 10% o portu-guês. Sugiro a contratação de professores experientes para ensinar português aos chine-ses”.

Lionel Leong, que duran-te o seu discurso de abertura voltou a sublinhar a impor-tância de Macau como plata-forma entre a China e a luso-fonia, recebeu a sugestão com agrado, considerando-a “uma ideia excelente”.

“Se conseguirmos im-portar mais professores de português e assim formar os nossos quadros em língua portuguesa, podemos respon-

der às necessidades do desen-volvimento das diferentes in-dústrias de Macau”, afirmou, garantindo que iria transmitir essa mensagem “aos serviços competentes”.

Durante a apresentação do programa da sua pasta para 2016 aos deputados, o Secre-tário anunciou que o Institu-to de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) vai criar um departa-mento para “focar-se exclusi-vamente nos trabalhos econó-micos e comerciais relativos aos países lusófonos”.

Neste sentido, lembrou também que o IPIM vai insta-lar, no próximo ano, represen-tações em Portugal e no Bra-sil, “no sentido de prestação de serviços de consultadoria profissional às empresas do interior da China e de Macau (…) com negócios iniciados nesses países”.

Melinda Chan e Sio Chi Sai foram outros deputados que questionaram o Governo sobre as medidas a implemen-tar para consolidar o papel de Macau como plataforma, pedindo novas ideias para integrar melhor as empresas locais e o reforço da formação de bilingues.

JTM com Lusa

GOVERNO HESITA EM DIVULGAR VALORES

Rendas de serviços públicos impressionam Secretário Lionel Leong confessou estar “chocado” com os montantes gastos em rendas pelo Executivo, mas escusou-se a revelar valores. O Secretário voltou a admitir que seria benéfico se os serviços públicos pudessem estar alojados em edifícios permanentes

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Duas leis para defender o consumidor

O Governo decidiu separar as leis de protecção dos direitos do consumidor e do combate à concorrên-cia desleal. “As lojas certificadas têm de ser hones-tas, por isso temos de ter uma lei de concorrência desleal para garantir os direitos do consumidor”, justificou Lionel Leong. Por outro lado, o director das Finanças realçou que o Governo está a ela-borar o projecto de lei sobre o Código Tributário, tendo já ouvido o respectivo parecer jurídico. Por enquanto, aguarda as opiniões de profissionais do sector e especialistas para avançar com a proposta.

No dia em que reiterou que o “ajustamento não é uma fase má” e até representa uma “oportunidade”, Lionel Leong sublinhou o

papel que as Pequenas e Médias Empresas (PME), os jovens empreendedores e o sector das exposições e convenções (MICE) podem ter nesta nova conjun-tura económica. “O Governo tem dado importância às PME’s e temos ouvido os empresários. (...) Claro que o dinheiro é importante, mas não é só o cifrão que conta, o importante é a simplificação adminis-trativa”, afirmou o Secretário.

Segundo Lionel Leong, foi criado um grupo de trabalho para dinamizar a “economia comunitária”. O grupo incluiu académicos e personalidades, re-presentantes do Turismo, Instituto para os Assuntos Cívico e Municipais e Bombeiros para identificar os problemas que as PME encontram nos serviços pú-blicos.

Assim, em termos de simplificação burocráti-ca, Lionel Leong disse que já falou com os serviços envolvidos para reduzir as formalidades, criando uma “única janela” para receber os requerimentos necessários. “Não podemos tratar de formalidades com mentalidade tão tradicional ou conservadora”, afirmou.

Neste sentido, vê o comércio electrónico como “uma tendência inevitável” à qual o território “não pode ficar imune”, pelo que o Executivo vai conti-nuar a ajudar as PME’s na criação de páginas elec-trónicas e de aplicações móveis.

Considerando os “jovens como os principais ac-tores da reforma e inovação”, Lionel Leong decla-rou que o apoio do Governo não passa apenas pelo incentivo à montagem dos próprios negócios, mas também na prestação de serviços “in loco” em áreas especializadas. Daí que mesmo o apoio dado pelo Centro de Incubação seja direccionado para incutir conhecimentos de negócios aos jovens.

Diversos deputados pediram ao Governo mais controlo nos projectos de apoio ao empreendedo-rismo jovem, para evitar a proliferação de cafés no território e impulsionar a diversificação de espaços. “No próximo ano podiam incentivar negócios dife-rentes”, disse Chui Sai Peng.

O desenvolvimento do MICE foi outro caminho apontado por Lionel Leong para a diversificação, sublinhando que o sector tem “um nível de pene-tração elevado”, pelo que o aumento do número de eventos também se traduz no alargamento das “vantagens económicas”.

O director dos Serviços de Economia acrescen-tou que está em curso a elaboração de um plano di-rector para o MICE, que vai incluir as deficiências, o rumo e um programa de estímulo à realização de reuniões internacionais. Este estudo será realizado pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Inves-timento de Macau e deverá demorar 42 semanas.

L.F.

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 201506 JTM | LOCAL

Saídas de gestoresde condomíniossujeitas a aviso prévio de seis mesesAs empresas de administração de edifícios vão ser obrigadas a conce-der um prazo de seis aos condómi-nos para que encontrem uma nova solução em casos de quebra de con-trato. A sugestão de alteração à pro-posta de lei da actividade comercial de administração de condomínios foi feita pelo Executivo após ouvir as opiniões de associações do sec-tor. De acordo com a Rádio Macau, a presidente da comissão da As-sembleia Legislativa que analisa o diploma, Kwan Tsui Hang, afir-mou que, até agora, as empresas estavam obrigadas a comunicar a saída apenas com três meses de an-tecedência, sem que pudessem ces-sar a actividade por igual período de tempo se os moradores não en-contrarem uma alternativa. As as-sociações do sector consideraram a proposta “irracional” pelo facto de, ao cumprir o prazo, as companhias deixarem de ter a obrigação de prolongar os serviços. O Executivo sugere, então, prolongar o prazo para os seis meses. As associações parecem estar de acordo com a re-gra de perda da caução em casos de infracção na administração. Neste âmbito, a proposta decreta que as administradoras devem pagar uma caução de pelo menos 100.000 pa-tacas, sendo que o valor final de-pende do número de fracções do condomínio administrado.

EDITAL

Edital n.º : 49/E-BC/2015Processo n.º : 156/BC/2013/FAssunto : Início do procedimento de audiência pela infracção às respectivas disposições

do Regulamento de Segurança Contra Incêndios (RSCI)Local : Travessa do Sal n.º 5, Edf. Lun Cheong, fracção 1.º andar B (CRP: B1), Macau.

Cheong Ion Man, subdirector da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), no uso das competências delegadas pelo Despacho n.º 12/SOTDIR/2015, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) n.º 38, II Série, de 23 de Setembro de 2015, faz saber por este meio aos Sr. UN WENG KEI/Srª. SOU CHI MEI, o seguinte:1. O agente de fiscalização desta DSSOPT constatou no local acima identificado a realização de obra sem

licença, cuja descrição e situação é a seguinte:

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

2. A janela acima referida é considerada como ponto de penetração para realização de operações de salvamento de pessoas e de combate a incêndios, não podendo ser obstruído com elementos fixos (gaiolas, gradeamentos, etc.) de acordo com o disposto no n.º 12 do artigo 8.º do RSCI, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 24/95/M, de 9 de Junho. As alterações introduzidas pelo infractor nos referidos espaços, descritas no ponto 1 do presente edital, contrariam a função desses espaços enquanto ponto(s) de penetração no edifício e comprometem a segurança de pessoas e bens em caso de incêndio. Assim, a obra executada não é susceptível de legalização pelo que terá necessariamente de ser determinada pela DSSOPT a sua demolição a fim de ser reintegrada a legalidade urbanística violada.

3. Nos termos do n.º 7 do artigo 87.º do RSCI, a infracção ao disposto no n.º 12 do artigo 8.º é sancionável com multa de $2 000,00 a $20 000,00 patacas.

4. Considerando a matéria referida nos pontos 2 e 3 do presente edital, podem os interessados, querendo, pronunciar-se por escrito sobre a mesma e demais questões objecto do procedimento, no prazo de 5 (cinco) dias contados a partir da data de publicação do presente edital, podendo requerer diligências complementares e oferecer os respectivos meios de prova, em conformidade com o disposto no n.º 1 do artigo 95.º do RSCI.

5. O processo pode ser consultado durante as horas de expediente nas instalações da Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, situadas na Estrada de D. Maria II, n.º 33, 15.º andar, Macau (telefones n.os 85977154 e 85977227).

Aos 24 de Novembro de 2015

Pelo Director dos Serviços O Subdirector

Cheong Ion Man

1.1

ObraConstrução de um compartimento não autorizado composto por janela de vidro, paredes em alvenaria de tijolo e cobertura em betão no pátio junto à janela da fracção.

Infracção ao RSCI e motivo da demoliçãoInfracção ao n.º 12 do artigo 8.º, obstrução do acesso aos pontos de penetração no edifício.

Consultation by Appointment Office hour: 10:00 - 19:00 Close on Sun, Tue and Public Holiday

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PEDRO FREDERICO DE SOUSA

A família enlutada de Pedro Frederico de Sousa cumpre o doloroso dever de informar que este seu ente querido faleceu no dia 25 do corrente mês

no Centro Hospitalar Conde de São Januário, aos 79 anos de idade.

Deixa a esposa, Luísa, os filhos Américo, Adelino, Joana, Julieta, as noras Wong Kuan Fu e Anita, o genro Chang Chong In e os netos Daciano, Mariana, Feliciana, Alvina.

Hoje, dia 27, pelas 20 horas, será realizada uma missa de corpo presente na Casa Mortuária Diocesana, junto ao Canídromo.

No dia seguinte, sábado, realiza-se nova missa pelas 11 horas na Capela do Cemitério de São Miguel Arcanjo, seguida de funeral.

A todos quantos se queiram associar a estes piedosos actos, a família enlutada agradece antecipadamente.

RAIMUNDO DO ROSÁRIO DIZ QUE EXECUTIVO ESTÁ A SEGUIR A LEI

Governo não cede na reversãode lotes em Nam VanOs terrenos nas zonas C e D que entram em caducidade em 2016 vão mesmo ser revertidos para o Governo. A garantia foi dada pelo Secretário para as Obras Públicas e Transportes, na sequência das queixas de alguns investidores que temem perdas avultadas

Após ter sido confrontado com queixas de alguns inves-tidores dos lotes nos aterros C e D, junto à Assembleia Legislativa (AL), que temem perdas na ordem das

“centenas de milhares”, Raimundo do Rosário confirmou on-tem que os lotes deverão ser revertidos para a Administração. O Secretário para os Transportes e Obras Públicas frisou ainda que o Governo “está a seguir a lei”.

De acordo com a Rádio Macau, os accionistas enviaram várias cartas ao Executivo reivindicando um tratamento mais justo e soluções que não passem pelos tribunais. Além disso, os investidores acusaram o Executivo de ter retardado o de-senvolvimento de obras nos terrenos concedido à Sociedade de Empreendimentos Nam Van.

“A concessão de terrenos é por 25 anos. E, neste caso con-creto, começou em 1991, acabará em 2016. Não há possibili-dade de eu conhecer as histórias completas de todos os lotes de terrenos. Dito isto, não queria entrar em pormenores, cada caso é um caso e terá a sua própria história e desenvolvimen-to. Portanto, nos termos da actual lei de terras, quando chegar ao fim da concessão não há qualquer possibilidade de renovar. Isto está determinado na lei”, sustentou Raimundo do Rosá-rio, em declarações citadas pela Rádio, à saída de uma reunião na AL.

Relativamente a se haverá abertura, da sua parte, para re-ceber os investidores e ouvir as reivindicações, o governan-te afirmou que uma negociação “neste momento” seria uma perda de tempo. “Como é do domínio público, no dia 30 de Julho do próximo ano, completam os 25 anos. Portanto, já

não há possibilidade daqui até ao fim da concessão fazer algo útil, porque qualquer terreno implica aprovar projectos e fazer obras e daqui até Julho já não é possível”, disse.

Raimundo do Rosário foi ainda questionado sobre a data para a rescisão do contrato com o empreiteiro do parque de materiais e oficina do Metro, mas remeteu os detalhes para o debate sectorial das Linhas de Acção Governativa, entre os dias 9 e 10 de Dezembro.

Secretário considera que negociações “neste momento” seriam uma perda de tempo

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015 JTM | LOCAL 07

Sérgio Terra*

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SEGUNDA INSTÂNCIA CONFIRMOU ABSOLVIÇÃO DOS QUATRO ARGUIDOS

Paulina Santos “chocada” e “admirada” no epílogo do “caso das campas”O famigerado “caso das campas” chegou ao fim, com o Tribunal de Segunda Instância a não dar provimento ao recurso da assistente do processo, confirmando assim a absolvição dos quatros arguidos, incluindo Raymond Tam, ex-presidente do IACM. Embora garanta “respeitar” a decisão do tribunal, Paulina Santos frisa que não se arrepende de nada, critica a postura do Ministério Público e manifesta-se “admirada” com o conteúdo do acórdão. Já a equipa da defesa mostra-se naturalmente “satisfeita” com a absolvição dos seus constituintes

Hotelaria já emprega mais de 50 milNo final de Setembro deste ano o número de trabalhadores a tempo inteiro dos hotéis ultrapassava os 50 mil. Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos revelam ainda que a remuneração média subiu 4,5% no sector

O número de trabalhadores que exerciam funções nos hotéis de Macau atingiu 50.132, no final

do terceiro trimestre deste ano, valor que representa um aumento de 10% face a igual período de 2014. De acordo com dados da Direcção dos Serviços de Es-tatística e Censos (DSEC), o número de funcionários no sector da restauração “e

similares” subiu 16,3% para 27.709. Como motivo foi apontada, sobretu-

do, a entrada em funcionamento de no-vas instalações relacionadas com o jogo e turismo.

A remuneração média dos trabalha-dores dos ramos da hotelaria e restaura-ção subiu 4,5% e 3,8%, para as 14.460 e as 9.200 patacas respectivamente.

O Tribunal de Segunda Instância (TSI) não deu provimento ao recurso apresentado por Pau-lina Alves dos Santos, na qualidade de assis-

tente do processo relacionado com a atribuição de 10 campas no Cemitério de São Miguel Arcanjo. Com esta decisão, que não é passível de recurso, foi con-firmada a sentença do Tribunal Judicial de Base (TJB), que em Julho de 2014 absolveu do crime de prevarica-ção quatro responsáveis do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM): Raymond Tam, antigo presidente do organismo, Lei Wai Nong, vice-presi-dente, Fong Vai Seng, chefe do Departamento dos Ser-viços de Ambiente e Licenciamento, e Siu Kok Kun, ajudante encarregado.

Mais de cinco anos e nove meses após ter levado o caso à Justiça, através da apresentação de uma queixa contra o IACM a 9 de Fevereiro de 2010, Paulina San-tos diz “respeitar” a decisão do Tribunal, mas assegu-ra não estar “nada arrependida” do recurso, até por-que continua a “acreditar nas provas documentais”. E, nesse domínio, volta a deixar reparos à actuação do Ministério Público (MP) no processo.

“A acusação foi feita e elaborada pelo MP e, nas alegações, o seu representante, o procurador-adjunto Paulo Martins Chan, entendeu que os arguidos de-viam ser punidos. Mas, neste caso, o MP não recorreu, o que lamento muito”, disse ontem a advogada ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Manifestando-se “surpreendida” com a ausência de recurso por parte do MP, porque o organismo “tem o direito de o fazer”, Paulina Santos contesta também a justificação dada na altura por Ho Chio Meng, en-tão Procurador. “Fiquei chocada pelo facto do MP não ter feito qualquer recurso. Ho Chio Meng disse que, como a assistente do processo ia recorrer, o MP não o podia fazer, mas não é verdade. Eles podem sempre recorrer”.

Após a leitura da sentença do TJB, a assistente do processo revelou que não pretendia apresentar recurso, por entender que tal diligência caberia pre-cisamente ao MP. No entanto, na véspera do fim do

respectivo prazo, decidiu avançar, porque “o MP não mexeu uma palha”.

Questionada sobre os motivos que poderão ter

motivado a decisão do MP, Paulina dos Santos pre-feriu não se alongar em comentários: “Cada um que tire as suas conclusões. Eu não podia deixar de exer-cer o meu direito, porque tenho a minha dignidade pessoal”.

Por outro lado, diz ter ficado “admirada” com o conteúdo do acórdão do TSI, do qual até ontem à noi-te apenas tinha sido divulgada a versão em chinês. “Costumam publicar os fundamentos e conclusões do recurso, mas o TSI não transcreveu nem uma palavra do meu recurso”, afirmou, ao notar que o mesmo não sucedeu noutros casos, como o da concessão de cinco terrenos junto do Aeroporto que levou à condenação dos empresários Joseph Lau e Steven Lo por corrup-ção para acto ilícito e branqueamento de capitais.

Apesar de não ter vencido a batalha jurídica, Pau-lina Santos assevera estar “muito calma” e até tira al-gumas ilações positivas do longo processo. “Aprendi muito, soube muitas coisas e o povo ficou a aprender as regras de Macau”.

Defesa “satisfeita”com prova de “inocência”

Por sua vez, Álvaro Rodrigues, advogado de Ray-mond Tam, Lei Wai Nong e Fong Vai Seng, congratu-lou-se naturalmente com o desfecho do caso.

“A defesa sempre defendeu a inocência dos argui-dos, o que foi confirmado no Tribunal de Primeira Instância e agora reconfirmado”, disse o causídico ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Álvaro Rodrigues salientou ainda que, a decisão do TSI “veio devolver aquilo que a defesa sempre dis-se, que não tinha havido demora na entrega nos docu-mentos” ao MP por parte dos arguidos.

Depois do caso ter levado o Governo a suspender preventivamente Raymond Tam e Lei Wai Nong, sen-do que, inclusive, a presidência do IACM foi entre-tanto entregue a Alex Vong, o advogado escusou-se, por outro lado, a tecer considerações sobre o eventual impacto do processo no futuro profissional dos seus constituintes. “Não quero entrar por aí. Eu e a minha equipa estamos satisfeitos com a decisão”, disse ape-nas.

* Com C.A.

Paulina Santos diz que aprendeu muito com o processo

Creches e “serviços de idosos” com mais funcionários

No final do terceiro trimestre de 2015 as “creches” e “serviços de idosos” empregavam a tempo inteiro 1.151 e 662 funcionários, respectivamente. Estes valores correspon-dem a aumentos anuais de 18,2% e 5,9%. A remuneração média destes trabalhado-res cresceu também 7,1% e 8%, para 12.640 e 12.320 patacas.

No mesmo período, o número de vagas dos hotéis e restaurantes e simi-lares apresentou quebras relativamente ao mesmo período do ano passado, re-cuando para 1.624, e 2.192, respectiva-mente.

Por outro lado, observou-se ainda que 75,7% dos postos vagos nas “in-dústrias transformadoras” e 72,6% das vagas na restauração requeriam apenas um nível académico inferior ou equiva-lente ao ensino secundário geral.

O domínio do mandarim e do inglês era exigido em 80% das vagas das “ac-tividades de intermediação financeira”, sendo que no caso da hotelaria o pré--requisito existia apenas em 47,2% das vagas.

Também no sector da hotelaria des-ceram, durante o terceiro trimestre, as taxas de vagas (2,5 pontos percentuais) e de rotatividade dos trabalhadores (0,1 pontos percentuais), para 3,1% e 5,2% respectivamente.

Por sua vez, a taxa de recrutamento subiu 1,4 pontos percentuais em com-paração com o mesmo período de 2014, para 8,3%, “indiciando o preenchimen-to de algumas vagas existentes neste ramo de actividade económica”, pode ler-se numa nota da DSEC.

Quanto aos restaurantes, a taxa de vagas fixou-se nos 7,3% e a de rotativi-dade de trabalhadores em 6,6%, repre-sentando uma quebra de 4,3 e 1,1 pon-tos percentuais.

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 201508 JTM | PUBLICIDADE

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015 JTM | LOCAL 09

EVENTO CUSTA CERCA DE 19 MILHÕES

Festival de Luz abarca11 pontos turísticosPela primeira vez, a Direcção dos Serviços de Turismo vai organizar o “Festival de Luz”. O evento coincidirá com a Maratona Internacional e o Desfile por Macau, Cidade Latina

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DSTUm mês de Dezembro mais bri-

lhante é a promessa da Direc-ção dos Serviços de Turismo

(DST) que vai organizar, pela primeira vez, o Festival de Luz de Macau – Via-gem de Luz entre os dias 6 e 31 do pró-ximo mês.

Com o tema “A aventura em Ma-cau da fada da borboleta e os peque-nos elfos”, o festival vai abarcar 11 pontos turísticos dividindo-se entre espectáculos de luzes, instalações lu-minosas e jogos interactivos.

Segundo a DST, o certame vai cus-tar aos cofres públicos cerca de 19 mi-lhões de patacas.

De modo a “congregar componen-tes culturais, turísticas e desportivas, para desenvolver sinergias”, o evento vai coincidir com a Maratona Interna-cional de Macau e o Desfile por Ma-cau, Cidade Latina, salientou a direc-tora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes.

Na conferência de imprensa de on-tem sobre o festival, a directora da DST anunciou que o território vai ser palco de espectáculos de vídeo “mapping”

a 3D, nos quais serão projectadas ima-gens sobre a história dos monumentos e o ambiente cultural chinês e ociden-tal nas fachadas da Igreja de S. Domin-gos, Ruínas de S. Paulo, Santa Casa da Misericórdia e Templo de A-Má.

Por sua vez, as instalações lumino-sas vão estar distribuídas pelo Largo do Senado, Largo da Sé, Largo de San-to Agostinho, entre outros.

O Festival de Luz decorrerá entre as 19:00 e as 22:00, e conta com a co-orga-nização do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.

Cumprindo a tradição de convidar anualmente um artista para desenvol-ver a sua veia artística, a Fundação Oriente escolheu a designer portugue-sa Sofia Bobone para uma exposição a solo que terá lugar na Casa Garden. De acordo com a Delegação de Macau da Fundação Oriente, trata-se da primeira exposição individual de Sofia Bobone.

Em Macau desde 1997, a artista portuguesa estreia-se na Casa Garden com uma colectânea de quadros onde os corpos femininos e o cavalo afigu-ram-se como as personagens centrais da mostra.

Por sua vez, a mensagem subjacen-te às telas de Sofia Bobone transmite a “ideia de beleza, grande força e sen-sualidade”, através de um equilíbrio entre o abstracto e o figurativo.

Sofia Bobone trabalha como free-lancer em design gráfico e de jóias sen-do que também assume funções como artista plástica. Licenciada em design visual, adquiriu o gosto pela pintura em 2013 quando começou a frequentar cursos de pintura no Museu da Arte de

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EXPOSIÇÃO PATENTE ATÉ 10 DE JANEIRO

Beleza e força pintadas por Sofia BoboneA convite da Fundação Oriente, a designer Sofia Bobone vai expor uma colecção de pinturas em que a mulher e o cavalo são os eixos centrais da mostra e símbolos da força, sensualidade e beleza. A inauguração ocorrerá na próxima quinta-feira

Macau e na Casa de Portugal. No ano passado, a artista foi convidada pelo Venetian para criar um cavalo para a parada do Ano Novo Chinês.

Para além dessas iniciativas, a de-signer foi coordenadora do departa-mento de assuntos culturais do IPOR, e co-fundadora, em 2005, da Macau BannerBag, uma empresa de recicla-gem.

A mostra tem estreia agendada para quinta-feira, dia 3, e ficará paten-te na Casa Garden até 10 de Janeiro de 2016.

C.A.

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10 JTM | LOCAL Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015

PORTUGUÊS É UM DOS CONVIDADOS DA “HOUSE OF MAGIC” DO STUDIO CITY

A magia “pessoal e intransmissível” de Luís de Matos16 anos depois, Luís de Matos volta a espalhar magia por Macau. Desta feita, integrando um painel de cinco mágicos no âmbito do projecto “House of Magic” centrado em Franz Harary, no Studio City. Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o mágico português, cuja carreira está repleta de prémios e distinções, orgulha-se da “permanente inquietude” e não se arrepende de nada

Seis espectáculos diários de pura magia preenchem a “House of Magic” do Studio City, projecto liderado pelo ilusionista Franz

Harary que se faz acompanhar por mais quatro artistas. Entre eles está o único português, Luís de Matos.

O convite para regressar ao território foi feito há um ano, mas a amizade com o principal ilusio-nista do evento já vem de outros tempos.

“Conheci-o em 1994. Estava no Japão e vi um cartaz a anunciar um espectáculo de magia por este senhor, numa estação de Metro. Fiz três ho-ras de viagem de comboio para ver o espectáculo de magia deste senhor que eu não conhecia. No final cumprimentei-o, conversámos. Franz convi-dou-me para ficar por lá e acabámos por perma-necer mais três dias, a falar de magia, a comer donuts e a dormir num hotel tipicamente japo-nês, no chão, a falar do espectáculo...foi extraor-dinário”, contou Luís de Matos, em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Dois anos depois, Franz Harary esteve em Portugal, a convite do mágico português, e desde então o contacto manteve-se e o reencontro deu--se agora, nove anos depois. “Ele telefonou-me, no Natal, a dizer que ia fazer um espectáculo e disse ‘estás no topo das minhas prioridades, faz todo o sentido que faças parte deste projecto’”, recordou, explicando que, além da amizade entre os dois, Harary destacou a ligação histórica de Macau a Portugal.

“E aqui estou eu, a divertir-me imenso. É fan-tástico porque é uma forma de rever um amigo, de regressar a Macau e estar num sítio verdadei-ramente singular e muito arrojado. É interessan-te para os espectadores e para nós, artistas, mas sobretudo para a arte mágica em geral”, consi-derou.

Luís de Matos visitou Macau em 1999, altura em que apresentou uma série de espectáculos no Centro Cultural. Afirmando que é sempre bom voltar, sublinha que “está a ser um período fan-tástico”.

“Foram quatro noites no Centro Cultural, es-teve esgotadíssimo e foi extraordinário. Desde então não voltei e tinha muita curiosidade em perceber até que ponto é que a nossa herança ia ser respeitada. Fico sempre muito orgulhoso em ver tudo em português até porque é uma prova de respeitarmos os nossos antepassados”.

Sobre este reencontro com o território e a pró-pria ligação portuguesa, o ilusionista aproveitou para partilhar uma história. “Há dias fomos jan-tar com uns amigos mexicanos, íamos a conver-sar no carro e a dada altura parei de falar. Foi uma sensação estranhíssima. Saímos aqui da rua dos hotéis, da ‘Las Vegas da Ásia’, e parei a meio de uma conversa porque de repente parecia que estava em Lisboa ou em Coimbra. Mas não, es-távamos na Taipa. Aquilo é Portugal. A sensação foi muito difícil de explicar. E isso é bom”.

Sair da zona de confortoSe há uma característica que define Luís de

Matos e todas as suas actuações é a comunicação verbal que estabelece com o público. Mas, uma das condições “impostas” para os espectáculos de 15 minutos, no auditório “The Majestic”, é tudo menos isso. Se foi um desafio aceitar? “Sim, completamente”.

“Franz tinha receio que eu não aceitasse. Es-colhi fazer isto porque o projecto parece-me ex-tremamente interessante e inovador, e acho que é uma experiência fantástica pela qual passam os espectadores que assistem a quatro espectáculos altamente interactivos e surpreendentes. As pes-soas vão descobrindo quase como se fosse um parque de atracções, um labirinto que vão desco-brindo”, considerou.

Sublinhando que se trata de “uma viagem pelo

mundo da magia onde as pessoas vêem vários es-tilos e várias formas de estar em palco”, num am-biente criado de raiz para essa experiência, consi-dera “entusiasmante” fazer parte do projecto.

No total, Luís de Matos proporciona cinco composições mágicas, todas elas diferentes e mu-sicais, mas que foram pensadas para criar um único contexto. “O que fiz foi olhar para um con-junto de ilusões que criei nos últimos quatro ou cinco anos e perceber qual seria a melhor mistura para fazer. São cinco composições com as quais me identifico muito e não me envergonho porque me são muito caras”.

“O princípio deste espectáculo é uma ilusão com que inicio outro espectáculo com o qual te-mos feito digressão mundial, o ‘Illusions 2.0’, desde a ‘Sydney Opera House’, na Austrália, até ao Dubai. Portanto, apesar de serem 150 pessoas num pequeno teatro, não significa que o espectá-culo tenha menos dimensão. Pelo contrário, acho que a proximidade e a sensação que cada especta-dor tem de poder esticar o braço e tocar em tudo aquilo que está a acontecer no palco faz com que seja possível criar ilusões que habitualmente são feitas a uma grande distância”.

E foi precisamente esse um dos principais de-

Acho que estou sempre no princípio da minha carreira. Faço cada espectáculo como se fos-se o último e o primeiro porque um dia vai mesmo ser o último. E eu quero que seja o melhor que eu

tenha feito

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JTM | LOCAL 11 Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015

PORTUGUÊS É UM DOS CONVIDADOS DA “HOUSE OF MAGIC” DO STUDIO CITY

A magia “pessoal e intransmissível” de Luís de Matos16 anos depois, Luís de Matos volta a espalhar magia por Macau. Desta feita, integrando um painel de cinco mágicos no âmbito do projecto “House of Magic” centrado em Franz Harary, no Studio City. Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o mágico português, cuja carreira está repleta de prémios e distinções, orgulha-se da “permanente inquietude” e não se arrepende de nada

mundo da magia onde as pessoas vêem vários es-tilos e várias formas de estar em palco”, num am-biente criado de raiz para essa experiência, consi-dera “entusiasmante” fazer parte do projecto.

No total, Luís de Matos proporciona cinco composições mágicas, todas elas diferentes e mu-sicais, mas que foram pensadas para criar um único contexto. “O que fiz foi olhar para um con-junto de ilusões que criei nos últimos quatro ou cinco anos e perceber qual seria a melhor mistura para fazer. São cinco composições com as quais me identifico muito e não me envergonho porque me são muito caras”.

“O princípio deste espectáculo é uma ilusão com que inicio outro espectáculo com o qual te-mos feito digressão mundial, o ‘Illusions 2.0’, desde a ‘Sydney Opera House’, na Austrália, até ao Dubai. Portanto, apesar de serem 150 pessoas num pequeno teatro, não significa que o espectá-culo tenha menos dimensão. Pelo contrário, acho que a proximidade e a sensação que cada especta-dor tem de poder esticar o braço e tocar em tudo aquilo que está a acontecer no palco faz com que seja possível criar ilusões que habitualmente são feitas a uma grande distância”.

E foi precisamente esse um dos principais de-

safios. No entanto, o impacto dessa proximidade tem sido positivo.

“Olhar para um aquário que está vazio e que de repente fica cheio com 250 peixes? Isto causa impacto na Sidney Opera House. Mas, o impacto é maior ainda quando percebemos que ‘está mes-mo ali’. É um dos momentos mais reconfortantes dos espectáculos. Primeiro, porque é a primeira ilusão e porque não importa se é um público mais calado, participativo, jovem ou mais velho. No momento em que aqueles peixes aparecem, a sala faz, num uníssono, ‘ahhhh’ e não preciso de mais nada. Dá-me a energia para continuar os outros quatro momentos”, explica.

O mágico optou também por trazer outros truques que, no fundo, possibilitem mostrar o melhor do artista num período limitado de tem-po, 15 minutos, “utilizando as contingências mas também as vantagens dessa proximidade e de um público que vem claramente para ver magia”. “Chega ao final e leva uma colecção de emoções interessantes para as quais eu, de alguma forma, contribuo”, considerou.

“Há um outro momento muito intimista, em que estou à frente da cortina com quatro cartas de jogo e que é precisamente a mesma ilusão que

fiz durante um mês e meio, este ano, em Londres, num teatro com 1.500 lugares. Depois faço uma ilusão com areias e água que, de alguma forma, se transformou em algo que é mais ou menos ca-racterístico e que as pessoas me associam a essa imagem. Faço também uma ilusão com um jor-nal local chinês - não sei o que diz - e acabo com uma composição em que o tripé do microfone é transformado numa bailarina com uma cabeleira e uns óculos todos estranhos e que acaba com ela a levitar e dançar”, esclareceu.

“Somos tão bons quanto o último espectáculo”

É um facto. O nome Luís de Matos é associado a distinções como “o mágico do ano”, “o mágico da década” ou o “melhor entertainer”. No entan-to, essas “bengalas” não o conformam, enquanto artista.

“O que mais me orgulho é de uma permanente inquietude e da tentativa de auto-superação. Isso é o segredo. No momento em que pararmos para contemplar o que fizemos perdemos a noção, co-meçamos a acreditar que o que fizemos é especial e uma obra acabada. E isso é dramático, um suicí-dio. Essa inquietude de fazer mais e melhor, e di-ferente, é aquilo de que mais me orgulho”, disse.

Por outro lado, Luís de Matos assegura que, mesmo que pudesse, não apagaria nada da carrei-ra. “É claro que aconteceram coisas das quais não me orgulho, mas contribuíram para que eu esteja agora aqui”, afirmou.

Por ter uma vida acelerada graças a uma agen-da sempre recheada de actuações por toda a parte do mundo, Luís de Matos considera que tal facto acontece por gostar muito daquilo que faz. “Nes-

se ponto eu sou altamente privilegiado”, frisou. E, nesse sentido, assevera ainda que está

“sempre no início da carreira”. Para além de es-tar sempre grato ao público que o acompanha, o mágico sublinha que o truque está em dar sempre o máximo.

“Eu acho que estou sempre no início da mi-nha carreira. Faço cada espectáculo como se fosse o último e o primeiro porque um dia vai mesmo ser o último. E eu quero que seja o melhor que eu tenha feito”, salienta.

Por outro lado, a profissão de mágico é, de certa forma, comparável à dos gladiadores da Roma Antiga “por uma razão muito simples”, disse. “Eles iam combater com um leão, e tinham duas hipóteses: ou ganhavam ou perdiam. E qual era o prémio que tinham? No dia seguinte, voltavam a lutar com um leão, provavelmente mais forte. E eu acho que é o que acontece nesta área. Somos tão bons quanto o último espectácu-lo. E, por isso, se alguém vier ver um espectácu-lo meu e se aquilo for muito mau, não importa quantos prémios ou programas de televisão. Se as pessoas não gostarem esse é o meu valor, nes-se dia”, reflectiu.

“Quando o espectáculo começa, já estou pro-fundamente grato às pessoas porque elas já me deram tudo e eu ainda não lhes dei nada. Dei-lhes a promessa que vou tentar fazer o melhor que pu-der. É um excelente exercício de humildade para quem está em cima do palco e depois estabelece as regras do jogo”, concluiu.

A abertura oficial do espectáculo “House of Magic” está agendada para 2 de Dezembro, a par-tir das 11:30, no Studio City.

C.A.

Acho que estou sempre no princípio da minha carreira. Faço cada espectáculo como se fos-se o último e o primeiro porque um dia vai mesmo ser o último. E eu quero que seja o melhor que eu

tenha feito

No momento em que pararmos para contemplar o que fizemos perdemos a noção, começamos a acreditar que o que fizemos é especial e uma obra acabada. E isso é dramático, um suicídio.

Essa inquietude de fazer mais e melhor, e diferente, é aquilo de que mais me orgulho

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 201512 JTM | LOCAL

ESTRELA MUNDIAL AUSENTE DE COMPETIÇÃO DE BADMINTON

Lee Chong Wei vem todos os anos a Macaumas cansaço impede-o de alinhar no OpenDecorre até domingo mais uma edição do Open de Badminton de Macau, que não conta com os melhores do ranking mundial. O número três, Lee Chong Wei, veio ao território, mas só de visita

Vítor Rebelo

Os amantes do Badminton têm durante estes dias uma exce-lente oportunidade para pre-

senciar jogos de bom nível, apesar de serem poucas as vedetas internacio-nais que se deslocam a Macau, ao con-trário, por exemplo, do que acontece no Open de Squash, onde anualmente se podem ver vários jogadores do top mundial.

Por muito esforço que faça a or-ganização do Open de Badminton, o facto da prova da RAEM se realizar nesta altura, em final de temporada e principalmente depois dos torneios de Paris, China e Hong Kong, impede a vinda dos principais jogadores.

“Não podemos evitar a desistên-cia de alguns dos atletas de grande plano, porque eles chegariam muito cansados a Macau e precisam de des-cansar depois de uma época muito preenchida. Eles muitas vezes querem vir ao nosso Open, mas os seus con-tratos e os ‘sponsors’ não permitem, uma vez que os jogadores têm de ter algum tempo de repouso”, começou por referir ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, Maria Carvalho, presidente da Assembleia Geral da Associação de Badminton de Macau e uma das prin-cipais responsáveis por esta prova es-tar de pé há 10 anos.

No que diz respeito ao antigo nú-mero um mundial, Lee Chong Wei, os dirigentes do Open da RAEM fazem sempre questão de o ter entre os ins-critos, mas o malaio chega a esta altu-ra sobrecarregado de torneios e habi-tualmente desiste.

“Lee Chong Wei disse-nos há uns meses que, em princípio, viria a Macau para jogar, mas já durante o Open de Hong Kong, que acabou por ganhar, se ficou com a ideia de que seria difícil fazer ainda mais um torneio. Acabou por desistir e pediu desculpa. Ele gosta de vir a Macau e como prova disso faz questão, mesmo não jogando, de ficar por cá alguns dias, participa no jantar de boas-vindas e assiste a alguns desa-fios. Este ano voltou a ser assim”, ex-plicou a mesma responsável.

Lee Chong Wei foi durante vários anos o número um do mundo, mas um controlo anti-doping positivo, detectado em 2013 nos Mundiais de Copenhaga, na Dinamarca, levou a Federação Internacional de Badmin-ton a penalizá-lo em oito meses de suspensão, que se iniciou em Agosto de 2014, já não tendo participado nos Jogos Asiáticos na Coreia do Sul.

Esteve por isso ausente de todos os torneios a contar para o ranking, daí ter sido obrigado a ceder a primeira posição ao chinês Chen Long, descen-do para o trigésimo posto.

Aos poucos e apesar dos seus já 33 anos, Lee foi regressando aos primei-ros lugares e actualmente é terceiro, atrás do dinamarquês Jang O Jorgen-

sen e do líder, o chinês Chen Long, a quem derrotou nos quartos-de-final do Open de Hong Kong, na semana passada, na caminhada para mais um título.

“Ele está à procura de recuperar o número um do ranking mundial e quer assegurar a sua presença nos Jo-gos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano. Se ele tivesse perdido em Hong Kong, provavelmente viria jogar a Macau, por causa dos pontos”, concluiu Maria Carvalho.

Recorde-se que Lee Chong Wei, duas vezes medalha de prata em Jogos Olímpicos, jogou efectivamente em al-gumas edições do Open de Macau, a última das quais em 2013, tendo aver-bado dois títulos, em 2009 e 2010.

Decepção indianaNo que diz respeito ao andamen-

to da competição, que atinge amanhã os quartos-de-final, a grande surpresa foi a eliminação, logo na eliminatória inaugural de singulares masculinos, do indiano Kidambi Srikanth, posicio-nado no lugar número sete do ranking internacional.

Srikanth, que bateu o chinês Lin Dan no Open da China, foi agora sur-preendido em Macau pelo indonésio Jonatan Christie (21/16 e 23/21), que apareceu no torneio do território sem qualquer estatuto de cabeça-de-série.

Mas já ontem, num dos quatro “courts” instalados no Pavilhão do Tap Seac, Jonatan foi afastado pelo sul-coreano, Jeon Hyeok Jin, décimo terceiro pré-designado, pelos parciais de 21/18 e 21/19, por isso numa parti-

da equilibrada.Depois do afastamento de Srikan-

th, o chinês Tian Houwei, segundo fa-vorito, passou a ser considerado como o principal candidato ao título, es-tando já entre os qualificados para os quartos-de-final, após o triunfo sobre o compatriota Lin Guipu, por 21/16, 12/21 e 21/7, em desafio que durou uma hora e três minutos.

Pior sorte teve o quarto cabeça-de--série, Son Wan Ho, da Coreia do Sul, derrotado pelo indonésio Mustofa Maulana (21/15 e 26/24).

Sindhu quer o triO quadro feminino começou com

uma baixa, por lesão, da principal fa-vorita, a tailandesa Ratchanok Inta-non, que torceu um pé.

Assim quem assumiu a lideran-ça da lista foi a japonesa Akane Ya-maguchi, que ontem à tarde obteve mais uma vitória, no confronto com a norte-americana, de origem chinesa, Beiwen Zhang (21/14, 19/21 e 21/17).

Em frente seguem igualmente as números quatro e cinco, respectiva-mente Bae Yeon Ju (Coreia do Sul) e Pusarla Venkata Sindhu (India), ten-do ganho a Jan Mi Lee, também sul--coreana (21/15 e 21/11) e a Lindawe-ni Fanetri, da Indonésia, por 21-17 e 21/18.

De referir que Sindhu é a actual detentora do título, tendo ganho em Macau nos dois últimos anos, procu-rando por isso o tri, ela que ocupa nes-ta altura o décimo segundo lugar do ranking mundial.

De resto, na jornada de ontem, des-

taque para o afastamento, em pares mulheres, da dupla japonesa, formada por Fukuman Naoko e Yonao Kurumi, batida pela sua congénere da Malásia, onde alinharam Poon Lok Yan e Tse Ying Suet (21/19 e 21-17).

Programa cheioPara a ronda de hoje, a começar às

12:30 no Tap Seac, há um confronto que se antevê interessante, em singu-lares senhoras, entre Bae Jeon Ju da Coreia do Sul, quarta cabeça-de-série, e a sexta candidata, a japonesa Mitani Minatsu.

Enquanto isto, a Indiana Sindhu vai ter de defrontar a chinesa Chen Yufei, sem qualquer estatuto de pré--designada.

Nos homens, singulares, Tian Hou-wei, segundo cabeça-de-série, terá certamente o público de Macau do seu lado, para o jogo de acesso às meias--finais, diante do sul-coreano Seung Jae Seo, partida agendada para depois das 19 horas.

Durante a tarde realizam-se tam-bém diversos jogos de pares e em evi-dência, nos homens, mesmo a termi-nar o programa do dia (cerca das 19 e 40, certamente com bastante público nas bancadas), estará o confronto en-tre os chineses, quintos pré-designa-dos, Li Junhui e Liu Yuchen, e os sul--coreanos Ko Sung Hyun e Shin Baek Cheol, segundos cabeças-de-série.

Esta derradeira ronda do campeo-nato anual da Badminton World Fede-ration (BWF), integrada no Grand Prix Gold Series, fecha no domingo com as finais de cada uma das cinco categorias.

Lee Chong Wei conquistou duas medalhas de prata em Jogos Olímpicos e foi durante vários anos o número um do mundo

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015 JTM | DESPORTO 13

Costa Santos SR.Exclusivo para o JTM

Violetado Rosário 27

Classificação

Marquesda Silva 25

SérgioPerez 29

VictorMarreiros 26

PedroSantos 32

AnaCardoso 31

BeatrizConceição 25

HelenaBrandão 33

SilviaFerrão 26

JoãoD’Assumpção 26

Barómetroda Liga

JORNADA RECHEADA DE PONTOSAna Cardoso viu a vice-liderança,

que já mantinha por algumas jornadas, ser reclamada e tomada

por Pedro Santos que nesta décima ronda alcançou o feito de totalizar

oito pontos nos palpites dados. Outro participante em destaque foi Beatriz Conceição que conseguiu aproximar-se e até igualar um dos adversários mostrando o quanto

é cedo para que sejam delineados qualquer tipo de prognósticos

na corrida ao pódio. Analisando os palpites dados para a décima

primeira jornada da Liga Portugue-sa de futebol, os participantes do

Barómetro variam apenas no duelo entre o Sporting de Braga e o Ben-fica, inclinando-se a maioria para uma vitória bracarense frente às

“águias”, os restantes num empate em casa. Nos outros jogos, as vitó-rias do FC Porto e do Sporting não

oferecem qualquer contestação entre os palpites do nosso plantel.

Tondela vs FC Porto

Sporting vs Belenenses

1-1

1-3

0-3

0-2

0-4

1-3

0-2

0-2

0-3

0-3

0-3

2-1

2-1

2-0

2-0

2-0

2-1

2-0

2-1

3-0

Braga vs Benfica

3-0

1-1

1-0

1-1

1-1

1-1

1-1

1-1

1-1

2-1

Passados os jogos da selecção e os jogos europeus, regressa a Liga Portuguesa, agora na 11ª jornada.

A abrir, no Funchal, esse eterno derby da ilha, com os maritimistas a subir o monte para jogar na Choupana, se o nevoeiro não pregar a partida do cos-tume.

O Marítimo não pode voltar a tropeçar, mas Manuel Machado, tem por hábito pregar partidas aos “vizi-nhos”. Sem dúvida que um bom jogo para apimentar a jornada.

Mas há mais: em Setúbal, num ambiente algo in-tranquilo face à condenação de Fernando Oliveira por dividas do clube à Segurança Social, recebe-se o União da Madeira, outro dos ilhéus que disse adeus à Taça. Como para Norton de Matos importam, os pontinhos do campeonato, urgentes para tranquilizar os adeptos e garantir a manutenção, está em vista um jogo rasga-dinho.

Outra aflição acontecerá no Bessa, com Sérgio Con-ceição a ter de fazer com que a sua equipa demonstre, no sintético, que está de regresso ao trilho vitorioso. Resta saber se Petit e os seus meninos, desaproveitarão o factor casa.

A viagem do FC Porto a Tondela, não constituindo um passeio turístico ao interior do País, também não deve trazer qualquer percalço que determine perda de pontos. A jornada europeia já lá vai e para Lopetegui o importante é não deixar que o líder classificativo pos-sa alargar a sua vantagem se, evidentemente, cumprir com êxito a tarefa que a “agenda” marca.

Interessante, também, deve ser o jogo de Coimbra, tendo o Arouca como visitante. Para os estudantes, será crucial a obtenção dos três pontos, mas não nos parece que os pupilos de Lito Vidigal estejam na disposição de esbanjar esse pecúlio e atrasar-se na classificação.

Também na “capital do móvel”, o Paços de Ferrei-ra recebe esse Estoril que tem dada “água pela barba” aos adversários que já deixou pelo caminho. Os “cana-rinhos”, com um estilo de jogo simples, com excelente circulação de bola, têm-se mostrado uma equipa que não tem “autocarros”, antes procura chegar-se à baliza contrária e acertar no alvo.

Por fim, para uma segunda feira bem composta, o segundo derby lisboeta, com o Sporting a receber o Be-lenenses, do seu “leão” Sá Pinto. Antes de mais apos-tamos, singelo contra dobrado, que irá ser um jogo de encher o olho, com Jorge Jesus a não dar tréguas a nin-guém e a querer aproveitar a embalagem para se man-ter tranquilo na dianteira.

Em Braga… muita coisa em jogo: desde logo o dese-

LIGA PORTUGUESA

Fim de semana apimentadoPortugal, regressa o campeonato. E não regressa “frio”, bem pelo contrário. A abrir, um derby insular e a fecha, o outro derby lisboeta e a “quente” viagem do Benfica a Braga

jo de subir ao terceiro lugar mesmo que o Benfica vença o jogo em atraso, na Madeira, com o União, e a posição de Rui Vitória que com uma derrota mais, dificilmente resistirá à onda de descontentamento que já grassa pe-las bancadas da Luz.

*Jornalista Desportivo em Portugal

Apesar do empate Benfica apurou-se para os oitavos da Champions

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 201514 JTM | ACTUAL

VENTOS DO NORTE

A epidemia de HIV/AIDS que tem atacado par-ticularmente os jovens estudantes chineses, espe-cialmente os homens, abrange uma população que perfaz um número quatro vezes superior ao valor registado há sete anos, diz o especialista mais bem referenciado na área. A China registou mais de 3,400 novos casos de HIV/AIDS este ano na popu-lação estudantil, sendo que em 2008 o número foi de 779, disse Wu Zunyou, líder do Centro Nacional de Controlo e Prevenção de HIV. Durante o mesmo período, o número de casos da população em geral quase dobrou, disse, citando os dados do sistema de controlo epidémico em tempo real. Há 110,000 no-vos casos de HIV na China este ano. De acordo com Wu, a maioria dos estudantes infectados são homens com idades compreendidas entre os 18 e os 22 anos, e cerca de 81% destes contraíram a doença através de relações homossexuais. Em comparação, as relações sexuais heterossexuais ainda excedem as homosse-xuais como via de transmissão entre homens e mu-lheres da mesma faixa etária. Geograficamente, as províncias de Sichuan, Jiangsu e a capital Pequim, são as que registam um maior número de ocorrên-cias de estudantes afectados pelo problema. Dos es-tudantes infectados, 83% estão sob tratamento antir-retroviral, e mais de 90% estão cobertos por serviços como supervisão de desenvolvimento patológico e intervenção comportamental.

Mais estudantes afectados por HIV

Adquirida concessão de centrais no Brasil A China Three Gorges (CTG), maior accionista da EDP (Energias de Portu-gal), arrematou em leilão os direitos para operar duas importantes cen-trais hidroelétricas no Brasil, anun-ciou a Agência Nacional de Energia Eléctrica brasileira. O negócio prevê o pagamento de 13,8 mil milhões de reais (3,4 mil milhões de euros) ao Estado brasileiro pelos direitos de concessão por 30 anos das centrais da Ilha Solteira e da Jupia, localizadas nos estados São Paulo e Mato Gros-so do Sul. Aquelas instalações são as duas maiores entre as 29 centrais hidroeléctricas cujos direitos de ope-ração foram leiloados na quarta-feira, num negócio que rendeu 4,2 mil mi-lhões de euros ao Brasil.

Reduzida pena a jornalistaO Tribunal Supremo de Pequim anunciou a redução, de sete para cin-co anos, da pena de prisão imposta à jornalista e crítica do Governo chinês Gao Yu, após ter ouvido o seu apelo na terça-feira. A deliberação final foi avançada por um dos advogados de Gao, Shang Baojun, através da sua conta numa rede social chinesa. Há

alguns meses, os advogados tinham advertido para a deterioração da saúde de Gao, que sofre de hiper-tensão e de um problema crónico que afecta o ouvido interno. Com 71 anos de idade, Gao Yu, que se des-tacou como jornalista pelo acesso a fontes importantes, inclusive dentro do Partido Comunista Chinês (PCC), fora condenada em Abril a sete anos de prisão por “revelação de segredos de Estado”.

Extraditados 91 acusados de corrupçãoUm total de 91 pessoas procuradas pela China além-fronteiras, por ale-gados casos de corrupção, foram ex-traditadas de volta para o país desde outubro do ano passado, avançou ontem o China Daily. Estas pessoas são suspeitas de envolvimento em casos de corrupção que, no total, ascendem a 776 milhões de yuan, segundo dados da Procuradoria Popular Suprema da China citados pelo jornal. A “caça ao homem” in-ternacional faz parte da campanha anticorrupção lançada no país pelo atual Presidente, Xi Jinping, desde que ascendeu ao poder, em 2012, e é directamente tutelada pela comissão de disciplina do Partido Comunista

Chinês. No ano passado, a China pu-blicou uma lista com os cem fugitivos mais procurados, que passaram as-sim a estar sujeitos aos avisos verme-lhos emitidos pela Interpol, um me-canismo internacional de localização e detenção para extradição.

13 milhões de pessoas sem HukouA China quer dar autorização de re-sidência (Hukou) a 13 milhões de pessoas que não estão registadas na administração pública do país, privando-as assim de vários serviços básicos, como o acesso à educação e saúde pública. Segundo o China Dai-ly, o ministro da Segurança Pública chinês, Guo Shengkun, presidiu no sábado passado a um encontro, ten-do vincado que a ausência de uma solução acarretará o aumento da ins-tabilidade social e desigualdade. Em 2010, havia 13 milhões de chineses sem ‘Hukou’, segundo o Censo De-mográfico chinês, mas o número real é desconhecido, e, provavelmente, muito maior, devido às dificuldades inerentes ao cálculo da maior popu-lação do mundo. No conjunto, este valor corresponde a 1% da popula-ção chinesa, que não tem assim aces-so a múltiplos serviços públicos.

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015 JTM | ACTUAL 15

BRASILO Estado do Rio de Janeiro aprovou ontem uma lei que garante o direito das mães de amamentar seus filhos em estabelecimen-tos públicos, à margem de suas próprias normas, informaram fontes oficiais. Esta lei impedirá que estabelecimentos como lojas, bares e restaurantes proíbam as mulheres de amamentar os seus bébés em público.

VENEZUELAUm político opositor venezuelano foi assas-sinado por um disparo durante um evento de campanha no qual também participava Lilian Tintori, esposa de Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular, em Alta-gracia de Orituco, no centro da Venezuela, segundo fontes do partido. O jovem iden-tificado como Luis Manuel Díaz, secretário--geral do partido Acção Democrática (AD), foi assassinado “por disparo (de) arma de fogo”.

COREIASRepresentantes da Coreia do Norte e da Co-reia do Sul reuniram-se ontem para organi-zar um próximo encontro bilateral de alto nível que permita impulsionar as relações entre os dois países em linha com o acordo alcançado em Agosto. Três delegados de Seul e outros três de Pyongyang iniciaram o encontro na aldeia fronteiriça de Pan-munjom – no lado norte-coreano – pouco antes das 13:00 (04:00 em Lisboa), do qual se espera que saiam detalhes relativos à próxima reunião de alto nível, como a data ou os temas de interesse mútuo a debater.

TIMORUm padrão construído pelos alunos timo-renses e portugueses da escola portuguesa Ruy Cinatti, em Díli, foi ONTEM inaugura-do para assinalar os 500 anos da chegada de navegadores portugueses às costas de Timor-Leste. “A cruz de cristo, sinal de uma evangelização que começou há 500 anos com frutos no presente, como exemplo de amor sofrido, tolerância e respeito pelo outro, e a língua que nos une, são razão primeira para esta associação a um tempo tao importante”, disse o diretor da escola, Acácio de Brito.

JAPÃO-IO Ministério da Saúde japonês aprovou, pela primeira vez, a utilização médica de uma armadura robótica para as pernas destinada a ajudar pessoas com doenças como esclerose lateral amiotrófica ou dis-trofia a caminhar e exercitar os músculos. A armadura HAL de uso médico é o primeiro dispositivo do tipo que o Governo japonês autoriza para venda a empresas do setor da saúde, segundo informa hoje o jornal eco-nómico Nikkei. Os sensores ligados à coxa e a outras partes do corpo detetam sinais débeis do sistema nervoso e ordenam à ‘armadura’ que cobre as pernas que ajude imediatamente, mediante o uso dos seus motores, ao movimento pretendido.

JAPÃO-IIA guarda costeira e a polícia japonesa en-contraram 25 corpos nas costas do Japão desde Outubro que acreditam serem de norte-coreanos. Todos os corpos estavam em barcos à deriva, segundo informou on-tem a televisão pública NHK. Várias destas embarcações de madeira transportavam equipamentos de pesca e no casco esta-vam inscritos caracteres coreanos, tal como nas roupas, que, em muitos casos, indica-vam pertencer ao Exército Popular da Co-reia do Norte ou ao Departamento de Se-gurança Estatal, a polícia secreta do regime norte-coreano.

VOLTA AOMUND

PORTUGAL

Vários sectores esperammelhorias do novo GovernoPrograma da Educação tranquiliza sindicatos mas há questões a negociar. Juízes, políciase médicos também esperam melhorias, diz o Diário de Notícias

TURQUIA

Presidente nega saber-se que avião era russoO presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que a Turquia não identificou a aeronave derrubada na terça-feira como um jacto russo e que, pelo lado turco, não haveria escalada na tensão, advertindo, contudo, a que não se viole mais a fronteira turca com a Síria.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse na quarta-feira, que o segundo piloto que se ejectou do avião Su-24 foi encontrado com vida e está bem, ten-

do já regressado a uma base aérea russa na Síria.O outro piloto do avião russo foi morto quando estava

no ar, de paraquedas, ao ser atingido por disparos vindos do solo, como se vê em vídeos mostrando rebeldes a disparar contra o piloto enquanto ele descia. A televisão estatal russa mostrou imagens dos rebeldes comemorando, o corpo do pi-loto morto.

Erdogan disse que dois jactos de nacionalidade não iden-tificada violaram o espaço aéreo turco na manhã de terça--feira. Um deles deixou o território turco e o outro continuou a violar a área, mesmo após 10 advertências lançadas num intervalo de cinco minutos. As autoridades turcas só soube-ram que era um avião russo após as declarações da Rússia, segundo a autoridade.

“Desde há muito que temos feito um grande esforço para evitar esse tipo de acidente, falando com todos os países rele-vantes”, disse o presidente. “A razão para que um incidente como esse não tenha ocorrido até ontem [terça] é porque a Turquia levou ao máximo sua paciência para manter uma postura calma.”

Reforçando que a Turquia não tolerará ataques à sobe-

rania, Erdogan, salientou que Ancara não tinha a intenção de dar combustível para a tensão. “Não temos intenções de agravar este incidente. Estamos somente a defender a nossa própria segurança e os direitos dos nossos irmãos”, disse.

O presidente também criticou países pelo apoio ao presi-dente sírio, Bashar al-Assad, sem nomear os principais par-tidários do regime sírio: a Rússia e o Irã. Erdogan disse que, seja quem for, os que apoiam o regime de terrorismo estatal de Damasco são culpados da mesma opressão.

Rússia e Turquia têm posições diferentes sobre o confli-to na Síria. Embora ambos se declarem inimigos do grupo terrorista Estado Islâmico, turcos querem o fim do líder sírio Bashar al-Assad, enquanto russos defendem a sua perma-nência e, por isso, atacam rebeldes oposicionistas.

Estas operações militares no noroeste da Síria, não têm nada a ver com a luta com o Estado Islâmico, disse Erdogan. Para ele, a campanha aérea russa na Síria está a gerar um novo influxo de refugiados.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o avião foi atacado quando estava a um quilómetro dentro da Síria e alertado sobre “consequências sérias”, as quais chamou de uma facada nas costas administrada por “cúmplices de ter-roristas”.

Segurança, Justiça, Educação e Saú-de. Quatro áreas essenciais para qualquer governo, ainda mais

numa época de dificuldades económi-cas por serem os sectores que mais fun-cionários públicos englobam. O que irá mudar? Quais os problemas pela fren-te? O DN procura fazer o retrato dos desafios que se colocam a estes minis-térios.

A administração interna é uma área em que o PS tem muito mais em comum – se não tudo – com a coligação PSD--CDS do que com o PCP e o BE. O “bloco central” aprovou na passada legislatura, sempre com a oposição dos bloquistas e comunistas, toda a legislação das secre-tas e do combate ao terrorismo, com o governo a ceder em vários pontos defen-didos pelos socialistas. E o governo de António Costa vai ter de aprovar novas diretivas europeias de combate ao terro-rismo, as quais, tudo indica, terão uma linha muito securitária.

Da mesma forma, no que diz respei-to directamente ao sistema de seguran-ça interna, PS e coligação estão em sin-tonia quanto à necessidade de reforçar os poderes da estrutura de coordenação policial. O PCP já propôs a extinção. A nova ministra, Constança Urbano de Sousa, irá passar, logo nas primeiras semanas, pelos difíceis “testes” da mais de dezena e meia de sindicatos. Com dossiês pesados como o estatuto e a lei orgânica da GNR.

O futuro domapa judiciário

No que toca à pasta da Justiça, a anterior titular da pasta, Paula Teixeira

O novo ministro da Educação,Tiago Brandão Rodrigues

gera boas expectativas

da Cruz, fez a reforma do mapa judi-ciário e desde Setembro de 2014 que a geografia judicial portuguesa perdeu 47 tribunais. Francisca van Dunem terá pela frente esta questão. Enquanto pro-curadora-geral distrital de Lisboa (car-go que ocupou nos últimos oito anos) criticou a incongruência deste novo mapa judiciário na questão da estrutu-ra do Ministério Público.

Certa é a tão desejada revisão dos Estatutos das Magistraturas (do Minis-tério Público e judicial) que esteve qua-se a ser aprovada pela sua antecessora mas que acabou por ficar na gaveta.

O acesso à saúdeO combate à desigualdade no aces-

so aos cuidados de saúde, com a criação de novas unidades de saúde familiar, a universalização de médico de família a todos os utentes – há um milhão de portugueses que ainda não o têm – ou a revisão das taxas moderadoras estão entre as linhas mestras propostas pelo PS no seu programa para a saúde.

Elas são também um dos maiores

desafios que Campos Fernandes, e os seus secretários de Estado, Manuel Delgado e Fernando Araújo, terão de enfrentar. O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, tem boas expectativas. “Têm excelente forma-ção, experiência no terreno e boa capa-cidade de diálogo”, justifica.

Abertura negocialna educação

O sector da educação tem sido tra-dicionalmente problemático para os governos, sobretudo com contestação dos professores. Nuno Crato, ministro da Educação de Passos Coelho, nota-bilizou-se pela quase absoluta ausên-cia de diálogo com a Fenprof, afeta à CGTP.

António Avelãs, do secretariado nacional da Fenprof, admite não co-nhecer“ nem o ministro Tiago Brandão Rodrigues] nem os seus secretários de Estado” mas acrescenta que – até por isso – “as expectativas têm de ser po-sitivas”. Por outro lado, reconhece, “o programa do governo está construído de forma a, em algumas matérias, se aproximar dos objectivos dos professo-res e das escolas”.

No entanto, avisa, há outras que irão “exigir da parte do Ministério grande abertura negocial”, desde ques-tões ligadas à profissão docente , como “as aposentações, a progressão na car-reira, os concursos de professores”, até aos exames e à discussão “sobre um modelo para as vias profissionais [para os alunos] que permita que não sejam secundárias” em termos de qualidade.

JTM/DN

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 201516 JTM | OPINIÃO

Os taxistas continuam a monte...

1. O governo ameaça e multa os prevaricadores dos táxis, supos-tamente a vigilância aos com-

portamentos desviantes ficou mais apertada, mas o certo é que eles, os taxistas, continuam a fazer das suas...

Nem com o Grande Prémio reve-la mais educação e profissionalismo, parte dos taxistas de Macau. E é de uma gravidade tal a sua maneira de agir que, mais uma vez, mancham a imagem do território.

Os pilotos, mecânicos e equipas de apoio que estiveram envolvidos em mais uma edição do maior cartaz turístico de Macau, foram, de novo, maltratados pelos taxistas que se recu-saram a parar diversas vezes e a trans-portar estrangeiros.

Ou, quando os aceitavam, cobra-vam acima da bandeirada dentro da lei. Ora, isto tem sido uma prática habitual de muitos taxistas da RAEM porque as coimas ou a vigilância ofi-cial têm deixado muito a desejar.

Já sabíamos o que eles fazem em tempo de tufão, à descarada, seria de esperar que, face à presença de um grande número de estrangeiros du-rante o Grande Prémio, a atitude fosse outra.

Caberá ao governo tomar as medi-das exemplares para evitar que a si-tuação se repita.

Aliás, os taxistas e os proprietários do imobiliário e respectivos agentes, gozam de uma impunidade em Macau nunca vista.

2. Durante o debate das Linhas de Acção Governativa, na área da Economia e Finanças, o Secretá-

rio da tutela, teve uma afirmação ex-traordinária - ficou chocado com as rendas dos serviços públicos!

Em que mundo de Macau vivem o dr. Lionel Leong e o governo? Es-tes preços nos edifícios são o que são porque o Executivo, ou Executivos de Macau, permitem e permitiram que tal acontecesse, deixando o mercado à solta.

Se isto é assim com os serviços pú-blicos, calcule o dr. Leong o que a po-pulação ou classe média do território sofreram e sofrem, nos últimos anos, a pagar rendas absurdas porque o go-verno considera o mercado imobiliá-rio algo de sagrado e sem regras.

Pode ser que, agora, o Secretário para a Economia e Finanças e o Execu-tivo a que pertence olhem com outros

olhos para o sacrossanto mercado...

3. Percebo a frustração da direita em Portugal. Tendo vencido as eleições, viu o seu projecto de go-

verno chumbado no Parlamento.Mas a democracia é isso mesmo.

Nesta coluna, escrevi, recentemen-te, que o socialista António Costa, o perdedor das eleições, surgia como o vencedor através de golpes geniais. Convenceu a coligação de direita que estava interessado em negociar, embo-ra já estivesse a namorar à esquerda com o Bloco de Esquerda e Partido Comunista.

Com os comunistas, foi claro - ou votariam, favoravelmente, um gover-no socialista, ou o PS abstinha-se e deixava passar a coligação de direita.

Depois, entalou o Presidente da República após o chumbo da coliga-ção. Cavaco Silva não teria outra al-ternativa que não fosse a nomeação de Costa como Primeiro-Ministro...

E António Costa apresentou um governo que, à partida, parece bastan-te bom. Uma dose de independentes com currículo, mais socialistas ex-perientes e a inclusão de uma negra, uma cega e um cigano.

Um executivo inclusivo, à imagem do Portugal moderno, algo que a co-ligação de direita, mais os seus tolos preconceitos e tiques de superiorida-de, nunca seria capaz de fazer.

Na verdade, nunca se percebeu como é que um país tão plural, em ter-mos de raças como é Portugal, nunca tivesse tido, até agora, um negro ou uma negra num posto ministeriável, como vemos em França, Itália, Canadá ou os Estados Unidos, por exemplo.

Começa muito bem o dr. António Costa. Vamos ver se a prática do seu governo será mesmo positiva, virada para o investimento e crescimento do país, depois do descalabro da gover-nação de direita, sem ideias, fiel aos mercados e às ordens da Alemanha.

Se a escolha da dra. Francisca Van Dunem parece acertadíssima, pela sua competência, na pasta da justiça, é, também, de saudar o convite ao dr. Jorge Oliveira que Macau tão bem co-nhece.

Oliveira fez um notável trabalho no território, ao nível das leis e libe-ralização do jogo. Deixou um vazio por cá e muito mal seria se Portugal desperdiçasse um quadro altamente qualificado como ele. * Jornalista

JORGESILVA*

UM OUTRO OLHAR

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015 JTM | OPINIÃO 17

Dito

“Talvez seja o momento em que, por razões da mais variada ordem, a sociedade civil se organize e, de acordo com os ditames do segundo sistema, se substitua ao Esta-do na divulgação e promoção de assuntos que lhe dizem respeito.”

Carlos Morais José in “Hoje Macau”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

27/11/1995

TAP COM ESCALAEM BRUXELASA TAP-Air Portugal inicia em Março ligações regulares en-tre Lisboa e Macau com dois voos semanais, frequência que poderá aumentar dadas as perspectivas de crescimen-to, disse à agência Lusa o re-presentante local da empresa. “Eventualmente, ao fim do primeiro ano de operações a oferta será curta para a procu-ra e julgo ser possível a TAP ter mais voos por semana en-tre Lisboa e Macau”, referiu Manuel Bastos. “O mercado da Ásia-Pacífico é muito im-portante para qualquer com-panhia aérea e também o é para a TAP porque regista as maiores taxas de crescimen-to do mundo, prevendo-se que em 2010 seja responsá-vel por 50 por cento de todo o tráfego mundial”, referiu. Para Manuel Bastos, o mer-cado da Ásia-Pacífico “é uma oportunidade que a TAP tem de agarrar”, dado o desgaste que se verifica nos mercados tradicionais da companhia, a Europa, África e Américas. “Macau e todo o mercado do Oriente terão um peso mui-to grande nas operações que a TAP tem de agarrar”, dado o desgaste que se verifica nos mercados tradicionais da companhia, e Europa, África e Américas. “Macau e todo o mercado do Oriente terão um peso muito grande nas operações da TAP que pode-rá alterar profundamente a situação financeira da empre-sa”, admitiu Manuel Bastos à agência Lusa. Para tirar o melhor partido da operação Oriente, referiu, a TAP está a negociar acordos de tráfego com companhias da região que lhe permita assegurar o transporte de passageiros de e para quaisquer destinos do mundo. “Um passagei-ro pode adquirir em Luanda um único bilhete para ir para Pequim ou Seul, viajando na TAP entre Luanda e Macau, via Lisboa e Bruxelas, e de-pois na Air Macau ou na Ko-rean Air”, exemplificou.

Projecto sobre arrendamento e poder de compra dos funcionários, tudo para esquecer!

ALBANOMARTINS*

OS DESATINADOS

1.Há cerca de dois meses, em artigo nas páginas deste jornal, referia que, embora nunca se possa garantir com cem por cento de certeza nada em matéria de previsão económica, a minha

experiência e conhecimento do comportamento do IPC de Macau, ensinava que no final do ano a inflação em Macau deveria rondar os 4,7 por cento, embora tivesse então referido não ser de todo impossí-vel que pudesse ficar ligeiramente abaixo desse valor, não crendo no entanto que pudesse ficar abaixo dos 4,5 por cento!

Mantenho a previsão.Referi na altura também, como curiosidade, que a componente

das rendas no Índice de Preços no Consumidor continuava a crescer a dois dígitos quando o mercado imobiliário da habitação (compra e venda), parecia andar em sentido contrário.

Referi, então, ser isso tudo muito esquisito pois as duas variá-veis normalmente andam positivamente correlacionadas. Quando a primeira sobe ou desce a outra deveria apresentar um movimento com o mesmo sinal. Avancei uma provável explicação, a de que ha-veria no mercado de arrendamento alguma resistência a assumir-se a queda do valor do imobiliário e, como tal, essa tendência não se estava a reflectir ainda na queda das rendas. Mas que as rendas altas teriam os dias contados.

Na pior das situações, dizia ainda, talvez que a recolha da in-formação estatística referente às rendas de habitação enfermasse de problemas. Como não sei como isso se faz nem onde se recolhe, pre-firo mandar a bola para a Estatística!

A regra no mercado é simples: se o preço do imóvel cai, a remu-neração da sua utilização por terceiros (a renda) deverá acompanhar o movimento, embora não necessariamente de imediato.

2.E agora vem à baila o mecanismo que um grupo de deputa-dos pretende vir a instituir para, dizem eles, “regular de forma razoável a fixação das rendas”.

Não deixa de ser muito curiosa essa preocupação na fase descen-dente do ciclo de preços do imobiliário. Ensinam os manuais que, quando os preços do imobiliário caiem, as rendas acompanham esse movimento, embora com algum desfasamento (“lag”). A razão é simples e cifra-se no conceito de juro: se o capital de um depósito a prazo se reduz, mantendo-se as expectativas de remuneração, o juro cai também. Se substituirmos capital pelo preço do imobiliário e juro pela renda, temos o raciocínio para o mercado de arrendamento e a tal correlação positiva! Portanto, a renda, deveria estar a cair qua-se com a mesma velocidade que os preços do imobiliário!

Nós sabemos que não só o valor do imobiliário disparou quase 1.600 por cento (de 6.196 patacas/m2 para 105.260 patacas/m2), do segundo trimestre de 2003 a Maio de 2014, cálculos meus com dados da DSF e da DSEC, como a taxa de remuneração da renda praticada em Macau é bem acima da taxa de inflação, não tendo nada a ver com a taxa de aplicação num depósito a prazo a um ano. Claro que essa taxa de remuneração do imóvel colocado a arrendar deve ser sempre acima da taxa de juro de um depósito a prazo porque esse é o benefício/preço da perda de liquidez do investimento em betão armado, mas não deve ultrapassar tão exageradamente o valor da inflação!

Em todas as economias do mundo mais ou menos desenvol-vidas, as taxas de juro dos depósitos cobrem em regra a inflação, ou seja, as taxas de juro reais são minimamente positivas. Ora, em Macau, sendo brutalmente negativas, nalguns casos acima de cinco por cento, há um convite claro para que a especulação no imobi-liário esteja sempre latente, mesmo neste período descendente em que, devido à quebra do jogo e à falta de liquidez de alguns gran-des apostadores e especuladores no mercado imobiliário, o mercado está em baixo.

Mas continuando, trata-se de um projecto de lei suposto para controlar, para valores razoáveis, as rendas, mas as preocupações parecem centrar-se mais nos “arrendatários trapaceiros” do que num mecanismo que controle de facto o aumento das rendas.

As rendas, pela sua natureza, devem acompanhar o valor do imóvel e tudo o que venha a actuar sobre o mercado de rendas sem actuar simultâneamente sobre o mercado de compra e venda do imobiliário apenas provocará a deslocação da oferta para o outro lado, sobretudo se esse lado tiver um andamento promissor para o investidor-especulador.O valor do imóvel é que não pode deslocar--se monetariamente (especulativamente), de forma exagerada, aci-ma dos respectivos valores reais sob pena de provocar o mesmo an-damento no valor das rendas! E é aí que a porca tem vindo a torcer o rabo para cima dos arrendatários!

Nesta fase de descida, que começa a ser acentuada, mas mes-mo assim ainda com valores dos imóveis no cimo do iceberque (é preciso cair-se muito mais para que o valor monetário/artificial se

ajuste ao valor real do imóvel), é curioso que empresários do ramo apareçam agora com um mecanismo para controlar a subida das rendas. De facto o texto fala sempre em razoabilidade das rendas, o que pode dar para os dois lados, pois, a partir de agora, razoabi-lidade para essa gente pode ser o evitar da queda das rendas como forma de protecção do investimento especulativo. “Não se pode cair mais”, diz alguma dessa gente “generosa”! Há que cair muito mais, digo eu!

Conclusão, nesta fase descendente em que nos encontramos, do ponto de vista dos arrendatários, essa preocupação de razoabilidade das rendas não faz sentido algum!

Eu próprio fiz o teste e negociei o valor da renda da casa onde vivo. Ela caiu muito acima da própria inflação e desapareceu até a cláusula do seu aumento ao fim de um determinado número de anos! Sinal que o senhorio da China continental estava a perceber a mensagem. O que é importante ter em conta nesta problemática é a evolução dos preços do imobiliário pois é ela que dita o valor das rendas, para qualquer dos sentidos.

Portanto, se se quer controlar e acelerar as rendas para valores razoáveis (justos, não especulativos) é preciso intervenção no merca-do imobiliário. No primário e no secundário. No primário meteu-se já água ao subir-se os valores dos prémios das terras quando tudo deveria ter sido feito exactamente ao contrário! Isso acabou por se repercutir para a frente para o comprador do imóvel.

No mercado secundário, os valores de 20 e 10 por cento de im-posto sobre as transacções ocorridas no primeiro e segundo anos de-veriam ser agravados para um espaço temporal que acompanhasse o período do Plano Quinquenal. Porque, se o jogo disparar, os valo-res vão disparar de novo, porque essa penalização é suave no tem-po. O que provavelmente não aconteceria se se tratasse de qualquer coisa como (simples exemplo) 40 por cento no primeiro ano, 30 por cento no segundo, 20 por cento no terceiro, dez por cento no quarto ano e zero a partir daí. Por outro lado, casas vagas cuja justificação indiciasse apenas especulação deveriam ser fortemente tributadas em sede do respectivo imposto. Esta última medida seria uma for-ma de lançar mais oferta no mercado. A posse de uma segunda casa não deveria ser também permitida aumentando-se o imposto para que fosse desviada para o mercado.

Se se quer conhecer bem a realidade do arrendamento e actuar a sério sobre os seus preços, então que se crie uma publicação estatísti-ca trimestral, do género da que já existe para acompanhar os preços de venda do imobiliário. Tiravam-se as teimas e acrescentava-se a tal transparência que o governo diz sempre querer assumir. Ou então, é tudo mesmo tão claro e lógico como eu digo: quando um sobe, sobe o outro e vice-versa, todos concordam comigo mas não querem é dizê-lo claramente!

Agora, falar-se em razoabilidade de rendas em cenário de queda de preços (a Assembleia Legislativa está ou não entupida de pro-jectos de lei? É isso prioritário, nesta altura?) e inventar-se nesse período um coeficiente determinado por um valor objectivo (índice de preços no consumidor) e um juízo de valor, que é por natureza subjectivo e que é a situação do mercado imobiliário, temo que isso seja para dar para todos os lados e colocar o ónus e a confiança em cima ou à volta do Chefe!

E quando se fala em índice de preços não se está tão pouco a falar em inflação. O que se está a falar é da componente do IPC onde se encontram as rendas que, ao contrário do que se sente já no merca-do, continua ainda a crescer. E aí há duas componentes, as “rendas de casa efectivamente pagas”, que estão ainda a crescer anualmente mais do dobro da inflação (11, 24 por cento) e as “rendas imputa-das à habitação” que crescem mais ainda (11,84 por cento), dados de Outubro da DSEC. Ou seja, se esse índice for aplicado irá permitir o crescimento das rendas acima da inflação, em período de quebra de preços do imobiliário e em período em que as rendas estão já a descer!

Mas é isso que se pretende? Ou anda alguém a querer pregar uma rasteira ao Chefe? Ou será que ele vai, agora, finalmente, fazer política económica criando um coeficiente que traduz de facto uma descida de vários pontos (e quantos?) à respectiva secção do IPC?

Pouca transparência, permitam-me!

3.Finalmente, os funcionários públicos. Se forem aumentados de 2,53 por cento em 2016, mesmo assim terão perdido desde o início do ano 2000, cerca de 9,08 por cento, se assumirmos que

a inflação este ano será de 4,7 por cento e 4,5 por cento em 2016! Os salários terão aumentado no período nove vezes, mas mesmo tomando em linha de conta a deflação dos primeiros quatro anos da RAEM, terão perdido poder de compra dezasseis anos depois!

*Economista escreve neste espaço as sextas-feiras

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CANAL MACAU13:00 TDM News (Repetição) 13:29 Balanço da Acção Governativa 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:30 RTP Sempre 14:55 Debate das Linhas de Acção Governativa para 2016 – Área da Economia e Finanças (Directo) 20:30 Telejornal 21:15 Macau 360° 21:45 Mudar de Vida 22:10 Amor à Vida (Rastros de Mentiras) 23:00 TDM News 23:30 Resumo Liga Europa 23:45 Amália 01:15 Telejornal (Repetição) 02:00 RTPi Directo

30 FOX SPORTS13:00 Bundesliga 2015-16 Weekly Preview 13:30 Inside Grand Prix Abu Dhabi 14:00 Bundesliga 2015-16 Berlin vs Hoffenheim 15:00 Roland Garros 2015 Best Match of the Day 16:00 KIA World Extreme Games 2015 16:55 (LIVE) 2015 Formula 1 Practice 1 Abu Dhabi Grand Prix 18:30 Football Asia 2015-16 -37 19:00 GLPGA 2015 CME Group Tour Championship Day 4 20:00 (LIVE) FOX SPORTS Central 20:25 Friday Night Football 20:55 (LIVE) 2015 Formula 1 Practice 2 Abu Dhabi Grand Prix 22:30 FOX SPORTS Central 23:00 UFC Tonight 00:00 Bundesliga 2015-16 Schalke vs Bayern 31 FOX SPORTS 209:00 (LIVE) Oneasia Tour 2015 Emirates Australian Open Day 2 14:00 Xcat World Series 2015 14:30 Ladies European Tour 2015 Highlight 15:30 World

Series of Darts 2015 Highlights 18:30 Lumberjacks 15 19:00 World Rugby 19:30 Gillette World Sport 20:00 Pro Bull Riders Colorado Springs 21:00 FOX College Basketball 2015-16 Rutgers vs St. John’s 22:30 World Series of Darts 2015 Highlights Final 2015

40 FOX MOVIES12:30 Nightcrawler 14:35 The Amazing Spider-Man 16:55 Pompeii 18:45 Dawn Of The Planet Of The Apes 21:00 Star Wars: Episode III 23:25 Total Recall

41 HBO12:30 Getting On 13:30 Brick Mansions 15:10 The Astronaut’S Wife 16:55 Fool’S Gold 18:50 The Equalizer 21:00 Edge Of Tomorrow 22:55 Lucy 00:25 I Now Pronounce You Chuck And Larry

42 CINEMAX12:20 The Detonator 13:55 Starship Troopers 3: Marauder 15:35 Hollywood 16:00 Forbidden Island 17:05 Hollywood 17:30 Get Smart’S Bruce And Lloyd Out Of Control 18:45 Striking Distance 20:25 Judge Dredd 22:00 Beautiful & Twisted 23:25 The Scorpion King 4: Quest For Power

50 DISCOVERY12:30 Jungle Gold 13:25 Auction Hunters 14:20 Surviving The Cut 15:15 Fire In The Hole 16:10 Marooned With Ed Stafford 17:05 How Do They Do It? 18:00 Fire In The Hole 19:00 Marooned With Ed Stafford 20:00 Bering Sea Gold 21:00 Superhuman Showdown 22:00 Rampage! 23:00 Naked And Afraid XL 00:00 Bering Sea Gold 00:55 Superhuman Showdown

51 NGC12:30 Dog Whisperer 13:25 Inside Combat Rescue In The Crossfire 14:20 Man V. Viral Vacuum Cleaner 15:15 Locked Up Abroad 16:10 Ancient X-Files 17:05 Cosmos: A Spacetime Odyssey Sisters of the Sun 18:00 Inside Combat Rescue Fog of War 19:00 Dog Whisperer 20:00 Wild Case Files 21:00 Locked Up Abroad 22:00 Ancient X-Files 23:00 Survive the Tribe Eagle Assassins 00:00 Wild Case Files

54 HISTORY13:00 The Pickers 14:00 The Curse Of Oak Island 16:00 Mountain Men 17:00

Forged In Fire 18:00 Ancient Discoveries 19:00 The Pickers 20:00 Storage Wars: Texas 20:30 Storage Wars: Canada 21:00 Last Days Of The Nazis 22:00 Hunting Hitler 23:00 Forged In Fire 00:00 Missing In Alaska

62 AXN12:20 The Amazing Race 13:15 Supernatural 14:05 Alias 15:00 Csi: Crime Scene Investigation 15:50 Blue Bloods 16:40 Asia’S Got Talent 18:10 The Blacklist 19:05 Total Blackout 20:35 Ebuzz 21:05 The Amazing Race 22:00 David Blaine: Discover Magic 22:55 Supernatural 23:50 Total Blackout 00:20 Ebuzz 00:50 Total Blackout

63 STAR WORLD12:35 Suburgatory 13:30 Scandal 14:25 Empire 15:20 Masterchef Junior US 16:15 America’s Next Top Model 17:10 Young & Hungry Pilot 17:35 Young & Hungry Young & Ringless 18:05 It’s a Brad, Brad World Sweat Home Alabama 19:00 Crazy Ex-Girlfriend My First Thanksgiving with Josh! 20:00 Crazy Ex-Girlfriend I’m So Happy That Josh is So Happy! 21:00 Scandal 21:55 Empire 22:50 Scandal 23:45 Young & Hungry Pilot 00:10 Young & Hungry Young & Ringless 00:40 Mistresses

82 RTPI14:30 Palavra aos Diretores 15:05 A Praça - Compacto 16:02 Agora Nós - Compacto 16:59 O Preço Certo - XXI Série 17:46 Hora dos Portugueses (Diário) 18:00 3 às 10 - Directo 18:31 As Palavras e os Atos 19:14 Bem-vindos a Beirais - Noite topo 20:00 Os Nossos Dias 20:44 As Horas Extraordinárias 21:00 Jornal da Tarde - Directo 22:11 Hora dos Portugueses (Diário) (R/) 22:24 5 Para a Meia-Noite 23:26 Grande Área 00:24 Bem-vindos a Beirais 01:03 Os Nossos Dias (R/) 01:46 Hora dos Portugueses (Diário) 02:00 Portugal em Directo - Directo 02:55 O Preço Certo (R/) - XXI Série 03:42 Zig Zag 04:00 Telejornal - Directo

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi 28 283 283Táxi 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866

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TEL: 28715732/63018939ANIMA

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TEL: 28714000

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• • • HOJE 27/11130C/210C

WWW.SMG.GOV.MO

A programação é da responsabilidade das estações emissoras

23:00TDM HD

FC Barcelona VsReal Sociedad

CINETEATROS1 The Hunger Games: Mockingjay Part 2 (2D/3D)14:15 • 16:45 • 19:15 (3D) • 21:45

S3 Victor Frankenstein14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

TORRE DE MACAUSpectre (2D & 3D)13:15 • 16:00 • 18:45 • 21.30

GALAXYThe Hunger Games: Mockingjay Part 2 (3D)13:00 • 15:30 • 18:00 • 20:30 • 21:00 • 23:00

Viktor Frankenstein15:25 • 19:20 • 21:20

Keeper of Darkness13:00 • 15:00 • 17:00 • 19:00 • 21:30 • 23:30

Spectre14:20 • 17:05 • 19:45

Scouts Guide to the Zombie Apocalypse17:30 • 23:25

Our Times14:00

The Green Inferno01:10

23:00TDM SPORT / HD

SD Eibar VsReal Madrid CF

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20 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015 • Fecho da Edição • 02:30 horas

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ARQ

UIVO

Jorge Oliveira ainda não tomou posse

Além de António Costa e 17 ministros, Cavaco Silva deu ontem posse a 40 dos 41 secretários de Estado do novo Governo. Ficou a faltar o secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Oliveira, que não pôde comparecer a esta cerimónia, por se encontrar no estrangeiro, e tomará posse noutra data. O antigo coordenador do Gabinete para os Assuntos de Direito Internacional (GADI) e da área técnico-jurídica da Comissão do Jogo de Macau é um dos quatro secretários de Estado escolhidos para o Ministério dos Negócios Estrangeiros liderado por Augusto Santos Silva.

Costa promete Governo com atitude “moderada” A conduta do novo Governo português “pautar-se-á pela moderação”, garantiu António Costa na tomada de posse. Cavaco Silva voltou a deixar reparos

O novo Primeiro-Ministro português prometeu ontem que o seu Governo terá uma acção mo-derada, defendendo ser “tempo de reunião” e

não de radicalização, e salientou o respeito pelos com-promissos com a zona euro e com a NATO.

“Este é o tempo da reunião. Não é de crispação que Portugal carece, mas sim de serenidade. Não é altura de salgar as feridas, mas sim de sará-las”, declarou António Costa na parte final do seu discurso, após o Presidente da República o ter empossado Primeiro-Ministro do XXI Governo Constitucional, numa cerimónia no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

Num apelo veemente a uma pacificação da vida po-lítica nacional e com os membros do Governo cessante PSD/CDS-PP a escutá-lo, o secretário-geral do PS afir-mou: “O bom conselheiro desta hora não é o despeito ou o desforço, mas a determinação em mobilizar as vonta-des para vencermos os desafios que temos pela frente”.

António Costa defendeu depois a tese de que Portu-gal não progride “com radicalizações” e prometeu que “a conduta do XXI Governo pautar-se-á pela modera-ção”. “Moderado será o seu programa, realizando uma alternativa à vertigem austeritária - que só agravou os problemas económicos, sociais e mesmo orçamentais - mas será uma alternativa realista, cuidadosa e prudente. E moderada será a sua atitude”, advogou.

Antes dos apelos à moderação, procurou também passar a mensagem de que o seu Governo “será de ga-rantia”, numa alusão às questões que lhe foram coloca-das formalmente pelo Presidente da República sobre o respeito pelos compromissos europeus e internacionais

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ARQ

UIVO

Ao fim de um impasse de 51 dias, tomou posse ontem, em Lis-boa, o Governo de António Costa, que detém uma maioria parla-mentar assente em acordos entre o Partido Socialista e três dos par-tidos à sua esquerda.

Reconhecendo que há procedimentos a seguir na indigitação do Primeiro-Ministro, foi lamentável o tempo perdido no encontro da única solução política possível no novo quadro político parlamentar.

E para que que não bastasse o desnecessário arrastamento des-te processo pelo Presidente da República, a escolha de “indicar” e não “indigitar” António Costa revela publicamente a “azia”, que a solução infligiu a Cavaco Silva, que deveria interpretar o sentir da Nação e não de um dos seus grupos.

Acabada esta questão importa agora é perceber se o novo Go-verno consegue fazer aquilo que se propôs, e para que tem maioria parlamentar: gerir um país em crise no quadro europeu que maiori-tariamente foi sufragado pelo voto popular; sem cortes nas pensões dos mais necessitados; sem nepotismo, “amiguismos” nem cheiros de corrupção; sem aumentar a dívida pública; criando mais riqueza e postos de trabalho para atenuar o flagelo do Desemprego e com uma visão governativa solidária, fraterna e Humanista. Para todos, da extrema-direita à extrema esquerda, que todos são portugueses.

Vivo em Macau, onde o Governo de Lisboa quase não põe “pre-go nem estopa”’. Desejo, por isso, que o novo Executivo continue a cumprir o que o Estado Português assumiu na Declaração Conjun-ta, que tente resolver os problemas de escassez de funcionários no Consulado, que deixe a Escola Portuguesa e o IPOR trabalharem em paz, que acabe com o “caudilhismo” do Conselho das Comunidades e que termine, de vez, com as pequenas negociatas que assessores, “jotinhas” e deputados cá andaram a “chouriçar” nos últimos anos.

ENPASSANTJosé Rocha Diniz

O novo Governo de Lisboa

assumidos pelo Estado Português. António Costa salien-tou então que o lugar de Portugal é “na União Europeia e na zona euro, na Comunidade de Países de Língua Portuguesa e na grande ligação atlântica, incluindo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO)”.

Cavaco ainda tem dúvidasJá o Presidente da República considerou que, “ape-

sar dos esforços desenvolvidos”, as dúvidas suscitadas nos acordos subscritos por PS, BE, PCP e PEV quanto à “estabilidade política e à durabilidade do Governo” não foram “totalmente dissipadas”.

“Os referidos documentos são omissos quanto a al-guns pontos essenciais à estabilidade política e à dura-

bilidade do Governo, disse Cavaco Silva, no discurso da tomada de posse do Executivo liderado por António Costa.

Sublinhando que o XXI Governo Constitucional re-sulta de “uma solução inédita” na democracia portu-guesa, Cavaco Silva notou que existe uma maioria parla-mentar que se comprometeu a não inviabilizar a entrada em funções de um novo executivo, “o que confere às forças políticas envolvidas a responsabilidade” pelo Go-verno ontem empossado.

Cavaco Silva também expressou a Pedro Passos Coe-lho e aos membros dos governos que liderou o seu “pú-blico reconhecimento” pelos serviços prestados ao país “em circunstâncias muito difíceis”.

Comboio rápido entreZhuhai e Pequimcomeça a funcionar amanhãA nova ligação por comboio rápido entre Zhuhai e Pequim vai ser inaugurada ama-nhã, informou o Governo da cidade vizinha. A nova linha de transportes vai funcionar quatro vezes por semana – segundas, sextas, sábados e domingos – ao longo de um per-curso que demorará 11 horas a cumprir, com paragens em Shijiazhuang e Zhengzhou. Os bilhetes por viagem vão custar entre 779 e 1.190 reminbis. Assim, quem pretender viajar para a capital chinesa, já não terá de fazer es-cala em Cantão. De acordo com a “Ou Mun Tin Toi”, amanhã será também estreado uma linha entre Zhuhai e Guilin, na Região de Guangxi, oferecendo viagens com a duração de quatro horas. Os residentes de Macau e Hong Kong têm de apresentar salvo-conduto durante a compra dos bilhetes, que custarão 207,5 renminbis.

Panda “Shuxiang”regressaa Sichuan em voo especialorganizado pela RAEMO Panda Shuxiang (o primeiro panda Hoi Hoi que veio para Macau) vai regressar no domingo a Chengdu, capital da provín-cia chinesa de Sichuan, para participar no Projecto Nacional de Procriação de Pandas Gigantes, anunciou o Instituto para os As-suntos Cívicos e Municipais (IACM). Se-gundo o organismo, o Governo da RAEM organizou um “voo especial” para trans-portar o panda, que já foi colocado em quarentena, na Granja do Óscar, em Coloa-ne. “Os veterinários e tratadores de Macau e do Interior da China estão actualmente a acompanhar de perto o seu estado de saú-de e mental, assim como a preparar ade-quadamente os trabalhos de transporte”, indicou o IACM.