9 Marcas Uma Igreja Sauldavel

8/9/2019 9 Marcas Uma Igreja Sauldavel

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9 Marcas de uma IgrejaSaudvel

por

Mark Dever


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Marcas de uma igreja saudvel:

Marca 1 - Pregao ExpositivaMark Dever

O ponto para comear a falar sobre as marcas da igreja saudvel onde Deus comea

conosco o modo como Ele fala conosco. Foi por a que a nossa prpria sade espiritual

veio, e por esse caminho que a sade de nossas igrejas vir tambm. Especialmente

importante para qualquer um que esteja na liderana de uma igreja, mas particularmente

para o pastor, um compromisso com a pregao expositiva, um dos mais antigos

mtodos de pregao. Trata-se da pregao cujo objetivo expor o que dito em uma

passagem particular da Bblia, explicando cuidadosamente seu significado e aplicando-o

congregao (veja Neemias 8:8). Existem, evidentemente, muitos outros tipos de

pregao. Sermes tpicos, por exemplo, coletam tudo o que a Bblia ensina sobre um

nico assunto, como a orao ou a contribuio. A pregao biogrfica aborda a vida de

algum na Bblia e retrata-a como uma demonstrao da graa de Deus e como um

exemplo de esperana e fidelidade. Mas a pregao expositiva algo diferente - uma

explicao e aplicao de uma poro particular da Palavra de Deus.

"(...) os pregadores cristos de hoje tm autoridade para falar da

parte de Deus somente se proclamarem as palavras dEle."

A pregao expositiva presume uma convico na autoridade da Bblia, mas algo mais.

Um compromisso com a pregao expositiva um compromisso de ouvir a Palavra de

Deus. Assim como os profetas do Antigo Testamento e os apstolos do Novo Testamento

no receberam apenas uma ordem para ir e falar, mas uma mensagem especfica, os

pregadores cristos de hoje tm autoridade para falar da parte de Deus somente se

proclamarem as palavras dEle. Assim, a autoridade do pregador expositivo comea e

termina com as Escrituras. s vezes as pessoas podem confundir pregao expositiva

com o estilo de um pregador expositivo predileto, mas no fundamentalmente uma

questo de estilo. Como outros j observaram a pregao expositiva no tanto sobre

como ns dizemos o que dizemos, mas sobre como ns decidimos o que dizer. No

marcada por uma forma particular, mas por um contedo bblico.

Pode-se aceitar alegremente a autoridade da Palavra de Deus e at mesmo professar a

convico na inerrncia da Bblia; ainda assim se na prtica (propositalmente ou no)

algum no prega expositivamente, nunca pregar alm do que j sabe. Um pregador

pode tomar um trecho das Escrituras e exortar a congregao em um tpico que


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importante sem que ele realmente pregue o ponto abordado na passagem. Quando isso

acontece, o pregador e a congregao s ouvem nas Escrituras o que eles j sabiam.

"Como outros j observaram a pregao expositiva no tanto

sobre como ns dizemos o que dizemos, mas sobre como ns

decidimos o que dizer."

Em contrapartida, quando pregamos uma passagem das Escrituras no contexto,

expositivamente - tomando o ponto da passagem como o ponto da mensagem - ns

ouvimos de Deus coisas que ns no pretendamos ouvir quando comeamos. Desde a

chamada inicial ao arrependimento at a rea de nossas vidas em que o Esprito nos

condenou recentemente, a nossa salvao inteira consiste em ouvir a Deus de modos que

ns, antes de ouvi-lO, nunca teramos adivinhado. Esta submisso extremamente prtica

Palavra de Deus deve ser evidente no ministrio de um pregador. No se deixe

enganar: em ltima instncia, responsabilidade da congregao assegurar que as

coisas sejam assim (observe a responsabilidade que Jesus pe sobre a congregao em

Mateus 18, ou Paulo em 2 Timteo 4). Uma igreja jamais pode colocar como supervisor

espiritual do rebanho uma pessoa que no demonstra na prtica um compromisso claro

em ouvir e ensinar a Palavra de Deus. Agir assim impedir inevitavelmente o

crescimento da igreja, praticamente encorajando-a a s crescer at o nvel do pastor. Se

assim for, a igreja ser conformada lentamente mente dele, em vez de ser conformada

mente de Deus.

O povo de Deus sempre foi criado pela Palavra de Deus. Da criao em Gnesis 1 at a

chamada de Abrao em Gnesis 12, da viso do vale dos ossos secos em Ezequiel 37 at

a vinda da Palavra Viva, Deus sempre criou o Seu povo atravs da Sua Palavra. Como

Paulo escreveu aos romanos, a f vem pela pregao, e a pregao, pela palavra de

Cristo (10:17). Ou, como ele escreveu aos corntios, "Visto como, na sabedoria de Deus,

o mundo no o conheceu por sua prpria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crem

pela loucura da pregao" (1 Cor. 1:21).

"Uma igreja construda sobre a msica seja qual for o estilo -

uma igreja construda sobre a areia."

A pregao expositiva sadia freqentemente o manancial de crescimento em uma

igreja. Na experincia de Martinho Lutero, tal ateno cuidadosa para com a Palavra de

Deus foi o princpio da reforma. Ns tambm precisamos estar comprometidos em

sermos igrejas que sempre esto sendo reformadas de acordo com a Palavra de Deus.

Certa vez, quando eu estava ensinando em um seminrio sobre puritanismo em uma

igreja de Londres, eu mencionei que os sermes puritanos s vezes duravam duas horas.

Diante disso, uma pessoa perguntou, "Quanto tempo sobrava para a adorao?" A


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suposio era de que ouvir a palavra de Deus pregada no constitua adorao. Eu

respondi que muitos cristos protestantes ingleses teriam considerado a possibilidade de

ouvir a palavra de Deus no seu prprio idioma e de responder a ela nas suas vidas como

a parte essencial da sua adorao. Se eles teriam tempo para cantar juntos seria

comparativamente de pouca importncia.

Nossas igrejas tm que recuperar a centralidade da Palavra na nossa adorao. Ouvir a

Palavra de Deus e responder a ela pode incluir louvor e aes de graas, confisso e

proclamao, e qualquer destas coisas pode vir na forma de canes, mas nenhuma

delas precisa ter essa forma. Uma igreja construda sobre a msica seja qual for o

estilo - uma igreja construda sobre a areia. Pregar o componente fundamental do

pastorado. Ore por seu pastor, para que ele se dedique a estudar Bblia rigorosa,

cuidadosa e seriamente, e para que Deus o conduza na compreenso da Palavra, na

aplicao dela sua prpria vida, e na aplicao dela igreja (veja Lucas 24:27; Atos

6:4; Ef. 6:19-20). Se voc um pastor, ore por estas coisas para si mesmo. Ore tambm

por outros que pregam e ensinam a Palavra de Deus. Finalmente, ore para que nossas

igrejas assumam um compromisso de ouvir a Palavra de Deus pregada expositivamente,

de forma que os rumos de cada igreja sejam crescentemente moldados pela agenda de

Deus expressa nas Escrituras. O compromisso com a pregao expositiva uma marca

de uma igreja saudvel.


Marca 2 - Teologia Bblica

Mark Dever

A pregao expositiva importante para a sade de uma igreja. Entretanto, todo

mtodo, por melhor que seja, est sujeito a abuso e, portanto deve estar aberto a ser

testado. Em nossas igrejas, deveramos nos preocupar no s em como somos

ensinados, mas com o que somos ensinados. Deveramos apreciar o carter so,

particularmente em nossa compreenso do Deus bblico e dos seus caminhos para

conosco.

"Sanidade" uma palavra antiquada. Nas cartas pastorais de Paulo a Timteo e a Tito,"so" significa confivel, preciso ou fiel. Em sua raiz etimolgica uma figura do mundo

mdico que significa inteiro ou saudvel. Lemos em 1 Timteo 1 que a s doutrina

amoldada pelo evangelho e que ela se ope impiedade e ao pecado. Ainda mais

claramente, em 1 Timteo 6:3, Paulo contrasta as "falsas doutrinas" com as "ss

palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e. . . o ensino segundo a piedade". Assim, na sua

segunda carta a Timteo, Paulo exorta Timteo a manter o padro das ss palavras que


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de mim ouviste (II Timteo 1:13). Paulo adverte Timteo de que "haver tempo em que

no suportaro a s doutrina; pelo contrrio, cercar-se-o de mestres segundo as suas

prprias cobias, como que sentindo coceira nos ouvidos (II Timteo 4:3).

"Se ns fssemos expor aqui tudo o que constitui s doutrina,

teramos que reproduzir a Bblia inteira."

Quando Paulo escreveu a outro jovem pastor Tito - ele tinha preocupaes

semelhantes. Quem quer que Tito designasse como um presbtero, diz Paulo, teria que

ser apegado palavra fiel, que segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto

para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem (Tito 1:9).

Paulo insta Tito a reprovar falsos mestres para que sejam sadios na f (Tito 1:13). E

tambm ordena a Tito: "Tu, porm, fala o que convm s doutrina" (Tito 2:1).

Se ns fssemos expor aqui tudo o que constitui s doutrina, teramos que reproduzir a

Bblia inteira. Mas, na prtica, toda igreja decide quais so os assuntos em que precisahaver total acordo, quais admitem limitada discordncia, e em quais pode haver total

liberdade.

Na igreja em que ministro, em Washington DC, ns definimos que qualquer pessoa que

deseje ser membro deve acreditar na salvao pela obra de Jesus Cristo apenas.

Tambm confessamos as mesmas (ou bastante parecidas) convices quanto ao batismo

do crente e ao governo da igreja. Uniformidade nestes dois pontos no essencial

salvao, mas acordo neles til na prtica e saudvel para a vida da igreja.

"Para que possamos aprender a s doutrina da Bblia, nsprecisamos encarar doutrinas que podem ser difceis, ou at

mesmo potencialmente divisionistas, mas que so fundamentais

para compreendermos o trabalho de Deus entre ns."

Pode-se permitir alguma discordncia sobre assuntos que no parecem ser necessrios

salvao, nem vida prtica da igreja. Assim, por exemplo, apesar de todos ns

concordamos que Cristo voltar, no ficamos surpresos ao perceber que h discordncia

entre ns quanto ao momento certo do Seu retorno. Pode-se desfrutar de total liberdade

em assuntos ainda menos centrais ou de pouca clareza, como a validade da resistncia

armada, ou a autoria do livro de Hebreus.

Em tudo isso, o princpio deve estar claro: quanto mais prximos chegarmos ao corao

da nossa f, mais devemos esperar ver nossa unidade expressa em um entendimento

compartilhado dessa f. A igreja primitiva colocou este princpio da seguinte forma: no

essencial, unidade; no no essencial, diversidade; e em tudo amor.


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O ensino saudvel inclui um compromisso claro com doutrinas freqentemente

negligenciadas, porm claramente bblicas. Para que possamos aprender a s doutrina da

Bblia, ns precisamos encarar doutrinas que podem ser difceis, ou at mesmo

potencialmente divisionistas, mas que so fundamentais para compreendermos o

trabalho de Deus entre ns. Por exemplo, a doutrina bblica da eleio freqentemente

evitada por ser considerada muito complexa, ou muito confusa. Seja como for, inegvel

que esta doutrina bblica, e que importante. Enquanto possa ter implicaes que ns

no entendemos plenamente, no algo pequeno considerar que nossa salvao no final

das contas procede de Deus em vez de ns mesmos. Outras perguntas importantes cujas

respostas bblicas tambm vm sendo negligenciadas:

Pessoas so basicamente ruins ou boas? Elas precisam to somente de encorajamento

e de um aumento de auto-estima, ou elas precisam de perdo e nova vida?

O que Jesus Cristo fez morrendo na cruz? Ele tornou possvel uma opo, ou Ele foi

nosso substituto?

O que acontece quando algum se torna um cristo?

Se ns somos cristos, podemos estar seguros de que Deus continuar cuidando de

ns? Neste caso, o Seu cuidado contnuo baseia-se em nossa fidelidade, ou na dEle?

Todas estas perguntas no so simplesmente questes para telogos eruditos ou para

jovens estudantes de seminrio. Elas so importantes para todo cristo. Aqueles de ns

que so pastores sabem quo diferentemente ns pastorearamos nosso povo se nossa

resposta a qualquer uma destas perguntas fosse alterada. Fidelidade s Escrituras exigeque ns falemos sobre estes assuntos com clareza e autoridade.

"Designar como lder uma pessoa que duvida da soberania de

Deus ou que entende mal o ensino bblico sobre esses assuntos

colocar como exemplo uma pessoa que pode estar muito pouco

disposta a confiar em Deus."

Nosso entendimento do que a Bblia ensina a respeito de Deus crucial. O Deus Bblico

Criador e Senhor; e ainda assim Sua soberania s vezes negada at mesmo dentro da

igreja. Cristos confessos que resistem idia da soberania de Deus na criao ou nasalvao esto, na verdade, brincando com um paganismo piedoso. Muitos cristos tm

questionamentos honestos sobre a soberania de Deus, mas uma negao contnua,

tenaz, da soberania de Deus deveria nos deixar preocupados. Batizar uma pessoa assim,

pode significar o batismo de um corao que ainda de algum modo incrdulo. Admitir

tal pessoa na membresia significa trat-la como se ela confiasse em Deus, quando na

verdade ela no confia.


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Por mais perigosa que tal resistncia seja em um cristo qualquer, ela ainda mais

perigosa no lder de uma congregao. Designar como lder uma pessoa que duvida da

soberania de Deus ou que entende mal o ensino bblico sobre esses assuntos colocar

como exemplo uma pessoa que pode estar muito pouco disposta a confiar em Deus. Tal

indicao est fadada a ser um forte obstculo para a igreja.

Atualmente a nossa cultura freqentemente nos encoraja a transformarmos o

evangelismo em propaganda e explica a obra do Esprito em termos de marketing. O

prprio Deus s vezes moldado imagem do homem. Em tempos assim, uma igreja

saudvel deve ter um cuidado especial em orar por lderes que tenham uma

compreenso bblica e experimental da soberania de Deus e um compromisso com a s

doutrina, em sua absoluta glria bblica. Uma igreja saudvel marcada pela pregao

expositiva e por uma teologia bblica.

Marcas de uma igreja saudvel:Marca 3 - Uma Compreenso Bblica quantos Boas Novas

Mark Dever

particularmente importante que se tenha uma teologia bblica em uma rea especial da

vida da igreja: a nossa compreenso a respeito das boas novas de Jesus Cristo, o

evangelho. O evangelho o corao do cristianismo, e por isso deveria ser o corao da

nossa f. Todos ns como cristos deveramos orar para que ns nos preocupssemos

mais com as maravilhosas boas novas da salvao em Cristo do que com qualquer outra

coisa na vida da igreja. Uma igreja saudvel est repleta de pessoas que tm um corao

voltado para o evangelho, e ter um corao voltado para o evangelho significa ter um

corao voltado para a verdade: para a apresentao de Deus a respeito dEle mesmo,

para a nossa necessidade, para a proviso de Cristo, e para a nossa responsabilidade.

"O evangelho o corao do cristianismo, e por isso deveria ser o

corao da nossa f."

Quando apresento o evangelho a algum, eu tento me lembrar de quatro pontos: Deus, o

homem, Cristo e a resposta. Eu me pergunto: Compartilhei com esta pessoa a verdade

sobre nosso Santo Deus e Soberano Criador? Deixei claro que ns, como seres humanos,

somos uma estranha mistura: criaturas criadas imagem de Deus e no entanto decadas,

pecadoras e separadas dEle? A pessoa com quem estou falando entende quem Cristo -


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o Deus-Homem, o nico mediador entre Deus e o homem, nosso substituto e Senhor

ressurreto? E finalmente, mesmo que eu tenha compartilhado tudo isso com ele, ser que

ele entendeu que precisa responder ao evangelho, que ele tem que acreditar nesta

mensagem e assim abandonar sua vida de egocentrismo e pecado?

Apresentar o evangelho como um aditivo para dar aos no-cristos algo quenaturalmente j desejam (alegria, paz, felicidade, realizao, auto-estima, amor)

parcialmente verdadeiro, mas s parcialmente verdadeiro. Como J. I. Packer diz, "uma

meia-verdade disfarada em verdade inteira torna-se uma mentira completa".

Fundamentalmente, todo mundo precisa de perdo. Ns precisamos de vida espiritual.

Apresentar o evangelho menos radicalmente do que isso pedir falsas converses e uma

membresia de igreja irrelevante. Tanto uma coisa como a outra tornam a evangelizao

do mundo ao nosso redor ainda mais difcil.

"A suprema acusao que voc pode trazer contra uma igreja. . .

que aquela igreja tem pouca paixo e compaixo pelas almashumanas."

Nossos membros de igreja espalhados pelas casas, escritrios e vizinhanas vo, neste

mesmo dia, entrar em contato com muito mais no-cristos, por muito mais tempo, do

que eles gastaro com cristos em um domingo qualquer. Cada um de ns possui

tremendas novas de salvao em Cristo. No troquemos isso por qualquer outra coisa. E

compartilhemos isso hoje! George W. Truett, grande lder Cristo da gerao passada e

pastor de Primeira Igreja Batista em Dallas, Texas, disse:

A suprema acusao que voc pode trazer contra uma igreja. . . que aquela igreja tem

pouca paixo e compaixo pelas almas humanas. Uma igreja no nada melhor que um

clube tico se sua compaixo pelas almas perdidas no transbordante, e se ela no sai

para tentar levar almas perdidas ao conhecimento de Jesus Cristo.

Uma igreja saudvel conhece o evangelho, e uma igreja saudvel o compartilha.


Marca 5 - Uma Compreenso Bblica quantoao Evangelismo

Mark Dever


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Revisando, consideramos at agora entre as marcas que caracterizam uma igreja

saudvel: a pregao expositiva, a teologia bblica, uma compreenso bblica do

evangelho e da converso. Uma forma de mensurar o quo importantes estas coisas so

considerar quais so as conseqncias para as congregaes que as perdem. Os

sermes podem facilmente tornar-se repeties de verdades h muito conhecidas. O

cristianismo pode tornar-se indistinguvel da cultura secular circunvizinha. O evangelho

pode ser transformado em pouco mais do que auto-ajuda espiritual. A converso pode-se

degenerar de um ato de Deus a uma mera deciso humana. Mas tais congregaes - com

pregao superficial, pensamento secular, e um evangelho egocntrico que encorajam

pouco mais que uma nica confisso verbal de Cristo (freqentemente distorcendo

Romanos 10:9) - no tm como proclamar adequadamente as tremendas novas da

salvao em Cristo.

Para todos os membros de uma igreja, mas particularmente para os lderes que tm o

privilgio e a responsabilidade de ensinar, uma compreenso bblica do evangelismo

crucial. evidente que a forma como algum compartilha o evangelho est intimamente

ligada forma como essa pessoa entende o evangelho. Se sua mente foi moldada pela

Bblia quanto a Deus e o evangelho, quanto necessidade humana e a converso, ento

um entendimento correto sobre o evangelismo seguir naturalmente. Ns deveramos

estar mais preocupados em conhecer e ensinar o prprio evangelho do que simplesmente

tentar ensinar s pessoas mtodos e estratgias para compartilh-lo.

"Ns deveramos estar mais preocupados em conhecer e ensinar o

prprio evangelho do que simplesmente tentar ensinar s pessoas

mtodos e estratgias para compartilh-lo."

Biblicamente, evangelismo apresentar abertamente as boas novas cofiando em Deus

para converter as pessoas (veja Atos 16:14). "Ao SENHOR pertence a salvao" (Jonas

2:9; cf. Joo 1:12-13). Qualquer tentativa nossa de forar nascimentos espirituais ser

to efetiva quanto Ezequiel tentando costurar os ossos secos, ou Nicodemos tentando dar

luz a si mesmo. E o resultado ser semelhante.

Se a converso for entendida como apenas um compromisso sincero feito uma nica vez,

ento ns devemos conduzir todas as pessoas quele ponto de confisso verbal e de

compromisso por todos os meios que pudermos utilizar. Biblicamente, entretanto, ainda

que seja correto importar-se, conclamar, e persuadir, nosso principal dever ser fiel

obrigao que temos diante de Deus que de apresentar as mesmas Boas Novas que Ele

nos deu. Deus produzir converses a partir da nossa apresentao destas Boas Novas

(veja Joo 1:13; Atos 18:9-10).

encorajador como novos cristos parecem freqentemente ter uma conscincia inata da

natureza graciosa da sua salvao. Provavelmente voc ouviu testemunhos, at mesmo


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nas ltimas semanas ou meses, que o lembram que a converso obra de Deus. Porque

pela graa sois salvos, mediante a f; e isto no vem de vs; dom de Deus; no de

obras, para que ningum se glorie." (Efsios 2:8-9)

"Disciplina eclesistica bblica faz parte do evangelismo da

igreja."

Se a membresia de uma igreja for visivelmente maior que sua freqncia, deve-se

perguntar: Esta igreja tem uma compreenso bblica da converso? Alm disso,

deveramos perguntar que tipo de evangelismo foi praticado que resultou em um nmero

to grande de pessoas no envolvidas na vida da igreja, e ainda considerando-se

seriamente a membresia deles como uma boa evidncia de salvao? A igreja contestou

essa situao de alguma forma, ou pareceu perdoar esta situao atravs de um

conveniente silncio? Disciplina eclesistica bblica faz parte do evangelismo da igreja.

Em meu prprio evangelismo, eu procuro transmitir trs coisas s pessoas sobre adeciso que eles tm que tomar sobre o Evangelho:

primeiro, a deciso custosa (por isso deve ser considerada cuidadosamente, veja

Lucas 9:62);

segundo, a deciso urgente (por isso deve ser tomada, veja Joo 3:18, 36);

terceiro, a deciso vale a pena (por isso deveria ser tomada, veja Joo 10:10).

Este o equilbrio que ns deveramos nos esforar para ter em nosso evangelismo junto

nossa famlia e nossos amigos. Este o equilbrio que ns deveramos nos esforar

para ter em nosso evangelismo na igreja como um todo. H uma srie de recursos

impressos excelentes sobre evangelismo.

Para considerar a conexo ntima entre a nossa compreenso do evangelho e os mtodos

evangelsticos que usamos, recomendo o livro de Will Metzger: Tell the Truth (Diga a

Verdade) da Inter-Varsity Press, e os livros de Iain Murray: The Invitation System (O

Sistema de Apelo) e Revival and Revivalism (Reavivamento e Reavivalismo) da Banner of

Truth Trust.

Portanto, outra marca de uma igreja saudvel uma compreenso bblica e prtica do

evangelismo. O nico verdadeiro crescimento o crescimento que vem de Deus.


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Marca 6 - Uma Compreenso Bblica quanto Membresia da Igreja

Mark Dever

H um sentido em que o que ns conhecemos hoje como "membresia de igreja" no

bblico. No temos nenhum registro de um cristo do primeiro sculo que vivia, por

exemplo, em Jerusalm Central e a precisasse decidir se deveria se envolver com uma

assemblia particular de cristos em vez de alguma outra. At onde podemos perceber,

no havia troca-troca de igrejas porque s havia uma igreja em uma determinada

comunidade. Nesse sentido, no sabemos de nenhum rol de membros de igreja no Novo

Testamento. Mas existem listas de pessoas ligadas de alguma forma igreja no Novo

Testamento. Temos tanto as listas de vivas sustentadas pela igreja (1 Timteo 5)

quanto os nomes escritos no Livro da Vida do Cordeiro (Filipenses 4:3; Apocalipse

21:27). E h passagens no Novo Testamento que apontam para definio e limites claros

membresia de uma igreja. As igrejas sabiam quem compunha o seu rol de membros.

Por exemplo, as cartas de Paulo para a igreja de Corinto mostram que alguns indivduos

seriam excludos (por exemplo, 1 Corntios 5) e que alguns seriam includos (por

exemplo, 2 Corntios 2). Nesse segundo exemplo, Paulo menciona at mesmo uma

"maioria" das pessoas (2 Corntios 2:6) que so citadas como tendo infligido a punio"

de excluso da igreja. Essa "maioria" s poderia estar se referindo a uma maioria do

grupo das pessoas que foram reconhecidas como membros da igreja.

A prtica da membresia de igreja entre cristos desenvolveu-se como uma tentativa paranos ajudar a perceber um ao outro em responsabilidade e amor. Identificando-nos com

uma igreja particular, permitimos que os pastores e demais membros daquela igreja local

saibam que ns pretendemos manter um compromisso na freqncia, na oferta, na

orao e no servio. Ns ampliamos as expectativas de outros em relao a ns mesmos

nessas reas, e tornamos claro que estamos sob a responsabilidade desta igreja local.

Ns asseguramos a igreja quanto ao nosso compromisso com Cristo ao servir com eles, e


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pedimos o compromisso deles quanto a nos servir em amor e nos encorajar em nosso

discipulado.

Neste sentido, a membresia uma idia bblica. Dentre outras coisas, procede do uso

que Paulo faz da imagem do corpo para a igreja local. Procede de Cristo nos salvando por

Sua graa e colocando-nos nas igrejas para servi-lO em amor enquanto servimos uns aosoutros. Procede de nossas obrigaes mtuas expressas nas passagens das Escrituras

que falam sobre "juntos" e "uns aos outros". Tudo isso est encapsulado no pacto de

uma igreja saudvel.

No deveria ser nenhuma surpresa que quando se traz a viso quanto ao evangelismo,

converso e Evangelho para mais para perto da Bblia h implicaes quanto forma

como se concebe a membresia de igreja. Quando isso ocorre comeamos a ver a

membresia menos como uma ligao frouxa eventualmente til e mais como uma

responsabilidade regular que envolve as vidas uns dos outros para o progresso do

evangelho.

"Membros descompromissados confundem tanto os verdadeiros

membros quanto os no-cristos sobre o que significa ser cristo.

E os membros "ativos" no fazem nenhum bem aos

voluntariamente "inativos" quando lhes permitem permanecer

como membros da igreja; porque a membresia o endosso

corporativo da igreja quanto salvao de uma pessoa."

No nada incomum haver um abismo entre o rol de membros de uma igreja e o

nmero de pessoas ativamente envolvidas. Imagine uma igreja de 3.000 membros com

uma freqncia regular de apenas 600. Temo que, infelizmente, muitos pastores

evanglicos hoje se orgulham mais da membresia declarada do que se incomodam com a

baixa freqncia. De acordo com um recente estudo da Conveno Batista do Sul, isto

normal nas igrejas da denominao. A igreja batista do sul tpica tem 233 membros e 70

pessoas no culto dominical matutino. Ser que a nossa igreja est em melhor estado?

Que congregaes tm oramentos que igualam para no dizer excedem - 10% das

rendas anuais combinadas dos seus membros?

Com exceo dos casos em que h limitaes fsicas que impedem a freqncia ou

problemas financeiros que impedem a oferta, esta situao no sugere que a membresia

vem sendo apresentada como no necessariamente requerendo envolvimento? Afinal o

que este nmero de membros significa? Nmeros escritos podem tornar-se dolos to

facilmente quanto imagens esculpidas - talvez at mais facilmente. Entretanto ser Deus

que um dia avaliar nossas vidas, e Ele verificar o peso do nosso trabalho, creio eu, em

vez de contar nossos nmeros. Se a igreja um edifcio, ento ns devemos ser tijolos

nele; se a igreja um corpo, ento ns somos seus membros; se a igreja a famlia da


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f, presume-se que ns fazemos parte dessa famlia. Ovelhas permanecem no rebanho, e

ramos na videira. Biblicamente, se uma pessoa crist ela precisa ser membro de uma

igreja. Deixando os aspectos particulares de lado - se o rol de membros mantido em

fichrios ou em discos de computador o certo que no devemos deixar de congregar-

nos (Hebreus 10:25). Esta condio de membro no um simples registro de uma

declarao que fizemos uma vez no passado ou o apego a um lugar familiar. Deve ser o

reflexo de um compromisso vivo, ou ento intil e at mesmo pior que intil: uma

condio perigosa.

Membros descompromissados confundem tanto os verdadeiros membros quanto os no-

cristos sobre o que significa ser cristo. E os membros "ativos" no fazem nenhum bem

aos voluntariamente "inativos" quando lhes permitem permanecer como membros da

igreja; porque a membresia o endosso corporativo da igreja quanto salvao de uma

pessoa. Mais uma vez, isto deve ser claramente entendido: a membresia em uma igreja

o testemunho corporativo daquela igreja quanto salvao do membro individual.

Entretanto, como pode uma congregao testemunhar honestamente que algum

invisvel para ela est correndo a corrida com fidelidade? Se membros deixaram nossa

companhia e no foram para alguma outra igreja bblica, que evidncia ns podemos

fornecer de que eles alguma vez fizeram parte de ns? No necessariamente ns

sabemos se tais pessoas descompromissadas so ou no crists; ns simplesmente no

podemos afirmar que elas so. Ns no precisamos lhes dizer que ns sabemos que elas

vo para Inferno, ns s no podemos lhes dizer que ns sabemos que eles vo para o

Cu.

"Jamais deveramos permitir s pessoas permanecerem no rol de

membros de nossas igrejas por razes sentimentais. Biblicamente

falando, tal membresia no membresia alguma."

Para que uma igreja pratique uma membresia eclesistica bblica no preciso perfeio,

mas honestidade. No pede decises nuas e cruas, mas um verdadeiro discipulado. No

composto somente de experincias individuais, mas de afirmaes corporativas daqueles

que esto em aliana com Deus e uns com os outros. Pessoalmente, eu espero ver os

nmeros da membresia da igreja em que sirvo tornando-se mais significativos, de tal

forma que todos os que so membros de nome tornem-se membros de verdade. Para

muitos, isto significou ter seus nomes removidos de nosso rol (mas no de nossoscoraes). Para outros, significou um compromisso renovado com a vida de nossa igreja.

Novos membros esto sendo instrudos na f e na vida de nossa igreja. Muitos de nossos

membros antigos precisam de instruo semelhante e de encorajamento. Conforme

fomos nos tornando a Igreja Batista saudvel que ramos historicamente, nossa

freqncia voltou a exceder o nmero de membros mais uma vez. Certamente este

deveria ser o seu desejo para a sua igreja tambm.


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A recuperao de uma cuidadosa de membresia de igreja trar muitos benefcios.

Tornar o nosso testemunho aos no-cristos mais claro. Tambm ficar mais difcil para

a ovelha mais fraca vaguear longe do aprisco, enquanto ainda se considera ovelha.

Auxiliar a dar forma e foco ao discipulado de cristos mais maduros. Ajudar nossos

lderes eclesisticos a saberem com mais preciso por quem eles so responsveis. E em

tudo isso, Deus ser glorificado.

Ore para que a o rol de membros das igrejas passe a ser algo mais do que atualmente,

de forma que ns possamos conhecer melhor por quem ns somos responsveis, para

possamos orar por eles, encoraj-los e desafi-los. Jamais deveramos permitir s

pessoas permanecerem no rol de membros de nossas igrejas por razes sentimentais.

Biblicamente falando, tal membresia no membresia alguma. No pacto de nossa igreja

ns nos comprometemos a "Caso nos mudemos deste lugar para outro, iremos procurar

o mais rpido possvel alguma outra igreja onde possamos colocar em prtica o esprito

deste pacto e os princpios da Palavra de Deus." Esse compromisso parte integrante de

um discipulado saudvel, particularmente em nossos dias altamente transientes.

Ser membro de uma igreja significa ser incorporado de forma prtica no corpo de Cristo.

Significa viajarmos juntos como estrangeiros e peregrinos neste mundo enquanto

caminhamos rumo ao nosso lar celestial. Certamente outra marca de uma igreja saudvel

uma compreenso bblica quanto membresia de igreja.


Marca 7 - Disciplina Eclesistica BblicaMark Dever

A stima marca de uma igreja saudvel a prtica regular da disciplina eclesistica. Uma

prtica bblica de disciplina eclesistica d significado a ser um membro de igreja.

Embora tenha sido praticada pelas igrejas de forma generalizada desde os tempos de

Cristo, nas ltimas geraes a prtica vem desaparecendo da vida regular da igreja

evanglica.

Ns, humanos, fomos originalmente criados para carregar a imagem de Deus, parasermos testemunhas do carter de Deus Sua criao (Gnesis 1:27). Assim, no

nenhuma surpresa que ao longo do Velho Testamento, conforme Deus formava um povo

para Si, Ele os instrusse em santidade, para que o carter deles se aproximasse melhor

do Seu (veja Levtico 19:2; Provrbios 24:1, 25). Essa era a base para corrigir e excluir

alguns at mesmo da comunidade, no Antigo Testamento (como em Nmeros 15:30-31).


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E tambm a base para amoldar a igreja do Novo Testamento (veja 2 Corntios 6:14-

7:1; 13:2; 1 Timteo 6:3-5; 2 Timteo 3:1-5).

Entretanto, toda essa idia parece ser muito negativa para as pessoas de hoje. Afinal de

contas, nosso Senhor Jesus no proibiu o julgamento em Mateus 7:1? Certamente em

certo sentido Jesus proibiu o julgamento em Mateus 7:1; mas naquele mesmoEvangelho, tambm muito claramente, Jesus nos conclama a repreender a outros por

causa do pecado e at mesmo, em ltima instncia, repreend-los publicamente (Mateus

18:15-17; cf. Lucas 17:3). Portanto, seja o que for que Jesus pretendesse dizer proibindo

o julgamento em Mateus 7:1, certamente Ele no pretendia lanar fora tudo o que est

contido na palavra portuguesa "julgar".

"No nenhuma surpresa que devamos ser ensinados a julgar.

Afinal de contas, se ns no podemos dizer como um cristo no

deve viver, como poderemos dizer como ele ou ela deve viver?"

O prprio Deus um Juiz. Ele o foi no Jardim do den, e ns permanecemos sob o seu

justo juzo enquanto nos mantivermos em nossos pecados. No Antigo Testamento Deus

julgou tanto naes como indivduos e no Novo Testamento ns cristos somos

advertidos de que nossas obras sero julgadas (veja 1 Corntios 3). Em amor Deus

disciplina Seus filhos, e em ira Ele condenar os mpios (veja Hebreus 12). claro que,

no ltimo dia, Deus se revelar como Juiz definitivo (veja Apocalipse 20). Em todo esse

julgamento, Deus nunca est errado, Ele sempre justo (veja Josu 7; Mateus 23; Lucas

2; Atos 5; Romanos 9).

Para muitos, hoje, surpreendente descobrir que Deus planeja que outros julguem

tambm. Ao Estado dada a responsabilidade de julgar (veja Romanos 13). Somos

chamados a julgar a ns mesmos (veja 1 Corntios 11:28; Hebreus 4; 2 Pedro 1:5).

Tambm somos chamados a julgar uns aos outros na igreja (embora no do modo

definitivo com que Deus julga). As palavras de Jesus em Mateus 18, de Paulo em 1

Corntios 5-6, e muitas outras passagens claramente mostram que a igreja deve exercer

julgamento internamente e que esse julgamento tem propsitos de redeno, no de

vingana (Romanos 12:19). No caso do homem adltero em Corinto e dos falsos mestres

em feso, Paulo disse que eles deveriam ser excludos da igreja e deveriam ser entregues

a Satans de forma que eles pudessem ser melhor instrudos e suas almas pudessem ser

salvas (veja 1 Corntios 5; 1 Timteo 1).

No nenhuma surpresa que devamos ser ensinados a julgar. Afinal de contas, se ns

no podemos dizer como um cristo no deve viver, como poderemos dizer como ele ou

ela deve viver? Uma das minhas preocupaes em relao aos programas de discipulado

de muitas igrejas que eles esto como que vertendo gua em baldes furados - toda a

ateno se volta ao que vertido, sem preocupao sobre como recebido e mantido.


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Um escritor do movimento de crescimento de igrejas resumiu recentemente a sua

recomendao para ajudar uma igreja a crescer: "Abra a porta da frente e feche a porta

dos fundos." Com isso ele quer dizer que ns deveramos trabalhar para tornar a igreja

mais acessvel s pessoas e fazer um melhor trabalho de acompanhamento. As duas

metas so boas. Entretanto, a maioria dos pastores de hoje j desejam ter igrejas com

tais portas da frente abertas e portas dos fundos fechadas. Por outro lado, tentar seguir

um modelo bblico deveria nos conduzir a seguinte estratgia: "Feche a porta da frente e

abra a porta dos fundos." Em outras palavras, torne mais difcil unir-se igreja por um

lado, e mais fcil ser excludo, por outro. Tais aes ajudaro a igreja a recuperar sua

cativante e divinamente planejada distino do mundo.

"Esta disciplina deveria se refletir primeiramente na maneira

como ns, igrejas, aceitamos novos membros. Exigimos que

aqueles que esto se tornando membros sejam conhecidos por ns

como pessoas que esto vivendo vidas que honram a Cristo?

Entendemos a seriedade do compromisso que ns estamos

fazendo com eles e que eles esto fazendo conosco?"

Esta disciplina deveria se refletir primeiramente na maneira como ns, igrejas, aceitamos

novos membros. Exigimos que aqueles que esto se tornando membros sejam

conhecidos por ns como pessoas que esto vivendo vidas que honram a Cristo?

Entendemos a seriedade do compromisso que ns estamos fazendo com eles e que eles

esto fazendo conosco? Se ns formos mais cuidadosos quanto a como ns

reconhecemos e recebemos novos membros, teremos menos chance de ter que praticar a

disciplina corretiva depois.

claro que qualquer tipo de disciplina eclesistica pode ser mal feita. No Novo

Testamento, somos ensinados a no julgar outros por motivos que ns mesmos

imputamos a eles (veja Mateus 7:1), ou julgar uns aos outros em assuntos que no so

essenciais (veja romanos 14 e 15). Esse assunto est repleto de problemas de aplicao

pastoral, mas ns precisamos lembrar que tudo na vida crist difcil e sujeito a abusos.

Nossas dificuldades no deveriam servir como desculpas para no haver a prtica. Cada

igreja local tem a responsabilidade de julgar a vida e os ensinamentos de seus lderes, e

at mesmo de seus membros; particularmente na medida em que qualquer um deles

possa comprometer o testemunho da igreja quanto ao Evangelho (veja Atos 17; 1Corntios 5; 1 Timteo 3; Tiago 3:1; 2 Pedro 3; 2 Joo).

Disciplina eclesistica bblica simplesmente obedincia a Deus e uma simples confisso

de que ns precisamos de ajuda. Seguem cinco razes positivas para tal disciplina

corretiva na igreja. Seu propsito positivo (1) para o indivduo que est sendo

disciplinado, (2) para outros cristos na medida em que vem o perigo do pecado, (3)

para a sade da igreja como um todo e (4) para o testemunho corporativo da igreja. E,


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acima de tudo, (5) nossa santidade deve refletir a santidade de Deus. Ser membro da

igreja deveria significar alguma coisa, no para nosso orgulho, mas por causa do nome

de Deus. Disciplina eclesistica bblica outra marca de uma igreja saudvel.


Marca 8 - Cuidado em Promover oDiscipulado Cristo e o Crescimento

Mark Dever

Outra marca distintiva de uma igreja saudvel uma preocupao penetrante com o

crescimento da igreja - no simplesmente com o crescimento numrico, mas com o

crescimento pessoal dos membros. Algumas pessoas pensam que algum pode ser um

"beb em Cristo" pela vida inteira. O crescimento visto como um item opcional

reservado para discpulos particularmente zelosos. Entretanto, crescimento um sinal de

vida. rvores que crescem so rvores vivas, e animais que crescem so animais vivos.

Crescimento envolve aumento e avano. Em muitas reas da nossa experincia do dia a

dia, quando algo deixa de crescer, morre.

Paulo esperava que os corntios crescessem na sua f Crist (2 Corntios 10:15). Os

efsios, ele esperava, cresceriam naquele que o Cabea, Cristo" (Efsios 4:15; cf.

Colossenses 1:10; 2 Tessalonicenses 1:3). Pedro exortou alguns cristos primitivos para

que desejassem "como crianas recm-nascidas, o genuno leite espiritual, para que, por

ele, vos seja dado crescimento para salvao" (1 Pedro 2:2). tentador para os pastores

reduzirem suas igrejas a estatsticas controlveis de freqncia, batismos, ofertas e

membresia, nas quais o crescimento tangvel. Porm tais estatsticas ficam muito

aqum do verdadeiro crescimento que Paulo descreve e que Deus deseja.

"Algumas pessoas pensam que algum pode ser um "beb emCristo" pela vida inteira. O crescimento visto como um item

opcional reservado para discpulos particularmente zelosos."

No seu Treatise Concerning Religious Affections (Tratado Relativo s Afeies Religiosas),

Jonathan Edwards sugeriu que o verdadeiro crescimento no discipulado cristo no , em

ltima instncia, mera excitao, uso crescente de linguagem religiosa, ou o


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conhecimento crescente das Escrituras. No nem mesmo um evidente acrscimo em

alegria ou em amor ou em interesse pela igreja. At mesmo o aumento no zelo e no

louvor a Deus e a confiana da prpria f no so evidncias infalveis do verdadeiro

crescimento cristo. O que ento? De acordo com Edwards, enquanto todas essas

coisas podem ser evidncias de um verdadeiro crescimento cristo, o nico sinal

observvel certo uma vida de santidade crescente, arraigada na abnegao crist. A

igreja deveria ser marcada por uma preocupao vital com este tipo de piedade crescente

nas vidas de seus membros.

Como vimos na stima marca, uma das conseqncias no intencionais da negligncia da

igreja com a disciplina o aumento da dificuldade em ver discpulos crescendo. Em uma

igreja indisciplinada, os exemplos no so claros e os modelos so confusos. Nenhum

jardineiro planta intencionalmente ervas daninhas. Ervas daninhas so, por si mesmas,

indesejveis, e elas podem ter efeitos nocivos sobre as plantas ao redor. O plano de Deus

para a igreja local no nos permite deixar que as ervas daninhas fujam ao controle.

Boas influncias em uma comunidade de crentes podem ser ferramentas nas mos de

Deus para fazer o Seu povo crescer. Conforme o povo de Deus edificado e cresce unido

em santidade e no amor que se doa, deveria tambm melhorar sua habilidade de

administrar a disciplina e encorajar o discipulado. A igreja tem a obrigao de ser um dos

meios de Deus para o crescimento das pessoas na graa. Se, em vez disso, ela um

lugar onde s os pensamentos do pastor so ensinados, onde Deus questionado mais

do que adorado, onde o Evangelho diludo e o evangelismo pervertido, onde a

membresia da igreja tornada sem sentido, e um culto mundano personalidade

deixado crescer ao redor da pessoa do pastor, ento dificilmente as pessoas podem

esperar encontrar uma comunidade que coesa ou edificante. Tal igreja certamente no

glorificar a Deus.

"Como vimos na stima marca, uma das conseqncias no

intencionais da negligncia da igreja com a disciplina o

aumento da dificuldade em ver discpulos crescendo."

Deus glorificado por meio de igrejas que esto crescendo. Esse crescimento pode se

manifestar de muitas formas diferentes: pelo aumento de pessoas chamadas para

misses; por membros mais velhos que comeam a sentir um senso renovado da sua

responsabilidade no evangelismo; por meio de funerais a que os membros mais jovens

da congregao comparecem simplesmente pelo amor que tm aos membros mais

velhos; pelo aumento na orao, e pelo desejo por mais pregao; por reunies da igreja

caracterizadas por conversaes genuinamente espirituais; pelo aumento nas ofertas, e

por membros que ofertam mais sacrificialmente; por mais membros que compartilham o

evangelho com outros; por pais que redescobrem a sua responsabilidade em educar seus


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filhos na f. Esses so apenas alguns exemplos do tipo de crescimento na igreja pelo qual

os cristos oram e trabalham.

Quando vemos uma igreja que composta por membros que crescem na semelhana

com Cristo quem recebe o crdito ou a glria? "O crescimento veio de Deus. De modo

que nem o que planta alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que d ocrescimento." (1 Corntios 3:6b -7; cf. Colossenses 2:19). Portanto a bno final de

Pedro para aqueles cristos primitivos a quem ele escreveu era uma orao expressa no

imperativo: "crescei na graa e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus

Cristo. A ele seja a glria, tanto agora como no dia eterno. (2 Pedro 3:18)." Ns

poderamos pensar que nosso crescimento traria glria para ns mesmos. Mas Pedro

sabia que no era assim. Mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos

gentios, para que, naquilo que falam contra vs outros como de malfeitores, observando-

vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitao. (1 Pedro 2:12)." Ele

obviamente lembrou-se das palavras de Jesus: Assim brilhe tambm a vossa luz diante

dos homens, para que vejam as vossas boas obras - e certamente aqui ns pensaramos

que seria natural cair na armadilha da auto-admirao, mas Jesus continuou - "e

glorifiquem a vosso Pai que est nos cus" (Mateus 5:16). Trabalhar para promover o

discipulado cristo e o crescimento outra marca de uma igreja saudvel.


Marca 9 - Liderana Bblica na Igreja

Mark Dever

Que tipo de liderana uma igreja saudvel possui? Uma congregao, comprometida com

Cristo, preparada para servir? Sim. Diconos que so modelos de servio nos assuntos da

igreja? Sim. Um pastor que fiel na pregao da Palavra de Deus? Sim. Mas

biblicamente, h uma outra coisa que tambm faz parte da liderana de uma igreja

saudvel: presbteros.

Como pastor, eu oro para que Cristo levante na nossa congregao homens cujos dons

espirituais e cuidado pastoral indiquem que Deus os chamou a serem presbteros oubispos (as palavras so usadas indistintamente na Bblia; veja por exemplo, em Atos 20).

Eu oro para que Deus faa crescer e capacite tais discpulos para o trabalho de

superviso pastoral da nossa congregao e para o seu ensino. Se ficar claro que Deus

concedeu dons a certo homem na igreja, e se, depois de muita orao, a igreja

reconhece seus dons, ento ele deveria ser escolhido como um presbtero.


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Todas as igrejas tiveram indivduos que executaram as funes de presbteros, mesmo

que lhes tenham chamado por outros nomes. O dois nomes usados pelo Novo

Testamento para este ofcio so episcopos (supervisor, bispo) epresbuteros (presbtero,

ancio). Quando evanglicos ouvem a palavra "presbtero", muitos imediatamente

pensam em "presbiteriano", contudo os primeiros congregacionalistas, no sculo XVI,

ensinavam que o presbiterato era um dos ofcios em uma igreja neotestamentria.

Presbteros podiam ser encontrados nas igrejas batistas nos Estados Unidos ao longo do

sculo XVIII e no sculo XIX. De fato, o primeiro presidente da Conveno Batista do Sul,

W. B. Johnson, escreveu um tratado no qual ele pedia que a prtica de ter uma

pluralidade de presbteros fosse reconhecida como bblica e seguida em um nmero

maior de igrejas batistas. O argumento de Johnson foi ignorado. Seja por desateno

para com a Bblia, ou pela presso da vida na fronteira onde as igrejas estavam

crescendo a uma taxa surpreendente, a prtica de cultivar tal liderana declinou. Mas a

discusso em documentos batistas quanto a reavivar este ofcio bblico continuou. At no

incio do sculo vinte, publicaes batistas continuavam se referindo a lderes pelo ttulo

de "presbteros".

"Mas biblicamente, h uma outra coisa que tambm faz parte da

liderana de uma igreja saudvel: presbteros."

Batistas e presbiterianos tem tido duas diferenas bsicas nas suas compreenses quanto

aos presbteros. Primeiro e fundamentalmente, batistas so congregacionalistas. Quer

dizer, eles entendem que o discernimento final nos assuntos da igreja repousa no com

os presbteros em uma congregao (ou alm dela, como no modelo presbiteriano), mas

com a congregao como um todo. Ento, batistas do nfase natureza consensual de

ao da igreja. Portanto, em uma igreja batista, os presbteros e todas as outras

comisses e comits agem no que , em ltima instncia, uma capacidade aconselhadora

para a congregao inteira.

Uma nota adicional se faz necessria sobre a autoridade da congregao reunida. Nada

diferente da congregao local reunida o tribunal final de apelao sob Cristo. Sempre

de novo no Novo Testamento, ns achamos evidncia do que parecia ser uma forma

primitiva de congregacionalismo. Em Mateus 18 quando Jesus estava ensinando os Seus

discpulos sobre como confrontar o irmo pecador, o tribunal final no o grupo de

presbteros, nem um bispo ou um papa, nem um conselho ou uma conveno. O tribunalfinal a congregao. Em Atos 6, os apstolos entregaram a deciso quanto aos

diconos para a congregao.

Nas cartas de Paulo, tambm encontramos evidncia desta suposio da responsabilidade

final da congregao. Em 1 corntios 5, Paulo no culpou o pastor, os presbteros ou os

diconos, mas a congregao como um todo por tolerar o pecado. Em 2 Corntios 2,

Paulo refere-se ao que a maioria deles tinha feito disciplinando um membro errante. Em


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Galats, Paulo conclamou as congregaes para julgarem o ensino que eles estavam

ouvindo. Em 2 Timteo 4, Paulo no reprovou somente os falsos mestres, mas tambm

aqueles que os pagavam para ensinar o que aqueles que tinham coceira nos ouvidos

queriam ouvir. Os presbteros lideram, mas eles assim fazem biblicamente e

necessariamente dentro dos limites reconhecidos pela congregao.

"Ento, batistas do nfase natureza consensual de ao da

igreja. Portanto, em uma igreja batista, os presbteros e todas as

outras comisses e comits agem no que , em ltima instncia,

uma capacidade aconselhadora para a congregao inteira."

A segunda discordncia quanto ao papel e responsabilidades dos presbteros.

Presbiterianos tenderam a dar nfase declarao de Paulo a Timteo em 1 Timoto

5:17, "Devem ser considerados merecedores de dobrados honorrios os presbteros que

presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino." A ltima

frase, alguns argumentaram, claramente sugere que haviam ancies cujo trabalho

principal no era pregar ou ensinar, mas governar ou reger. Esta a origem da distino

entre os presbteros regentes (presbteros leigos) e presbteros docentes" (pastores)

presbiterianos.

Mas "especialmente" (ou com especialidade) uma traduo questionvel da palavra

malista que, neste contexto, fica melhor traduzida por "certamente" ou

"particularmente. Um pouco antes em 1 Timteo 4:10, l-se, "porquanto temos posto a

nossa esperana no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente (malista)

dos fiis." Paulo parece estar indicando que tantas pessoas sero salvas sem crer

quantas dirigiro os negcios da igreja sem pregar e ensinar: em outras palavras,

nenhuma.

Batistas tenderam a dar nfase ao carter intercambivel dos termos "presbtero (ou

ancio), "bispo" (ou supervisor) e "pastor" no Novo Testamento, e mostraram que em

1 Timteo 3:2, Paulo falou a Timteo claramente que os ancies devem ser "aptos a

ensinar." E ele escreveu a Tito que o presbtero deve ser "apegado palavra fiel, que

segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como

para convencer os que o contradizem" (Tito 1:9). Os batistas, portanto, freqentemente

negaram a convenincia de ter presbteros que no so capazes de ensinar as Escrituras.

Porm, no que os batistas e os presbiterianos do sculo dezoito freqentemente

concordavam, era que deveria haver uma pluralidade de presbteros em cada igreja local.

Embora o Novo Testamento nunca sugira um nmero especfico de presbteros para uma

congregao em particular, ele refere-se claramente a "presbteros", no plural, nas

igrejas locais (por exemplo, Atos 14:23; 16:4; 20:17; 21:18; Tito 1:5; Tiago 5:14).

Minha prpria experincia confirma para mim a utilidade de seguir a prtica


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neotestamentria de ter, onde possvel, mais presbteros em uma igreja local do que

simplesmente o solitrio pastor, e de t-los dentre as pessoas arraigadas na

congregao. Esta prtica incomum entre as igrejas batistas hoje, mas h uma

tendncia crescente - e por uma boa razo. Foi necessrio nas igrejas do Novo

Testamento, e necessrio agora.

"Os presbteros lideram, mas eles assim fazem biblicamente e

necessariamente dentro dos limites reconhecidos pela

congregao."

Isto no significa que o pastor no tem nenhum papel distintivo. H muitas referncias

no Novo Testamento pregao e pregadores que no se aplicariam a todos os

presbteros numa congregao. Assim, em Corinto, Paulo se entregou exclusivamente

pregao de uma forma que presbteros leigos em uma congregao no poderiam (Atos

18:5; cf. 1 Corntios 9:14; 1 Timteo 4:13; 5:17). Pregadores pareciam ir expressamente

a uma algum local para pregar (Romanos 10:14-15), apesar de aparentemente

presbteros j fazerem parte da comunidade (Tito 1:5). (Para mais informaes sobre

esta distino, veja Uma Exibio da Glria de Deus - A Display of Gods Glory, [CCR:

2001].)

Entretanto, precisamos lembrar que o pregador, ou pastor, tambm fundamentalmente

um dos presbteros da sua congregao. Isso significa que decises que envolvem a

igreja, mas que no requerem a ateno de todos os membros, no deveriam recair

sobre o pastor apenas, mas sobre os presbteros como um todo. Apesar de isso ser, s

vezes, incmodo, traz os imensos benefcios de arredondar os dons do pastor,

compensando alguns dos seus defeitos, complementando o seu julgamento, e criando

apoio na congregao para as decises, deixando os lderes menos expostos a crticas

injustas. Tambm torna a liderana mais arraigada e permanente, e permite uma

continuidade mais amadurecida. Tambm encoraja a igreja a assumir mais

responsabilidade por sua prpria espiritualidade e torna a igreja menos dependente dos

seus empregados.

Muitas igrejas modernas tm uma tendncia de confundir os presbteros com a diretoria

da igreja ou com os diconos. Os diconos, tambm, preenchem um ofcio

neotestamentrio, fundamentado em Atos 6. Apesar de qualquer distino absoluta entre

os dois ofcios ser difcil, as preocupaes dos diconos so os detalhes prticos da vida

da igreja: administrao, manuteno, e o cuidado de membros da igreja com

necessidades fsicas. Em muitas igrejas hoje, os diconos assumiram algum papel

espiritual; mas a maior parte foi simplesmente deixada para o pastor. Seria benfico para

a igreja voltar a distinguir o papel de presbtero do de dicono.


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O presbiterato o ofcio bblico que eu exero como pastor: Eu sou o principal presbtero

pregador. Mas todos os presbteros deveriam trabalhar juntos para a edificao da igreja,

reunindo-se regularmente para orar e discutir, ou para formular recomendaes para os

diconos ou para a igreja. Claramente, esta uma idia bblica que tem grande valor

prtico. Se implementada em nossas igrejas, poderia ajudar imensamente os pastores

removendo peso dos seus ombros e removendo at mesmo as suas prprias pequenas

tiranias das suas igrejas. De fato, a prtica de reconhecer leigos piedosos, perspicazes e

fiis como presbteros outra marca de uma igreja saudvel.

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9 Marcas Uma Igreja Sauldavel