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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 1 19/11/2007
TELEPROTEO
Reles de distncia nos dois terminais do circuito associado com um canal de comunicao quepermita a troca de informaes pode formar um sistema capaz de seletivamente eliminar todos ostipos de falta na linha de forma instantnea.
Neste sistema a proteo deve transmitir um sinal de liberao (permissivo) ou de bloqueiodependendo se um sistema permissivo ou de bloqueio est implementado.Em qualquer dos casos apenas um sinal sim ou no transferido, para o qual um canal de pequenalargura de banda suficienteO dispositivo de comunicao da proteo SWT500FT da Siemens pode, por exemplo, transmitir 4comandos em 2,5 Khz na banda de freqncia de voz, isto significa que alm do sinal para osistema de proteo existem ainda 3 outros sinais que podem ser enviados para outras funes de
proteo ou de controle remoto.
Os suportes fsicos normalmente usados para a comunicao so os seguintes:
Fio piloto (cabo especial blindado contra interferncias eletromagnticas) para distnciasat 25 (km).
PLC- Power Line Carrier para distncias at aproximadamente 400 (km) Radio direcional para distncias at 50 (km). Microndas Fibra ticas, links diretos de at 150 (km), acima deste valor repetidores amplificadores
devem serusados.
I II III
ZA1
ZB1
A B
10...15% 70...80% 10...15%
Falta na regio II - Desligamento instantneo de ambos os terminaisda linha pelos ajustes de sub-alcance.Falta nas regies I e III Desligamento temporizado em cadaterminal remoto pela segunda zona(t2). Desligamentos instantneosrequerem a transferncia de informaes entre os terminais
Figura 1 Proteo de Distncia com Tele Proteo
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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 2 19/11/2007
O tempo de transmisso do sinal em dispositivos de canal de voz de aproximadamente 15 a 20(mseg).No caso do sistema Carrier o tempo de transmisso reduzido para 5 (mseg).Acomunicao via cabos de fibra tica com transmisso digital e o que representa o estado da arte.
Neste caso no existe praticamente qualquer problema de interferncia eletromagntica asegurana muito alta. Os tempos de transmisso ficam abaixo de 5 (mseg).
Os mtodos normalmente empregados para teleproteo so os seguintes:
1- Permissive inter-trip:Neste caso a zona de sub-alcance, (normalmente a primeira zona) do rele desliga o disjuntorlocal e simultaneamente manda sinal para o terminal remoto. O sinal recebido do terminalremoto usado para se conseguir um desligamento rpido quando a falta prxima do terminal
Tempo total de eliminao da falta
Z
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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 3 19/11/2007
remoto, alm do alcance da primeira zona Este sistema permissivo permite o trip instantneopara cerca de 80% do comprimento da linha independentemente de qualquer troca deinformao entre os terminais.Para o desligamento do disjuntor do terminal remoto existem as seguintes possibilidades:
1.1-Direct Underreaching transfer trip DUTT:Neste caso o disjuntor desligado diretamente pelo sinal recebido do terminal remoto.Este desligamento direto sem considerao de qualquer critrio de proteo do terminalreceptor usado somente em casos excepcionais, uma vez que um sinal errneo recebido dooutro terminal causa o desligamento incorreto imediato do disjuntor. Uma aplicao deste tipos recomendada quando no existem transformadores de corrente e potencial no terminalremoto para a conexo de um rele de proteo. Frequentemente dois canais so utilizados parase conseguir uma maior segurana. No terminal receptor os os sinais so logicamenteconectados em um gate and. Alternativamente um canal com absoluta segurana pode serusado como por exemplo um canal de fibra tica com um protocolo de transmisso de grandeconfiabilidade.
1.2- Permissive Underreaching Transfer Trip (PUTT) com reles de partida (fault detector).Neste mtodo, o sinal recebido s desligar o disjuntor quando os reles de partida tiveremoperado isto a falta tenha sido detectada. (vide figura 4)
A
ZA
Figura 4-Teleproteo PUTT com rele de partida
Trip
Sinal
recebido
Sinalenviado
Sinal
recebido
Sinalenviado
ZA
Z1
1& ZA
Z1
1&
Z1
X
B
ZL
R
Z1
ZA
ZA
Z1
AB
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PUTT COM REL DE PARTIDA RESUMO DA ATUAO
Resumo da atuao
Localizao da falta Terminal A Terminal BZ1OPERA - ENVIA SINAL Z1OPERA ENVIA SINALD TRIP LOCAL D TRIP LOCALZAOPERA, & RECEBE SINAL ZAOPERA, & RECEBE SINAL
F1TRIP- LOCAL INSTANTNEO TRIP- LOCAL INSTANTNEOZ1OPERA - ENVIA SINAL Z1NO OPERA NO ENVIA
SINALD TRIP LOCAL NO D TRIP LOCALZAOPERA ZAOPERA, & RECEBE SINAL
F2
TRIP LOCAL INSTANTNEO TRIP LOCAL INSTANTNEOZ1NO OPERA NO ENVIASINAL
Z1NO OPERA NO ENVIASINAL
NO D TRIP LOCAL NO D TRIP LOCAL
ZAOPERA ZAOPERA
F3
NO D TRIP LOCALINSTANTANEO
NO D TRIP LOCALINSTANTANEO
FFA
F
Z1ZA
ZA
Z1
B
Z1
X
B
ZL
R
Trip
Sinalrecebido
Sinal
enviado
Sinalrecebido
Sinal
enviado
ZA
Z1
1& ZA
Z1
1 &
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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 5 19/11/2007
1.3- Permissive Underreaching Transfer Trip (PUTT) com extenso da primeira zona
Neste caso, o sinal recebido libera uma extenso da primeira zona para desligar o disjuntor.(figura 5) A demais zonas de atuao do rele permanecem inalteradas.
Z1BZ1
Z1
Figura 5-Teleproteo PUTT com zona de sub alcance
ZB1
Z1B
Z1
ZA
ZL
X
Z1
Z1BZ1 ZL
X
Z1B
Z1
Trip
Sinalrecebido
Sinalenviado
Sinalrecebido
Trip
Sinalenviado
Z1B
Z1
1&
1&
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PUTT COM EXTENSO DA 1 ZONA
Resumo da atuao
Localizao da falta Terminal A Terminal BZ
1OPERA - ENVIA SINAL Z
1OPERA ENVIA SINAL
D TRIP LOCAL D TRIP LOCALZ1BOPERA, & RECEBE SINAL Z1BOPERA, & RECEBE SINAL F1TRIP- LOCAL INSTANTNEO TRIP- LOCAL INSTANTNEOZ1OPERA - ENVIA SINAL Z1NO OPERA NO ENVIA
SINALD TRIP LOCAL NO D TRIP LOCALZ1BOPERA, & N RECEBESINAL
Z1BOPERA, & RECEBE SINAL
F2
TRIP LOCAL INSTANTNEO TRIP LOCAL INSTANTNEOZ1NO OPERA NO ENVIASINAL
Z1NO OPERA NO ENVIASINAL
NO D TRIP LOCAL NO D TRIP LOCAL
Z1B NO OPERA , & NORECEBE SINAL Z1BOPERA, & NO RECEBESINAL
F3
NO D TRIP LOCALINSTANTANEO
NO D TRIP LOCALINSTANTANEO
ZA
Z1B
FF
A
F
Z1
Z1B
Z1B
Z1
B
Z1
X
BZL
R
Trip
Sinalrecebido
Sinalenviado
Sinalrecebido
Sinalenviado
Z1B
Z1
1& Z1B
Z1
1 &
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1.4- Permissive Overreaching Transfer Trip (POTT) com extenso da primeira zona
Este sistema dispara os disjuntores instantaneamente quando os rele nos dois terminaisdetectam a falta nas zonas com sobre alcance (figura 6). Este mtodo particularmente
interessante em linhas curtas, especialmente quando o cabo ou a linha so de tal ordemreduzidos, que praticamente impossvel conseguir um ajuste de sub-alcance que funcione.No caso de reles convencionais, com caractersticas circulares, o problema se agrava devido pequena compensao do arco. Por esta razo o mtodo POTT normalmente usado paralinhas com comprimento menor que 20 (km)
Um caso especial de aplicao do POTT aparece quando um desligamento instantneo requerido em uma linha que tem uma contribuio de curto circuito (in feed) muito pequenaem um dos terminais. Neste caso um circuito ECHO adicional deve ser previsto para esteterminal. A figura 7 mostra este sistema.
Z1 Z1B
Figura 6-Teleproteo POTT diagrama bsico
Z1ZB1
Z1B
Z1
ZA
ZL
X
Z1
Z1BZ1 ZL
X
Z1B
Z1
Sinalrecebido
Sinalenviado
TripTrip
Sinalrecebido
Sinalenviado
1
&
Z1B
Z1
1
&
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Quando da ocorrncia de uma falta atrs do terminal fraco, a corrente flui da linha protegidapara a falta . A proteo do terminal fraco parte e reconhece que a falta est na direo reversa.Desta forma ela no enviar sinal de liberao para o terminal forte. A proteo por POTT
permanecer desta forma estvel. Durante uma falta interna, no entanto a proteo do terminalfraco no vai dar pick-up, como resultado da corrente insuficiente que flui deste terminal para a
linha.O sinal recebido pelo terminal fraco (weak in-feed) mandado de volta para o terminal fortecomo um ECHO e permite o desligamento deste terminal.Simultaneamente com o ECHO,o disjuntor do terminal fraco pode ser desligado pela proteo,
para se conseguir isto normalmente usado um detector de queda de tenso conformemostrado na figura 7.
SinalRecebido
TRIP
SinalEnviado
1
T2
T1TV
ZA&
&
U< &
DISJUNTORABERTO
CIRCUITOECHO
WEAK
INFEEDTRIP
Figura 7 Funes Suplementares
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PERMISSIVE OVERREACHING TRANSFER TRIP- POTT
Resumo da atuao
Localizao da falta Terminal A Terminal BZA1OPERA - ENVIA SINAL ZB1OPERA ENVIA SINAL& RECEBE SINAL LOCAL EREMOTO
& RECEBE SINALLOCAL EREMOTO
F1TRIP- LOCAL INSTANTNEO TRIP- LOCAL INSTANTNEOZA1NO OPERA NO ENVIASINAL
ZB1OPERA ENVIA SINAL
& N RECEBE SINAL LOCALE RECEBE SINAL REMOTO
& RECEBE SINALLOCAL ENO RECEBE SINAL REMOTO
F2
NO D TRIP LOCALINSTANTNEO
NO DTRIP LOCALINSTANTNEO
Z1ZB1
ZA1
Z1
ZA
ZL
X
Z1
ZA1
Z1 ZL
X
ZA1
Z1
Sinalrecebido
Sinalenviado
TripTripSinalrecebido
Sinalenviado
1&
ZB1
Z1
1
&
F1F2
ZA1
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2 - Tcnica de Bloqueio
Para estes sistemas o sinal transferido utilizado para bloquear a operao da proteo quando deum defeito externo.
2.1 - Bloqueio por Comparao Direcional (Directional Comparison Blocking - DCB)
Este procedimento requer duas zonas de distncia: Uma zona rpida que manda o sinal de bloqueio para o terminal remoto quando a falta est
fora da zona protegida, no sentido reverso. Uma unidade direcional com sobre alcance no sentido direto,a qual inibe o sinal de
bloqueio quando da ocorrncia de faltas na sentido direto,e, inicia o desligamento dodisjuntor caso no esteja presente o sinal de bloqueio do terminal remoto.
A figura 8 mostra o arranjo clssico das zonas para um rele MHO juntamente com a lgicaassociada com este procedimento.
O alcance reverso da zona que transmite o sinal de bloqueio deve ser maior que o sobre alcance dazona de trip do rele do terminal remoto.Os ajustes tpicos so os seguintes:
Zona de desligamento 130% de ZL Alcance reverso da zona de bloqueio 50% deZL
Idealmente, o sinal de bloqueio somente deveria ser transmitido quando a falta est fora da zona deproteo, no sentido reverso.Com reles convencionais a zona de transmisso emprega um off-set na direo direta, paraassegurar que uma falta reversa muito prxima seja seguramente detectada. Alm de aumentar avelocidade deste estgio de transmisso para o caso de faltas muito prximas do terminal. Isto era
conseqncia da medida da direcionalidade com uso da tenso da malha curto circuitada.Neste caso o sinal de tenso muito pequeno no permite uma deciso segura sobre a direo dafalta. Um detector rpido de corrente de terra frequentemente usado como um critrio adicional
para a transmisso do sinal de bloqueio, no caso de faltas para a terra.Consequentemente faltas muito prximas do terminal da linha podem resultar na transmisso deum sinal de bloqueio, o qual poder ser cancelado to logo a unidade na direo direta venha a dar
partida.
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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 11 19/11/2007
A velocidade do estgio de transmisso um fator decisivo em conjunto com o tempo detransmisso do sinal , uma vez que os mesmos determinam o atraso (delay) do estgiode trip: TA= Testgio de transmisso+Tcanal-Testgio de trip+Margem de segurana (5 mseg).Uma significativa vantagem do mtodo de bloqueio o fato de que nenhum sinal tem que
ser enviado se a falta est dentro da zona de proteo. Com a utilizao sistema Carrierno h necessidade de se enviar sinal para o outro terminal. Por esta razo possvel seusar um Carrier com acoplamento em uma nica fase. Uma outra vantagem destemtodo que a mesma freqncia do Carrier pode ser usada em cada um dos terminais(mesmo no caso de uma linha com 3 terminais) visto para o sistema de bloqueio noimporta de onde o sinal de bloqueio tenha se originado.A figura 9 ilustra a implementao dessa tcnica com a utilizao da caractersticapoligonal de uma proteo numrica.A zona de partida para a transmisso do sinal de bloqueio definida pela poro reversado detector de falta, limitado pela caracterstica da unidade direcional.Como a unidade direcional utiliza a tenso das fases ss assegura seletividade absoluta
para os defeitos prximos aos terminais (close-in faults), desta forma a transmisso dosinal de bloqueio s ocorre para as faltas reversas reais. O estgio de trip formado pelazona direcional de sobre alcance Z1B.
Figura 8-Teleproteo DCB diagrama clssico
BA
TZB
SZ TZA
SZB
SZ=Send zone (block ing signal)TZ=Trip zone (and stop signal send )
TA=coordination time
TA
Sinalrecebido
SinalenviadoSZ &
TripTZ &
TA
Sinalrecebido
Sinalenviado SZ&
Trip TZ&
SZB
B
A
TZA
TZB
SZBX
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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 12 19/11/2007
Da figura 9 evidente a zona de partida tem um ajuste reverso, tal que ela inclui a zonade trip com sobre alcance do rele instalado no terminal remoto com uma margem desegurana para todos os tipos de falta.
Figura 9-Teleproteo Sistema de bloqueio, rele com caracterstica quadrilateral.
A
B
ZAB
Z1BA
BA
Z1BB
ZA Z1BA
ZAB
ZAB
Z1BB
X
A
B
ZAB
Z1BA
Trip
Sinalrecebido
Sinalenviado
T1B
Sinalrecebido
SinalenviadoZA &
Z1BA &
Dire o
&
Dire oT1B
& ZA&
& Z1BB
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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 13 19/11/2007
BLOQUEIO POR COMPARAO DIRECIONAL (DIRECTIONAL COMPARISONBLOCKING - DCB)
Resumo da atuao
Localizao dafalta
Terminal A Terminal B
SZANO OPERA - TZAOPERA SZBNO OPERA TZBOPERATERMINAL A NO ENVIA SINAL TERMINAL B NO ENVIA SINAL& NO RECEBE SINAL DE B & NO RECEBE SINAL
F1TRIP- LOCAL INSTANTNEO TRIP- LOCAL INSTANTNEOSZAOPERA - TZANO OPERA SZBNO OPERA TZBNO
OPERATERMINAL A ENVIA SINAL TERMINAL B NO ENVIA SINAL& N RECEBE SINAL & RECEBE SINAL
F2
SEM TRIP LOCAL INSTANTNEO SEM TRIP LOCAL INSTANTNEOSZAOPERA TZANO OPERA SZBNO OPERA TZBOPERATERMINAL A ENVIA SINAL TERMINAL B NO ENVIA SINAL& NO RECEBE SINAL & RECEBE SINAL
F3NO D TRIP LOCALINSTANTANEO
NO D TRIP LOCALINSTANTANEO
SZA OPERA - TZAOPERA SZB NO OPERA - TZBOPERATERMINAL A NO ENVIA SINAL TERMINAL B NO ENVIA SINAL& NO RECEBE SINAL & NO RECEBE SINAL
F4TRIP LOCAL INSTANTANEO TRIP LOCAL INSTANTANEO
SZB
B
A
TZA
TZB
SZBX
F4F3F2 BA
TZB
SZ TZA
SZB
SZ=Send zone (block ing signal)TZ=Trip zone (and stop signal send )TA=coordination time
TA
Sinalrecebido
SinalenviadoSZ
A&
TripTZA
&
TA
Sinalrecebido
Sinalenviado SZ
B&
Trip TZB
&
Figura 8-Teleproteo DCB diagrama clssico
F1
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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 14 19/11/2007
Bloqueio e trip por oscilao de potncia (out of step protection).
A figura 1 ilustra o diagrama de tenso de uma linha de transmisso sob carga. Os
sistemas equivalentes nos dois extremos da linha so representados por E1e E2, asimpedncias ZS1e ZS2 correspondem aos respectivos nveis de curto circuito das fontes.
O ngulo conhecido como o ngulo de transmisso. A medida que a potncia ativa
aumenta o ngulo tambm aumenta. A potncia transferida definida pela equao aseguir:
senZ
xEEPTP
= 21
Onde,
Z =ZS1+ZL+ZS2
Para o caso de uma linha genrica em um sistema de transmisso podemos escrever asequaes abaixo:
IL
E2UBE1 UA
E2E1
A B
ZS1 ZL ZS2
ILxZS1 ILxZL ILxZS2
Figura 1 Diagrama de tenses Oscilao de potncia em um sistema de transmisso
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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 15 19/11/2007
A corrente pode ser calculada conforma indicado a seguir:
ij
ji
Z
VVI
= ,
a potncia transmitida dada por
Sij = Pij+ JQij= Vix I*= Vi* (
*
**
ij
ji
Z
VV ) =
ijij
jijii
JXR
VVV
)(2
Pij= (2*2
1
ijij XR +) * )cos( 2 senVVXVVRVR jijii +
Qij= (2*2
1
ijij XR +
) * )cos( 2 senVVRVVXVX jijii +
Se considerarmos uma linha com R desprezvel teremos a seguinte simplificao
Pij= ( senX
VV
ij
ji
Qij= (ijX
1) * )cos( 2 jii VVXV
Podemos transferir estes valores para o plano RX, conforme indicado a seguir:
R = PQP
V *22
2
+ e X = Q
QPV *22
2
+
Vamos considerar ainda o caso particular em que ji VV =
A expresses das potncias ativa e reativa, acima, se transformam em
Pij= ( senX
V
ij
)2
Qij= (ijX
V 2) * )cos1(
Calculando os valores de R e X teremos:
R = )cos1
(*2
senX ij
Figura 2 linha de transmisso genrica
IjiIij
SjiSij
Barra i
Vj j Vi i
Barra j
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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 16 19/11/2007
X =2
ijX
Assim podemos escrever que a impedncia vista pelo rele dada por
Z=)
cos1[(*
2
senX ij
+J1,0] sen cos (1-cos )
cos1
sen
Z R X
0 0 1 0
30 0,5 0,866 0,134 3,7313
2
ijX(3,7113+J1,0)
2
ijX*3,7113 J
2
ijX
45 0,7071 0,7071 0,2929 2,4141
2
ijX(2,4141+J1,0)
2
ijX*2,4141 J
2
ijX
sen cos (1-cos )
cos1
sen
Z R X
60 0,866 0,5 0,5 1,7322ijX (1,732+J1,0)
2ijX *1,732 J
2ijX
90 1 0 1 1
2
ijX(1,0+J1,0)
2
ijX J
2
ijX
Estabilidade Esttica
A potncia mxima transmitida alcanada quando igual a 90, que corresponde aolimite esttico de estabilidade. Na prtica, no entanto, dificilmente encontraremos umngulo acima de 60. Se todas as tenses so divididas pela corrente de carga ILobtm-se um diagrama de impedncia da linha sob carga. A representao em um plano de
impedncia feita considerando que o rele de impedncia est instalado na origem dosistema de coordenadas, conforme mostrado na figura 4. Com esta representao, aimpedncia de carga medida pelo rele evidente e a sua distncia para a caracterstica
Figura 3- Limite de Estabilidade Esttica
4321
2,41412
ijX
X
Limite de
EstabilidadeEsttica
2
ijX =90
2
ijX
A
B R1,732
2
ijX
3,7312
ijX
= = =
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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 17 19/11/2007
de partida do rele pode ser determinada. Quando a carga altera a impedncia da cargase movimenta ao longo de uma trajetria (Trajetria circular).Se E1e E2iguais, o que pode ser usado como uma primeira aproximao, para umacondio normal de operao de um determinado sistema, a impedncia segue uma
linha reta perpendicular ao somatrio das impedncias Z . Para a mxima potncia
transferida, isto para =90, a impedncia da carga deveria ainda manter uma margemde segurana para o maior ajuste do rele da ordem de 20% (Zcargaxcoscarga1,2xRP)para prevenir a partida do rele durante variaes de carga durante a operao normal dosistema.
Estabilidade Dinmica
Variaes do ngulo acima de 90 so possveis sem que resultem em instabilidade dosistema de potncia.Isto est baseado por exemplo no critrio de igual rea que est mostrado na figura 5. apotncia transferida definida por uma equao que segue uma curva senoidaldependente do ngulo .O ponto de operao corresponde quele definido pela potncia PTda turbina. Os
geradores so acelerados quando a potncia transferida menor que a potnciafornecida pela turbina. Este o caso durante a ocorrncia de um curto circuito, quandoh o colapso da tenso (rea 1). Por outro lado os geradores so desacelerados quando
ZL
ZS1
ZS2
B
A
E1=E2
Zcarga
Pontode carga
E1>E2
E1
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Ademir Carnevalli Guimares Pgina 18 19/11/2007
a potncia transferida menor que a potncia mecnica fornecida pela turbina. Isto podeocorrer durante o tempo morto do religamento (tempo necessrio para que o religamentose efetivar)(rea B) e a situao que se segue a um religamento com xito (rea C), vistoque a potncia transferida nestes casos maior que a potncia mecnica da turbina.Os geradores retornaro a uma condio estvel de operao desde que as reas de
acelerao e desacelerao sejam iguais entre si. (acelerao rea A, desacelerao(B+C))..Claramente, isto s ser possvel no caso em que a falta no sistema de potncia sejaeliminada rapidamente (tempo crtico de eliminao de falta).Durante a condio de regime permanente o rel mede a impedncia da carga, com umdeterminado ngulo de potncia .Com a insero da falta, a impedncia muda inicialmente para a impedncia de falta, queser reconhecida como uma falta externa pelo rel (1). Aps a abertura da linha comdefeito pelo seu respectivo rel (2), a impedncia muda novamente para a impedncia de
carga (3), que corresponde agora a um ngulo 1 maior e uma impedncia de
transferncia tambm maior (anteriormente falta 21 2 uL
u Z
Z
ZZ ++= , subseqentemente
21 uLu ZZZZ ++= ).
O ngulo de transmisso se move agora para 2 (4) como conseqncia do avano do
rotor.Seguindo-se ao religamento, o vetor da impedncia da carga muda para uma novaposio (5) e se move ainda mais deste ponto para o interior da caracterstica de partidado rel (6).Se o trip no liberado o vetor de carga retorna sua posio inicial de regimepermanente.Se, no entanto o vetor da impedncia da carga entra e se mantm dentro da
caracterstica por um tempo suficiente, poder ocorrer desligamento pela proteo.O trip durante oscilaes de potncia pode ser inibido por uma funo denominadaBloqueio por Oscilao.Seu modo de operao caracterizado pelo fato que aps a insero da falta, aimpedncia muda imediatamente da impedncia de operao (impedncia de carga)para a impedncia de falta, situada dentro da caracterstica do rel.Por outro lado, durante uma oscilao de potncia o vetor impedncia mostra umaprogresso para a condio de regime permanente. Sua proporo de variaocorresponde freqncia de oscilao do sistema.
Pela medida dedt
dzou
t
Z
e a comparao com o valor inicial possvel distinguir entre
um curto circuito e uma oscilao de potncia.
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0
ZL
6 5
43
ZLoad
ZS2
ZS2
X
2
3
1
PT
64
2
0
2
3
1
A
B
C
PT= senX
EE
T
21 *
ZL
ZS2ZS1
U1 U2
D
E1 E2
ZL
1
3
5
180900 1 2
P
Fi ura 5a Estabilidade Dinmica
R
0
12
Figura 5b Trajetria da Impedncia de carga durante balano do Sistema de Potncia
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