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BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 7.1 ACIDENTE DO TRABALHO MÓDULO 7

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BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

7.1ACIDENTE DO

TRABALHO

MÓDULO

7

2 FASCÍCULO 7.1

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

ÍNDICE

ASSUNTO PÁGINA

7.1. ACIDENTE DO TRABALHO ······································································································ 3

7.1.1. INTRODUÇÃO ············································································································· 3

7.1.2. ACIDENTE DO TRABALHO························································································ 3

7.1.3. EQUIPARAÇÃO AO ACIDENTE ················································································· 3

7.1.3.1. ATIVIDADES ESPORTIVAS ....................................................................... 4

7.1.4. PERÍODO DESTINADO A REFEIÇÃO OU DESCANSO ············································ 4

7.1.5. ENFERMIDADES EXCLUÍDAS DO ACIDENTE ························································· 4

7.1.6. BENEFICIÁRIOS·········································································································· 4

7.1.6.1. EXCLUÍDOS................................................................................................ 4

7.1.7. DIA DO ACIDENTE······································································································ 4

7.1.8. REMUNERAÇÃO PAGA PELA EMPRESA ································································ 4

7.1.9. SITUAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ···························································· 5

7.1.9.1. DIREITOS ASSEGURADOS....................................................................... 5

7.1.9.2. FÉRIAS........................................................................................................ 5

7.1.9.3. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO.................................................................. 5

7.1.9.4. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA ................................................................. 5

7.1.10. SALÁRIO-FAMÍLIA······································································································ 5

7.1.11. ESTABILIDADE ··········································································································· 6

7.1.12. FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO···················································· 6

7.1.12.1. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .......................................................................... 6

7.1.13. CUSTEIO DAS PRESTAÇÕES DO ACIDENTE·························································· 6

7.1.14. CONCESSÃO DO BENEFÍCIO···················································································· 6

7.1.14.1. CARÊNCIA .................................................................................................. 6

7.1.14.2. SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO.......................................................................... 7

7.1.14.3. ABONO ANUAL .......................................................................................... 7

7.1.15. BENEFÍCIOS················································································································ 7

7.1.15.1. HABILITAÇÃO........................................................................... 8

7.1.16. COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE ················································································ 8

7.1.16.1. PRAZO PARA COMUNICAÇÃO............................................... 8

7.1.16.2. PRESTADORES DE SERVIÇOS .............................................. 8

7.1.16.3. TRABALHADOR AVULSO ....................................................... 9

7.1.16.4. SEGURADO ESPECIAL............................................................ 9

7.1.16.5. APOSENTADO.......................................................................... 9

7.1.16.6. FALTA DE COMUNICAÇÃO..................................................... 9

7.1.16.7. DOENÇA PROFISSIONAL........................................................ 9

7.1.16.8. OCORRÊNCIAS ........................................................................ 9

7.1.16.9. CAT DE REINÍCIO DE BENEFÍCIO .......................................... 9

7.1.16.10. CAT DE ÓBITO.......................................................................... 9

7.1.16.11. PENALIDADES.......................................................................... 10

7.1.17. PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO ······································································ 10

7.1.17.1. NÚMERO DE VIAS .................................................................... 10

7.1.17.2. COMUNICAÇÃO PELA INTERNET .......................................... 10

7.1.17.3. EXEMPLO PRÁTICO................................................................. 10

7.1. ACIDENTE DO TRABALHO

7.1.1. INTRODUÇÃOEvitar acidentes do trabalho é dever de todas as empresas. As empresas são, ainda, responsáveis pela adoção euso de medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, constituindocontravenção penal, punível com multa, o não cumprimento das normas de segurança e higiene do trabalho.Nos casos de negligência na aplicação das normas-padrão de segurança e higiene do trabalho, indicadas para aproteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis.

7.1.2. ACIDENTE DO TRABALHOAcidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o seguradoempregado, trabalhador avulso, médico residente, e com o segurado especial, no exercício de suas atividades,provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução, temporária oupermanente, da capacidade para o trabalho.São caracterizadas ainda como acidente do trabalho as seguintes enfermidades:a) doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar àdeterminada atividade e constante do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social;

b) doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que otrabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, desde que constante da relação do Anexo mencionadona letra “a” anterior.

A Lei 11.430/2006 determinou que a perícia médica do INSS irá considerar doença ocupacional quando constatarocorrência de Nexo Técnico Epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a tividade daempresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade listada na Classificação Internacional de Doenças(CID).Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP)É a relação estatístico-epidemiológica que se estabelece entre o CID e o setor de atividade (Classificação Nacionalde Atividades Econômicas – CNAE).O NTEP, que passou a vigorar a partir de 1-4-2007, permite o reconhecimento automático da relação entre adoença ou acidente e a atividade profissional desenvolvida pelo trabalhador, possibilitando ao perito do INSSconstatar, de imediato, se a moléstia ou lesão apresentadas pelo trabalhador são decorrentes de doençaprofissional ou acidente de trabalho.Essa identificação é possível graças ao Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade (Sabi), quepassou a ter em sua memória a lista com as doenças e acidentes relacionados a determinada atividade, além donome das empresas em que eles são registrados com maior freqüência. Assim, quando o perito médico digita onúmero da CID, o sistema informa se a empregadora do segurado está cadastrada com o nexo presumido, ou seja,com os possíveis riscos ao trabalhador.Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravoserão devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito.Contudo, em caso de não aplicação do NTEP pela perícia médica, o segurado poderá requerer cópia da conclusãopericial e de sua justificativa, após recebimento do resultado da decisão.Da mesma forma, a empresa também poderá requerer ao INSS, até 15 dias após a data para a entrega da GFIP, anão aplicação do NTEP ao caso concreto, quando dispuser de dados e informações que demonstrem que osagravos não possuem nexo causal com o trabalho exercido pelo trabalhador.

7.1.3. EQUIPARAÇÃO AO ACIDENTETambém são equiparadas ao acidente do trabalho as seguintes situações:a) o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para amorte do segurado, para a perda ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou que tenha produzido lesãoque exija atenção médica para a sua recuperação;

b) o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:– ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;– ofensa física intencional, inclusive de terceiros, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;– ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiros, ou de companheiro de trabalho;– ato de pessoa privada do uso da razão;– desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior.c) a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;d) o acidente sofrido ainda que fora do local e horário de trabalho:– na execução de ordem ou na realização de serviços sob a autoridade da empresa;– na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

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– em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta, dentro de seus planos paramelhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo depropriedade do segurado;

– no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja omeio de locomoção,inclusive veículo de propriedade do segurado. Isto não se aplica ao acidente sofrido pelo segurado que, porinteresse pessoal, tiver interrompido ou alterado o percurso;

– no percurso da residência para o Órgão Gestor de Mão-de-Obra ou Sindicato de classe e destes para aquela,tratando-se de trabalhador avulso.

Entende-se como percurso o trajeto usual da residência ou do local de refeição para o trabalho ou deste paraaquele. A legislação não especifica qual o tempo que deve durar o transporte para que seja caracterizado oacidente, pois isto depende da distância percorrida e das condições do trânsito na localidade. O tempo deve sersempre o necessário para as condições normais do transporte.Não será considerado acidente do trabalho o ato de agressão relacionado a motivos pessoais.

7.1.3.1. ATIVIDADES ESPORTIVASQuando expressamente constar do contrato de trabalho que o empregado deverá participar deatividade esportiva no curso da jornada de trabalho, o acidente ocorrido durante esse período seráconsiderado como acidente do trabalho.

7.1.4. PERÍODO DESTINADO A REFEIÇÃO OU DESCANSOPara fins de caracterização do acidente do trabalho, o empregado é considerado no exercício do trabalho nosperíodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, nolocal do trabalho ou durante este.

7.1.5. ENFERMIDADES EXCLUÍDAS DO ACIDENTENão se considera como doença do trabalho:– a doença degenerativa;– a inerente a grupo etário;– a que não produz incapacidade laborativa;– a doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela se desenvolva, salvocomprovação de que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

7.1.6. BENEFICIÁRIOSNem todos os segurados da Previdência Social têm direito aos benefícios decorrentes de acidente do trabalho, poiso custeio não atinge a todos.As prestações relativas ao acidente do trabalho são devidas:a) ao empregado;b) ao trabalhador avulso;c) ao médico-residente;c) ao segurado especial.

7.1.6.1. EXCLUÍDOSSão excluídos das prestações relativas ao acidente do trabalho:a) o empregado doméstico;b) o empresário: titular de firma individual urbana ou rural, diretor não empregado,membro de conselhode administração de sociedade anônima, sócios que não tenham, na empresa, a condição deempregado;

c) o autônomo e outros equiparados;d) o facultativo;e) o aposentado que retorna ao trabalho.

7.1.7. DIA DO ACIDENTEConsidera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidadelaborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizadoo diagnóstico, valendo para esse efeito o que ocorrer primeiro.

7.1.8. REMUNERAÇÃO PAGA PELA EMPRESACabe à empresa pagar a remuneração integral do dia do acidente e dos 15 dias seguintes. Quando o acidentadonão se afastar do trabalho no dia do acidente, os 15 dias de responsabilidade da empresa pela remuneraçãointegral são contados a partir da data do afastamento.Assim, exemplificando, se o empregado se acidentou no dia 5-9-2005, a empresa pagará os primeiros 4 dias detrabalho,mais o dia 5 emquehouve o acidente,mais os 15 primeiros dias de afastamento, resultando no total de 20 diasdesalárionomêsdesetembro/2005, ficandoacargodaPrevidênciaSocial pagarobenefícioapartir dodia21-9-2005.

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7.1.9. SITUAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHOA legislação determina que o empregado em benefício por acidente do trabalho é considerado em licença nãoremunerada pelo prazo em que perdurar o benefício. O benefício por acidente do trabalho é concedido a partir dodécimo sexto dia de afastamento do trabalho; portanto, a partir desta data, o empregado é considerado em licençanão remunerada, ficando o seu contrato suspenso pelo prazo em que perdurar o benefício.

7.1.9.1. DIREITOS ASSEGURADOSAo empregado que teve seu contrato suspenso em decorrência de benefício previdenciário serãoasseguradas, por ocasião de sua volta ao trabalho, todas as vantagens que, em sua ausência, tenhamsido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa. Assim, se durante o período de afastamento foiconcedido aumento de salário à categoria, este deverá ser estendido ao empregado.

7.1.9.2. FÉRIASApós cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho (período aquisitivo), o empregadotem direito a um descanso, que é o período de férias.A duração das férias será determinada pela proporção de faltas não justificadas ocorridas no períodoaquisitivo. O empregado poderá perder o direito às férias se no curso do período aquisitivo tiverpercebido da Previdência Social prestações por acidente do trabalho por mais de 6 meses, mesmodescontínuos.Assim, o empregado que tenha seu período aquisitivo contado de 7-6-2004 a 6-6-2005, e fique afastadopercebendo benefício por acidente de trabalho, no período de 7-8-2004 a 9-5-2005, ele perderá o direitoàs férias do período aquisitivo 2004/2005. Neste caso, a partir do retorno do empregado em 10-5-2005,terá início o novo período aquisitivo, sendo as férias devidas somente a partir de 10-5-2006.

7.1.9.3. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIOA Gratificação de Natal ou 13º Salário é devida a todos os empregados regidos pela Consolidação dasLeis do Trabalho, aos trabalhadores rurais, trabalhadores avulsos e aos empregados domésticos.O 13º Salário corresponde a 1/12 da remuneração integral devida ao empregado em dezembro, pormês de serviço do ano correspondente, sendo a fração igual ou superior a 15 dias de trabalhoconsiderada como mês integral.Apesar de a CLT estabelecer que o empregado em gozo de benefício por acidente do trabalho éconsiderado em licença não remunerada, o Tribunal Superior do Trabalho, através do Súmula 46,decidiu que as faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para osefeitos de cálculo do 13º Salário. Assim, para o cálculo do 13º Salário, no caso de benefício por acidentedo trabalho, todo o período de afastamento do empregado não será considerado como falta, sendo,portanto, devido o 13º Salário em relação ao período de afastamento.

7.1.9.4. CONTRATO DE EXPERIÊNCIAContrato de Prazo Determinado é o contrato de trabalho cuja vigência depende de termo prefixado oude execução de serviços especificados, ou, ainda, da realização de certo acontecimento suscetível deprevisão aproximada.O contrato de experiência é umamodalidade de contrato por prazo determinado.Se no curso do contrato de experiência o empregado se afasta pormotivo de acidente do trabalho, os 15primeiros dias do afastamento serão normalmente computados na fluência do contrato, ficandosuspensa a contagem domesmo a partir do 16º dia do afastamento, já que a partir desta data o contratofica suspenso. A partir do retorno do empregado ao serviço, este trabalhará o período restante que faltapara completar o prazo do contrato de experiência.Há correntes doutrinárias que entendem que, no caso de acidente do trabalho, o contrato ficainterrompido e não suspenso, e que neste caso não haveria interrupção do contrato de experiênciaenquanto perdurasse o afastamento, ou seja, o contrato fluiria normalmente, podendo se extinguirdurante o período do benefício previdenciário. Esta corrente não é majoritária, devendo ser observadacom cautela.

7.1.10. SALÁRIO-FAMÍLIAAs quotas de Salário-Família dos segurados empregados e trabalhadores avulsos, em gozo de auxílio-doença poracidente do trabalho, serão pagas pelo Setor de Acidentes do Trabalho do INSS.Oempregado não está obrigado a apresentar a certidão de nascimento dos filhos quando oSalário-Família for pagopelo INSS. Essa informação é de responsabilidade da empresa. Entretanto, cabe a ele a apresentação do atestadode vacinação e do comprovante de freqüência à escola.O Salário-Família referente ao mês do afastamento deve ser pago integralmente pela empresa e o do mês dacessação do benefício pela Previdência Social.

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7.1.11. ESTABILIDADEOempregado que sofrer acidente do trabalho tem garantida amanutenção do seu contrato na empresa, pelo prazode até 12 meses, após a cessação do auxílio-doença acidentário. Assim, ao retornar do benefício previdenciário, oempregado não poderá ser despedido sem justa causa.A estabilidade não alcança os empregados que se acidentaram,mas não entraramemgozo de benefício, vindo a serecuperar no período em que perceberam remuneração da empresa.A estabilidade tambémnão se aplica no caso de extinção normal de contrato de trabalho por prazo determinado.

7.1.12. FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇOO empregador, conforme definido na CLT, é obrigado a depositar em conta bancária vinculada a importânciacorrespondente a 8% da remuneração paga ou devida ao empregado.Apesar de o FGTS não ser devido durante o período de suspensão do contrato de trabalho, a legislação asseguraos depósitos em relação ao empregado acidentado durante todo o curso do afastamento. Portanto, no caso deacidente do trabalho, não haverá interrupção dos depósitos durante o tempo em que o empregado estiver embenefício previdenciário, devendo a empresa tomar como base para cálculo o salário que o empregado deveriaestar recebendo se estivesse trabalhando.A base de cálculo será atualizada sempre que ocorrer aumento geral na empresa ou para a categoria a quepertencer o empregado.

7.1.12.1. CONTRIBUIÇÃO SOCIALConsiderando que a parcela de 0,5%, prevista na Lei Complementar 110/2001, foi consideradainconstitucional no período de outubro/2001 a dezembro/2001, o depósito mensal do FGTS dasempresas não isentas desta contribuição passou a ser devido a partir da competência janeiro/2002tendo como termo final a competência dezembro/2006.Assim, o último recolhimento do FGTS com a alíquota de 8,5% ou 2,5%, conforme o caso, vigorou até omês de competência dezembro/2006, com recolhimento até 5-1-2007, deixando de ser incluída aparcela de 0,5% a partir da competência janeiro/2007.A Contribuição Social de 0,5% também era recolhida junto com os depósitos do FGTS, no período deauxílio-doença decorrente de acidente do trabalho.Esse recohimento era efetuado naGuia deRecolhimento, emmeio eletrônico, no prazo de até o dia 7 domês subseqüente ao mês de competência. Não havendo expediente bancário no dia 7, o recolhimentodeve ser antecipado.No Fascículo 5.4, podem ser encontradas as normas a serem observadas no recolhimento daContribuição Social.

7.1.13. CUSTEIO DAS PRESTAÇÕES DO ACIDENTEO benefício concedido ao empregado em razão do acidente do trabalho é custeado pela empresa através dascontribuições recolhidas naGPS. A contribuição incidirá sobre o total da remuneração paga ou creditada a qualquertítulo, no decorrer do mês, aos empregados, com base em alíquotas diferenciadas de acordo com o grau de risco aque eles estejam expostos.As alíquotas são de 1% para o risco leve (Grau 1); 2% para o risco médio (Grau 2) e 3% para o risco grave(Grau 3).O grau de risco será definido em função da atividade econômica preponderante, que é aquela que ocupa naempresa o maior número de segurados empregados.A empresa com trabalhador exposto a agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou associação de agentes,que comprovadamente sejam prejudiciais à saúde ou à integridade física, e que propiciem a concessão deaposentadoria especial, está sujeita ao recolhimento de alíquota adicional conforme o tempo de aposentadoria. Asnormas sobre a contribuição para o acidente do trabalho, inclusive a relação das atividades para seuenquadramento, foram analisadas no Fascículo 5.5.

7.1.14. CONCESSÃO DO BENEFÍCIOEm caso de acidente do trabalho, será devido ao acidentado, independentemente de carência, o benefício doauxílio-doença.O benefício do auxílio-doença consiste numa renda mensal correspondente a 91% do salário-de-benefício, sendopago ao empregado que ficar incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos.O auxílio-doença será devido a contar do 16º dia seguinte ao do afastamento do trabalho em conseqüência doacidente.

7.1.14.1. CARÊNCIAPeríodo de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensaisindispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso doprimeiro dia dos meses de suas competências.

6 FASCÍCULO 7.1

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Para a concessão do auxílio-doença acidentário, a legislação não exige qualquer período de carência,ou seja, o benefício será concedido independentemente do número de contribuições que o empregadotenha feito à Previdência Social.

7.1.14.2. SALÁRIO-DE-BENEFÍCIOO Salário-de-benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios deprestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais.Para os segurados inscritos na Previdência Social a partir de 29-11-99, o salário-de-benefício, no casode auxílio-doença, consiste na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuiçãocorrespondentes a 80% de todo o período contributivo. Contando o segurado com menos de 144contribuições mensais no período contributivo, o salário-de-benefício corresponderá à soma dossalários-de-contribuição dividida pelo número de contribuições apurado.Para os segurados filiados à Previdência Social até 28-11-99, o salário-de-benefício, no caso doauxílio-doença, consiste na média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, corrigidosmonetariamente, correspondentes a, no mínimo, 80% de todo o período contributivo desde acompetência 07/94. Contando o segurado com contribuição em número inferior a 60% do número demeses decorridos desde a competência julho de 1994 até a data do início do benefício, estecorresponderá à soma dos salários-de-contribuição dividida pelo número de contribuições mensaisapurado.

7.1.14.3. ABONO ANUALO segurado em gozo de auxílio-doença acidentário fará jus a receber o abono anual que é pago pelaPrevidência Social a título de 13º Salário.O abono anual é pago pela Previdência Social damesma forma que as empresas pagamo 13º Salário aseus empregados, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cadaano.

7.1.15. BENEFÍCIOSO acidente do trabalho, dependendo da forma como ocorra, e das seqüelas que resulte para o segurado, podeoriginar outro tipo de benefício que não o auxílio-doença analisado no item anterior.No quadro abaixo podem ser observados os benefícios gerados pelo acidente do trabalho ou por doença:

BENEFÍCIOS BENEFICIÁRIOS CONDIÇÕES P/CONCESSÃO DATA DE INÍCIO DATA DA

CESSAÇÃO VALOR

Auxílio-doença Acidentado dotrabalho

– afastamento dotrabalho por incapaci-dade laborativatemporária poracidente do trabalho

16º dia de afasta-mento consecutivopara empregadodata do afastamentodemais segurados

– morte– concessão de auxí-lio-acidente ouaposentadoria– cessação da inca-pacidade– alta médica– volta ao trabalho

91% do salá-rio-de-benefício

Aposentadoria porinvalidez

Acidentado dotrabalho

– afastamento dotrabalho por invalidezacidentária

– no dia em que oauxílio-doença teriainício ou– no dia seguinte àcessação do auxí-lio-doença

– morte– cessação da inva-lidez– volta ao trabalho

100% do salá-rio-de-benefício

Auxílio-acidente Acidentado dotrabalho

– redução da capaci-dade laborativa porlesão acidentária

– dia seguinte àcessação do auxí-lio-doença

– concessão deaposentadoria– óbito

50% do salá-rio-de-benefício

Pensão Dependentes doacidentado dotrabalho

– morte por acidentedo trabalho

– data do óbito ou– data da entrada dorequerimento quandorequerida após 30dias do óbito

– morte do depen-dente– cessação da quali-dade de dependente

100% do salá-rio-de-benefício

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7.1.15.1. HABILITAÇÃOPara se habilitar ao benefício decorrente do acidente do trabalho, o segurado ou dependente deverácomparecer ao INSS, munido dos seguintes documentos:– Carteira do Trabalho e Previdência Social (CTPS);– Contrato de Trabalho quando não constar na CTPS;– Comprovante de inscrição no INSS, carnês de recolhimento de contribuições e o contrato deresidência médica, quando tratar-se de médico-residente, PIS/PASEP, CPF, Cédula deidentidade;

– Relação dos salários-de-contribuição apurados desde julho/94 até o mês anterior ao mês doafastamento, observado o item 7.1.14.2;

– Endereço completo com CEP atualizado;– Certidão de Nascimento dos dependentes e, quando for o caso, Termo de Tutela/Curatela;– Ocorrência policial (quando houver);– Documentos que comprovem o exercício da atividade rural na condição de segurado especial;– Certidão de óbito e laudo de exame cadavérico (se houver) no caso de morte;– Documentos dos dependentes para o caso de requerimento de pensão;– Outros que se fizerem necessários a cada caso.O INSS poderá solicitar a apresentação de outros documentos e esclarecimentos, bem como emitirpesquisas e diligências, visando à elucidação e comprovação dos fatos, para fins de caracterização ounão do acidente ou doença como do trabalho, para concessão ou indeferimento do benefícioacidentário.

7.1.16. COMUNICAÇÃO DO ACIDENTESempre que ocorrer acidente do trabalho ou doença ocupacional, havendo ou não afastamento do empregado, aempresa é obrigada a comunicá-lo à Previdência Social, emitindo a Comunicação do Acidente do Trabalho (CAT).A comunicação poderá ser realizada pelo próprio acidentado, inclusive seus dependentes, ou ainda pela entidadesindical competente, ou omédico de atendimento ou qualquer autoridade pública, quando a empresa não tomar asprovidências necessárias.A instituição do NTEP não desobriga a empresa da emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT),São autoridades públicas reconhecidas para esta finalidade: os magistrados em geral, os membros do MinistérioPúblico e dos Serviços Jurídicos da União e dos Estados, os comandantes de unidades militares do Exército,Marinha, Aeronáutica e Forças Auxiliares (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar), prefeitos, delegados de polícia,diretores de hospitais e de asilos oficiais e servidores da administração direta e indireta federal, estadual, doDistritoFederal, ou municipal, quando investidos de função.Quando se tratar de marítimo, aeroviário, ferroviário, motorista ou outro trabalhador acidentado fora da sede daempresa, caberá ao representante desta comunicar o acidente.A CAT poderá ser apresentada no Posto do Seguro Social (PSS) mais conveniente ao segurado, o que jurisdicionaa sede da empresa, do local do acidente do atendimento médico ou da residência do acidentado.Deve ser considerada como sede da empresa a dependência, tanto a matriz quanto a filial, que possua matrículano Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), bem como a obra de construção civil registrada por pessoafísica.Empregado com Atividades ConcomitantesSerá obrigatória a emissão da CAT pelas duas empresas quando o segurado empregado e trabalhadoravulso exercerem atividades simultâneas e ocorrer acidente de trajeto entre uma e outra empresa na qualtrabalhem.

7.1.16.1. PRAZO PARA COMUNICAÇÃOOacidente do trabalho deve ser comunicado àPrevidência Social pela empresa até o 1º dia útil seguinteao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente.A entrega da CAT fora do prazo caracteriza-se como denúncia espontânea quando ocorrer antes doinício de qualquer procedimento fiscal. Entretanto, tal fato não exime a empresa da penalidade previstano item 7.1.16.11.

7.1.16.2. PRESTADORES DE SERVIÇOSQuando o acidente envolver trabalhador a serviço de empresa prestadora de serviços, a CAT deveráser emitida pela empresa empregadora, informando, no campo próprio, o nome e o CNPJ da empresaonde ocorreu o acidente.Tratando-se de trabalhador temporário, a comunicação será feita pela empresa de trabalho temporário.

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7.1.16.3. TRABALHADOR AVULSONocaso do trabalhador avulso, a responsabilidade pelo preenchimento e encaminhamento daCATédoÓrgão Gestor de Mão-de-obra (OGMO) e, na falta deste, do sindicato da categoria.

7.1.16.4. SEGURADO ESPECIALNo caso de segurado especial, a CAT poderá ser formalizada pelo próprio acidentado ou dependente,pelo médico responsável pelo atendimento, pelo sindicato da categoria ou autoridade pública.

7.1.16.5. APOSENTADOEmbora o aposentado não tenha direito de benefícios em razão do acidente, salvo reabilitaçãoprofissional, é obrigatória a emissão daCATno caso de acidente ou doença profissional ou do trabalho.A CAT deverá ser registrada e encerrada. O encerramento da CAT deve ser comunicado aoaposentado que deve ser orientado quanto ao direito da reabilitação profissional.

7.1.16.6. FALTA DE COMUNICAÇÃONa falta de comunicação do acidente por parte da empresa, podem formalizá-lo o próprio acidentado,seus dependentes, o sindicato da categoria, omédico que o assistiu ou qualquer autoridade pública. Aempresa não se eximirá da responsabilidade pela falta de emissão da CAT.Tal procedimento não caracteriza a denúncia espontânea mencionada no item 7.1.16.1.

7.1.16.7. DOENÇA PROFISSIONALTodos os casos com diagnóstico de doença profissional ou do trabalho devem ser objeto de emissão deCAT pelo empregador. Neste caso, a CAT deverá ser emitida após a conclusão do diagnóstico.Quando a doença profissional ou do trabalho se manifestar após a desvinculação do acidentadoda empresa onde foi adquirida, deverá ser emitida CAT por aquela empresa, e na falta destapoderá ser feita pelo serviço médico de atendimento, beneficiário ou sindicato da classe ouautoridade pública.

7.1.16.8. OCORRÊNCIASO formulário da “Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT)” deverá ser utilizado nas seguintesocorrências:

Ocorrências: Tipos de CAT:

a) acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do trabalho; CAT inicial;

b) reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente dotrabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente aoINSS;

CAT reabertura;

c) falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho,ocorrido após a emissão da CAT inicial.

CAT comunicação de óbito.

7.1.16.9. CAT DE REINÍCIO DE BENEFÍCIOAs reaberturas deverão ser comunicadas ao INSS pela empresa ou beneficiário, quando houver reiníciode tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença ocupacionalcomunicado anteriormente ao INSS.Na CAT de reabertura, deverão constar as mesmas informações da época do acidente, exceto quantoao afastamento, último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão, que serão relativos à datada reabertura.Não serão consideradas CAT de reabertura para as situações de simples assistência médica ou deafastamento com menos de 15 dias consecutivos.

7.1.16.10. CAT DE ÓBITOO óbito decorrente de acidente ou doença ocupacional, ocorrido após a emissão da CAT inicial ou daCAT reabertura, será comunicado ao INSS através da CAT comunicação de óbito, constando a data do

FASCÍCULO 7.1 9

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

óbito e os dados relativos ao acidente inicial. Anexar a certidão de óbito e, quando houver, o laudo denecropsia.

7.1.16.11. PENALIDADESNo caso de a empresa deixar de comunicar o acidente no prazo previsto, será penalizada com multavariável entre o limite mínimo e o teto máximo do salário-de-contribuição, aumentada sucessivamenteno caso de reincidência.A CAT preenchida pela empresa e entregue ao serviço médico da rede pública conveniado, contratadoou particular, será considerada como comunicação feita ao INSS.Não caberá aplicação de multa, por não emissão de CAT, na hipótese de a perícia médica do INSSconsiderar caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência deNTEP entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidademórbida motivadora da incapacidade.

7.1.17. PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIOOFormulário “Comunicação de Acidente do Trabalho” (CAT) é importante não só pela comunicação do acidente ouda doença profissional, mas também pelas informações referentes aos aspectos previdenciário, estatístico,epidemiológico, trabalhista e social.O formulário da CAT poderá ser substituído por impresso da própria empresa, desde que esta possua sistema deinformação de pessoal mediante processamento eletrônico, cabendo observar que o formulário substituído deveráser emitido por computador e conter todas as informações exigidas pelo INSS.No preenchimento da CAT, devem ser observados os seguintes aspectos:a) a CAT não deve ser assinada em branco;b) ao assinar a CAT, verificar se todos os itens de identificação foram devida e correntamente preenchidos;c) o atestado médico da CAT é de competência única e exclusiva do médico;d) o preenchimento deverá ser feito à máquina ou em letra de forma, de preferência com caneta esferográfi-ca;

e) não conter emendas ou rasuras;f) evitar deixar campos em branco;g) apresentar a CAT, impressa em papel, em duas vias, ao INSS, que reterá a primeira via, devolvendo a quarta àempresa.

A empresa pode substituir o formulário da CAT por impresso próprio da empresa, desde que sejam observadostodos os campos do modelo oficial.

7.1.17.1. NÚMERO DE VIASA CAT será preenchida, com todos os dados nos seus devidos campos, em 4 vias, com a seguintedestinação:– 1ª via ao INSS;– 2ª via ao segurado ou dependente;– 3ª via ao sindicato de classe do trabalhador;– 4ª via à empresa.O emitente da CAT é o responsável pelo envio da comunicação aos destinatários.

7.1.17.2. COMUNICAÇÃO PELA INTERNETAs empresas que desejarempoderão fazer aComunicação deAcidente deTrabalho (CAT), pela Internet.Para tanto, a empresa deverá acessar a página doMinistério daPrevidência Social e fazer download daaplicação CAT. Após o download, executar o programa “catsetup.exe” para instalar a aplicação em seuequipamento. Para iniciar o Sistema da CAT, clicar no ícone que será criado na área de trabalho doWindows. A aplicação instalada não serve para simulação, devendo ser utilizada somente paracadastramento.No ato do cadastramento daCAT via internet, o emissor deve transcrever as informações constantes noatestadomédico para o respectivo campo daCAT, sendo obrigatória apresentação do atestadomédicooriginal por ocasião do requerimento do benefício.

7.1.17.3. EXEMPLO PRÁTICOA seguir, demonstramos de forma prática o preenchimento do formulário da CAT, descrevendo,também, as instruções de preenchimento de seus campos:

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1

1

PEIXARIA ESTRÊLA DO MAR LTDA.

1

4722-9/02 RUA ORQUÍDEA, Nº 6002.999.999.999/0001

SEPETIBA 20.000-000 RJ RJ 2499-0000

LUIZ CARLOS MOURA

DANIELA FREITAS MOURA

10/05/19701 1

56132/044/10-01-1989

RJ 1963543201381.432.100-9

RJ R$ 520,00

11/10/1988 IFP

RUA GOIÁS, Nº 712

PIEDADE 20.900-000 RIO DE JANEIRO RJ

PEIXEIRO 1414-101 12

13/08/2007 9:30 2:301 1

13/08/2007 1 LOCAL DE LIMPEZA DO PEIXE

MÃO ESQUERDA FACÃO

AO TIRAR AS ESCAMAS DO PEIXE, A FACA ESCAPOU E

PERFUROU SUA MÃO ESQUERDA 2

2

MARCOS DANTAS

RUA ANDRADE, Nº 120

LINS 20.200-000 RIO DE JANEIRO RJ

RJ, 13 DE AGOSTO DE 2007

13/08/2007

ORIENTAÇÕES DE PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO CAT

Quadro I – EMITENTEI.1 – Informações relativas ao EMITENTECampo 1. Emitente – informar no campo demarcado o dígito que especifica o responsável pela emissão da CAT, sendo:1. empregador;2. sindicato;3. médico;4. segurado ou seus dependentes;5. autoridade pública (subitem 1.6.1 da Parte III).Campo 2. Tipo de CAT – informar no campo demarcado o dígito que especifica o tipo de CAT, sendo:1. inicial – refere-se à primeira comunicação do acidente ou doença do trabalho;2. reabertura – quando houver reinício de tratamento ou afastamento por agravamento da lesão (acidente ou doença comunicadoanteriormente ao INSS);3. comunicação de óbito – refere-se à comunicação do óbito, em decorrência de acidente do trabalho, ocorrido após a emissão daCAT inicial. Deverá ser anexada a cópia da Certidão de Óbito e, quando houver, do laudo de necropsia.Obs.: Os acidentes com morte imediata deverão ser comunicados por CAT inicial.1. Campo 3. Razão Social/Nome – informar a denominação da empresa empregadora.Obs.: Informar o nome do acidentado, quando este for segurado especial.Campo 4. Tipo e número do documento – informar o código que especifica o tipo de documento, sendo:1. CGC/CNPJ – informar o número ou matrícula no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ da empresa empregadora;2. CEI – informar o número de inscrição no Cadastro Específico do INSS – CEI, quando o empregador for pessoa jurídicadesobrigada de inscrição no CGC/CNPJ;3. CPF – informar o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física – CPF, quando o empregador for pessoa física;4. NIT – informar o Número de Identificação do Trabalhador no INSS – NIT, quando for segurado especial.Campo 5. CNAE – informar o código relativo à atividade principal do estabelecimento, em conformidade com aquela quedetermina o Grau de Risco para fins de contribuição para os benefícios concedidos em razão do grau de incidência daincapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho. O código CNAE (Classificação Nacional de AtividadeEconômica) encontra-se no documento/cartão do CNPJ da empresa

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Obs.: No caso de segurado especial, o campo poderá ficar em branco.Campo 6. Endereço – informar o endereço completo da empresa empregadora. Informar o endereço do acidentado, quandotratar-se de segurado especial. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de código de área e do DDD domunicípio.Campo 7. Município – informar o município de localização da empresa empregadora. Informar o município de residência doacidentado, quando segurado especial.Campo 8. UF – informar a Unidade da Federação de localização da empresa empregadora. Informar a Unidade da Federação deresidência do acidentado, quando este for segurado especial.Campo 9. Telefone – informar o telefone da empresa empregadora. Informar o telefone do acidentado, quando seguradoespecial. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de código da área e do DDD do município.

I.2 – Informações relativas ao ACIDENTADOCampo 10. Nome – informar o nome completo do acidentado, sem abreviaturas.Campo 11. Nome da mãe – informar o nome completo da mãe do acidentado, sem abreviaturas.Campo 12. Data de nascimento – informar a data completa de nascimento do acidentado, utilizando a forma (DD/MM/AAAA).Campo 13. Sexo – informar o sexo do acidentado usando 1 para sexo masculino e 3 para o sexo feminino.Campo 14. Estado civil – Informar o código que especifica o estado civil do acidentado, sendo:1. Solteiro;2. Casado;3. Viúvo;4. Separado judicialmente;5. Outros;6. Ignorado (quando o estado civil for desconhecido).Campo 15. CTPS – informar o número, a série e a data de emissão da Carteira Profissional – CP ou da Carteira de Trabalho ePrevidência Social – CTPS.Obs.: No caso de segurado empregado, é obrigatória a especificação do número da CP ou da CTPS.Campo 16. UF – informar a Unidade da Federação de emissão da CP ou da CTPS.Campo 17. Remuneração mensal – informar a remuneração mensal do acidentado em moeda corrente na data do acidente.Campo 18. Carteira de identidade – informar o número do documento, a data de emissão e o órgão expedidorCampo 19. UF – informar a Unidade da Federação de emissão da Carteira de Identidade.Campo 20. PIS/PASEP – informar o número de inscrição no Programa de Integração Social – PIS ou no Programa de Formaçãodo Patrimônio do Servidor Público – PASEP, conforme o caso.Obs.: No caso de segurado especial e de médico residente, o campo poderá ficar em branco.Campo 21. Endereço do acidentado – informar o endereço completo do acidentado.Campo 22. Município – informar o município de residência do acidentado.Campo 23. UF – informar a Unidade da Federação de residência do acidentado.Campo 24. Telefone – informar o telefone do acidentado. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de códigode área e do DDD do município.Campo 25. Nome da ocupação – informar o nomedaocupação exercida pelo acidentado à época do acidente ou da doença.Campo 26. CBO – informar o código da ocupação do Campo 25 do Código Brasileiro de Ocupação – CBO. Consulte o códigoCBO.Campo 27. Filiação à Previdência Social – informar o tipo de filiação do segurado, sendo:1. Empregado;2. Trabalhador Avulso;7. Segurado Especial;8. Médico Residente (conforme a Lei nº 8.138/90).Campo 28. Aposentado? – informar “sim” exclusivamente quando tratar-se de aposentado pelo Regime Geral de PrevidênciaSocial – RGPS.Campo 29. Área – informar a natureza da prestação de serviço, se urbana ou rural.

I.3 – Informações relativas ao ACIDENTE OU DOENÇACampo 30. Data do acidente – informar a data em que o acidente ocorreu. No caso de doença, informar como data do acidentea da conclusão do diagnóstico ou a do início da incapacidade laborativa, devendo ser consignada aquela que ocorrer primeiro. Adata deverá ser completa, utilizando quatro dígitos para o ano. Exemplo: 23/11/1998.Campo 31. Hora do acidente – informar a hora da ocorrência do acidente, utilizando quatro dígitos (Exemplo: 10:45). No caso dedoença, o campo deverá ficar em branco.Campo 32. Após quantas horas de trabalho? – informar o número de horas decorridas desde o início da jornada de trabalho atéo momento do acidente. No caso de doença, o campo deverá ficar em branco.Campo 33. Tipo – informar tipo de acidente, 1 para típico, 2 para doença e 3 para trajeto.Campo 34. Houve afastamento? – informar se houve ou não afastamento do trabalho.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

Obs.: É importante ressaltar que a CAT deverá ser emitida para todo acidente ou doença relacionados ao trabalho, aindaque não haja afastamento ou incapacidade.Campo 35. Último dia trabalhado – informar a data do último dia emque efetivamente houve trabalho do acidentado, ainda que ajornada não tenha sido completa. Exemplo: 23/11/1998.

Obs.: Só preencher no caso de constar 1 (sim) no Campo 33.Campo 36. Local do acidente – informar o local onde ocorreu o acidente, sendo:1. em estabelecimento da empregadora;2. em empresa onde a empregadora presta serviço;3. em via pública;4. em área rural;5. outros.

Obs.: No caso 2, informar o nome e o CGC ou CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente ou doença.Campo 37. Especificação do local do acidente – informar demaneira clara e precisa o local onde ocorreu o acidente (Exemplo:pátio, rampa de acesso, posto de trabalho, nome da rua, etc.).

Campo 38. CGC – este campo deverá ser preenchido quando o acidente, ou doença ocupacional, ocorrer em empresa onde aempregadora presta serviço, devendo ser informado oCGCouCNPJ da empresa onde ocorreu o acidente ou doença (no caso deconstar no Campo 35 a opção 2).

Campo 39. UF – informar a Unidade da Federação onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional.Campo 40. Município do local do acidente– informar o nomedomunicípio onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional.Campo 41. Parte(s) do corpo atingida(s)• para acidente do trabalho: deverá ser informada a parte do corpo diretamente atingida pelo agente causador, seja externa ouinternamente (vide Tabela 1);• para doenças profissionais, do trabalho, ou equiparadas informar o órgão ou sistema lesionado (vide Tabela 1).

Obs.: Deverá ser especificado o lado atingido (direito ou esquerdo), quando se tratar de parte do corpo que seja bilateral.Campo 42. Agente causador – informar o agente diretamente relacionado ao acidente, podendo ser máquina, equipamento ouferramenta, como uma prensa ou uma injetora de plásticos; ou produtos químicos, agentes físicos ou biológicos como benzeno,sílica, ruído ou salmonela. Pode ainda ser consignada uma situação específica como queda, choque elétrico, atropelamento(Tratando-se de acidente do trabalho – vide Tabela 2, de doenças profissionais ou do trabalho – vide Tabela 3).

Campo 43. Descrição da situação geradora do acidente ou doença – descrever a situação ou a atividade de trabalhodesenvolvida pelo acidentado e por outros diretamente relacionados ao acidente. Tratando-se de acidente de trajeto, especificar odeslocamento e informar se o percurso foi ou não alterado ou interrompido por motivos alheios ao trabalho (vide Tabela 4). Nocaso de doença (videTabela 3), descrever a atividade de trabalho, o ambiente ou as condições emqueo trabalho era realizado.

Obs.: Evitar consignar neste campo o diagnóstico da doença ou lesão (Exemplo: indicar a exposição continuada a níveisacentuados de benzeno em função da atividade de pintar motores com tintas contendo solventes orgânicos, e nãobenzenismo).Campo 44. Houve registro policial? – informar se houve ou não registro policial. No caso de constar 1 (SIM), deverá serencaminhada cópia do documento ao INSS, oportunamente.

Campo 45. Houve morte? – o campo deverá constar SIM sempre que tenha havido morte em tempo anterior ao dopreenchimento da CAT, independentemente de ter ocorrido na hora ou após o acidente.

Obs.: Quando houver morte decorrente do acidente ou doença, após a emissão da CAT inicial, a empresa deverá emitirCAT para a comunicação de óbito. Neste caso, deverá ser anexada cópia da certidão de óbito.

I.4 – Informações relativas às TESTEMUNHASCampo 46. Nome – informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenhatomado ciência do fato, sem abreviaturas.

Campo 47. Endereço – informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeirotenha tomado ciência do fato.

Campo 48. Município – informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela queprimeiro tenha tomado ciência do fato.

Campo 49. UF – informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquelaque primeiro tenha tomado ciência do fato.

Obs.: Telefone – informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenhatomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município.

14 FASCÍCULO 7.1

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Campo 50. Nome – informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenhatomado ciência do fato, sem abreviaturas.Campo 51. Endereço – informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeirotenha tomado ciência do fato.Campo 52. Município – informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela queprimeiro tenha tomado ciência do fato.Campo 53. UF – informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquelaque primeiro tenha tomado ciência do fato.Obs.: Telefone – informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenhatomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município.

Fechamento do Quadro I:Local e data – informar o local e a data da emissão da CAT.

Assinatura e carimbo do emitente – no caso da emissão pelo próprio segurado ou por seus dependentes, fica dispensado ocarimbo, devendo ser consignado o nome legível do emitente ao lado ou abaixo de sua assinatura.

Quadro II – ATESTADO MÉDICODeverá ser preenchido por profissional médico. No caso de acidente com morte, o preenchimento é dispensável, devendo serapresentada a certidão de óbito e, quando houver, o laudo de necropsia.Campo 54. Unidade de atendimento médico – informar o nome do local onde foi prestado o atendimento médico.

Campo 55. Data – informar a data do atendimento. A data deverá ser completa, utilizando-se quatro dígitos para o ano. Exemplo:23/11/1998.Campo 56. Hora – Informar a hora do atendimento utilizando quatro dígitos. Exemplo: 15:10.Campo 57. Houve internação? – informar se ocorreu internação do acidentado, devendo preencher a quadrícula no campo comdígito 1 para “sim” ou dígito 2 para “não”.Campo 58. Duração provável do tratamento – informar o período provável do tratamento,mesmoque superior a quinze dias.Campo 59. Deverá o acidentado afastar-se do trabalho durante o tratamento? – informar a necessidade do afastamento doacidentado de suas atividades laborais, durante o tratamento, devendo preencher a quadrícula no campo com dígito 1 para “sim”ou dígito 2 para “não”.Campo 60. Descrição e natureza da lesão – fazer relato claro e suscinto, informando a natureza, tipo da lesão e/ou quadroclínico da doença, citando a parte do corpo atingida, sistemas ou aparelhos (vide Tabela 5).Exemplos: a) edema, equimose e limitação dos movimentos na articulação tíbio-társica direita;b) sinais flogísticos, edema no antebraço esquerdo e dor à movimentação da flexão do punho esquerdo.Campo 61. Diagnóstico provável – informar, objetivamente, o diagnóstico.Exemplos: a) entorse tornozelo direito;b) tendinite dos flexores do carpo.Campo 62. CID-10 – Classificar conforme a Classificação Internacional de Doenças – CID-10.Exemplos: a) S93.4 – entorse e distensão do tornozelo;b) M65.9 – sinovite ou tendinite não especificada.Campo 63. Observações – citar qualquer tipo de informação médica adicional, como condições patológicas pré-existentes,concausas, se há compatibilidade entre o estágio evolutivo das lesões e a data do acidente declarada, se há recomendaçãoespecial para permanência no trabalho, etc.Obs.: Havendo recomendação especial para a permanência no trabalho, justificar.

Fechamento do Quadro IILocal e data – informar o local e a data do atendimento médico.Assinatura e carimbo do médico com CRM – deverá ser consignada a assinatura domédico atendente e aposto o seu carimbocom o número de registro junto ao Conselho Regional de Medicina – CRM.Quadro III – INSS – Campos de uso exclusivo do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei Complementar 110, de 29-6-2001 (Informativo 27/2001); Lei 8.036, de 11-5-90 (Portal COAD);Lei 8.213, de 24-7-91 – artigos 19 a 23 (Portal COAD); Lei 11.430, de 26-12-2006 (informativo 52/2006); Decreto-Lei 5.452, de1-5-43 – Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), artigo 133 (Portal COAD); Decreto 3.048, de 6-5-99 – Regulamento daPrevidência Social (RPS) (Portal COAD); Decreto 5.545, de 22-9-2005 (Informativo 38/2005); Decreto 6.042, de 12-2-2007 (PortalCOAD); Portaria 5.817 MPAS, de 6-10-99 (Informativo 40/99); Instrução Normativa 11 INSS, de 20-9-2006 (Portal COAD);Instrução Normativa 16 INSS, de 27-3-2007 (Fascículo 14/2007); Instrução Normativa 19 SRP, de 26-12-2006 (Fascículo01/2007); Resolução 129 TST, de 5-4-2005 – Súmula 46 (Informativos 47 e 48/2003 e 17/2005); Ordem de Serviço 621INSS-DSS, de 5-5-99 (Informativos 18 e 21/99); Ato Declaratório 1 SF, de 20-7-2005 (Informativo 29/2005).

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