9º Amadora Jazz7-9 março 2019

Com a sua nona edição, o Amadora Jazz cumpre mais uma etapa da sua consolidação, fruto de umtrabalho que tem afirmado a relevância da iniciativa, tanto ao nível da qualidade das propostasartísticas apresentadas, quanto ao nível do desenvolvimento de audiências para este género musical.A exemplo de 2018, a programação distribui-se pelos Recreios da Amadora - casa onde nasceu oCiclo - e o Cineteatro D. João V, tendo como principal novidade a inclusão de artistas internacionaisno seu cartaz.

Até hoje, o Amadora Jazz contou sempre com figuras cimeiras do Jazz nacional, como Carlos Bica,João Paulo Esteves da Silva, Mário Laginha, Maria João ou Rodrigo Amado, tendosimultaneamente assinalado a emergência de novos valores como Elisa Rodrigues, Luís Figueiredo,Ricardo Toscano, João Barradas, Luís Vicente ou o septeto Slow is Possible, que se apresentaramno festival em alturas em que eram ainda pouco conhecidos, mesmo para os que são mais atentespara a realidade viva deste género musical no nosso país.

Para a edição de 2019, a decorrer entre 7 e 9 de março, as propostas de programação mantêm oensejo de mostrar a riqueza e diversidade do Jazz através de projetos nos quais figuram músicosincontornáveis da cena jazzística atual.

A abertura acontece a 7 de março e os protagonistas são os TGB, trio formado pelo tubista SérgioCarolino, o guitarrista Mário Delgado e o baterista Alexandre Frazão. Chegam ao palco dosRecreios da Amadora para aquela que será uma das primeiras apresentação públicas do novíssimotrabalho discográfico, lançado em janeiro do corrente ano. Intitulado “III”, e editado pela CleanFeed, o disco revela três músicos em topo de forma e uma sonoridade de grupo que os própriosdizem ser “sem fronteiras” estilísticas, recolhendo influências em muitos universos musicais, comespecial ênfase para o rock.No dia seguinte (8 de março), o palco dos Recreios da Amadora acolhe a LUME (LisbonUnderground Music Ensemble), liderada pelo compositor e pianista Marco Barroso e que, ao longodos últimos anos tem consolidado o seu estatuto como um das mais inovadoras ensembles alargadosda Europa, fama que lhe tem garantido várias presenças em festivais internacionais e o interesse ereconhecimento por parte da crítica especializada um pouco por todo o mundo. Lado a lado,encontramos na LUME músicos veteranos como José Menezes e jovens valores como RicardoToscano.O derradeiro dia do festival é marcado pela passagem pelo Cineteatro D. João V, com um concertode GeraJazz, um projeto que se tem apresentado repetidamente no Amadora Jazz e que assinala aimportância que o Município da Amadora tem devotado à Orquestra Geração e, muitoparticularmente a este agrupamento jazzístico, de dimensão variável, que começou a sua atividadeem 2010, dirigido pelo maestro Eduardo Lála. No regresso aos Recreios da Amadora e em concertoque encerra o festival, teremos o Marc Copland Trio, grupo em que o pianista se faz acompanharde duas figuras maiores do jazz contemporâneo, o contrabaixista Drew Gress e o baterista JoeyBaron.

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, 7 março, 21h30Recreios da AmadoraTGB

SÉRGIO CAROLINO Tuba MÁRIO DELGADO Guitarra ALEXANDRE FRAZÃO bateria

Três grandes do Jazz português, Sérgio Carolino, Mário Delgado e Alexandre Frazão unem-se sob onome TGB: Tuba, Guitarra e Bateria.Este concerto de abertura do Amadora Jazz acontece numa altura em que o trio apresenta o seunovíssimo disco, intitulado “III” (Clean Feed, 2019).

O carácter invulgar da instrumentação e a forma como abordam a música - fazendo do jazz oveículo para circular por diferentes universos sonoros - tornam este trio absolutamente singular.Nos TGB, cada um dos músicos contribuiu também com as suas composições e é igualmente poresta razão que o trio se liberta das habituais hierarquias que determinam que certos instrumentosservem somente para “acompanhar”. Aqui, o virtuosismo de cada um fica evidente e nunca é usadode forma exibicionista, mas sim para servir a música.

M/6 | 7,00€

Sexta-feira, 8 março, 21h30Recreios da AmadoraLUME Big Band

MARCO BARROSO Composição, direcção, pianoMANUEL LUÍS COCHOFEL FlautaPAULO GASPAR Clarinete SopranoJOÃO PEDRO SILVA Saxofone SopranoRICARDO TOSCANO Saxofone AltoJOSÉ MENEZES Saxofone TenorELMANO COELHO Saxofone BarítonoRUI CHAINHO, GONÇALO MARQUES, PEDRO MONTEIRO TrompetesRUBEN SANTOS, EDUARDO LÁLA, PEDRO CANHOTO TrombonesMIGUEL AMADO Baixo EléctricoVICKY MARQUES Bateria

O Lisbon Underground Music Ensemble (L.U.M.E.) é um projeto criado e dirigido por MarcoBarroso. O ensemble de 15 instrumentistas é composto por alguns dos mais experientes músicos dejazz e música erudita em Portugal e inspira-se na tradição da big band, mas atualiza esse discurso deforma inteligente e irónica. A música de L.U.M.E. combina a composição escrita com improvisaçãoe viaja entre universos aparentemente tão distintos como o funk e a música textural, o boogiewoogie e ambientes impressionistas… com requintes Zappianos!

Nascido em 2006, o L.U.M.E. lançou, em Outubro de 2010, o seu primeiro disco, pela editoraJACC Records. Desde então tem vindo a apresentar-se em inúmeros festivais e concertos, de norte asul do país. Em 2016, o LUME realizou a sua primeira digressão europeia, apresentando-se naBélgica, Holanda e culminando num dos mais antigos e prestigiados festivais de Jazz da Europa, oMoers Festival, na Alemanha.. Em Julho deste mesmo ano, o segundo trabalho discográfico doensemble, “Xabregas 10”, foi editado pela Clean Feed e distribuído mundialmente pela mesmalabel, gerando crítica prolífica e elogiosa por todo o mundo.

M/6 | 7,00€

Sábado, 9 março, 17h00Cineteatro D. João VGeraJazz

Nascido a partir de uma parceria entre a Orquestra Geração | Sistema Portugal e a Escola de Jazz doHot Clube, o GeraJazz permitiu a experiência de novas sonoridades que contagiam alunos,professores e públicos novos. Este agrupamento, de dimensão variável, começou a sua actividadeem 2010 e tem vindo a desenvolver um intenso trabalho de formação dos seus intérpretes, com vistaà constituição de uma Jazz Band. Passando pela tradição popular afro-americana e do jazz modalde Herbie Hancock, bem como pelo swing do funk soul de Jaco Pastorius e Nina Simone, e pelabateria enraizada na tradição de Art Blakey, entre outras influências, o GeraJazz já trabalha em seurepertório importantes temas do cenário do Jazz mundial, incluindo arranjos inéditos encomendadospara este ensemble. Desde o início do seu percurso pedagógico e musical, o GeraJazz tem adirecção artística do maestro e professor Eduardo Lála. O Gerajazz conta com o apoio exclusivo doBNP Paribas.

M/6 | Entrada Gratuita, mediante levantamento de ingresso

Sábado, 9 março, 21h30Recreios da AmadoraMarc Copland Trio, com Drew Gress e Joey Baron

MARC COPLAND piano DREW GRESS contrabaixoJOEY BARON bateria

Mestre de inovações harmónicas e da polifonia rítmica, o poeta do piano Marc Copland tem desenvolvidouma ligação profunda com o contrabaixista Drew Gress e com o baterista Joey Baron. Contribui para essaligação o facto de terem trabalhado no contexto do quarteto do guitarrista John Abercrombie, por um lado,do facto de Copland e Baron fazerem parte do trio liderado pelo contrabaixista Gary Peacock e da longacumplicidade artística entre Copland e Gress, forjada no início da década de 80.

A carreira de Marc Copland estende-se por cinco décadas (o pianista completou recentemente 70 anos deidade), primeiro enquanto saxofonista, depois no piano, instrumento que o tem celebrizado nos últimos 30anos. Com efeito, desde o regresso a Nova Iorque em meados da década de 80 (depois de dez anos deausência, período no qual se dedicou ao estudo do piano), Marc Copland tem sido apreciado por críticos epares pela sua abordagem harmónica singular e por uma elegência e delicadeza que lhe valeram o certeirotítulo de “sussurrador” (“the piano whisperer”).

Dress Gress é um dos contrabaixistas mais requisitados, sendo procurado por artistas de vários quadrantes,marcando por isso presença recorrente em projetos de músicos como Uri Caine, Dave Douglas, Tim Berneou Tony Malaby. Gress lidera igualmente os seus próprios projetos.

Joey Baron é reconhecido pela sua forte ligação à vanguarda nova-iorquina, de Laurie Anderson (com quemgravou 4 discos) a John Zorn (ao lado de quem aparece em mais de 50 discos). Esta ligação não deveesconder o facto do baterista ter sido parceiro frequente de Bill Frisell, Jim Hall, Lee Konitz, Steve Kuhn eJoe Lovano (entre muitos outros).

Teremos, portanto, no encerramento do Amadora Jazz, três figuras fundamentais do jazz contemporâneo quese apresentam em data única em Portugal.

M/6 | 10€

Org: CMA e JACC

HORÁRIO DA BILHETEIRA DOS RECREIOS DA AMADORA:De 5.ª feira a sábado (exceto feriados), das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00 e, em dias de espetáculo à

noite, estará ainda aberta das 20h00 até ao início do espetáculo. Aos domingos, quando há espetáculos, abilheteira funciona das 14h00 até ao início espetáculo.

No CINETEATRO D. JOÃO V, estarão disponíveis no dia 9 de março (sábado), desde as 10h00 até ao iníciodo concerto (17h00).

PAGAMENTO EXCLUSIVAMENTE POR MULTIBANCONÃO HÁ LUGARES MARCADOS NEM RESERVAS

TODA A PROGRAMAÇÃO E HORÁRIOS PODEM SOFRER ALTERAÇÕES SEM AVISO PRÉVIO