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8ª aula lesões esportivas

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Page 1: 8ª aula   lesões esportivas

Prof. MSc. Nozelmar Borges de S. Júnior

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LESOES

DESPORTIVASDESPORTIVAS

Prof. M.Sc. Nozelmar Borges de Sousa Júnior

Educacao Fisica

MECANISMOS DAS LESÕES DESPORTIVAS

O atleta pode sofre lesão apenas por sete mecanismos básicos:

Contato: a origem deste tipo de lesão é o contato traumático;

Sobrecarga Dinâmica: descreve aquela lesão resultante de umad f ã d t ã úbit i t l á l

(Safran et al, 2002)

deformação causada por tensão súbita e intolerável;

Excesso de uso ou sobrecarga: resultado de um somatório detensões ou pressões repetidas e não resolvidas em determinadotecido. Cerca de 30% a 50% de todas as lesões esportivas;

Vulnerabilidade estrutural: pode contribuir para fadiga eeventual insuficiência/falha do tecido, secundária à sobrecarga focal,tensão ou estresse excessivo.

MECANISMOS DAS LESÕES DESPORTIVAS

Falta de flexibilidade: pode levar a desvios no contato articular,iniciando, portanto um ciclo de degeneração articular. Um músculoencurtado, em pré-carga, fica mais vulnerável à tensão;

Desequilíbrio muscular: é um mecanismo inter-relacionado com o dafalta de flexibilidade, e resulta principalmente de um condicionamento eutilização musculares impróprios. Padrões abusivos repetidos de excesso de

(Safran et al, 2002)

utilização musculares impróprios. Padrões abusivos repetidos de excesso deuso do músculo durante uma atividade esportiva promovem desequilíbriosmusculares secundários à fadiga muscular, microlacerações, formação decicatrizes, e má adaptação funcional. Um músculo fatigado fica maisvulnerável à tensão;

Crescimento rápido: é um mecanismo observado na criança ouadolescente em crescimento que pratica esportes. Enfatiza o desequilíbrio eflexibilidade muscular coincidente com as mudanças nas proporções doesqueleto durante a maturação;

LESÕES INDUZIDASPELO EXERCÍCIO

Diferentes Modalidades;Alto Nível de Competitividade;Podem ser estudadas epidemiologicamente quanto:

ao local mais lesionado;sexo e idade dos pacientes;

(COHEN e ABDALLA, 2003).

sexo e idade dos pacientes;tipo de esporte mais freqüente;nível de participação esportiva.

Estudo com 280 pacientes com traumas esportivos.45% - lesão no joelho;9,8% - lesão no tornozelo;7,7% - lesão no ombro;Destas, 53,9% das lesões envolviam somente partes moles.

OVER-TRAININGVariáveis Fisiológicas:

Diminuição do rendimento com o treinamento continuo;Diminuição da eficiência do esforço ou do nível de trabalho no limiaranaeróbio;Fadiga persistente;

(Garrett e Kirkendall, 2000)

Alterações cardiovasculares, com aumento da freqüência cardíaca noperíodo da manhã ou da pressão sangüínea no repouso;Alterações hormonais, tais como diminuição da produção decatecolaminas ou alterações do nível de testosterona e cortisonalivres;Enfermidades freqüentes, infecção do trato respiratório;Cansaço muscular freqüente;Perda de peso.

OVER-TRAININGVariáveis Comportamentais:

Alterações de humor;Apatia e falta de motivação;

(Garrett e Kirkendall, 2000)

Perda de apetite;Distúrbios do sono;Alto nível de estresse;Irritabilidade ou depressão.

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OVER-TRAININGParâmetros Associados ao Treinamento são:

Diminuição do rendimento;Persistência de altos níveis de fadiga;Diminuição da freqüência máxima cardíaca;

(Armstrong, 1990)

Diminuição da freqüência máxima cardíaca;Alterações do limiar de lactato sangüíneo e daconcentração de lactato em um dado nível de trabalhoou alterações do nível máximo de lactato sangüíneo;Alterações neuroendócrinas, tais como níveisplasmáticos elevados de norepinefrina no repouso ediminuição de excreção de norepinefrina;Aumento do nível de estresse e distúrbios do sono.

OVER-TRAININGPoderá ser causado por:

Aumento muito rápido da quantidade de intensidade de treinamento;Treinamento técnico exageradamente avançado, de

(Dantas, 1994)

gmovimentos difíceis;Unilateralidade muito acentuada dos métodos e conteúdos de treinamento;Muitos campeonatos com intervalos de preparação insuficiente;Sobrecargas emocionais de caráter profissional ou privado;Falta de sono ou sono de má qualidade;Alimentação errônea.

OVER-TRAININGSupertreinamento Simpaticotônico (Basedow)

Caracteriza-se pela preponderância dos processos de excitação e pela maior função dos estímulos simpaticotônicos.Seu primeiro sintoma é que a recuperação após a aplicação de carga é insuficiente e retardada.A recuperação ocorre em média em uma ou duas semanas

(Weineck, 2000)

A recuperação ocorre em média em uma ou duas semanas.

Supertreinamento Parassimpaticotônico (Addison)

Caracteriza-se pela preponderância das funções inibitórias, fraqueza corporal e a falta de impulso.O atleta não tem condições de mobilizar energias para a competição. Este é o principal sintoma deste tipo de supertreinamento;Sua recuperação dura de 6 semanas a meses.

OVER-TRAINING

Uma vez diagnosticado o treinamento excessivo, oatleta deve:ser regularmente monitorado, física epsicologicamente quanto às respostas relacionadas

(Garrett e Kirkendall, 2000)

psicologicamente quanto às respostas relacionadasà recuperação;

É necessário um diagnóstico clínico paradocumentar e tratar alguma enfermidade, infecçãoou outros transtornos médicos secundários ou quepodem contribuir com os sintomas

OVER- USE

São microtraumas ou microlesões crônicas erepetitivas que:

(MELLION, 1997)

Ocorrem em tecidos moles por uso excessivo de umdeterminado segmento;provocam rupturas locais com lises, infiltraçõeslinfocíticas e derrames sangüíneos;Estas alterações, então, produzem dor e disfunção,mas não a clássica inflamação dos tecidos.

OVER- USE

Grau I: dor somente após a atividade;

Grau II: dor com a atividade, que não restringe,mas pode afetar performance;

(MELLION, 1997)

mas pode afetar performance;

Grau III: dor com a atividade, que restringe e afetade moderada a severamente a performance;

Grau IV: dor com atividade e em repouso.

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PRINCIPAIS LESÕES DESPORTIVAS

Entorse de TornozeloLesões MuscularesTendiniteLesões Menisco Ligamentares do Joelho

PRINCIPAIS LESÕES DESPORTIVASEntorse de Tornozelo (HAMILL e KNUTZEN, 1999)

O pé e o tornozelo consistem de:26 ossos irregularmente moldados;30 articulações sinoviais;mais de 100 ligamentos;

(CANAVAN, 2001)

30 músculos agindo no segmento.

25% das lesões esportivas.45% das lesões no basquete;25% no voleibol;31% no futebol.

Entorses sofridas no tornozelo predispõem o atleta a novas entorses e a sintomasresiduais em até 40% das vezes.

PRINCIPAIS LESÕES DESPORTIVAS

Lesões Musculares (SAFRAN, 2002)

Contusões;Distensões musculares;Síndrome de dor muscular e ocorrência retardada (SDMOR);Contratura;Distensão ou estiramentos de 1º grau ou de leve intensidade;

(SILVA, 2002)

Distensão ou estiramentos de 2º grau ou de moderada intensidade;Distensão ou estiramentos de 3º grau ou de grave intensidade.

10% a 30% das lesões esportivas.26,4% Corridas;14,7% Saltos;5,5% Chutes;4,4% Traumas Diretos.

Os membros inferiores foram o segmento mais acometido, com 83,5%, sendo que a coxa foi responsável por 61,5% das lesões.

PRINCIPAIS LESÕES DESPORTIVAS

Tendinite (LEWIN, 1989)

Devem-se principalmente ao uso excessivo destasestruturas, e também por contato traumático.

>% Traumas Diretos;Tradicionalmente chama se de tendinite as condições

(SILVA, 2002)

Tradicionalmente, chama-se de tendinite as condiçõesdolorosas não específicas, envolvendo o tendão, suasbainhas de tecido conjuntivo ou sua inserção óssea.As estruturas musculotendinosas são vulneráveis a falhas devidas a uma súbita sobrecarga, como nas contrações musculares forçadas, em particular quando já enfraquecidas por uma patologia concorrente (distúrbios do tecido conjuntivo) ou medicamento (esteróides).

PRINCIPAIS LESÕES DESPORTIVAS

Lesões Menisco Ligamentares do Joelho (BOSCHIN, et al2002)

O joelho é particularmente suscetível á lesão traumáticaporque está localizado nas extremidades de dois longosbraços de alavancas, a tíbia e o fêmur.É

(Carazzato et al, 1992)

É certamente a articulação em geral mais exposta doesportista.

23,44% das lesões ocorridas entre 7 a cada 10modalidades ocorre no joelho;

38,16% são lesões Menisco LigamentaresO LCA representa 50% de todas as rupturas completas deligamentos do joelho.

PRINCIPAIS LESÕES DESPORTIVAS

Lesões Menisco Ligamentares do Joelho

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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICOALVES, L. A.; BIESEK, S.; GUERRA I.. Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte. São Paulo. Manole, 2005.ARMSTRONG, R.B. Initial events in exercise, muscle damage and fatigue. Med Sci Sports Exer .1990.BOSCHIN, L. C., COHEN M.. Artrotomia “versus” artroscopia: avaliação pósoperatória da reconstrução do LCA. Revista Brasileira de Ortopedia. Jan/Fev. 2002. v. 37, n. ½.CANAVAN P. Reabilitação em medicina esportiva. 1. ed. São Paulo: Manole,2001.CARAZZATO, J. G.; CAMPOS, L. A. N. ;CARAZZATO, S. G. Incidência de lesões traumáticas em atletas competitivos de dez tiposde modalidades esportivas. Revista Brasileira de Ortopedia. Out. 1992. v. 27, n. 10.COHEN, M.; ABDALA, R.J. Lesões no esporte: diagnóstico, prevenção e tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2003.GARRETT, W.E.; KIRKENDALL, D.T.. A Ciência do exercício e dos esportes. São Paulo: Artmed, 2003.LEWIN, G. The incidence of injury an english professional soccer club during once competitive season. Physiotherapy. Oct.1989, v. 75, n. 10, p. 601-605.MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I. e KATCH, V. I. Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempenho Humano. Rio deJaneiro. Guanabara Koogan, 1998.MELLION, M. B. Segredos em medicina esportiva. 1. ed. Porto Alegre: Artes Médicas,1997.SAFRAN, M. R., MCKEAG, D. B.; CAMP, S. P. Van. Manual de medicina esportiva. Barueri: Manole, 2002.SALZANO Jr, I.; Drugs In Sports and Doping Control. São Paulo. Probiótica Divisão Editorial, 1991.SANTOS, M. Lesões Músculo Esqueléticas no Futebol. In: IV Congresso Sul-Brasileiro de Medicina do Esporte. Blumenau, 2002.SILVA, R. T. Lesões musculares no esporte. 2002. Disponível em: http://www.medsports.com.br/aulas3.htm Acesso em: 01/10/2007.WEINECK, J. Futebol Total o Treinamento Físico no Futebol, São Paulo: Phorte, 2000.WILMORE, J. H.; COSTILL, D. L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. São Paulo. Manole, 2001.