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DESPACHO ADUANEIRO Instrução Normativa SRF nº 028 de 27 de abril de 1994 DOU de 28/04/1994 Disciplina o despacho aduaneiro de mercadorias destinadas à exportação. O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, tendo em vista o disposto nos Decretos nºs 91.030, de 5 de março de 1985 e 660, de 25 de setembro de 1992, e considerando a necessidade de estabelecer procedimentos especiais para o despacho aduaneiro de exportação, adequados às características de produção, transporte, armazenagem ou comercialização de determinados produtos ou operações, resolve: DESPACHO ADUANEIRO DE EXPORTAÇÃO Art.1º A mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior, a título definitivo ou não, fica sujeita a despacho de exportação. § 1º Sujeita-se, ainda, a despacho de exportação a mercadoria que, importada a título não definitivo, deva ser objeto de reexportação, ou seja, de retorno ao exterior. § 2º Entende-se por despacho aduaneiro de exportação, o procedimento fiscal mediante o qual se processa o desembaraço aduaneiro de mercadoria destinada ao exterior, conforme disposto nesta Instrução Normativa. Art. 2º O despacho de exportação será processado através do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX. § 1º O despacho somente poderá ter início após o registro de exportação - RE, no SISCOMEX, e dentro do prazo de validade desse registro. § 2º Os despachos indicados nos arts. 63 e 64 estão dispensados de registro de exportação. DECLARAÇÃO PARA DESPACHO Art. 3º O despacho de exportação terá por base declaração formulada pelo exportador ou por seu mandatário, assim entendido o despachante aduaneiro ou o empregado, funcionário ou servidor especificamente designado.

887. Despacho aduaneiro.doc

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DESPACHO ADUANEIRO

Instrução Normativa SRF nº 028 de 27 de abril de 1994DOU de 28/04/1994

Disciplina o despacho aduaneiro de mercadorias destinadas à exportação.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, tendo em vista o disposto nos Decretos nºs 91.030, de 5 de março de 1985 e 660, de 25 de setembro de 1992, e considerando a necessidade de estabelecer procedimentos especiais para o despacho aduaneiro de exportação, adequados às características de produção, transporte, armazenagem ou comercialização de determinados produtos ou operações, resolve:DESPACHO ADUANEIRO DE EXPORTAÇÃOArt.1º A mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior, a título definitivo ou não, fica sujeita a despacho de exportação.§ 1º Sujeita-se, ainda, a despacho de exportação a mercadoria que, importada a título não definitivo, deva ser objeto de reexportação, ou seja, de retorno ao exterior.§ 2º Entende-se por despacho aduaneiro de exportação, o procedimento fiscal mediante o qual se processa o desembaraço aduaneiro de mercadoria destinada ao exterior, conforme disposto nesta Instrução Normativa.Art. 2º O despacho de exportação será processado através do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.§ 1º O despacho somente poderá ter início após o registro de exportação - RE, no SISCOMEX, e dentro do prazo de validade desse registro.§ 2º Os despachos indicados nos arts. 63 e 64 estão dispensados de registro de exportação.DECLARAÇÃO PARA DESPACHOArt. 3º O despacho de exportação terá por base declaração formulada pelo exportador ou por seu mandatário, assim entendido o despachante aduaneiro ou o empregado, funcionário ou servidor especificamente designado.Art. 4º Uma declaração para despacho aduaneiro de exportação poderá conter um ou mais registros de exportação, desde que estes se refiram, cumulativamente:I - ao mesmo exportador;II - a mercadorias negociadas na mesma moeda e na mesma condição de venda; eIII - ás mesmas unidades da SRF de despacho e de embarque, conforme definido no art. 7º.Parágrafo único. O Coordenador-Geral do Sistema de Controle Aduaneiro poderá, no interesse da fiscalização aduaneira, estabelecer outras restrições para associação de registros de exportação em uma declaração para despacho.Art. 5º Poderá ser feita uma única declaração para despacho de exportação de mercadoria cuja entrega ao comprador no exterior será realizada com a participação, de mais de um estabelecimento da mesma empresa exportadora, num mesmo embarque.Parágrafo único. Na situação de que trata este artigo a declaração para despacho de exportação será formulada, conforme disposto nos arts. 3º e 4º, por um dos estabelecimentos da empresa, que discriminará a participação de cada estabelecimento exportador em cada registro de exportação objeto do despacho.

Art. 6º Cada registro de exportação somente poderá ser utilizado em uma única declaração para despacho aduaneiro.Art. 7º Para os efeitos da formulação da declaração para despacho de exportação, entende-se por:I - unidade da SRF de despacho, aquela que jurisdicione o local de conferência e desembaraço da mercadoria a ser exportada; eII - unidade da SRF de embarque, a última unidade que exerça o controle aduaneiro antes da saída da mercadoria do território nacional.Parágrafo único. Deverá ser indicada como unidade da SRF de despacho e de embarque da mercadoria:I - nas exportações por via postal, aquela que jurisdicione a unidade da ECT de postagem da remessa postal internacional;II - nas exportações admitidas em Depósito Alfandegado Certificado-DAC, aquela que jurisdicione o recinto alfandegado que operar o regime;III - nas vendas no mercado interno a não residente no Pais, em moeda estrangeira, de pedras preciosas e semi-preciosas, suas obras e artefatos de joalharia, a unidade da SRF que jurisdicione o estabelecimento vendedor; eIV - no fornecimento de mercadorias para uso e consumo de bordo em aeronave ou embarcação de bandeira estrangeira ou brasileira, em tráfego internacional, a unidade da SRF que jurisdicione o local do fornecimento.APRESENTAÇÃO DA DECLARAÇÃOArt. 8º A declaração para despacho de exportação será apresentada à unidade da Secretaria da Receita Federal - SRF com jurisdição sobre:I - o porto, o aeroporto ou o ponto de fronteira alfandegado, por onde a mercadoria deixar o País:II - o local de Zona Secundária, alfandegado ou não, indicado pelo exportador, onde se encontrar a mercadoria: ouIII - a unidade da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT de postagem da remessa postal internacional, denominada Centralizador Alfandegário.§ 1º A declaração de que trata este artigo será feita através de terminal de computador conectado ao SISCOMEX, em qualquer ponto do território nacional, e consistirá na indicação:I - dos números dos registros de exportação objeto do despacho;II - da identificação de cada estabelecimento da empresa exportadora e de sua participação no registro de exportação;III - dos números e série das Notas Fiscais que instruem o despacho, por estabelecimento exportador;IV - da quantidade total de volumes, discriminados segundo a espécie e a marcação;V - dos pesos líquido e bruto total da mercadoria submetida a despacho;VI - do valor total da mercadoria, na condição de venda e moeda de negociação indicadas no registro de exportação;VII - da via de transporte utilizada;VIII - do local alfandegado onde se encontrar a mercadoria e da identificação do veiculo transportador, quando for o caso; eIX - se houver interesse, do número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas-CPF, do Ministério da Fazenda, de outro mandatário que também atuará nesse despacho.Art. 9º Será indicada, na declaração para despacho de exportação, a via de transporte meios próprios, quando se tratar das exportações referidas nos incisos I a III do art. 45 e nos incisos II e III do art. 52.INÍCIO DO DESPACHO

Art. 10. Tem-se por iniciado o despacho de exportação na data em que a declaração formulada pelo exportador receber numeração específica.LOCAL DE REALIZAÇÃO DO DESPACHOArt. 11. O despacho de exportação poderá ser realizado:I - em recinto alfandegado de Zona Primária;II - em recinto alfandegado de Zona Secundária; eIII - em qualquer outro local não alfandegado de Zona Secundária, inclusive no estabelecimento do exportador.Art. 12. Quando o despacho de exportação for realizado nos locais indicados nos incisos 11 e III do artigo anterior, a mercadoria desembaraçada seguirá até a unidade da SRF que jurisdiciona o local de saída do País, ou o local onde ocorrerá transbordo ou baldeação, em regime de trânsito aduaneiro sob procedimento especial, na forma dos arts. 32 a 34, observado o disposto no art. 13.Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se também aos casos em que:I - por razões fundamentadas, mercadoria já desembaraçada em Zona Primária deva ser removida para outro local de embarque, ocasião em que deverá ser indicada, pelo Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional - AFTN, no Sistema, a unidade da SRF que jurisdiciona o local de embarque; eII - as atividades de despacho e de embarque ocorrerem em áreas ou recintos alfandegados distintos e que, embora jurisdicionados à mesma unidade da SRF, justifiquem esse controle, a critério da autoridade aduaneira local.Art. 13. A realização do despacho em local não alfandegado de zona secundária fica condicionada, cumulativamente, a que:I - no local indicado exista terminal de computador ligado ao SISCOMEX;II - a solicitação do exportador seja feita com antecedência mínima de 48 horas da data pretendida para a realização do despacho; eIII - o pedido seja deferido pela autoridade competente da unidade da SRF jurisdicionante do local de realização do despacho.§ 1º A decisão a que se refere o inciso III deverá ser registrada, no SISCOMEX, para ciência do interessado, com antecedência mínima de doze horas do horário indicado para a realização do despacho, designando o AFTN responsável.§ 2º Nos casos em que o despacho for realizado em depósito não alfandegado jurisdicionado à mesma unidade da SRF que jurisdiciona o porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado de saída da carga do País, o chefe dessa unidade poderá fixar prazo diferente para a apresentação do pedido a que se refere o inciso II deste artigo ou, ainda, dispensar a exigência estabelecida no art. 12.Art. 14. Na análise dos pedidos a que se refere ao artigo anterior levar-se-á em conta a natureza dá mercadoria a exportar, as condições de higiene e de segurança do local indicado para a realização do despacho e a disponibilidade de mão-de-obra fiscal, além de outros critérios estabelecidos pelo chefe da unidade.§ 1º Em cumprimento ao disposto nos arts. 190 a 193 do Decreto nº 87.981, de 23 de dezembro de 1982, que aprovou o Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados-RIPI, o despacho de exportação de cigarros - códigos 2402.20.9900 e 2402.90.0399 da NBM/SH - deverá, obrigatoriamente, ser realizado no estabelecimento industrial exportador.§ 2º Serão indeferidos os pedidos dos exportadores que, de forma contumaz, deixarem de cumprir os prazos estabelecidos, ou deixarem de providenciar, em tempo hábil, a apresentação da declaração para despacho aduaneiro, no SISCOMEX, com prejuízos à atividade fiscal.Art. 15. As despesas decorrentes do processamento do despacho em local não alfandegado de Zona Secundária, serão ressarcidas pelo exportador, na forma da legislação vigente.

INSTRUÇÃO DO DESPACHOArt. 16. O despacho de exportação será instruído com os seguintes documentos:I - primeira via da Nota Fiscal;II - via original do Conhecimento e do Manifesto Internacional de Carga, nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre;III - outros, indicados em Legislação específica.§ 1º No caso de exportação para país membro do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL, o Manifesto Internacional de Carga a que se refere o inciso II será substituído:I - pelo Manifesto Internacional de Carga Rodoviária/Declaração de Trânsito Aduaneiro MIC/DTA, quando se tratar de transporte rodoviário; eII - pelo Conhecimento - Carta de Porte Internacional/Declaração de Trânsito Aduaneiro - TIF/DTA, quando se tratar de transporte ferroviário.§ 2º O exportador será notificado, através do SISCOMEX, sobre outros documentos que deverão ser entregues à unidade da SRF onde se processará o despacho.§ 3º O número atribuído à declaração para despacho de exportação deverá constar de todos os documentos que interessam ao despacho, inclusive do Conhecimento e do Manifesto de Carga.Art. 17. É dispensada a apresentação de Nota Fiscal:I - nos casos de reexportação de mercadoria importada a título não definitivo, que se encontra no País em regime aduaneiro especial ou atípico, cuja circulação seja feita:a) sob controle aduaneiro, do recinto alfandegado em que se encontra, até o Local de saída do País, através de outro documento definido em norma específica do regime;b) com base na própria Declaração de Importação-DI de admissão no regime, quando apresentada por promotores de feiras, exposições e outros eventos semelhantes, de caráter internacional, desobrigados de Inscrição Estadual ou de emissão de Nota Fiscal, nos termos da legislação vigente; eII - nas exportações realizadas por pessoa física em que, comprovadamente, a legislação vigente dispense a emissão do documento.§ 1º O exportador deverá informar, no campo reservado à indicação do número e série da Nota Fiscal da declaração para despacho de exportação, o número da DI de admissão no regime, do documento a que se refere a alínea "a" do inciso I ou da relação das mercadorias exportadas, que instruirá o despacho em substituição àquele documento.§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos despachos de reexportação de mercadorias submetidas ao regime aduaneiro especial de admissão temporária cujo beneficiário seja empresa obrigada à emissão de Nota Fiscal.APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS E DA MERCADORIAArt. 18. Os documentos deverão ser entregues à unidade da SRF de despacho em até quinze dias, contados da data do início do despacho de exportação, na forma do art. 10, em envelope papel padrão oficio, com 22 x 33 cm., na cor parda, contendo à indicação do número atribuído à declaração para despacho.§ 1º Constatada a falta de qualquer documento necessário ao despacho, no momento de sua entrega na unidade da SRF de despacho, estes serão devolvidos ao exportador para complementação, registrando-se o fato no Sistema.§ 2º É vedada a recepção parcial de documentos, ressalvada a hipótese prevista no art. 23 mediante justificativa.§ 3º No caso de transporte por via rodoviária, fluvial ou lacustre, os documentos somente serão recepcionados após registro, no Sistema dos dados de embarque da mercadoria, pelo transportador ou pelo exportador, na forma do parágrafo único do art. 37.

§ 4º A identificação dos documentos não arrolados; pelo Sistema, e entregues pelo exportador, espontaneamente ou por exigência da fiscalização aduaneira, deverá ser registrada nos campos da tela do SISCOMEX reservados para esse fim.Art. 19. Os documentos somente serão aceitos após confirmação, no Sistema, da presença da carga:I - em recinto alfandegado, pelo depositário; eII - no local de despacho, pelo exportador, no caso de carga depositada em veículos estacionados aguardando o momento do embarque.Parágrafo único. Ficam dispensadas da prévia confirmação da presença da carga de que trata este artigo, as exportações:I - realizadas por via rodoviária, fluvial ou lacustre, cujo despacho se processe na unidade da SRF que jurisdiciona o ponto de fronteira de saída do País;II - realizadas por via postal;III - cujos despachos sejam processados em local não alfandegado de Zona Secundária: eIV - de que tratam os incisos I, II e III do art. 52.Art. 20. No caso de despacho realizado nos locais a que se referem os incisos II e III do art 11 após a verificação e o desembaraço da mercadoria. os documentos serão devolvidos ao exportador, para apresentação a unidade da SRF que jurisdiciona o local de saída da mercadoria do País, onde serão arquivados§ 1º No caso de despacho instruído com MIC/DTA ou com TIF/DTA, a mercadoria exportada será acompanhada apenas por esses documentos, até o ponto alfandegado de saída do Pais. devendo os demais serem arquivados na unidade da SRF que jurisdiciona o local do despacho§ 2º O disposto no parágrafo anterior não dispensa o registro do trânsito aduaneiro. no SISCOMEX, na forma dos arts. 32 a 34.Art. 21. O registro da entrega dos documentos de instrução do despacho. no SISCOMEX, marca o inicio do procedimento fiscal e impede quaisquer alterações, pelo exportador, na declaração para despacho por ele formulada. sem a prévia anuência da fiscalização aduaneira.EXAME DOCUMENTALArt. 22. Os documentos que instruem o despacho de exportação devem ser examinados à vista das informações registradas, no SISCOMEX, antes do desembaraço da mercadoria.§ 1º O exame documental poderá ser realizado após o embarque ou a transposição de fronteira da mercadoria, ou dispensado, observados os critérios definidos, no SISCOMEX, pela administração aduaneira.§ 2º Enquanto não implantada, no Sistema, a função a que se refere o parágrafo anterior. caberá ao chefe da unidade local da SRF indicar os critérios para a dispensa do exame documental ou para a sua realização após o embarque da mercadoria.§ 3º A não realização do exame documental no momento do despacho aduaneiro deverá ser registrada, no Sistema, como ocorrência.Art. 23. À vista da mercadoria submetida a despacho e das circunstâncias do caso concreto. a fiscalização aduaneira poderá dispensar a apresentação de documentos arrolados pelo Sistema, ou exigir outros, de conformidade com a legislação em vigor.Parágrafo único. Em qualquer das hipóteses de que trata este artigo, a ocorrência deverá ser registrada no Sistema, nos termos dos parágrafos 2º e 4º do art. 18, ou do art. 24.Art. 24. As divergências apuradas, as exigências formuladas e o seu atendimento pelo exportador, no curso do exame documental, serão registradas no SISCOMEX, sem prejuízo de outras medidas previstas na legislação vigente.VERIFICAÇÃO DA MERCADORIA

Art. 25. A verificação da mercadoria consiste na sua identificação e quantificação, a vista das informações constantes do despacho e dos documentos que o instruem.§ 1º A verificação será realizada por AFTN, na presença do exportador ou de quem o represente.§ 2º O SISCOMEX indicará, segundo critérios definidos pela administração aduaneira, os despachos cujas mercadorias deverão ser objeto de verificação.§ 3º Enquanto não implantada no Sistema a função a que se refere o parágrafo anterior, caberá ao chefe da unidade local da SRF indicar os critérios para seleção dos despachos cujas mercadorias serão verificadas.§ 4º O AFTN informará, no Sistema, para cada despacho, o percentual das mercadorias ou a quantidade de volumes efetivamente verificados, devendo indicar, quando não forem objeto de verificação, o nível correspondente a zero por cento.Art. 26. Nos casos de mercadoria cuja natureza exija assistência técnica para sua identificação o AFTN providenciará a coleta de amostra ou solicitará laudo técnico, registrando a ocorrência no SISCOMEX.§ 1º O exame ou laudo cujo resultado não seja imediato, não impede a continuidade do despacho e o embarque da mercadoria.§ 2º A classificação fiscal definitiva da mercadoria, será registrada, no Sistema à vista do resultado do exame laboratorial ou do laudo técnico, antes da averbação de embarque.Art. 27. A quantificação das mercadorias exportadas a granel consiste na determiniação do seu peso, expresso em quilogramas, e será feita mediante pesagem, medição direta ou arqueação.Art. 28. As divergências apuradas, as exigências formuladas e o seu atendimento pelo exportador, no curso da verificação da mercadoria, serão registradas, no Sistema, sem prejuízo de outras medidas previstas na legislação vigente.DESEMBARAÇO ADUANEIROArt. 29. Concluída a verificação da mercadoria sem exigência fiscal ou de outra natureza, dar-se-á o desembaraço aduaneiro e a conseqüente autorização para o seu trânsito, embarque ou transposição de fronteira.Parágrafo único. Constatada divergência ou infração não impeditiva do embarque ou da transposição de fronteira da mercadoria, o desembaraço será realizado, sem prejuízo da formalização de exigências, que deverão ser cumpridas antes da averbação, ou de outras medidas legais cabíveis.INTERRUPÇÃO DO DESPACHOArt. 30. O despacho de exportação será interrompido:I - em caráter definitivo, quando se tratar de tentativa de exportação de mercadoria cuja saída do país esteja proibida, vedada ou suspensa, nos termos da legislação vigente; eII - até o cumprimento das exigências legais, quando as divergências apuradas caracterizarem, de forma inequívoca, fraude relativa a preço, peso, medida, classificação e qualidade da mercadoria.CANCELAMENTO DO DESPACHOArt. 31. O despacho será cancelado:I - automaticamente, decorrido o prazo de quinze dias de que trata o art. 18, sem que tenha sido registrada, no Sistema, a recepção dos documentos, pela unidade da SRF de despacho; eII - pela fiscalização aduaneira:a) de ofício, quando constatada, em qualquer etapa da conferência aduaneira, descumprimento das normas estabelecidas nesta Instrução Normativa; eb) a pedido formal do exportador, quando constatado erro involuntário, em registro efetuado, no Sistema, não passível de correção na forma dos arts. 24 e 28, ou ainda, quando ocorrer desistência do embarque, acompanhado da pertinente comprovação documental.

§ 1º Em qualquer das hipóteses previstas no inciso II deste artigo, deverá ser registrado, no Sistema, o motivo do cancelamento.§ 2º O cancelamento do despacho não implica cancelamento dos registros de exportação correspondentes, que poderão, observados seus prazos de validade e após as correções devidas, ser utilizados em novo despacho de exportação.§ 3º Os documentos que instruíram o despacho cancelado pela fiscalização aduaneira de ofício ou a pedido do exportador, após a devidas anotações, serão devolvidos ao exportador, para instrução do novo despacho de exportação ou para as providências contábeis e fiscais, no caso de substituição de documentos ou de desistência da exportação.§ 4º A faculdade prevista no inciso II deste artigo não se aplica aos casos de interrupção de despacho de que trata o art. 30.TRÂNSITO ADUANEIROArt. 32. Considerar-se-á em regime de trânsito aduaneiro sob procedimento especial, a partir do registro de seu início, no Sistema, e sem qualquer outra providência administrativa, a mercadoria cujo despacho de exportação tenha se processado nos locais a que se referem os incisos II e III do art. 11.§ 1º Caberá ao AFTN verificar o cumprimento da exigência da aplicação, à unidade de carga ou aos volumes, dos elementos de segurança necessários, ou dispensá-la, quando a mercadoria, por sua natureza, características ou condições de embalagem, prescindir da cautela, fazendo, em qualquer caso, os necessários registros no SISCOMEX.§ 2º A mercadoria em trânsito aduaneiro, na forma deste artigo, será acompanhada por cópia de tela de confirmação do início do trânsito, no Sistema, contendo assinatura, sob carimbo, do AFTN responsável.Art. 33. Além dos procedimentos estabelecidos no artigo anterior, será exigido Termo de Responsabilidade, a ser firmado pelo exportador ou pelo beneficiário do regime especial e pelo transportador credenciado, para garantia dos tributos devidos, e baixado quando da conclusão do trânsito:I - Na internação da mercadoria, na hipótese de não se confirmar o embarque ou a transposição de fronteira, em despacho de exportação realizado na Zona Franca de Manaus, com indicação de embarque em unidade da SRF sediada fora de seus limites geográficos; eII - na importação, no caso de reexportação de mercadoria importada a título não definitivo, admitida em regime aduaneiro especial, exceto o regime de admissão temporária.Art. 34. A conclusão do trânsito será realizada pela fiscalização aduaneira da unidade da SRF de destino, que deverá:I - exigir do exportador ou do transportador a entrega dos documentos de instrução do despacho; eII - atestar, no Sistema, a integridade da unidade de carga ou dos volumes e dos elementos de segurança aplicados.Parágrafo único. Constatada, nesta fase, violação dos elementos de segurança ou outros indícios de violação da carga, que possam levar à alteração dos dados do despacho aduaneiro, o AFTN, antes de atestar a conclusão do trânsito, poderá realizar nova verificação da mercadoria, registrando, no SISCOMEX, essa ocorrência e seu resultado, nos termos do art. 28.EMBARQUE E TRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRAArt. 35. O embarque ou a transposição da fronteira da mercadoria destinada à exportação somente poderá ocorrer após o seu desembaraço e será realizado sob vigilância aduaneira.§ 1º O SISCOMEX indicará, segundo critérios definidos pela administração aduaneira, os embarques a serem objeto de fiscalização.

§ 2º Enquanto não implantada, no Sistema, a função a que se refere o parágrafo anterior, caberá ao chefe da unidade local da SRF indicar os critérios de seleção dos embarque que serão objeto de acompanhamento.§ 3º Nos casos em que houver unitização de carga, para embarque, em recinto alfandegado de zona primária ou de zona secundária, o depositário deverá, no Sistema, associar, aos números das declarações de despachos de exportação referentes às mercadorias unitizadas, as respectivas unidades de carga previamente ao referido embarque.§ 4º Enquanto não implantada, no Sistema, a função a que se refere o parágrafo anterior, os procedimentos para acompanhamento dessa operação e a sistemática para prestação das informações relacionadas serão estabelecidos pelo chefe da unidade local da SRF.§ 5º Sujeita-se à aplicação da pena de perdimento, nos termos do inciso I do art. 105, do Decreto-lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, e do inciso IV e parágrafo único do art. 23, do Decreto-lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976, a mercadoria embarcada ou encontrada em operação de carga ou de transposição de fronteira, sem o cumprimento do disposto neste artigo ou sem autorização, por escrito, da fiscalização aduaneira.Art. 36. Respondem pela infração de que trata o artigo anterior, em conjunto com o exportador ou isoladamente, nos termos do art. 95 de Decreto-lei nº 37/66, assim como pelas conseqüentes sanções penais e administrativas aplicáveis:I - o depositário que liberar para embarque mercadoria não desembaraçada pela fiscalização aduaneira; eII - o transportador que realizar operação de embarque, transbordo, baldeação ou transposição de fronteira de mercadoria não desembaraçada ou sem a expressa autorização da fiscalização aduaneira.Art. 37. Imediatamente após realizado o embarque da mercadoria, o transportador registrará os dados pertinentes, no SISCOMEX, com base nos documentos por ele emitidos.Parágrafo único. Na hipótese de embarque de mercadoria em viagem internacional, por via rodoviária, fluvial ou lacustre, o registro de dados do embarque, no SISCOMEX, será de responsabilidade do exportador ou do transportador, e deverá ser realizado antes da apresentação da mercadoria e dos documentos à unidade da SRF de despacho.Art. 38. Será admitido mais de um registro de embarque para o mesmo despacho de exportação nos casos em que a mercadoria já desembaraçada não for transportada por um único veículo na viagem internacional.Art. 39. Entende-se por data de embarque da mercadoria:I - nas exportações por via marítima, a data da cláusula "shipped on board" ou equivalente, constante do Conhecimento de Carga;II - nas exportações por via aérea, a data do vôo;III - nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre, a data da transposição de fronteira da mercadoria, que coincide com a data de seu desembaraço ou da conclusão do trânsito registrada no Sistema pela fiscalização aduaneira;IV - nas exportações pelas demais vias de transporte, nas destinadas a uso e consumo de bordo e nas transportadas em mãos ou por meios próprios, a data da averbaçãoautomática do embarque, pelo Sistema, que coincide com a data do desembaraço aduaneiro; eV - nas exportações sob o regime DAC, a data da averbação automática, pelo Sistema, que coincide com a data do desembaraço aduaneiro para o regime.Art. 40. Concluída a averbação, na forma dos arts. 46 a 49, as alterações nos dados de registro de embarque relativos à quantidade de volumes, peso e identificação da mercadoria embarcada, somente poderão ser efetuadas com autorização da fiscalização aduaneira.

Parágrafo único. Enquanto não implantada, no Sistema, função que contemple o disposto neste artigo, os pedidos de alteração deverão ser apresentados, por escrito, pelo responsável pelo registro, no SISCOMEX, do dado a ser alterado acompanhados da respectiva documentação comprobatória, à unidade da SRF de embarque que, após análise e emissão de parecer, os encaminhará à Coordenação-Geral do Sistema de Controle Aduaneiro-COANA, para as providências cabíveis.Art. 41. Uma cópia do Manifesto de Carga e uma via não negociável de cada um dos respectivos Conhecimentos de Carga deverão ser entregues, pelo transportador, à unidade da SRF que jurisdiciona o local do despacho de exportação, no prazo máximo de 72 horas da saída do País do veículo transportador.§ 1º Quando o embarque ocorrer fora da jurisdição da unidade da SRF de despacho da mercadoria, a entrega dos documentos a que se refere este artigo será feita à unidade que jurisdiciona o local de embarque.§ 2º Para os efeitos do parágrafo anterior, considera-se também como local de embarque aquele em que a mercadoria despachada for carregada em aeronave ou embarcação que ali inicie viagem com destino ao exterior, ainda que venha a escalar em outro ponto do território nacional.§ 3º Nas exportações por via rodoviária, fluvial ou lacustre, os documentos de embarque serão entregues juntamente com os demais documentos que instruem o despacho.Art. 42. Quando a mercadoria, após seu desembaraço aduaneiro de exportação, for embarcada em aeronave ou embarcação que faça percurso interno conjugadamente com outra que complemente a operação de transporte no percurso internacional, será considerado local de embarque aquele em que a mercadoria for carregada no veículo que fará a viagem internacional, mesmo que venha a escalar em outro ponto do território nacional.§ 1º Nos casos de que trata este artigo, será considerada como unidade da SRF de despacho aquela em que a mercadoria será conferida e desembaraçada e como unidade de embarque aquela que jurisdiciona o local em que a mercadoria será carregada na aeronave ou embarcação que fará a viagem internacional.§ 2º Será aplicado o regime de trânsito aduaneiro sob procedimento especial previsto nos arts. 32 a 34, às exportações despachadas na forma deste artigo, cabendo à unidade da SRF de despacho proceder o registro, no SISCOMEX, do início do trânsito e aquela que jurisdiciona o local de embarque, o de conclusão desse trânsito.§ 3º O registro dos dados de embarque da mercadoria, no SISCOMEX, será feito, pelo transportador final, após o transbordo da carga para o veículo que fará a viagem internacional.Art. 43. Nas exportações por via terrestre, cujo despacho será fracionado, na forma dos arts. 58 e 59, os dados de embarque registrados, no SISCOMEX, serão os correspondentes ao Conhecimento de Carga emitido para o global da exportação submetida a despacho.Art. 44. O descumprimento, pelo transportador, do disposto nos arts. 37, 41 e § 3º do art. 42 desta Instrução Normativa constitui embaraço à atividade de fiscalização aduaneira, sujeitando o infrator ao pagamento da multa prevista no art. 107 do Decreto-lei nº 37/66 com a redação do art. 5º do Decreto-lei nº 751, de 10 de agosto de 1969, sem prejuízo de sanções de caráter administrativo cabíveis.Art. 45. Estão dispensadas de apresentação de documentos de embarque e do registro desses documentos, no SISCOMEX, as exportaçõesI - de aeronaves, de embarcações ou de outros veículos que saírem do País por seus próprios meios;II - de mercadorias transportadas em veículos do próprio exportador ou importador e em outros veículos dispensados de emissão desses documentos, na forma da legislação de transporte vigente;

III - de mercadorias transportadas em mãos;IV - realizadas por via postal; eV - indicadas nos incisos I, II e III do art. 52.AVERBAÇÃO DE EMBARQUE E DE TRANSPOSIÇÃO DE FRONTEIRAArt. 46. A averbação é o ato final do despacho de exportação e consiste na confirmação, pela fiscalização aduaneira, do embarque ou da transposição de fronteira da mercadoria.§ 1º Nas exportações por via aérea ou marítima, a averbação será feita, no Sistema, após a confirmação do efetivo embarque da mercadoria e do registro dos dados pertinentes, pelo transportador, na forma do art. 37.§ 2º Nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre, a averbação dar-se-á no momento da transposição de fronteira da mercadoria, na forma do inciso III do art. 39.Art. 47. Nos termos do artigo anterior, a averbação do embarque ou da transposição de fronteira, no SISCOMEX, apenas confirma e valida a data de embarque ou de transposição de fronteira e a data de emissão do Conhecimento de Carga, registradas, no Sistema, pelo transportador ou exportador, que são as efetivamente consideradas para fins comerciais, fiscais e cambiais.Art. 48. Será automática a averbação do embarque ou da transposição de fronteira:I - nos casos indicados no art. 45, após o desembaraço da mercadoria ou da conclusão do trânsito aduaneiro; eII - nos demais casos, após a confirmação do embarque da mercadoria, pelo transportador, ou da sua transposição de fronteira, conforme definido no inciso III do art. 39, quando os dados sobre a carga embarcada informados, no Sistema, coincidirem com os da carga desembaraçada pela fiscalização aduaneira.Parágrafo único. A averbação automática, na forma deste artigo, não prejudica a apuração da responsabilidade, por eventuais erros ou fraudes constatados após o desembaraço e o embarque da mercadoria, e a aplicação, aos responsáveis, das sanções administrativas, fiscais, cambiais e penais cabíveis.Art. 49. Quando a averbação não se processar automaticamente, caberá à fiscalização aduaneira realizá-la, com registro, no Sistema, das divergências constatadas.§ 1º Para proceder à averbação do embarque ou da transposição de fronteira da mercadoria, na forma deste artigo, o AFTN deverá certificar-se da origem da divergência e, sem prejuízo da adoção de outras medidas legais cabíveis:I - exigir, do transportador ou do exportador, quando couber:a) a correção dos dados de embarque registrados no Sistema;b) a apresentação dos documentos comprobatórios de correções nos documentos de embarque; ouc) a correção dos documentos fiscais e comerciais que instruíram o despacho;II - proceder ao registro da recepção dos novos documentos apresentados; eIII - proceder ao registro das divergências constatadas no despacho e no registro de exportação correspondente.§ 2º Nas exportações de mercadoria a granel, o laudo ou certificado de mensuração produzido nos termos do art. 27 terá precedência sobre os documentos de embarque, para efeito de controle das quantidades embarcadas.§ 3º Será dispensada a exigência de documentos adicionais ou retificadores nos casos em que, embora havendo divergência no peso ou na quantidade de volumes da mercadoria desembaraçada e embarcada, a quantidade da mercadoria embarcada, na unidade de medida de comercialização, corresponder àquela desembaraçada, na mesma unidade de medida.COMPROVANTE DA EXPORTAÇÃO

Art. 50. Concluída a operação de exportação, com a sua averbação, no Sistema, será fornecido ao exportador, quando solicitado, o documento comprobatório da exportação, emitido pelo SISCOMEX.Parágrafo único. Nos casos em que a unidade da SRF de despacho for diferente da unidade de embarque, caberá à primeira emitir o documento de que trata este artigo.Art. 51. Somente será considerada exportada, para fins fiscais e de controle cambial, a mercadoria cujo despacho de exportação estiver averbado, no SISCOMEX, nos termos dos arts. 46 a 49.Parágrafo único. É irrelevante, para os efeitos deste artigo:I - a simples apresentação de documentos fiscais e de embarque, não registrados no Sistema, mesmo que visados pela fiscalização aduaneira; eII - a inexistência do comprovante de exportação, desde que sejam fornecidos aos órgãos e entidades competentes para efetuar a fiscalização e o controle dessas operações, os dados necessários à identificação do despacho averbado no Sistema.PROCEDIMENTOS ESPECIAISArt. 52. O registro da declaração para despacho aduaneiro de exportação, no SISCOMEX, poderá ser efetuado após o embarque da mercadoria ou sua saída do território nacional, nos seguintes casos:I - fornecimento de combustíveis e lubrificantes, alimentos e outros produtos, para uso e consumo de bordo em aeronave ou embarcação de bandeira estrangeira ou brasileira, em tráfego internacional;II - venda no mercado interno a não residente no País, em moeda estrangeira, de pedras preciosas e semi-preciosas, suas obras e artefatos de joalharia, relacionados pela Secretaria de Comércio Exterior - SECEX; eIII - venda em loja franca, a passageiros com destino ao exterior, em moeda estrangeira, cheque de viagem ou cartão de crédito, de pedras preciosas e semi-preciosas nacionais, suas obras e artefatos de joalharia, relacionados pela SECEX.Parágrafo único. A critério do chefe da unidade local da SRF, o registro da declaração para despacho poderá ser efetuado após o embarque da mercadoria ou sua saída do território nacional, nos seguintes casos:I - exportação de produtos da indústria siderúrgica e de mineração;II - exportação de granéis;III - exportação de petróleo bruto e de seus derivados, realizada pela PETROBRÁS S.A., por via marítima;IV - exportação de pastas químicas de madeira, cruas, semibranqueadas ou branqueadas, embaladas em fardos ou briquetes; eV - exportação realizada por via rodoviária, fluvial ou lacustre, por estabelecimento localizado em municípios de fronteira sede de unidade da SRF.Art. 53. A cada operação a que se refere o inciso I do artigo anterior, será emitido, pelo fornecedor, comprovante de entrega ou Nota Fiscal, conforme o caso, que conterá:I - nome do fornecedor;II - bandeira do veículo e nome da empresa a que pertence;III - identificação do veículo;IV - quantidade e especificação dos produtos fornecidos; eV - data do fornecimento.Parágrafo único. O fornecedor comunicará à unidade da SRF jurisdicionante, na forma por ela estabelecida, data, hora e local dos fornecimentos programados para um determinado período, para acompanhamento fiscal.

Art. 54. As mercadorias de que trata o inciso II e III do art. 52 terão como documento hábil de saída do País, Nota Fiscal de Série B.1 ou Única, cuja primeira via, contendo carimbo padronizado, na forma estabelecida pela SECEX, será apresentada à fiscalização aduaneira, quando solicitada, no aeroporto, porto ou ponto de fronteira alfandegado por onde sair do País, pelo comprador ou pelo transportador por ele designado que estiver de posse da mercadoria.Art. 55. A autorização para o embarque dos produtos indicados no parágrafo único do art. 52, será concedida pelo chefe da unidade local da SRF ou por quem for por ele designado, à vista de pedido do interessado e de Termo de Responsabilidade, para formulação da declaração para despacho aduaneiro "a posteriori", que obedecerá o modelo anexo.§ 1º Constitui requisito para a concessão da autorização para embarque de que trata este artigo, a indicação do número do registro de exportação correspondente.§ 2º Para os casos indicados nos incisos I a IV, o pedido será acompanhado de programação do embarque.§ 3º No caso do inciso V, caberá ao chefe da unidade local da SRF estabelecer os procedimentos necessários à fiscalização e ao controle da exportação, no momento da transposição da fronteira e da apresentação da declaração para despacho.Art. 56 A declaração para despacho aduaneiro de exportação nas situações indicadas no art. 52, deverá ser apresentada, na forma estabelecida nos arts. 3º a 9º, no que couber:I - pelo fornecedor dos produtos a que se refere o inciso I, com base nos fornecimentos realizados em cada quinzena do mês, até o último dia da quinzena subseqüente, à unidade da SRF que jurisdiciona o local do fornecimento;II - pelo vendedor dos produtos mencionados nos incisos II e III, com base no movimento das vendas realizadas em cada quinzena , até o último dia da quinzena subseqüente, à unidade da SRF que jurisdiciona o seu estabelecimento ou o recinto de loja franca;III - pelo exportador, nas hipóteses indicadas nos incisos I, II, IV e V do parágrafo único, até o décimo dia corrido após a conclusão do embarque ou de transposição de fronteira, à unidade da SRF que jurisdiciona o local do embarque das mercadorias; eIV - pelo exportador, na hipótese prevista no inciso III, até sessenta dias corridos após a conclusão do embarque, à unidade da SRF que jurisdiciona o porto de embarque das mercadorias.Parágrafo único. Fica impedido de utilizar o procedimento especial de que trata este artigo, sujeitando-se à apresentação da declaração para despacho aduaneiro previamente ao embarque ou à transposição de fronteira da mercadoria, o exportador que descumprir qualquer dispositivo desta Instrução Normativa.Art. 57. Os registros, no SISCOMEX, do desembaraço aduaneiro dos produtos submetidos a despacho aduaneiro na forma do artigo anterior, serão realizados à vista dos dados prestados pelo exportador, no Sistema, e dos constantes das Notas Fiscais e de outros documentos que os instruírem.Art. 58. O despacho aduaneiro de exportação de mercadoria transportada por via terrestre que não puder ser embarcada em um único veículo ou composição, poderá ser fracionado, para fins de conferência aduaneira e de transposição de fronteira.Parágrafo único. O prazo para a apresentação do total das mercadorias, e a conseqüente conclusão do despacho, não poderá exceder a trinta dias corridos, contados do registro da entrega dos documentos do SISCOMEX.Art. 59. Na hipótese de que trata o artigo anterior, o exportador formulará a declaração para despacho aduaneiro para o total de cada registro de exportação apresentando como documentos instrutivos do despacho o Conhecimento de Carga e as Notas Fiscais emitidas para o global da operação, além de outros exigidos em legislação específica.

§ 1º O envelope que contém os documentos relativos ao despacho deverá ser identificado com a palavra FRACIONADO.§ 2º Os dados sobre cada carga parcial submetida à verificação aduaneira, assim com as divergências constatadas no curso da verificação, serão anotadas em procedimento manual, conforme estabelecido pelo chefe da unidade local da SRF.§ 3º Concluída a transposição de fronteira do total da mercadoria declarada ou esgotado o prazo para a conclusão do despacho, a fiscalização aduaneira providenciará os registros, no SISCOMEX, de forma consolidada, do resultado da verificação da mercadoria e do exame documental, das divergências constatadas, do desembaraço da mercadoria e da transposição de fronteira.Art. 60. No despacho aduaneiro de exportação para Depósito Alfandegado Certificado - DAC, a verificação e o desembaraço da mercadoria serão realizados no próprio recinto alfandegado que opere esse regime.§ 1º Nas exportações de que trata este artigo, a averbação dar-se-á automaticamente, pelo Sistema, com o desembaraço para admissão no regime, após o que poderá ser emitido o correspondente comprovante de exportação.§ 2º A saída para o exterior da mercadoria admitida no regime será realizada após a emissão da Nota de Expedição, sem registro, no SISCOMEX, observadas as cautelas estabelecidas em norma própria.Art. 61. Nos despachos de exportação com mais de dez Notas Fiscais vinculadas, cuja identificação pormenorizada desses documentos, na declaração, tornar-se difícil ou impraticável, poderá ser utilizada Relação de Notas Fiscais para o registro consolidado desses documentos no Sistema.§ 1º A relação de que trata este artigo terá numeração seqüencial por estabelecimento da empresa exportadora, que deverá ser registrada, no SISCOMEX, no momento da apresentação da declaração para despacho, no campo reservado à indicação do número e da série da Nota Fiscal.§ 2º A Relação de Notas Fiscais será entregue juntamente com os documentos pertinentes ao despacho e deverá conter, pelo menos:I - a identificação do exportador e do despacho; eII - a indicação da quantidade de Notas Fiscais correspondentes ao despacho e de seus números, série e datas de emissão.Art. 62. A adoção dos procedimentos a que se refere o artigo anterior, bem como os referidos no inciso V, do parágrafo único do art. 52, obriga o exportador a manter à disposição da fiscalização, no seu estabelecimento, todos os elementos que possibilitem a rápida identificação e o manuseio dos dados e das Notas Fiscais vinculadas a cada um dos despachos realizados.DESPACHO SUMÁRIOArt. 63. Será processado de forma sumária, à vista dos documentos próprios para cada caso, despacho dos bens:I - que constituam bagagem desacompanhada de viajantes que se destinam ao exterior.II - de missões diplomáticas e repartições consulares permanentes e de seus integrantes.III - de representações de órgãos internacionais permanente de que o Brasil seja membro, e de seus funcionários, peritos e técnicos; eIV - de técnicos ou peritos que tenham ingressado no País para desempenho de atividade transitória ou eventual, nos termos de atos internacionais firmados pelo Brasil.§ 1º Serão, ainda, despachados com processamento sumário.I - urnas contendo restos mortais; eII - pequenas encomendas, com ou sem cobertura cambial, que não caracterizem destinação comercial, e donativos, de valor superior a US$ 1.000.00 (mil dólares dos Estados Unidos) até

US$ 5.000,00 (cinco mil dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em outra moeda, enviados ao exterior por pessoa física.§ 2º O despacho será registrado, no SISCOMEX, por servidor designado pela autoridade aduaneira local, ficando os bens a ele referentes considerados automaticamente desembaraçados no momento desse registro.§ 3º Aplicam-se ao despacho de que trata este artigo, os procedimentos de trânsito, aduaneiro, na forma estabelecida nos arts. 32 a 34, no que couber, quando forem diversas as unidades da SRF de despacho e de embarque dos bens.Art. 64. É de responsabilidade do transportador fazer registro, no SISCOMEX, dos dados de embarque de Mala Diplomática.DESPACHOS COM DISPENSA DE REGISTROArt. 65. Estão dispensados de registro, no SISCOMEX, os seguintes despachos, que serão efetivados `à vista de Nota Fiscal ou de documento específico para o caso:I - mercadorias nacionais adquiridas no mercado interno, inclusive no comércio fronteiriço, observados os limites e condições estabelecidos em normas próprias;II - fitas gravadas, sem cobertura cambial e sem finalidade comercial, contendo material informativo ou de lazer, para serem exibidas a comunidade brasileira no exterior, com posterior retorno ao País;III - amostras, de diminuto ou nenhum valor comercial, assim considerados os fragmentos ou partes de qualquer mercadoria, em quantidade estritamente necessária para dar a conhecer sua natureza espécie e qualidade;IV - amostras de pedras e de outros minerais preciosos e semi-preciosos, manufaturados ou não, sem cobertura cambial, até o limite de US$ 300,00 (trezentos dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em outra moeda;V - pequenas encomendas, sem cobertura cambial, e donativos, até o limite de US$ 1.000,00 (mil dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em outra moeda;VI - documentos, assim entendidos quaisquer bases fiscais que se prestem unicamente à transmissão de informação escrita ou falada, inclusive gravada em meio físico magnético;VII - catálogos, folhetos, manuais e publicações semelhantes, de natureza técnica, sem valor comercial;VIII - matérias primas, insumos ou produtos acabados, sem cobertura cambial, para fins de divulgação comercial e testes no exterior, em quantidade estritamente necessária para dar a conhecer sua natureza, espécie e qualidade, até o limite de US$ 5.000,00 (cinco mil dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em outra moeda;IX - mercadoria estrangeira ou desnacionalizada não submetida a despacho aduaneiro, em retorno ao exterior:a) por erro manifesto ou comprovado de expedição, reconhecido pela autoridade aduaneira;b) por indeferimento de pedido para concessão do regime especial de admissão temporária;c) por outras razões, deferidas pela autoridade aduaneira competente;X - bagagem acompanhada, incluindo animais de vida doméstica; eXI - veículos, que saiam temporariamente do País, para uso de seu proprietário ou possuidor no exterior.DISPOSIÇÕES FINAISArt. 66. Os procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa aplicam-se aos despachos de exportação ou de reexportação de mercadorias em regimes aduaneiros especiais ou atípicos mantidos os controles exigidos, para cada um deles, em normas específicas.

Art. 67. Os procedimentos relativos à revisão do despacho aduaneiro de exportação serão definidos em norma específica.Art. 68. Sempre que comprovadamente necessário, poderão ser emitidos extratos do despacho de exportação que, visados por AFTN, terão força probatória para fins administrativo, fiscais e judiciais.Art. 69. No caso do exportador estar jurisdicionado a duas unidades da SRF, prevalecerá, para efeitos deste ato, a competência da unidade especializada em atividade de controle aduaneiro.Art. 70. Os registros, no SISCOMEX, não validam operações, de exportação que não estejam amparadas pela legislação vigente.Art. 71. A Coordenação-Geral do Sistema de Controle Aduaneiro orientará sobre outros procedimentos a serem observados no despacho aduaneiro de exportação, no SISCOMEX, decorrentes da aplicação deste ato.Art. 72. Ficam revogados os itens 1, 2, 4, 5, 5.1, 6, 6.1, 6.2, 6.3, 6.4, 7 e 8 da Instrução Normativa nº 111, de 6 de setembro de 1990 a as Instruções Normativas nº 134, de 16 de dezembro de 1992, nº 33 de 11 de março de 1993, nº 44, de 7 de abril de 1993, nº 53, de 12 de maio de 1993 e nº 72, de 20 de agosto de 1993.Art. 73. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.OSIRIS DE AZEVEDO LOPES FILHO

Instrução Normativa SRF nº 097, de 03 de dezembro de 1994DOU de 06/06/1994

Estabelece procedimentos para a descarga e do despacho aduaneiro de importação de petróleo bruto e de seus derivados.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso das atribuições que lhe são conferidas no art. 452 e tendo em vista o disposto no inciso II, do art. 453, do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985 e no art. 1º da Portaria MF nº 315, de 3 de junho de 1994, resolve:Art. 1º A descarga direta de petróleo bruto e de seus derivados, de veículo procedente do exterior para tanques ou depósitos especiais de armazenamento, ou ainda, para outros veículos, será realizada sob controle aduaneiro.Art. 2º A mensuração das quantidades descarregadas será conduzida pela fiscalização aduaneira, que se fará acompanhar, quando for o caso, por técnico credenciado, e será realizada:a) utilizando o método de arqueação dos tanques e reservatórios localizados em terra ou a bordo, através da medição do espaço cheio, ou do espaço vazio, oub) por medição direta do fluxo do granel descarregado, utilizando os instrumentos próprios.§ 1º Nos casos em que, em razão de peculiaridades da infra-estrutura portuária local, não for possível utilizar os métodos de mensuração indicados neste artigo, o chefe da unidade da Secretaria da Receita Federal-SRF que jurisdiciona o porto de descarga poderá autorizar, em despacho fundamentado, que a quantificação dos produtos importados seja realizada com a utilização de outros métodos.

§ 2º Os laudos ou certificados produzidos nas medições, por qualquer método, serão expressos em quilogramas e visados pela fiscalização aduaneira, e deverão instruir, obrigatoriamente, os respectivos despachos de importação.Art. 3º A coleta de amostras para a perfeita identificação do produto importado, quando julgada necessária, será realizada pela fiscalização aduaneira ou sob seu acompanhamento.Art. 4º O despacho aduaneiro de importação dos produtos de que trata esta Instrução Normativa será processado com base em Declaração de Importação-DI, a ser apresentada, pelo importador, à unidade da SRF que jurisdiciona o porto de descarga, até o oitavo dia subseqüente ao da conclusão do laudo ou certificado de medição.Art. 5º O desembaraço aduaneiro dos produtos de que trata este ato, submetidos a despacho nos termos do artigo anterior, será levado a efeito com base nas informações da DI, instruída com o respectivo laudo ou certificado de medição contendo a data da conclusão da descarga.Parágrafo único. Nos casos em que o valor negociado do produto for desconhecido no momento do despacho aduaneiro, a base de cálculo do imposto de importação, a ser recolhido nessa ocasião, poderá ser apurada com base em valor estimado de aquisição do produto, declarado pelo importador.Art. 6º A via original do conhecimento de carga, a fatura comercial e o certificado de origem, quando for o caso, serão apresentados à unidade da SRF correspondente no prazo de noventa dias, contados da data do registro da DI.Parágrafo único. A guia de importação, igualmente dispensada de apresentação no momento do despacho aduaneiro, deverá ser mantida nos arquivos do importador, à disposição da fiscalização da SRF, pelo prazo de cinco anos.Art. 7º No mesmo prazo de noventa dias estabelecido no artigo anterior, o importador deverá proceder os ajustes decorrentes da aplicação das regras do Acordo de Valoração Aduaneira, aprovado pelo Decreto nº 92.930, de 16 de julho de 1986, entre o valor utilizado como base de cálculo do imposto de importação, na DI, e o valor efetivamente pago pelo produto importado, por intermédio de Declaração Complementar de Importação - DCI, efetuando o pagamento da diferença dos impostos devidos em razão desse ajuste, com os acréscimos legais previstos para recolhimentos espontâneos.Art. 8º As diferenças de valor dos impostos devidos, apuradas pela fiscalização aduaneira, em procedimento de oficio, no curso do despacho da mercadoria ou após decorrido o prazo a que se refere o artigo anterior, estão sujeitas às penalidades previstas na legislação.Art. 9º Os ajustes a que se refere o art. 7º, relativos aos despachos realizados de conformidade com o estabelecido na Instrução Normativa nº 37, de 3 de junho de 1994, assim como a apresentação dos correspondentes documentos, indicados no art. 6º, eventualmente não entregues pelo importador no momento do registro da DI, deverão ser efetuados até o dia 31 de dezembro de 1994, sem prejuízo do prazo de noventa dias nele fixado, se este for maior.Art. 10. Ficam revogadas as Instruções Normativas nº 6, de 2 de janeiro de 1986 e nº 37, de 3 de junho de 1994.Art. 11. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.SÁLVIO MEDEIROS COSTA

Instrução Normativa SRF nº 01, de 03 de janeiro de 1995

DOU de 06/01/1995, pág. 368

Revoga a Instrução Normativa SRF nº 63, de 17 de agosto de 1994.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o art. 140, inciso III do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MEFP nº 606, de 3 de setembro de 1992, combinado com as diposições da Portaria MF nº 678, de 22 de outubro de 1992 e tendo em vista o disposto no art. 250 do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, com nova redação dada pelo Decreto 636, de 28 de agosto de 1992, resolve:Art. 1º A entrada de veículos importados no território aduaneiro poderá ser efetuada em qualquer porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado do País.Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.Art. 3º Revoga-se a Instrução Normativa nº 63, de 17 de agosto de 1994.EVERARDO MACIEL

Instrução Normativa SRF nº 39, de 01 de agosto de 1995 DOU de 03/08/1995, pág. 11647

Disciplina a utilização do conhecimento de carga no despacho aduaneiro de importação, na hipótese que especifica.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso de suas atribuições e considerando o disposto no art. 423 do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, resolve:Art. 1º Poderá ser autorizado, a pedido do interessado, o registro de mais de uma Declaração de Importação - DI para o mesmo conhecimento de carga nos despachos aduaneiros de importação de veículos classificados nas posições 8703 e 8704 da Tarifa Externa Comum - TEC, observado o limite máximo de dez parcelas.Art. 2º O desembaraço aduaneiro de uma parcela da mercadoria correspondente a um determinado conhecimento de carga não suspende e nem interrompe a contagem do prazo de permanência no recinto alfandegado para os efeitos do disposto no art. 23 do Decreto-lei nº 1.455, de 1976.Art. 3º A autoridade aduaneira local poderá expedir normas complementares, objetivando o cumprimento do disposto nesta Instrução Normativa.Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação e produzirá efeitos até 31 de outubro de 1995.EVERARDO MACIEL

Instrução Normativa SRF nº 54, de 24 de novembro de 1995 DOU de 01/12/1995, pág. 19851

Faculta ao Secretário da Receita Federal autorizar a suspensão temporária da comprovação da não-incidência ou isenção do ICMS no despacho de mercadorias importadas.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso de suas atribuições, eCONSIDERANDO a eventual ocorrência de circunstâncias impeditivas da comprovação da isenção ou da não incidência do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, prevista no item 1 da Instrução Normativa SRF nº 54, de 24 de julho de 1981;CONSIDERANDO que a permanência, no tempo, de tais circunstâncias fortuitas ou de força maior pode acarretar congestionamento de cargas na zona primária e nos recintos alfandegados de zona secundária, com graves prejuízos para o regular fluxo do comércio exterior;CONSIDERANDO que o não desembaraço de mercadorias em tais situações pode redundar em perda de arrecadação do imposto de importação, resolve:Art. 1º Ficam acrescidos ao item 2 da Instrução Normativa SRF nº 54, de 24 de julho de 1981, os seguintes subitens:"2. .....................................................................................................2.1 - Na ocorrência de caso fortuito ou força maior, devidamente comprovada, o Secretário da Receita Federal poderá, excepcionalmente, autorizar a suspensão temporária da exigência da comprovação referida no item anterior.2.2 - No despacho autorizativo, o Secretário da Receita Federal estabelecerá:a) a repartição da Secretaria da Receita Federal em cuja jurisdição valerá a suspensão da exigência;b) o prazo para apresentação, pelo importador, da "Declaração de Exoneração do ICMS na Entrada de Mercadoria Estrangeira".2.3 - A liberação se fará, no caso do item 2.1, mediante Termo de Responsabilidade firmado pelo importador ou seu procurador devidamente autorizado."Art. 2º Esta Instrução Normativa produzirá efeitos a partir de 24 de novembro de 1995.Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.EVERARDO MACIELDOU de 01/12/95, pág. 19.851/2

Instrução Normativa SRF nº 69, de 10 de dezembro de 1996 IN 69 - Disciplina o Despacho Aduaneiro de Importação (alterada pela IN SRF nº 5, de 16.01.97)DOU de 11/12/1996, pág. 26724

Disciplina o Despacho Aduaneiro de Importacão. Revoga as INs SRF 04/69, 33/74, 40/74, 26/83 e 126/86. Foi alterada pelas INs SRF 05/97 e 11/97

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso de suas atribuições e considerando o disposto nos artigos 446, 452, 453 e 454 do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto n° 91.030, de 5 de março de 1985, e tendo em vista o Decreto n° 1.765, de 28 de dezembro de 1995, resolve: Art. 1º Toda mercadoria que ingresse no País, importada a título definitivo ou não, sujeita-se a despacho aduaneiro de importação, que será processado por meio do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, à mercadoria que, após ter sido submetida a despacho aduaneiro de exportação: I - retorne ao País;II - seja reintroduzida no mercado interno, procedente de Zona de Processamento de Exportação - ZPE, ou de recintos alfandegados interiores, quando nestes últimos tiver permanecido em regime de Depósito Alfandegado Certificado - DAC.Art. 2º Sujeitam-se, ainda, ao despacho aduaneiro de importação, independentemente do despacho a que foram submetidas por ocasião do seu ingresso no País, as mercadorias de origem estrangeira que venham a ser redestinadas para outro regime aduaneiro, bem como aquelas introduzidas no restante do território nacional, procedentes da Zona Franca de Manaus - ZFM, Amazônia Ocidental, Área de Livre Comércio - ALC ou ZPE. Art. 3º Despacho aduaneiro de importação é o procedimento fiscal mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à legislação vigente, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro. Parágrafo único. O desembaraço aduaneiro constitui o ato final do despacho aduaneiro em virtude do qual é autorizada a entrega da mercadoria ao importador. Art. 4º O despacho aduaneiro de importação compreende: I - despacho para admissão em regime suspensivo de tributação, quando relativo a mercadoria que ingresse no País nessa condição;II - despacho para admissão em ZPE;III - despacho para consumo, quando relativo a mercadoria importada a título definitivo, inclusive aquela:a) ingressada no País com o benefício de drawback;b) destinada à ZFM, à Amazônia Ocidental e a ALC;c) procedente de ZPE, nos termos da legislação específica;d) contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, se aplicado o regime de importação comum;e) antes admitida em regime suspensivo de tributação, na forma do disposto no inciso I, e venha a ser redestinada para o regime comum de importação;IV - despacho para internação, quando relativo à introdução, no restante do território nacional, de mercadoria procedente da ZFM, Amazônia Ocidental ou ALC.DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO Art. 5º O despacho aduaneiro de importação terá por base declaração formulada pelo importador, e obedecerá ao disposto na presente Instrução Normativa, salvo exceções previstas em normas específicas. Art. 6º A declaração será formulada pelo importador no SISCOMEX e consistirá na prestação das informações constantes do Anexo I, de acordo com o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro. § 1° Não será admitido agrupar, numa mesma declaração, mercadoria que proceda diretamente do exterior e mercadoria que se encontre no País submetida a regime aduaneiro especial ou atípico.

§ 2º Será admitida a formulação de uma única declaração para o despacho de mercadoria que, procedendo diretamente do exterior, tenha uma parte destinada ao consumo e outra à admissão no regime aduaneiro especial de admissão temporária. § 3º, acrescentado pelo art. 54 da IN SRF16/98 e alterado pelo art. 9º da IN SRF 75/98 PAGAMENTO DOS IMPOSTOS Art. 7º O pagamento dos impostos incidentes na importação, assim como dos demais valores exigidos em decorrência da aplicação de direitos anti-dumping, compensatórios ou de salvaguarda, será efetuado previamente ao registro da declaração, por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF, independentemente de visto da fiscalização aduaneira, em qualquer agência dos bancos autorizados a arrecadar receitas federais. Parágrafo único. O pagamento dos créditos tributários lançados pela autoridade aduaneira no curso do despacho ou por ocasião de revisão da declaração, bem como daqueles decorrentes de denúncia espontânea, após o desembaraço aduaneiro da mercadoria, será efetuado, também, por meio de DARF. REGISTRO DA DECLARAÇÃO Art. 8º A declaração será registrada pelo SISCOMEX, por solicitação do importador, mediante a sua numeração automática única, seqüencial e nacional, reiniciada a cada ano. Art. 9º O registro da declaração caracteriza o início do despacho aduaneiro de importação. Art. 10º O registro da declaração somente será efetivado: I - se verificada a regularidade cadastral do importador;II - após o licenciamento da operação de importação e a verificação do atendimento às normas cambiais, conforme estabelecido pelo órgãos competentes;III - após a chegada da carga, exceto na modalidade do despacho antecipado conforme previsto no art. 11; IV - após o recolhimento dos impostos e outros direitos incidentes sobre a importação, se for o caso; V - se não for constatada qualquer irregularidade impeditiva do registro.§ 1º Entende-se por irregularidade impeditiva do registro da declaração aquela decorrente da omissão de dado obrigatório ou o fornecimento com erro, bem como a que decorra de impossibilidade legal absoluta. § 2º Considera-se não chegada a carga que, no Sistema de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento - MANTRA, estiver em situação que impeça a vinculação da declaração ao conhecimento de carga correspondente. DESPACHO ANTECIPADO Art. 11º A declaração de importação de mercadoria que proceda diretamente do exterior poderá ser registrada antes da sua chegada na Unidade da Secretaria da Receita Federal-SRF de despacho, quando se tratar de: I - mercadoria transportada a granel, cuja descarga se realize diretamente para terminais de oleodutos, silos ou depósitos próprios, ou veículos apropriados;II - mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente características de periculosidade;III - plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos facilmente perecíveis ou suscetíveis de danos causados por agentes exteriores;IV - papel para impressão de livros, jornais e periódicos;V - órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal, inclusive autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas; eVI - mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre.

Parágrafo único. A modalidade de despacho antecipado de que trata este artigo poderá ser utilizada também em outras situações ou para outros produtos, conforme estabelecido em normas específicas, ou mediante prévia autorização do chefe da Unidade de despacho, em casos justificados. REGISTRO DA DECLARAÇÃO Art. 12º Efetivado o registro da declaração, o SISCOMEX emitirá, a pedido do importador, o extrato correspondente. Parágrafo único. O extrato será emitido em duas vias, sendo a primeira destinada à Unidade da SRF de despacho e, a segunda, ao importador. INSTRUÇÃO DA DECLARAÇÃO Art. 13º ( complementado pela IN SRF 111/98) A declaração será instruída com os seguintes documentos: I - via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;II - via original da fatura comercial;III - Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF que comprove o recolhimento dos impostos e demais valores devidos; eIV - outros, exigidos em decorrência de Acordos Internacionais ou de legislação específica.§ 1º Tratando-se de mercadoria submetida a despacho de admissão em regime suspensivo, o comprovante do pagamento dos tributos incidentes será substituído por documento que comprove a respectiva garantia, conforme estabelecido na legislação específica. § 2º Na impossibilidade de apresentação de via original da fatura comercial por ocasião da entrega dos documentos que instruem a declaração, o importador poderá apresentar cópia desse documento, obtida por qualquer meio, ficando o desembaraço da mercadoria condicionado à apresentação do respectivo original. § 3° Não será exigida a apresentação de conhecimento de carga original nos despachos para consumo de mercadoria estrangeira ou desnacionalizada, nas situações a que se referem o inciso II do art. 1º e o art. 2°. § 4º No caso de despacho antecipado o conhecimento de carga original deverá ser entregue antes do desembaraço aduaneiro. RECEPÇÃO DE DOCUMENTOS Art. 14º O extrato da declaração e os documentos que a instruem serão entregues, pelo importador, na Unidade da SRF que jurisdiciona o local onde se encontra a mercadoria a ser despachada, em envelope contendo a indicação do número atribuído à declaração. Art. 15º (revogado pelo art. 5º da IN SRF 111/98 ) A recepção dos documentos será informada no SISCOMEX por servidor da SRF. Art. 16º É vedada a recepção dos documentos quando: I - o extrato da declaração estiver ilegível, incompleto ou rasurado;II - a documentação estiver incompleta, relativamente à indicada na declaração;III - a chegada da carga não tiver sido confirmada, nas Unidades onde o MANTRA não esteja implantado; ouIV - o representante do importador não estiver credenciado junto à SRF, nos termos da norma específica.Parágrafo único. A presença da carga será atestada pelo depositário no extrato da declaração ou confirmada mediante a sua própria apresentação à fiscalização aduaneira nas Unidades de fronteira terrestre onde inexiste depositário. (O artigo 16 foi complementado pelas IN SRF 5 e 10/97)

Art. 17º (revogado pelo art. 5º da IN SRF 111/98 ) A recepção dos documentos será informada com ressalva quando for constatada insuficiência no pagamento de tributos ou o não atendimento de requisitos legais e regulamentares exigidos para a instrução da declaração.BAIXA NO MANIFESTO Art. 18º A baixa, no manifesto, dos respectivos conhecimentos de carga, será efetuada imediatamente após o registro da declaração de importação. § 1º No manifesto de carga serão vinculados os números do conhecimento de carga e de registro da declaração correspondente. § 2° Nas Unidades locais da SRF onde não tenha sido implantado o MANTRA, a baixa a que se refere este artigo será feita após a recepção dos documentos. § 3º No caso de despacho antecipado, a baixa no manifesto será feita após a entrega da via original do conhecimento de carga correspondente. SELEÇÃO E DISTRIBUIÇÃO PARA CONFERÊNCIA ADUANEIRA Art. 19º (alterado pelo art. 4º da IN SRF 111/98 ) Após a recepção dos documentos, a declaração será selecionada para um dos seguintes canais de conferência aduaneira: I - verde, pelo qual o Sistema procede ao desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental da declaração, a verificação da mercadoria e a análise preliminar do valor aduaneiro;II - amarelo, pelo qual a declaração é submetida a exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, autoriza o desembaraço e a entrega da mercadoria, dispensadas a verificação da mercadoria e a análise preliminar do valor aduaneiro; ouIII - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada e entregue ao importador após a realização do exame documental, da verificação da mercadoria e da análise preliminar do valor aduaneiro.Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, entende-se por: I - exame documental, o procedimento destinado a constatar:a) a integridade dos documentos apresentados;b) a exatidão e correspondência das informações prestadas na declaração em relação àquelas constantes dos documentos que a instruem;c) o cumprimento dos requisitos de ordem legal ou regulamentar correspondentes ao regime aduaneiro e de tributação solicitado;d) (revogada pelo art. 6º da IN SRF 114/98 ) o cumprimento de formalidades referentes a mercadoria sujeita a controles especiais; ee) o mérito de benefício fiscal pleiteado.II - verificação da mercadoria, o procedimento destinado a indentificar e quantificar a mercadoria, bem como determinar sua origem e classificação fiscal; eIII - análise preliminar do valor aduaneiro, o procedimento destinado a verificar a integridade da base de cálculo do imposto de importação no curso do despacho, nos termos da norma específica.Art. 20º (alterado pelo art. 55 da IN SRF 16/98 ) A seleção da declaração a que se refere o artigo anterior será efetuada por intermédio do SISCOMEX, de acordo com limites e critérios periodicamente estabelecidos pela Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro - COANA, que deverá levar em consideração, entre outros, os seguintes elementos: I - regularidade fiscal do importador;II - habitualidade do importador;III - natureza, volume ou valor da importação;IV - valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação;V - origem, procedência e destinação da mercadoria;

VI - tratamento administrativo e tributário; eVII - características da mercadoria.Art. 21º Serão obrigatoriamente objeto de exame documental e verificação da mercadoria as importações: I - selecionadas, pelo SISCOMEX, para análise do valor aduaneiro; II - sujeitas a vistoria aduaneira.Art. 22º O importador poderá optar pelo canal vermelho de conferência aduaneira, por ocasião da formulação da declaração. Parágrafo único. Enquanto não implantada no SISCOMEX função específica, o importador poderá optar pelo canal vermelho de conferência por meio de requerimento anexado ao extrato da declaração. Art. 23º As declarações de importação selecionadas para os canais amarelo e vermelho serão distribuidas, por meio de função própria do SISCOMEX, para os servidores que deverão executar os procedimentos previstos nos incisos II e III do art. 19. Art. 24º A distribuição da declaração para a verificação da mercadoria somente será efetuada quando a carga estiver disponível para esse fim. Parágrafo único. Considera-se carga disponível aquela: I - assim identificada no MANTRA;II - que tiver sua chegada confirmada pelo depositário, no extrato da declaração, nas Unidades onde não esteja implantado o MANTRA, ou, tratando-se de despacho antecipado, na via original do conhecimento de carga.CONFERÊNCIA ADUANEIRA Art. 25º A conferência aduaneira relativa às declarações selecionadas para os canais amarelo e vermelho deverá ser concluída no prazo máximo de cinco dias úteis, contados do dia seguinte ao da recepção do extrato da declaração e dos documentos que a instruem, salvo quando a sua conclusão dependa de providência a ser cumprida pelo importador, devidamente registrada no SISCOMEX, nos termos do art. 45. Art. 26º A verificação da mercadoria, em qualquer situação, será realizada na presença do importador ou de seu representante legal. Art. 27º O chefe da Unidade local de despacho poderá autorizar que a verificação da mercadoria seja realizada, total ou parcialmente, no estabelecimento do importador ou em outro recinto não alfandegado, quando a natureza e as características da mercadoria justificarem esse procedimento. Parágrafo único. No caso deste artigo, quando a verificação da mercadoria for realizada por Auditor Fiscal do Tesouro Nacional - AFTN de Unidade da SRF diversa daquela de despacho, será lavrado Termo de Verificação, que será remetido à Unidade solicitante para conclusão do despacho aduaneiro. Art. 28º O importador prestará à fiscalização aduaneira as informações e a assistência necessárias à identificação da mercadoria e à análise do valor aduaneiro. Parágrafo único. A fiscalização aduaneira, caso entenda necessário, poderá designar técnico credenciado para proceder à identificação e quantificação da mercadoria. Art. 29º Sempre que a fiscalização aduaneira decidir pela retirada de amostra, para exame laboratorial ou de outra natureza, o importador ou seu representante legal será notificado, para que participe do cumprimento dessa providência. Parágrafo único. O não comparecimento do importador ou de seu representante legal, dentro do prazo de cinco dias úteis da ciência da notificação, para os fins a que se refere este artigo, facultará à autoridade aduaneira agir de ofício.

Art. 30º As quantidades de mercadoria retiradas a título de amostra não são dedutíveis da quantidade declarada. § 1º As amostras retiradas serão devolvidas ao declarante, salvo quando inutilizadas durante a análise ou quando sua retenção, pela autoridade aduaneira, resulte necessária. § 2° As amostras colocadas à disposição do declarante e não retiradas no prazo de sessenta dias da ciência serão consideradas abandonadas a favor do Erário. Art. 31º As despesas decorrentes da aplicação do disposto nos artigos 29 e 30 serão de responsabilidade do importador. DESEMBARAÇO ADUANEIRO Art. 32º Somente após o registro do desembaraço no SISCOMEX será autorizada a entrega da mercadoria ao importador. Art. 33º A mercadoria cuja declaração tenha sido selecionada para o canal verde será desembaraçada mediante registro automático no SISCOMEX. Art. 34º O desembaraço da mercadoria, cuja declaração tenha sido selecionada para o canal amarelo de conferência aduaneira, será registrado no SISCOMEX pelo AFTN designado para proceder à última etapa do exame documental. Art. 35º O desembaraço da mercadoria, cuja declaração tenha sido selecionada para o canal vermelho, será registrado no SISCOMEX pelo AFTN designado para realizar a última etapa da conferência aduaneira. Art. 36º A seleção da declaração para os canais verde ou amarelo não impede que o chefe da Unidade da SRF de despacho, após o desembaraço, determine que se proceda à ação fiscal pertinente, se tiver conhecimento de fato ou da existência de indícios que requeiram a necessidade de verificação da mercadoria Art. 37º No caso de despacho antecipado, em razão do disposto no art. 1º do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, alterado pelo art. 1º do Decreto-Lei nº 2.472, de 1º de setembro de 1988, o desembaraço aduaneiro somente será realizado após a complementação ou retificação dos dados da declaração, no SISCOMEX, e pagamento de eventual diferença de crédito tributário relativo à declaração, aplicando a legislação vigente na data da efetiva entrada da mercadoria no território nacional. Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, a efetiva entrada da mercadoria no território nacional ocorre na data da formalização da entrada do veículo transportador no porto, aeroporto ou Unidade aduaneira que jurisdicionar o ponto de fronteira alfandegado. Art. 38º A mercadoria objeto de exigência fiscal de qualquer natureza, formulada no curso do despacho aduaneiro, somente será desembaraçada após o respectivo cumprimento ou, quando for o caso, mediante a apresentação de garantia, nos termos de legislação específica. Art. 39º A autoridade aduaneira poderá autorizar a entrega de mercadoria cujo desembaraço dependa unicamente do resultado de análise laboratorial, mediante assinatura de Termo de Responsabilidade, nos termos da legislação específica. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica quando for constatada a existência de indícios que permitam presumir tratar-se de mercadoria cuja importação está sujeita a restrição ou proibição. Art. 40º A mercadoria sujeita a controle específico de outro órgão somente será desembaraçada após o atendimento das exigências pertinentes. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se inclusive no curso da conferência aduaneira, quando, em razão da constatação de declaração inexata, forem identificadas mercadorias sujeitas ao licenciamento não automático, que deixou de ser obtido previamente ao registro da declaração.

Art. 41º Nas importações por via terrestre será permitida a entrega fracionada da mercadoria que, em razão do seu volume ou peso, não possa ser transportada em apenas um veículo e quando for efetuado o registro de uma única declaração para o despacho aduaneiro, correspondente a uma só importação e a um único conhecimento de carga. § 1º O controle da entrega fracionada, enquanto não houver função específica no Sistema, será realizado manualmente no extrato da declaração. § 2º A entrada no território aduaneiro de toda a mercadoria declarada deverá ocorrer dentro dos quinze dias úteis subseqüentes ao do registro da declaração. § 3º No caso de descumprimento do prazo a que se refere o parágrafo anterior será exigida a retificação da declaração no SISCOMEX, tendo por base a quantidade efetivamente entregue, devendo, o saldo remanescente, ser objeto de nova declaração. § 4º O Comprovante de Importação será emitido após o desembaraço do último lote correspondente a cada declaração. Art. 42º A entrega da mercadoria ao importador, pelo depositário, somente será feita após confirmado o seu desembaraço aduaneiro no MANTRA. Parágrafo único. Nas Unidades da SRF onde ainda não estiver implantado o MANTRA, a entrega da mercadoria ao importador será feita mediante a apresentação, pelo importador, do Comprovante de Importação emitido pelo SISCOMEX. ENTREGA ANTECIPADA DA MERCADORIA Art. 43º O chefe da Unidade da SRF de despacho poderá autorizar a entrega da mercadoria ao importador antes de totalmente realizada a conferência aduaneira, em situações de comprovada impossibilidade de sua armazenagem em local alfandegado ou, ainda, em outras situações justificadas, tendo em vista a natureza da mercadoria ou as circunstâncias específicas da operação de importação. § 1º A entrega antecipada de mercadoria sujeita a controle especial de outro órgão ficará condicionada a autorização emitida por esse órgão. § 2° A entrega da mercadoria antecipada poderá ser condicionada à sua verificação total ou parcial. § 3º Na hipótese de a entrega antecipada da mercadoria representar qualquer risco para o controle aduaneiro da operação, e ser inviável a sua verificação no local alfandegado, por razões de segurança ou outras, a entrega poderá ser condicionada à assinatura, pelo importador, de termo de fiel depositário, em que se comprometerá, ainda, a não utilizá-la até o desembaraço aduaneiro. Art. 44º O tratamento previsto no artigo anterior somente será autorizado a importador com situação fiscal regular. FORMALIZAÇÃO DE EXIGÊNCIAS Art. 45º As exigências formalizadas pela fiscalização aduaneira e o seu atendimento pelo importador, no curso do despacho aduaneiro, deverão ser registradas no SISCOMEX. § 1º Sem prejuízo do disposto neste artigo, a exigência do crédito tributário decorrente de infração à legislação vigente, da qual resulte falta ou insuficiência de recolhimento dos impostos incidentes ou imposição de penalidade, será formalizada em notificação de lançamento ou auto de infração. § 2º Enquanto não implantada no SISCOMEX a função de que trata o caput deste artigo, a exigência para cumprimento de formalidades legais ou regulamentares, que não implique na constituição de crédito tributário, bem como a ciência do importador, serão formalizadas nas duas vias do extrato da declaração. Art. 46º Cientificado o importador da exigência, inicia-se a contagem do prazo a que se refere o § 1º do art. 461 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 05 de março de 1985, para caracterização do abandono da mercadoria.

RETIFICAÇÃO DA DECLARAÇÃO Art. 47º A retificação de informações prestadas na declaração, ou a inclusão de outras, no curso do despacho aduaneiro, ainda que por exigência da fiscalização aduaneira, será feita, pelo importador, no SISCOMEX. § 1º A retificação da declaração somente será efetivada após a sua aceitação, no SISCOMEX, pela fiscalização aduaneira, exceto no que se refere aos dados relativos à operação cambial. § 2º Quando da retificação resultar importação sujeita a licenciamento não automático, o despacho ficará interrompido até a sua obtenção, pelo importador. § 3° Em qualquer caso, a retificação da declaração não elide a aplicação das penalidades fiscais e sanções administrativas cabíveis. Art. 48º A retificação da declaração após o desembaraço aduaneiro será realizada pela fiscalização mediante solicitação do importador, formalizada em processo, ou de ofício. CANCELAMENTO DA DECLARAÇÃO Art. 49º À vista de requerimento fundamentado do importador, o chefe da Unidade da SRF do despacho poderá autorizar o cancelamento de declaração já registrada, nas seguintes hipóteses: I - quando comprovado que a mercadoria não ingressou no País;II - no caso de despacho antecipado, a mercadoria não ingressou no País ou tenha sido descarregada na jurisdição de Unidade da SRF diversa daquela declarada;III - quando não atendidos os controles específicos a cargo de outro órgão, que condicionem o desembaraço da mercadoria;IV - quando a importação não atender a requisitos legais específicos, que exijam a devolução da mercadoria ao exterior.V - foi acrescentado pelo art. 2º da IN SRF 05/97§ 1º Quando a entrada da mercadoria no território nacional ocorrer após o registro da declaração no SISCOMEX, exceto no caso de despacho antecipado, o cancelamento da declaração dar-se-á de ofício. § 2º Não se procederá ao cancelamento de declaração: I - após o desembaraço aduaneiro da mercadoria; eII - quando detectados indícios de infração aduaneira, enquanto não apurados.§ 3º O cancelamento da declaração, nos termos deste artigo, não exime o importador da responsabilidade por eventuais delitos ou infrações, constatados pela fiscalização, inclusive posteriormente a sua efetivação. § 4º O cancelamento da declaração será feito por meio de função própria do SISCOMEX. § 5º A competência de que trata este artigo é indelegável. (O artigo 49 foi alterado pela IN SRF 5/97)COMPROVANTE DE IMPORTAÇÃO Art. 50º Fica instituído o Comprovante de Importação, conforme modelo constante do Anexo II, a ser emitido em via única, para ser entregue ao importador. § 1º O Comprovante de Importação será emitido pelo SISCOMEX, após registro do desembaraço da mercadoria no Sistema. § 2º Para efeito de circulação da mercadoria no território nacional, o Comprovante de Importação não substitui a documentação fiscal exigida nos termos da legislação específica. UTILIZAÇÃO DO CONHECIMENTO DE CARGA NO DESPACHO ADUANEIRO Art. 51º (alterado pelo art. 3º da IN SRF 05/97) Na importação de petróleo bruto e seus derivados, a granel, poderá ser autorizado pelo chefe da Unidade local ou por servidor por ele designado, a pedido do interessado, o registro de mais de uma declaração para o mesmo conhecimento de carga.

Parágrafo único. A unidade local poderá, excepcionalmente, adotar o procedimento estabelecido neste artigo em outros casos, desde que previamente autorizado pelo Superintendente da Região Fiscal jurisdicionante. (O "caput" do artigo 51 foi alterado pela IN SRF 5/97)Art. 52º Nas importações, por via fluvial ou lacustre, de mercadoria destinada a um único importador e correspondente a uma só operação comercial em que, em razão do seu volume ou peso, o transporte seja realizado por várias embarcações, cada qual com o seu próprio conhecimento de transporte, em decorrência de legislação própria, poderá ser autorizado o registro de uma única declaração para todos os conhecimentos de carga. § 1° O procedimento estabelecido neste artigo poderá ser autorizado, ainda, nos casos em que, por razões comerciais ou técnicas, o transporte, por via aérea ou marítima, de mercadoria destinada a um único importador e objeto de uma só operação comercial, não possa ser realizado num único embarque. § 2° Constitui requisito para a aplicação do disposto no parágrafo anterior, que as mercadorias correspondentes aos diversos conhecimentos de carga formem, em associação, um corpo único e completo, com classificação fiscal própria, equivalente a da mercadoria indicada na declaração e nos documentos comerciais que a instruem. § 3º O disposto neste artigo somente se aplica a empresa com situação fiscal regular e a casos em que se possam assegurar os controles aduaneiros. Art. 53º Enquanto não estiver disponível função própria no SISCOMEX, a autorização para utilizar o procedimento de que trata o artigo anterior deverá ser requerida ao chefe da Unidade da SRF onde será realizado o despacho aduaneiro da mercadoria, previamente ao registro da declaração. Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, ao formular a declaração o importador deverá indicar, nos campos próprios, os números dos conhecimentos de carga utilizados no despacho e os valores totais do frete e do seguro a eles correspondentes. REVISÃO ADUANEIRA Art. 54º As declarações selecionadas para os canais verde e amarelo de conferência aduaneira terão prioridade na revisão, realizando-se, se necessário, auditorias no estabelecimento do importador. DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE IMPORTAÇÃO (Modelo aprovado pela IN SRF 26/97, de 25.03.97 - DOU de 31.03.97)Art. 55º Será processado com base em declaração simplificada, conforme modelo constante do Anexo III, sem registro no SISCOMEX, o despacho aduaneiro de: I - amostras sem valor comercial, assim considerados os fragmentos ou partes de qualquer mercadoria, em quantidade estritamente necessária para dar a conhecer sua natureza, espécie e qualidade;II - matérias-primas, insumos e produtos acabados, importados sem cobertura cambial, em quantidade estritamente necessária para dar a conhecer sua natureza, espécie e qualidade, cujo valor CIF não ultrapasse US$1,000.00 (mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda.III - importações, sem cobertura cambial, realizadas por missões diplomáticas, repartições consulares de caráter permanente e representações de órgãos internacionais de que o Brasil faça parte, ao amparo de REDA-E, emitido pelo Ministério das Relações Exteriores - MRE, excluídos os veículos em geral;IV - catálogos, folhetos, manuais e semelhantes, de natureza técnica, relativos ao funcionamento, manutenção, reparo ou utilização de máquinas, aparelhos, veículos e quaisquer outros artigos de origem estrangeira, sem valor comercial e sem cobertura cambial;

V - encomendas internacionais destinadas a pessoa física, cujo valor total não ultrapasse US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;VI - encomendas aéreas internacionais destinadas a pessoa jurídica, para uso próprio, de até US$500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América), quando submetidas ao Regime de Tributação Simplificada - RTS;VII - remessas postais internacionais destinadas a pessoa física, de valor total superior a US$500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) e até US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;VIII - jornais, revistas e outras publicações periódicas impressas, adquiridas por assinatura, sem destinação comercial;IX - bagagem desacompanhada; eX - doações a instituições de assistência social, excetuados máquinas, aparelhos, equipamentos e veículos automotores.(A IN SRF 11, de 29.03.97 - DOU de 31.03.97, acrescentou um parágrafo ao artigo 55)Art. 56º O despacho aduaneiro de admissão em depósito afiançado, de remessas expressas transportadas por empresas de courier, de remessas postais internacionais submetidas ao RTS e o de urnas funerárias contendo restos mortais serão processados conforme estabelecido em norma específica, sem registro no SISCOMEX. DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 57º O Coordenador-Geral do Sistema Aduaneiro baixará normas complementares necessárias à execução do disposto nesta Instrução Normativa. Art. 58º Ficam revogadas as Instruções Normativas n° 4, de 12 de setembro de 1969, nº 33, de 17 de setembro de 1974, nº 40 de 19 de novembro de 1974, n° 26, de 5 de abril de 1983 e n° 126, de 16 de outubro de 1986. Art. 59º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir do dia 1º de janeiro de 1997. EVERARDO MACIEL

Instrução Normativa SRF nº 084, de 30 de dezembro de 1996DOU de 31/12/1996

Estabelece procedimentos especiais para o despacho aduaneiro de importação nas situações que especifica.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso das suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 420 do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, e no parágrafo único do art. 8º do Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992, resolve:Art. 1º Nos casos em que não seja possível o acesso ao Sistema Integrado de Comércio Exterior-SISCOMEX, em virtude de problemas de ordem técnica, por mais de quatro horas consecutivas, o despacho aduaneiro de importação será realizado em conformidade com os procedimentos especiais estabelecidos nesta Instrução Normativa.Art. 2º Compete ao chefe da Unidade da SRF de despacho da mercadoria, no âmbito de sua jurisdição, reconhecer a impossibilidade de acesso ao SISCOMEX e autorizar a adoção dos procedimentos especiais de que trata esta Instrução Normativa.

Art. 3º O despacho aduaneiro de mercadoria cujo registro da respectiva declaração de importação já tenha sido efetivado no SISCOMEX terá prosseguimento mediante procedimento manual, conforme a fase em que se encontre, tendo por base o extrato da declaração registrada ou a cópia dessa declaração extraída do equipamento do importador, e por ele apresentados, em duas vias, à Unidade da SRF de despacho da mercadoria.§ 1º Nos casos em que a interrupção do acesso ao SISCOMEX tenha ocorrido após ter sido efetivada a recepção dos documentos que instruam a declaração, as providências para a continuidade do despacho aduaneiro serão adotadas de ofício.§ 2º A distribuição da declaração para o exame documental e verificação da mercadoria será feita por funcionário fiscal designado pelo chefe da Unidade da SRF de despacho.§ 3º Os funcionários responsáveis pela recepção dos documentos entregues pelo importador, bem como pela realização do exame documental e verificação da mercadoria, devem utilizar o verso da primeira via do extrato ou cópia da declaração para fazer as anotações relativas às divergências constatadas e às exigências a serem cumpridas pelo importador.Art. 4º Quando a impossibilidade de acesso ao SISCOMEX não estiver restrita à Unidade da SRF de despacho o importador poderá dar início ao despacho aduaneiro da mercadoria por meio da apresentação de declaração preliminar formulada mediante utilização do módulo Orientador e apresentada em duas vias, sendo a primeira via destinada à Unidade da SRF de despacho e a segunda via ao importador.§ 1º Para o registro da declaração preliminar o importador deverá apresentar:I - Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), comprovante do pagamento dos tributos devidos ou, no caso de mercadoria importada com suspensão de impostos, a correspondente garantia, nos termos da legislação específica;}II - cópia da Licença de Importação registrada no SISCOMEX, no caso de operação de importação sujeita a licenciamento não automático;}III - os demais documentos exigidos para o processamento do despacho aduaneiro da mercadoria.§ 2º Não será efetivado o registro de declaração preliminar relativa a mercadoria não comprovadamente chegada em recinto alfandegado jurisdicionado à Unidade da SRF de despacho.Art. 5º A declaração preliminar referida no artigo anterior, após o seu registro, subsiste para os efeitos previstos no art. 87 do Regulamento Aduaneiro aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985.Parágrafo único. O registro da declaração será efetivado com a atribuição de número e data.Art. 6º A mercadoria submetida a despacho na forma dos artigos 3º e 4o não será entregue ao importador:I - sem a apresentação da autorização emitida pelo órgão competente, quando estiver sujeita a controle específico;II - sem o pagamento do crédito tributário apurado na conferência aduaneira e não pago previamente ao registro da declaração, com os acréscimos e penalidades cabíveis.Art. 7º Até o dia seguinte ao do restabelecimento do acesso ao SISCOMEX, o importador deverá providenciar o registro da declaração de importação no sistema ou a regularização da declaração já registrada, conforme o caso.Parágrafo único. O importador que deixar de cumprir, por razões não justificadas, a obrigação prevista neste artigo, será obrigatoriamente selecionado para o canal vermelho de conferência aduaneira, bem como não poderá utilizar-se da faculdade prevista no art. 4º, pelo prazo de trinta dias.Art. 8º No prazo máximo de dois dias úteis após restabelecido o acesso ao SISCOMEX, deverão ser adotadas, relativamente aos despachos realizados nos termos desta Instrução Normativa, as

seguintes providências, ainda não efetivadas, por funcionário fiscal para esse fim designado pelo chefe da Unidade da SRF de despacho da mercadoria:I - verificação da correspondência entre os dados da declaração preliminar ou do extrato ou cópia da declaração apresentada pelo importador e aqueles da declaração registrada no SISCOMEX;II - recepção, no SISCOMEX, dos documentos apresentados pelo importador por ocasião do despacho aduaneiro da mercadoria;III - formulação das exigências que se fizerem necessárias, para ciência e cumprimento pelo importador;IV - desembaraço aduaneiro da mercadoria, no SISCOMEX, após o atendimento das exigências formuladas;V - emissão do Comprovante de Importação, para entrega ao importador.Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor no dia lº de janeiro de 1997.EVERARDO MACIEL

Instrução Normativa SRF nº 5, de 16 de janeiro de 1997 DOU de 20/01/1997, pág. 1081

Altera a Instrução Normativa nº 69, de 10 de dezembro de 1996, e dá outras providências.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso III do art. 140 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria Ministerial nº 606, de 3 de setembro de 1992, resolve:Art. 1º Nas importações de produtos a granel ou perecíveis originários dos demais países integrantes do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL, o Certificado de Origem poderá ser apresentado pelo importador à Unidade da SRF de despacho aduaneiro, até quinze dias após o registro da declaração de importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.Parágrafo único. Para se utilizar do procedimento estabelecido neste artigo o importador deverá juntar à documentação que instrui o despacho aduaneiro Termo de Responsabilidade em que se constituam as obrigações fiscais decorrentes da falta de entrega do Certificado de Origem no prazo estabelecido.Art. 2º O art. 49 da Instrução Normativa nº 69, de 10 de dezembro de 1996, fica acrescido do seguinte inciso V:"Art. 49...............................................................................................................V - quando a declaração de importação for registrada com erro relativamente ao número de inscrição do importador no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC) ou no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)."Art. 3º O caput do art. 51 da Instrução Normativa nº 69, de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 51. Na importação de petróleo bruto e seus derivados, a granel, poderá ser efetuado registro de mais de uma declaração para o mesmo conhecimento de carga."Art. 4º O Coordenador-Geral do Sistema Aduaneiro poderá autorizar, em casos justificados pelo chefe da Unidade local da SRF, outras formas de o depositário atestar a chegada da mercadoria no

País, além daquelas estabelecidas no parágrafo único do art. 16 da Instrução Normativa nº 69, yde 1996.Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.EVERARDO MACIEL

Instrução Normativa SRF nº 74, de 29 de setembro de 1997DOU de 23/10/1997, pág. 23929

Disciplina o despacho aduaneiro de importação de material de emprego militar.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe é conferida pelo art. 420 do Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1.995, e tendo em vista o disposto na Lei nº 4.731, de 14 de julho de 1965, resolve:Art. 1º O despacho aduaneiro de importação de material de emprego militar terá por base declaração formulada pelo órgão importador, no Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, observado o disposto nesta Instrução Normativa.Art. 2º A declaração de importação de material de emprego militar será formulada, exclusivamente, nas importações promovidas por organização militar indicada pela autoridade competente do respectivo Ministério, para esse fim designada por seu titular, e habilitada pela Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro.Art. 3º O importador habilitado nos termos do artigo anterior deverá informar, na declaração de importação, tratar-se de despacho aduaneiro de material de emprego militar, mediante a indicação do código de enquadramento legal correspondente, conforme tabela no SISCOMEX.Art. 4º Deverão ser formuladas declarações distintas para material de "uso sigiloso" e de "uso não sigiloso", assim classificados por autoridade competente da respectiva Força Armada, especialmente designada pelo seu titular.Parágrafo único. Tratando-se de material de uso sigiloso poderá ser utilizado, para identificação da mercadoria, o código do nível de subitem da respectiva posição tarifária (oito dígitos) correspondente a "outros", seguido da expressão "material de uso sigiloso", no campo destinado à descrição detalhada da mercadoria, dispensada a indicação da Nomenclatura de Valor e Estatística - NVE.Art. 5º O registro da declaração caracteriza o início do despacho aduaneiro e poderá ser efetivado antes da chegada da mercadoria importada na unidade de despacho da Secretaria da Receita Federal.Art. 6º A declaração de que trata este Ato será instruída exclusivamente com a via original do conhecimento de carga ou documento equivalente.Parágrafo único. A fatura comercial será mantida sob a guarda do importador, à disposição da fiscalização aduaneira, pelo prazo de cinco anos, contado da data do desembaraço.Art. 7º A declaração de importação referente a despacho aduaneiro de material de uso sigiloso, formulada nos termos desta Instrução Normativa, será direcionada para o canal verde de conferência aduaneira.Art. 8º As mercadorias não classificadas como material de emprego militar, importada pela organização militar, serão submetidas a despacho aduaneiro segundo os procedimentos estabelecidos na Instrução Normativa nº 69, de 10 de dezembro de 1996.

Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de novembro de 1997.EVERARDO MACIEL

Instrução Normativa SRF Nº 98, de 29 de Dezembro de 1997.DOU de 31/12/1997, pág. 31850

Dispõe sobre o pagamento de tributos devidos no registro de Declaração de Importação mediante débito automático em conta corrente.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto na Portaria MF nº 371, de 29 de julho de 1985, resolve:Art. 1º O pagamento dos tributos federais devidos na importação de mercadorias, no ato de registro da respectiva Declaração de Importação (DI), será efetuado, a partir de 1º de fevereiro de 1998, exclusivamente por débito automático em conta-corrente bancária em agência habilitada de banco integrante da rede arrecadadora de receitas federais, por meio de DARF Eletrônico.§ 1º O débito será efetuado pelo banco, na conta indicada pelo declarante por meio do Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.§ 2º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, o declarante deverá informar, no ato da solicitação do registro da DI:a) o código do banco;b) o código da agência; ec) o número da conta-corrente.Art. 2º O SISCOMEX enviará ao banco as informações a que se refere o § 2º do artigo anterior e os demais dados necessários à efetivação do débito.Art. 3º O banco, de posse dos dados referidos no artigo anterior, adotará os procedimentos necessários à efetivação do débito na conta-corrente indicada e retornará ao SISCOMEX o diagnóstico da transação.Art. 4º Confirmada pelo banco a aceitação do débito relativo aos tributos devidos, o SISCOMEX registrará a respectiva DI.§ 1º Relativamente aos tributos pagos na forma desta Instrução Normativa, não será admitido:a) o cancelamento de débito cuja aceitação houver sido confirmada no diagnóstico enviado pelo banco ao SISCOMEX;.b) a sua quitação parcial; ec) a sua compensação com créditos de quaisquer tributos ou contribuições.§ 2º Para fins de instrução da DI, fica dispensada a apresentação de DARF relativos aos pagamentos efetuados na forma desta Instrução Normativa.Art. 5º Para efeito do disposto nesta Instrução Normativa, o banco integrante da rede arrecadadora interessado deverá formalizar termo aditivo ao contrato de prestação de serviços de arrecadação de receitas federais com a Secretaria da Receita Federal (SRF).Parágrafo único. A formalização do termo aditivo deve ser precedida de apresentação à SRF, de carta de adesão.

Art. 6ºAs Coordenações-Gerais do Sistema de Arrecadação e Cobrança - COSAR e de Sistemas de Informação - COTEC expedirão normas necessárias à implementação do disposto nesta Instrução Normativa.Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de fevereiro de 1998.EVERARDO MACIEL