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Introdução

A reputação bem merecida de Willow Creek pela excelência não se limita à

capacidade de celebração artística e encontros facilitadores que se desenvolvem

em sua programação rotineira. Quando Bill Hybels (pastor titular) pesquisou a

nova geração de interessados e crentes que aglomeram aquela igreja, assumiu a

responsabilidade de assegurar que seriam bem-vindos, instruídos e cuidados.

Esta obra, pois, é fruto do esforço da Igreja de Willow Creek para acolher,

instruir e cuidar, com total eficiência, de todos aqueles que vão sendo

acrescentados à sua numerosa população.

O excelente trabalho de Bill Donahue e sua equipe é baseado na experiência de

uma igreja organizada em grupos pequenos onde líderes leigos bem treinados e

monitorados exercem pastoreio sobre cada discípulo, da forma que todo crente

almeja receber.

Este manual foi idealizado e trabalhado não apenas para compartilhar vitoriosas

experiências desse método de fazer e viver igreja, mas para colocar em suas

mãos uma ferramenta de orientação para organizar uma estrutura semelhante,

embora adequada à realidade de cada igreja local.

Carl F. George

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IntroduçãoEste manual foi adaptado tendo em vista respeitar as características peculiaresde igrejas brasileiras, bem como satisfazer a necessidade de uma linguagemsimples e acessível ao contexto de nossa língua. Esperamos, em Cristo, que essaseja uma ferramenta de preciosa utilidade para todos que a utilizarem.

Ao constatarmos a excelência da obra realizada na Igreja de Willow Creek,assimilamos e adaptamos aquela filosofia de trabalho à realidade de nosso povo,surgindo daí o Agrupe (Ministério de Apoio aos Grupos Pequenos), que se dedicaexclusivamente à organização e acompanhamento desse pastoreio intencional deuma membresia bem distribuída em pequenos núcleos.

A estrutura organizacional do Agrupe trabalha com o acompanhamento daliderança em escala ascencional indo desde o líder de grupo pequenopropriamente dito, que se faz acompanhar de seu aprendiz no núcleo de suacomunidade, monitorado por sua vez pelo orientador, o qual recebe orientaçõesdo líder de divisão que está submetido ao líder de área, que encabeça o esquemada liderança do programa.

A declaração de missão está intrinsecamente ligada aos propósitos da igreja local:“Promover a interação de pessoas em grupos pequenos a fim de transformar vidas pelaaplicação da Palavra, exercer o pastoreio mútuo pela prática dos imperativos demutualidade e contribuir para a edificação da igreja pelo exercício dos dons espirituais”.

A filosofia do ministério está estruturada sobre o desejo de Cristo de que os seusseguidores se tornem como Ele, resgatando o estado original quando fomoscriados à imagem e semelhança de Deus, pois acreditamos que o cumprimentocontínuo dos mandamentos bíblicos recíprocos na vida dos membros da igrejagera transformação de vidas, produzindo características individuais que nosassemelham à pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Armando Bispo

Pastor titularda Igreja Batista

Central de Fortaleza

(Edição brasileira)

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PrefácioEste manual é um guia de referência para seu ministério de grupos pequenos,

que oferece toda informação e recursos necessários para se dirigir grupo

pequeno dinâmica e eficazmente, no formato onde mudança de vida é norma e

não exceção.

Você descobrirá que Liderando Grupos Pequenos que Transformam Vidas é

organizado de modo a viabilizar o acesso à informação que se busca, já que foi

projetado de maneira uniforme, com cada parte sendo ligada naturalmente à

outra, o que facilita a pesquisa de quem busca liderar grupos pequenos que

transformam vidas, tornando cada participante num verdadeiro e frutífero

discípulo de Jesus Cristo.

COMO ESTE MANUAL É PROJETADO

A introdução a este livro, intitulada “Uma estrutura que serve às pessoas”,descreve alguns dos serviços básicos da estratégia de um grupo pequeno, a qualconsideramos muito bem sucedida – uma estratégia baseada no Modelo Meta-Igreja de Carl George para grupos pequenos. Você vai descobrir como esteModelo Meta-Igreja é projetado, como é usado e porque é eficaz. Leia com muitaatenção esta parte introdutória, pois ela oferece o alicerce básico para o resto do livro.

A Parte 1 enfoca a visão e os valores bíblicos que fundamentam um ministério degrupos pequenos bem sucedido. O quanto você está convicto que ações comoevangelismo, discipulado e pastoreio em grupos pequenos determinamcrescimento nos crentes e impacto nos descrentes, motiva seus esforços paradesenvolver um ministério relevante, estimulante e expressivo.

A Parte 2 atinge o centro de um grupo pequeno bem sucedido: a liderança.Vários líderes treinados, capacitados e apaixonados pelo que fazem, formam aespinha dorsal de um ministério de grupo pequeno focado em desenvolverseguidores de Cristo completamente dedicados e frutíferos. A vida espiritual, aforça de trabalho e o caráter do líder de um grupo pequeno, pastor de umrebanho desse porte, são os assuntos tratados nesta parte.

A Parte 3 se concentra na identificação, acompanhamento e formação de novaslideranças, a partir da iniciativa do líder de cada grupo pequeno em escolher,

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desafiar, motivar e equipar seu aprendiz. Assegurar o bom desenvolvimento desseprocesso é responsabilidade da equipe voluntária que supervisiona o projeto.

A Parte 4 tem como assunto principal o estabelecimento da visão e do pacto decompromisso do grupo, baseados nos princípios bíblicos necessários à formaçãode grupos pequenos. Você monta um grupo pequeno dinâmico quandodesenvolve a visão e os valores que guiarão seu ministério, frutos doentendimento claro de seu papel como líder no Corpo de Cristo e voltados àidentificação e formação de lideranças em potencial.

A Parte 5 ajuda a planejar o uso de perguntas importantes, resolução deconflitos, construção de relacionamentos, condução de debates dinâmicos eabertura a avaliações do grupo e da supervisão do projeto, através deexperiências e informações necessárias a reuniões que transformam vidas.

A Parte 6 ajuda o líder a entender seu verdadeiro papel de pastor – alguém quedá sentido de visão e direção ao grupo, que encoraja os membros a serem maiscomo Cristo, e que cria reuniões dinâmicas onde a Palavra de Deus é meditada,entendida e obedecida. Um líder também ajuda o grupo a se tornar um ambientede cuidado e nutrição onde os membros encontram descanso para a alma,oração para as necessidades e cura para as feridas. Como pastor, seu pequenorebanho merece sua atenção e ministração.

A Parte 7 objetiva ajudá-lo a multiplicar seu ministério. Como líder, você tem oprivilégio de expandir o Reino de Deus além do grupo e alcançar outros que aindanão experimentaram uma verdadeira comunhão com Cristo. Você vai aprender aconvidar outras ovelhas ao aprisco, a trazê-las ao ambiente vivificante de seugrupo e a auxiliar os líderes que surgem a dar o próximo passo e liderarem seuspróprios grupos.

A Parte 8 lhe mostra como iniciar grupos pequenos em sua igreja e oferece ummétodo de avaliação da eficácia desse ministério. Os processos e passos aquiesboçados ajudarão novos ministros a começarem com grande impulso epermitirão aos já existentes avaliarem a si mesmos, realizando as mudanças eajustes necessários para atingir altos níveis de crescimento, frutos de novos eestimulantes esforços.

Agradecemos o árduo trabalho de todos os voluntários da Igreja de WillowCreek, que participaram da criação e adaptação deste manual, pela valiosacontribuição. Sem seu compromisso e trabalho, não teríamos este recursoprecioso para o satisfatório funcionamento do ministério de grupos pequenos.

Agradecemos também a Carl George por ter uma igreja com um ministériomodelo que transforma vidas! Sua contribuição ao Reino ainda frutificaráatravés das gerações vindouras.

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UMA ESTRUTURA QUESERVE ÀS PESSOAS

A estrutura pode facilitar ou impedir os esforços ministeriais de qualquer grupo, pequeno

ou grande. As igrejas e os grupos pequenos freqüentemente deixam de unir os ideais e

entusiasmo de um ministério cristão vital com um projeto organizacional que permita que

este ministério floresça. Mas, como uma igreja sabe quando o projeto de uma grande

organização ou grupo vai encorajar ou frustrar um ministério? Vamos responder a esta

pergunta com outra. A estrutura serve às pessoas ou as pessoas servem à estrutura?

Muitas organizações (e muitos grupos pequenos), sem saber, criam um sistema que vê as

pessoas como recursos ou combustível para impulsionar a organização. Infelizmente,

muitas igrejas motivam os membros com culpa ou manipulação espiritualizada, a fim de

fazê-los preencher uma brecha voluntária na organização. “Nosso(a) filho(a) vai seguir

pela vida sem direção nem propósito, vagando perigosamente próximo ao abismo da

carnalidade, a menos que coloque seu nome como professor(a) para o ministério das

crianças hoje!”.

Líderes de grupos pequenos cometem o mesmo erro: “Trabalhei nesta lição sete horas. Não

é justo que vocês não façam a tarefa. Todo meu trabalho foi por água abaixo!” Tradução:

“Trabalhei muito para criar algo que devem ouvir. Afinal de contas, vocês existem para que

eu tenha um público para minhas habilidades como professor e líder. Se não querem fazer

sua parte, como é que vou ter um ministério?

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COMPONENTES-CHAVE DA ESTRATÉGIA DAMETA-IGREJA PARA OS GRUPOS

O termo meta significa “mudança”. Meta-Igreja é aquela que muda a estratégia deexpansão do Reino e se organiza em torno de grupos células, onde as pessoas podemfazer amizades, ser orientadas na fé, compreender e debater a verdade da Palavra,identificar e usar os dons espirituais e cuidar umas das outras. (Para maioresinformações sobre a organização de tais igrejas, consulte Prepare your church for thefuture e The coming church revolution, de Carl George.)

A extensão do cuidado

Desenvolvimento da liderança

Transformar verdadeiros discípulos em frutíferos líderes é muito difícil, porque exigeconcentração, energia e persistência, mas é compensador. Todos nós sabemos queprecisamos de líderes mais qualificados e treinados, mas o desenvolvimento daliderança pode sempre esperar até a semana que vem e nunca é priorizado, como:preparação do sermão, ensaio da música, conflito entre os funcionários, programas deedificação, reuniões da comissão de finanças, aconselhamento pastoral e dissidência demembros, que resulta em infindáveis adiamentos e inversão de prioridades.

O ministério de grupo pequeno em sua igreja, só terá sucesso se tiver habilidade deidentificar e treinar líderes qualificados que possam pastorear pequenos rebanhos decrentes e alcançar os perdidos que precisam de Cristo. No Modelo meta-igreja, odesenvolvimento da liderança é procurado intencionalmente pelo líder do grupopequeno e equipe pastoral. Os líderes, trabalhando com apoio e direção desse grupo,identificam líderes em potencial e fazem um esforço para discipulá-los rumo à liderançade um grupo pequeno. Cada grupo consiste de um líder ativo, pelo menos um líderaprendiz que aprende os segredos da liderança de um grupo pequeno no próprioserviço, e um(a) anfitrião(ã) que oferece um ambiente que leva a uma experiência

É impossível para um pastor dar atenção, discipular e cuidar das necessidades de umnúmero muito grande de pessoas. Ninguém tem tempo nem energia para pastorear umrebanho de 80, 200 ou 500 almas. Por isso, qual é uma extensão razoável de cuidado?Recomendamos a porcentagem de 1:10 – para cada líder de grupo até dez membros podemser bem cuidados. Como líder voluntário na igreja, seu tempo é limitado. Pastorear umrebanho de 6 a 10 pessoas representa um desafio perfeitamente alcançável.

A capacidade da igreja de oferecer uma assistência individual geralmente se perde, àmedida que ela cresce. Uma comunidade pequena, com 65 membros, que alcança 30 almaspara Cristo, deve agora incorporar estas pessoas, nutri-las na fé e oferecer um cuidadoprogressivo para suas necessidades individuais. Talvez alguns voluntários-chaves e umpastor assalariado pudessem realizar esta tarefa quando havia 65 membros. Mas agora com95 (e com tantos bebês em Cristo precisando de atenção) é necessário que o cuidado sejacompartilhado por muitos, em vez de poucos. Dez grupos pequenos com líderes aprendizestornariam esta igreja um lugar apropriado, singular e que cuida bem dos membros. Cadapessoa vai se sentir bem cuidada, se ninguém pastorear mais de dez membros (inclusive opastor assalariado que treina e acompanha em primeiro lugar os líderes de grupospequenos e dedica mais do seu tempo à pregação da Palavra e à oração como em Atos 6.4).

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Fale com a maioria dos líderes de grupos pequenos sobre multiplicação e freqüentemente

a reação será medo. “Não divida nosso grupo!”, a maior parte deles grita. Mas o Reino de

Deus avança uma vida de cada vez. Somos chamados a multiplicar nosso ministério,

expandindo o Reino e trazendo novos seguidores ao aprisco. Usar a “cadeira vazia” a fim

de permitir um crescimento consistente e bem compassado do grupo, capacitará os novos

crentes ou interessados a acharem um grupo. E o desenvolvimento intencional dos líderes

aprendizes assegura que alguém estará pronto para assumir novos grupos, quando os já

existentes crescerem e “derem à luz” uma nova vida. À medida que novos grupos se

formam de grupos veteranos, os valores e princípios aprendidos podem ser multiplicados.

Todo mundo precisa de um lugar para uma experiência comunitária. Há animação e

entusiasmo, à medida que existe mudança de vida e outras pessoas criam

relacionamentos significativos na comunidade. É natural que os grupos formem

subgrupos feitos de três a quatro pessoas cada. Estes subgrupos podem, por sua vez,

desenvolver líderes, acrescentar membros e no fim se dividir em seus próprios grupos

saudáveis. O processo continua até que todo o mundo em busca de comunidade encontre

um pequeno rebanho que os receberá, desenvolverá e liberará para o ministério.

Multiplicação do grupo

Discipulado relacional

O melhor discipulado é o de grupo. Jesus o praticou, passando muito do Seu tempo com

não menos que três dos doze discípulos. A aprendizagem em grupo e experiências do

ministério têm vantagens distintas. As pessoas discipuladas no contexto da vivência de

grupo pequeno se beneficiam da sabedoria e discernimento dos seus membros, podem

usar seus dons num ambiente seguro e encorajador, ver as necessidades preenchidas, ter

irmãos em Cristo orando por elas e ser encorajadas ao ministério de equipe. As reuniões

“um-a-um”, tanto quanto mentoreamento são acentuados pela experiência de um grupo

mais amplo, e o líder é protegido de ter que assumir a responsabilidade total do

discipulado. Assim “levamos as cargas uns dos outros” e nos dedicamos a um ministério

mútuo no Corpo de Cristo.

dinâmica de grupo. Neste modelo de fazer igreja a liderança é encorajada a acompanharpessoas que apresentam perfil de líder, mas que ainda não estão preparadas paraassumir formalmente esse papel, desafiando-as a se tornarem aprendizes.

Nenhum grupo deve começar sem o time de liderança no lugar. Isto assegura que a

liderança está sendo compartilhada e desenvolvida, e demonstra a seriedade da igreja

em relação ao futuro do ministério. Os grupos que começam sem aprendizes ou líderes

em ascensão vão se tornar subdesenvolvidos ou incapazes de produzir novos grupos. O

grupo pequeno é um lugar ideal para os líderes em ascensão experimentarem seus

dons espirituais, obterem frutos, serem treinados pelo líder e crescerem na liderança.

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Transformar pessoas descrentes em verdadeiros e frutíferos discípulos sempre esteve no

coração de Jesus e de Sua igreja. Cristo nos mandou falar, amar e servir aos outros, como

Ele fazia, e viver crescendo sempre em amor, alegria e demais frutos do Espírito. Os

discípulos não são apenas pessoas que precisam de mais respostas às perguntas da Bíblia

ou que assistem a mais eventos ou escutam mais rádios evangélicas. Discípulos são

aqueles que agem como Cristo, estão dispostos a treinar para ser como Ele foi e praticam

as disciplinas da oração, retiro espiritual, adoração, leitura e estudo bíblico, comunidade

e ministério. São alunos que amam a Cristo para todo o sempre. Os grupos pequenos que

intencionalmente se envolverem nisto verão frutos se multiplicarem na vida das pessoas.

Coordenação do ministério

As igrejas, não importa o tamanho, geralmente funcionam como uma coleção de

ministérios paraeclesiásticos que apenas coincidem por terem o mesmo endereço.

Compartilham dependências físicas, recursos, voluntários, finanças e ordens bíblicas, mas

você dificilmente os verá trabalhando realmente juntos em relação a propósitos e

objetivos comuns. O modelo meta-igreja é um modelo “igreja total” que promove o

trabalho em equipe e a coordenação de esforços ministeriais. Desde que todos os

ministérios na igreja são designados e desenvolvidos usando-se os grupos pequenos, é

essencial que todos estes grupos funcionem harmonicamente para realizarem a missão da

igreja. Sendo que o Modelo meta-igreja emprega a mesma estrutura de grupo pequeno

para todos os ministérios (jovens, crianças, coral, adultos, de alcance, internacional, etc.),

esta estrutura oferece um sistema de ministração que é igual na organização como um todo.

Por exemplo, uma igreja pode determinar reunir as forças em torno do objetivo de

alcançar a comunidade para Cristo. Além dos ministérios de ensino e pregação que

desafiam e exortam as pessoas, os grupos pequenos podem se tornar um lugar onde se

modele e pratique as habilidades de evangelismo, onde se ofereça oração e apoio, onde se

enfatize a responsabilidade e onde aconteça a integração de seguidores recentemente

alcançados. Os líderes do grupo pequeno de toda a igreja podem ser reunidos para

treinamento, avaliação, lançamento da visão e oração. Não importa o tamanho nem a

extensão do ministério em particular, cada um pode “ser o dono” da missão de alcançar a

comunidade e articulá-la aos membros dos grupos pequenos. Esta é uma estratégia eficaz

para igreja de 80, 800 ou 8000 pessoas.

1. Seremos uma igreja com grupos pequenos ou uma igreja de grupos pequenos?

Certifique-se de que pode responder a esta pergunta com clareza, pois ela determinará

seu ministério por vários anos a seguir. Se sua igreja tiver grupos pequenos mas não

quiser se organizar em torno deles, então os “grupos pequenos” são um programa ou

departamento da igreja. É opcional.

PERGUNTAS A SEREM RESPONDIDAS AOPROJETAR UMA ESTRUTURA PARA O MINISTÉRIO

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Contudo, se escolheu realizar o ministério em conjunto, em pequenas comunidades,

então os “grupos pequenos” são a igreja. Os grupos oferecem um sistema de

ministração da verdade, discipulado e cuidado. Eles representam muito da vida corpo-

ral da igreja. Isto significa que toda equipe de liderança e membros da comissão

servirão de modelo da vida em grupo e participarão na propagação da visão para os

grupos. Não será a responsabilidade de só um membro da liderança implementar ou

ser responsável pelo ministério.

2. Como vamos determinar que uma extensão apropriada serve para nossos

funcionários e voluntários?

A organização ministerial da igreja determina quem é responsável para oferecer a

nutrição e desenvolvimento aos outros na pessoa do pastor titular à comissão e aos

membros da igreja. Após estabelecer as prioridades, marcar a hora e gastar recursos e

energia, determine o que está à disposição para um ministério de grupos pequenos.

Lembre-se, há limites em relação ao que qualquer pessoa pode fazer. Se todos precisam

de cuidado e ninguém deve cuidar de mais do que dez, então projete seus alvos de

pastoreio nessa direção, fazendo tudo o que puder para cumpri-los.

3. Uma estrutura pode ser adaptada para acomodar mudanças? As mudanças nas

necessidades do ministério, número de membros, limitações nas dependências físicas,

estacionamento, prioridades educacionais e estratégia da igreja são inevitáveis. Por

isto, é importante que sua estrutura não seja rígida. Ela deve permitir o

desenvolvimento de recursos e pessoas de tal maneira que a vitalidade do ministério

nunca venha a sofrer. A estrutura de um grupo pequeno deve sempre acentuar o

ministério, ao contrário de impedir-lhe o progresso.

4. Qual será o papel dos funcionários e voluntários? Os membros assalaridos da equipe

são mais assistidos do que os ministros que não recebem pagamento? Os funcionários

assalariados se preocupam com a identificação, treinamento e desenvolvimento do

Corpo de Cristo? As estruturas devem capacitar, liberar e apoiar o ministério dos

membros do Corpo. Os grupos pequenos que liberam as pessoas para o ministério,

mas deixam de capacitá-las ou apoiá-las, estão deixando que o ministério fraqueje. Os

voluntários que se sentem mal equipados e isolados logo se esgotarão e mudarão. Só

quando a estrutura correta é ligada à filosofia correta do ministério, é que dará os

resultados desejados.

A estratégia da Meta-Igreja trata destes assuntos com clareza. É uma abordagem eficaz e

compreensível ao ministério. Não significa que não tenha fraquezas ou problemas –

nenhuma estratégia ou estrutura poderia reivindicar isto. Mas por ser definida e

articulada de modo tão claro, os líderes da Meta-Igreja podem explorar suas forças e se

preparar de maneira adequada para as fraquezas.

O restante deste livro é dedicado a ajudá-lo a fazer esta estratégia funcionar na vida da

igreja local.