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ATIVIDADES ESPECIAIS 8.7 EMPREGADO DOMÉSTICO MÓDULO 8

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ATIVIDADES ESPECIAIS

8.7EMPREGADODOMÉSTICO

MÓDULO

8

2 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

SUMÁRIO

ASSUNTO PÁGINA

8.7. EMPREGADO DOMÉSTICO.................................................................................................................. 4

8.7.1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 4

8.7.2. DEFINIÇÃO............................................................................................................................ 4

8.7.2.1. ATIVIDADES ABRANGIDAS ............................................................................... 4

8.7.2.2. DIARISTAS ........................................................................................................... 4

8.7.3. ADMISSÃO............................................................................................................................ 5

8.7.3.1. EMPREGADOS INDICADOS POR AGÊNCIAS ESPECIALIZADAS .................. 5

8.7.3.2. REGISTRO NA CARTEIRA DE TRABALHO....................................................... 5

8.7.3.3. CONTRATO DE TRABALHO............................................................................... 6

8.7.4. DIREITOS ASSEGURADOS PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ........................................ 7

8.7.4.1. PISO SALARIAL................................................................................................... 7

8.7.5. APLICAÇÃO DOS DIREITOS ............................................................................................... 7

8.7.5.1. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO ........................................................................... 7

8.7.5.2. FÉRIAS ................................................................................................................. 8

8.7.5.2.1. Remuneração das Férias ................................................................... 8

8.7.5.2.2. Prazo para Concessão das Férias .................................................... 8

8.7.5.2.3. Pagamento das Férias........................................................................ 8

8.7.5.2.4. Anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social ................ 8

8.7.5.2.5. Preenchimento do Recibo de Férias................................................. 8

8.7.5.2.6. Abono Pecuniário ............................................................................... 10

8.7.5.3. AVISO PRÉVIO..................................................................................................... 10

8.7.5.3.1. Prazo de Duração ............................................................................... 10

8.7.5.3.2. Integração ao Tempo de Serviço ...................................................... 10

8.7.5.3.3. Redução da Jornada de Trabalho ..................................................... 11

8.7.5.3.4. Compensação da Redução................................................................ 11

8.7.5.3.5. Rescisão pelo Empregador sem Justa Causa ................................. 11

8.7.5.3.6. Aviso Prévio Indenizado .................................................................... 11

8.7.5.3.7. Aviso Prévio Trabalhado.................................................................... 11

8.7.5.3.8. Rescisão pelo Empregado sem Justa Causa .................................. 11

8.7.5.3.9. Modelos de Aviso Prévio ................................................................... 11

8.7.5.4. SALÁRIO-MATERNIDADE (LICENÇA-GESTANTE) .......................................... 12

8.7.5.4.1. Adoção e Guarda Judicial.................................................................. 13

8.7.5.4.1.1. Condições para a Concessão do Benefício.................. 13

8.7.5.4.2. Recolhimento da Contribuição Previdenciária ................................ 13

8.7.6. DIREITOS NÃO ASSEGURADOS PELA CONSTITUIÇÃO ................................................. 13

8.7.6.1. JORNADA DE TRABALHO.................................................................................. 14

8.7.6.2 ACIDENTE DO TRABALHO E AUXÍLIO-DOENÇA............................................. 14

8.7.6.3. ESTABILIDADE DA GESTANTE ......................................................................... 14

8.7.7. PAGAMENTO DO SALÁRIO ................................................................................................ 14

8.7.7.1. EMPREGADO ANALFABETO ............................................................................. 14

FASCÍCULO 8.7 3

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

8.7.8. REAJUSTE DE SALÁRIOS................................................................................................... 15

8.7.8.1. ANOTAÇÃO NA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL ......... 15

8.7.9. DESCONTOS......................................................................................................................... 15

8.7.9.1. VALE-TRANSPORTE ........................................................................................... 15

8.7.9.2. IR/FONTE.............................................................................................................. 15

8.7.9.3. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA................................................................... 15

8.7.9.3.1. Salário-de-Contribuição ..................................................................... 15

8.7.9.3.1.1. 13º Salário ........................................................................ 16

8.7.9.3.2. Alíquota Aplicável............................................................................... 16

8.7.9.3.2.1. Contribuição Proporcional ············································· 16

8.7.9.3.3. Desconto na Remuneração do Empregado ..................................... 16

8.7.9.3.4. Recolhimento das Contribuições...................................................... 16

8.7.9.3.4.1. Prazo de Recolhimento................................................... 16

8.7.9.3.4.2. Recolhimento Fora do Prazo.......................................... 16

8.7.9.3.4.3. Recolhimento Trimestral ................................................ 17

8.7.10. INSCRIÇÃO PREVIDENCIÁRIA ........................................................................................... 17

8.7.10.1. DOCUMENTAÇÃO ............................................................................................... 17

8.7.10.2. DEPENDENTES.................................................................................................... 17

8.7.11. FALTA DE COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS,DAS FÉRIAS E DO 13º SALÁRIO......................................................................................... 17

8.7.11.1. PRESCRIÇÃO....................................................................................................... 17

8.7.12. OPÇÃO PELO FGTS............................................................................................................. 17

8.7.12.1. DEPÓSITO............................................................................................................ 17

8.7.12.1.1. Contribuição Social.......................................................................... 18

8.7.12.1.2. Prazo de Recolhimento.................................................................... 18

8.7.12.2. FORMA DE RECOLHIMENTO ............................................................................. 18

8.7.12.3. PREENCHIMENTO DA GFIP ............................................................................... 18

8.7.13. DISPENSA DO EMPREGADO.............................................................................................. 22

8.7.13.1. EMPREGADO INCLUÍDO NO REGIME DO FGTS .............................................. 22

8.7.13.2. RECIBO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO ................................ 22

8.7.13.3. HOMOLOGAÇÃO DA RESCISÃO ....................................................................... 22

8.7.13.4. EXEMPLO DE CÁLCULO DE RESCISÃO DO CONTRATO DETRABALHO E PREENCHIMENTO DO RECIBO DE QUITAÇÃO ..................... 22

8.7.13.5. BAIXA NA CARTEIRA DE TRABALHO .............................................................. 28

8.7.13.6. SEGURO-DESEMPREGO.................................................................................... 28

8.7.13.6.1. Valor do Benefício ............................................................................ 29

8.7.13.6.2. Habilitação ao Benefício .................................................................. 29

8.7. EMPREGADO DOMÉSTICO

8.7.1. INTRODUÇÃOO empregado doméstico não tem os mesmos direitos trabalhistas e previdenciários que os empregados regidos pelaConsolidação das Leis do Trabalho (CLT). Apesar de a Constituição Federal assegurar aos empregados domésticos algunsdosdireitosque tambémasseguraaos trabalhadoresemgeral,esses trabalhadoressãoregidospor legislaçãoespecífica.

8.7.2. DEFINIÇÃOO empregado doméstico é aquele que presta serviços, de natureza contínua e de finalidade não lucrativa, a pessoaou a família, no âmbito residencial destas.

8.7.2.1. ATIVIDADES ABRANGIDASEstão abrangidas nesta categoria as atividades de motorista particular, jardineiro, lavadeira, cozinheira,arrumadeira, passadeira, babá, caseiro, enfermeira, garçom, damadecompanhia, enfim, todoempregadoque,exercendo atividade de natureza contínua, preste serviços dos quais não resulte lucro para o empregador, noâmbitoda residênciadeste.Também éconsideradodomésticooempregadodesítiosematividadeeconômica.Sobre o assunto, selecionamos as seguintes decisões:“Doméstico. A execução de tarefas realizadas no âmbito residencial, em atividade que não tem carátereconômico, configura relação de emprego doméstico. Recurso não provido.” (TRT-6ª Reg. 2ª T –Recurso Ordinário 9.288 – Rel. Juiz Newton Gibson, DOE 13-7-94)• “O guarda contratado por moradores para vigilância na rua é doméstico, sendo empregado da

sociedade de fato assim formada pelas famílias que pretendem segurança particular.” (TRT-2ª Reg. 6ªT., Proc. 02.860.088.339 – Rel. Juiz José Serson)

• “Caracteriza a funçãodeempregadadoméstica o trabalhoexercidopor enfermeira, comoacompanhantede pessoa idosa e, por isso, tutelada pelas leis trabalhistas. Presentes os requisitos do artigo 1º da Leinº 5.859/72.” (TRT-1ª Reg. 4ª T., Recurso Ordinário 809, de 3-6-87 – Rel. Juiz Oldenir de Almeida)

• “O fato de o reclamante, motorista, conduzir o reclamado de casa ao cartório de que é titular e deste àcasa, e o de ir a banco receber custas judiciais, não são, por si só, descaracterizadores do empregodoméstico, exercido no âmbito familiar, na residência do patrão, onde almoçava, ajudava nas festas deaniversário, e de onde levava a patroa ao trabalho e os filhos dela ao colégio, trazendo-os de volta aofim do expediente ou das aulas. Recurso provido para julgar improcedente a reclamação.” (TRT-7ªReg., Recurso Ordinário 875 – Rel. Juiz Antônio M. Cavalcante – DJ-CE, de 22-5-87)

• “O jardineiro que presta serviços na residência do diretor da empresa, sem que nesta tenha sidoadmitido, é considerado doméstico.” (TRT-12ª Reg. 2ª T-Ac. 2.633 – Rel. Juiz Godoy Ilha, DJ/SC15-6-93)

8.7.2.2. DIARISTASOs empregados diaristas, que prestam serviços de forma descontínua, em princípio, não são consideradoscomo empregados domésticos.Na relação do diarista com o tomador dos serviços não podem estar presentes os pressupostoscaracterizadores do vínculo empregatício.Considera-se empregada toda pessoa física que prestar serviços de natureza HABITUAL a empregador,sob a dependência deste e mediante salário.Segundo jurisprudência emanada dos Tribunais do Trabalho, não importa a denominação dada ao pactolaboral pelo tomador dos serviços prestados pelo trabalhador autônomo, pois, estando presente um dospressupostos da relação de emprego, é bastante para a caracterização do vínculo empregatício.São pressupostos caracterizadores do vínculo empregatício a subordinação hierárquica, salarial e/ou ahorário, bem como a HABITUALIDADE com que os serviços são prestados.Isto significa dizer, que a contratação da diarista autônoma pode gerar vínculo empregatício.A seguir, transcrevemos algumas decisões dos tribunais trabalhistas sobre a caracterização ou não dovínculo empregatício:Ü 1. Continuidade na prestação dos serviços pressupõe a sucessão de atos sem interrupção. A prestaçãode serviços duas vezes por semana descaracteriza a continuidade prevista no artigo 1º da Leinº 5.859/72.2. Recurso de Revista conhecido e desprovido.Vistos, relatados e discutidos estes autos do Recurso de Revista nº TST-RR-52.776/2002-900-16-00.1.(TST- 1ª Turma – Recurso de Revista 52.776 – Relator: Min. Emmanoel Pereira – DJ-U, de 18-2-2005);Ü Do exame do artigo 1º da Lei nº 5.859/72, percebe-se que o reconhecimento do vínculo empregatíciodo doméstico está condicionado à continuidade na prestação dos serviços, não se prestando aoreconhecimento do liame a realização de trabalho durante alguns dias da semana (in casu um ou dois).O doméstico com vínculo de emprego permanente tem jornada de trabalho, geral e normalmente, desegunda a sábado, ou seja, seis dias na semana, até porque foi assegurado a ele o descanso semanal

4 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

remunerado, preferencialmente aos domingos (CF, artigo 7º, XV, parágrafo único). Assim, sendoincontroverso que a Reclamante somente trabalhava de uma a duas vezes por semana para aReclamada, não há como reconhecer-lhe o vínculo empregatício com a ora Recorrente, pois, nessahipótese, estamos diante de serviço prestado na modalidade de empregado diarista. Recurso de Revistaconhecido e provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista nºTST-RR-619.494/1999.0. (TST- 3ª Turma – Recurso de Revista 619.494 – Relª: Juíza Convocada DoraMaria da Costa – DJ-U de 6-8-2004);Ü Pretende o Reclamante o reconhecimento do vínculo empregatício doméstico, em razão dos serviçosprestados à Reclamada no máximo duas vezes por semana, que compreendiam “levar a reclamada decarro, uma vez por mês, ao médico, duas vezes por semana ao dentista, ao supermercado e a passeiosesporádicos, além de sair para passear com a cachorrinha, ir ao supermercado, comprar revistas e lavaro carro”. A Lei nº 5.859/72, que dispõe sobre a profissão de empregado doméstico, exige deste aprestação de serviços “de natureza contínua”, no âmbito residencial da pessoa ou família. A controvérsiacinge-se a estabelecer se o serviço realizado duas vezes por semana atende ao requisito da continuidadeexigido pela Lei. A jurisprudência firma-se no sentido de não considerar contínuo o trabalho efetuado empoucos dias na semana, consoante se extrai dos precedentes transcritos. Recurso conhecido edesprovido. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista nº TST –RR-119/2002-047-03-00.0. (TST-3ª Turma – Recurso de Revista 119 – Relª: Minª. Maria Cristina IrigoyenPeduzzi – DJ-U de 13-2-2004);Ü Não há como se reconhecer vínculo empregatício como empregada doméstica quando não secaracteriza a continuidade exigida no artigo 1º da Lei nº 5.859/72 e tampouco a existência desubordinação já que à trabalhadora é dado alternar os dias de trabalho ou até mesmo faltar sem qualquerpunição. Recurso a que se nega provimento. (TRT-1ª Região – Recurso Ordinário 8.672/2001 – RelatorJuiz: Leopoldo Felix – publicado em 29-8-2002);Ü De acordo com o disposto na Lei 5.859/72, um dos pressupostos para a conceituação do empregadodoméstico é a continuidade na prestação de serviços. Assim sendo, a lavadeira e passadeira que presteserviços no âmbito da residência de uma família uma ou duas vezes por semana não é consideradaempregada, já que ausente o elemento continuidade na prestação de serviços. Entretanto, a prestaçãode serviços por mais de duas vezes na semana configura o trabalho em meia jornada semanal,caracterizando a continuidade de modo a ensejar o reconhecimento da relação de emprego, sepresentes os demais pressupostos do vínculo jurídico de emprego.(TRT-3ª Região – Recurso Ordinário17.663/99 – Relator: Juiz Washington Maia – publicado em 17-5-2000);Ü Doméstica que trabalha duas ou três vezes por semana, fazendo serviços próprios de manutenção deuma residência, é empregada e não trabalhadora eventual, pois a habitualidade caracteriza-seprontamente, na medida em que seu trabalho é desenvolvido em dias alternados, verificando-se umaintermitência no labor, mas não uma descontinuidade. Logo, estando plenamente caracterizada ahabitualidade, subordinação, pagamento de salário e pessoalidade, declara-se, sem muito esforço, ovínculo empregatício. (TRT-2ª Região – Recurso Ordinário 02980599829 – Relatora: Juíza Rosa Maria –publicado em 22-11-99).

8.7.3. ADMISSÃOPor ocasião da admissão, o empregado doméstico deve apresentar ao empregador os seguintes documentos:a) Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);b) atestado de boa conduta, emitido por autoridade policial ou por pessoa idônea, a juízo do empregador;c) atestado de saúde, subscrito por autoridade médica responsável;d) comprovação do endereço do local de sua residência.As exigências constantes das letras “b”, “c” e “d” ficam a critério do empregador.

8.7.3.1. EMPREGADOS INDICADOS POR AGÊNCIAS ESPECIALIZADASQuando o empregado doméstico for indicado por agência especializada caberá, a esta, a responsabilidadecivil pelos atos ilícitos eventualmente praticados pelo empregado no desempenho de suas atividades.Por ocasião da contratação, a agência firmará compromisso com o empregador, obrigando-se a repararqualquer dano que venha a ser praticado pelo empregado contratado, pelo período de 1 ano.

8.7.3.2. REGISTRO NA CARTEIRA DE TRABALHOApós o recebimento dos documentos relacionados no item anterior, o empregador procederá ao registrodo contrato de trabalho do empregado, anotando na Carteira de Trabalho os seguintes dados:a) nome do empregador, por extenso;b) endereço completo;c) cargo ou função a ser exercida;d) data da admissão;e) salário mensal ajustado; e

FASCÍCULO 8.7 5

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

f) assinatura do empregador.O registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) deve ser feito do seguinte modo:

CONTRATO DE TRABALHO

EMPREGADOR: .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................CNPJ/CPF/CEI: .......................................................................................................................................................ENDEREÇO: ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................MUNICÍPIO: ............................................................................................... UF: ......................................................ESP. DO ESTABELECIMENTO: .............................................................................................................................CARGO: ..................................................................................................................................................................................................................................................................................... CBO Nº ..............................................

DATA DE ADMISSÃO:................................... DE.................. ...................................... DE 20 ............................REGISTRO Nº: .............................................. ....................... FLS/FICHA:............................................................REMUNERAÇÃO ESPECIFICADA:..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................

ASS. DO EMPREGADOR OU A ROGO C/ TESTEMUNHA1º............................................................................................. 2º............................................................................

DATA DE SAÍDA:........................................... DE.................. ...................................... DE 20 .............................................................................................................................................................................................................

ASS. DO EMPREGADOR OU A ROGO C/ TESTEMUNHA1º............................................................................................. 2º............................................................................

COM DISPENSA CD Nº:..........................................................................................................................................FGTS Nº DA CONTA: ..............................................................................................................................................

8.7.3.3. CONTRATO DE TRABALHOO Contrato de Trabalho da empregada doméstica deve ser realizado por prazo indeterminado.

Há polêmica quanto à aplicação do Contrato de Experiência a esses empregados.

A título de ilustração, transcrevemos a seguir algumas decisões sobre o assunto:

Ü Consoante a previsão do parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal, vários direitos sociaisforam estendidos aos empregados domésticos, entre eles o aviso prévio, instituto este que atinge tanto oempregado doméstico quanto o empregador, o que viabiliza as situações previstas nos artigos 482 e 483da CLT. Logo, cabível o contrato de trabalho a título de experiência, para o doméstico, se a Lei 5.859/72 eo seu Decreto regulamentador não proíbem a adoção desse tipo de contrato, não cabe ao intérprete fazerqualquer distinção. Recurso a que se dá provimento para imprimir validade ao contrato de experiência ejulgar improcedente a ação. (TRT-2ª Região – Recurso Ordinário 02980437373 – Relator: Juiz FernandoSampaio – publicado em 14-9-99);

Ü Os empregados domésticos são regidos por lei especial – Lei 5.859/72 – e a CF/88 lhes asseguraos direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI E XXIV do artigo 7º. A Lei5.859/72 não prevê a possibilidade de o contrato de trabalho do empregado doméstico ser firmado aprazo determinado ou a título de experiência. Não obstante o empregado doméstico desenvolva suasatividades em ambiente familiar e em contato direto com seus membros, carece de amparo legal atese que ampara a contratação experimental que possibilita a avaliação recíproca das partes para amanutenção ou extinção do vínculo empregatício do doméstico. Até o presente momento, afaculadade de firmar contrato de trabalho a prazo determinado prevista na Consolidação das Leis doTrabalho não alcança os empregados domésticos, razão por que inviável a contratação a título deexperiência. (TRT-4ª Região – Recurso Ordinário 96022750-4 – Relatora: Juíza Dulce Olenca –publicado em 16-3-98).

6 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Mauro Pacheco

134.255.831-087

Rua A, nº 50

Rio de JaneiroDomicílio

Empregada Doméstica

RJ

5121-10

14 MARÇO

R$ 326,00 (Trezentos e Vinte e Seis Reais)

05

8.7.4. DIREITOS ASSEGURADOS PELA CONSTITUIÇÃO FEDERALA categoria dos trabalhadores domésticos foi uma das mais beneficiadas pela Constituição Federal promulgada em5-10-88.Até o advento da Constituição de 1988, aos domésticos somente eram assegurados férias, salário, que podia serinferior ao mínimo, e o vale-transporte. Na área da Previdência Social eram assegurados aos domésticos:– assistência médica, odontológica e farmacêutica;– auxílio-doença;– aposentadoria por velhice, invalidez e por tempo de serviço;– auxílio-natalidade (esse benefício foi extinto);– auxílio-reclusão;– auxílio-funeral (esse benefício foi extinto); e– pecúlio.Com a promulgação da Constituição de 1988, foram assegurados, além dos direitos já garantidos, os seguintes:– salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente, unificado;– repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;– 13º salário;– irredutibilidade salarial;– férias com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal;– licença-gestante de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário;– aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo, no mínimo, de 30 dias; e– licença-paternidade de 5 dias, até que seja fixado outro limite em lei.

8.7.4.1. PISO SALARIALO empregado doméstico tem direito ao salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz deatender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família.O piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho é um direito assegurado pelaConstituição Federal a todos os trabalhadores, menos aos domésticos. Entretanto, a Lei Complementar103/2000, ao regulamentar o pagamento do piso salarial previsto na Constituição, quando autorizou osEstados e o Distrito Federal a instituí-lo, dispôs que o mesmo pode ser estendido aos empregadosdomésticos.Assim, desde 17-7-2000, quando a referida Lei entrou em vigor, os empregadores domésticos devemobservar se em seu Estado ou Distrito Federal existe Lei estabelecendo o Piso Salarial extensivo aodoméstico.No Estado do Rio de Janeiro, o Piso Salarial para os domésticos foi fixado em R$ 424,88, vigorandodesde 1-1-2007.Já no Estado do Rio Grande do Sul, o Piso Salarial para os domésticos foi fixado em R$ 430,23, vigorandodesde 1-5-2007.No Estado do Paraná também foi fixado em R$ 464,20 o Piso Salarial para os domésticos, que vigoradesde 1-5-2007.No Estado de São Paulo, o Piso Salarial para os empregados domésticos foi fixado em 410,00, vigorandodesde 1-8-2007.

8.7.5. APLICAÇÃO DOS DIREITOSA aplicação de alguns dos direitos assegurados aos domésticos tem gerado controvérsias. Entretanto, entendemosque as normas reguladoras dos direitos já existentes, como é o caso, por exemplo, do aviso prévio, 13º salário e dorepouso semanal remunerado, devem ser estendidas aos domésticos, naquilo que for compatível.

8.7.5.1. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIOO 13º salário corresponde a 1/12 da remuneração integral devida ao empregado em dezembro, por mêsde serviço do ano correspondente, sendo a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho consideradacomo mês integral.PRIMEIRA PARCELAEntre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador deve pagar, de uma só vez, comoadiantamento do 13º salário, metade do salário recebido pelo empregado no mês anterior.O pagamento da 1ª parcela do 13º salário pode ser efetuado por ocasião das férias do empregado. Paraisso, é necessário que o empregado o requeira ao empregador durante o mês de janeiro.SEGUNDA PARCELAAté o dia 20 de DEZEMBRO de cada ano, o empregador deve pagar a 2ª parcela do 13º salário.O valor da 2ª parcela é a diferença entre a importância correspondente à 1ª parcela, paga até 30 denovembro, e a remuneração devida ao empregado no mês de dezembro, observado o tempo de serviçodo empregado no respectivo ano.Ocorrendo a extinção do contrato de trabalho antes de o empregado fazer jus ao 13º salário integral, oempregador pode compensar o valor da 1ª parcela com o valor proporcional devido e, se não bastar, comoutros créditos de natureza trabalhista a que tenha direito o empregado.RECIBOO pagamento do 13º salário deve ser realizado contra recibo. Não há modelo oficial de recibo, podendoeste ser redigido pelo empregador ou adquirido em papelaria.

FASCÍCULO 8.7 7

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

8.7.5.2. FÉRIASAs férias do empregado doméstico por um bom tempo foi objeto de entendimentos divergentes.Entretanto, a Lei 5.859/72, que rege a situação do doméstico, foi alterada pela Lei 11.324, de 19-7-2006definindo a questão das férias e estipulando novo período de duração.A Lei 11.324/2006 determinou que o empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas de30 dias com, pelo menos, 1/3 a mais que o salário normal, após cada período de 12 meses de trabalho,prestado à mesma pessoa ou família.Cabe ressaltar que a alteração dos dias de duração das férias do doméstico de 20 dias úteis para 30 diascorridos, aplica-se aos períodos aquisitivos iniciados após 20-7-2006. Assim, os domésticos quetiverem períodos aquisitivos iniciados até 20-7-2006, gozarão férias de 20 dias útéis.

8.7.5.2.1. Remuneração das FériasA Constituição Federal, promulgada em 5-10-88, assegurou a todos os empregados remu-neração de férias com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal.Se, após o pagamento das férias, ocorrer reajuste salarial que venha a refletir sobre a remu-neração correspondente ao período de fruição, será necessário complementar o valor inicial-mente pago, na proporção dos dias sujeitos ao reajuste.

8.7.5.2.2. Prazo para Concessão das FériasAs férias devem ser concedidas, por ato do empregador, em um só período, nos 12 mesessubseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o respectivo direito.A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.Entretanto, a concessão das férias deve ser participada ao empregado, por escrito, comantecedência mínima de 30 dias, cabendo ao empregado assinar a notificação.

8.7.5.2.3. Pagamento das FériasNa concessão das férias, o empregado deve assinar recibo próprio, que é vendido em pape-larias especializadas.O recibo de pagamento das férias deve ser arquivado pelo empregador, durante o prazoprescricional trabalhista, que é de 5 anos.O pagamento da remuneração das férias deve ser efetuado até dois dias antes do início dorespectivo período.

8.7.5.2.4. Anotação na Carteira de Trabalho e Previdência SocialO empregado não pode entrar em gozo das férias sem que apresente ao empregador suaCarteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).O empregador deve anotar, no campo próprio da CTPS do empregado, os seguintes dados:a) período aquisitivo das férias;b) período concessivo;c) assinatura do empregador.O campo próprio da Carteira de Trabalho destinado à anotação das férias deve ser preen-chido conforme o exemplificado:

ANOTAÇÕES DE FÉRIAS

DE......01/...........06/........2006 A ...........24/...........06/........2006

PERÍODO: 2005/2006 ............................................... ...................................................................................

DE........../.............../................ A .............../.............../................

PERÍODO: ................................................................. ...................................................................................

8.7.5.2.5. Preenchimento do Recibo de FériasAdmitindo uma empregada com salário de R$ 390,00, que goze férias no período de 1a 24-6-2006, o cálculo e preenchimento do recibo de férias serão feitos do seguintemodo, considerando ainda o gozo de férias de 20 dias úteis:Remuneração de fériasR$ 390,00 ÷ 30 x 20 = R$ 260,00Adicional de 1/3 = R$ 86,67 (R$ 260,00 ÷ 3)Valor Total = R$ 346,67Previdência SocialR$ 346,67 x 7,65% = R$ 26,52Líquido a Receber: R$ 320,15 (R$ 346,67 – R$ 26,52)

8 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Recibo de Férias

FASCÍCULO 8.7 9

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

FÉRIASEMPRESA

MAURO PACHECOENDEREÇO

RUA A, Nº 50

EMPREGADO

DEISE NUNES DOS SANTOSDATA DE ADMISSÃO

14 / 3 / 2005FUNÇÃO

EMPREGADA DOMÉSTICACTPS - Nº E SÉRIE

25701/024

NOTIFICAÇÃO DE FÉRIASAté 30 (trinta) dias antes do início das férias

A empresa abaixo comunica a concessão das férias, conforme discriminação:DIAS DE DURAÇÃO

20 (úteis)PERÍODO A QUE CORRESPONDEM

14-3-2005 a 13-3-2006PERÍODO A SER GOZADO

1-6-2006 a 24-6-2006

/ /D A T A ASSINATURA DA EMPRESA

/ /D A T A ASSINATURA DO EMPREGADO

Recebi a importância discriminada, correspondente às férias acima.

29 / 5 / 2006

D A T A ASSINATURA DO EMPREGADO

RECIBO DE FÉRIASPagamento até 2 (dois) dias antes do início do período

a) VALOR DAS FÉRIAS (_____________ DIAS) _______________

b) ADIC. 1/3 S/ VALOR DE FÉRIAS __________________________

DESCONTOS TOTAL BRUTO

INSS ___________________ R$ ______________________________

IMP. RENDA NA FONTE _______________ “ __________________________________

________________________________ ” __________________________________

SUBTOTAL

ABONO DE FÉRIAS E ADIC. 1/3 ( DIAS)

LÍQUIDO A PAGAR

R$

______________________________

______________________________

______________________________

______________________________

______________________________

______________________________

______________________________

______________________________

______________________________

(__________________________________________________________________________________________________________________________)(VALOR POR EXTENSO)

MAURO PACHECO

DEISE NUNES DOS SANTOS

DEISE NUNES DOS SANTOS

SOLICITAÇÃO DE ABONO(até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo)

O empregado acima solicita a concessão de abono pecuniário (1/3 do período de férias)

/ /

DATA ASSINATURA DO EMPREGADO

/ /

2 5 2006

2 5 2006

20

7,65 26,52

260,00

86,67

346,67

26,52

320,15

320,15

TREZENTOS E VINTE REAIS E QUINZE CENTAVOS

Até o quinto dia útil do mês seguinte, deve ser pago o saldo de salário correspondente aos 10dias restantes do mês comercial, no valor de R$ 130,00 (R$ 390,00 ÷ 30 x 10).A contribuição previdenciária deverá ser recalculada, considerando o valor total que oempregado percebeu durante o mês.Somando-se o valor das férias de R$ 346,67 com o saldo de salário R$ 130,00, o empregadopercebeu no mês um total de R$ 476,67.A contribuição do INSS será calculada pela alíquota de 7,65%.R$ 476,67 x 7,65% = R$ 36,47Deduzindo a parte que já foi retida nas férias, no saldo de salário será feito o desconto deR$ 9,95 (R$ 36,47 – R$ 26,52).A contribuição do empregador, que é de 12%, incidirá sobre R$ 476,67.A contribuição deve ser recolhida até o dia 17-7-2006, através da Guia da Previdência Social(GPS).O recolhimento da contribuição deve ser efetuado até o dia 15 do mês seguinte àquele a queas contribuições se referirem, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subseqüentequando não houver expediente bancário no dia 15.A GPS para recolhimento da contribuição será preenchida da seguinte forma:Campo 1: Nome, endereço e telefone da empregada doméstica;Campo 3: Código 1600 para recolhimento mensal ou 1651 para recolhimento trimestral;Campo 4: Competência 06/2006;Campo 5: Número de inscrição da empregada doméstica no INSS;Campo 6: R$ 93,67 [R$ 476,67 x 19,65% (12 + 7,65%)];Campo 11: R$ 93,67.

8.7.5.2.6. Abono PecuniárioO abono pecuniário de férias consiste em uma quantia em dinheiro correspondente a 1/3 doperíodo de férias a que o empregado fizer jus.Essa quantia será devida, quando o empregado solicitar ao empregador a conversãodaquele período de férias em valor monetário.Ao empregado doméstico não foi estendido o direito do abono pecuniário. Desta forma, eledeverá gozar integralmente o período de férias a que tem direito.

8.7.5.3. AVISO PRÉVIOO aviso prévio é a notificação que, na relação de emprego, uma das partes confere a outra, comunicandoa cessação do contrato de trabalho por prazo indeterminado.A notificação do aviso prévio deve ser feita por escrito, em duas vias, sendo uma do empregado e a outrado empregador, que deverá anexá-la ao recibo de quitação das parcelas rescisórias.

8.7.5.3.1. Prazo de DuraçãoA duração do aviso prévio é de 30 dias. A Constituição Federal criou o aviso prévio propor-cional ao tempo de serviço que, entretanto, não está vigorando, tendo em vista que o textoconstitucional depende de legislação infraconstitucional.

8.7.5.3.2. Integração ao Tempo de ServiçoO período de duração do aviso, seja trabalhado ou indenizado, é considerado como deefetivo serviço, inclusive para cálculo das parcelas relativas ao 13º salário e às férias.

10 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIASOCIAL (MPAS)

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS)

GUIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (GPS)

3. CÓDIGO DE PAGAMENTO 1600

4. COMPETÊNCIA 06/2006

5. IDENTIFICADOR11389554249

1. NOME OU RAZÃO SOCIAL/FONE/ENDEREÇODeise Nunes dos SantosRua Andrade, nº 630Tel. 2711-9920

6. VALOR DO INSS 93,67

7.

8.

2. VENCIMENTO(Uso exclusivo INSS)

9. VALOR DE OUTRAS ENTIDADES

ATENÇÃO: É vedada a utilização de GPS para recolhimento de receita de valor inferiorao estipulado em Resolução publicada pelo INSS. A receita que resultar valor inferiordeverá ser adicionada a contribuição ou importância correspondente nos meses sub-seqüentes, até que o total seja igual ou superior ao valor mínimo fixado.

10. ATM/MULTA E JUROS

11.TOTAL 93,67

12. AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA

Instruções para preenchimento no verso.

8.7.5.3.3. Redução da Jornada de TrabalhoSe a iniciativa da rescisão do contrato partir do empregador, a jornada de trabalho do empre-gado, durante o curso do aviso prévio, será reduzida em duas horas diárias, sem prejuízo dosalário integral.

8.7.5.3.4. Compensação da ReduçãoO empregado poderá trabalhar sem a redução das duas horas diárias, caso em que poderáfaltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 7 dias.

8.7.5.3.5. Rescisão pelo Empregador sem Justa CausaOcorrendo a rescisão do contrato de trabalho pelo empregador, este poderá optar pelamodalidade do aviso prévio a conceder, que pode ser indenizado ou trabalhado.

8.7.5.3.6. Aviso Prévio IndenizadoO aviso prévio indenizado determina o imediato desligamento do empregado de sua funçãohabitual. Nesse caso, o empregador efetua o pagamento da parcela correspondente aoperíodo do aviso prévio.

8.7.5.3.7. Aviso Prévio TrabalhadoQuando o aviso prévio for trabalhado, o empregador deve comunicar ao empregado que, apartir de determinada data, ele cumprirá o aviso prévio, permanecendo no exercício habitualde suas funções, podendo optar pela redução de duas horas da jornada diária ou faltar por 7dias corridos.Ao final desse período, o contrato de trabalho será rescindido, sendo o pagamento daparcela correspondente ao aviso prévio efetuado ao término do prazo estipulado, como saldode salário.Na hipótese de o empregado não cumprir o prazo do aviso prévio, sem justificativa que abonesuas faltas, oempregadorpoderádeixar depagarovalor correspondenteaossaláriosdevidos.

8.7.5.3.8. Rescisão pelo Empregado sem Justa CausaQuando a rescisão do contrato de trabalho ocorre por iniciativa do empregado, sem justacausa, este fica obrigado a conceder o aviso prévio ao empregador, permanecendo no exer-cício regular de suas funções durante o prazo ajustado sem qualquer redução da sua jornadade trabalho. O empregador ficará obrigado a pagar a parcela correspondente ao aviso prévio,mesmo na rescisão de iniciativa do empregado, desde que este permaneça no exercícioregular de suas atividades, durante o prazo respectivo.Na rescisão do contrato por iniciativa do empregado, caso este não cumpra o prazo do avisoprévio, o empregador terá o direito de descontar os salários correspondentes ao prazorespectivo.

8.7.5.3.9. Modelos de Aviso PrévioA título de ilustração, apresentamos, a seguir, modelos de aviso prévio concedido peloempregador e pelo empregado.a) Aviso Prévio Dado pelo Empregador:

FASCÍCULO 8.7 11

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

Sr. (a)Carteira de Trabalho e Previdência Social nº .......... Série ..........Pelo presente, vimos comunicar-lhe que, após decorridos ........ dias, V.Sª ficarádispensado (a) da prestação de serviços relativos ao seu contrato de trabalho, tendo emvista que os mesmos não são mais necessários a esta residência.Durante o referido prazo, V.Sª terá direito à redução da sua jornada de trabalho, em duashoras diárias, sem prejuízo do salário integral, em conformidade com o disposto no artigo488 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).Outrossim, V.Sª poderá optar por trabalhar sem a redução das duas horas diárias,podendo, em conseqüência, faltar ao serviço por 7 dias corridos, sem prejuízo daremuneraçãoque lhe for devida, de acordo com o estabelecido na Lei 7.093, de 25-4-83.

Impressão do Polegar DireitoQuando Analfabeto

_______ de _____________________________ de _____

(local e data)

(assinatura do empregador)

(ciente do empregado)

b) Aviso Prévio Dado pelo Empregado:

c) Aviso Prévio Indenizado:

8.7.5.4. SALÁRIO-MATERNIDADE (LICENÇA-GESTANTE)O salário-maternidade é devido à segurada empregada doméstica durante 120 dias, com início até 28dias anteriores ao parto e término 91 dias depois dele, considerando, inclusive, o dia do parto.Para fins de concessão de salário-maternidade, considera-se parto o evento ocorrido a partir da 23ªsemana (6º mês) de gestação, inclusive em caso de natimorto.Em caso de aborto não-criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada tem direito aosalário-maternidade correspondente a duas semanas.

12 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

______________ de ___________________________________ de _____(local e data)

AoPrezado SenhorTem a presente a finalidade de solicitar o meu desligamento da prestação de serviço dessaresidência, a partir de ___/___/___.Agradecendo, antecipadamente, o atendimento ao solicitado, subscrevo-me.

Atenciosamente,

(assinatura do empregado)

(assinatura do empregador)

Rio de Janeiro,

Prezado Senhor

Pela presente, comunicamos a V.Sª a sua dispensa da prestação de serviço nestaresidência, por não serem mais necessários os seus serviços.

Dessa forma, informamos que o aviso prévio será indenizado, devendo V. Sª comparecerno dia ___/___/____ para receber as parcelas rescisórias.Agradecemos a colaboração prestada.

Atenciosamente,

(assinatura do empregador)

(ciente do empregado)

Em casos excepcionais o período de repouso antes e depois do parto poderá ser aumentado em maisduas semanas, mediante atestado médico específico para fim de prorrogação.

A prorrogação consiste em excepcionalidade, compreendendo as situações em que exista algum riscopara a vida do feto ou criança ou da mãe, devendo o atestado médico ser apreciado pela perícia médicado INSS.

Os períodos de repouso a que a empregada tem direito, assim como a data do início do seu afastamento,são determinados com base em atestado médico.

O atestado somente será exigido quando o pedido do benefício ocorrer durante os 28 dias queantecederem o parto.

Depois desse período, a certidão de nascimento valerá como documento necessário para a concessãodo benefício, junto ao INSS.

Não há carência para o pagamento do benefício do salário-maternidade à segurada empregadadoméstica, ou seja, não existe número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que asegurada faça jus ao benefício.

O salário-maternidade da empregada será devido pela Previdência Social enquanto existir a relação deemprego.

8.7.5.4.1. Adoção e Guarda JudicialOs períodos de licença e salário-maternidade são devidos a mãe adotiva nos seguintescasos:

IDADE DA CRIANÇA PERÍODO DA LICENÇA

Até 1 ano completo de idade 120 dias

A partir de 1 ano até 4 anos completos 60 dias

A partir de 4 anos até completar 8 anos 30 dias

8.7.5.4.1.1. Condições para a Concessão do BenefícioO salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãebiológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento dacriança.

O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver aobservação de que é para fins de adoção ou só contiver o nome do cônjugeou companheiro.

Para a concessão do salário-maternidade é indispensável que conste danova certidão de nascimento da criança, ou do termo de guarda, o nome dasegurada adotante ou guardiã, bem como, deste último, tratar-se de guardapara fins de adoção.

Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de umacriança, é devido um único salário-maternidade relativo à criança de menoridade.

8.7.5.4.2. Recolhimento da Contribuição PrevidenciáriaO salário-maternidade é pago diretamente pela Previdência Social à empregada doméstica, emvalor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição.

Isto significa dizer que, durante o afastamento da empregada, a remuneração dos 120 diasserá paga pela Previdência Social, sem qualquer ônus para o empregador.

Entretanto, durante o período de afastamento, o empregador fica obrigado ao recolhimento dacontribuição previdenciária de 12% do salário devido, observado o limite máximo previdenciário,sendo que a parcela devida pela empregada doméstica será descontada pelo INSS quando dopagamento do benefício.

8.7.6. DIREITOS NÃO ASSEGURADOS PELA CONSTITUIÇÃOAos domésticos não foram estendidos pela Constituição Federal a jornada de trabalho de 44 horas semanais,salário-família, benefício por acidente do trabalho e PIS – Programa de Integração Social.

FASCÍCULO 8.7 13

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

8.7.6.1. JORNADA DE TRABALHOA jornada de trabalho dos domésticos deve ser acertada entre o empregador e o empregado,utilizando-se a norma de direito que determina que os casos omissos devem ser resolvidos por analogia,eqüidade, e o uso e costume, acompanhada sempre de uma grande dose de bom senso.Entretanto, é asseguradoo repouso semanal remunerado, preferencialmente, aos domingosenos feriadoscivis e religiosos.O empregado doméstico não faz jus a hora extra, salvo se houver acordo nesse sentido entre oempregado e o empregador.

8.7.6.2 ACIDENTE DO TRABALHO E AUXÍLIO-DOENÇAO benefício do acidente do trabalho não é devido ao empregado doméstico.O acidente ocorrido no desempenho das funções do empregado doméstico dá direito à percepção dobenefício previdenciário do auxílio-doença.Para fazer jus ao benefício do auxílio-doença, é necessário que o segurado empregado doméstico tenhacumprido um mínimo de 12 contribuições mensais, sem interrupção que determine a perda da qualidadede segurado.O auxílio-doença para o empregado doméstico é contado do início da incapacidade ou, a contar da datada entrada do requerimento, quando requerido após o 30º dia do afastamento da atividade.Enquanto o empregado estiver recebendo o benefício previdenciário, o empregador não está obrigado aefetuar qualquer recolhimento de contribuição para o INSS.

8.7.6.3. ESTABILIDADE DA GESTANTEA Lei 11.324/2006 estendeu a garantia de estabilidade no emprego a empregada doméstica gestantedesde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.

8.7.7. PAGAMENTO DO SALÁRIONo pagamento do salário, o empregador deve realizar contra-recibo, no qual conste, discriminado, o valor dosalário, bem como das parcelas deduzidas, que será assinado pelo empregado.Esse procedimento, deve ser adotado, uma vez que, na hipótese de ocorrer reclamação perante a Justiça doTrabalho, não é aceita prova testemunhal do pagamento dos salários, sendo exigido sempre recibo escrito.A seguir, preencheremos o recibo de pagamento na seguinte situação:Empregada mensalista com remuneração de R$ 370,00, não tendo faltas no curso do mês.

8.7.7.1. EMPREGADO ANALFABETONo caso de ser o empregado analfabeto e na impossibilidade de ser obtida a aposição de sua impressãodigital no recibo, o pagamento deverá ser efetuado na presença de uma pessoa que assinará o recibo, aseu rogo, diante de duas testemunhas.

14 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

RECIBO DE PAGAMENTO

EMPREGADOR: ....................................................................................................................EMPREGADA: .......................................................................................................................Período:..................................................................................................................................Salário: ........................................................................................................................................R$ 370,00

Descontos:Previdência Social7,65% de R$ 370,00 ................................................R$ 28,31

Vale-Transporte6% de R$ 370,00 .....................................................R$ 22,20Total ............................................................................................................................................R$ 50,51Saldo a pagar ..............................................................................................................................R$ 319,49(TREZENTOS E DEZENOVE REAIS E QUARENTA E NOVE CENTAVOS)

Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2006.

Ass. Empregada ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

CARLOS PEIXOTO

VERA FERREIRA LIMA

1º a 30 de setembro de 2006

8.7.8. REAJUSTE DE SALÁRIOSOs reajustes salariais devem ser negociados entre empregadores e empregados, não podendo ser baseados emíndices de preços.Cabe aos empregadores domésticos decidir se reajustarão o salário de seus empregados, seguindo a políticaaplicável aos trabalhadores em geral, ou se aguardarão índice para reajustamento do salário mínimo ou do pisosalarial regional, quando for o caso.No caso de pagamento de salário mínimo ou piso salarial, o reajuste ocorrerá, sempre que o referido valor foralterado por ato do governo.

8.7.8.1. ANOTAÇÃO NA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIALAs variações salariais, decorrentes dos aumentos concedidos espontaneamente pelo empregador,também devem ser anotadas na Carteira de Trabalho e Previdência Social, conforme dados aseguir:a) data da alteração;b) valor do salário reajustado;c) especificação da função;d) assinatura do empregador.A anotação na CTPS do empregado deve ser realizada da seguinte forma:

8.7.9. DESCONTOSA Lei 11.324/2006 também estabeleceu que é vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário doempregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia.Entretanto, poderão ser descontadas as despesas com moradia quando essa se referir a local diverso da residência emqueocorrer aprestaçãodeserviço, edesdequeessapossibilidade tenhasidoexpressamenteacordadaentreaspartes.As despesas referidas anteriormente não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração do empregadodoméstico para quaisquer efeitos.Cabe ressaltar que o salário pago em dinheiro não pode ser inferior a 30% do salário mínimo vigente.

8.7.9.1. VALE-TRANSPORTEO empregador doméstico deve adquirir o Vale-Transporte para fornecer ao seu empregado, a fim deatender às necessidades deste no deslocamento entre a residência e o local de trabalho e vice-versa.O empregado somente poderá ser descontado em até 6% do seu salário-base ou o custo das passagens,se inferior a este, arcando o empregador com a diferença.O empregador poderá deixar de fornecer o Vale-Transporte. Nesse caso o empregado deve comprovar,não fazer uso do benefício, desde que assine formulário próprio, vendido em papelaria especializada.

8.7.9.2. IR/FONTEO empregador doméstico fica obrigado a reter e a recolher o Imposto de Renda na Fonte, quando aremuneração do empregado doméstico ultrapassar o limite de isenção.O recolhimento do imposto, quando for o caso, deve ser efetuado através do Documento de Arrecadaçãode Receitas Federais (DARF), preenchido em duas vias com o Código 0561.A Lei 11.324/2006 permitiu a dedução, na Declaração de Ajuste Anual do IR da pessoa física(empregador doméstico), modelo completo, da contribuição patronal para o INSS paga sobre o valor daremuneração do empregado doméstico.A Lei estabeleceu que a dedução não poderá exceder ao valor da contribuição patronal calculada sobre 1salário mínimo mensal, sobre o 13º salário e sobre a remuneração adicional de férias, referidos também a1 salário mínimo. A dedução atinge as contribuições pagas a partir do mês de janeiro de 2006 atédezembro de 2011.

8.7.9.3. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIAO empregado doméstico é segurado obrigatório da Previdência Social.

8.7.9.3.1. Salário-de-ContribuiçãoA contribuição mínima do empregado doméstico para a Previdência Social é calculada combase no salário mínimo vigente, tomando seu valor mensal, diário ou horário, conforme oajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês.

FASCÍCULO 8.7 15

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

ANOTAÇÕES DE SALÁRIO

AUMENTADO:........../......../.......... PARA R$....................................................

MOTIVO: ............................................................... ....................................................................................................REAJUSTE DO PISO SALARIAL

ASSINATURA DO EMPREGADOR

1 1 2006 369,45

Quando o empregado perceber salário superior ao mínimo vigente, inclusive o piso salarialdo Estado, quando for o caso, o cálculo incidirá sobre a remuneração constante do contratode trabalho registrado em sua CTPS, respeitado o limite máximo previdenciário.A contribuição é devida em função da admissão da empregada e não da data da inscrição naPrevidência Social. Isto significa dizer que a contribuição será devida a partir do mês dacompetência de admissão da empregada, independentemente de a sua inscrição ter sidorealizada em data posterior àquela.

8.7.9.3.1.1. 13º SalárioSobre a primeira parcela do 13º salário não há incidência de contribuiçãoprevidenciária.A contribuição sobre o 13º salário incide sobre o valor total recebido a essetítulo, quando do pagamento da última parcela, ou seja, em dezembro ou nomês em que ocorrer rescisão do contrato de trabalho. A contribuição sobre o13º Salário é calculada em separado da remuneração do mês da quitação domesmo.

8.7.9.3.2. Alíquota AplicávelA contribuição previdenciária do empregado doméstico é calculada com base nas alíquotasde 7,65; 8,65; 9 ou 11%, aplicadas de forma não cumulativa, de acordo com a faixa salarialem que esteja situada a remuneração, constante em tabela reajustada periodicamente pelaPrevidência Social.A contribuição do empregador doméstico é de 12% do sálario-de-contribuição do empregadoa seu serviço, observado o limite máximo previdenciário. No recolhimento da contribuiçãodeve ser considerado o valor resultante da soma da contribuição do empregador com adevida pelo empregado.

8.7.9.3.2.1. Contribuição ProporcionalQuando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregadodoméstico ocorrer no curso do mês, o percentual de contribuição incidirá sobre1/30 do salário-de-contribuição, por dia de trabalho efetivamente prestado.

8.7.9.3.3. Desconto na Remuneração do EmpregadoNo ato do pagamento da remuneração do empregado doméstico, o empregador devedescontar a contribuição previdenciária devida pelo empregado.O desconto da contribuição legalmente autorizado sempre se presumirá feito, oportuna eregularmente, pelo empregador doméstico a isso obrigado. Portanto, é inadmissível a alega-ção de qualquer omissão para o mesmo se eximir do recolhimento, ficando, inclusive, osempregadores domésticos diretamente responsáveis pelas importâncias que deixarem dedescontar, ou que tiverem descontado em desacordo com a forma fixada na legislação.

8.7.9.3.4. Recolhimento das ContribuiçõesCompete ao empregador efetuar o recolhimento das contribuições previdenciárias devidas.O recolhimento dessas contribuições será efetuado através da Guia da Previdência Social(GPS), conforme analisado no item 8.7.5.2.5.O empregador deverá reter uma cópia da segunda via da guia para guardá-la como compro-vante necessário.

8.7.9.3.4.1. Prazo de RecolhimentoA contribuição previdenciária deve ser recolhida até o dia 15 do mês seguinteàquele a que as contribuições se referirem. Não havendo expediente bancárioneste dia, o recolhimento pode ser prorrogado para o primeiro dia útilsubseqüente.

O empregador doméstico poderá recolher a contribuição do seguradoempregado a seu serviço e a parcela a seu cargo relativas à competêncianovembro até o dia 20 de dezembro, juntamente com a contribuição referenteao 13º salário, utilizando-se de um único documento de arrecadação.

8.7.9.3.4.2. Recolhimento Fora do PrazoO recolhimento das contribuições previdenciárias fora do prazo previstoacarreta a incidência de juros de mora e multa.

16 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

8.7.9.3.4.3. Recolhimento TrimestralO empregador doméstico pode optar pelo recolhimento trimestral dacontribuição previdenciária, desde que o empregado a seu serviço receba atéum salário mínimo.O recolhimento trimestral deve ocorrer até o dia 15 do mês subseqüente ao dotérmino do respectivo trimestre civil, podendo ser prorrogado para o primeirodia útil subseqüente, quando não houver expediente bancário no dia 15.Assim, por exemplo, o trimestre julho, agosto e setembro/2006 pode serrecolhido até 16-10-2006.Nesse caso, no Campo 04 – Competência (mês/ano) da GPS, deve serregistrado o último mês do trimestre, independentemente de se tratar de uma,duas ou três competências.O recolhimento trimestral não se aplica à contribuição do 13º salário doempregado doméstico, que deve ser recolhida até o dia 20 de dezembro decada ano, devendo ser registrados no Campo “04 – COMPETÊNCIA” da GPSo mês 13 e o ano a que se refere.No Campo 3 – “Código de Pagamento” da GPS deve ser registrado o Código1651.

8.7.10. INSCRIÇÃO PREVIDENCIÁRIAA inscrição do empregado doméstico na Previdência Social pode ser realizada:a) verbalmente, em qualquer Agência da Previdência Social (APS), independentemente da circunscrição;b) na página da Previdência Social via internet, no endereço www.previdenciasocial.gov.br;c) nos quiosques de auto-atendimento das APS;d) nas unidades móveis;e) pelo serviço de atendimento telefônico (PREVFONE) – número 0800-780191;f) de ofício, emitida por servidor do INSS.

8.7.10.1. DOCUMENTAÇÃOO ato da inscrição será formalizado com a apresentação dos seguintes documentos:a) Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), devidamente assinada pelo empregador;b) Carteira de Identidade;c) CIC, se tiver; ed) Título de Eleitor, se tiver.Efetivada a inscrição, será entregue, ao doméstico, o Comprovante de Inscrição de Contribuinte Individuale o segurado deve adquirir em papelaria a GPS para fins de recolhimento.

8.7.10.2. DEPENDENTESA inscrição dos dependentes do empregado doméstico incumbe ao próprio segurado, devendo ser feita,sempre que possível, no ato de sua inscrição como segurado obrigatório da Previdência Social.

8.7.11. FALTA DE COMPROVAÇÃO DO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS, DAS FÉRIAS E DO 13º SALÁRIOA inexistência de recibos escritos relativos ao pagamento dos salários, das férias e do 13º salário, bem como dadevida anotação na Carteira de Trabalho, poderá levar o empregado a apresentar reclamação contra esseprocedimento, na Justiça do Trabalho ou na Delegacia Regional do Trabalho, o que poderá acarretar aoempregador a condenação ao pagamento dos valores correspondentes, acrescidos de correção monetária, se for ocaso, além das custas processuais.

8.7.11.1. PRESCRIÇÃOEmbora haja divergência sobre o assunto, entendemos que o empregado doméstico está amparado peloprazo prescricional de 5 anos, durante a vigência do contrato de trabalho, e de até 2 anos após a rescisãodo contrato, conforme estabelecido pela Constituição Federal.

8.7.12. OPÇÃO PELO FGTSO empregador não é obrigado a incluir seu empregado no FGTS. Caso faça a opção, não poderá se retratar, sendoobrigado a manter o empregado no Regime, até o término de seu contrato de trabaho.Desde a competência março/2000 é facultada a inclusão do empregado doméstico no Regime do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço (FGTS).A inclusão se dará por opção do empregador, que se efetivará com o recolhimento do primeiro depósito em contavinculada, aberta para este fim específico em nome do trabalhador.

8.7.12.1. DEPÓSITONo caso de optar pela inclusão do empregado no regime do FGTS, o empregador ficará obrigado adepositar, em conta bancária vinculada, importância correspondente a 8% da remuneração paga oudevida ao mesmo, no mês anterior.A contribuição também será devida em relação ao pagamento da 1º e da 2º parcela do 13º Salário, bemcomo em relação às férias acrescidas de mais 1/3.

FASCÍCULO 8.7 17

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

8.7.12.1.1 Contribuição SocialA Lei Complementar 110/2001 autorizou o crédito, nas contas vinculadas do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço (FGTS), das perdas decorrentes de planos econômicos.Para custear a reposição das perdas, o referido ato instituiu as Contribuições Sociais de10%, incidente sobre o montante do FGTS, para os casos de demissão sem justa causa, e de0,5% incidente sobre a remuneração mensal dos empregados.Entretanto, os empregadores domésticos estão isentos das referidas Contribuições Sociais.

8.7.12.1.2. Prazo de RecolhimentoO depósito para o FGTS deve ser recolhido até o dia 7 de cada mês em conta bancária vincu-lada. Se no dia 7 não houver expediente bancário, o recolhimento deverá ser antecipadopara o dia imediatamente anterior em que haja expediente.O dia 7 será o do mês seguinte ao da competência. Como competência, entende-se o mês eo ano a que se refere a remuneração.No caso de férias, a competência será o mês de gozo das mesmas, independentemente de opagamento ter sido realizado no mês anterior.

8.7.12.2. FORMA DE RECOLHIMENTOO depósito para o FGTS deve ser efetuado através da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia doTempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP).Para o empregado doméstico, o recolhimento deverá ser efetuado através da GFIP avulsa ou da GFIPpré-impressa.O empregador, para fins de quitação da GFIP, deverá apresentá-la em duas vias, com a seguintedestinação:1ª Via – Caixa/Banco Conveniado2ª Via – EmpregadorO empregador deverá manter sua via arquivada pela prazo de 30 anos, para fins de controle efiscalização.Cada formulário da GFIP abrigará apenas uma competência, constituindo um documento derecolhimento individualizado de valores do FGTS e informações à Previdência Social.Para o empregador doméstico, fica dispensada a entrega da GFIP Declaratória.

8.7.12.3. PREENCHIMENTO DA GFIPO preenchimento, as informações prestadas, a entrega da GFIP e os recolhimentos para o FGTS são deinteira responsabilidade do empregador.Para efetuar o recolhimento ao FGTS e prestar informações à Previdência Social, o empregadordoméstico deverá estar inscrito no Cadastro Específico do INSS (CEI) e o empregado no Cadastro doPIS/PASEP ou no número de inscrição de Contribuinte Individual (CI) da Previdência Social.a) INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA GFIP PARA O EMPREGADOR DOMÉSTICOCAMPO 02 – RAZÃO SOCIAL/NOME DO EMPREGADORIndicar o nome do empregador.CAMPO 03 – PESSOA PARA CONTATO/DDD/TELEFONEInformar nome de pessoa e telefone para contatos.CAMPO 04 – CGC/CNPJ/CEIInformar o número do CEI do empregador.CAMPOS 05 a 09 – ENDEREÇOInformar o endereço para onde devem ser encaminhados os documentos e informações gerados pelaCAIXA/INSS.CAMPO 10 – FPAS – Fundo de Previdência e Assistência SocialInformar o código 868.CAMPO 11 – CÓDIGO TERCEIROSInformar “0000”.CAMPO 12 – SIMPLES – Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das MicroEmpresas e das Empresas de Pequeno PorteInformar o código 1.CAMPO 13 – ALÍQUOTA SATInformar “0.00”.CAMPO 14 – CNAE – Classificação Nacional de Atividades EconômicasInformar o código 9700-500.CAMPO 17 – VALOR DEVIDO PREVIDÊNCIA SOCIALInformar o valor total da contribuição devida à Previdência, no mês de competência, assim considerado osomatório da contribuição descontada do empregado doméstico e da contribuição do empregador.Quando houver, informar também neste campo o valor da contribuição relativa ao 13º salário, inclusiveaquele havido em razão de rescisão de contrato de trabalho por parte do empregado doméstico ou doempregador, ou em face de aposentadoria ou falecimento.

18 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

CAMPO 18 – CONTRIBUIÇÃO DESCONTADA EMPREGADOInformar o valor total da contribuição para a Previdência Social descontada da remuneração dosempregados domésticos no mês de competência.CAMPO 23 – SOMATÓRIO (17+18+20+21+ 22)Informar o resultado da soma dos valores constantes nos campos 17, 18, 20 e 21.CAMPO 24 – COMPETÊNCIA MÊS/ANOPreencher, no formato MM/AAAA, indicando o mês/ano a que se refere o recolhimento ao FGTS e/ou asinformações à Previdência Social.CAMPO 25 – CÓDIGO RECOLHIMENTOIndicar o código abaixo:

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO

115 Recolhimento ao FGTS e informações à Previdência Social

CAMPO 27 – Nº PIS-PASEP/INSCRIÇÃO DO CONTRIBUINTE INDIVIDUALPara o empregado doméstico não inscrito no PIS-PASEP, deverá ser informado o número de inscriçãona condição de Contribuinte Individual (CI), da Previdência Social.CAMPO 28 – ADMISSÃO (DATA)Informar, no formato DD/MM/AAAA, a data de admissão do empregado doméstico.Para o empregado doméstico, deve ser informada logo abaixo da data de admissão a data em que oempregador doméstico optou pela inclusão desse trabalhador no Sistema do FGTS e, caso essa dataseja diferente da data de admissão, não pode ser anterior a 1-3-2000.CAMPO 29 – CARTEIRA DE TRABALHO (Nº/SÉRIE)Informar o número e série da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS do empregadodoméstico.CAMPO 30 – CATEGORIAInformar o código 6.CAMPO 31 – REMUNERAÇÃO SEM PARCELA DO 13º SALÁRIOQuando se tratar de empregado doméstico, informar o valor integral da remuneração paga ou devida acada trabalhador na competência correspondente, excluindo a parcela do 13º Salário, de acordo com assituações abaixo:a) Quando afastado para prestar o serviço militar obrigatório:– valor da remuneração mensal;– férias e 1/3 constitucional, quando for o caso.b) Durante o período de afastamento por motivo de acidente de trabalho ou licença-maternidade,informar a remuneração mensal integral a que o trabalhador teria direito se estivesse trabalhando,inclusive nos meses de afastamento e retorno.c) Tratando-se de auxílio-doença, observar as seguintes orientações:– no mês de afastamento, informar a remuneração correspondente aos dias efetivamente trabalhados,acrescida da remuneração referente aos 15 (quinze) dias iniciais de afastamento;– se o período total ultrapassar o mês de afastamento, a remuneração correspondente aos diasexcedentes, deve ser informada na GFIP do mês seguinte;– no mês de retorno, informar a remuneração correspondente aos dias efetivamente trabalhados;– se o auxílio-doença for prorrogado pela mesma doença, dentro de 60 (sessenta) dias, contados da cessaçãodo benefício anterior, informar no mês do novo afastamento apenas a remuneração correspondente aos diasefetivamente trabalhados.d) A incidência da contribuição sobre a remuneração das férias ocorre no mês a que elas se referem,mesmo quando pagas antecipadamente, na forma da legislação trabalhistaCAMPO 32 – REMUNERAÇÃO 13º SALÁRIO (SOMENTE PARCELA DO 13ºSALÁRIO)Informar o valor correspondente à parcela do 13º salário paga ou devida aos empregados domésticos nomês de competência.CAMPO 33 – OCORRÊNCIATratando-se de empregado doméstico deixar em branco ou preencher com código de ocorrência 5 paratrabalhadores com múltiplos vínculos empregatícios.CAMPO 34 – NOME DO TRABALHADORInformar, por completo, o nome civil do empregado doméstico.Quando o campo não comportar o nome completo, manter o prenome, o sobrenome e abreviar os nomesintermediários utilizando a primeira letra.CAMPO 35 – MOVIMENTAÇÃO (DATA – CÓDIGO)Informar o código de movimentação, bem como as datas de efetivo afastamento e retorno, quando for ocaso, no formato DD/MM/AAAA, nas situações discriminadas no quadro a seguir:

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃOH Rescisão, com justa causa, por iniciativa do empregador

I4 Rescisão, sem justa causa do contrato de trabalho do empregado doméstico, por iniciativa do empregador

J Rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do trabalhador

L Outros motivos de rescisão de contrato de trabalho

FASCÍCULO 8.7 19

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃOP1 Afastamento temporário por motivo de doença, por período superior a 15 dias

P2Novo afastamento temporário em decorrência da mesma doença, dentro de 60 dias contados da cessaçãodo afastamento anterior

P3 Afastamento temporário por motivo de doença, por período igual ou inferior a 15 dias.

Q1 Afastamento temporário por motivo de licença-maternidade (120 dias)

Q2 Prorrogação do afastamento temporário por motivo de licença-maternidade

Q3 Afastamento temporário por motivo de aborto não criminoso

Q4Afastamento temporárioo por motivo de licença-maternidade decorrente de adoção ou guarda judicial de

criança até 1 (um) ano de idade (120 dias)

Q5Afastamento temporário por motivo de licença-maternidade decorrente de adoção ou guarda

judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos de idade (60 dias).

Q6Afastamento temporário por motivo de licença-maternidade decorrente de adoção ou guarda

judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito) anos de idade (30 dias).

R Afastamento temporário para prestar serviço militar

S2 Falecimento

U1 Aposentadoria por tempo de contribuição ou idade sem continuidade do vínculo empregatício

U2 Aposentadoria por tempo de contribuição ou idade com continuidade de vínculo empregatício

U3 Aposentadoria por invalidezY Outros motivos de afastamento temporário

Z1 Retorno de afastamento temporário por motivo de licença-maternidade

Z4 Retorno de afastamento temporário por motivo de prestação de serviço militar

Z5 Outros retornos de afastamento temporário e/ou licença

Nos casos de movimentação temporária, entende-se como data de afastamento o dia imediatamenteanterior ao do efetivo afastamento e, como data de retorno o último dia do afastamento.Nos casos de movimentação definitiva (rescisão, falecimento e aposentadoria sem continuidade devínculo), entende-se como data de afastamento o último dia trabalhado.Ocorrendo mais de uma movimentação dentro do mês, em relação ao mesmo trabalhador, utilizar tantaslinhas quantas forem necessárias.Todas as movimentações devem ser informadas com os respectivos códigos e datas, identificando otrabalhador em todas as linhas utilizadas.Quando ocorrer afastamento que abranja duas ou mais competências, a data e o código de movimentaçãodevem ser informados apenas na GFIP da competência do início do afastamento.A remuneração, entretanto, deve ser registrada apenas na primeira linha, independentemente do númerode movimentações.CAMPO 36 – NASCIMENTO (DATA)Informar, no formato DD/MM/AAAA, a data de nascimento do empregado doméstico.CAMPO 37 – SOMATÓRIO (CAMPO 31)Informar o somatório dos valores relacionados na coluna 31 da respectiva guia.CAMPO 38 – SOMATÓRIO (CAMPO 32)Informar o somatório dos valores relacionados na coluna 32 da respectiva guia.CAMPO 39 – SOMAInformarosomatóriodosvalorescorrespondentesaoscódigos relacionadosnacoluna33da respectivaguia.CAMPO 40 – REMUNERAÇÃO + 13º SALÁRIOInformar o somatório dos valores relativos à remuneração e à parcela do 13º salário dos empregadosdomésticos.CAMPO 42 – TOTAL A RECOLHER FGTSNo prazo:– aplicar 8% sobre o valor informado no campo 40 e indicar neste campo.Em atraso:– aplicar sobre o valor informado no campo 40, o índice de atualização publicado mensalmente pelaCAIXA, em Edital, correspondente à competência na data do recolhimento.– Informar neste campo o valor obtido pela aplicação do índice de atualização.LOCAL E DATAInformar a cidade e a data.ASSINATURAAssinatura do empregador doméstico ou de seu representante legal.b) EXEMPLO PRÁTICO:Na exemplificação vamos considerar um empregador doméstico que optou por incluir seu empregado noRegime do FGTS, pagando ao mesmo R$ 370,00, cujos depósitos para o FGTS calculados à alíquota de8% correspondem a R$ 29,60.Com essas informações a GFIP será preenchida da seguinte forma:

20 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

FASCÍCULO 8.7 21

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

BIO

DA

CR

UZ

BIO

2199

9-99

9925

3.24

7.88

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RU

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1978

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–37

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,60

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EIR

O,6

-7-2

006

06/2

006

8.7.13. DISPENSA DO EMPREGADOOcorrendo a dispensa do empregado doméstico, este somente faz jus às seguintes parcelas:a) saldo de salários;b) férias vencidas, acrescidas de 1/3;c) aviso prévio de 30 dias; ed) 13º salário, integral ou proporcional.Casoa rescisãodocontrato seja promovidapelo empregadodoméstico, as parcelas rescisórias serãoas seguintes:a) saldo de salários;b) férias vencidas, acrescidas de 1/3;c) 13º salário, integral ou proporcional.Em relação ao aviso prévio, deve ser observado o comentado no item 8.7.5.3.8 deste trabalho.

8.7.13.1. EMPREGADO INCLUÍDO NO REGIME DO FGTSOcorrendo demissão sem justa causa, de empregado incluído no Regime do FGTS, o empregadordeverá depositar na conta vinculada do mesmo o FGTS referente ao mês da rescisão e ao imediatamenteanterior à rescisão, bem como a multa rescisória de 40% incidente sobre o montante dos depósitos,através da Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS e da Contribuição Social (GRFC). No caso deaviso prévio trabalhado, o recolhimento deve ser efetuado até o 1º dia útil subseqüente à data do efetivodesligamento do trabalhador. No caso do depósito do mês anterior, o 1º dia somente prevalecerá serecair até o dia 7 do mês da rescisão.No caso de aviso prévio indenizado, ausência do mesmo ou dispensa de seu cumprimento, o recolhimentoserá efetuado até o 10º dia corrido, a contar do dia imediatamente posterior ao desligamento dotrabalhador. No caso de depósito do mês da rescisão, o 10º dia somente prevalecerá, se ocorrer antes dodia 7 do mês subseqüente.Para fins de recolhimento, consideram-se como dias não úteis o sábado, o domingo e todo aqueleconstante do calendário nacional de feriados bancários divulgados pelo Banco Central do Brasil(BACEN).A GRFC deve ser preenchida em duas vias, com a seguinte destinação:– 1ª Via – CAIXA/BANCO CONVENIADO– 2ª Via – EMPREGADORCompete ao empregador entregar ao trabalhador uma cópia da GRFC quitada, mantendo sua via emarquivo, pelo prazo legal, para fins de controle e fiscalização.A GRFC poderá ser adquirida no comércio (GRFC AVULSA), no site da CAIXA (www.caixa.gov.br), ouobtida através da CAIXA (GRFC PRÉ-IMPRESSA).A GRFC pré-impressa contém os dados de identificação do empregador e do empregado doméstico nocadastro do FGTS e na Previdência Social, bem como o saldo da conta vinculada, para fins de cálculo damulta rescisória e contribuição social, quando for o caso, contemplando a Informação da MaiorCompetência processada.Para sua obtenção, o empregador deve dirigir-se a uma agência da CAIXA, munido de solicitação formal,em duas vias, onde conste os dados de identificação do empregador (razão social, CNPJ/CEI, código noFGTS e UF onde são efetuados os recolhimentos) e do trabalhador (nome, CTPS, PIS/PASEP, data deadmissão e número da conta no FGTS).

8.7.13.2. RECIBO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHOEmbora a legislação não estabeleça, o empregador deve exigir do empregado doméstico a assinatura darescisão do contrato de trabalho, dando quitação dos valores pagos, devendo manter esse documentoem seu poder durante o prazo de 5 anos, a fim de comprovar os respectivos pagamentos no caso defutura reclamação trabalhista.A quitação dos valores recebidos pelo empregado na rescisão do contrato de trabalho pode ser feita nodomicílio do empregador, através do formulário padronizado denominado Termo de Rescisão doContrato de Trabalho, que pode ser adquirido em papelarias especializadas.

8.7.13.3. HOMOLOGAÇÃO DA RESCISÃONo caso do empregado doméstico, ainda que optante do FGTS, não há obrigatoriedade de homologaçãoda rescisão do contrato de trabalho junto ao órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).No caso de trabalhador menor, o recibo de quitação também deve ser assinado pelo pai, mãe ouresponsável legal.

8.7.13.4. EXEMPLO DE CÁLCULO DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO E PREENCHIMENTODO RECIBO DE QUITAÇÃODemonstramos, a seguir, os cálculos das parcelas devidas, bem como o preenchimento do Termo deRescisão do Contrato de Trabalho, relativos a um empregado dispensado, sem justa causa peloempregador, que optou por incluí-lo no Regime do FGTS:

22 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

I – O primeiro procedimento que o empregador deve tomar é comunicar a rescisão. Isso ocorrerá atravésda concessão do aviso prévio, que nesse exemplo será indenizado:

II – O segundo passo é o cálculo das parcelas rescisórias:a) Situação do empregado:

– data da admissão: 10-4-2005– férias vencidas: 1 período (2005/2006)– salário atualizado: R$ 370,00– data da dispensa com aviso prévio indenizado: 20-6-2006– saldo da conta vinculada do empregado: R$ 458,00

b) Parcelas devidas:– saldo de salário [20 dias trabalhados em junho x R$ 12,33 (R$ 370,00 ÷ 30)] ....................R$ 246,60– 13º salário (7/12 de R$ 370,00) ........................................................................................R$ 215,83– férias vencidas com mais 1/3 [R$ 246,60 (R$ 370,00 ÷ 30 x 20) + R$ 82,20] .....................R$ 328,80– Aviso Prévio Indenizado ..................................................................................................R$ 370,00TOTAL BRUTO..................................................................................................................R$ 1.161,23

c) Desconto do INSS:Sobreasparcelaspagasa títulode férias vencidaseAvisoPrévio Indenizadonãohá incidênciade INSS.Para fins de incidência do INSS sobre o 13º salário não deve ser considerada a fração resultante daprojeção do Aviso Prévio Indenizado.– Saldo de salário (7,65% de R$ 246,60) ............................................................................R$ 18,86– 13º salário [7,65% de R$ 185,00 (6/12 de R$ 370,00)] ......................................................R$ 14,15

R$ 33,01

d) LÍQUIDO A RECEBER........................................................................................................R$ 1.128,22

e) FGTS do mês da rescisão a ser recolhido através da GRFC:– 8% de R$ 370,00 (aviso prévio indenizado)......................................................................R$ 29,60– 8% de R$ 215,83 (13º salário) ..........................................................................................R$ 17,27– 8% de R$ 246,60 (saldo de salário) ..................................................................................R$ 19,73– 40% do saldo da conta vinculada, acrescidos dos valores pagos na rescisão[40% de: R$ 524,60 (R$ 458,00 + R$ 29,60 + R$ 17,27 + R$ 19,73)] ...................................R$ 209,84TOTAL ...............................................................................................................................R$ 276,44

III – O próximo passo é o preenchimento do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho:O recibo de quitação das parcelas devidas e do respectivo desconto será preenchido em 4 vias, doseguinte modo:

FASCÍCULO 8.7 23

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

Rio de Janeiro, 20 de junho de 2006.

Ilmo. Sr. José Alves

Prezado Senhor

Pela presente, comunicamos a V.Sª a sua dispensa da prestação de serviço nesta residência, por nãoserem mais necessários os seus serviços.Dessa forma, informamosqueoavisoprévio será indenizado, devendoV.Sª comparecer nodia 27-6-2006para receber as parcelas rescisórias.

Agradecemos a colaboração prestada.

Atenciosamente,

___________________________________(assinatura do empregador)

___________________________________(ciente do empregado)

24 FASCÍCULO 8.7

DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS

JEANE BEZERRA

RUA OURO PRETO, 10

20000-000

LEME

RIO DE JANEIRO RJ

JOSÉ ALVES

59.100/050

R$ 370,00

14,15

276.113.271-14

—95000-100

83136687200

RUA ITABAIANA, 150 GRAJAÚ

RIO DE JANEIRO RJ 20000-000

662.445.741-67 10-1-1975 MARIZE LIMA ALVES

10-4-2005 20-6-2006 20-6-2006

DISPENSA SEM JUSTA CAUSA 01 — 06

18,86

33,01

1.128,221.161,23

370,00

246,60

185,00

30,83

246,60

82,20

20

6

RJ, 27-6-2006 JEANE BEZERRA

1

FASCÍCULO 8.7 25

MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL

IV – Preenchimento da GPS.A GPS do Segurado em questão será preenchida da seguinte forma, considerando a contribuiçãopatronal de 12% mais a do empregado de 7,65% sobre o 13º salário (R$ 185,00) e sobre o Saldo deSalário (R$ 246,60).

3. CÓDIGO DE PAGAMENTO 16004. COMPETÊNCIA 06/20065. IDENTIFICADOR 831366872006. VALOR DO INSS 84,817.8.9. VALOR DE OUTRAS ENTIDADES10. ATM/MULTA E JUROS11. TOTAL 84,81

V – Preenchimento da GRFC.A seguir, com os dados da rescisão demonstrados no subitem 8.7.13.4, reproduzimos de formaexemplificada a GRFC, com as instruções para preenchimento de seus campos.a) A Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS e da Contribuição Social deve ser preenchida, em duasvias, da seguinte forma:

JEANE BEZERRA

JEANE 21 38910000

RUA OURO PRETO, Nº 10

LEME RIO DE JANEIRO RJ 20.000-000

— —

868 1 9500100

JOSÉ ALVES

83136687200 10-4-2005 06 20-6-2006 I4 2 —

10-1-1975 59100/050

– 431,60 400,83 524,60 1.357,03

276,44209,8432,0734,53–

RIO DE JANEIRO, 20-6-2006

27611327114

b) Instruções de Preenchimento da GRFCCAMPO 00 – PARA USO DA CAIXANão Preencher.CAMPO 01 – CARIMBO CIEFPara utilização pelas agências da CAIXA e bancos conveniados.CAMPO 02 – RAZÃO SOCIAL/NOMEIndicar a denominação social/nome do empregador.CAMPO 03 – CNPJ/CEIIndicar o número do CEI do empregador doméstico.CAMPO 04 – PESSOA PARA CONTATO/DDD/TELEFONEInformar nome da pessoa e telefone para contato.CAMPOS 05 a 09 – ENDEREÇOInformar o endereço do empregador.CAMPO 10 – TOMADOR DE SERVIÇO (CNPJ/CEI)Tratando-se de empregador doméstico, não preencher.CAMPO 11 – TOMADOR DE SERVIÇO (RAZÃO SOCIAL)Tratando-se de empregador doméstico, não preencher.CAMPO 12 – FPASTratando-se de empregador doméstico, informar o código 868.CAMPO 13 – SIMPLESInformar se o empregador é ou não optante pelo SIMPLES.Tratando-se de empregador doméstico, informar o código 1.CAMPO 14 – CNAETratando-se de empregador doméstico, informar o código 9500100.CAMPO 15 – NOME DO TRABALHADORInformar, por completo, o nome civil do trabalhador, omitindo os títulos e patentes.Quando o campo não comportar o nome completo, manter o prenome e o sobrenome, abreviar os nomesintermediários, utilizando-se a primeira letra.CAMPO 16 – Nº DO PIS/PASEPPara o empregado doméstico não inscrito no PIS/PASEP, deve ser informado o número de inscrição nacondição de Contribuinte Individual – CI, na Previdência Social.CAMPO 17 – DATA ADMISSÃOInformar, no formato DD/MM/AAAA, a data de admissão do trabalhador.CAMPO 18 – CAT (Categoria de Trabalhador)No caso do empregado doméstico, informar o código 06.CAMPO 19 – DATA MOVIMENTAÇÃO/CÓDIGOInformar, no formato DD/MM/AAAA, a data de movimentação do trabalhador doméstico que teve seucontrato de trabalho rescindido, bem como o código de movimentação, conforme o quadro a seguir:

CÓDIGO SITUAÇÃO

I4Rescisão, sem justa causa do contrato de trabalho do empregado doméstico, por iniciativa doempregador.

L Outros motivos de rescisão de contrato de trabalho.

Entende-se como data de movimentação, no caso de rescisão do contrato de trabalho, o último diatrabalhado.CAMPO 20 – AVISO PRÉVIOInformar a modalidade de aviso prévio concedido ao trabalhador, conforme códigos abaixo:1 – Trabalhado2 – IndenizadoCAMPO 21 – DISSÍDIO/ACORDO (Data da homologação/publicação)Preencher somente quando se tratar de recolhimento referente a dissídio coletivo ou acordo trabalhista,informando a data da sua homologação/publicação.CAMPO 22 – DATA NASCIMENTOInformar, no formato DD/MM/AAAA, a data de nascimento do trabalhador.CAMPO 23 – CARTEIRA DE TRABALHO (Nº/SÉRIE)Informar o número e série da CTPS do trabalhador.CAMPO 24 – DATA OPÇÃOTratando-se de empregado doméstico, informar a data em que o empregador doméstico optou pela suainclusão no Sistema do FGTS, que pode ser igual ou posterior à data de admissão, porém não anterior a1-3-2000.

26 FASCÍCULO 8.7

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CAMPO 25 – MÊS ANTERIOR À RESCISÃOInformar o valor integral da remuneração (incluindo a parcela do 13º salário) paga ou devida, referente aomês anterior ao do efetivo desligamento do trabalhador.Não preencher este campo quando o recolhimento já tiver sido efetuado.CAMPO 26 – MÊS DA RESCISÃOInformar o valor integral da remuneração (incluindo a parcela do 13º salário) paga ou devida, referente aomês do efetivo desligamento do trabalhador.CAMPO 27 – AVISO PRÉVIO INDENIZADOInformar o valor integral do aviso prévio indenizado (incluindo a parcela do 13º salário) pago ou devido aotrabalhador.CAMPO 28 – SALDO PARA FINS RESCISÓRIOSInformar o saldo da conta do FGTS do trabalhador que servirá de base para o cálculo da multa rescisória.O valor do saldo é composto pelo montante de todos os depósitos devidos ao FGTS na vigência docontrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.Atentar para os valores do mês anterior à rescisão, do mês da rescisão e do aviso prévio indenizado.Os saques efetuados pelo trabalhador na vigência do contrato de trabalho, devidamente atualizados,compõem o saldo da conta vinculada para efeito de cálculo da multa rescisória.CAMPO 29 – SOMATÓRIO (Campos 25 a 28)Informar o somatório dos valores relacionados nos campos 25 a 28, da respectiva guia.CAMPO 30 – MÊS ANTERIOR À RESCISÃORecolhimento no prazo:Tratando-se de empregador doméstico, aplicar a alíquota de 8% sobre o valor constante no campo 25.Recolhimento em atraso:Tratando-se de empregador doméstico, aplicar sobre o valor constante no campo 25 o Índice FGTSconstante do Edital CAIXA.CAMPO 31 – MÊS DE RESCISÃORecolhimento no prazo:Tratando-se de empregador doméstico, aplicar a alíquota de 8% sobre o valor constante no campo 26.Recolhimento em atraso:Tratando-se de empregador doméstico, aplicar sobre o valor constante no campo 26 o Índice FGTSconstante do Edital CAIXA.CAMPO 32 – AVISO PRÉVIO INDENIZADORecolhimento no prazo:Tratando-se de empregador doméstico, aplicar a alíquota de 8% sobre o valor constante no campo 27.Recolhimento em atraso:Tratando-se de empregador doméstico, aplicar sobre o valor constante no campo 27 o Índice FGTSconstante do Edital CAIXA.CAMPO 33 – MULTA RESCISÓRIATodo empregador, à exceção do empregador doméstico, fica obrigado ao recolhimento da ContribuiçãoSocial, por despedida de trabalhador sem justa causa, conforme determina o artigo 1º da Lei Complementarnº 110/2001.OrientaçãoparaocálculodoRecolhimentodeacordocomcódigodemovimentação informadonocampo19:a) Código de movimentação I1– recolhimento no prazo – aplicar 50% sobre o valor constante no campo 28.– recolhimento em atraso – aplicar sobre o valor lançado no campo 28 o Índice FGTS constante do EditalCAIXA.b) Código de movimentação I2– recolhimento no prazo – aplicar 20% sobre o valor constante no campo 28.– recolhimento em atraso – aplicar sobre o valor constante no campo 28 o Índice FGTS constante doEdital CAIXA e, em seguida, multiplicar o resultado encontrado por 0,40.c) Código de movimentação I3– não é devida a multa rescisória.d) Códigos de movimentação I4 ou L– recolhimento no prazo – aplicar 40% sobre o valor constante no campo 28.– recolhimento em atraso – aplicar sobre o valor constante no campo 28 o Índice FGTS constante doEdital CAIXA e, em seguida, multiplicar o resultado encontrado por 0,80.CAMPO 34 – TOTAL A RECOLHERInformar o somatório dos valores relacionados nos campos 30 a 33, da respectiva guia.LOCAL E DATAInformar a cidade e a data.ASSINATURAAssinatura do empregador ou seu representante legal.

FASCÍCULO 8.7 27

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8.7.13.5. BAIXA NA CARTEIRA DE TRABALHOOcorrendo a rescisão do contrato de trabalho, o empregado doméstico deve apresentar sua Carteira deTrabalho e Previdência Social (CTPS) para que seja baixada pelo empregador.

A anotação deve ser feita do seguinte modo:

CONTRATO DE TRABALHO

EMPREGADOR: ..............................................................................................................................................................

..........................................................................................................................................................................................

CNPJ/CPF/CEI: ................................................................................................................................................................

ENDEREÇO: ....................................................................................................................................................................

..........................................................................................................................................................................................

MUNICÍPIO: ............................................................................................... UF: ...............................................................

ESP. DO ESTABELECIMENTO: .....................................................................................................................................

CARGO: ...........................................................................................................................................................................

................................................................................................................... CBO Nº .......................................................

DATA DE ADMISSÃO: ....................................DE ................................................................DE........................................

REGISTRO Nº: ................................................ ........................FLS/FICHA: ......................................................................

REMUNERAÇÃO ESPECIFICADA: ...................................................................................................................................

............................................................................................................................................................................................

ASS. DO EMPREGADOR OU A ROGO C/ TESTEMUNHA

1º...............................................................................................2º ......................................................................................

DATA DE SAÍDA:.............................................DE: ...............................................................DE .......................................

............................................................................................................................................................................................

ASS. DO EMPREGADOR OU A ROGO C/ TESTEMUNHA

1º...............................................................................................2º ......................................................................................

COM DISPENSA CD Nº: ..................................................................................................................................................

FGTS Nº DA CONTA: .......................................................................................................................................................

8.7.13.6. SEGURO-DESEMPREGOO benefício do Seguro-Desemprego foi instituído para atenuar a situação dos empregados, propiciando aestes uma renda mínima, por prazo determinado, de forma que neste período eles possam se requalificarprofissionalmente e se recolocar no mercado de trabalho.O Seguro-Desemprego será concedido ao trabalhador, vinculado ao FGTS, que tiver trabalhado comodoméstico por um período mínimo de 15 meses, nos últimos 24 meses, contados da data de sua dispensasem justa causa.Na contangem do tempo de serviço, serão considerados os meses em que foram efetuados depósitos noFGTS, em nome do trabalhador como empregado doméstico, por um ou mais empregadores.Considera-se mês de atividade a fração igual ou superior a 15 dias.

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JEANE BEZERRA

27611327114

RUA OURO PRETO, Nº 10

RIO DE JANEIRO RJ

5121-15

10 ABRIL

R$ 326,00 (trezentos e vinte e seis reais)

2005

20 JUNHO 2006

DOMICÍLIO

EMPREGADO DOMÉSTICO

8.7.13.6.1. Valor do BenefícioO valor do benefício do Seguro-Desemprego do empregado doméstico, que é pago peloGoverno, corresponderá a um salário mínimo e será concedido por um período máximo de 3meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses.O Seguro-Desemprego somente poderá ser requerido novamente a cada período de 16meses decorridos da dispensa que originou o benefício anterior, desde que satisfeitas ascondições estabelecidas em lei.O benefício será pago com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

8.7.13.6.2. Habilitação ao BenefícioPara se habilitar ao benefício, o empregado doméstico deverá dirigir-se aos postosindicados e credenciados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com os seguintesdocumentos:a) Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a anotação docontrato de trabalho doméstico e a data da dispensa, de modo a comprovar o vínculoempregatício, como empregado doméstico, durante, pelo menos, 15 meses nos últimos 24meses;b) termo de rescisão do contrato de trabalho, atestando a dispensa sem justa causa;c) comprovantes do recolhimento da contribuição previdenciária e do FGTS, durante operíodo referido na letra “a”, na condição de empregado doméstico;d) declaração de que não está em gozo de nenhum benefício de prestação continuada daPrevidência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; ee) declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza, suficiente à suamanutenção e de sua família.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Constituição Federal – 1988 – artigos 7º, parágrafo único e 239 (Portal COAD); Lei Complemen-tar 103, de 14-7-2000 (Informativos 31 e 29/2000); Lei Complementar 110, de 29-6-2001 (Informativo 27/2001); Lei 4.987-RJ,de 28-1-2007 (Fascículo 05/2007); Lei 5.859, de 11-12-72 (DO-U de 12-12-72); Lei 7.195, de 12-6-84 (DO-U de 13-6-84); Lei7.418, de 16-12-85 (DO-U de 17-12-85); Lei 7.619, de 30-9-87 (DO-U de 1-10-87); Lei 7.998, de 11-1-90 (DO-U de 12-1-90); Lei8.036, de 11-5-90 (Portal COAD); Lei 8.212, de 24-7-91 (Portal COAD); Lei 8.213, de 24-7-91 (Portal COAD); Lei 8.444, de20-7-92 (Informativo 30/92); Lei 10.208, de 23-3-2001 (Informativo 13/2001); Lei 10.421, de 15-4-2002 (Informativo 16/2002);Lei 11.321, de 7-7-2006 (Informativo 28/2006); Lei 11.324, de 19-7-2006 (Informativo 29/2006); Lei 12.640-SP, de 11-7-2007(Fascículo 282007); Lei 12.713-RS, de 6-6-2007 (Fascículo 24/2007); Lei 15.486-PR, de 1-5-2007 (Fascículo 20/2007);Decreto-Lei 1.535, de 13-4-77 (DO-U de 13-4-77); Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 – Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) –artigos 3º, 487 ao 491 (Portal COAD); Decreto 3.048, de 6-5-99 – Regulamento da Previdência Social – artigos 9º, 72, 81, 93 e101 (Portal COAD); Decreto 3.361, de 10-2-2000 (Informativo 06/2000); Decreto 71.885, de 9-3-73 (DO-U de 9-3-73); Decreto95.247, de 17-11-87 (DO-U de 18-11-87); Decreto 99.684, de 8-11-90 (Portal COAD); Portaria 119 MPS, de 18-4-2006 (Infor-mativos 16 e 27/2006); Resolução 39 INSS-DC, de 23-11-2000 (Informativo 48/2000); Resolução 657 INSS, de 17-12-98 (Infor-mativo 02/99); Instrução Normativa 1 SRT, de 12-10-88 (DO-U de 21-10-88); Instrução Normativa 3 SRP, de 14-7-2005 (PortalCOAD); Instrução Normativa 11 INSS, de 20-9-2006 (Portal COAD); Instrução Normativa 19 SRP, de 26-12-2006 (Fascículo01/2007); Circular 372 CEF, de 25-11-2005 (Informativos 47 e 48/2005).

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