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BORIDEFINIO DA PALAVRA E DO RITUAL

Em primeiro lugar, vamos fazer algumas consideraes da traduo da palavra bori,que de acordo com aacentuao pode ter vrias tradues,porm quase todas elas com o mesmo sentido, que por s s quaseexplicam a finalidade do ato.

Escolhi alguns artigos que explicam o sentido real e pragmtico desse primeiro Ritual, em vriascorrentes do Culto Candombl/Umbanda, para depois entrarmos no Real sentido do nosso Ritual.

Vamos l!

Afro Brasil: Roberto Mozart

As tradues mais comuns a esta palavra so: cobrir a cabea, indicando a proteo recebida pela mesmaatravs do ritual; alimentar a cabea, fazendo uma aluso ao alimento recebido simbolicamente pelo oriatravs do ritual; e retornara cabea, trazendo- a a realidade, ao equilibrio.

O mais importante saber que o rirual engloba esses 3 sentidos,pois, atravs dele a cabea trazida realidade, alimentada, e finalmente coberta ou seja protegida. Neste ritual, o principal elemento a servenerado o Ori inu, ou seja a cabeainterna, onde est contida a individualidade, e consequentemente aancestralidadeque tambm reverenciada atravs deste ritual.

ao Ori inu que so destinadas as oferendas e tudo mais que compe o ritual, pois ele deve serreverenciado pois o nico que acompanha o ser humano at o dia de sua volta.

Considera-se bori todo e qualquer elemento etreo ritualisticamente levado acabea, seja ele sangue,frutas, ervas, comida seca,etc...cada um com uma finalidade especfica. Tal ritual no tem contraindicaes,podendo e devendo ser realizado sempre que necessrio, logicamente que seguindo asorientaes de If ( Bzios).

WIKIPEDIA

O BORI o ritual que harmoniza o ORI, dando assim a possibilidade de transformar um " ORI BURUKU"(cabea ruim) em "ORI RERE"(cabea feita, boa)

o BORI que diminui a ansiedade, o medo, a dor e a tristeza trazendo a esperana, alegria e a harmonia.Desta forma, o BORI uma das oferendas mais importantes que visa o bem estarindividual no Candombl.

O Ritual de Bori muito srio, complexo e profundo. Por isso, o sacerdote deve ter grande conhecimento erespeito em relao questo do Ori e da evoluo humana.

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Todos os elementos que constituem a oferenda cabea exprimem desejos comuns a todas as pessoas:paz, tranquilidade, sade, prosperidade, riqueza, boa sorte, amor, longevidade, mas cabe ao Or de cadaum eleger as prioridades e, uma vez cultuado como deve ser, proporciona-as aos seus filhos.

Nunca se esquea: Orix comea com Or.

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Borivem da juno BO + ORI, onde bo podemos traduzir como encontrar ou alimentar.

Falando de Ori:

O ser humano, espiritualmente falando, no corpo, mas s cabea.

Exemplo:

Jos ou Maria no cabea, tronco e membros, mas apenas cabea. Tudo que vem abaixo da cabea (Ori)so partes prestadoras de servio (funcionrias) da cabea. Acredito que a cabea base de tudo, tantono Orun (mundo espiritual) como no Aiye (mundo material). No Aiye, a cabea responsvel pelos projetos,

pela ira, amor e a f.

No Orun, a cabea (Ori) a responsvel pela continuidade no plano terrestre. como se tivesse duasdimenses chamadas de Orun e a outra Aiye, onde teramos uma cpia fiel de cada um de ns e, quando

fazemos o ritual do Bori (alimento a cabea), unimos o corpo fsico com o corpo astral, ligando assim asduas metades: Ori-Aiye e Ori-Orun (cabea material e espiritual), e assim centralizamos nosso eixo,sintonizando os seres dos dois universos.

Desta forma, mantemos nossa estadia neste mundo por mais tempo. Porm, quando chegado omomento dos dois seres Ori-Aiye e Ori-Orun se unirem, nada capaz de evitar este encontro. nestemomento que o Orix Ik (morte) vem fazer sua parte e deixando grande dor para os que ficam no Aiye.

A cabea tem a mesma forma de uma cabaa, umas mais ovais e outras arredondadas, mais ainda em

forma de uma cabaa.

Somos ns que escolhemos o que queremos viver no Aiye.

Muitas vezes usamos o termo este o meu destino. Em alguns casos, este bordo se aplica; em outros usado erroneamente.

Quando chegado o momento de virmos para o Aiye, tem um determinado momento em que nos perguntado o que vamos fazer neste mundo. Neste momento no existe Ori-Aiye, s duas pessoasdenominadas de Ori-Orun. Ambos escolhem quais suas misso no mundo dos homens, esta escolha chamada de odu-labori.

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Odu-Labori o destino que escolhemos para ns, isso muito fcil de compreender e darei um exemplomuito simples. Algum que nasce em bero de ouro e tem todas as oportunidades para ser uma pessoagrande e fica em absoluta misria.

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Matria da Revista Orixs:

BORI

( Uma iniciao religio, sem a qual nenhum novio pode passar pelos rituais e passagem, ou seja, pelainiciao ao sacerdcio )

Da fuso da palavra b, que em ioruba significa oferenda, com ori, que quer dizer cabea, surge o termobori, que literalmente traduzido significa Oferenda Cabea.

Do ponto de vista da interpretao do ritual, pode se afirmar que o bori uma iniciao religio, narealidade, a grande iniciao, sem a qual nenhum novio pode passar pelos rituais, ou seja, pela iniciaoao sacerdcio.

Cada pessoa, antes de nascer escolhe o seu ori, o seu princpio individual, a sua cabea. Ele revela que cadaser humano nico, tendo escolhido suas prprias potencialidades.

Odu o caminho pelo qual se chega plena realizao de or, portanto no se pode cobiar as conquistasdo outro. Cada um, como ensina Orunmil If, deve ser grande em seu prprio caminho, pois, embora seescolha o ori antes de nascer na Terra, os caminhos vo sendo traados ao longo da vida.

Exu, por exemplo, nos mostra a encruzilhada, ou seja, revela que temos vrios caminhos a escolher.Ponderar e escolher a trajetria mais adequada tarefa que cabe a cada ori, por isso o equilbrio e aclareza so fundamentais na hora da deciso e por meio do bori que tudo adquirido.

A prpria cabea sntese de caminhos entrecruzados. A individualidade e a iniciao (que so nicas eacabem, muitas vezes, se configurando como sinnimos) comeam no ori, que ao mesmo tempo aponta

para as quatro direes.

OJUORI A TESTA

ICOCO ORI A NUCA

OPA OTUM O LADO DIREITO

OPA OSSI O LADO ESQUERDO

Contam os Yorubs que Ajal um Orix muito antigo. Olorum deu a Ajal a tarefa de modelar o ori ( acabea) das pessoas. Todos os dias, Ajal faz muitas cabeas que depois de prontas, so colocadas ao sol.Quando uma pessoas esta para nascer, ela antes vai at Ajal para escolher uma cabea. O material usado

para modelar cada cabea d, pessoa que a escolher, seu destino e seus ews ( proibies). O odu semelhante ao signo astrolgico e rege a vida da pessoadurante sua permanncia no aiy.

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S Ajal e Orumil conhecem o odu de cada um. Por isso, o odu s pode ser desvendado atravs do jogo.

A cabea nasce antes do corpo, sendo mais velha que a pessoa e at mesmo que o orix que a tomou nomomento em que ela nasceu. Por isso, antes de mais nada as pessoas devem adorar seu ori, cuidar dele.Cada pessoa tem o seu ori, no existindo dois iguais. Mas mesmo sendo nico, o ori trs com ele a marcada ancestralidade.

O local de onde Ajal tira a massa para modelar Ori chamado Ipori e a se encontra a herana de cadaum, especialmente do pai da me. Assim, tendo Ori em si um componente de ancestralidade, as pessoasdevem, antes de tudo, venerar seus antepassados.

O alimento preferido da cabea o obi ( noz de cola ). O obi pode ser oferecido cabea sozinho ouacompanhado de outros alimentos. A obrigao na qual se dcomida cabea o Bori.

Outro aspecto importante que o Orix no pode atuar de forma positiva sobre a cabea de um filho seessa pessoa estiver com a cabea fraca. Como o agricultorprepara a terra onde a semente devergerminar, tambm a Yalorix ou Babalorix prepara Ori para receber os axs que sero dados pelos seus

filhos.

Bem, depois dessas leituras, que mostram que h vrias interpretaes para um mesmo sentido, ummesmo Ritual, um mesmo Fundamento e que tambm colocam todos em contato com o Yorub, a lnguae as lendas, podemos passar a parte da Interpretao e Realizao do RITUAL DO BURI NO IL DE MECRIADEIRA LABIAX OMINAXAUROY, que na verdade traz o mesmo fundamento, porm num ritualsimples e uma interpretao mais definida, ou seja, detalhando ao mximo, inclusive no que diz respeito

a tudo que usaremos para essa realizao, para que nenhum dos Ias ou curumins, saiam da Camarinhasem saber ao certo porque nela estiveram.

Apenas um Esclarecimento

Durante 20 anos, fui Criadeira de Santo e, sendo assim, assimilei muito dos Rituais e suas realizaes naCasa onde exerci essa funo.

Hoje, consegui, depois de tanta bagagem e um pouco de coragem, assumir meus prprios Rituais e minhaproposta mais direcionada a explanao completa de absolutamente tudo que cada Ritual traz

espiritualmente a quem o abraa e o porque do uso de cada aparato nesse Ritual, pois absolutamenteTUDO usado em um Ritual tem seu significado espirtual.

As fundamentaes de meus Rituais, como j disse, tem como base minha vivncia e em todos osensinamentos que captei particularmente atravs de cada uma delas. Prelees de Entidades abenoadas emaravilhosas que me deram essa oportunidade de hoje poder juntar os preceitos mais importantes erealizar de forma simples, porm ampla em sentido, em inteno e em fundamento.

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A evoluo se faz necessria, pois nosso planeta gira e temos que girar com ele e adaptar nossa VivnciaReligiosa nossa Vivncia Material, para que uma no interfira na outra. Abraar a Religiosidade exatamente como abraar um Ideal de Vida, que nos faz sentir bem enquanto desempenhamos nossas

funes, sejam elas quais forem. Abraar a Religiosidade Ritualstica que a Umbanda/Candombl trazem,

no deve ser um SACRIFCIO OU UMA OBRIGAO... NUNCA!

Me foi ensinado por uma amiga recente, porm presente na realidade do nossa opo de Vivencia de FRitualstica, que nossos recolhimentos em Camarinha so ABRIGAES , ou seja, so Rituais que nos

Abrigam junto aos nossos Orixs, nos aproximam e esse termo que quero usar, pois Obrigaes podemtrazer uma conotao extremamente negativa, como ser obrigado a alguma coisa. Pela minha experincia,sei o quanto essa interpretao faz muitas vezes um Ritual ser completamente infrutfero.

Espero esclarecer tudo a que me propus, porm peo com humildade a cada um que esteja realizando seuBURI : NO SAIAM DAQUI COM DVIDAS, POR FAVOR!!! Caso alguma questo fique obscura, estou aquiexatamente para isso, esclarec-los. Essa a minha principal funo nesse Il, ESCLARECER, CLAREAR! Sem

isso, meu trabalho ficaria sem fundamento.

Ax Odara todos e vamos comear!!!

BURILAR MEXER, MOVIMENTAR, ALIMENTAR, AGREGAR!!!

O PRINCPIO, A COROAO, O ATO DE DOAR-SE AO SEU SAGRADO, INDIVIDUAL, NICO!!!

Usamos a palavra BURI pela nao Angola, a qual derivamos em nossa essncia africana, porm a nvel detraduo o significado o mesmo, s muda, na realidade a fontica, pois os de Keto tem uma pronncia

diferente dos de Angola como tambm os de Jej, Bant, etc.

O que importa realmente como conceituamos o BURI em nosso Ritual afro-brasileiro, nesse nosso Il.

BURI O RITUAL DE INICIAO VIDA RELIGIOSA, ONDE SE D A OPORTUNIDADE DE SE TER MAIORINTIMIDADE COM A ESCOLHA DO EXERCCIO DA F DE CADA CRIATURA. COM O BURI FICAMOS MAISFIRMES DE AURA, NOSSA INTUIO, O QUE NOS D O DIREITO DE EXERCER COM MAIS PRECISO ONOSSO LIVRE ARBTRIO, QUE O QUE VAI REALMENTE TRAAR O CAMINHO DE NOSSA VIDA .

O BURI UMA RENOVAO DE VIDA!

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Com o BURI damos aceitao e reconhecimento ao nosso PERISPRITO, que caminha conosco como nossoAnjo da Guarda, nossa sombra espiritual, nosso reflexo ao nosso Esprito que fica em outro plano unido aele e assim recebe nossas energias e nos enviam as que nos faltam e retiram as que esto em excesso,mantendo nossa matria a equilibrar-se. Esse o papel do PERISPRITO, ser um condutor de energia, tanto

positivas como negativas, por isso preciso ter ateno a qualquer tipo de pensamento, palavra ou atonegativo, pois se aderir nossa matria ir tambm aderir ao nosso PERISPRITO e ento serencaminhado ao nosso Esprito que pode desequilibrar-se e ento ficarmos mais abertos a toda gleba devibraes por onde passarmos, mesmo que elas no sejam dirigidas a ns. Podemos simplesmente iragregando vibraes desconhecidas, que no inerentes a nossa essncia do ser e tais vibraes no seremreconhecidas pelo nosso PERISPRITO pois esse j est sem suporte energtico do Esprito que est emdesequilbrio com a matria e ento passarmos a viver de uma forma completamente inferior nossacapacidade de escolha. Perdemos o poder de exercer o nosso livre-arbtrio e nos entregamos a momentosde vida marginalizada, completamente sem explicao, seguimos por caminhos que abominamos sem nosdarmos conta, ou coisa do gnero. O BURI DADO, NESSES CASOS, PARA REEQUILIBRAR O ESPRITO,

FAZENDO COM QUE NOSSO PERISPRITO NOS RECONHEA NOVAMENTE E NOS ACEITE E POSSA VOLTAR AEXERCER SUA FUNO PRINCIPAL COMO CONDUTOR DE ENERGIA E PROTEO.

Por isso no podemos colocar o BURI smente como Iniciao s Obrigaes Religiosas...No, seria limitaresse Ritual to maravilhosamente abrangente. Uma criatura pode ser encaminhada ao BURI por motivosdiversos, todos que tenham a ver com EQUILBRIO, FORTIFICAO, RECONHECIMENTO e no freqentar oIl, no continuar com as abrigaes de continuidade para seus Orixs. O BURI uma ATO DECONSAGRAO que pode ser dirigido apenas a uma determinada situao de necessidade.Podemos coloc-lo como uma COMUNHO do Divino com a Criatura e a sua necessidade. Porm, aos que realmente optamem abraar sua religiosidade, o BURI seria como a PRIMEIRA COMUNHO, o primeiro contato do Curumimcom seu Orix, aquele que intercede por cada um de ns perante o DIVINO!

Uma outra interpretao que gosto muito que o BURI UM BATISMO CONSCIENTE, onde a criatura, porlivre arbtrio, se coloca de frente a seu Orix e a si mesmo, reconhecendo-o(a) e, num ato de coragem,abraando-o(a).

Os Orixs, por definio, so guardies dos elementos da natureza e representam todos os seus domniosnoaye(a realidade fsica em que os humanos esto inseridos).Uma definio muito incompleta,convenhamos...

O Orix um ser em forma espiritual, que habita em um plano superior ao nosso, que escolhemos antes deencarnarmos para que nos auxilie a traar nosso caminho, a conhecermos mais a ns mesmos para que

possamos aprimorar nossas escolhas atravs de nosso livre arbtrio e nos aproximarmos o mximo possveldo DIVINO, do SAGRADO, da ENERGIA MAIOR! So LUZES que iluminam nossas escolhas e amenizamnossos caminhos traados por ns mesmos ou trazidos como Karma, de caminhos anteriores.

Karma misso e pode ser positivo ou negativo. Seja qual for e como for, nossos Orixs estaro sempre nosacompanhando e se aprendermos a vibrar de maneira positiva e verdadeira, humildes e completamenteentregues a nossa F, poderemos sem dvida sermos carregados por Eles em perodos frgeis, sendoacalentados, por mais difcil que sejam os caminhos ou as situaes, mas preciso sim ter por Eles, omesmo amor e o mesmo respeito que Eles tem conosco. Para isso, realizamos nossas ABRIGAES, sempreacompanhados a oferendas a Eles.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ayehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ayehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ayehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aye

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O QUE USAMOS PARA O NOSSO RITUAL E O QUE SIGNIFICAM

O IGB:

Pode ser qualquer pea de loua ou de barro com tampa. No nosso caso, optei por uma soupeirapequena de loua branca, simplesmente por ser mais fcil a visualizao dos elementos nela contidos etambm o manuseio, alm de poderem ser usadas posteriormente para o resto das Abrigaes, semnecessidade de gastos posteriores. Poderia ser uma quartinha de loua tambm, porm o manuseio e avisualizao j se tornam mais difceis e na feitura precisaria ser substituda. No optei por nenhuma

pea de barro pela porosidade e umidade, pois mesmo envernizadas elas ainda continuam porosas e temtendncia a criar mofo o que pode assustar e levar-se a interpretaes errneas e precipitadas.

Representa o tero, o Clice, onde abrigar a consagrao ao Novo, a uma nova forma de Vida. Arepresentao Sagrada do Orix.

O OBI ou Noz de Cola:

Optei pelo uso do Obi africano de 4 gomos, por representar essencialmente nossas razes africanas.

Representa nosso ORI, o centro de nossa cabea por onde convergem e emergem toda a nossa energia aoOrix. uma fruta, uma noz, do reino vegetal, que colocada na boca dos curumins durante o ritual. Damesma forma, representa quando colocado no Igb, a nossa fuso com o nosso Orix, depois de noscolocarmos frente a ele, passando ser a cabea do Orix. uma simbologia maravilhosa,pois mostraliteralmente o quanto a troca de energia justa. O que a princpio carrega a nossa energia, quando

assentado passa a ser a energia de nosso Orix.

O Bzio

O Ouvido... Ele nos prepara para a percepo do som interior, o nosso som natural, levando-nos apercepo da verdade, da nossa verdade! o smbolo dos mistrios que precisamos revelar sobre nossoTempo aqui, nessa Vida. uma Concha, que serve paranunciar e ouvir e que vem das profundezas do Mar,das grandes guas, da fonte de tantas misteriosas vidas, da purificao limpeza e descarrego, smbolo deTRANSFORMAO, de REGENERAO, de MOVIMENTO das mars. colocado durante o ritual fechando

nossa Aura, nossa terceira viso, para captar essa energia e ao fim da obrigao colocado dentro do Igbpara assim captar atravs dessa energia, o mistrio de nosso Orix que j se fundiu, com a deitada do Obi ,com a nossa.

Representa, tambm, nossos DECS, anos de Santo, pois quanto mais Abrigaes fazemos, maisconhecimentos adquirimos e acrescentamos aos novos Orixs que o complementaro na Feitura de Santo enas Deitadas a Oxal.

Na Feitura de Santo so colocados dois Bzios que representam os dois Ouvidos, para que todos os outrosOrixs que nos acompanhem ouam e tomem conhecimento de nossos mistrios e ento compartilhem osseus conosco em forma de proteo e ajuda.

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A gua

A fonte maior da purificao, que mata nossa sede, que repele as impurezas. Nossa purificao frente aoOrix e a purificao de nosso Orix nossa frente.

A Vela

Realmente o que nos importa a CHAMA que a vela emana, por isso optei em usar velas brancas para oBURI, pois a cor importante a que emana da chama da vela e no da cera que a colore. Se observarmoscada chama de cada vela acesa, poderemos notar o quanto elas so diferentes. Elas mudam de cor, formamosaicos nicos, mveis e prprios, so as foras da natureza ativas e individuais de cada um. E a essa

fora individual que o Orix vai reconhecer como sua e identificar a vibrao de Sua chama isolada dasoutras. A chama no BURI representa a individualizao reconhecida pelo o Orix de seu filho que a ele seapresenta.

Comida de Oxal com Ovo e Iemanj

Oxal considerado o Pai de todos os Orixs e Iemanj a Me. Por isso optei em arrear comida a ambos,em respeito a nossa ancestralidade primordial,que Pai e Me.

A comida de Oxal, no entanto, vem com um ovo cozido em cima, que representa a Comunho do Curumimcom o seu Orix, caso esteja burlando por uma causa especifica.

Aos que esto Burilando para tornar-se um Ia, um filho do Santo, representa a Primeira aceitao, aPrimeira Comunho, o embrio, o princpio a partir do qual se desenvolver e a primeira manifestaodiante da Fora de sua prpria essncia religiosa, perante a sua prpria Alma, a grande ligao com o SerDivino.

Delekuns - As Guias

Delecuns, as populares Guias, so aparatos usados nas ABRIGAES, para concentrar a energia dos Orixsjunto a nossa prpria energia e assim desempenha o papel de escudo protetor, contra energias

negativas.

So compostas de certo nmero de elementos (contas de cristal ou loua, bzios, Lgrimas de NossaSenhora, dentes, palha da costa, etc.), distribudos em um fio (de Ao, Nilon ou fibra vegetal), obedecendoa uma numerologia e uma cromologia adequada; ou ainda, de acordo com as determinaes de umaentidade em particular, quando usadas para participao nas Giras e em outros rituais.

Optei usar em nossas Abrigaes, duas espcies distintas de Guias:

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As de missangas ou contas de porcelana poissimbolizam, por sua composio, a mistura de gua ebarro, material usado para criar o mundo e os homens. No BURI especificamente, usaremos a de CorBranca ou Transparente para Oxal, j que, como expliquei anteriormente, nossa primeira vibrao deapresentao ao Orix regida pela nossa ancestralidade e, sendo o Ageun (comida) de Oxal o que

carrega o Embrio da Nova Vida, da Renovao, ser ento dedicada a ele o primeiro Delekum deContas.

Sero feitas pelos prprios Ias seus Delekuns de Palha da Costa, fibra extrada de uma rvore, portanto,do reino vegetal que representar a energia individual de cada um transportada ao seu Orix, mais uma

forma de reconhecimento, integrao e compartilhamento entre ambos. Essa Guia dever ser compostapor duas tranas finas que se juntam nas extremidades formando dois pequenos MOKNS(vassourinhas). Uma trana representa o Ia e a outra seu Orix que unem-se de ponta a ponta. Quem

faz a unio desse Delekun a Me Criadeira, efetivando essa Consagrao e dando o Fundamento dasua participao efetiva no Ritual. Esse o Delekum em que se concentra todo nosso ectoplasmavibrante e, por ser feita de uma fibra vegetal criada pela natureza, absorve energia e est sempre nos

reabastecendo e sendo reabastecida pela energia do nosso Orix. H uma troca de energia VIVA entreelas e os plos de descarrego so os mokns, tanto da positiva como da negativa, pois nenhuma dessasvibraes devem estar em demasia, alm do limite que comporta o equilbrio da Criatura. Uma pessoa

pode estar sim sobrecarregada de positividade e ento perder seu prumo, tanto quanto pode estarcarregada de energia negativa. A proporo deve ser avaliada na porcentagem de 70% de positividade

para 30% de negatividade. A sim haver um equilbrio.

A cada Abrigao realizada, ser feito o mesmo ritual dos Delekuns de Contas e de Palha da Costa eacrescentando-se assim os DEKS (o tempo, a graduao) de cada Ia. Na Feitura de Santo, sero feitas2 guias de Contas, com as cores dos dois primeiros Orixs e dois Delekuns de palha da costa

respectivamente.

Para que servem os Delekuns fora das ABRIGAES

Tm poder de elevao mental. Se utilizadas durante um trabalho espiritual, tem funo de servir comoponto de atrao e identificao da vibrao principal e/ou falange em particular, atuante naqueletrabalho, servindo assim como elemento facilitador da sintonia para o mdium incorporado. Elas nosauxiliam em nossas incorporaes, pois estas atraem a "energia" particular de cada entidade, captando eemitindo bons fluidos, formando assim, um crculo de vibraes benficas ao redor do mdium que as usa.Servem como pra-raios. Se h uma carga grande, ao invs desta carga chegar diretamente no mdium,

ela descarregada nas guias, e se estas no agentarem, rebentam.

Podem ser utilizadas pelo mdium, para "puxar" uma determinada vibrao, de forma a lhe proporcionaralivio em seus momentos de aflio.

Os Contra Eguns

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Eguns so espritos que ainda no adquiriram um grau de conscincia e s vezes nem mesmo sabem queesto desencarnados.

Ele pode se tornar um obsessor quando se liga a algum encarnado para, por exemplo, vivenciar seus vcios

materiais (lcool, droga, sexo, etc..) ou por no admitir se afastar de algum encarnado (esposa, filhos,amigos) ou ainda para se vingar de seus inimigos.

Os Eguns ficam vagando em nosso meio e s vezes so aprisionados por "Kiumbas" (seres que j sabem queso desencarnados e fogem do auxlio), servindo-lhes como escravos e muitas vezes usados para sugaremenergia de seus desafetos, atuando atravs dos sete estados tidos como capitais (vaidade, inveja, ira,

preguia, avareza, gula, luxria).

O Contra- Egum como o prprio nome diz, usado nas Abrigaes, para que no se corra o risco daaproximao desses espritos e nem aderncia, encosto dos mesmos e assim venham a trazer um peso aoIao, um carrego e portanto um desequilbrio energtico.

Vai ser usado no BURI em ambos os braos, somente um fio de palha da costa, para maior comodidadedo Ia, mas esse fio dever ser levado e aps levantarem da Camarinha, devero juntar a ele maisalguns fios de palha e tran-lo. No brao direito para segurar a vibrao do Orix e no esquerdo do

prprio Ia e de seu Guardio (o Ex) que, embora no esteja inserido no Fundamento do BURI, uma vezque nos colocamos frente ao nosso Orix, o Guardio j se coloca ao nosso lado, sendo colocado a frentee apresentado formalmente ao Ia na Feitura de Santo. Tambm feito de palha da costa para maiortroca de vibrao.

O Contra-Egum pode ser usado pelo Ia, a partir da, sempre que sentir real NECESSIDADE, ou seja,expostos a interferncias negativas e em locais e ocasies especficas, como velrios, missas em igrejas,

hospitais, cemitrios, onde a inscidncia desses espritos no doutrinados e sem luz. No perodo daQuaresma, em viagens, tambm deve-se usar o Contra-Egun, que no precisa ser o mesmo tecido com o

fio usado no BURI. Esses devem ser guardado somente para uso dentro do Barraco, do Il.

Caso sinta-se mais confortvel, pode-se us-lo no tornozelo ou na cintura, na altura do umbigo.

A Roupa Branca

So muito curiosas as explicaes que encontramos em vrios textos sobre o Usar Branco numaCorrente, numa Abrigao ou em outros Rituais e no us-lo.

Ao contrrio do que muitos pensam, a juno de todas as cores primrias no o preto e sim o BRANCOe, vem da o real Fundamento de Oxal, o patrono dos Orixs ser representado pela cor branca. a corque melhor simboliza o DIVINO, por ser a miscigenao de todas as outras cores.

O Branco no tem matizes, ou seja, no h o branco claro e o branco escuro, deixando de lado a marcado Sabo usado para lavar roupas.... O Branco simplesmente Branco.

Ah, mas o preto tambm....sim, porm o cinza, seria o derivado da cor Branca ou da cor preta??? Existemvrias tonalidades de cinza....

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Realmente a cor Preta tambm pode ser a mistura de cores derivadas e por isso muito usado nosRituais dos Guardies, como escudo a esses Orixs que trabalham e convivem conosco em nosso plano,um estgio derivado do Plano Primrio, o Plano Celestial, digamos assim.

O Branco uma cor que engloba todas as outras cores e no causa impacto, no contrasta com elemesmo e no causa iluso de tica.

Os fotgrafos usam muito o FUNDO INFINITO para montagem de fotos...Ele nada mais que um grandefundo branco que no ir interferir em nada no que realmente deve ser o objetivo da foto.

Quando lidamos com enrgia, o processo o mesmo: nos precavemos em todos os sentidos para que nadapossa interferir na troca de energia que se estabelece entre o Ser e o Orix nas Abrigaes, as Entidadese seu Consulente numa Gira e at numa Vibrao de Sade, sem nem um tipo de ritual previsto, somenteuma energizao.

O PA

PA em Yorub significa O ATO DE BATER PALMAS, mas no sentido de chamamento, de saudao.

Jamais vou esquecer a minha primeira aula Espiritual, quando meu Pai de Santo explicou exatamente oque era o PA. Ele nos deu o significado, virou de costas e comeou a bater palmas e a gritar: OH decasa!!!

Rimos muito, mas exatamente esse o significado.

O Pa (pronuncia = pa) um gesto que serve como sinal de que se preciso comunicar alguma coisa, masno se pode falar. Isso ocorre muito no candombl quando as iniciandas esto no ronc e no podem falar,da batem com as palmas das mos tentando dizer algo, se comunicar por algum motivo. usado tambm

como saudao para orix, e, diferente de orix para orix. uma palavra em yorub que significa: "pa" = juntar uma coisa com outra; "o" = para cumprimentar... Essa

palavra uma contrao de patew que significa aplauso. um preceito do candombl e normalmente no se usa na Umbanda.

O pa bate-se 3 vezes assim...3 + 7 vezesIntervalo

3 + 7 vezesIntervalo

3 + 7 vezesE depois a saudao, por exemplo:

palmas pa

fonte: aucar.com.br

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Em todas as Abrigaes, o Pa usado vrias vezes, inclusive quando servido os Ageuns (refeies),quando fazemos os Angorossis (Oraes) e quando Ogns entram na Camarinha pela primeira vez e aMe Criadeira tambm. No dado o Pa a pessoa, mesmo pelo cargo que ocupa,no. O PA DADOSEMPRE AOS ORIXS DA ME CRIADEIRA E DOS OGNS que vem dar seu Ax a quem est recolhido em

Camarinha.

PORQUE OS IAS SO RECOLHIDOS EM CAMARINHA APS SUAS ABRIGAES?

Camarinha, nos rituais de Candombl e at em algumas Casas de Umbanda, um cmodo secreto doBarraco. Secreto no sentido de s ter acesso a Criadeira ou Criador do Santo, o Babalorix ou Yalorix eseu Ogn na hora da realizao das Feituras.

Hoje em dia, a maioria dos Ils j se adequaram a modernidade e realizam Camarinhas conjuntas, noprprio Barraco, onde limita-se a entrada a Ogns e Ekdes, no aberto a pblico e aps o Ritual, sorecolhidos em Camarinha no prprio Barraco depois de limpo, higienizado e defumado.

O Recolhimento necessrio sim, para que o Ia passe um tempo em repouso, proporcionando assimuma melhor interatividade vibratria. Abrigaes, deve deixar sua histria, sua vivncia, suas

preocupaes, tenses e mgoas do lado de fora. E nesse sentido que o Recolhimento ps Ritual primordial.

Os percursores da Doutrina, costumavam recolher 21 dias, 3 mses, dependendo da Nao e, at hoje,muitas Casas usam esse tempo de recolhimento.

Como filha de Santo de Pai Bikun (nasceu feito por herana da Me que no desenvolveu e era filha deYalorix que sagrou-se grvida), recebi de herana a regncia do tempo, ou seja, as Ab rigaes sero

feitas em tempo bem mais reduzidos, mais integrados a nossa realidade.

PRECEITO O QUE ?

Por definio: Preceitos so proibies que tem por finalidade principal o respeito de condies que nointerfiram no propsito maior da Abrigao.

Realmente essa uma definio bem correta e aplicvel ao nosso Ritual de Abrigao. O Preceito feitoantes e depois para que no se abra a Condio Energtica, direcionada a cada um em particular.

O que proibido?

Carne Vermelha, pimenta, sexo, lcool e ambientes onde haja promiscuidades.

PRECEITO RESPEITO AO ORIX E A SI MESMO!!!

O Tempo de durao do Preceito, depende da Orientao da Me Criadeira.

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O OJ PANO DO SANTO

um aparato usado nos rituais, que serve como mais uma ferramenta de proteo e cumplicidadevibratria junto ao nosso Orix, por isso usa-se na cor do Santo.

Para Orix Masculinos, usa-se amarrado no ombro e para Orixs Femininos, usa-se nas Ias mulheresusa-se amarrada sobre os seios. No caso do Ia masculino com Orix Feminino, usa-se tambmamarrado no ombro.

PANO DE CABEA

Usa-se Pano de Cabea para cobrir o Ori, ( Centro na Cabea), por onde a energia do Orix entra econcentra-se. a parte mais importante a ser protegida e resguardada. aps realizar-se as ABRIGAESe comparecer a uma Gira ou a qualquer trabalho vibratrio. Tem tambm um Conceito de Respeitomaior ao Orix.

Cobrir o Ori um conceito usado em muitas religies, porm assumido de forma diferente como nojudasmo o kip, o vu das mulheres usado pelas freiras da Igreja Catlica e o Ori raspado pelos MongesFranciscanos, pelos Bispos, Cardeais, e at o vu da noiva quando se casa, que representa a proteo da

pureza, da virgindade.

Na Camarinha, porm, os Ias so liberados do pano de cabea justamente pela ligao plena, a entrega

e a troca vibratria de energia entre ele e seu Orix. S se cobre a cabea quando feita a Sada deSanto, que representa o fim do recolhimento e a exposio ao tempo, pois, mesmo o Ia sendo liberadodo Resguardo, o Igb de seu Orix, continua em vibrao pelo Ia que permanecer de contra-egun 7dias dentro de nosso ritual, mesmo sendo liberado do recolhimento pois necessita prosseguir no ritmo davida que se estabelece, hoje em dia. S depois haver a liberao total ao Ia e do Orix ao Tempo.

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