8a e 9a Aula - Viveiros Florestais

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3.1 VIVEIRO FLORESTAL

rea destinada produo, manejo e proteo das mudas para o plantio. classificados: temporrios, permanentes, de recipientes, de raiz nua de espera.

VIVEIRO FLORESTAL

Viveiro permanente Finalidade produzir mudas durante muitos anos Requer planejamento mais cuidadoso Custo mais elevado Instalado prximo aos centros consumidores de mudas Maiores dimenses que os viveiros temporrios rea dividida em benfeitorias (galpes, casas, caixas dgua, etc...), rea de produo de mudas e rea de crescimento.

Viveiros temporrios ou provisrios Destina-se a produo de mudas por perodo curto. Instalaes simples, mais rsticos Menor custo de construo Tamanho reduzido Instalados dentro ou prximo da rea de plantio

Viveiros de recipiente Produzem mudas em embalagens com sistema radicular protegido pelo substrato. Pode ser temporrio ou permanente

Recipientes Biodegradveis (palha, papel, laminados de madeira ou embalagens hidrossolveis). Devem ser retirados no momento do plantio para liberar as razes e facilitar o estabelecimento. Algumas vezes somente o fundo retirado No biodegradveis (sacos plsticos, tubetes, bandejas com clulas...). As mudas devem ser completamente liberadas destes antes do plantio

Em comparao s mudas de raiz nua, as mudas embaladas: Apresentam maiores custos (com embalagens, com enchimento das embalagens e necessidade de maior rea para a produo de mudas) Apresentam melhor estabelecimento no plantio O plantio mais fcil e apresenta maior sucesso, principalmente, em dias mais quentes e secos PS. Um viveiro florestal pode produzir mudas de razes embaladas e nuas, uma vez que a escolha da tcnica depende da rusticidade e da facilidade de propagao da espcies

Viveiros de raiz nua Produzem mudas sem substrato e/ ou recipientes para proteo das razes. Pode ser temporrio ou permanente Semeadura -> diretamente no solo dos canteiros Mudas so retiradas apenas na ocasio do plantio Cuidado devem ser tomados para, no momento do plantio:no danificar as razes evitar insolao direta e ressecamento do sistema radicular Vantagem da muda ser mais barata para produzir e transportar

Viveiro de espera Pode ser temporrio ou permanente Visa conduzir as mudas ao tamanho maior Utilizado principalmente na arborizao urbana, praas, jardins etc...

Viveiro de espera

Geralmente est disposto em local anexo ou afastado do viveiro, onde no necessrio o trfego intenso de mquinas, pessoas e equipamentos. As mudas so produzidas de forma convencional, posteriormente, so colocadas em embalagens maiores e/ou covas no solo at que atinjam o tamanho ideal para o plantio

Fonte: Paiva & Gonalves, 2001

FATORES IMPORTANTES PARA INSTALAO DE VIVEIROS

Localizao: O viveiro deve estar prximo de fonte dgua, disponibilidade de mo-de-obra e de material necessrios para a sua instalao e manuteno.

gua: em quantidade e qualidade suficiente durante todo o ano fundamental para seu funcionamento.

Facilidade de acesso: facilitar a entrada de insumos, mo de obra para o seu manejo

FATORES IMPORTANTES PARA INSTALAO DE VIVEIROS

Proximidade da rea de plantio ou de comercializao: Reduz o custo de transporte, danos e perda de umidade s mudas

Evitar locais sujeitos a ventos fortes: Os ventos causam danos s mudas provocam maior estresse hdrico

Local bem arejado e ensolarado: protegem contra doenas e diminuem as chances de formao de mudas estioladas (enfraquecidas, descoloradas, amolecidas)

Possibilitam a formao de mudas com um bom grau de aclimatao para enfrentar as condies adversas dos locais de plantio definitivo

Deve-se preferir locais com mxima insolao, a necessidade de sombreamento conduzida, artificialmente

Solo deve ser: leve, de textura arenosa a areno-argilosa, de boa drenagem aps as chuvas fortes pouco pegajosos quando midos e menos duros, quando secos lenol fretico deve estar a uma profundidade que proporcione boa drenagem durante o ano todo Devem ser evitados locais que haja necessidade de se fazer drenagem

Topografia: Apresentar-se levemente inclinada (2 a 3%)

Terreno com declividade maior de 3% deve ser nivelado em patamares, para atingir a declividade recomendada.

Neste caso, proteger o talude com plantio de gramneas de porte rasteiro

Fonte: Wendling et al., 2001.

PARA PROTEO

Limpeza e proteo da rea: A rea do viveiro e seu entorno (50 m) deve ser isenta de plantas indesejveis, de difcil controle e das rvores que proporcionem sombreamento.

PARA PROTEO Construir canaleta no entorno do viveiro para servir de obstculo s guas da chuva, sendo esta operao imprescindvel na parte superior do viveiro. Construir, uma cerca com fios de arame farpado, ou, preferencialmente, de tela, para evitar a entrada de animais.

DIVISO DO ESPAO FSICO: rea do viveiro florestal depende: do nmero de mudas tipo de embalagem tipo de reproduo ou plantas a serem produzidas do tempo necessrio para a produo de mudas das perdas por seleo do tamanho dos canteiros da largura das ruas internas das instalaes que forem consideradas necessrias, conforme o tipo de viveiro.

Diviso da rea do viveiro: rea produtiva: sementeiras, canteiros, rea de estaquia e rea destinada repicagem, rea de aclimatao e de rustificao

rea no produtiva: estradas, ruas, galpes, construes em geral, rea livre para o preparo de substrato e enchimento de embalagens

- Viveiro bem planejado -> 60 % de rea produtiva - Quando mecanizados a rea produtiva -> 60 a 70%.

CONSTRUO DO VIVEIRO Sementeiras e Canteiros: No solo ou suspenso Largura 0,90 m a 1,20, distantes 0,60 m Comprimento depende da diviso (nmero mltiplo de 6) Dispostos na direo leste-oeste para que recebam mais insolao Dispostos no sentido paralelo inclinao do terreno

SEMENTEIRAS

So canteiros de alta densidade de plntulas por m Utilizadas para espcies que levam muito tempo para germinar ou possuem as sementes muito pequenas. Possibilitam a repicagem, Garantem o suprimento no caso de perdas e propiciam maior uniformidade no canteiro.

CANTEIROS DE SOLO Muito utilizados, proporcionam custo reduzido Cuidados com o ENCANTEIRAMENTO DAS EMBALAGENS: Evita que as embalagens tombem e protege contra o ressecamento do substrato

Espaos vazios devem ser mnimos.

Encanteiramento em diagonal melhor do que o longitudinal

Fonte: Ribeiro et al., 2001

O ALINHAMENTO DAS EMBALAGENS: Realizar com auxlio de piquetes e arames ou gabarito Manter igual largura em toda a extenso do canteiro

Fonte: Ribeiro et al., 2001

CANTEIRO SUSPENSO: Utilizados quando a produo de mudas feita em tubetes. Base: Bandejas, caixas de isopor ou telas Dispostas a 0,8 m a 1 m da superfcie do solo Sementeiras ou canteiros quando suspensos facilitam os trabalhos

Ribeiro et al., 2001 (Exemplo de canteiro suspenso para bandejas)

Ribeiro et al., 2001 (Exemplo de canteiro com base de tela)

ESTRADAS E CAMINHOS:

Estradas limitadas a um mnimo necessrio Caminho entre os canteiros: largura de 0,50 a 0,60 m Ruas secundrias entre conjunto de canteiros: 2 m de largura Ruas principais separam conjunto de canteiros e ruas secundrias, alm do entorno do viveiro: 6 m

QUEBRA VENTOS: Em locais de ventos fortes No entorno do viveiro Protege mudas do estresse hdrico e regula a temperatura Devem estar localizadas distante dos canteiros A altura das rvores deve ser homognea (sem falhas ao longo da barreira).

CorretoFonte: Wendling et al., 2001

Errado - Muito fechado

Ao protetora dos quebra-ventos : 6 vezes > do que a altura das rvores do lado do vento 20 vezes a altura das rvores para o lado abrigado (Figura)

Fonte: Wendling et al., 2001

CERCA DE PROTEO:- Ideal que a rea do viveiro seja cercada com tela - Muros so desaconselhvel: impede a ventilao

DRENAGEM DO SOLO: Sempre recomendada a implantao de sistemas de drenagem, considerando que a irrigao contnua provoca o entupimento dos poros do solo e excesso de umidade superficial. Valas cegas: largura de 40 a 60 cm no fundo das valas so colocadas pedras maiores preenche com terra ou brita inclinao facilita o deslocamento rpido da gua

DRENOS: So utilizados tubos, cermicas, canos de PVC ou bambu. Canal pode ser triangular e quadrangular ou circular

Fonte: Wendling et al., 2001

Distncia entre valas depende do tipo de solo: terreno argiloso 10 a 12 m, terrenos areno-argiloso 12 a 80 m, terreno arenoso 60 a 100 m terreno turfosos 25 a 60 m.

Disposio mais utilizadas do sistema de drenagem - Espinha de peixe - Drenagem em paralelo

Sistema de suprir irrigao diria

Planejamento deve ocorrer antes de instalar as bancadas e demais construes do viveiro

Sistema depender do tamanho da rea a ser irrigada e do local onde as mudas esto acondicionadas (estufa, casa de sombra ou rea de pleno sol).

Sistema de irrigao sugerido:

Na casa de vegetao ou estufa -> por nebulizao

Mini jardim clonal -> por gotejamento

rea de aclimatao e rustificao -> por asperso

CONSTRUES Tipo e o tamanho depende: da quantidade de mudas condies climticas da regio recursos disponveis pelo produtor

As principais construes so: Casa do viverista: Necessidade de morador na rea Galpo: Abrigo para os trabalhadores nos dias de chuva para trabalhos de repicagem, preparao de substratos

Galpo: Deve ter rea fechada e separada para depsito para defensivos, adubos, ferramentas, substratos, recipientes... Poder ter escritrio em anexo (controle de estoque, de vendas, de trabalhadores, compras de materiais e insumos, a distribuio de tarefas e a administrao em geral) Poder ter um laboratrio de sementes em anexo Deve ter uma rea aberta

Wendling et al., 2001 (Ex. de galpo)

TANQUE OU CAIXA DE GUA PARA IRRIGAO: Tamanho calculado em funo da necessidade mxima de gua para as plantas Construdo de concreto ou adquiridos prontos (caixas de cimento amianto, caixas de fibra...). TANQUE OU CAIXA DE GUA PARA ADUBAO: Estrutura importante: Local para diluio de adubo em gua para fertirrigao

ESTUFA OU CASA DE VEGETAO: Coberta com materiais transparentes: confere s plantas proteo contra geadas, ventos, chuvas e granizo Aumentar o percentual de enraizamento em mudas por estaquia Propicia condies adequadas (calor e umidade) Controle dos fatores ambientais pode ser automtico uso de timer (c/ relgio programado) ou o controle feito manualmente, atravs da abertura e fechamento de cortinas laterais.

ESTUFA OU CASA DE VEGETAO: recomendado um termmetro que registre temperatura mxima e mnima no centro da estufa. Temperatura mxima no interior da casa de vegetao no deve exceder a 30o C e a mnima no pode baixar de 15o C. Em locais muito quentes que as estufas grandes tenham no mnimo 3 m de p direito (altura do cho at o telhado, no centro da estufa).

Principais modelos: Capela e Teto em Arco.

Estufa modelo capela funciona bem em regies com muita chuva, porm tem pouca resistncia aos ventos.

Estufa modelo teto em arco apresenta grande resistncia aos ventos. O teto abaulado possibilita um excelente aproveitamento da luz solar. Pode ser adquirida na forma kit pr-fabricado Desvantagem: acmulo excessivo de calor em locais quentes

Principais modelos: Capela e Teto em Arco.

Tipo capela

Tipo arco

Casa de Sombra ou de Aclimatao: Estrutura coberta por sombrite Utilizada para colocar mudas produzidas por mini estacas ou mais sensveis, aps sada da casa de vegetao Substitui a estufa para o enraizamento de plantas de mais fcil propagao Utilizada para seleo de mudas que saem da casa de vegetao

rea de Rustificao: um ambiente dentro do viveiro, sem qualquer proteo de plstico ou sombrite ou outro material de cobertura Finalidade de proporcionar condies de alta insolao, de ventos e de menor umidade para adaptao da planta ao ambiente de plantio

PS. Em sistemas de propagao vegetativa por micro estacas de Eucalyptus spp., empresas tem utilizada cobertura de plstico nesta rea, o que reduz a proliferao de doenas nesta fase final da produo

Dever ser recolhida uma ART anual; Pessoa jurdica (porte pequeno) poder fazer registro coletivo, atravs de associao; Profissional poder ser responsvel por mais de 1 viveiro, de acordo com a carga horria; Toda pessoa fsica dever ter um profissional; Tambm podem ter associaes; Fiscalizao: atravs do Livro registro Ano, denominao do viveiro, razo social, CNPJ, registro no CREA, endereo, coordenadas geogrficas, nome responsvel tcnico, RENASEM, Planejamento anual, visitas tcnicas, n da ART Placa do profissional no local