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7 ° SEMESTRE DIREITO DO TRABALHO Prof. José Ricardo Haddad

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7 ° SEMESTRE

DIREITO DO TRABALHO

Prof. José Ricardo Haddad

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NOÇÕES PROPEDÊUTICAS

BIBLIOGRAFIA

Curso de Direito do Trabalho – Mauricio Godinho Delgado – Ed. LTr;

Direito do Trabalho – Sérgio Pinto Martins – Ed. Atlas

Iniciação ao Direito do Trabalho – Amauri Mascaro Nascimento – Ed. LTr;

Curso de Direito do Trabalho – Orlando Gomes e Edson Gottschalk – ed. Forense

  Comentários à CLT – Valentin Carrion – ed. Saraiva; Comentáros à CLT – Sérgio Pinto Martins – ed.

Saraiva;

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HISTÓRIA DO DIREITO DO TRABALHO

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Conotações quanto à origem do Trabalho:

“O Trabalho não é castigo, é a santificação da criatura. Tudo o que nele se amontoa pelo trabalho é justo. Tudo o que se assenta no trabalho é útil.”

Dimensão fundamental da existência humana, pela qual é construída a cada dia a vida do homem, da qual esta recebe a própria dignidade específica.” (João Paulo II);

Porque deste ouvido a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu havia proibido comer, a terra será maldita por tua causa; com trabalho penoso tirarás dela o alimento todos os dias de tua vida. Produzir-te-á abrolhos e espinhos e nutrir-te-ás com as ervas do campo; comerás o pão com o suor da tua fome.”

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PERÍODOS

FASE ARQUEOLÓGICA:

No Início das eras, o trabalho era desenvolvido de forma primitiva, com a utilização de instrumentos rudimentares, visando a atender às necessidades imediatas, sem reservas ou acúmulos;

O Trabalho se caracterizava por uma cooperação simples, onde nas comunidades, a mulher era a encarregada da alimentação vegetal (Plantio e colheita), enquanto aos homes incumbia a caça e a pesca. Era a divisão do trabalho por sexo.

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FASE DA ESCRAVIDÃO

A prática escravagista surgiu das guerras, que os perdedores eram mortos ou então passavam a sujeitar-se aos vencedores, servido como escravos.

Eram tidos como “res” (coisa), sem qualquer possibilidade de, um dia, vir a tornar-se sujeito de direito.

Manoel Alonso Olea afirma: “que o escravo era coisa e não pessoa, era exigido do escravo fundamentalmente, um trabalho produtivo, vale dizer, destinado à geração de bens e serviços economicamente utilizáveis. Produtivo no sentido também de que era dele que o escravo obtinha os meios necessários à sua subsistência, não porque fizesse seus os resultados do trabalho, mas porque do fato de trabalhar derivava o interesse do dono de que continuasse vivendo, impondo, destarte, a necessidade de atender tal subsistência.”

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Aristóteles justificava o trabalho escravo afirmando que, para conseguir cultura, era necessário ser rico e ocioso e que isso não era possível sem a escravidão. Previa o filósofo que “a escravidão desaparecerá quando a lançadeira do tear se movimentar sozinha.”

No Brasil, os portugueses, desde o descobrimento, introduziram o trabalho escravo, por parte dos índios e dos negros africanos, sendo que assim, passou-se a estruturar o sistema produtivo e integrar o Brasil na economia mundial.

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SERVILISMO

Não era diferente a servidão, pois, embora os servos (não-livres) recebessem proteção dos senhores feudais, eram obrigados a trabalhar em suas terras, sendo que tudo o que produzia era pago em troca de segurança e da utilização das terras, inclusive obrigados a pagar diversos impostos, como pro exemplo, na herança e no casamento.

“O advento do período da servidão não significa que a escravatura tenha sido abolida. Poucos opressores e muitos oprimidos sempre houve. O home ainda não deizou de ser mais ou menos animal de presa, e como tal existindo nas selvas naturais e nas artificiais por si mesmas construídas. O tipo de grau de opressão é que é variável, no tempo e no espaço.”

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A servidão foi um tipo generalizado de trabalho em que o indivíduo, sem ter condição jurídica de escravo, na realidade não dispunha de sua liberdade. Era um semilivre, não tendo o direito de abandonar a terra. Diferia do escravo porque tinha personalidade jurídica completa e, pois, podia contrair casamento, ter filhos sob o pátrio poder, ser proprietário, torna-se credor e devedor.”

Havia muitos pontos de contato entre a servidão e a escravidão, sendo que o servo também estava preso ao senhor feudal, não possuindo liberdade de deslocamento, podendo ser obrigatoriamente mobilizado para guerras ou cedido para trabalhar em outras terras ou pequenas industrias.

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CORPORAÇÕES DE OFÍCIO

Com o advento das cidades, intensificou-se o comércio e a produção de bens e formaram-se grupos unidos em decorrência da identidade de profissões, as quais passaram a ser chamadas de corporações.

Surgiram três tipos de trabalhadores: Mestres, Companheiros ou Oficiais e os Aprendizes.

Os dois primeiros podiam equiparar hoje ao empregador e empregado.

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O mestre era a figura central das corporações, as quais estavam inteiramente submetidas no seu julgo disciplinar, inclusive quanto ao direito dos aprendizes mudarem de domicílio. Em paga dessa submissão, recebiam salário e amparo em situações de enfermidade, além de ficar-lhes garantido um verdadeiro monopólio de profissão, pois só podiam exercê-la os que tivesses inscritos na corporação respectiva.

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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Fenômeno de mecanização em importantes setores produtivos de países europeus, principalmente a Inglaterra, como a extração de carvão mineral, metalurgia, fiação, cultivo agrícola, construção naval e ferroviária. O surgimento da máquina e sua crescente utilização na indústria desencadeou uma profunda reviravolta na textura social, trazendo o desemprego, acentuando contrastes sociais, destruindo o trabalho artesanal, entupindo as cidades com legiões de homens, mulheres e crianças, obrigados a trabalhar até a exaustão.

Fora desse movimento que deu-se início ao Direito do Trabalho, com a preocupação de regulamentar os abusos às classes operárias, que passaram inclusive a organizarem os chamados sindicatos.

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DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL

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DEFINIÇÃO:

“Ramo da ciência do Direito que tem por objeto das normas, as instituições jurídicas e os princípios que disciplinam a relação de trabalho subordinado, determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à proteção do trabalho em sua estrutura e atividade.” (Amauri Mascaro Nascimento)

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“Complexo de princípios, regras e institutos jurídicos que regulam a relação empregatícia de trabalho e outras relações normativamente especificadas, englobando também, os institutos, regras e princípios jurídicos concernentes às relações coletivas entre trabalhadores e tomadores de serviços, em especial, através de suas associações coletivas.” (Mauricio Godinho Delgado)

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DENOMINAÇÃO

Direito Operário (sujeito Operário);

Direito Industrial (Revolução Industrial);

Direito Corporativo (Organizações Sindicais);

Direito Social;

Direito do Trabalho;

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DIVISÃO

DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO;

DIREITO TUTELAR DO TRABALHO

DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

OBS: PREVDIÊNCIA SOCIAL

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NATUREZA JURÍDICA

DIREITO PÚBLICO

DIREITO PRIVADO

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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO

Constituição Federal;

Leis;

Tratados e Convenções Internacionais;

Usos e Costumes;

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Regulamentos de Empresa;

Conjunto de normas sobre condições gerais de trabalho, no âmbito de uma empresa. Pode ser Unilateral ou Bilateral;

Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho (art. 611 e parágrafo 1° da CLT);

Jurisprudência;

Prejulgados (até 1982); Súmulas (até 1985); Enunciados de Súmulas (até 2005); Súmulas

Sentenças Normativas;

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HIERARQUIA DAS NORMAS TRABALHISTAS

Princípio da HIERARQUIA DINÂMICA DAS NORMAS TRABALHISTAS

Consiste na aplicação prioritária de uma norma fundamental que será sempre mais favorável ao trabalhador, salvo expressa proibição legal.

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PRINCÍPIOS

GERAIS E ESPECÍFICOS

A) Princípio da Proteção: O Direito do Trabalho estrutura em seu conteúdo

institutos, princípios e presunções próprias, visando a retificar ou atenuar, no plano jurídico, o desequilíbrio inerente ao plano fático do contrato de trabalho;

Princípio inspirador de todo o complexo de regras e demais princípios que compõe o ramo do Direito do Trabalho;

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B) Princípio da Norma mais Favorável;

Critério de aplicação (hierarquia) e de interpretação das normas trabalhistas;

C) Princípio da Condição mais benéfica (cláusula mais benéfica);

Garantia de preservação, ao longo do contrato, de cláusula contratual mais vantajosa ao trabalhador, que se reveste de direito adquirido; vantagens já conquistadas não podem ser reduzidas ou suprimidas (art. 468 CLT, Súmulas 51 e 288 TST);

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D) Princípio da Indisponibilidade ou Irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas;

Art. 9° da CLT

E) Princípio da Primazia da Realidade sobre a Forma (Contrato Realidade);

F) Princípio da Irredutibilidade Salarial (Intangibilidade Salarial)

Art. 7°, VI CF e art. 462 da CLT;