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 0 - INTRODUÇÃO  No âmbito da Unidade Curricular do Estágio Comple mentar de Enfermage m do 4º ano (5º CLE) do curso de licenciatura em Enfermagem, na Casa de Saúde do Espírito Santo (C.S.E.S.), foi-me proposto a elaboração de um processo de enfermagem de uma utente internada na mesma instituição (4ª Uni dade). Est e processo esteve sob ori ent ação do Enfermeiro do serviço, Enf.º Saúl Machado. O objectivo geral deste trabalho assenta na importância da elaboração de um processo de enfermagem para uma intervenção mais eficaz junto da utente. Para realizar o trabalho foi-me proposto pelo Enfermeiro tutor uma utente deste serviço, a qual apresenta como diagnóstico, Doença de Alzheimer. Deste modo tenho como objectivos específicos: proceder a uma recolha de dados  biográficos, pessoais, bem como, história clínica da utente em questão de forma a obter um melhor conhecimento acerca da mesma; efectuar um levantamento das actividades de vida diárias de acordo com a teórica Nancy Roper, procedendo por conseguinte à identificação dos respectivos diagnósticos de enfermagem e elaboração do plano de cuidados; enriquecer e aprofundar os meus conhecimentos relativamente à patologia psiquiátrica em estudo e a todos os conteúdos a esta ligada, relacionando-os com o caso prático em avaliação e descrever resumidamente a terapêutica administrada à utente durante o i nternamento. É de salientar que irei utilizar a seguinte metodologia para a realização do trabalho: referências bibliográficas de diferentes livros científicos, assim como, sites fiáveis da Internet sobre as temáticas em estudo. A área da psiquiatria lida com os distúrbios mentais, doenças cujas manifestações são  primariamente comportamentais e psicológica s. Na tentativa de fomentar a saúde mental dos utentes, é essencial saber aquilo que deve ser considerado como saudável e quais os sinais que devem ser interpretados como prova de doença. Para todas as pessoas, a saúde mental, a saúde física e a social constituem fios de vida est rit ame nte ent rel aça dos e pro fun dam ente int erd ep end entes. À medida que cresce a compreensão desse relacionamento, torna-se cada vez mais evidente que a saúde mental é indispensável para o bem-estar geral dos indivíduos, sociedades e países. 3

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0 - INTRODUÇÃO

 No âmbito da Unidade Curricular do Estágio Complementar de Enfermagem do 4º ano

(5º CLE) do curso de licenciatura em Enfermagem, na Casa de Saúde do Espírito Santo

(C.S.E.S.), foi-me proposto a elaboração de um processo de enfermagem de uma utente

internada na mesma instituição (4ª Unidade). Este processo esteve sob orientação do

Enfermeiro do serviço, Enf.º Saúl Machado.

O objectivo geral deste trabalho assenta na importância da elaboração de um processode enfermagem para uma intervenção mais eficaz junto da utente.

Para realizar o trabalho foi-me proposto pelo Enfermeiro tutor uma utente deste

serviço, a qual apresenta como diagnóstico, Doença de Alzheimer.

Deste modo tenho como objectivos específicos: proceder a uma recolha de dados

 biográficos, pessoais, bem como, história clínica da utente em questão de forma a obter um

melhor conhecimento acerca da mesma; efectuar um levantamento das actividades de vida

diárias de acordo com a teórica Nancy Roper, procedendo por conseguinte à identificação dosrespectivos diagnósticos de enfermagem e elaboração do plano de cuidados; enriquecer e

aprofundar os meus conhecimentos relativamente à patologia psiquiátrica em estudo e a todos

os conteúdos a esta ligada, relacionando-os com o caso prático em avaliação e descrever 

resumidamente a terapêutica administrada à utente durante o internamento.

É de salientar que irei utilizar a seguinte metodologia para a realização do trabalho:

referências bibliográficas de diferentes livros científicos, assim como, sites fiáveis da Internet

sobre as temáticas em estudo.A área da psiquiatria lida com os distúrbios mentais, doenças cujas manifestações são

 primariamente comportamentais e psicológicas. Na tentativa de fomentar a saúde mental dos

utentes, é essencial saber aquilo que deve ser considerado como saudável e quais os sinais que

devem ser interpretados como prova de doença.

Para todas as pessoas, a saúde mental, a saúde física e a social constituem fios de vida

estritamente entrelaçados e profundamente interdependentes. À medida que cresce a

compreensão desse relacionamento, torna-se cada vez mais evidente que a saúde mental é

indispensável para o bem-estar geral dos indivíduos, sociedades e países.

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Vivemos numa época em que a informação é essencial, não fugindo por isso à regra da

saúde mental. Infelizmente o nosso país nesta área encontra-se com graves deficiências, quer 

ao nível de investimento nos hospitais psiquiátricos e serviços de psiquiatria, quer ao nível da

criação de outras estruturas de apoio comunitário e terapêutico-reabilitativas (AFONSO,

2002). Não se justifica excluir das nossas comunidades as pessoas que têm doenças mentais

ou transtornos cerebrais – HÁ LUGAR PARA TODOS! (RELATÓRIO MUNDIAL DA

SAÚDE, 2001).

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1- RECOLHA DE DADOS

1.1 – IDENTIFICAÇÃO DA UTENTE

 Nome: Almerinda de Jesus Melo

Data de Nascimento: 28/02/1927

Idade: 79 anos

Profissão: Doméstica

Estado Civil: Viúva

Agregado Familiar: Tem 1 filha

 Naturalidade: S. Miguel, Ponta Delgada

Morada: Ladeira Grande, Ribeirinha

1.2- IDENTIFICAÇÃO DA FAMILIA

Nome do Pai: José RebeloNome da mãe: Maria da Conceição

1.3 – DADOS DO INTERNAMENTO

Data da 1° admissão: 11/04/2005

Motivo de Internamento: Agitação psico-motora a +/- 15 dias

Diagnóstico Psiquiátrico: Demência tipo Alzheimer 

Médico Assistente: Dra. Margarida

A Sra. A. chegou ao serviço acompanhada pela filha por volta das 15:30 horas.

Segundo a filha, a utente apresenta diabetes, trazendo consigo Avandamet comprimido que

faz 2x dia.

Apresentava à entrada T.A. de 122/75 mmHg, pulso de 103 b/m. Fez 5 mg de

Olanzapina velotab (Antipsicótico).

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1.4 – HISTÓRIA PESSOAL

A Sra. A. vivia numa casa extremamente degradada que não aufere de qualquer tipo de

condições de habitabilidade. A casa quando chovia entrava água e havia presença de muitos

animais roedores. Ela vivia em casa sozinha, sem condições físicas e humanas para tal.

A Sra. A. recebe uma pensão auferindo cerca de 334,87 euros mensais, e aufere de um

suplemento no valor de 18,68 euros. Também recebe a pensão do marido com o valor de

395,60 euros.

1.5 – HISTÓRIA CLÍNICA

- Diabetes: É uma alteração do organismo que o impede de utilizar a glucose (açúcar),atingindo valores acima dos limites normais, porque não produz insulina suficiente.

1.6– HISTÓRIA ACTUAL

A doente tem um diagnóstico  Demência do Tipo Alzheimer actualmente em fase avançada.

Tem deficit cognitivo ligeiro, mas é capaz de comer e ir ao W.C. sozinha. Necessita de apoiono que diz respeito às actividades de vida diárias (Higiene e conforto) e com a toma da

medicação.

1.7 – MEDICAÇÃO

De acordo com os registos referentes à Utente esta efectua o seguinte esquematerapêutico:

Medicamento ClassificaçãoP.

Almoço

Almoç

o

JantarIndicação

Serenal 15 mg(Oxazepam)

Ansiolíticosedativo

1 1 1

Perturbações de ansiedad

e sintomas ansiosos.

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Tercian 100mg

(Ciamemazina)Psicodepressor - - 1/2

Tratamento sintomático

das psicoses.

Risperdal 1mg

(Risperidona)

Psicodepressor 1/2 1/2 1/2

Tratamento de

 perturbações no

comportamento em

doentes com demência em

que sejam dominantes

sintomas de

agressividade.

Avandamet

2/500

(Metformina +

Rosiglitazona)Antidiabético oral 1 - 1

 No tratamento da diabete

tipo 2, particularmente emdoentes com excesso de

 peso que não conseguem

um controlo da glicemia

Azitrix comp.

(Azitromicina) Antibacteriano - - 1

Indicado no tratamento

das infecções produzidas

 por microorganismos

(infecção respiratória)Tercian solução

gotas 15 gts

SOS

Antipsicótico - - -

Utilizado em SOS, em

caso de insónias.

Imodium

(Loperamida)

SOS

Antidiarreico - - -

Utilizado em SOS, em

caso de diarreia.

Haldol

Decanoato

50mg I.M.

mensal.

(Haloperidol)

Antipsicótico - - -

Utilizado em SOS, em

caso de Esquizofrenia e

outras psicoses (delírios

alucinações, agitação,

etc).

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2 – ENQUADRAMENTO TEÓRICO

2.1– DEMÊNCIA

A Demência é um conjunto de sintomas e sinais que se manifestam em pessoas com

doenças cerebrais. Este vai alterar as capacidades mentais (memória, atenção, concentração,

linguagem, pensamento…) produzindo uma deterioração intelectual que se repercute na

capacidade funcional e no comportamento do utente.

As causas mais comuns de demência são as designadas de doenças neurodegenerativas,

  porque não têm um mecanismo causal conhecido mas têm manifestações neurológicas

 previsíveis, das quais a mais comum é a doença de Alzheimer (KAPLAN, 1997).

2.2 – ETIOLOGIA

A demência pode ter origem em muitas causas, contudo a demência de Alzheimer evascular representam 75% de todos os casos existentes. Das várias causas que a provocam

destaca-se a meningite, droga e toxinas, hidrocefalia normotensa, massas intracranianas,

tumores, abcessos cerebrais, insuficiência renal severa e hepática; hipertiroidismo e

hipotiroidismo, esclerose múltipla, traumatismos; transtornos neurodegenerativos,

nutricionais, metabólicos e inflamatórios crónicos (KAPLAN, 1997).

2.3 – SINTOMAS

De uma forma geral os principais sintomas da demência são:

Afasia: perturbação da linguagem;

Apraxia: capacidade prejudicada de executar actividades motoras,

apesar da função motora intacta;

Agnosia: incapacidade de reconhecer ou identificar objectos, apesar da

função sensorial intacta;

Alteração da aprendizagem memória e linguagem;

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Alteração da aprendizagem, memória e linguagem; 

Alteração da orientação, percepção, atenção, julgamento, concentração

e habilidade social;

Instabilidade do humor.

Podem também surgir delírios paranóides que com frequência afectam as famílias e os

cuidadores (KAPLAN, 1997).

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(www.alzheimer.med.br/demencia.htm)

2.4 - TRATAMENTO

Assim que o diagnóstico de demência é efectuado devem fazer-se exames físicos, testeslaboratoriais, imagens cerebrais e elaborar a história médica completa. Desta forma é possível

ter uma visão melhorada da situação pois alguns casos de demência são considerados tratáveis

 pois o tecido disfuncional do cérebro tem a capacidade de recuperação com o tratamento

adequado (KAPLAN, 1997).

A manutenção de uma dieta nutritiva, terapias recreativas, exercícios e actividades

adequadas, atenção para problemas auditivos e visuais são o primeiro passo para o tratamento

assintomático da demência (ibidem).O tratamento dos sintomas da demência é também feito através de prescrição de drogas

como Benzodiazepinas, combatendo a insónia e ansiedade; antidepressivos para a depressão e

 por ultimo antipsicóticos para delírios e alucinações (ibidem).

 Nos mais idosos, os mais afectados pela demência, esta medicação pode provocar efeitos

idiossincrásicos como por exemplo excitação paradoxal, confusão e maior sedação (ibidem).

Segundo vários dados, a tioridazina, droga com actividade anticolinérgica alta, é uma

substância particularmente positiva no controlo dos comportamentos em indivíduosdemenciais mas deve ser administrada em doses baixas evitando os efeitos secundários nos

idosos (ibidem).

As Benzodiazepinas de curta acção em pequenas doses são medicações ansiolíticas e

sedativas preferíveis para pacientes com demência, podendo o  Zolpidem, ser usado para

finalidades de sedação (ibidem).

Contudo é de ter em conta que se para uns todas estas drogas podem ter em vista uma

estabilização da patologia, para outros pode ser apenas o abrandar da situação (ibidem).

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2.5. – PAPEL DO ENFERMEIRO PERANTE O PACIENTE DEMENTE

Os seres humanos, independentemente da sua idade, precisam sentir expectativas quanto

ao futuro. Eles têm que ter esperança, acreditar numa sempre presente capacidade de

crescimento e mudança, para poder viver a vida integralmente. Os profissionais de saúde

 precisam estimular essa crença e aderir pessoalmente, se querem ser vistos como pessoas que

querem ajudar. Negar a qualquer ser humano, esse direito, é negar-lhe a necessidade de

existência. (KYES, 1985)

A maior perda para o indivíduo demente é a perda do seu papel significativo. Assim, os

 profissionais de saúde devem dar-lhes licença e muitas vezes ajudar, para que eles participem

em actividades significativas, de modo a manter um sentimento de utilidade e preservar o seu

orgulho. Deste modo, a perda da dignidade e do amor-próprio pode ser evitada. Os

 profissionais de saúde também têm o dever de prestar uma atenção particular aos responsáveis

e membros da família que lidam com a frustração, tristeza e esgotamento psicológico,

enquanto cuidam do paciente por longos períodos, uma vez que estes familiares enfrentam

todos estes sentimentos ao verem o seu ente deteriorando gradualmente. Assim o papel do

enfermeiro, perante o doente demente, resume-se à manutenção da saúde física do paciente,

ambiente extremamente apoiado, tanto ao paciente como aos seus familiares, e tratamento psicofarmacológico sintomático. (KAPLAN, 2003)

2.6 - DEMÊNCIA DE ALZHEIMER 

A designação de doença de Alzheimer data de 1906 quando Lois Alzheimer, psiquiatra e

neuropatologista alemão, descreveu pela primeira vez as alterações neuropatológicas

características da doença: morte de neurónios em determinadas áreas do cérebro, tranças

neurofibrilhares e placas senis (Panfletos fornecidos pela sede do Porto da Associação

Portuguesa dos Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer).

A doença manifesta-se por alterações da memória e de outras faculdades mentais como

orientação no tempo e espaço, linguagem, cálculo, desenho e raciocínio entre outras, e

acompanha-se frequentemente de perturbações psicológicas como alterações do humor e da

 personalidade (ibidem).

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Inicialmente os sintomas podem mesmo passar despercebidos, mas com o desenvolver da

 patologia os sintomas tornam-se cada vez mais notórios e começam a interferir com o

trabalho de rotina e com as actividades sociais (ibidem).

Reconhece-se três fases na evolução da doença de Alzheimer, onde os idosos manifestam

determinadas características comuns:

FASE INICIAL:

• Distracção;

• Dificuldade de lembrar nomes e palavras;

• Esquecimento Crescente;

• Dificuldade para aprender novas informações;

• Desorientação em ambientes familiares;• Pequenos lapsos, mas não característicos de julgamento e

comportamento;

• Redução das actividades sociais dentro e fora de casa.

FASE INTERMÉDIA

• Perda marcante da memória e da actividade cognitiva;

• Deterioração das habilidades verbais, diminuição do contudo e

da variação da fala;

• Apresenta mais alterações de comportamento: frustração,

impaciência, inquietação, agressão verbal e física;

• Alucinações e delírios;

• Incapacidade para convívio social autónomo;

• Perde-se com facilidades, tendência a fugir ou deambular pela

casa;

• Inicio da perda do controlo vesical;

• Dificuldade em realizar as actividades de vida diária (AVDs).

FASE AVANÇADA

• A fala torna-se monossilábica e, mais tarde, desaparece;

• Continua o delírio;

• Transtornos emocionais e de comportamento;

• Perda do controlo do esfíncter anal e vesical;

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• Perda do controlo do esfíncter anal e vesical; 

• Dificuldade na marcha, tendendo a estar mais sentado ou no

leito;

• Enrigecimento das articulações;

• Dificuldade na deglutição dos alimentos, levando para o uso

de sonda nasogástrica;• Morte (www.alzheimer.med.br/alz1.htm).

2.6.1. – Causas da doença de Alzheimer 

Qualquer pessoa pode ser afectada contudo, estudos epidemiológicos populacionais,

revelam que existem factores de risco o que significa que algumas pessoas têm mais

 predisposição para a doença do que outras e que doença não é o resultado de uma causa única.

De seguida apresentam-se alguns desses factores:

Idade: o número de casos de doença de Alzheimer e com demência em geral, aumenta

exponencialmente com a idade. O número duplica a cada cinco anos. Cerca de uma em cada

vinte pessoas com idade superior ou igual a 65anos desenvolve Alzheimer enquanto que uma

em mil com idade inferior a 65anos manifesta a doença (A Sra. “A” apresenta-se numa faixa

etária de 79 anos).

Sexo: os estudos indicam que a doença é mais frequente em mulheres e após a menopausa

 pelo que se pensa existir uma relação entre a doença de Alzheimer e a baixa dramática de

hormonas femininas (No caso da Sra. “A” esta pertence ao sexo feminino e actualmente com

79 anos de idade (menopausa)).

Factores genéticos: a doença de Alzheimer não é, geralmente hereditária, o que significa

que não é necessariamente ou obrigatoriamente causada pela transmissão de genes dos pais

 para os filhos (No processo da Sra.”A” não consta dados que justifiquem esta causa).

Traumatismos cranianos: quando ocorrem com perda do conhecimento aumentam a probabilidade de desenvolvimento da doença, apesar de esta conclusão ser ainda um pouco

controversa (No processo da Sra.”A” não consta dados que justifiquem esta causa).

Idade materna: filhos que nasceram de mães com mais de 40 anos, podem ter mais

tendência a problemas demenciais na terceira idade (No processo da Sra.”A” não consta

dados que justifiquem esta causa).

Também, apesar de ainda não terem sido atingidas conclusões definitivas sobre esta

matéria, pensa-se que as pessoas com um maior nível de educação e tribos de índiosamericanas e certas populações africanas apresentem um risco mais baixo de desenvolverem a

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doença de Alzheimer (Panfletos fornecidos pela sede do Porto da Associação Portuguesa dos

Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer).

2.6.2 - Diagnóstico da Doença de Alzheimer 

Existem critérios para o fazer mas não existe um teste simples que permita afirmar ou

excluir a doença. O diagnóstico baseia-se num processo laborioso de exclusão de outras

formas de demência através da avaliação do estado mental, do exame físico e de exames

complementares de diagnóstico (Panfletos fornecidos pela sede do Porto da Associação

Portuguesa dos Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer).

2.6.3. - Tratamento da Doença de Alzheimer 

 Na actualidade, não existe tratamento preventivo ou curativo. Sabe-se que nesta doença

existe uma redução dos níveis de acetilcolina, substância química neurotransmissora

responsável pela transmissão de mensagem entre as células nervosas. Este neurotransmissor é

especialmente importante no processo de memória.

Recentemente foram introduzidos no mercado medicamentos que inibem a enzima

responsável pela degradação da acetilcolina. Nalguns utentes, estes medicamentos melhorama memória e a concentração podendo ainda abrandar temporariamente a progressão destes

sintomas. Não existem provas, no entanto, que revertam ou interrompam o processo de

destruição das células nervosa, ou seja, tratam os sintomas mas não tratam a doença

(Panfletos fornecidos pela sede do Porto da Associação Portuguesa dos Familiares e Amigos

dos Doentes de Alzheimer).

Existem ainda vários medicamentos sintomáticos que ajudam a aliviar alguns sintomas,

tais como, agitação, ansiedade, depressão, alucinações, confusão e insónia. Importante seráreferir que estes fármacos têm efeitos colaterais indesejáveis e que por isso devem ser 

evitados a menos que sejam realmente necessários (ibidem).

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2.7. – COMO LIDAR  COM UM DOENTE COM DOENÇA DE ALZHEIMER 

Comunicar, alimentar-se, vestir-se e cuidar da higiene pessoal são algumas das acções

rotineiras que, aos poucos e poucos, o doente de Alzheimer vai deixar de conseguir realizar.

Para quem cuida de doentes de Alzheimer e para o bem do doente e do próprio cuidador, é

necessário adquirir competências e descobrir como deve reagir a determinadas situações.

É normal o doente não encontrar as palavras que precisa para se expressar ou não

compreender os termos que ouve.

Como deve-se agir:

• Estar próximo e olhar bem para o doente, olhos nos olhos, quando conversar 

com este;

• Dar indicações claras, com frases curtas;

• Repetir as informações importantes se for necessário. Ser paciente, dar 

tempo ao doente para reagir ou responder;

• Estabelecer regras e hábitos firmes;

• Utilizar referências concretas como a hora, a data, o local ou o nome, para

estimular a memória;

• Usar o relógio, calendário e a agenda, para as datas de aniversário ou outros

dias importantes, a fim de manter uma orientação temporal;

• A regularidade e a rotina do dia-a-dia, assim como um meio ambiente que

inspire confiança, são propícios ao doente. A estimulação sensorial

exagerada é prejudicial;

• Permanecer calmo e quieto. Falar clara e pausadamente, num tom de voz

nem demasiado alto nem demasiado baixo;

• Evitar ruídos (rádio, televisão ou conversas próximas);

• Se for possível, segurar na mão do doente ou pôr a sua mão no ombro dele.

Demonstrar-lhe carinho e apoio é muito importante.

Em todas as fases da doença, é necessário manter uma atitude carinhosa e tranquilizadora,

mesmo quando o doente parecer não reagir às nossas tentativas de comunicação e às nossas

expressões de afecto (http://www.portaldasaude.pt ).

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3 – ACTIVIDADES DE VIDA SEGUNDO NANCY ROPER 

Segurança

A Sra. A. tem 79 anos de idade. Apresenta como diagnóstico demência tipo

Alzheimer. É totalmente dependente nas AVD´s.

Encontra-se desorientada no tempo e no espaço. Em relação à segurança física,

apresenta mobilidade diminuída, pelo o que já apresentou algumas quedas.

.

Comunicação

Uma vez que a Sra. A. apresenta Demência, o seu discurso é muito pobre, só

responde quando estimulada.

Encontra-se algumas vezes muito sonolenta, no entanto reactiva a estímulos.

Alimentação

A Sra. A. é independente nesta actividade de vida. Consegue mobilizar a colher até à

 boca. Por ser diabética, a sua alimentação é cuidada.

As refeições são fornecidas pela CSES, (4 refeições diárias) sendo equilibradas. AUtente manifesta apetite e apresenta capacidades motoras que lhe permitem comer de

forma independente e, normalmente, ingere as refeições na totalidade. Apresenta bons

reflexos de deglutição e mastiga com eficácia. A sua dieta hospitalar é inteira.

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Respiração/Circulação

A utente apresenta uma frequência respiratória de 20 ciclos por minuto com

características superficiais. É normotensa, com uma frequência cardíaca adequada (60-

90 b/m).

Higiene e Arranjo Pessoal

A Sra. A. é dependente na sua higiene e arranjo pessoal, sendo esta feita com total

auxílio. A sua higiene é efectuada diariamente, incluindo a higiene oral, após o banho e

refeições. É de realçar que à entrada na Instituição, a Sr.ª A., apresentava um aspecto

 pouco cuidado.

Controlo da Temperatura Corporal

A Sra. A. no início apresentava-se apirética. A partir do dia 07/01/07 começou a

apresentar picos febris (36ºC-38,65ºC) que cederam à medicação (Paracetamol, 3x dia).

A partir do dia 10/01/07 a Sra. A. tem-se apresentado apirética (36ºC). Apresenta pele e

mucosas hidratadas.

Mobilidade

A Sra. A. é semi – dependente nesta actividade de vida, desloca-se sozinha mas por 

vezes precisa de ajuda para se movimentar por apresentar lentificação motora e

dificuldade em deambular.

Eliminação

Quanto à eliminação cutânea, a Sr.ª A., não apresenta sudorese acentuada.A Sr.ª A. não possui controlo dos esfíncteres anal e vesical. Permanece ao longo de

todo o dia com fralda.

Trabalho e Diversão

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A Sr.ª A. era doméstica.

 Na instituição a Sra. A. passa o seu tempo sentada no cadeirão na sala de convívio a

repousar ou a ver T.V., alternando com períodos de deambulação pelo serviço.

Expressão da Sexualidade

 Não foram obtidos dados em relação a esta actividade de vida.

Sono e Repouso

A Sr.ª A. de uma forma geral mantém-se adormecida durante a noite. De dia, alterna

 períodos de vigília com períodos de sono.

Agonia e Morte

 Não relata dados sobre este tipo de actividade vida.

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4 – PLANO DE CUIDADOS

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº 1: Mobilidade física prejudicada

relacionada com prejuízos musculoesqueléticos, manifestado por capacidade prejudicada de

movimentação.

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº2: Défice de autocuidado para

 banho/higiene, relacionado com prejuízos musculoesqueléticos e   prejuízo perceptivo oucognitivo, manifestado por, incapacidade de lavar e secar todo o corpo e vestir-se sozinha.

 

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº3: Padrão de sono perturbado relacionado

com efeitos de medicação manifestado por longos períodos de sono durante o dia.

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº4: Risco para integridade da pele

 prejudicada relacionada com incontinência urinária e intestinal.

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº5: Incontinência intestinal e urinária

relacionada com perda do controlo dos esfíncteres intestinal e vesical, manifestado por,

incapacidade para evacuar e urinar voluntariamente.

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº6: Temperatura corporal alterada

relacionado com gripe manifestado por hipertermia.

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ACTIVIDADE DE VIDA: Mobilidade

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº 1: Mobilidade física prejudicada relacionada com prejuízos musculoesqueléticos, manifestado

capacidade prejudicada de movimentação.

DEFINIÇÃO: “Limitação no movimento físico independente e voluntário do corpo ou de uma ou mais extremidades ” NANDA (2001-20

 pág.155).

OBJECTIVO: Que a Sra. A. melhore a sua capacidade de mobilidade.

INÍCIO FIM ACÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICAÇÃO AVALIAÇÃO

27/11/06 26/01/07

Independentes

a) Estimulação de exercício físico;

  b) Encorajar a participação nas

AVDs;

 b) Realização de fisioterapia (acção

interdependente);

a) Promover a sua autonomia.

  b) Aumenta a auto-estima,

  promove o sentido do controle e

da independência.

c) Útil na criação de

actividades/programas de

exercício individualizados.

A Sra. A. passa a maior parte do

tempo a deambular pelo serviço alterna

com períodos de repouso na sala

convívio.

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ACTIVIDADE DE VIDA: Segurança

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº2: Défice de autocuidado para banho/higiene, relacionado com prejuízos musculoesquelético

 prejuízo perceptivo ou cognitivo, manifestado por, incapacidade de lavar e secar todo o corpo e vestir-se sozinha.

DEFINIÇÃO: “Capacidade prejudicada de realizar ou completar as actividades de banho/higiene por si mesmo.” NANDA (2001-20

 pág.43).

OBJECTIVO: Que a Sr.ª A. comece gradualmente a realizar as suas actividades de auto-cuidado no que diz respeito ao banho/higiene, dentdo nível da sua capacidade.

INÍCIO FIM ACÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICAÇÃO AVALIAÇÃO

27/11/06 26/01/07

Independentes

a) Proporcionar privacidade e

conforto.

 b) Descobrir a capacidade actual da

utente.

c) Efectuar os cuidados de higiene e

conforto à utente sem pressa.d) Encorajar a utente a cuidar de si

sem no entanto, pressioná-la a

realizar tarefas que vão para além

das suas possibilidades.

e) Massajar o corpo da utente com

a) Estabelecer uma relação de

respeito mútuo. Evitar que a Sr.ª

A. se sinta exposta e

desconfortável.

 b) Para ajudar no planeamento das

acções que irão ser efectuadas

consoante as necessidades dautente.

c) Para a utente não se sentir 

 pressionada, ficando desmotivada;

d) Estimular a utente a fazer o

máximo possível de coisas por si

Os cuidados de higiene e conforto

efectuados no WC com total auxílio.

Ao vestir, a Sra. A. colabora qua

solicitada, dando os braços para vest

roupa.

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creme hidratante.

f) Manter ambiente seguro.

mesma, para manter a auto-estima

e promover a recuperação.

e) Ajuda a manter a pele da utente

hidratada e cuidada.

f) Auxiliar nas actividades que

requeiram uma maior vigilância e protecção.

 

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ACTIVIDADE DE VIDA: Sono e Repouso

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº3: Padrão de sono perturbado relacionado com efeitos de medicação manifestado por long

 períodos de sono durante o dia.

DEFINIÇÃO: “Distúrbio com tempo limitado na quantidade ou qualidade do sono (suspensão natural, periódica da consciência) ”. NAND

(2001-2002 pág. 164).

OBJECTIVO: Que a doente durma de 6 a 8 horas diárias.

INÍCIO FIM ACÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICAÇÃO AVALIAÇÃO

27/11/06 26/01/07

Independentes

a) Estabelecer uma rotina regular de

tempo de sono:

- Estabelecer uma hora para

levantar-se e deitar-se;

- Promover a participação em

actividades evitando a frequência no

cadeirão/leito;

-Promover a comunicação

com a doente.

a) Vai fazer com que a doente não

ocupe a maioria do seu tempo a

dormir e com que esta se habitue a

uma rotina regular de sono.

A Sra. A. alterna períodos de repouso

cadeirão da sala de convívio com outro

deambulação pelo serviço.

ACTIVIDADE DE VIDA: Segurança

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DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº4: Risco para integridade da pele prejudicada relacionada com incontinência urinária e intestinal

DEFINIÇÃO: “Estar em risco de a pele ser alterada de forma adversa”. NANDA (2001-2002 pág. 136).

OBJECTIVO: Que a Sr.ª A. não apresente zonas de hiperémia.

INÍCIO FIM ACÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICAÇÃO AVALIAÇÃO

27/11/06 26/01/07

Independentesa) Inspeccionar pele e tecidos

com frequência.

 b) Mudar as fraldas sempre que

estas estejam sujas.

c) Manter uma boa higiene da

  pele, secando-a delicada e

totalmente.

d) Massajar as proeminências

ósseas com loção ou creme

hidratante.

e) Manter os lençóis da cama

limpo, secos e livres de rugas, ou

outros matérias irritantes.

f) Usar protectores (almofadas

com espuma ou de gel) nos locais

a) Permite verificar se existem

áreas lesionadas e se apele se

mantém hidratada e integra.

  b) A humidade é um factor 

adjuvante para a formação de

úlceras de pressão pelo que deve

fazer-se por manter a pele o mais

seca possível.

c) A humidade compromete a

integridade da pele, assim como, a

falta d e higiene adequada. A pele

não deve ser esfregada para não

ser magoada.

d) Alivia as zonas de pressão.

e)Permite diminuir o risco de

A Sra. A. apresenta uma boa higiene  pele, as fraldas são sempre mud

quando se encontram sujas,

apresentando assim zonas de hiperé

relacionada com incontinência urinár

intestinal.

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sujeitos a pressão para posicionar 

na cama.

g) Mudar de posição

frequentemente. Prestar muita

atenção ao seu nível de conforto.

formação de úlceras por  

eliminação de objectos e

substancias estranhas que causem

atrito nos posicionamentos e por 

ausência de humidade.

f) Permite colocar a utente emdiferentes posições, diminuindo a

 pressão mais afectadas.

g) Rodar os pontos de pressão.

ACTIVIDADE DE VIDA: Eliminação

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DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº5: Incontinência intestinal e urinária relacionada com perda do controlo dos esfíncteres intestina

vesical, manifestado por, incapacidade para evacuar e urinar voluntariamente.

DEFINIÇÃO: “Mudança nos hábitos intestinais e vesicais normais caracterizada por passagem involuntária das fezes e da urina”. NAND

(2001-2002 pág. 127).

OBJECTIVO: Que a Sr.ª A. mantenha a pele íntegra na região perianal.

INÍCIO FIM ACÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICAÇÃO AVALIAÇÃO

27/11/06 26/01/07

Independentes

a) Mudar fralda sempre que esta

se encontre suja.

  b) Proceder aos cuidados de

higiene.

c) Aplicar creme hidratante

adequado.

a) A humidade é um dos factores

de risco de integridade da pele

 prejudicada. Deve minimizar-se ao

máximo.

  b) Manter a área limpa evitando

infecções.

c) Manter a pele hidratada.

A Sra. A. apresenta higiene e hidrata

na região perianal.

ACTIVIDADE DE VIDA: Controlo da Temperatura Corporal

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nº6: Temperatura corporal alterada relacionado com gripe manifestado por hipertermia.

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DEFINIÇÃO: “Temperatura corporal elevada acima dos parâmetros normais”. NANDA (2001-2002 pág. 119).

OBJECTIVO: Que a Sra. A. apresente valores de temperatura dentro dos parâmetros normais (36ºC).

INÍCIO FIM ACÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICAÇÃO AVALIAÇÃO

07/01/07 10/01/07

Independentes

a) Avaliar a temperatura corporal; b) Administração oral de antipirético

(Paracetamol, 3x dia);

c) Vestir a utente com roupas frescas

e leves;

d) Aumentar o aporte hídrico da

utente (água, chá, etc);

a) Para ajudar a manter/estabilizar a temperatura da utente.

  b)Permite abaixar a temperatura

 para valores normais.

c) Ajuda na diminuição da

temperatura corporal próxima do

normal.

d) Manter a hidratação.

  No dia 07/01/07 começou a aprese

 picos febris (36ºC-38,65ºC) que cederamedicação (Paracetamol, 3x dia).

A partir do dia 10/01/07 a Sra. A. tem

apresentado apirética (36ºC). Apres

 pele e mucosas hidratadas.

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5 – CONCLUSÃO 

Este estágio tem sem dúvida uma óptica diferente de todos os outros, tendo

contribuído muito para o meu auto-conhecimento.

O trabalho revelou-se uma mais valia, transformou-se numa experiência muito

enriquecedora, pelo facto de ter ficado com ideias muito mais concretas sobre a doença

de Alzheimer e o contacto real com uma doente.

Inicialmente, delineei certos objectivos, para a elaboração deste trabalho, dos

quais, no meu ponto de vista foram alcançados. Foi-me possível observar o estado de

saúde da Sr.ª A., assim como o seu meio envolvente, o que enriqueceu e facilitou a

elaboração deste processo.

Ao longo deste estágio e através da realização deste trabalho aprendi a olhar para

a pessoa e não para a pessoa doente.

É de salientar que através do contacto com a Sr.ª A. e com as restantes utentes do

serviço, pude constatar que a doença mental é uma realidade bem próxima de nós, e queacontece a qualquer um, e com certa frequência, sem escolher hora, idade, sexo, raça,

grau social. É importante que todos tenhamos consciência que doença mental não é sinal

de fracasso pessoal, que esta pode acontecer a qualquer um de nós e não só aos outros.

Daí a necessidade de os profissionais de saúde, e restantes colaboradores, aprofundarem

cada vez mais, os conhecimentos, de modo a prestarem os melhores cuidados possíveis, a

fim de proporcionarem a melhor qualidade de vida permissível.

Deste modo, acho relevante fixar que devemos cuidar, não excluindo estas

  pessoas da sociedade, mas sim integra-las da melhor forma tolerável. Torna-se

extremamente necessário realizar campanhas de sensibilização para a sociedade em geral,

a fim de desmistificar a doença mental, numa tentativa de acabar com estereótipos e

discriminação, uma vez que a própria sociedade é a primeira a rejeitar os doentes

mentais.

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A realização deste trabalho foi uma mais valia para mim, uma vez que contribuiu

  para o meu desenvolvimento pessoal e profissional, como futura enfermeira,

enriquecendo todos os meus conhecimentos teóricos da área da psiquiatria, bem como

 pessoais.

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6 – BIBLIOGRAFIA

AFONSO, P., (2002),  Esquizofrenia – Conhecer a Doença, 1.ª Edição, Lisboa,

Climepsi Editores;

KAPLAN, H. & SADOCK, B. & GREBB, J., (2003), Compêndio de Psiquiatria,

7.ª Edição, Porto Alegre, Artes Medicas Editora;

KAPLAN, H., SADOCK, B., (1997), Compêndio de Psiquiatria, 2.ª Edição, Porto

Alegre, Artes Médicas;

KYES, J. & HOFLING, C., (1985), Conceitos Básicos em Enfermagem

Psiquiátrica, 4ª Edição, Rio de Janeiro;

  NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION, Diagnósticos

de Enfermagem da NANDA, 2001/2002, Editora Artmed;

Panfletos fornecidos pela sede do Porto da Associação Portuguesa dos Familiares

e Amigos dos Doentes de Alzheimer;

 PRONTUÁRIO TERAPÊUTICO, Dezembro de 2004, Editora Infarmed, Lisboa;

 RELATÓRIO MUNDIAL DA SAÚDE: Saúde mental: nova concepção, nova

esperança , (2001), [em linha], disponível em <http://www.dgsaude.pt/>

[consultado em 13/01/07];

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http://slidepdf.com/reader/full/76003489-alzheimer 30/30

 

(www.alzheimer.med.br/demencia.htm [consultado em 13/01/07];

(http://www.portaldasaude.pt

 

) [consultado em 19/01/07].

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