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VOLKSWAGEN do Brasil Ltda. Propaganda e Promoção de Vendas Via Anchieta, Km 23,5 São Bernardo do Campo - SP CEP 09823-990 Guia do Aluno Curso Mecânica Para Amadores Volkswagen

97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

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VOLKSWAGEN do Brasil Ltda.

Propaganda e Promoção de Vendas

Via Anchieta, Km 23,5

São Bernardo do Campo - SP

CEP 09823-990

Guia do Aluno

Curso Mecânica

Para AmadoresVolkswagen

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VOLKSWAGEN do Brasil Ltda.

Propaganda e Promoção de Vendas

Via Anchieta, Km 23,5

São Bernardo do Campo - SP

CEP 09823-990

Índice

Introdução

Conhecendo a Volkswagen e sua RedeProdutos VolkswagenMeios de comunicação/Rede/ClienteOs direitos e obrigações do ClienteIdentificação do veículoVin-Número de identificação do veículoO automóvel

45679

101112

Direção

O sistema de freios

Freio a discoFreio a tamborO sistema ABS

Rodas e Pneus

Gerenciamento eletrônico do motor

AtuadoresSistema de combustívelEscapamentosTipos de injeção eletrônicaEsquema elétricoClimatizadorCircuito de climatizaçãoIdentificação dos componentesClimatronicClimatizador convencionalUnidade de comando climatronic J225O alternadorA bateriaO motor de partida

O sistema elétrico do veículo

ChicotesConectores entre chicotesCentral elétricaTeclas do painelRede CAN-busChips

Aibags e cintos de segurança

Os airbags

Conceitos básicos de manutenção

A oficina inteligente

66

68707172

74

889498

100102104106107108110111112113114115

76788082848687

116118

120136

Transmissão

Sistema de traçãoElementos da transmissãoA embreagemA caixa de mudanças e o diferencialO conjunto coroa e pinhãoRelação de transmissãoTransmissões automáticas

Suspensão

Órgãos de rodagemSuspensão dianteiraSemi-árvore com articulação tripóideSuspensão traseiraBraços oscilantes integradosAmortecedoresSuspensão hidro-pneumáticaGeometria de direção

3839404142444547

505255565860626364

Motor

Tipos de motorPosicionamento do motor no veículoO motor e seus componentesOs componentes e suas funçõesO ciclo otto do motor de 4 temposO funcionamento sincronizado de todos os cilindrosO ciclo diesel do motor de 4 temposMecanismos das válvulasÁrvore de Comando de Válvulas/ duas ou mais por cilíndroVocê sabe qual é a diferença entre um motor de 8 e 16 válvulasAlguns termos comunsPotência e torqueSistema de aspiração forçadaSistema de lbrificação do motorSistema de aferrecimento

16171820222426272830313233343637

Page 3: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Há muito tempo o automóvel deixou de ser um luxo

de poucos para integrar-se definitivamente como

uma necessidade para uma grande parte da

população brasileira. Sua utilização torna-se

constante e a vida de quase todos nós passou a

depender dele, para o trabalho, para os

compromissos do dia-a-dia, para o lazer etc.

Desta forma, houve um crescimento vertiginoso da

quantidade de veículos circulando pelas ruas,

estradas e caminhos do país, que não cresceram,

nem evoluíram para acomodar harmonicamente o

grande volume, piorando cada vez mais as

condições de utilizações e a segurança no trânsito.

Diante desta situação o proprietário de um veículo

deve estar cada vez mais preparado para enfrentar

estas adversidades, conhecendo um pouco melhor

o automóvel, sua manutenção necessária e,

principalmente, sua utilização dentro dos padrões

de segurança. Infelizmente, as auto-escolas não

estão preparadas para nada além de

proporcionar ao cidadão a obtenção de sua

carteira de habilitação.

No sentido de suprir esta deficiência e

ampliar os seus conhecimentos quanto ao

automóvel, com uma série de informações

úteis que poderão auxiliá-lo na utilização,

manutenção e conservação do veículo e

ainda ajudá-lo numa situação de

emergência, é que a Volkswagen e o seu

Concessionário criaram e lhe oferecem o

curso “Mecânica VW para Amadores”.

É um prazer muito grande para nós tê-lo em

nossa companhia por alguns momentos do

seu precioso tempo e assim contribuirmos

para sua satisfação em relação aos produtos

Volkswagen e, principalmente, para

aumentar sua segurança no trânsito.

Introdução

4

Page 4: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

- A Volkswagen está no Brasil desde 1953

- Já produziu no Brasil quase 14 mihões de veículos

(03/08/2001)

São mais de 27.000 funcionários, produzindo em

torno de 3.000 veículos por dia.

O pessoal das linhas de fabricação recebe constante

treinamento e acompanhamento para a execução de

suas funções; também passa por uma atualização de

seus conhecimentos e habilidades, para a introdução

das novas tecnologias.

São quase 600 Concessionários Volkswagen, com

13.000 profissionais na área de Assistência Técnica.

SÃO CARLOS

Fábrica de MotoresRESENDE

Caminhões e Ônibus

CURITIBA

Conjunto Industrial

Conhecendo a Volkswagen e sua rede

Recebem regularmente os treinamentos

exclusivamente desenvolvidos para o

pessoal das oficinas. Isto os mantém

capacitados e atualizados para oferecer

serviços de manutenção e reparos, com

qualidade e confiabilidade, para a crescente

frota de veículos em constante

modernização tecnológica.

Somando o pessoal das fábricas e da Rede

de Concessionários, são mais de 40.000

profissionais.

5

ANCHIETA

Conjunto Industrial

TAUBATÉ

Conjunto Industrial

Page 5: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

GolGolfParatiSantanaQuantumPolo Classic

SaveiroVanKombi FurgãoKombi Standard

15 modelos de caminhões,

de 7 a 40 toneladas

4 modelos de chassis, para

ônibus, minibus e microônibus

PassatPassat VariantBoraNew BeetleEurovanCaravelle

Automóveis Comerciais leves ImportadosCaminhões e

Ônibus

Produtos Volkswagen

Motores

AT-1.000 Mi(Alto Torque) 8V

Mi

Cli

Gli

GLSi

Tsi

GTI

Plus

GLX

Modelo

Multipoint injection

Confort Luxury injection

Grand Luxury injection

Grand Luxury Super injection

Touring Sport injection

Grand Touring International

Popular com luxo

Grand luxury

Significado

Embora hoje, estas siglas sejam

pouco utilizadas, é interessante

sabermos seus significados

AP-1.600, 1.800 e 2.000 lt(Alta Performace) 8V

AP-2.000 lt(Alta Performace) 16V

EA-111 - 1.000 lt16V (RSH)

EA-111 - 1.600 lt8V (Entry Level)

EA-113 - 1.800 e 1.800 Turbo20V

EA-113 - 2.0008V

EA-113 - 2.80030V (Passat Importado)

Motor AR 1.6Kombi

6

Page 6: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Meios de comunicação Fábrica / Rede / Cliente

Literatura de bordo

Os dados técnicos e as orientações para utilização,

conservação e cuidados com a manutenção do veículo

estão descritos dentro da Literatura de Bordo, em

capítulos específicos e, dependendo do modelo, estão

localizados dentro de diversos livretes específicos.

Além destas informações, também estão detalhados

alguns conceitos que devem ser conhecidos para se

conduzir com segurança, economia e sem poluir o meio

ambiente. Vale a pena lembrar que a correta utilização do

veículo, bem como a execução de todos os serviços de

inspeção prescritos, ainda são pontos voltados à

preservação do valor do veículo e condição indispensável

para o direito à garantia. Estes assuntos poderão ser

encontrados nas literaturas abaixo:

1 - Literatura de Bordo (dependendo do modelo) ou 4

livretes específicos (com as informações correspondentes à

Literatura de Bordo)

Dispositivos de Segurança

Informações sobre os dispositivos de segurança passiva do

veículo, tais como cintos de segurança, airbags e apoios

para cabeça, bem como tudo o que se deve saber sobre a

segurança dos ocupantes, especialmente crianças.

Instruções de Utilização

Descrição da localização e funcionamento dos diversos

elementos de comandos no painel de instrumentos, da

forma de se regular os bancos, dos procedimentos para

assegurar um clima agradável dentro do veículo, como

colocar o motor em funcionamento, etc.

Conselhos Práticos

Conselhos para uma condução ecológica, uma correta

conservação e manutenção do veículo.

Dados Técnicos

Números de identificação do veículo, valores

homologados junto aos orgãos governamentais,

dimensões e capacidades, além de dados adicionais de

consumo de combustível.

2 - Manual Básico de Segurança no Trânsito

Informações importantes sobre normas de

circulação e conduta, infrações e

penalidades, direção defensiva e cuidados

básicos de primeiros socorros.

3 - Livrete de Manutenção e Garantia

Contém os dados de identificação do seu

veículo, os Serviços de Inspeção e as

condições de garantia. Nele são registradas

as manutenções efetuadas, o que poderá

ser importante numa reclamação de

garantia. É necessário apresentá-lo ao levar

o veículo ao Concessionário.

4 - Livrete de Facilidades para o Cliente

Informa sobre os Concessionários

Volkswagen em todo o território nacional:

endereços, telefones, serviços disponíveis e

horários.

5 - Manual de Instruções do Rádio

É fornecido para os veículos equipados com

rádio ou outro sistema de som, e contém as

orientações para sua operação.

7

Man

ual B

ásic

o

de S

egur

ança

no T

râns

ito

Golf

Dados Técnicos

GolfConselhos Práticos

Facilidades

para o cliente

Rede Vokswagen

Sistema de Som

Premium

GolfInstruções de Utilização

GolfDispositivos de Segurança

GolfManutenção e Garantia

Page 7: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

É um canal de comunicação direta do Cliente com a

Fábrica, e visa assegurar a qualidade máxima de

atendimento e serviços prestados

pela Rede Autorizada Volkswagen.

O Sistema de Informação de Qualidade constitui-se

numa pesquisa junto ao Cliente, aferindo sua

satisfação em relação aos serviços prestados pelo

Concessionário.

O Cliente envia à Fábrica, questionários que

responde em 30 dias, 10 meses e 20 meses após a

compra do veículo. As questões abordam a entrega

do veículo, as manutenções periódicas, e os serviços

de garantia e pós-venda.

Todas as informações enviadas pelos Clientes são

tabuladas, possibilitando à Fábrica detectar pontos

fracos em cada um dos Concessionários e

implementar, rapidamente, ações que venham a

corrigí-los, preservando desta forma a satisfação do

consumidor Volkswagen.

Portanto sua participação no Sistema de Informação

de Qualidade é muito importante para garantir o

atendimento de todas as suas expectativas em

relação ao produto Volkswagen e aos serviços

prestados pelo seu Concessionário.

Rede

O seu Concessionário Volkswagen está preparado

para atendê-lo em todas as suas expectativas.

Para tanto, ele mantém modernas e atualizadas

instalações totalmente equipadas e uma equipe

de profissionais constantemente treinados pela

Fábrica.

Apesar disto, existe a possibilidade de você não

ficar satisfeito com algo específico no seu

veículo, ou com o serviço realizado. Neste caso,

Você pode procurar o "RAC" - Responsável pelo

Atendimento ao Cliente do Concessionário,

para registrar suas reclamações, dúvidas ou

sugestões.

Fábrica

Regionais de Vendas, contatados pessoalmente,

por carta, telefone ou fax ou e-mail , que estarão

à sua disposição para ajudá-lo no que for

necessário. Os telefones e endereços destes

setores encontram-se no seu Manual de

Facilidades para o Cliente.

Caso ainda não tenha ficado satisfeito com a

solução apresentada pelo Concessionário para

suas solicitações, você pode contatar a Fábrica

através da "Central de Satisfações do Cliente

Volksvagen”.

Caso ainda não tenha ficado satisfeito com a solução apresentada pelo Concessionário

para suas solicitações, você pode contatar a Fábrica através da "Central de Satisfações

do Cliente Volksvagen”.

SIQ - Sistema de Informação de Qualidade

8

Atendimento a clientes

Page 8: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Entendemos por “Direitos do Cliente” aqueles que o

consumidor adquire na compra de um bem ou

serviço.

No caso do Cliente Volkswagen, estes direitos não se

restringem apenas a ter seu veículo perfeito e em

ordem. Vão mais além. Ele tem o direito de ter suas

expectativas, em relação ao produto e em relação ao

atendimento com qualidade, perfeitamente

atendidas.

Por outro lado, para que estes direitos possam ser

atendidos, o Cliente possui, como obrigação, a

execução correta dos “Serviços de Inspeção” e o uso

adequado do veículo.

No livrete “Manutenção e Garantia Volkswagen”

encontram-se todas as informações referentes aos

Serviços de Inspeção e seus registros, que devem ser

seguidos rigorosamente dentro da quilometragem e

periodicidade indicadas, para que o Cliente possa

usufruir dos direitos de garantia.

Neste mesmo livrete também estão contidas, as

“Condições de Garantia” a que o Cliente tem seu

direito adquirido.

Recomendamos, portanto, que você leia atentamente

este manual e tire suas possíveis dúvidas junto ao seu

Concessionário Volkswagen.

Outro ponto para o qual chamamos a sua atenção é

quanto à vinculação do direito de garantia ao uso

adequado do veículo, que entende-se como a sua

utilização normal, em vias oficiais e em condições

normais de trânsito, e dentro das limitações do

próprio veículo.

O uso indevido do veículo e/ou modificações de suas

características normais implicam em cancelamento

do direito de garantia.

A seguir, damos alguns exemplos para que fique claro

o que considera-se como uso indevido e alterações

do produto:

1- Você entrou com seu veículo num local alagado e

em função disto danificou o seu motor e o interior do

veículo.

2- Você não verificou o nível de óleo do

motor e este engripou por falta de óleo.

3- Você rodou por um caminho não oficial,

sem condições de tráfego, e bateu o carter

do motor em uma pedra, ocasionando a

perda do óleo e engripamento do motor.

4- Você abasteceu seu veículo a álcool com

gasolina, por engano do frentista do posto,

o que veio a danificar seu motor.

5- Você substituiu as rodas originais por

outras de qualidade duvidosa e uma delas

rompeu-se causando um acidente.

6- Você rebocou um trailer com peso além

das especificações contidas na Literatura

de Bordo, danificando a embreagem e as

juntas homocinéticas.

7- Você instalou um turbocompressor e o

motor e a transmissão se danificaram.

Claro que os casos acima apontados

constituem-se apenas em alguns exemplos

de uso indevido e alterações do produto,

que certamente implicarão no

cancelamento da garantia. Seria impossível

relacionar aqui, ou em qualquer outro

material, todas as condições que implicam

na perda dos direitos do consumidor.

Você sendo, como é, uma pessoa de bom

senso, saberá quais são suas obrigações e

cuidados para com o veículo, a fim de

preservar seus direitos como consumidor

de um produto Volkswagen.

O seu Concessionário terá o máximo prazer

em orientá-lo em caso de dúvida. Neste

caso, consulte-o sempre.

Os direitos e obrigações do cliente

9

Page 9: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O veículo é identificado por números gravados, que servem para legalizá-lo junto aos

órgãos competentes e também possibilitar sua identificação em casos de roubo,

dificultar adulterações no veículo etc..

Identificação do veículo

Etiquetas destrutíveis na coluna

da porta dianteira direita, chassi

e ano de fabricação

Gravação no pára-brisa,

nos vidros laterais e

traseiro

Etiqueta destrutível

9 B W Z Z Z 3 7 7 V T 0 0 4 2 5 1Identificação

internacional do

fabricante

Tipo de veículoAno de fabricação e

fábrica que produziu

Numeração seqüencial do

veículo

A

Há um padrão internacional para codificar o número de chassi, por meio de 17 dígitos

("VIN" — Vehicle Identification Number)

Gravação principal

na carroceria

Etiqueta destrutível

10

Page 10: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

POSIÇÃO 1 2 3 4 10

Área Geográfica / Continente

País

Fabricante

Carroceria

Motor

Sistema de Segurança

Classe do Veículo

Dígito Verificador

Ano-Modelo

Código da Planta

Número Sequencial

5 6 7 8 9 12 13 14 15 16 17 11

Outras identificações do veículo

VIN - Número de identificação do veículo

Número da

carroceria

Identificação do

fabricante

11

Page 11: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Sketches desenvolv idos pe los

designers da Volkswagen: criatividade

associada à tecnologia

emissões, elevar os níveis de segurança

ativa e passiva, fazer melhor uso dos

materiais e desenvolver novas opções.

Naturalmente, o objetivo é fazer que, cada

vez mais, nossos produtos ofereçam ao

consumidor melhores itens de conforto,

conveniência e benefícios práticos.

O fantástico progresso tecnológico ocorrido nos

últimos anos tem sido o fator mais importante para a

modernização do automóvel, o qual figura entre os

produtos que mais têm evoluído.

Engenheiros de desenvolvimento trabalham com

dedicação para tornar nossos produtos mais

confiáveis e, ao mesmo tempo, reduzir seus custos

com manutenção, consumo de combustível,

O automóvel

12

Page 12: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O departamento de Design da Volkswagen do Brasil está apto a desenvolver produtos de classe

mundial.

O design dos veículos Volkswagen não envelhece, o que traz maior valor de revenda.

Além de bonitos são desenhados para serem funcionais – nada é gratuito, tudo tem uma utilidade.

A tecnologia é um poderoso aliado, mas o fator humano ainda é fundamental no desenvolvimento

dos produtos.

13

Page 13: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Nosso intuito agora é apresentar-lhe uma série de

conhecimentos e informações sobre esta máquina

complexa, o automóvel.

Contudo, por razões práticas, iremos nos ater, neste

curso, apenas aos sistemas indicados nos desenhos

esquemáticos seguintes.

As abordagens serão válidas não somente para

o automóvel, mas também para os veículos do

tipo comercial leve.

Transmissão

Suspensão

Dianteira

Suspensão

Traseira

Freios

Motor

14

Page 14: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Iremos enfocar as configurações mais comuns:

veículos com tração dianteira, com motor a gasolina

ou a álcool, e injeção eletrônica. As variações em

relação a isto poderão ser abordadas pelo instrutor do

curso, na medida do interesse dos participantes.

Sistema

Elétrico

Segurança

Air Bag

Sistema de

Direção

15

Page 15: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Atualmente quase todos os automóveis são equipados com motores de combustão interna.

Esses motores utilizam a energia química de uma mistura de ar e combustível, energia essa que se

transforma em calor, pela combustão; e convertem-na finalmente em trabalho mecânico.

Os combustíveis mais comumente utilizados são a gasolina e o álcool.

Os motores movidos a diesel e a gás, comuns em veículos comerciais e industriais, não serão tratados

neste curso.

Motor

O desenvolvimento científico e tecnológico, a aplicação de novos materiais e os avanços da eletrônica

têm permitido a construção de motores mais compactos, mais leves, de funcionamento mais suave,

com melhor desempenho, econômico e pouco poluente.

Mais do que nunca, os projetistas têm a missão de conciliar um excelente desempenho, um baixo

consumo de combustível, e uma reduzida emissão de gases poluentes, isto para atender à

regulamentação estabelecida pelos órgãos governamentais de preservação ao meio ambiente.

16

Page 16: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

MOTOR DE 6 CILIND ROSEM LINHA

MOTOR BOXERDE 4 CILINDROS

MOTOR V-6

Tipos de motor

O tipo de motor a ser aplicado depende das

características do projeto geral do veículo, tais

como tamanho e finalidade do veículo,

performance desejada, espaço disponível para o

motor etc...

17

Page 17: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Posicionamento do motor no veículo

Motor longitudinal

18

Page 18: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Motor transversal

19

Page 19: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O motor e seus componentes

Tampa do Cabeçote

Cabeçote

Bloco do Motor

Coletor de Escape

Turbo

Junta do Cabeçote

Carter

Polia da Árvore de Manivelas

Coletor de Admissão

Anéis

Volante

Biela

Pino

Pistão

Válvulas

Tucho

Árvore do Comando de Válvulas

Um motor de combustão interna possui duas partes

principais: os componentes fixos (bloco, cabeçote,

cárter etc.), e os componentes móveis (árvores de

manivelas, comando de válvulas, bielas, pistões

etc.)

Motor 1.0 Hitork - 16V Turbo

Motor AP 2000 16V

20

Árvore deManivelas

Page 20: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Tampa do Cabeçote

Cabeçote

Coletor de Escape

Pistão

Biela

Tucho

Anéis

Cárter

Bloco do Motor

Árvore de Manivelas

Volante

Polia da Árvore de Manivelas

Junta do Cabeçote

Válvulas

Árvore decomando deválvulas

21

Pino do Pistão

Page 21: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O bloco foi projetado para agregar os

componentes externos e internos do

motor. Construido em ferro fundido,

possui galerias para refrigeração e

lubrificação do motor.

Os componentes e suas funções

Cabeçote Motor 16VBloco do Motor

O bloco do motor e o cabeçote estão entre os

componentes principais. O bloco do motor contém

os cilindros, mecanismo da árvore de manivelas,

pistões e o cárter. A função destes componentes é

retirar o trabalho realizado na cabeça do pistão e

transmiti-la ao sistema de transmissão para as

rodas. O bloco do motor pode ser feito em ferro

fundido cinzento ou de liga leve. Os cilindros podem

ser usinados diretamente no bloco ou formados por

camisas de cilindros inseridas em alojamentos

específicos do bloco. Este recurso é muitas vezes

utilizado em blocos de liga leve ou em blocos cuja

camisa trabalhe diretamente nas câmaras de

circulação do líquido de arrefecimento. Um bloco de

motor contém também as bombas dos sistemas de

arrefecimento e lubrificação, suas câmaras e canais,

suportes do motor e componentes periféricos

auxiliares.

O cabeçote realiza o fechamento superior

dos cilindros. Nele, em geral estão

instaladas uma ou duas árvores de

comando de válvulas, as válvulas de

admissão e escape, as velas de ignição e

as válvulas injetoras. Juntos, o cabeçote e

os pistões, formam a câmara de

combustão. Por razões de peso e

condutividade térmica, quase todos os

motores de ciclo Otto possuem cabeçotes

de liga de alumínio. Dependendo da

configuração dos fluxos dos gases de

admissão e escape, é feita uma distinção

entre cabeçote com fluxo cruzado e de

fluxo convencional.

É de alumínio, e nele estão alocados

dois eixos de comando de válvulas

sendo: um para admissão e outro para

escape. Assim como 16 válvulas e seus

respectivos tuchos hidráulicos e molas.

22

Page 22: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Bloco do Motor

Cabeçote

23

Page 23: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

o pistão sobe, empurrado pela

árvore de manivelas, as válvulas

estão fechadas e a mistura (ar +

combustível) é comprimida.

ocorre uma centelha elétrica na vela

de ignição, a mistura (ar +

combustível) entra em combustão. As

válvulas estão fechadas, a pressão se

eleva violentamente, empurrando o

pistão para baixo e dando um forte

impulso na árvore de manivelas. Este

é o tempo que produz trabalho.

o pistão sobe, empurrado pela

árvore de manivelas, a válvula de

escape está aberta. Os gases

queimados são expelidos para a

atmosfera, através do sistema de

escapamento.

Fica liberado o cilindro para a realização de um novo

ciclo, e assim os ciclos se repetem sucessivamente,

para o motor continuar funcionando.

O ciclo otto do motor de 4 tempos

4º Tempo: escape

2º Tempo: compressão

3º Tempo: combustão

1º Tempo: admissão

o pistão desce, puxado pela árvore

de manivelas, a válvula de admissão

está aberta. A admissão da mistura

(ar + combustível) ocorre por sucção.

Nos motores de 4 tempos, cada cilindro necessita de 4

movimentos do pistão, e 2 voltas completas da árvore de

manivelas, para completar um ciclo de trabalho.

24

Page 24: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Admissão

Combustão

Compressão

Escape

25

Page 25: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Nas páginas anteriores vimos como funciona um

cilindro, como os 4 tempos se processam de modo

seqüencial, graças ao movimento ou funcionamento

sincronizado dos componentes: árvore de manivelas,

pistão, válvulas e vela de ignição.

O funcionamento sincronizado de todos os cilindros

Para completar o nosso entendimento sobre

um motor de vários cilindros, basta pensar o

seguinte: num motor de 4 cilindros, por

exemplo, cada cilindro executa sua sucessão

de ciclos, mas de maneira defasada, segundo

o que se chama de ordem de ignição; se a

ordem de ignição é 1-3-4-2, num determinado

momento o cilindro 1 estará no tempo de

combustão; na meia-volta seguinte do árvore

de manivelas, será o cilindro 3 que estará no

tempo de combustão; na próxima meia-volta

será o cilindro 4, e assim por diante.

26

Page 26: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O motor diesel de 4 tempos também funciona segundo um ciclo; as diferenças em relação ao ciclo

Otto são:

No 1º tempo, de admissão. É admitido apenas ar;

No 2º tempo, de compressão, apenas ar é comprimido;

No 3º tempo, de combustão, não há centelha (o motor diesel não tem velas de ignição); o diesel é

injetado na câmara de combustão, em meio ao ar comprimido, e entra em combustão espontânea

violenta;

O 4º tempo, de escape, é idêntico ao do ciclo Otto.

O ciclo diesel do motor de 4 tempos

27

Page 27: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Os modernos projetos de motores, quase sempre

mostram válvulas localizadas no cabeçote e uma ou

mais árvores de comando das válvulas também

localizadas no cabeçote.

Tuchos do tipo copo convencionais são utilizados para

transmitir a elevação do came de acionamento para a

válvula. Este sistema, além de ser menos silencioso,

exige manutenção periódica, visando repor a

regulagem ideal da folga das válvulas.

Tuchos de compensação hidráulica correspondem a

outra forma de mecanismo de válvulas que podem ser

utilizados.

Os balancins localizados no cabeçote transferem o

movimento do came indiretamente às válvulas. Eles

podem atuar como alavancas e assim aumentar a

abertura total das válvulas. Em motores multiválvulas

(mais do que duas válvulas por cilindro) utilizando

balancins, é possível o uso de apenas uma árvore de

comando por cabeçote, ao invés de duas.

Quando se utiliza balancins para o acionamento das

válvulas, estes devem ser pivotados através de um eixo

situado entre a árvore de comando e a válvula. Se a

árvore de comando é montada no bloco do motor, e

não no cabeçote, serão necessárias hastes adicionais

de acionamento para a transferência do movimento da

árvore de comando aos balancins. Entretanto, este

princípio, hoje obsoleto, necessita de um grande

número de partes móveis e por isto menos adequado

para motores de alta performance.

Válvulas no cabeçote (OHV Overhead

Valves), árvore de comando de válvulas no

cabeçote (OHC Overhead Camshaft) e

duplo comando no cabeçote (DOHC

Double Overhead Camshaft), são os tipos

de construções adotadas para o

mecanismo das válvulas. Os tuchos de

válvulas hidráulicos são usados para

manter constante e adequada a abertura

das válvulas. Quando o motor está

funcionando, o óleo lubrificante é enviado

sob pressão para um êmbolo alojado no

tucho. Este êmbolo atuará realizando o

ajuste hidráulico, eliminando folgas e

compensando desgastes, visando manter

constantemente o ajuste adequado para o

acionamento das válvulas. Este recurso,

além de tornar o funcionamento do motor

mais suave, também diminui as

necessidades de manutenções periódicas.

Quase todos motores de alta potência dos

dias atuais, têm árvores de comando no

cabeçote. Esta construção reduz a

quantidade de peças móveis, reduzindo

também o peso do motor.

Mecanismo das válvulas

Benefícios ao consumidor: os tuchos hidráulicos

dispensam ajustes periódicos e manual das folgas

das válvulas.

28

Page 28: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Árvore de comando no

bloco, com válvulas

operadas por hastes de

acionamento

Válvulas por balancim

com tuchos hidráulicos

Válvulas operadas

por tuchos do tipo

copo

Motor multiválvulas com

uma árvore comando no

cabeçote

29

Page 29: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Atualmente, a razão principal para adotar

cabeçotes de cilindro com muitas válvulas

são as emissões mais reduzidas no escape e

consumo de combustível otimizado. Motores

de três válvulas por cilindro, têm duas

válvulas de admissão e uma de escape.

Motores de quatro válvulas têm duas válvulas

de admissão e duas de escape, e motores de

cinco válvulas por cilindro têm três válvulas

de admissão e duas de escape por cilindro.

Benefícios ao consumidor : otimizações nos

fluxos de mistura proporcionam mais eficiência

volumétrica e de combustão, resultando em

níveis mais reduzidos de emissões.

Árvore de comando de válvulas/duas ou mais por cilindro

A função da árvore de comando de válvulas no

momento e na ordem correta é, desta forma,

permitir o fluxo adequado dos gases pelo motor.

Adicionalmente ao sistema convencional, onde os

tempos de abertura e fechamento das válvulas são

fixos , novos conceitos têm sido aplicados aos

motores utilizando árvores de comando com

controle variável.

Em um cabeçote no qual o fluxo dos gases ocorre

de forma cruzada, os canais de admissão e escape

estão em lados opostos. Isto permite menor

resistência aerodinâmica aos fluxos, facilitando o

enchimento e a limpeza dos cilindros.

Nos cabeçotes em que o fluxo dos gases ocorre de

forma convencional, os canais de admissão e de

escape, estão do mesmo lado. Este lay-out permite

percursos mais curtos para os gases quando se usa

um turbocompressor, porém, esta configuração

ocupa mais espaço em um dos lados do motor e

dificulta o caminho ideal para os fluxos de

admissão e de escape.

Em todos os motores de quatro tempos a

árvore de comando gira a metade da rotação

do motor. Pode ser acionada diretamente

pela árvore de manivelas, por engrenagens,

correntes ou por correia dentada.

Se o motor tem duas válvulas por cilindro,

isto quer dizer uma válvula de admissão e

uma de escape , que podem estar dispostas

em paralelo ou em “V”.

Essas válvulas são operadas por apenas uma

árvore de comando.

A principal razão para se desenhar motores

multiválvulas foi obter resultados de

potência mais elevados. A explicação para

isto é que duas ou mais válvulas de

admissão ou de escape proporcionam maior

eficiência de enchimento dos cilindros,

resultando em melhor rendimento do motor

para uma mesma cilindrada.

30

Page 30: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Em geral, a maioria dos motores têm 4 cilindros.

Cada cilindro tem duas válvulas: uma que permite a

entrada da mistura ar/combustível para o cilindro, e

a outra que permite a saída desta mistura queimada,

para fora do cilindro.

Portanto, o motor de 4 cilindros comum dispõe de 8

válvulas, sendo: 4 cilindros x 2 válvulas por cilindro.

Na versão 16V, cada cilindro tem 4 válvulas, sendo:

duas de admissão e duas de escape.

Com o aumento do número de válvulas, o pistão, ao

descer no tempo de admissão, aspira mais mistura

para o cilindro. Conseqüentemente, a queima será

mais forte, elevando a potência e o desempenho do

motor.

Portanto, o motor 16V consegue um enchimento

maior e mais rápido da mistura, em rotações

medianas e altas, considerando-se que o tempo de

enchimento da mistura é muito pequeno, veja o

exemplo abaixo:

- 3000 rpm o tempo de admissão é de 0,01 s.

- 6000 rpm o tempo cai para 0,005 s.

Você sabe qual é a diferença entre um motor de 8 e 16 válvulas?

Portanto, para preencher o cilindro

nestas condições, é necessário aumentar

a área de passagem da mistura através

do maior número de válvulas, podendo

assim aumentar a potência e o

desempenho do motor.

Já, essa maior área de passagem, não

contribui em nada nas baixas rotações.

Pois o tempo de admissão é suficiente

para atender as necessidades de

aspiração do motor.

Vamos conhecer as características desse

motor !!

31

Page 31: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

PMS

É o "ponto morto superior", a posição

mais avançada que o pistão atinge no seu

movimento para cima.

PMI

É o "ponto morto inferior", a posição

mais baixa que o pistão atinge no seu

movimento para baixo.

Curso dos pistões

É a distância entre o PMS e o PMI, expressa em

mm.

Cilindrada

É o volume deslocado por todos os pistões, em

um ciclo completo do motor.2

É igual p 3,1416 x (raio do cilindro ) curso x

número de cilindros/1000 (medidas em

milímetros).

A cilindrada é expressa em cm3 ou em litros.

Por exemplo, um motor 1.6 tem

aproximadamente 1,6 litros ou 1600 cm3.

PMS

PMI

Alguns termos comuns

Taxa de compressão (ou Relação de

Compressão) é a razão numérica entre o

volume inicial e o volume final da

câmara de combustão de um cilindro;

corresponde à redução de volume da

mistura, durante o tempo de

compressão.

Por exemplo, se a taxa de compressão é

de 9:1, significa que o pistão comprime a

mistura para um volume 9 vezes menor

que o volume inicial.

32

Page 32: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Potência era anteriormente especificada como

"cavalo força" (cv ou hp). 1 cavalo força era o

equivalente a levantar um peso de 75 kg na altura

de 1 metro em 1 segundo.

1 sec

1 m

75 Kg

-1Rotação do motor (min x 100)

10

10

20

20

30

30

40

40

50

50

60

60

80

100

120

140

160

Po

tên

cia

de

sen

volv

ida

(kW

)

Torq

ue

(N

m)

Um Watt corresponde à quantidade de

energia necessária para realizar o

trabalho de um Newton-metro em um

segundo. (1kW = 1000 watt). Um ser

humano pode realizar por volta de 1/10

kW continuamente, ou chegar a um pico

durante um curto período, umas 20

vezes mais alto.

1 kW = 1,36 hp

1 hp = 0,735 kW

1 kgf - 9,8 Newton (N)

Potência e torque: ambos dependem da

rotação do motor. O objetivo é produzir

curvas mais suaves e uniformes possível.

Entre os dados mais importantes de um motor,

estão suas curvas de potência e torque. Como

potência entedemos o trabalho realizado (força

multiplicado pela distância de deslocamento)

dentro de um certo tempo.

Potência = Trabalho / tempo

A potência tem sido especificada em cavalos vapor

(cv) ou em hp (inglês - horse power) em função do

método comparativo pelo qual se obtinha seus

valores. Desde 1985, a potência deve ser

especificada em quiloWatts (kW) e, a partir do final

de 1999, os dados atualmente especificados em

cavalos (cv ou hp), devem deixar de serem

utilizados.

No gráfico, podemos observar que a potência

desenvolvida depende da rotação do motor.

O torque corresponde a força atuando em relação a

um ponto de apoio.

(Torque = força x distância do ponto de aplicação).

Logo alterando-se a intensidade da força ou a

dimensão da alavanca, ocorrem também alterações

no resultado de torque.

Espera-se de motores modernos que tenham

o mais alto torque possível, mesmo em

rotações muito baixas, e que sejam capazes

de manter estes valores numa ampla faixa de

rotação do motor. Isto faz com que o motor

tenha uma grande elasticidade, exigindo

mínimas trocas de marchas tornando-se

econômico no uso. A melhor faixa de

consumo específico de um motor é a de

rotação onde se apresenta seu torque

Potência e torque

33

Page 33: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O supercompressor “G” consiste de uma

espiral externa, que é uma parte fixa na sua

carcaça, e uma espiral interna, que gira sobre

uma placa de suporte. O movimento rotativo

cria cavidades entre as espirais que se abrem

e fecham. Como resultado, o ar é deslocado e

comprimido para o interior dos cilindros.

1

2

3

5

4

SUPERCOMPRESSOR D E

FORMA ESPIRAL

Entrada do ar aspiradoEspiral externa

Espiral interna

Pinhão de acionamento

Saída do ar comprimido

1

2

3

4

5

1

2

34

6

57

8

TURBOCOMPRE SSOR

(ACIONADO PELO ESCAPE)

Ar comprimido para o motor

Ar aspirado do filtro de ar

Câmara do ar admissão

Rotor do compressor

Rotor da turbina

Câmara dos gases de escape

Gás do escape do motor

Escape para o silencioso

1

2

3

4

5

6

7

8

Sistema de aspiração forçada

São sistemas que comprimem o ar aspirado antes

deste entrar na câmara de combustão, visando

otimizar a eficiência volumétrica do motor e,

conseqüentemente, o enchimento dos cilindros. Com

este recurso obtêm-se uma potência mais elevada para

uma mesma cilindrada do motor.

O turbocompressor, que é o recurso mais usual de

sobrealimentação de motores, se caracteriza por

utilizar a energia dos gases de escape para pressurizar

a linha de admissão do motor. Para isto, possui duas

turbinas, solidárias por uma pequena árvore de

transmissão: a primeira tem um rotor que é girado pela

energia contida nos gases de escape, produzindo

altíssimas rotações.

Essas rotações são transmitidas ao rotor de

compressão do turbo, onde ocorre a aspiração e

compressão do ar, a valores de até 1,5 bar acima da

pressão atmosférica. O recurso tem o inconveniente

de aquecer o ar. Em geral para minimizar este efeito,

um resfriador de ar (intercooler) é colocado no circuito

posicionado entre o turbo e a câmara de combustão.

Isto é necessário porque o ar mais frio tem um volume

menor. Graças ao intercooler, maior massa de

oxigênio pode ser forçada para dentro do cilindro,

visando otimizar ainda mais energia nos processos das

combustões.

Outro recurso de sobrealimentador que está

ganhando espaço é o supercompressor. Este se

caracteriza por ser acionado mecanicamente pela

árvore de manivelas. Existem diversos tipos deste

sistema, destacando-se o tipo espiral ou

supercompressor “G” que, por não utilizar os gases de

escape para obtenção de energia, se torna mais

compacto e de fácil aplicação.

34

Page 34: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Para se obter um efeito semelhante a aspiração

forçada podemos lançar mão dos coletores de

admissão variáveis. As pulsações que ocorrem no

coletor, com efeito de sucção do pistão durante seu

movimento de admissão, formam colunas de ar

pulsantes nos dutos do coletor. Variando o

comprimento dos dutos de admissão, varia-se,

conseqüentemente, o volume de ar disponível para

admissão.

Com isto, pode-se criar uma força adicional

que pressuriza mais ou menos ar para o

interior dos cilindros, melhorando a eficiência

volumétrica, e que pode ser adequado às

diversas faixas de rotações do motor. O

comprimento dos dutos de admissão são

variados e controlados por válvulas que

oscilam em função da rotação do motor,

unindo ou separando seções do coletor.

Benefícios ao

consumidor: melhor

eficiência volumétrica

nos cilindros,

produzem elevado

torque numa faixa

mais ampla de

rotações do motor e

também potências

mais elevadas. Isto

resulta em melhor

aproveitamento na

densidade de energia

contida no

combustível.

35

Page 35: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O sistema de lubrificação do motor

O óleo lubrificante do motor sofre uma

perda gradativa de suas propriedades,

em razão de oxidação e contaminação.

Por isto, precisa ser trocado a intervalos

regulares de quilometragem; para

veículos que rodam muito pouco, é

preciso trocá-lo a intervalos regulares de

tempo, mesmo que a quilometragem de

uso não tenha sido atingida.

O filtro de óleo também vai perdendo

sua capacidade de filtrar, e precisa ser

trocado conforme recomendações do

Livrete de Manutenção e Garantia.

Cárter

Retorno do óleo para o

cárter.

Filtro de óleo

Lubrificação da árvore de

manivelas e dos injetores

de óleo.

Bomba de óleo

Lubrificação dos cames e

mancais da árvore de

comando de válvulas e dos

tuchos.

Pescador

Na lubrificação de um motor, o óleo que circula exerce

várias funções:

lubrificar, para reduzir o atrito entre as peças que se

movimentam, e assim:

facilitar o movimento;

reduzir o desgaste das peças;

Tornar mais silencioso o movimento;

refrigerar as áreas críticas, pois transporta o

calor e o transfere para partes mais frias;

limpar, pois transporta partículas originadas

pelo desgaste e resíduos produzidos pela

combustão, que serão separados pelo filtro, ou

decantados;

proteger as superfícies das peças contra a

oxidação.

36

Page 36: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Em razão, principalmente, da combustão da mistura de combustível,

é gerada uma enorme quantidade de calor, e o motor se aquece,

especialmente na região superior da câmara de combustão.

Para evitar a auto-detonação da mistura e a danificação dos

componentes do motor, o sistema de arrefecimento faz circular o

líquido de arrefecimento do motor, que leva o calor das partes

quentes para o radiador, onde ele perde calor para o ar, e retorna ao

motor.

1 MANGUEIRAS

6 RADIADOR DE

ARREFECIMENTO

Resfria o líquido proveniente do

motor; parte do calor passa para os

tubos, e destes para o ar ambiente.

3 VÁLVULA TERMOSTÁTICA

Controla o fluxo de água, em função

da temperatura do motor.

Para melhorar a eficiência do resfriamento, evitar a corrosão das partes metálicas em contato com o líquido, e

a formação de resíduos que obstruiriam o sistema, não se utiliza água simplesmente. Deve ser utilizada uma

solução de água e aditivo apropriado, e deve-se verificar o nível de líquido semanalmente, completando-o se

necessário. Atente para maiores informações na Literatura de Bordo do seu veículo.

7 RESERVATÓRIO DE EXPANSÃO

4 ELETROVENTILADOR

Provoca uma circulação forçada de ar,

através do radiador, em caso de

aumento da temperatura do líquido de

arrefecimento.

5 INTERRUP TOR TÉRMICO

Controla o funcionamento do

eletroventilador, em função da

temperatura do líquido de

arrefecimento.

1

2

3

4 5

6

7

O sistema de arrefecimento

Circulando de maneira controlada, o líquido de

arrefecimento do motor mantém o motor numa

faixa de temperatura ideal para seu bom

funcionamento.

37

2 BOMBA D'ÁGUA

Força a circulação do líquido de

arrefecimento.

Page 37: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

69

Transmissão

A bicicleta foi o primeiro veículo de “tração traseira”, um layout que

rapidamente se tornou comum nos tempos iniciais dos veículos a

motor e que ainda hoje está em uso, principalmente nos automóveis

de potências mais elevadas. O acionamento por árvores de

transmissão (cardans), utilizado para retirar a energia da caixa de

mudanças e transmiti-la ao eixo traseiro, foi a maneira de enfrentar

as potências desenvolvidas e que chegam até três dígitos. Mesmo a

transmissão por corrente foi utilizada para manusear os modestos

cavalos de força das primeiras “carruagens sem cavalos”.

A necessidade de várias relações de transmissão foi identificada logo

nos primórdios dos veículos a motor. Mesmo na virada do século, os

engenheiros estavam perfeitamente cientes de que selecionar e

engatar diferentes engrenagens poderia ser um processo complexo e

tedioso. O francês Louis Bonneville exibiu a primeira transmissão

automática, em 1900, com relações de engrenagens selecionadas em

conformidade com a velocidade. Entretanto, iria levar mais outros 40

anos, para que a transmissão automática atingisse a produção em

série. O fabricante americano Oldsmobile anunciou seu

“hidramático”, o primeiro carro de passageiros com transmissão

automática, em 1940.

Outra conclusão inicial foi a de que tração nas quatro rodas seria a

melhor resposta quando se trafegava em terrenos acidentados. O

primeiro sistema de tração nas quatro rodas eficiente, na prática, foi

construído pelo francês Geogers latil, em 1926. Mais oito anos se

passaram, antes que os primeiros carros de tração dianteira

aparecessem, mas foi em 1959 que o Austin Seven, o popular Mini,

revolucionou o projeto de carro pequeno. Sua concepção de

motorização transversal resultou em um compacto trem de força,

otimizando o aproveitamento do espaço interno.

A eletrônica também abriu caminho para novos

progressos no sistema de transmissão. Nos

veículos com transmissão automática moderna,

computadores controlam tanto o gerenciamento

do motor, quanto a seleção das marchas.

Enquanto os carros mais antigos possuiam

transmissões automáticas de três velocidades,

hoje, transmissões automáticas de quatro ou

cinco marchas são facilmente encontradas e

ainda contam com o gerenciamento eletrônico,

que indica o exato ponto de troca de marcha.

Os modelos Tiptronic de transmissão

representam uma etapa adiante do

gerenciamento eletrônico, e dão ao motorista a

opção de seleção manual ou automática das

marchas.

38

Page 38: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Sistema de tração

Atualmente, 75% dos modelos em produção (veículos de portes pequeno e médio), utilizam a tração no eixo

dianteiro.

O motor, caixa de câmbio, diferencial e semi-árvores de transmissão às rodas, formam uma unidade

compacta. Em um veículo de tração dianteira, as rodas dianteiras são motrizes (recebem os esforços de

tração), responsáveis pela direção e ainda recebem os intensos esforços de frenagem.

Caixa de Câmbio

Motor

Diferencial

Embreagem

Semi-árvores de

transmissão

39

Page 39: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

A transmissão do automóvel tem a função de transmitir para as rodas a

energia mecânica gerada pelo motor.

MOTOR

EMBREAGEM

Sistema mecânico que permite interromper a transferência

de torque entre o motor e a caixa de mudanças

JUNTAS HOMOCINÉTICAS

Permitem o funcionamento das semi-árvores mesmo com os

constantes movimentos da direção e da suspensão do veículo

DIFERENCIAL

Sistema de engrenagens que permite às

rodas de tração que girem em rotações

diferentes (quando o veículo faz uma curva)

CAIXA DE MUDANÇAS

Sistema de engrenagens que permite adequar a velocidade de rotação e o torque

que chega às rodas, de acordo com as condições de uso. Permite também inverter o

sentido do movimento (marcha-à-ré)

SEMI-ÁRVORES

Transmitem o torque do diferencial para

as rodas

Elementos da transmissão

40

Page 40: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Permite desacoplar o motor da caixa de mudanças, interrompendo assim a transferência de

torque, com a finalidade de:

possibilitar um fácil engate e mudança das marchas

possibilitar um suave início do movimento do veículo

ROLAMENTO DA EMBREAGEM

- Quando acionado o pedal de embreagem, o

rolamento é deslocado e empurra o centro da mola

membrana, que então deixa de pressionar a placa

de pressão contra o disco de embreagem.

- Enquanto o pedal de embreagem não está sendo

acionado, o rolamento nem gira, pois fica afastado

da mola membrana.

PLACA DE PRESSÃO

- Faz parte do platô.

- É empurrada contra o

disco, pela ação da mola

membrana. - quando

acionado o pedal de

embreagem, a placa deixa

de pressionar o disco.

PLATÔ DE EMBREAGEM

GARFO DA EMBREAGEM

Quando acionado, o pedal de

embreagem desloca o rolamento

contra a mola membrana.

EIXO PRIMÁRIO DA CAIXA DE

MUDANÇAS

VOLANTE DO MOTOR

1

DISCO DE EMBREAGEM

- Nas faces há o revestimento (material de

atrito).

- Seu cubo central se acopla ao eixo

primário da caixa de mudanças

- Enquanto o pedal de embreagem não

está sendo acionado, as faces do disco

ficam prensadas entre o volante do motor

e a placa de pressão.

- Estando o motor girando, o atrito nas

faces permite a transferência de torque.

- Estando o pedal da embreagem

acionado, o disco deixa de ser

pressionado, o atrito nas faces diminui, e

a embreagem desliza, sem transferir

torque.

1 2

3

4

5

7

6

2

3

4

5

6

7

8

MOLA MEMBRANA8

A embreagem

41

Page 41: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Caixa de mudanças manual

ÁRVORE PRIMÁRIA

ÁRVORE SECUNDÁRIA

PINHÃO

FLANGE

DIFERENCIALCOROA

FLANGE

LUVA DE ENGATE

“CARRETEL”

MECANISMO SELETOR DE

MARCHAS

LUVA DE ENGATEGARFO

EIXO DE COMUTAÇÃO

DIFERENCIAL

(integrado na caixa de

mudanças)

CAIXA DE

MUDANÇAS

ALAVANCA DE

MUDANÇAS

5ª 4ª 3ª 1ª2ª

A caixa de mudanças e o diferencial

Transmissão transversal

42

Page 42: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

ÁRVORE PRIMÁRIA

ÁRVORE SECUNDÁRIA

PINHÃO

LUVA DE ENGATE

“CARRETEL”

1ª2ª

CAIXA DE MUDANÇAS E

DIFERENCIAL

FLANGE

Transmissão longitudinal

Caixa de mudanças manual

43

Page 43: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O conjunto coroa e pinhão

O conjunto coroa e pinhão é o último par de

engrenagens que realiza a multiplicação de torque

para as rodas. Este conjunto pode ser de

engrenamento cônico, utilizado nos veículos onde o

motor e o câmbio estão dispostos longitudinalmente.

Sua função é receber o fluxo de força, que se desloca

no sentido longitudinal do veículo, e transformá-lo em

transversal para chegar até as rodas. Nos veículos em

que o conjunto motopropulsor está disposto

transversalmente, o fluxo de força já possui a direção

transversal, sendo, portanto, dispensável a inversão no

sentido do fluxo de torque.

Neste caso, o conjunto coroa e pinhão tem

engrenamento paralelo.

A outra função do diferencial é compensar diferenças

de rotação entre as rodas de tração. Este efeito é

obtido através de um diferencial também de

engrenagens cônicas. O torque de saída da caixa de

mudanças chega ao pinhão que está engrenado com a

coroa. Esta, encontra-se firmamente aparafusada com

a carcaça da caixa de satélites. Isto significa que a caixa

de satélites tem sempre a mesma rotação da coroa.

Enquanto o veículo se encontra em linha reta, as semi-

árvores são tracionadas igualmente. Ao descrever uma

curva, a roda interna tem menor rotação que a

externa. Esta diferença de rotação é obtida através da

engrenagem planetária, que gira menos, fazendo com

que os satélites girem sobre seu eixo e transmitam à

outra planetária a rotação que deixou de ir para o lado

interno da curva. Este efeito cria a “diferença” de

rotação entre as rodas. Existe a possibilidade

indesejável, quando o veículo está encalhado e uma

roda gira livre. Se esta condição for em alta rotação e

por muito tempo, poderá danificar o diferencial.

O funcionamento do diferencial pode

provocar, em situações onde ocorram

diferenças de coeficiente de atrito entre as

rodas, o “deslizamento” involuntário de uma

das rodas de tração. Para inibir este efeito, tem

se desenvolvido diversos recursos, chamados

de auto-blocantes, que atuam nessas

condições.

O sistema EDS (Eletronic Differential Sistem -

Controle Eletrônico de Tração) é um recurso

que atua combinado com o sistema ABS de

freios. Havendo diferença de rotação entre as

rodas além de um determinado limite, o

sistema EDS atua freando a roda em

deslizamento e igualando o coeficiente de

tração.

O diferencial Torsen (sistema mecânico

desenvolvido pela Audi), a embreagem de

discos múltiplos ou engate viscoso (sistema

com controle eletrônico) são outros

dispositivos autoblocantes, que previnem

diferenças na velocidade de rotação entre as

rodas de tração, onde a ação de bloqueio pode

ser até de 100%.

Diferencial Torsen

DIFERENCIAL D E ENGRENAGEM CÔNICA:

Carcaça do diferencial

Coroa

Rolamento da semi-árvore

Engrenagem planetária

Semi-árvore

Carcaça diferencial

Pinhão

Árvore de transmissão

Satélite

1

2

3

4

5

6

7

8

9

44

1

5

9

2

3

5

4

6 7

8

1 2

3

4

5

6 7

8

9

5

Page 44: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O torque e a rotação que são retirados do motor para movimentar o veículo, não são adequados para a transmissão direta para as rodas. É necessário, dependendo da carga ou velocidade do veículo, multiplicar o torque ou elevar a rotação. Este efeito, para adequar a rotação e o torque às condições de marcha, são obtidos por engrenagens de transmissão. Trata-se de um conjunto de rodas dentadas, solidárias entre si, no qual cada dente opera como uma alavanca. Assim, através de engrenagens maiores ou menores, altera-se a alavanca e, consequentemente, o torque e a rotação.

A engrenagem que aciona é denominada motora, e a outra, movida. O número de dentes destas engrenagens, bem como os respectivos diâmetros, determina a relação de transmissão entre elas.

A relação de transmissão é o fator que determina o torque e a rotação de saída em uma transmissão por engrenagens. O cálculo dessa relação é feito da seguinte forma:

Relação de redução: é aquela em que se multiplica o torque de entrada e se diminue a rotação. Este tipo de relação se caracteriza por possuir uma engrenagem motora menor e uma movida maior.

Relação de desmultiplicação: é aquela que se caracteriza por possuir uma engrenagem motora maior e uma movida menor. Neste caso, ocorre uma elevação da rotação e redução do torque.

Rt =nº de dentes da movida

nº de dentes da motora

R = 2 : 120

10

R = 0,5 : 110

20

Movida

Motora

20 dentes

10 dentes

Motora20 dentes

Movida10 dentes

Movida

Motora

Relação de transmissão

45

Page 45: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

A relação de 3,900 : 1 da 1a marcha significa que o

motor tem de girar 3,9 voltas, para que a árvore

secundária da caixa de mudanças gire 1 volta. Então,

nesta marcha, o câmbio reduz a velocidade e amplia

o torque. É a marcha que tem a relação mais forte,

mais reduzida. É por isso que usamos a 1a marcha

para sair com o veículo, e para subir ladeiras bem

fortes.

Além do câmbio, temos de considerar o diferencial,

que também reduz a velocidade e aumenta o torque.

No exemplo, o valor 4,777 : 1 significa que, para cada

4,777 voltas do pinhão, a coroa do diferencial vai girar

uma volta.

Afinal de contas, como fica o resultado final?

1ª marcha

2ª marcha

3ª marcha

4ª marcha

5ª marcha

Marcha-a-ré

Diferencial

Caixa de mudanças

3,900 : 1

2,118 : 1

1,286 : 1

0,969 : 1

0,800 : 1

3,167 : 1

4,777 : 1

Razão de transmissão

Relação de transmissão (ou razão de transmissão)

As relações de transmissão são fatores que expressam

a proporção entre as velocidades de rotação dos eixos

de entrada e de saída de uma transmissão.

Elas dependem dos números de dentes das

engrenagens do conjunto.

Veja o exemplo abaixo, válido para um determinado

modelo de automóvel:

É assim: multiplicando as 2 relações, teremos a

proporção entre a rotação do motor e a rotação

das rodas do automóvel.

Então, em 1a marcha temos: 3,900 x 4,777 =

18,630, e a relação final em 1a marcha é 18,630 : 1.

Na 5a marcha, a relação final será 0,800 x 4,777 =

3,822 : 1 , ou seja, o motor dará menos de 4

voltas para cada giro da roda. É a marcha que

usamos para andar rápido, ela permite a maior

velocidade do automóvel.

Mas, seu poder de enfrentar subidas é o menor,

entre todas as marchas.

Rotação da Árvore Secundária

Rotação do Motor

Rotação da Coroa

Rotação do Pinhão

46

Page 46: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Nas transmissões automáticas, as relações de

transmissão para obtenção de torque ou

velocidade, são obtidas também através de

engrenagens. Estas formam conjuntos de

planetárias que são unidas em várias

configurações e acopladas por embreagens

hidráulicas de discos múltiplos. A escolha da

relação de transmissão é feita em função de vários

fatores, como velocidade,rotação do motor, ou

através de uma unidade de controle, que usa um

sistema combinado hidráulico-eletrônico.

O óleo em uma transmissão automática,

além de lubrificar e arrefecer, também

transmite energia mecânica. O conversor

de torque é exemplo disto: com duas

turbinas, uma motriz, acionada pelo

motor, e outra, movida, que conduz o fluxo

de torque para a transmissão, utiliza o óleo

como o meio de transmissão da energia

mecânica. Quando o veículo está parado e

o motor em marcha-lenta, ocorre um

deslizamento entre as turbinas do

conversor, impedindo a transmissão de

energia. Ao ser acelerado, o óleo ganha

energia hidráulica, sendo conduzido à

turbina da árvore primária, que transmitirá

o torque para a caixa de transmissão.

Benefício ao consumidor: dirigir sem a

preocupação de realizar trocas de marchas

proporciona maior concentração do

motorista no fluxo de trânsito.

1

2

3

4

3 3 3 3 3

2

1 4

Transmissões automáticas

TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA:

Árvore primária

Conversor de torque

Embreagens de discos múltiplos

Árvore secundária

47

Page 47: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O AG4 é uma versão mais desenvolvida da

transmissão automática de 4 marchas já conhecida.

O avanço eletrônico tornou possível desenhar a

transmissão automática em uma versão que oferece

mais conforto e simplicidade para o motorista.

Bloqueando a patinação do conversor de torque é

reduzido o consumo de combustível, diminuindo

assim também as emissões de gases.

Embreagens de novo desenho permitem transições

mais suaves e isentas de trancos.

A transmissão automáticade 4 marchas (AutomatikGetriebe, AG4) para VWe Audi

48

Page 48: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Também utilizada nos veículos Audi A4, A6 e A8 esta

transmissão possui gerenciamento eletrônico para

troca de marchas interligado com o gerenciamento

do motor, sistema Dynamic Shift Program (DSP) -

programa de troca dinâmica das marchas que -

permite a adequação aos diferentes estilos de dirigir

beneficiando o consumo ou a potência do motor.

Também faz parte desta transmissão o sistema

Tiptronic de tecnologia Porsche que permite a

seleção de marchas através de um leve torque na

alavanca seletora que comanda a troca das marchas

nas acelerações e desacelerações.

A transmissão automáticade 5 velocidades 01V

49

Page 49: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Poucas invenções tiveram o poder de influenciar os

destinos da humanidade de forma tão profunda.

Uma delas, a roda, apesar de ser um elemento

essencial no automóvel de Carl Benz, tinha alguns

milhares de anos de idade. Os registros históricos

indicam ter sido descoberta na região da

mesopotâmia, e até hoje, é considerada uma obra

de gênio, sem a qual não teríamos nenhum meio

prático de transporte terrestre.

A partir de sua descoberta, outro grande passo foi

dado: algum pensador desconhecido combinou

duas rodas com um eixo, abrindo caminho para o

primeiro veículo de transporte utilizando rodas.

Esta descoberta se posiciona como um grande

desafio para as mentes talentosas em mecânica.

As rodas inteiriças de madeira duraram pouco

tempo, pois seu peso elevado e a fragilidade dos

eixos fixos foram uma fonte permanente de

problemas na ausência dos rolamentos. Para

resolver, os celtas criaram a roda raiada que tornava

os veículos mais velozes e menos toscos - um novo

paradigma que foi naturalmente do interesse de

qualquer tribo guerreira.

Um chassi clássico do Tatra de eixo oscilante

Suspensão

Sete mil anos atrás: descoberta fundamental da mesopotâmia

Isto aconteceu há 4000 anos, quando

surgiram os primeiros veículos puxados por

cavalos e a marca histórica de 30 Km/h de

velocidade, atingida por um carro de guerra,

permaneceu como “recorde mundial de

velocidade de veículo” pelos três e meio

milênios seguintes até que surgisse a

máquina a vapor.

Os avanços da metalurgia também

significaram progressos na área de veículos.

A fabricação de eixos e suportes de metal

tornou-os muito mais práticos e confiáveis.

Porém, a fixação direta dos eixos às

estruturas do veículo ainda não era

suficiente. Aparecia um outro problema.

Como, por exemplo, suportar alguns

momentos de viagem, em buracos e

elevações e nas toscas estradas da época.

Era necessário um elemento elástico entre

os eixos e a estrutura do veículo.

Assim, o desenvolvimento de uma

tecnologia que permitisse fabricar feixes de

molas, em 1660, mudou a história dos

equipamentos de rolagem,

50

Page 50: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Um feixe de molas clássico, protegido por uma polaina de couro.

trazendo um pouco mais de conforto às viagens.

Com sua utilização, foi ficando claro que as molas

não foram projetadas para apenas aumentar o

conforto, pois influenciavam também na segurança

do veículo. Sem um elemento elástico entre as

rodas e o chassi, todas as irregularidades eram

transmitidas diretamente ao veículo, provocando

saltos e solavancos que reduziam o contato das

rodas com o solo.

Muito se tem caminhado no desenvolvimento das

suspensões e dos orgãos de rodagem, mas, temos

que lembrar de importantes colaborações dadas no

início, por tantos gênios. Umas delas foi o

pneumático do cirurgião veterinário escocês John

Boyd Dunlop. Dos primeiros pneus de borracha

maciça aos sem-câmara que podem atingir

velocidades acima de 250 Km/h, percorremos um

longo trecho de experiências e surpresas. Nas

precárias estradas da era inicial da motorização, o

pior inimigo dos pneumáticos eram os cavalos, que

espalhavam pregos de ferraduras por onde

passavam. Em 1894, os irmãos Michelin usaram

pneumáticos pela primeira vez, em um carro que

foi construído para a corrida Paris-Rouen daquele

ano.

Mesmo fazendo os fundadores da poderosa

dinastia francesa de fabricantes de pneus,

pararem 22 vezes para consertá-los, a

invenção já demonstrava o seu valor.

A obtenção de potências cada vez maiores

nos motores levou à necessidade de pneus e

sistemas de suspensão ainda mais

eficientes. Estas áreas de pesquisa e

desenvolvimento da indústria

automobilística, em nome da segurança,

estarão levando ao uso comum, em futuro

breve, a utilização de sistemas ativos que

usam o gerenciamento eletrônico, para

assegurar a posição exata das rodas no solo.

Quanto aos pneus, os fabricantes redobram

seus esforços para acompanhar estas

exigências. Procuram fazer com que seus

produtos durem cada vez mais, apresentem

menor resistência a rolagem, absorvam

ondulações, elevem ainda mais o conforto, a

segurança e o coeficiente de tração e

frenagens em pistas molhadas, na neve ou

no gelo.

51

Page 51: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

A posição da roda é determinada pelos

componentes onde está fixada e que exercem

controle sobre seus movimentos.

Em uma suspensão McPherson o amortecedor está

entre os elementos que determinam a posição das

rodas, pois, neste tipo de suspensão, pode ser

estrutural ou estar integrado ao seu suporte.

“Orgãos de rodagem” se referem a todos os

elementos estruturais de um veículo, que

influenciam diretamente no seu comportamento na

estrada. São os sistemas de suspensão, direção,

freios, rodas e pneus.

Orgãos de rodagem

Eixo dianteiro

COLUNA DE SUSPENSÃO MCPHERSON:Braço triangular (bandeja)Coluna com mola e amortecedorSuporte da roda

2

1 3

2

1

2

3

Nos veículos de tração dianteira, as rodas são

responsáveis por transmitir as forças de tração,

frenagem e direção do veículo. A suspensão

McPherson é atualmente muito utilizada, em razão

de sua construção compacta que garante a posição

das rodas, as funções da suspensão e do sistema de

direção, apresentação espaço e peso reduzidos.

Braços triangulares (bandejas) são

elementos posicionadores das rodas,

montados transversalmente em relação ao

eixo longitudinal do veículo.

Suspensão utilizando duplos braços

triangulares necessitam de mais

componentes móveis, para posicionar as

rodas e para incorporar os elementos

elásticos e de amortecimento da suspensão.

52

Page 52: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

A coluna de suspensão McPherson é tão versátil

que também pode ser utilizada em veículos de

tração traseira.

Uma versão alternativa desta construção usa o

amortecedor integrado com o suporte das rodas e

uma mola de suspensão separada.

A suspensão utilizando duplos braços na suspensão

dianteira também pode ser adotada em carros em

que a tração seja nas rodas traseiras.

COLUNA DE SUSPENSÃO MCPHERSON:Braço triangular (bandeja)Coluna do amortecedorMolaSuporte da roda

3

24

1

1

2

3

4

53

Page 53: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Suspensão

A suspensão tem a função de absorver as

vibrações e choques das rodas,

proporcionando conforto aos ocupantes do

veículo e garantindo a manutenção do contato

das rodas com o solo.

As molas do tipo feixe de lâminas (semi-

elípticas) são pouco usadas nos carros de

passeio. Sua elevada capacidade de carga torna

sua utilização mais víavel nos veículos de

transporte pesado. Atualmente, quando

utilizado nos veículos de passeio, este tipo de

molas é instalado transversalmente ao veículo.

O feixe de molas longitudinal é apenas

conveniente para um eixo rígido e adiciona

Molas em espiral podem variar no passo e

no diâmetro do arame, dando-lhe uma ação

elástica progressiva. Apresentam entre

outras vantagens, peso reduzido, mínima

necessidade de espaço e facilidade de

manutenção. Existem molas em espiral com

diversas configurações que objetivam

diminuir sua altura, atrito entre as espirais e

efeito progressivo.

Molas do tipo de barras de torção também

são compactas e pesam pouco. Por

trabalharem submetidas a esforços de

torção, devem possuir excelente

acabamento superficial e de proteção contra

corrosão, visando inibir possibilidades de

rupturas.

A barra estabilizadora é utilizada para

reduzir a rolagem da carroçaria ao se

realizar curvas.

Suspensão com molas semi-elípticas (feixe de lâminas) longitudinal

Suspensão com mola espiral apresenta reduzidos peso e espaço para aplicação.

Suspensão com barras de torção.

Normalmente é montada integrada à carroçaria,

com suas extremidades em forma de alavancas

fixadas a cada lado da suspensão. Quando as duas

rodas no eixo se movem para cima, a barra

estabilizadora não tem efeito. Porém, se a

suspensão é comprimida apenas de um lado, a

transferência de carga a faz atuar como uma mola

tipo barra de torção e resistir à rolagem da

carroçaria.

partes da sua à massa sem amortecimento

do veículo. Já o feixe transversal pode ser

aplicado fixo a estrutura do veículo,

diminuindo o peso não suspenso.

54

Page 54: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O Passat utiliza no eixo dianteiro a suspensão four

link ( de quatro braços oscilantes ) e coxins

hidráulicos no braço inferior. Esta construção

garante reduzido peso não suspenso, grande

estabilidade direcional e a manutenção de

geometria das rodas, independente das condições

de tráfego.

Para transmissão as rodas, o Passat utiliza uma

semi-árvore com articulação tripóide do lado

diferencial e articulação homocinética de esferas

do lado da suspensão. Esta construção permite

grande variação no comprimento da semi-árvore

em função do elevado curso da suspensão four link.

Suspensão dianteira

Articulação tripóide

Barra EstabilizadoraBraço Inferior

Braço Oscilante(Caixa do Rolamento

lado esquerdo)

Suporte(Braço Superior)

55

Page 55: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

A vantagem deste sistema de transmissão para as

rodas é de diminuir a transferência de vibrações e

ruídos do conjunto motopropulsor para a carroceria,

graças a sua versatilidade em se adaptar aos elevados

ângulos de trabalho da suspensão four link, não

permitindo que ocorra o tensionamento nas

extremidades das articulações.

Construída de uma estrela (conhecida como trizeta)

de três pivots, a articulação tripóide possui um

formato esférico em cada pivot, montado dentro de

rolamentos de agulhas que trabalham em guias

deslizantes.

Articulação

homocinética

de esferas

Articulação

tripóide

Semi-árvore com articulação tripóide

Isto ocorre porque, a articulação tripóide,

possui um rolamento de agulhas que permite

o deslizamento da semi-árvore para dentro e

para fora, corrigindo constantemente sua

dimensão transversal e pivots, que garantem a

grande articulação angular. Observe:

Semi-árvore

Carcaça

Guias deslizantes

Pivot esférico

Rolamento de agulhas

56

Page 56: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Outra função importante das semi-árvores é a

compensação constante das variações dimensionais

estabelecidas pelo elevado curso de suspensão

principalmente num sistema que utiliza a construção

four link, que permite um elevado curso vertical das

rodas.

Ao se comprimir a suspensão, a articulação

deve compensar esta variação, permitindo

seu deslizamento para dentro da própria

carcaça.

Ao se distender a suspensão, a articulação permite o

deslocamento da semi-árvore para fora,

independente da movimentação da transmissão.

Estas características garantem reduzido atrito e

suavidade de funcionamento com baixo nível de

emissão de ruídos.

Carcaça

57

Page 57: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

A suspensão traseira possui as seguintes

características construtivas:

Eixo traseiro interdependente com perfil “V”

invertido.

Braços oscilantes longitudinais integrados ao

corpo de eixo.

Barra estabilizadora instalada à frente do corpo

do eixo.

Molas de reduzida altura apoiadas em grande

volume de borracha e montada em separado da

coluna do amortecedor.

Rolamentos das rodas de dupla carreira de

esferas montado próximo ao centro das rodas.

Amortecedor monotubo

Mola helicoidal

Suspensão traseira

Estas característica da suspensão traseira do

Passat atribuem ao produto:

Maior capacidade de carga útil graças a

separação geométrica das molas.

Maior vida útil dos rolamentos das rodas

com reduzido custo de manutenção.

Estabilidade e segurança nas mais diversas

condições de tráfego.

Reduzido nível de ruídos e suavidade de

trabalho.

58

Page 58: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

5

4

1

2

3

O conceito usual de eixo traseiro utilizado

inicialmente nos automóveis, foi o do eixo rígido de

tração traseira, acionado por uma árvore de

transmissão (cardan). Embora atualmente esta

concepção esteja se tornando restrita a veículos

comerciais ou fora de estrada, ainda existem muitos

veículos utilizando esta construção, aplicando muitas

inovações neste conceito.

Entre elas está a utilização de suspensões

traseiras independentes, com braços

articulados oscilantes, que são mais leves e

ocupam menos espaço.

A utilização deste tipo de suspensão

traseira, de braços articulados oscilantes,

incorporados ao eixo traseiro, asseguram

mais conforto e estabilidade, porém, tem a

desvantagem de ser complexa na sua

construção, envolver um grande número

de componentes fixos e móveis. Ainda mais

quando se utiliza duplo braços de

articulação.

Nos veículos de tração dianteira, a

adoção de um eixo traseiro com o corpo

auto-estabilizante é largamente utilizada

nos projetos mais modernos,

incorporando um braço oscilante de

articulação em cada lado, unidos por

uma barra de torção transversal (corpo

do eixo). Suas vantagens são a utilização

de mínimos espaços e pouco peso, com

excelente relação entre estabilidade e o

conforto.

SUSPENSÃO TRASEIRA INDEPEN DENTE

COM BRAÇOS ARTICULADOS OSCIL ANTES

Diferencial

Braço articulado

Barra de Panhard

Mola

Amortecedor

2

1

3

4

5

2

3

1

SUSPENSÃO TRASEIRA INDEPEN DENTE

COM BRAÇOS ARTICULADOS OSCIL ANTES

Braço oscilante

Corpo do eixo traseiro

Suspensão com mola e

amortecedor

2

1

3

Eixo traseiro

59

Page 59: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Mancal do

eixo traseiro

Braço de

alavanca

longo

O eixo traseiro com braços oscilantes integrados,

trabalha com a barra estabilizadora posicionada

à frente do eixo de giro de articulação dos

braços. Seu mancal de borracha-metal está

montada numa carcaça de alumínio

posicionada muito próximo a linha de centro

longitudinal do mancal de rolamento das rodas

traseiras. Esta construção permite redução nas

forças atuantes na suspensão graças a redução

dos braços de alavanca beneficiando o conforto

e a redução do nível de ruído.

No eixo traseiro cujos mancais de borracha-

metal são montados mais internamente ao

veículo, é necessário que os mancais

absorvam forças intensas quando o veículo

faz curvas.

Se esses mancais são montados mais próximos à

linha de centro longitudinal dos rolamentos

traseiros das rodas, os braços de alavancas que

se formam são mais curtos diminuindo as forças

atuantes no eixo traseiro, permitindo-lhe

atribuir características mais suaves de trabalho.

Braços oscilantes integrados

Apoio de borracha

das molas

Eixo de giro

Barra

estabilizadora

Braço

oscilante

Mancal do eixo traseiro

Braço de

alavanca

curto

60

Page 60: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Centro de torção

de eixo traseiro

Em geral o perfil em “V” do corpo do eixo

traseiro é posicionado com a abertura

para a frente do veículo.

Com esta configuração, o centro

geométrico de torção se posiciona atrás

do perfil. Este centro de torção é o ponto

imaginário em torno do qual o eixo

produz o semi-giro durante a compressão

e distensão da suspensão. Para contrapor

este esforço, os mancais de borracha-

metal devem ser montados na mesma

linha de centro dos braços exigindo

grande resistência do mancal.

O eixo traseiro de braços oscilantes

integrados possuem o perfil “V” aberto

voltado para baixo fazendo com que, o centro

de giro torcional, se posicione fora da linha

de centro do braço oscilante, aliviando a

carga no eixo e no mancal e proporcionando

melhor efeito direcional para o eixo traseiro

ao fazer curvas. Observe:

Ao fazer uma curva, a roda interna a esta

produz uma distensão na suspensão

enquanto que, a roda externa produz uma

compressão na suspensão devido a

inclinação da carroceria. Este efeito de

compressão e distenção da suspensão

traseira produz, em função do eixo de

giro estar posicionado acima do corpo de

eixo, uma pequena convergência na roda

externa à curva e uma divergência na

roda interna à curva favorecendo a

tomada e dirigibilidade nesta condição.

Centro de giro posicionamento

acima do corpo do eixo

O perfil em "V" posicionado para baixo

torce ao fazer uma curva proporcionando

efeito direcional ao eixo traseiro.

Convergência +

Divergência +

Perfil em "V" invertido do corpo de eixo traseiro

61

Page 61: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Os amortecedores realizam os controles das ações e

reações das molas, através da utilização das pressões

hidráulicas em fluidos contidos num cilindro.

Funcionamento - como vimos, as molas são

responsáveis por suportar o peso do veículo,

comprimindo-se ou distendendo-se conforme as

irregularidades do solo. Toda mola, quando

comprimida, acumula energia proporcional à

compressão aplicada. Ao reagir, a carga produz vários

movimentos de extensão e compressão que alteram a

AMORTECEDOR HI DRÁULICO

DE DUPLA AÇÃO

Câmara de compressão

Câmara de tração

Pistão

Válvula de base

AMORTECEDOR HI DRÁULICO

PRESSURIZADO

Câmaras de tração e compressão

Pistão

Pistão de separação

Câmara de gás

2

3

1

4

1

2

1

3

4

1

2

3

4

1

2

3

4

Amortecedores

estabilidade do veículo, fazendo-o oscilar

para cima e para baixo. Estes impulsos são

perigosos porque variam o contato do pneu

com o solo, podendo provocar derrapagens

e desvios na trajetória do veículo. Para

controlar este efeito das molas, os

amortecedores devem ter dupla ação,

permitindo a compressão das molas sem

oferecer resistência e atenuar sua

distensão.

62

Page 62: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Câmara pneumática

Câmara hidráulica

PistãoSuspensão hidro-penumática

Suspensão hidropneumática usa uma combinação

de componentes hidráulicos e pneumáticos em

câmaras distintas. Uma câmara de pressão variável,

contendo nitrogênio, substitui as molas. A outra

câmara, contendo óleo, recebe os movimentos da

roda e transfere para as câmaras de gás, atuando

também como amortecedor hidráulico.

1

2

3

1

2

3

Estes efeitos dependem da facilidade de passagem

do fluido através de oríficios, controlados por

válvulas existentes no próprio pistão e na base do

amortecedor.

Estas válvulas fazem a comunicação das câmaras de

tração e compressão e são chamadas de válvulas do

pistão e da base. No movimento de compressão, a

haste é introduzida no tubo de pressão. Com isto, ela

desloca uma quantidade de fluido para o tubo

reservatório, através da válvula da base. No

movimento de tração, o fluido deve voltar ao tubo de

pressão, passando pela válvula da base. O fluido que

está na parte superior do pistão é forçado para a

parte de baixo, controlado pelas válvulas do próprio

pistão.

63

Page 63: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

A inclinação do pino-mestre no sentido transversal do veículo em relação a

linha de centro vertical da roda, determina o raio de rolagem. O raio de

rolagem positivo é aquele em que a projeção do centro do pino-mestre da

direção até o solo encontra-se do centro do pneu para “dentro” do veículo.

O raio de rolagem negativo é aquele em que a projeção do centro do pino-

mestre da direção até o solo encontra-se do centro do pneu para “fora” do

veículo.

+

_

A geometria de direção consiste na combinação de ângulos obtidos nas rodas que influem

diretamente na dirigibilidade do veículo, proporcionando suavidade de tráfego, manutenção da

trajetória, estabilidade em retas e curvas e a maior área de contato possível dos pneus com o solo,

distribuindo igualmente as cargas aplicadas.

Com o raio de rolagem negativo, os esforços de alavanca da roda

contra o sistema de direção ocorrem de forma inversa, forçando

a roda para o sentido contrário à derrapagem, mantendo o

veículo em linha reta.

Convergência positiva

é aquela em que a

parte dianteira das

rodas encontra-se mais

próxima em relação a

traseira.

Observe que, quanto maior for o raio de rolagem direcional positivo, teremos maior esforço

de alavanca da roda contra o sistema de direção. Com isso, os efeitos das forças criadas

por impactos nos pneus são multiplicados pela alavanca do raio de rolagem e transmitidos

ao sistema de direção.

Frente do veículol1

l2

Convergência das rodas é representada

pelo paralelismo existente entre as rodas

de um mesmo eixo. Sua principal

finalidade é manter as rodas

perfeitamente paralelas entre si, quando

o veículo se encontra em marcha.

Dependendo das características

construtivas do veículo, a convergência

pode ser positiva, quando as rodas

apresentam maior abertura na parte

posterior, ou negativa, quando as rodas

apresentam menor abertura na sua parte

posterior.

Geometria de direção

Inclinação do

pino mestre

Inclinação do

pino mestre

Raio positivo

de rodagem

Raio negativo

de rodagem

64

Page 64: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Eix

o Lo

ngitu

dina

l

Forças Laterais

Frente do veículo

Cáster

Camber ou cambagem corresponde à inclinação

lateral das rodas em relação a uma linha reta vertical

com o solo. A sua principal finalidade é compensar a

flexibilidade da suspensão, mantendo as rodas em

melhor posição de rolamento, evitando desgaste

anormal dos pneus, dos componentes da suspensão

e da direção. A cambagem será positiva quando a

parte superior da roda estiver inclinada para o lado

de fora do veículo, e negativa quando a parte

superior da roda estiver inclinada para o lado de

dentro do veículo.

ESQUERDA:

Camber positivo (a roda

inclina para fora).

DIREITA:

A roda inclina para dentro,

formando o ângulo de

camber de valor negativo.

Cáster corresponde a inclinação longitudinal do pino

mestre da direção. Em uma bicicleta ou num

carrinho de supermercado, podemos visualizar e

perceber facilmente o ângulo de cáster e seu efeito.

Observe que quando um automóvel está sendo

conduzido em linha reta, o ângulo de cáster assegura

estabilidade direcional e, ao descrever uma curva,

facilita o retorno do volante à linha reta, realizando

um efeito de autocentralização.

O ângulo de cáster assegura estabilidade direcional

quando o veículo está sendo conduzido em linha

reta e o retorno da posição do volante ao se

descrever uma curva.

As forças laterais que atuam na transferência

da tração, as solicitadas pelo sistema de

direção ou pela própria força centrífuga

gerada pela rotação das rodas, podem

provocar desgastes irregulares nos pneus. O

alinhamento das rodas, conforme as

especificações dos fabricantes, assegura o

perfeito contato dos pneus com o solo, bem

como a distribuição da carga uniformemente

pela banda de rodagem do pneu.

65

Page 65: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Servo direção eletrohidráulica

Na direção hidráulica convencional, a

pressão do sistema é gerada por uma bomba

hidráulica acionada constantemente pelo

motor.

No novo sistema de direção a bomba

hidráulica é acionada por um motor elétrico

independente do motor do veículo.

Unidade de

bomba motor

Sensor de ângulo

de direção

Mecanismo de

servodireção

CAIXA DE CORREÇÃO COM

PINHÃO E CREMALHEIRA

Pinhão

Cremalheira

1

2

1

2

Direção

66

Page 66: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Benefício ao consumidor: um sistema de direção

hidráulica progressivo agrega ainda mais conforto

e segurança ao motorista, já que mesmo em altas

velocidades garante a sensibilidade ao volante.

CAIXA DE DIREÇÃO COM

ESFERAS CIRCULANTES

Rosca sem fim

Porta esferas

Cremalheiras

Setor de direção

1 2

3

4

1

2

3

4

32

3 1

DIREÇÃO HIDRÁULICA

Bomba

Caixa de direção

Circuitos de alta e baixa pressão

1

2

3

Este sistema é responsável por variar, de acordo

com os comandos do motorista, a direção do

veículo. O volante de direção é o elemento que

recebe os comandos rotativos direcionais do

motorista e o transmite, através de uma árvore de

transmissão, à caixa de direção. As caixas de

direção do tipo pinhão e cremalheira transformam

o movimento rotativo do volante, que é recebido

por um pinhão, em linear, na cremalheira. Este

sistema é muito utilizado por ser precioso, suave e

apresentar reduzida necessidade de manutenção.

Caixas de direção com esferas circulantes utilizam

uma corrente de esferas para transmitir o

movimento do volante de direção. Esse tipo de

caixa de direção é muito utilizado por veículos de

transporte de carga, por ser capaz de operar forças

maiores e também é menos sensível a choques.

O sistema de direção servo - assistida

hidraulicamente tem o objetivo de reduzir o

esforço do motorista, utilizando como força

complementar a pressão hidráulica gerada por

uma bomba que é acionada pelo motor do veículo.

Os sistemas mais atuais de direção hidráulica são

chamados de progressivos porque proporcionam o

auxílio hidráulico em função do atrito do pneu

com a estrada, otimizando a sensibilidade do

volante.

O sistema de direção hidráulica

progressiva proporciona maior

segurança na condução, em qualquer

velocidade. Nos sistemas hidráulicos

convencionais, quanto maior a rotação

do motor, mais leve se apresenta o

volante de direção, eliminando a

sensibilidade do sistema. Nos sistemas

progressivos, à medida que o atrito dos

pneus com o solo diminuem, um

conjunto de válvulas permitem menor

circulação do óleo, diminuindo o auxílio

hidráulico e permitindo maior

sensibilidade ao sistema.

67

Page 67: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

O Sistema de freios

x100

0

10

20

30 40

50

60

70

1/min

0

20

40

60

80100 120 140

160

180

200

220

240

90 130ºC 1/1

1/2

Km/h

21:003500

FREIO DIANTEI RO

A disco

RESERVATÓRIO DO

FLUIDO DE FRE IO

SERVO-FREIO

Aplica o vácuo do motor para auxiliar no acionamento do

cilindro mestre; assim, melhora a eficiência da frenagem, e

poupa o esforço do motorista, que fará no pedal do freio apenas

1/3 da força necessária.

CILINDRO MESTRE

De duplo circuito

- é um componente hidráulico que pressuriza o fluido de freio,

que irá acionar os freios das rodas.

- um circuito para as rodas dianteira esquerda e traseira

direita

- outro circuito para as demais rodas

- caso haja vazamento de fluido em um dos circuitos, o outro

ainda opera, garantindo 50% da força de frenagem.

Obs: Esta configuração de circuitos cruzados é utilizada

quando a suspensão dianteira é dotada de “Raio Negativo

de Rolagem”. Caso contrário usa-se um circuito para as rodas

dianteiras e outro para as rodas traseiras.

Exemplo: Linha Kombi

FREIO TRASEIROA tambor ou a disco

ALAVANCA DO FREIO DE ESTACIONAMENTO

("Freio de mão")

INDICADOR DE BAIXO NÍVEL DE FLUÍDO DE FREIO

REGULADOR DA FORÇA DE FRENAGEMAumenta a capacidade de frenagem do freio traseiro, proporcionalmente à carga transportada pelo veículo.

PEDAL DO FREIOAciona o cilindro mestre e controla a ação do servo-freio.

68

Page 68: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

x100

0

10

20

30 40

50

60

70

1/min

0

20

40

60

80100 120 140

160

180

200

220

240

90 130ºC 1/1

1/2

Km/h

21:003500

FREIO DIANTEIROA disco

RESERVATÓRIO DO FLUIDO DE FREIO

SERVO-FREIOAplica o vácuo do motor para auxiliar no acionamento do cilindro mestre; assim, melhora a eficiência da frenagem, e poupa o esforço do motorista, que fará no pedal do freio apenas 1/3 da força necessária.

CILINDRO MESTREDe duplo circuito- é um componente hidráulico que pressuriza o fluido de freio, que irá acionar os freios das rodas.- um circuito para as rodas dianteira esquerda e traseira direita- outro circuito para as demais rodas- caso haja vazamento de fluido em um dos circuitos, o outro ainda opera, garantindo 50% da força de frenagem.

FREIO TRASEIROA tambor ou a disco

ALAVANCA DO FREIO DE

ESTACIONAMENTO

("Freio de mão")

INDICADOR DE BAIXO NÍVEL DE FLUIDO DE FREIO

REGULADOR DA FORÇA DE FRE NAGEM

Aumenta a capacidade de frenagem do freio traseiro,

proporcionalmente à carga transportada pelo veículo.

PEDAL DO FREIO

Aciona o cilindro mestre e controla a

ação do servo-freio.

69

Page 69: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Freio a disco

PINÇA DO FREIO

Dispositivo hidráulico que, quando

acionado, pressiona as pastilhas de

freio contra as 2 faces do disco.

DISCO DE FREIO

Gira preso ao cubo da roda;

A frenagem ocorre graças ao atrito entre

o disco e as pastilhas de freio.

PASTILHAS DE FREIO

Elementos de atrito que, quando

acionado o freio, são pressionadas

contra o disco pela pinça de freio.

Tanto as pastilhas de freio quanto os discos sofrem desgaste e, por isso, requerem uma

verificação periódica.

Quando as pastilhas de freio atingem o limite de desgaste, o jogo de pastilhas é substituído.

Nesta ocasião, os discos de freio podem ser retificados, se necessário, a menos que atinjam

o valor limite de espessura; neste caso, precisam ser substituídos também.

70

Page 70: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

SAPATA DE FREIO

Armação acionada pelo cilindro do freio, à qual

é fixada a guarnição.

Tanto as guarnições (lonas) quanto os tambores sofrem desgaste, e por isto requerem

uma verificação periódica.

Quando as lonas de freio atingem o limite de desgaste, o jogo de lonas é substituído.

Nesta ocasião, os tambores de freio são inspecionados e, se necessário, retificados

ou substituídos, de acordo com o seu desgaste.

CILINDRO DE FR EIO DA RODA

Dispositivo hidráulico que, quando acionado,

pressiona as sapatas e as lonas de freio contra a

superfície do tambor.

TAMBOR DE FREIO

Gira preso ao cubo da roda; a frenagem ocorre

graças ao atrito entre o tambor e as lonas de freio

GUARNIÇÃO (lona de freio)

Elemento de atrito que reveste a sapata e que,

quando acionado o freio, é pressionada contra

o tambor.

Freio a tambor

71

Page 71: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

SISTEMA ANTIBLOQUEIO DE FREIOS

O sistema ABS tem estas características:

melhora a eficiência dos freios, reduz a distância

de parada,

mantém a dirigibilidade durante a frenagem,

pois evita a ocorrência de travamento nas rodas;

assim, não deixa ocorrer deslizamento e

derrapagem ao se realizar uma frenagem de

emergência,

mesmo nas situações nas quais ocorram

diferenças nos coeficientes de atrito nas rodas.

Uma unidade de gerenciamento eletrônico

(unidade de comando ABS) monitora, através de

sensores, a rotação das rodas.

Se qualquer uma delas diminui sua

rotação repentinamente, significa que

está prestes a travar.

Diante disto, a unidade de gerenciamento

comanda as válvulas solenóides para

reduzir a pressão de frenagem naquela

roda, até que esta saia da situação de

bloqueio.

Passada esta fase, eleva a pressão

novamente, até o limite de travamento.

Isto é feito em questão de milissegundos,

sucessivamente, tantas vezes quantas

forem necessárias.

ABS

1

2

3

4

1

2

3

4Lâmpada

indicadora do

sistema ABS

Unidade de

comando e

Unidade

hidráulica

incorporados

Sensores de

rotação das

rodas

dianteiras

Sensores de

Rotação das

rodas traseiras

O sistema ABS

Anti-lock Brake System

72

Page 72: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

SENSORES DE ROTAÇÃO TRASEIROS- fixos na suspensão, 1 para cada roda.- emitem sinal conforme a rotação da roda.

SENSORES DE ROTAÇÃO DIANTEIROS- fixos na suspensão, 1 para cada roda.- emitem sinal conforme a rotação da junta homocinética ou da roda.

UNIDADE DE COMANDO ABS- recebe os sinais dos 4 sensores e calcula a velocidade de rotação de cada uma das rodas.- ao ser acionado o freio, comanda o funcionamento das bobinas eletromagnéticas, de acordo com a rotação de cada roda.- aciona a eletrobomba hidráulica quando necessário.

UNIDADE HIDRÁU LICA- mediante a ação das bobinas eletromagnéticas, abre ou fecha as válvulas hidráulicas de entrada e saída de fluido para os cilindros de cada roda.- assim, regula a pressão de frenagem em cada roda, evitando o bloqueio.

ELETROBOMBA HIDRÁULICA e ACUMULADOR DE BAIXA PRESSÃO- o acumulador recebe o fluido que retorna dos circuitos.- a bomba impele o fluido, do acumulador para o cilindro-mestre do freio (neste momento, o pedal do freio trepida sensivelmente).

INTERRUP TOR DA LUZDE FREIO

73

Page 73: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

tern Ci oW nit tn aco tC

tern Ci oW nit tn aco tC4 861 TR T5 S6/ 75 68 01

1

8

7

6

32

5

4

9

13

14

12 11 10

nI edaM ????

??

4E ss

ele

bu

T S

+M

H1

9 lai

da

R 5

1 R

56/

591 ???? ???? T OD

1a

tern Ci oW nit tn aco tC

tern Ci oW nit tn aco tC

Cl oat nn tien

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

X

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

X

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

X

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

X

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XX

XXXXXXX

XX

XX

XX

XXXXXXX

MAX. LO

AD

RAT

ING

530 KG

(1.100 LBS

)

XXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXX

X

XXXXXXXXXXXXX

As rodas são órgãos de forma circular, destinados a girar em volta de um eixo. Os

componentes principais são o pneu e o aro. Os pneus são guarnições de borracha,

inflados por ar, que revestem o aro da roda. O ar contido no pneu auxilia para que

exista bom contato com o solo, maciez e estabilidade de rodagem. O aro é o

responsável por manter o pneu firmemente fixado à roda. Os pneus são marcados

com vários códigos, de acordo com padrões americanos ou europeus. Estes

códigos fornecem informações sobre a textura, tamanho, capacidade de carga, data

de produção, velocidade máxima de utilização e fabricante. Atualmente os

automóveis modernos utilizam pneus radiais que são construídos com dois

núcleos (talões) em forma de anel, unidos por uma carcaça radial, que situa

lateralmente. Os flancos e outras camadas de suporte envolvem a carcaça e dão a

ela a rigidez necessária.

A banda de rodagem do pneu é a parte que entra em contato com o solo. O

desenho ou textura da banda é que possibilita a tração, segurança e conforto ao

rodar. São moldadas numa série de barras e sulcos que formam as arestas de tração

que se agarram firmemente à superfície da estrada, drenam água e outros

materiais.

Tamanho (exemplo ilustrado

185/65 R14)

- 185 mm de largura

- relação entre a largura e

altura do pneu = 65 %

(Altura do pneu é 65 % da

sua largura).

R = pneu radial

- Diâmetro do aro 14

polegadas (1 polegada =

25,4 mm).

Código de capacidade de

carga

(”86” significa 530 kg)

Símbolo de limite de

velocidade

“Q” até 160 km h

“S” 180 km h

“T” 190 km h

“H” 210 km h

“V” 240 km h

“Z” acima de 240 km h

“W” 270 km h

Pneus sem câmara de ar

são mais leves, trabalham

com temperaturas inferiores

e são mais fáceis de montar.

Os três últimos dígitos no

número de teste da norma

DOT indicam a data de

fabricação: “105” significa:

Semana 10, 1995.

Construção:

O talão do pneu é feito em

arame de aço, a carcaça de

raiom e algodão ou fibra

sintética (nylon) e a cinta,

em geral, em cordonéis de

aço.

1 - Fabricante

1a - Tipo / Modelo do pneu

2,3 - Tamanho, capacidade de carga e

categoria de velocidade

4 - Sem câmara de ar

5 - País de fabricação

6,7 - Capacidade máxima de carga e pressão

do pneu a frio (de acordo com os padrões dos

EUA)

8 - Estrutura dos flancos

9, 13 - Certificado de teste de acordo com

diretrizes do EUA

10-12 - Categorias para resistência à abrasão,

capacidade de frenagem e resistência ao calor.

14 - Número teste DOT

CAMADAS DOS

PNEUS RADIAIS

Talões

Carcaça radial

Cintas estabilizadoras

Flanco

Banda de rodagem

5

4

2

3

1

2

3

4

5

1

Rodas e Pneus

74

O CONTRAM determina

que os pneus sejam

substituídos quando o

desgaste da banda de

rodagem atingir os

indicadores exixtentes no

fundo dos sulcos. Os pontos

onde existem os indicadores

de desgaste da banda de

rodagem são identificados

pela sigla TWI (Tread Wear

Indicators).

Indicadores de Desgaste dos Pneus

Page 74: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Os pneus radiais são assim chamados

porque os cordonéis que formam as lonas

da carcaça estão dispostos no sentido do

raio do pneu. Isto significa que encontram-

se em ângulos de 90º na direção de

trabalho, perpendiculares ao seu centro.

Esta construção permite à carcaça flexionar

com pouca fricção entre os cordonéis. Em

cima da carcaça radial, e abaixo da banda

de rodagem, existem cintas que asseguram

a estabilidade lateral do pneu, já que

evitam a deformação da banda de

rodagem. O resultado da combinação da

carcaça radial com estas cintas, é um pneu

com flancos f lexíveis e uma forte e estável

banda de rodagem, garantindo, em

quaisquer condições, elevada área de

contato do pneu com o solo.

Os aros de roda são elementos rígidos que

ligam o pneu ao veículo. Sua função é

manter o pneu firmemente fixado à roda,

evitando o deslizamento (detalonamento),

transmitir os esforços de tração e frenagem

e receber dos pneus os esforços de atrito e

irregularidades do solo, transmitindo-os à

suspensão. Geralmente produzidos em aço

prensado mas, em muitos casos, oferecidos

com rodas de ligas de alumínio ou

magnésio, que, por serem mais leves,

reduzem o peso não suspenso,

proporcionando ainda mais estabilidade e

conforto. Rodas de ligas leves são

comumente produzidas em moldes de

fundição, mas as de qualidade elevada são

forjadas. As rodas devem ser resistentes,

leves, facilitar o fluxo de ar para os freios,

absolutamente balanceadas e também

devem apresentar design agradável.

Existem pneus nos

quais a configuração

da banda de rodagem

determina o seu

sentido de giro. Esses

pneus são chamados

de direcionais.

Tração é a capacidade

de transmitir forças

longitudinais para

empurrar o veículo

para frente.

Aquaplanagem refere-

se ao efeito de

deslizamento do pneu

sob uma lâmina de

água. Este fato é

extremamente

perigoso, pois, nesta

condição, ocorre a

completa perda de

dirigibilidade do

veículo, devido a

ausência de contato do

pneu com o solo.

Rodas de ligas leves

feitas de alumínio são

30% mais leves que as

rodas de aço

prensado.

O aro da roda é

dividido, de fora para

dentro em várias

zonas: borda, ombro,

hump e vão. A

distância de uma

borda a outra é a

largura do aro. A roda

é descrita da seguinte

forma: 6J x 14 H2: 6 =

largura do aro em

polegadas; J = forma

da borda; 14 =

diâmetro do aro em

polegadas; H2 = dois

ressaltos. Um encaixe

para cada talão.

Os “humps” são

ressaltos ou nervuras

próximas aos ombros

dos aros das rodas,

que têm a função de

reter firmemente o

pneu no aro,

impedindo que haja o

detalonamento do

pneu em curvas

acentuadas, realizadas

em velocidades

elevadas.

Um pneu de alta velocidade, categoria “Z”, com uma

textura de banda direcional. As largas ranhuras

longitudinais dispersam rapidamente a água da

superfície, a área mais larga, blocos da banda,

assegura maior estabilidade.

Benefício ao

consumidor: os

pneus radiais

asseguram

elevada

segurança de

tráfego porque

apresentam, nas

mais diversas

condições de

tráfego, total

estabilidade no

contato do pneu

com o solo e

elevada

capacidade na

drenagem da

água, conforto e

silêncio.

Sulcos cruzados

melhoram a aderência

do pneu e ranhuras

largas dispersam

facilmente a água.

Benefícios ao consumidor: rodas de

ligas de alumínio são mais leves

proporcionando ainda mais segurança

e conforto, pelo reduzido peso não

suspenso.

Aro da roda

Cubo de fixação da roda

Flange da roda

Ombros

"Hump" de fixação do talão

do pneu no aro

(pequeno ressalto)

Vão do aro

1

2

3

4

5

6

5

4 3

2

6

1

75

Page 75: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Possui um layout descentralizado, isto é, os

componentes do sistema estão situados em diferentes

locais de montagem dentro do veículo.

Exemplo das localizações de montagem dos

componentes são mostradas no desenho abaixo:

Isto é necessário devido ao aumento da

quantidade de componentes

elétricos/eletrônicos usados nos veículos.

Placa de relés com

suporte auxiliar de relés

Estação de acopla-

mento, na caixa d’água

Estação de acoplamento,

coluna B

Estação de acoplamento,

coluna A

Suporte de relés,

compartimento do

motor

Caixa de fusíveis

principal

Estação de acoplamento,

coluna B

Suporte de fusíveis

Estação de acoplamento,

coluna A

O sistema elétrico do veículo

76

Page 76: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Em função da oferta modular, houve comunização

dos chicotes considerando as variáveis de

acabamento. A consequência disso foi a redução do

número de chicotes e o aumento de combinações

(SEQ) para 1500 tipos de opcionais.

As principais vantagens para a Volkswagen são:

Menor número de peças para estoque e logística

Melhor controle de qualidade na produção

Maior confiabilidade na montagem

Exemplo do Gol, Parati e Saveiro

Chicote de

Injeção

Chicote das

portas

Chicote da

tampa

Chicote

dianteiro

Central

Elétrica

Chicote do

Painel

Chicote

traseiro

A principal vantagem para o cliente:

É possível a partir de um veiculo

básico, instalar uma grande quantidade de

acessórios sem alterar as características

originais do veículo, sem perder a garantia

e nem comprometer a segurança contra

curtos circuitos.

A principal vantagem para o

concessionário:

Existe maior possibilidade de

instalação de acessórios em menor tempo,

sem alteração do chicote e sem risco de

instalações improvisadas.

77

Page 77: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Basicamente existem 7 tipos de chicotes principais,

sendo cada um com uma série de variáveis.

1. Chicote dianteiro

As variantes de tipos de chicotes (nº) são :

Motor

Ar-condicionado

ABS

Farol duplo ou simples

2. Chicote de injeção

As variantes de tipos de chicotes são:

Motor

Combustível

3. Os acabamentos de alarme e ar-condicionado

fazem parte do chicote.

Chicote do painel

As variantes são:

Alarme

Ar-condicionado

Motorização

Neste caso houve uma redução de 53 para 14 tipos de

chicotes, por meio da construção modular.

Os chicotes do painel vêm de série preparados para

receber ABS, equipamento de som, farol de neblina,

desembaçador, limpador e lavador dos vidros, pára-

sol iluminado, espelhos elétricos e abertura elétrica

do porta-malas.

Chicotes

78

Page 78: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

4. Chicote traseiro

Neste caso existem 4 tipos por modelo (Gol, Parati),

sendo que as variantes de chicote são:

Alarme

Limpador e lavador do vidro traseiro

Abertura elétrica do porta-malas

Travamento central

Lanterna de neblina traseira

Os acabamentos comunizados são idênticos ao do

chicote do painel.

5. Chicote da tampa traseira

Existem 3 tipos de chicotes para cada modelo (Gol e

Parati) sendo que a variante é com ou sem alarme.

6. Chicote da porta dianteira

Existem 9 tipos de chicotes, sendo as variáveis:

Alarme

Som

Espelhos elétricos

Travamento central

Vidro elétrico

7. Chicote da porta traseira

Este chicote é o mesmo, tanto do lado

esquerdo como do direito, e atende tanto o

Gol como a Parati.

Outros

Por serem circuitos exclusivos e fechados, os

seguintes sistemas possuem o seu próprio

chicote:

ABS

Air Bag

Alarme keyless (com controle remoto)

79

Page 79: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Para simplificar as ligações entre os chicotes,

existem instalados conectores entre eles nas

colunas A esquerda e direita.

Para adaptador de relés

Para painel de instrumento

Travar os conectores após encaixe

Para conexão “door off”

Para caixa de roda LEE

Para central elétrica

Para adaptador de relés

Parateto

Para central elétrica

Para interruptor luz de cortesia (Porta LE)

Para assoalho

Para pnl. Trans.

43Para placa massacoluna “A”LE

1

2

3

12

1

2

3

4

Chicote painel de instrumentos

Chicote dianteiro

Chicote traseiro

Chicote ABS

Conectores entre chicotes

80

Page 80: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

1

2

3

4

Chicote painel de instrumentos

Chicote dianteiro

Chicote traseiro

Chicote ABS

Para painel deinstrumentos

Chicote traseiro

Chicote ABS

Para interruptor dasválvulas de pré-aquecimento

Para interruptor de luzde cortesia (porta LE)

Para assoalho

1

2

3

4

81

Page 81: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Os relés estão instalados na posição vertical,

diminuindo assim a possibilidade de falta de

contato devido as vibrações.

Os relés possuem a mesma cor da etiqueta na

central elétrica.

Quando o veículo não tem temporizador no

limpador de pára-brisa, na posição 1, é instalada

uma barra de ligação número 2BA937817.

A tabela a seguir identifica os relés

Pos. Função Relé número

Limpador do pára-brisa

Indicador de direção/advertência

Limpador do vidro traseiro

Temporizador acion.elét.vidros

Função “X”

Buzina dupla

Disjuntor térmico (ref.)

Travamento central

Ar-condicionado

Vermelho

Amarelo

Laranja

Rosa

Preto

Marrom

Marrom

325 955 531.1 (B+154)377 955 531 (B+158)

Cor

ZBC 953227

ZBD 955 529

377 959 753

191 937 503

542 937 503.D

377 959 789

377 937 503.A

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1 2

Preto

3

4 56

89

Central elétrica

Relés

82

Page 82: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

É a parte do sistema elétrico também

chamada de "caixa de fusíveis".

Na central elétrica também se

localizam os conectores e relês.

Os fusíveis servem para proteger os circuitos, em caso

de sobrecarga ou de curto-circuito. Nestes casos,

como a corrente elétrica aumenta, o fusível queima,

interrompendo a corrente, evitando danos à fiação e

aos componentes elétricos e eletrônicos.

A literatura de bordo do veículo traz a relação das

funções protegidas pelos fusíveis e os seus

respectivos símbolos. Para alguns modelos, um

cartão, junto à central elétrica, traz a disposição da

função principal para um determinado fusível.

Se a causa da queima do fusível for

esporádica, bastará trocá-la por um novo da

mesma capacidade. Mas, se a queima tornar

a se repetir, será necessário diagnosticar a

causa.

83

Page 83: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Teclas do painel

Os comandos estão centralizados abaixo dos

difusores de ar.

No lado esquerdo existe a tecla de comando dos

espelhos e o interruptor das luzes.

O interruptor das luzes incorpora o comando para os

faróis de neblina. Para removê-lo basta pressioná-lo

para dentro e girar para o 1º estágio.

No lado direito temos as seguintes teclas na

seqüência:

1 - Vidro dianteiro esquerdo

2 - Vidros traseiros junto com o bloqueio

3 - Pisca alerta

4 - Desembaçador temporizado por 20 minutos

5 - Abertura do porta-malas

6 - Vidro dianteiro direito

Conforme ilustração abaixo:

1

4 56

23

12

3456

84

Page 84: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

A eletrônica foi, com certeza, a face mais visível

da evolução da indústria automobilística nos

últimos anos. Chips e sensores já monitoram

várias partes dos carros, como motor, freios,

vidros, ar-condicionado, sistemas antifurto e de

informação.

O uso da eletrônica trouxe, entre outras

vantagens, mais segurança e conforto, além de

baratear o custo do veículo. “Os sistemas

eletromecânicos ainda são mais caros”, como por

exemplo a introdução da injeção eletrônica, que

decretou o fim do carburador e melhorou o

desempenho do motor.

O uso da eletrônica em automóveis no Brasil

aumentou significamente a partir da década

de 90. O reflexo do seu avanço está no

aumento da quantidade de fios e cabos

elétricos nos modelos considerados tops de

linha: de 800 metros em 1992 para

aproximadamente 2 mil metros em 2000.

Para reduzir a quantidade de fiação

empregada nos chicotes e aumentar a

segurança de veículos como o Bora, por

exemplo, muitas funções elétricas foram

adaptadas a um sistema de transmissão em

série de dados, que funciona junto a um

controlador eletrônico de rede (CAN-bus).

Unidade de Controle do Ar-

condicionado

Unidade de Controle Porta

do AcompanhanteUnidade de Controle Porta

Traseira Direita

Unidade de Controle

Central Sistema Conforto

Unidade de Controle

Rede de Bordo

Unidade de Controle do

Painel de Instrumentos

Unidade de Controle

Porta Traseira Esquerda

Unidade de

Controle Porta

do Motorista

Rede CAN-bus

Transmissão de Dados

85

Page 85: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Piloto automático - O motorista pode fazer uma

viagem sem pisar no acelerador: basta escolher a

velocidade que deseja dirigir durante todo o

percurso e ela se manterá constante.

Ar-condicionado eletrônico - Também denominado

Climatronic, permite manter uma temperatura

agradável e regular dentro do veículo. Uma vez

ajustada a temperatura (recomendável a 22º), o

Climatronic irá trabalhar automaticamente através

de sensores que alteram a velocidade e distribuição

de fluxo interno de ar.

Vidros elétricos com fechamento automático e

antiesmagamento - Um interruptor de

segurança no painel de controle no lado do

motorista (dispositivo de segurança de crianças

bloqueia o acionamento dos vidros traseiros).

No sistema antiesmagamento, sensores evitam

que o vidro se feche quando houver alguma

barreira - um dedo, por exemplo. O sistema é

ativado dentro de uma faixa de 4 a 200 mm a

partir da vedação superior das portas.

Controle elétrico da altura dos faróis - garante

que os faróis, independentemente da carga do

veículo, estejam sempre regulados. Sensores

nos eixos medem o peso nas molas traseiras e, a

partir desta informação, o sistema

automaticamente corrige a inclinação dos

faróis. Quando a carga é retirada, os faróis

voltam à inclinação habitual.

Este dispositivo ainda não está disponível para

o Brasil.

86

Page 86: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Espelho retrovisor antiofuscante:

contra a luz alta nos olhos.

Chips

LED

Fotodiodo

Superfície do

pára-brisa

LED

LED

Fotodiodo

Superfície do

pára-brisa

LED

A invasão dos chips nos automóveis também

está mudando radicalmente sua manutenção.

Agora é mais fácil diagnosticar problemas em

poucos minutos, com a conexão dos carros a

modernos equipamentos. “Pode-se fazer um

check-up do veículo quase sem abrir o

compartimento do motor”.

Sensor de chuva - Localizado na base do

espelho retrovisor interno, aciona

automaticamente os limpadores quando

detecta a presença de gotículas sobre o pára-

brisa. O sensor mede a intensidade da luz

refletida na água e envia um sinal para o relê

do temporizador, regulando a velocidade do

limpador do pára-brisa de acordo com a

necessidade.

Espelho retrovisor antiofuscante - Previne

o ofuscamento da visão do motorista pela

luz dos veículos que vêm atrás. A unidade

de controle mede a intensidade da luz

incidente pela frente e pela traseira do

veículo, através dos fotossensores e aplica

uma voltagem ao revestimento condutivo

que irá alterar a cor do eletrólito. Quanto

maior a voltagem, mais escuro o eletrólito,

diminuindo a intensidade da luz refletida

sobre os olhos do motorista. Quando a

marcha à ré for acionada, a função

antiofuscamento é desativada,

permitindo, por exemplo, a saída de uma

garagem escura para a luz do dia, sem

atrapalhar a visibilidade pelo retrovisor.

87

Page 87: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

ACAC

SENSOR COMBINADO- pressão no coletor;- temperatura do ar.

SENSOR HALL- rotação e posição do virabrequim.

SENSOR DE TEMPERATURA DO MOTOR- temperatura do bloco.

SENSOR DA POSIÇÃO DA BORBOLETA- posição da borboleta de aceleração.

SONDA LAMBDA- teor de oxigênio nos gases de escape.

SENSOR DE DETONAÇÃO- vibração do bloco, em razão de pré-

combustão.

SINAL DO AR CONDICIO NADO AC- ar condicionado ligado.

TRANSFORMADOR DE IGNIÇÃO e

ESTÁGIO DE POTÊNCIA- produz corrente para a emissão de

centelha no momento correto.

VÁLVULAS INJETORAS- pulverizam combustível no

momento e pelo tempo corretos.

RELÊ DA BOMBA DE COMBUSTÍVEL- energiza a bomba que fornece

combustível pressurizado para as

válvulas injetoras.

UNIDADE DE COMANDO- recebe informações dos

sensores;- processa cálculos;- emite sinais de comando

para os atuadores;- mantém registro de dados e

histórico de falhas do sistema.

CONECTOR DE

DIAGNÓSTICOS- permite conexão de

equipamento de diagnóstico.

CORRETOR DA ROTAÇÃO DE

MARCHA LENTA- controla a posição da borboleta de

aceleração em regime de marcha

lenta.

RELÊ PARA PLENA POTÊNCIA- atua na embreagem do compressor

do ar condicionado.

VÁLVULA DE LIMPEZA DO FILTRO

DE CARVÃO ATIVADO- controla o fluxo de vapores de

combustível acumulados, para serem queimados pelo motor.

(G71)

(G42)

G40

G39

G61

G62

G88

G69

F60

L30

N157

N152

N30, N31,

N32, N33

J17

G6

N80

V60

J365

J16

Unidade de

Comando J382

Conector de

Diagnóstico

Gerenciamento eletrônico do motor (motor 1.0 - 8V e 16V)

Sensores Atuadores

88

Page 88: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Sensor hall

O sensor Hall está incorporado no distribuidor de

ignição, sendo acionado diretamente pela árvore do

comando de válvulas.

Sua função é identificar a rotação do motor, o P.M.S.

de todos os cilindros e qual é o cilindro 1.

O rotor do Hall possui quatro janelas, a

correspondente ao cilindro 1, é a 3ª maior que as

outras, esta diferença corresponde a 6ª na árvore de

manivelas, identificando o ciclo de ignição no

cilindro 1.

Este sinal é utilizado pela unidade J220,

determinando:

Tempo de injeção (ti);

Ponto de ignição;

Marcha-lenta;

Recuperação dos vapores do filtro de carvão

ativado.

Na ausência deste sinal, o motor não entra em

funcionamento.

Sensor Combinado

Sensor de pressão no coletor (G71) e da temperatura

do ar (G42) integrados.

Estes dois sensores encontram-se montados num

único componente, fixado na lateral do coletor de

admissão.

Sensor de pressão no coletor de admissão (G71)

O sinal enviado para a unidade de comando (J220) a

cada 1ms, informa a carga que o motor está

submetido, a variação da tensão elétrica que é de 0 a 5

volts. Este sinal é um dos principais para o cálculo do :

Tempo de injeção (ti);

Ponto de ignição;

Ao ligar a ignição, o sensor informa a

pressão atmosférica para correção dos

mapas em função da densidade do ar

(altitude).

O sinal é enviado para a unidade a cada

1ms.

Faltando esta informação a unidade J220,

utilizará o sinal da posição da borboleta

de aceleração (G88), mantendo a mistura

enriquecida.

Sensor de temperatura do ar (G42)

O sinal mede a temperatura do ar que

está sendo admitido pelo motor, através

de um termistor, que varia sua resistência

elétrica em função da temperatura.

Com coeficiente negativo de temperatura

(NTC) este sinal compõe o cálculo do:

Tempo de injeção (ti);

Ponto de ignição;

Faltando esta informação a unidade J220,

utilizará um valor fixo de 20ºC.

89

Page 89: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Sonda lambda (G39)

A sonda lambda está localizada no tubo de descarga

primário, e informa a unidade J220, a variação de

oxigênio residual, através da variação de tensão

elétrica. Uma informação de gás pobre em oxigênio,

caracteriza mistura rica, a tensão é de 800mV. Quando

o gás está rico em oxigênio, caracteriza mistura pobre,

produzindo tensão de 100mV.

Na sonda lambda existe um resistor de aquecimento,

alimentado pelo relé da bomba de combustível.

Os sinais gerados pela sonda lambda, influem no:

Tempo de injeção (ti);

Ponto de ignição;

Recuperação dos vapores do filtro de carvão

ativado;

As estratégias da unidade J220, na utilização dos sinais

do sensor possuem o principio de “close loop” e

“open loop”.

A sonda entra em funcionamento em torno de 2

minutos após a partida, corrigindo a mistura para

atender os níveis de emissões.

Sensor da temperatura do motor (G62)

Este sensor está localizado na flange do

sistema de arrefecimento, junto com a

válvula termostática. É um termistor; resistor

que varia sua resistência elétrica em função

da temperatura, do tipo NTC. Ele informa a

unidade J220 as variações de temperatura do

líquido de arrefecimento.

Este sinal compõe o cálculo para:

Tempo de injeção (ti);

Ponto de ignição;

Marcha-lenta;

Regulagem do sistema ed anti-detonação.

Em caso de falha a unidade J220, utiliza um

valor aproximado da temperatura de trabalho

(100ºC), para realizar os cálculos.

Internamente o sensor da temperatura do

motor é constituído por dois termistores

eletricamente independentes, um informa a

unidade J220 e, o outro o instrumento

combinado.

Em plena potência a informação da sonda

lambda é desconsiderada pela unidade J220,

permitindo o aumento na relação da mistura

e, conseqüentemente, a máxima potência.

90

Page 90: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Regulagem de detonação seletiva por cilindros

A regulagem de detonação seletiva por cilindros tem

a função de evitar detonações espontâneas.

O sensor de detonação é encarregado de detectar o

aparecimento de alguma pré-combustão detonante

durante o trabalho do motor, automaticamente a

unidade corrige o ângulo de avanço de ignição no

sentido de atrasá-lo, unicamente no cilindro em

questão.

Cada cilindro dispõe em um campo independente de

correção de avanço para a regulagem de detonação.

O cilindro é reconhecido mediante o sinal do sensor

Hall, sendo necessário este sinal para o correto

Sensor de detonação (G61)

Este sensor é constituído por um cristal piezo

elétrico, estando fixado na lateral do bloco, abaixo do

coletor de admissão. Este sinal é utilizado pela

unidade J220 para eliminar eventuais detonações no

motor, mediante o atraso no ponto de ignição, sendo

feito, individualmente, para cada cilindro até o

máximo de 12º, em passos variáveis de 3,2º.

Na falha deste sinal a unidade J220, atrasa o ponto de

ignição, somente quando o motor estiver submetido

a carga.

trabalho de regulagem de detonação.

O atraso se realiza nas voltas de detecção

do fenômeno da pré-combustão, este

processo de atraso se realiza em passos de

3,2º, até que desapareça a detonação no

citado cilindro.

Uma vez desaparecido o fenômeno de

detonação, o controle volta a dar avanço

inicial ao citado cilindro, a recuperação

deste ângulo se realiza em pequenos

passos de 0,4º.

A correção máxima de regulagem de pré-

detonação, sobre o ângulo de avanço de

ignição calculado, é de 12º.

91

Page 91: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Unidade de comando da borboleta

Sensor da posição da borboleta de aceleração (G69)

Comandado pelo cabo do acelerador, está montado

diretamente sobre o eixo da borboleta, informando a

J220

41 14

G69

17 10 28

Sensor do corretor de marcha-lenta (G88)

Informa à unidade de comando (J220) a posição

angular do corretor de marcha-lenta (V60), durante a

mesma.

No final do estágio de marcha-lenta, o sensor pára

enquanto a borboleta segue abrindo.

J220

41 14

G88

17 10 28

Faltando este sinal, a borboleta de

aceleração entra em estado de

emergência mecânico, devido a mola de

posição de emergência, elevando a

marcha-lenta.

unidade de comando (J220) todas as

variações angulares da borboleta,

fornecendo:

posição da borboleta;

Alternativa do sensor de pressão no

coletor.

92

Page 92: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Interruptor de marcha-lenta (F60)

Sua função é informar a posição da borboleta em

marcha-lenta, neste caso o interruptor está fechado,

enviando um sinal negativo ao pino 10 da unidade

J220.

Este sinal serve para o corte de injeção no freio-

J220

41 14

F60

17 10 28

Corpo de borboleta evolutivo

O sistema MP 9.0 utiliza um novo conceito no perfil

interno do corpo de borboleta.

Forma de calota: motor AT 1000 Forma clindrica: tradicional

A forma de calota no perfil interno, possibilita uma

regulagem fina na passagem de ar na marcha-lenta,

proporcionando suave progressão em qualquer carga

do motor.

motor, posicionar o servo motor para a

função do dash pot, assim como

estabilização digital da marcha-lenta.

Faltando o sinal do interruptor a unidade

de comando compara os valores dos

sensores da borboleta (G69), do sensor de

marcha-lenta (G88) e, do corretor de

marcha-lenta (V60).

Desta forma, a quantidade de combustível

necessária é menor, reduzindo-se as

emissões.

93

Page 93: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Está localizado na unidade de comando da

borboleta, é constituído por motor de corrente

contínua, comandado pela unidade J220 e um

sistema redutor, atuando somente em marcha-lenta.

Na posição de emergência a borboleta mantém uma

posição angular de, aproximadamente 5º,

determinada por ação de uma mola. O corretor

permite fechar, totalmente , a borboleta e abri-la até

o valor máximo de 22º, variando desta maneira, de

um regime inferior até um superior do estabelecido

em repouso.

2 26

M

V60

J220

Em caso de defeito, a borboleta assume a posição

de emergência (5º) pré-determinada por ação de

mola.

A alimentação do motor, ocorre mediante a

variação da frequência e inversão da polaridade,

modificando desta maneira a posição angular da

borboleta.

Não existe nenhum ajuste mecânico na unidade de comando da borboleta, somente uma sincronização

através da função 04 - “iniciar ajustar básico” (grupo 98) com o equipamento VAG 1551 / 1552, sempre que

substituir esta unidade ou a unidade J220.

Para isto o cabo do acelerador deve estar regulado sem estar tensionado.

Atuadores

Corretor de marcha-lenta (V60)

94

Page 94: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Válvula do filtro de carvão ativado (N80)

A válvula regula a recuperação dos vapores de gasolina

acumulados no filtro de carvão ativado, em direção ao coletor de

admissão.

Ela normalmente está fechada e, abre quando recebe pulso

negativo da unidade J220

Este sinal de comando é alternado a cada 3 minutos e 1 minuto

desligado, depois do motor aquecido.

Transformador de ignição (N152) e estágio final de potência (N157)

A unidade de comando envia um sinal eletrônico para o estágio

final de potência, o qual transforma em um sinal elétrico 12V para

o primário do transformador produzindo um campo magnético, o

qual vai liberar aproximadamente 50 mil volts no momento da

centelha da vela de ignição.

Bobina

Mola de fechamento

Induzidocom junta

Transformador

Estágio finalde potência

95

Page 95: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Válvulas Injetoras (N3, N31, N32 e N33)

Este sistema dispõe de quatro válvulas

eletromagnéticas, situadas no coletor de admissão,

são válvulas compactas que possuem quatro orifícios

calibrados para pulverização de combustível.

No momento da partida, a unidade de comando

emprega três estratégias de injeção:

Primeiro é feito uma pré-injeção de todas as

válvulas ao mesmo tempo (Full Group). Isto

acontece a cada 180º da árvore de manivelas e tem

como finalidade o enriquecimento da mistura como

também, dar um tempo para a inicialização do

sistema.

Após ser reconhecido o pós partida pela unidade

de comando, as válvulas continuam a injetar,

simultaneamente, só que a cada 360º da árvore de

manivelas.

A terceira estratégia passa a ser injeção seqüencial

depois que a unidade realizou todos os cálculos

necessários e também após ter reconhecido através

do sensor Hall a posição do primeiro cilindro.

Para o cálculo do tempo de injeção (ti) a

unidade utiliza as seguintes informações:

rotação do motor;

pressão no coletor;

temperatura do ar;

temperatura do motor;

lambda;

posição da borboleta;

tensão da bateria;

posição Hall (PMS);

posição do corretor marcha-lenta;

sinal do AC.

O combustível é injetado no canal de admissão

e ao abrir-se a válvula de admissão é aspirado

junto com o ar para a câmara de combustão.

Segurança e emissões

A partir de 6250 RPM começa o

empobrecimento da mistura, com a diminuição

do ti e avanço do ponto de ignição;

A partir de 6550 RPM é cortada a injeção e,

posteriormente, a ignição;

No freio motor é cortado a injeção de

combustível de todas as válvulas e, retoma

aproximadamente, em torno de 1200 RPM, com

rotação elevada e interruptor de marcha-lenta

(F36) fechado e dependendo da temperatura do

motor a rotação de retomada da injeção pode

variar.

Tubo de admissão

Coletor

Cabeçote

Válvula de injeção

96

Page 96: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Amortecimento de fechamento

A borboleta de aceleração é acionada pelo pedal do

acelerador através de um cabo, neste momento o

corretor da borboleta (V60) não atua sobre a mesma,

porém marcará a posição de repouso quando a

borboleta deixar de ser acionada pelo cabo.

A unidade, avalia mediante o sinal do sensor da

posição da borboleta (G69), a posição real em cada

momento da mesma.

No caso de detectar um rápido fechamento da

borboleta, a unidade aciona o corretor V60, e a

borboleta permanecerá aberta na posição máxima de

abertura do corretor da mesma (22º), fechando-se,

continuamente e lentamente, até conseguir o regime

de marcha-lenta ótimo.

Estabilização digital de marcha-lenta

A estabilização digital de marcha-lenta

corrige o regime da mesma, mediante a

variação do ângulo de avanço de ignição,

atuando com pequenas variações do citado

regime.

A unidade ativa este sistema ao receber o

sinal do comutador de marcha-lenta.

A unidade, para realizar esta função, utiliza

o sinal de regime de rotação do motor e o

valor calculado do regime de rotação de

marcha-lenta, modificando o ângulo de

ignição em direção ao retardo de avanço, no

caso de existir divergências entre

ambos,mesmo que sejam mínimas.

Mola deemergência

Pinhão

do motor (V60)

Sensor daborboleta

Tampa

Sensor docorretor da

marcha-lenta (G88)

Interruptor demarcha-lenta

97

Page 97: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

M

BOMBA DE COMBUSTÍVEL

(elétrica)

fornece combustível, a

determinada pressão, para as

válvulas injetoras.

TANQUE DE

COMBUSTÍVEL

ACUMULADOR DE VAPORES DE

GASOLINA

(sistema de carvão ativado) filtro que

retém os vapores de combustível,

evitando sua emissão para a

atmosfera, até que sejam queimados

pelo motor.

TUBULAÇÃO DE

COMBUSTÍVEL

FILTRO DE COMBUSTÍVEL

retém eventuais impurezas,

evitando obstrução das

válvulas injetoras.

CORPO DA BORBOLETA

aloja a borboleta de

aceleração, que controla o

fluxo de ar filtrado, para o

coletor.

VÁLVULAS INJETORAS

atomizam o combustível, em

quantidade e momento

adequados, para formar a

mistura.

GALERIA DE

COMBUSTÍVEL

supre de combustível

pressurizado as

válvulas injetoras.

COLETOR DE ADMISSÃO

conduz o ar filtrado aos pontos

onde se localizam as válvulas

injetoras e, daí, conduz a mistura

ao cabeçote.

O sistema de combustível

98

Page 98: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Sistema de combustível

99

Page 99: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Controle de emissão do escape

Atualmente, o método mais eficiente para diminuir a

emissão de poluentes dos gases de escape, num

motor de ciclo Otto, é através de um sistema de

gerenciamento eletrônico que trabalhe com circuito

fechado com conversor catalítico de três vias. Isto

significa que a qualidade da formação da mistura é

analisada pela presença de oxigênio nos gases de

escape por meio de um sensor chamado sonda

Lâmbda. Já o conversor catalítico de três vias é assim

conhecido porque tem a capacidade de minimizar a

emissão dos três resíduos poluentes existentes nos

gases de escape, de forma simultânea os

hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO) e

óxidos de nitrogênio (Nox).

Para isto, o catalisador é composto por uma

colméia com uma grande quantidade de canais,

por onde os gases de escape passam

obrigatoriamente. Estes canais são revestidos

por um material ativo que é capaz de reagir

com os poluentes e reduzir sua presença em

torno de 90%.

Benefícios ao consumidor: o conversor

catalítico de três vias trabalhando em circuito

fechado é, atualmente, o sistema de controle de

emissão de escape mais eficiente para motores

a gasolina. Ele reduz os três poluentes

principais: Nox, CO e HC.

O conversor catalítico de três vias transforma até 90% dos poluentes existentes nos gases de escape em CO2, N2 e água.

Os materiais ativos

utilizados no

revestimento do

conversor catalítico, são

os metais preciosos

platina e ródio.

O sensor de oxigênio

(sonda de detecção

Lâmbda) é instalado no

cano de escape, antes do

conversor catalítico. Este

sensor mede o teor

residual de oxigênio

presente nos gases do

escape e transmite sinais

que são utilizados para

ajustar a injeção de

combustível para

obtenção da mistura

ideal.

Injetor

Controle eletrônico da

injeção de combustível Tubo medidor de CD

Sensor de oxigênio

Circuito fechado, conversor

catalítico de três vias

Monólito

Revestimento de lavagem

(camada intermediária)

Revestimento de

platina e ródio

Princípio de operação de um conversor catalítico de três vias trabalhando em circuito fechado

Escapamentos

100

Page 100: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Os motores Diesel trabalham com misturas que

utilizam grande quantidade de ar,

comparativamente com os motores de ciclo

Otto. Desta forma, não podem utilizar um

conversor catalítico convencional de três vias.

Para reduzir HC e CO, esses motores precisam

ser equipados com um conversor catalítico

oxidante. Esse tipo não está capacitado para

reduzir os óxidos de nitrogênio (Nox) no escape.

Vista seccional do conversor catalítico. Tomada para medição do índice de poluentes nos gases de escape.

Injeção de combustívelConversor catalílico oxidante

Conversor catalítico oxidante para redução do monóxido de carbono (CO) e dos hidrocarbonetos (HC), utilizados nos motores Diesel

101

Page 101: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

INJEÇÃO ELETRÔNICA MULTIPONTOuma válvula injetora para cada cilindro.

Combustível

Borboleta

Coletor

Válvula Injetora

Ar

Combustível

Borboleta

Coletor

Válvula Injetora

Ar

Tipos de injeção eletrônica

INJEÇÃO ELETRÔNICA MONOPONTO

uma válvula injetora para 4 cilindros.

102

Page 102: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

BATERIAacumula energia elétrica

produzida pelo gerador.

VELAS DE IGNIÇÃO- a partir da corrente

recebida do

transformador de

ignição (bobina),

produzem centelha

elétrica para a

combustão da mistura.

TRANSFORMADOR DE

IGNIÇÃO e ESTÁGIO DE

POTÊNCIAvide sistema de gerenciamento

eletrônico do motor.

O sistema de ignição do motor (convencional)

Sistema de

gerenciamento elétrico

do motor

DISTRIBUID OR- dependendo do tipo de sistema

de ignição, não há distribuidor,

sendo que sua função é então

eletronicamente executada pelo

estágio final de potência e pelo

transformador de ignição com 2

bobinas de dupla saída

O Sistema de Ignição do Motor (com Gerenciamento Eletrônico)

DISTRIBUID OR- gira na mesma rotação do

comando de válvulas- direciona a corrente gerada pelo

transformador de ignição para cada

uma das velas, na sequência

("ordem de ignição").

BOBINA DE IGNIÇÃOA alta tensão gerada na bobina é conduzida

por cabos condutores até as velas de ignição

no interior dos cilindros, através de um

distribuidor acionado mecanicamente.

Sistema de gerenciamento

elétrico do motor

103

Page 103: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

+

T~

+

G 40Corpo de borboleta

M

LL

V60

V

F60G68

G69

1 2 3 4 + 5 8 1 2 3 4

7 -

G 42G71

P

U

G61

G62G2

AC SP

33 34

36 53

42

1538

45 19

1

39 18

4 28

37

6

43

7

17 16

25

J22041 14 10 26

24

2

23 21 1

13

29

8

K

30

T16

N157N152

J17

86 86 86

85 85 85

87 87 87

30 30

30

30M

(Posição 14)

15A 30

G6

Reléauxiliar

R G39 N80

N30 N31 N32 N33

N25

Reléde plenapotência

VSS

Esquema elétrico

104

Page 104: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

+T~

+

G 40Corpo de borboleta

M

LL

V60

V

F60G68

G69

1 2 3 4 + 5 8 1 2 3 4

7 -

G 42G71

P

U

G61

G62G2

AC SP

33 34

36 53

42

1538

45 19

1

39 18

4 28

37

6

43

7

17 16

25

J22041 14 10 26

24

2

23 21 1

13

29

8

K

30

T16

N157N152

J17

86 86 86

85 85 85

87 87 87

30 30

30

30M

(Posição 14)

15A 30

G6

Reléauxiliar

R G39 N80

N30 N31 N32 N33

N25

Reléde plenapotência

VSS

105

Page 105: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Quando um veículo está estacionado sob o sol,

algumas partes do seu interior podem atingir

temperaturas superiores a 70ºCelsius. O ar

condicionado representa o recurso mais rápido e

eficiente para se obter temperaturas próximas a do

ambiente. Este sistema, de fato, não produz ar frio,

mas opera como um agente de transferência de

calor, igual a uma geladeira doméstica. Em termos

simplificados, o ar aquecido do interior do veículo é

conduzido, com a ajuda da ventilação forçada

interna, para o evaporador, onde circula o gás

refrigerante. A carga de calor do ar é removida pela

mudança do estado físico líquido para vapor do

refrigerante, esfriando e desumidificando o ar, que

depois é forçado a circular no interior do veículo.

Normalmente o ar condicionado é complementar

aos sistemas normais de aquecimento e ventilação.

Os sistemas de ar condicionado mais modernos,

por exemplo, no Audi A8, detectam até mesmo a

incidência de luz solar direta, e tem controles

separados para as metades esquerda e direita do

interior do veiculo.

Foto-sensor de irradiação G107

Sensor de temperatura do ar de entrada G89

Sensor de temperatura do ar externo G17

Sensor de temperatura do ar de saída para os pés G192

Sensor de temperatura no habitáculo G56

Climatizador

Os fluidos refrigerantes compostos de

cloroflúor carbono (CFC) usados durante

muitos anos, atuam, quando descarregados

no meio ambiente, como destruidores da

camada de ozônio da atmosfera. Há alguns

anos, a Volkswagen começou a utilizar

refrigerantes alternativos, como o R134a,

nos sistemas de ar condicionado de seus

veículos.

Estes novos fluidos refrigerantes não

possuem cloro na sua composição química,

sendo, portanto, inofensivos à camada de

ozônio.

Controles eletrônicos permitem cada vez

maior precisão na distribuição do fluxo de

ar e da temperatura e até mesmo a escolha

separada de saídas para o motorista e o

passageiro dianteiro. Atualmente mesmo os

sistemas normais de ventilação do carro são

controlados eletronicamente.

O sistema de controle pode registrar a

intensidade do sol e o ângulo de incidência

e aumentar ou restringir o suprimento de ar

frio.Benefícios ao consumidor : quanto mais

eficiente o controle climático dentro do carro,

melhor o ocupante se sentirá. No verão,

especialmente, o resfriamento do ar que entra

representa um fator de segurança. Com mais de

30º Celsius dentro do veículo, a concentração

do motorista tende a relaxar e a fadiga aparece

mais rapidamente.

106

Page 106: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Válvula de serviço

Filtro secador

Ventilador do radiador

Condensador

Compressor variável

Válvula de serviço

Ventilador (V2)

Válvula de expansão

Evaporador

Alta pressão

Baixa pressão

O circuito de refrigeração do sistema CLIMAtronic possui os seguintes componentes básicos:

Compressor variável com válvula reguladoraFiltro secadorVálvula de expansão ou tubo com orifício de

ExpansãoCondensadorEvaporadorTrocador de calor para o aquecimentoVálvulas de serviçoRefrigerantes R 134a

Circuito de climatização

107

Page 107: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Identificação dos componentes

Evaporador

Válvula de expansão

Servo motor

Duto p/ climatizador

Termostato

Renovaçãodo ar

Recirculação doar interno

Difusor dobocal central

Difusorlateraldireito

Cames de comandodo ar quente

Entradado ar

108

Page 108: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Difusor dopára-brisa

Difusor frontal

Difusorlateral

esquerdo

Cames decomando dadistribuição

do ar

Motor

Resistor

Tubos dotrocador de calor

Duto p/ ventilaçãoforçada e

aquecimento

Renovação do ar

109

Page 109: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Segurança, conforto, conveniência e facilidade de

manutenção são os principais atributos

tecnológicos dos produtos Volkswagen. São

características em constante desenvolvimento que,

através dos seus sistemas específicos, ao serem

implementados ou atualizados, buscam a satisfação

e o atendimento das necessidades e expectativas

dos clientes da marca. O sistema CLIMAtronic de

climatização veicular, representa bem esta nossa

filosofia de trabalho. Seu estágio avançado de

aprimoramento permite, através de um sistema de

gerenciamento eletrônico, que a temperatura de

conforto desejada pelos usuários no habitáculo seja

obtida automaticamente de acordo com a

programação realizada, otimizando a qualidade da

personalização do clima no interior do veículo.

Este sistema utiliza como referência a

programação de temperatura feita pelo usuário

e proporcionará o resultado desejado, através

de uma estratégia de gerenciamento eletrônico

que monitora as condições de trabalho

utilizando sensores distribuídos pelo veículo.

Com estes parâmetros de trabalho, a unidade

de gerenciamento processa e comanda os

atuadores com o objetivo de controlar a

dosagem dos fluxos aerodinâmicos pelo

habitáculo, controlando os “flaps”

(portinholas) reguláveis da caixa de ar. Assim

obtém-se a mescla ideal entre ar fresco, ar

aquecido e ar refrigerado para ser distribuído

no habitáculo. Esta inteligente estratégia de

trabalho, é a razão para a terminologia

CLIMAtronic. Trata-se de um sistema de

climatização do habitáculo, obtido através de

um sistema de gerenciamento eletrônico que

monitora diversas temperaturas de trabalho,

incidência de irradiação solar, fluxo de entrada

de ar fresco, volumes, bem como, sua

distribuição.

CLIMAtronic

110

Page 110: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Neste sistema a climatização depende

diretamente dos comandos e adequações feitas

pelos usuários no interior do veículo. Como na

ventilação forçada, o comando da portinhola do

recirculador e da entrada de ar fresco, também

é feito através de um atuador elétrico. Neste

caso, também haverá a desativação mecânica

do recirculador ao selecionar a função

desembaçador do pára-brisa.

Este sistema de climatização veicular se

caracteriza por controlar automaticamente e

manter constante, o clima no interior do veículo

mediante a programação feita pelo usuário,

independente da necessidade de novas

programações ao se desligar e ligar o veículo ou

de mudanças climáticas.

A nova caixa de distribuição do ar do sistema

CLIMAtronic comanda as aberturas e

fechamentos, parciais ou totais, das portinholas

de distribuição do ar através de servo-motores

elétricos que possuem sensores de posição

(potenciômetros) monitorados pelo sistema de

gerenciamento eletrônico.

O sistema CLIMAtronic possui uma estratégia

de autodiagnósticos através de equipamentos

especiais feita pelo seu Concessionário.

Portinhola da

ventilação forçada

Portinhola de ar

fresco/recirculação de ar

Climatizador convencional

Portinhola de ar

fresco/recirculação de ar

CLIMAtronic

111

Page 111: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

A unidade de comando do sistema CLIMAtronic

J225, atua recebendo e monitorando as

informações provenientes dos sensores elétricos e

eletrônicos do sistema (sinais de entrada). Estas

informações são processadas e comparadas com os

valores configurados na programação da própria

unidade, para determinar as ações de correção e

ajustes que serão comandadas através dos

atuadores (componentes elétricos para onde são

enviados os sinais de saída do sistema de

gerenciamento).

Unidade de comando

CLIMAtronic J255

Display digital de operação

e programação (E87)

Sensor de temperatura

do habitáculo (G56)Ventilador-exaustor

de ar para o G56

Unidade de comando CLIMAtronic J225

Funcionamento

O sensor de temperatura do habitáculo (G56)

também está integrado a unidade de comando J225

que funciona juntamente com um pequeno

ventilador-exaustor (V42). Este componente atua

com o objetivo de impedir que as temperaturas do

painel e da própria unidade J225, interfiram nas

informações do sensor G56.

Uma estratégia de autodiagnóstico do sistema

CLIMAtronic permite o monitoramento

constante das condições de trabalho dos seus

componentes armazenando eventuais

irregularidades, na sua memória de avarias. Este

recurso permite facilidade de diagnósticos

através dos VAGs 1551 ou 1552 bem como, a

visualização de eventuais irregularidades

através do display da unidade E87. Enquanto

esta falha contínua não é corrigida, o sistema de

gerenciamento CLIMAtronic adota uma

estratégia de emergência que garante a

operação do climatizador num modo especial

de trabalho.

Incorporado a esta mesma unidade de comando,

existe uma outra unidade equipada com um display

digital (E87), que permite a operação e a

programação do sistema bem como, a visualização

gráfica das condições de trabalho inclusive com a

possibilidade de alteração da unidade de medida de

temperatura a ser utilizada (ºC Graus Celcius ou ºF

Graus Fahrenheit). Estas duas unidades de comando

formam um só conjunto não podendo ser

desmontadas.

112

Page 112: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

É um componente que, movido pelo motor do

veículo, produz corrente alternada, para alimentar o

sistema elétrico e carregar a bateria.

POLIA DE ACIONAMENTO

E VENTILADOR

acionada pelo motor do

veículo, movimenta o

alternador e produz um fluxo

de ar interno no alternador,

para resfriá-lo

PLACA DE DIODOS

RETIFICADORES

converte a corrente

alternada em corrente

contínua

REGULADOR DE

VOLTAGEM

componente eletrônico que

controla a tensão, para mantê-la em

12 Volts, de forma a proteger a bateria

e os componentes elétricos e

eletrônicos do sistema

ESCOVAS

fazem o contato elétrico com

os anéis coletores do rotor

ROLAMENTO

ROLAMENTO

ROTOR

ESTATOR

O alternador

113

Page 113: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

É um componente que armazena energia química,

que é convertida em energia elétrica quando um

circuito elétrico é conectado a seus polos.

Compõe-se de placas positivas e negativas

intercaladas, imersas em solução ácida.

A capacidade de fornecimento de carga da bateria é

medida em Ampéres-hora (Ah),

sendo compatível com a demanda dos

sistemas que irão consumir energia elétrica.

Assim, será sempre necessário, na troca da

bateria, substituí-la por outra com as

mesmas características e dimensões.

A bateria

114

Page 114: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

É um motor elétrico, alimentado pela bateria,

utilizado no momento de fazer o motor do veículo

iniciar o funcionamento.

INDUZIDO

SOLENÓIDE DA PARTIDA (AUTOMÁTICO)

quando o motorista liga a chave de ignição e

partida, o automático atua assim:

- faz o pinhão de acionamento avançar e

engrenar na engrenagem do volante do motor

do veículo;

- liga o motor de partida.

ALAVANCA

puxada pelo automático,

faz avançar o pinhão de

acionamento.

ENGRENAGEM DE PARTIDA

permite ao pinhão de

acionamento girar o volante do

motor do veículo.

ESCOVAS

fazem o contato elétrico

com o coletor do

induzido.

RODA LIVRE

ao entrar em funcionamento o motor

do veículo, a roda livre permite que o

pinhão de acionamento deixe de

transferir torque, e possa ser

desengrenado.

PINHÃO DE ACIONAMENTO

faz o motor de partida girar o volante do

motor do veículo.

O motor de partida

115

Page 115: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Os airbags dianteiros para motorista e passageiro são

componentes opcionais do veículo. A unidade de

comando do Airbag encontra-se no túnel central,

situado na frente do console central, e contém um

sensor de impacto para airbags dianteiros.

O sistema foi desenvolvido somente para a abertura

Airbags

Unidade de comando

do airbag

Cinto pré-tensionado

pirotécnico

dos airbags em caso de colisão; os airbags

dianteiros somente serão acionados,

quando houver uma colisão frontal

violenta.

Airbags e cintos de segurança

116

Page 116: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Decisivo para a ativação do sistema de airbag, é o

efeito de desaceleração, ocorrido em um acidente,

detectado pelo dispositivo de comando. Se a

desaceleração ocorrida e medida em um acidente

permanecer abaixo dos valores de referência

introduzidos nos dispositivos de comando, os airbags

não serão ativados, apesar do veículo poder

encontrar-se muito deformado devido a colisão.

Colisão Descentralizada

Colisão Frontal

O Air Bag é ativado se for efetivamente

necessário.

Deste modo se descartam as ativações

errôneas como mostram as figuras

abaixo.

Air Bag não é ativado

Manobras extremas Colisões dianteiras

leves

Capotamento Coloisões laterais Colisões traseiras

! ?

Sem

Air Bag

Com

Air Bag

117

Page 117: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Os airbags (bolsas infláveis)

O airbag funciona a partir de um impacto de determinada

severidade: um sensor de colisão dispara o gerador de gás.

O gerador de gás é um dispositivo pirotécnico, com uma

carga propelente ativada eletronicamente, que infla a

bolsa com gás nitrogênio, em menos de 50

milésimos de segundo.

Logo após ter sido inflado, o airbag esvazia,

para liberar a pessoa salva.

Gerador

de gás

CoberturaContato

Airbag

Cobertura

Luz indicadora de falha

Gerador de gás

118

Page 118: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Os airbags protegem o motorista e os passageiros contra ferimentos na cabeça e no peito.

Para isso, é fundamental o uso dos cintos de segurança.

Condutor Acompanhante

Tempo em milésimosde segundo

30

40

54

66

84

98

150

Veículo

119

Page 119: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

É importante que saiba distinguir os conceitos

sobre a manutenção de um veículo e qual a

importância disto na conservação do bom estado

do mesmo, na preservação da sua segurança e

também do alto valor de revenda.

Existem dois conceitos básicos sobre manutenção,

com finalidades diferentes:

Manutenção preventiva

Entende-se como manutenção preventiva, como o

próprio nome diz, aquela realizada dentro de um

cronograma preestabelecido de quilometragem

rodada, e/ou tempo, com o intuito de se verificar o

estado, efetuar regulagens ou substituir

componentes de desgaste normal, com vida útil

predeterminada.

Este tipo de manutenção tem por finalidade

prevenir a ocorrência de defeitos e/ou seu

agravamento, o que poderá provocar um custo

elevado, comprometimento da segurança e

desvalorização do veículo.

Por exemplo: a cada 15.000 km, examina-se as

pastilhas de freio, substituindo-as caso elas tenham

uma espessura menor do que 2 mm.

Caso esta verificação não seja rotineiramente

executada, as pastilhas gastas poderão afetar o

disco de freio

e outros componentes de custos mais

elevados, além de comprometer a segurança

do veículo.

Para cada veículo, em função das suas

características construtivas, o fabricante

estabelece um programa de verificações e

substituições de componentes denominado

“Serviços de Inspeção”. Estas manutenções

periódicas estão detalhadas conforme

modelo e motorizações.

Você encontrará o “Serviços de Inspeção” a

ser adotado para o seu veículo no livrete

“Manutenção e Garantia Volkswagen”.

A correta execução do Seviços de Inspeção

lhe assegurará a conservação do seu veículo,

a sua segurança e menores custos por

quilômetro rodado. Ainda deve ser lembrado

que a execução do Serviços de Inspeção é

condição para que você possa reclamar

defeitos em garantia.

No seu livrete “Manutenção e Garantia

Volkswagen”, você encontrará os espaços

onde o Concessionário fará os registros das

manutenções. Este quadro preenchido

corretamente dentro das quilometragens

indicadas não só lhe assegura as vantagens

comentadas anteriormente, como também

é um fator quase sempre considerado para

maior valorização do veículo por ocasião da

sua venda.

Conceitos Básicos de Manutenção

120

Page 120: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Manutenção corretiva

Outro tipo de manutenção executada no veículo é a

sua correção de defeitos ou reparos de qualquer

natureza, inclusive os de funilaria e pintura.

Sua incidência no veículo está diretamente ligada à

perfeita execução da manutenção preventiva.

“Quanto mais se previne, menos tem que se

consertar.”

A manutenção corretiva normalmente apresenta

custos elevados e quase sempre é consequência de

manutenção preventiva deficiente.

Exemplo: Nos veículos em que se apresente

problemas no sistema de injeção e demora-se

algum tempo para a sua correção, poderá ser

afetado o catalisador do sistema de escapamento,

peça de custo elevado e que não será substituída

em garantia, se não tiver sido executado referido

reparo.

A leitura da Literatura de Bordo será de grande valia

para você conhecer a manutenção do seu veículo,

assim como identificar uma série de operações que

você mesmo poderá executar com as orientações ali

expressas e mais as dicas que o curso “Mecânica VW

para Amadores” lhe proporcionará.

A seguir, destacamos alguns pontos importantes

sobre a manutenção do seu veículo e que você

mesmo pode efetuar.

Verificação semanal

Mesmo que seja um proprietário cuida-

doso, mantendo seu veículo limpo, bem

conservado e fazendo todas as manu-

tenções no seu Concessionário Volkswagen,

você não estará seguro de que tudo correrá

em ordem com o veículo até a próxima

manutenção. É de máxima importância que

você efetue uma rápida e eficiente

verificação semanal no veículo, conforme

relação de itens abaixo, que são

importantíssimos e que poderão apresentar

algum problema ou falha entre uma

manutenção e outra.

Verifique, semanalmente, você mesmo:

Nível do óleo do motor

Pressão dos pneus

Tensão da correia do alternador

Carga do extintor de incêndio

Nível do líquido de arrefecimento

Nível do fluido ATF (veículos com

transmissão automática)

Funcionamento dos faróis e demais luzes

externas.

Nível do fluido de freio

Água do lavador do pará-brisa / vidro

traseiro e o jato na saída dos bicos.

Nível do óleo ATF da direção hidráulica

Nível de gasolina no depósito de partida a

frio (veículo a álcool)

Existência de vazamentos de óleo no

motor e transmissão

Existência de vazamentos em mangueiras

do sistema de arrefecimento

Existência de vazamentos de combustível

desde o tanque até o motor (risco de

incêndio)

Estado das palhetas dos limpadores de

pára-brisa / vidro traseiro.

Para a verificação de todos estes itens, você

encontra as orientações necessárias na

Literatura de Bordo do seu veículo. Todos

estes itens e sua forma correta de verificação

são abordados pelo seu instrutor no decorrer

do curso "Mecânica VW para Amadores".

121

Page 121: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Abastecimentos do veículo

É da máxima importância você conhecer e controlar

corretamente o abastecimento de combustível,

lubrificantes e fluidos do seu veículo; não somente

quanto às quantidades e formas de abastecimentos, mas

principalmente quanto às suas corretas especificações.

Combustíveis

Os combustíveis utilizados no desenvolvimento dos

veículos são estabelecidos pela Resolução 18/86 do

CONAMA e somente devem ser utilizados quando

estiverem dentro das especificações estabelecidas na

Literatura de Bordo do seu veículo.

Lubrificantes

Óleo de motor

O consumo de óleo pelo motor é normal e este consumo

pode variar em função da forma de se conduzir o

veículo. Em condições normais, a troca de óleo deve ser

feita a cada 12 meses ou a cada 15.000 km, prevalecendo

o que ocorrer primeiro (ver também condições

adversas).

Viscosidade e especificação do óleo

Os óleos recomendados pela Volkswagen atendem às

especificações reVW 501 01, VW 502 00 ou VW 205 00. O

seu concessionário Volkswagen comercializa estes óleos

e poderá informá-lo sobre os tipos de óleo, aprovados

pela Volkswagen, para utilização no seu veículo. No

reabastecimento estes óleos poderão ser misturados

entre si.

Degradação das caracteristicas do óleo

A viscosidade do óleo do motor e outras características

poderão ser alteradas pela contaminação indesejada de

combustível, como conseqüência de um funcionamento

deficiente do sistema de alimentação.

Estes problemas também poderão ocorrer com o óleo, se

este permanecer dentro do motor por período acima do

tempo definido pelo livrete de manutenção e garantia,

mesmo que o veículo tenha uma baixa quilometragem.

Não se deve acrescentar qualquer tipo de aditivo ao óleo

do motor. Os danos produzidos por estes aditivos estarão

excluídos da garantia do veículo.

122

Descarte do óleo usado

O óleo do motor não deve ser jogado na

rede de esgoto ou na terra.

Óleo da transmissão

Transmissão mecânica

A verificação do nível de óleo na

transmissão é feita nas inspeções previstas

nos “Serviços de Inspeção” do seu veículo.

Este óleo dispensa troca. Caso se constate

qualquer vazamento do óleo da

transmissão mecânica, o Concessionario

Volkswagen deverá ser procurado para

reparar a causa do vazamento e repor o

óleo até o nível recomendado.

Transmissão Automática

A transmissão automática trabalha com

dois tipos de óleo:

-Uma para a caixa das planetárias (óleo

ATF).

-Outro para o diferencial (óleo sintético).

Ambos são desenvolvidos exclusivamente

pela Volkswagen e sem similar no mercado

nacional.

A verificação dos níveis dos óleos da

transmissão automática, é feita nas

inspeções previstas nos “Serviços de

Inspeção” do seu veículo e requer a

utilização de equipamento especial,

somente disponivel no concessionário

Volkswagen.

Obs.:

1) Somente o concessionário Volksvagen

poderá garantir a utilização correta dos

óleos para transmissões (mecânica ou

automática), conforme as especificações

aprovadas pela Fábrica.

2) Nunca adicione qualquer tipo de óleo ou

aditivo às transmissões, sob pena de causar

danos aos conjuntos mecânicos que

estarão excluidos da garantia do veículo.

Page 122: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Líquido do sistema de arrefecimento

O veículo poderá estar abastecido com o aditivo

denominado G11 (Azul ou verde), para os veículos

com alguns anos de fabricação, ou G12 (Vermelho )

para veículos mais atuais, em condições de

emergência, o sistema pode ser abastecido com

água comum, porém, a solução com o aditivo

correto deve ser colocada o mais rápido possível.

O aditivo G12 não pode ser misturado com outros

aditivos, com risco de danificar o motor. Se a cor do

G12 tornar-se castanha, significa que ele foi

misturado e necessita ser substituído

imediatamente.

Óleo da direção hidráulica

O fluido utilizado na direção hidráulica é específico

e está especificado na Literatura de Bordo de cada

veículo.

Fluido do sistema de freios

O sistema de freios é abastecido com fluido

específico de classificação DOT4. Somente deve ser

utilizado o fluido original Volkswagen, adquirido no

Concessionário Volkswagen.

Este fluido deve ser substituído a cada 2 (dois) anos

e nunca deve ser misturado com outro fluido

diferente do acima especificado.

Na Literatura de Bordo, você encontra orientações

sobre o fluido de freio e seu reservatório.

Água para o lavador do pára-brisa / vidro traseiro

O produto liberado é o aditivo G/052 131/A1.

Não misture sabão líquido comum, detergentes etc.,

que não sejam neutros, com risco de provocar

manchas irreversíveis na pintura do veículo.

Substituição de filtros

O elemento filtrante do filtro de ar, o filtro de

combustível e o filtro do óleo do motor são

substituídos por ocasião da manutenção,

conforme o plano estabelecido para o

modelo de veículo.

Quanto ao filtro de ar e seu elemento, que é

um item de manutenção simples, a

Literatura de Bordo, traz instruções para

que o próprio Cliente execute a substituição

ou limpeza.

Para os demais filtros, recomenda-se sua

substituição no Concessionário

Volkswagen, em função da complexidade da

operação e necessidade de ferramentas

especiais.

Correias do motor

Os veículos modernos possuem mais de

uma correia para acionamento do motor, e

seus acessórios, tais como: sincronismo do

motor, alternador, bomba d’água,

climatizador, direção hidráulica etc. Todas

estas correias são regularmente

inspecionadas por ocasião das

manutenções e substituídas quando

necessário. Estas operações devem ser

executadas somente no Concessionário

Volkswagen, em função da complexidade da

operação e necessidade de ferramentas

especiais.

Se você perceber, no entanto, algum ruído

anormal de correia patinando ou com a

presença de defeitos como trincas,

desfiamentos ou soltura de pedaços,

procure imediatamente o Concessionário

Volkswagen para que as anomalias sejam

corrigidas.

123

Page 123: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Substituição de velas de ignição

Dependendo da versão do veículo, a substituição das

velas de ignição do motor pode ser uma operação

relativamente fácil de ser executada.

Verifique se a especificação das velas consta na Literatura

de Bordo do veículo e adquira no mercado uma chave de

velas tubular.

Limpadores e lavadores de pará-brisa e vidro

traseiro

Os limpadores e lavadores do pará-brisa e

vidro traseiro são itens de segurança, pois

interferem na visibilidade do motorista.

Para que você tenha sempre segurança ao

dirigir em dias chuvosos ou com neblina, é

necessária a observação de alguns cuidados

com os limpadores e lavadores de pára-brisa

/ vidro traseiro:

Ao levar seu veículo para o lava-rápido,

posicione as palhetas na vertical, desligando

a ignição nesta posição com o limpador

ligado.

Limpe periodicamente a borracha da

palheta com pano úmido e sabão neutro

enxaguando com água.

Para desencostar a borracha do vidro,

puxe o limpador pelo braço e nunca pela

palheta, evitando, assim deformá-la.

Faça a operação sempre com o motor frio e na seqüência

abaixo:

Solte o cabo de vela, puxando-o pelo seu terminal e

nunca pelo fio.

Recoloque o terminal na vela após a substituição desta.

Encaixe a chave tubular na vela e solte girando-a no

sentido antihorário.

Encaixe e rosqueie a vela nova com a mão, até que a

arruela de vedação encoste no cabeçote. Caso sinta que a

rosca ficou dura, solte e tente novamente, sempre com a

mão, nunca force com a chave de vela.

Faça o aperto final das velas com a chave, girando-a

no sentido horário.

o90o90

Posição correta da palheta

124

Remova restos de insetos grudados no

pára-brisa, usando água morna e sabão

neutro.

Com o veículo em desuso, dobre os

braços do limpador do pára-brisa / vidro

traseiro.

Regule as palhetas, principalmente

quando os limpadores não são muito

utilizados. A posição correta da palheta é

perfeitamente perpendicular ao vidro.

Page 124: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Quando as palhetas apresentarem trepidação,

pode-se tentar uma regulagem da sua posição

vertical em relação ao vidro ou substituí-la, caso

necessário. Porém, quando apresentar falhas na

limpeza do vidro (borracha deformada, danificada ou

ressecada), só resta a substituição por outra original.

Para alguns modelos de veículos, a remoção e a

instalação da palheta pode ser muito simples, veja

um exemplo de uma destas versões:

Ejetor do lavador

Os ejetores dos lavadores também requerem

pequenos cuidados e para alguns modelos

de veículos, é possível regular a direção do

jato de água com um alfinete.

Ejetor do lavador do vidro traseiro

Para corrigir a direção do jato d'água, utilize

um alfinete nos bicos de saída.

- Levante o braço do limpador

- Posicione a palheta conforme ilustrado

- Aperte a trava e remova a palheta

- Para instalar a palheta, encaixe-a, atentando para o

posicionamento da trava. Um clique indicará a

correta fixação.

125

Page 125: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Regulagem dos faróis

A perfeita regulagem dos faróis do veículo é de máxima

importância, pois interfere na sua segurança e dos

demais motoristas.

Trafegando à noite ou em condições de pouca

visibilidade, devem "sempre" estar acesos os faróis

baixos. A Legislação de Trânsito assim determina e proíbe

o tráfego apenas com as lanternas acesas, mesmo na

cidade.

Por ser a regulagem de faróis, um serviço

que implica na utilização de equipamentos

específicos, somente o seu Concessionário

deverá executá-lo.

Utiliza-se a luz alta em locais mais abertos

como rodovias, porém, mude

imediatamente para luz baixa ao perceber

um veículo à sua frente e principalmente

em sentido contrário, preservando assim

sua segurança e dos demais.

126

Page 126: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Substituição de lâmpadas

Dependendo do modelo de veículo, a substituição

das lâmpadas pode ser uma operação relativamente

facil de ser executada, obedecendo-se as orientações

constantes na Literatura de Bordo. As versões de

lâmpadas mais complexas somente devem ser

substituídas no seu Concessionário Volkswagen.

Por serem itens de segurança, é conveniente que você

tenha, para casos de emergência, um jogo completo

de lâmpadas bem acondicionadas no porta-malas do

veículo.

Uma observação muito importante é não tocar com

os dedos no bulbo de uma lâmpada nova. Use

sempre um pano limpo e seco para manuseá-las.

Substituição de fusíveis

Quando você notar que algum instrumento, acessório

ou lâmpada do veículo deixa de funcionar, a primeira

coisa a ser feita é uma inspeção nos fusíveis do

veículo localizados na Central Elétrica.

Leia atentamente as orientações contidas na

Literatura de Bordo para a identificação do fusível

queimado e para uma possível substituição. Estes

manuais trazem a relação das funções protegidas

pelos fusíveis e os seus respectivos símbolos.

Para alguns modelos, um cartão, junto à central

elétrica, traz a disposição da função principal para

um determinado fusível. Se a causa da queima do

fusível for esporádica, bastará troca-lo por um novo

da mesma capacidade. Mas, se a queima tornar a se

repetir, será necessário diagnosticar a causa.

De maneira alguma devem ser feitas improvisações

com pedaços de fios, papel alumínio etc., para a

substituição de um fusível queimado, pois sua

queima sempre é conseqüência de uma sobrecarga

anormal naquele circuito.

Somente substitua um fusível queimado por outro de

igual capacidade (ampère).

Se um fusível queimar-se repetidas vezes, não insista

em substituí-lo. Procure auxílio do seu

Concessionário Volkswagen.

Seja também precavido e carregue sempre no porta-

luvas pelo menos um fusível de cada tipo utilizado no

veículo.

Utilização do extintor de incêndio

O extintor de incêndio do veículo é um

acessório de extrema utilidade numa

emergência, mas quase sempre é es-

quecido embaixo do banco pelo seu pro-

prietário. Um outro agravante: quase

ninguém está técnica e psicologicamente

preparado para utilizá-lo num princípio de

incêndio no veículo.

Ao deparar-se com um princípio de in-

cêndio no veículo, mantenha a calma, mas

procure agir rapidamente. A maioria das

pessoas ao notar um princípio de incêndio

no veículo fica apavorada e procura fugir

rapidamente, temendo uma possível

explosão. Algumas pessoas chegam a saltar

do veículo em movimento.

No entanto, o risco de explosão do tanque

de combustível, num princípio de incêndio,

é uma possibilidade muito remota.

Localize a base do fogo, abra o capô do

motor, caso o incêndio esteja localizado no

seu interior, para utilizar com eficácia o

extintor de incêndio.

127

Page 127: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Siga as instruções a seguir para utilizar o extintor de

incêndio.

Cuide do seu extintor

Cheque com freqüência a carga do seu

extintor de incêndio, observando a escala do

indicador de pressão. O ponteiro deve estar

na faixa verde. Estando na faixa vermelha,

indica que está descarregado. O

Concessionário Volkswagen poderá

providenciar a recarga para você.

Conservação do veículo

A conservação do veículo é de máxima

importância, não só visando o seu bem-

estar, mas também para a preservação das

qualidades, beleza e valor do veículo. Na

Literatura de Bordo, você encontra todas as

orientações para conservação do veículo:

Lavagem do veículo

Lavagem do motor

Conservação da pintura

Remoção das manchas

Vidros

Revestimentos internos

Tecidos / couro

Cintos de segurança

Antena

Arejamento do veículo

Proteção anticorrosiva.

Prolongado desuso

O desuso do veículo por um período

prolongado é uma situação anormal, que

requer alguns cuidados adicionais. Todavia,

deve-se levar em conta que isto poderá não

ter mais o mesmo comportamento anterior.

Se isto for inevitável, verifique na Literatura

de Bordo as recomendações necessárias

para minimizar as conseqüências e não

comprometer a vida útil do seu veículo.

Veja a seguir um exemplo para a utilização de um extintor

de incêndio.

A Literatura de Bordo traz a localização e a forma de

acessar o extintor de cada veículo.

Com o extintor de incêndios nas mãos, quebre o lacre

levantando a alavanca.

Com o extintor em pé, aproxime-se o máximo possível do

foco de incêndio e aperte o gatilho, dirigindo o jato para

a base do fogo.

Importante

É conveniente ler antecipadamente todas as informações

e instruções contidas na Literatura de Bordo e no

extintor.

128

Page 128: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Substituição de rodas

Apesar da necessidade da substituição de uma roda (por

motivo de um pneu furado) ser uma coisa relativamente

comum, muitas vezes nos deparamos com pessoas em

apuros diante desta situação.

Como esta emergência não tem local nem hora para

acontecer, convém você estar preparado para resolvê-la

sem maiores complicações.

Em primeiro lugar, não deixe para aprender a trocar uma

roda quando isto for necessário, pois você poderá estar

numa situação adversa, como no escuro ou sob chuva.

Portanto, recomenda-se praticar esta operação com o

carro na garagem. Com este treinamento, você estará

muito mais preparado para resolver esse "probleminha"

rapidamente e sem dificuldades.

Você deve treinar a operação conforme as orientações

contidas na Literatura de Bordo do veículo.

Convém, também, você ter sempre à mão uma lanterna

com suporte imantado para auxiliá-lo em local escuro.

Outra providência interessante é você portar um pedaço

de madeira, mais ou menos de 20 cm x 20 cm por 3 a 5 cm

de espessura, para o caso de você ter que parar o veículo

num local irregular ou com muito barro. Esta madeira,

nestas circustâncias, poderá ser colocada sob o "macaco",

auxiliando sua estabilidade.

Logo após você ter concluído a operação, lembre-se de

que o fato pode ocorrer novamente, portanto pare na

primeira borracharia que você encontrar, para consertar o

pneu furado. "O seguro morreu de velho".

Dicas importantes

1) Caso você tenha dificuldades em soltar os parafusos das

rodas, pois isto poderá exigir-lhe muita força, coloque a

chave de roda na horizontal force-a com o pé ou mesmo

suba em cima, sempre girando-a no sentido anti-horário

(contrário aos ponteiros do relógio).

O mesmo procedimento poderá ser utilizado para apertar

os parafusos, caso você não tenha força suficiente,

somente girando a chave no sentido horário (sentido dos

ponteiros do relógio).

2) Caso você, por algum motivo, perca os parafusos da

roda que acabou de retirar do carro (por exemplo: você

sem querer chutou-os e estes rolaram e caíram num rio),

não se afobe. Tire um parafuso de cada uma das outras 3

rodas e instale assim a sua roda sobressalente com 3

parafusos. Isto é suficiente para você rodar sem nenhum

problema até o próximo Concessionário Volkswagen.

Substituição da bateria

A Literatura de Bordo contém

importantes informações, que devem

ser rigorasamente obedecidas,

inclusive com orientações sobre a

legislação que trata sobre o descarte de

baterias, sem poluir o meio ambiente.

A substituição da bateria deve ser feita

no Concessionário.

Caso seja realmente necessário, você

mesmo pode substituir a bateria do

veículo, tomando alguns cuidados:

Não use anéis ou relógios ao

manusear a bateria.

Não provoque curto circuito com

ferramentas ou outros objetos

metálicos encostados nos terminais da

bateria.

Nunca desconecte a bateria com o

mo-tor em funcionamento.

Na remoção da bateria, desconecte

primeiro o cabo negativo (-) e depois o

cabo positivo (+).

Na instalação, esta sequência deve

ser invertida. Primeiro conecte o cabo

positivo (+) e depois o negativo (-).

129

Page 129: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Diagnóstico simples no veículo

Vazamento de óleo ou líquido de arrefecimento

Verifique rotineiramente a existência de vazamentos de

óleo ou líquido de arrefecimento no motor e

transmissão. A maneira mais simples de verificar é

observar pingos destes líquidos no chão sob o veículo.

Fique sempre atento e caso isso ocorra procure o

Concessionário Volkswagen para correção da anomalia.

Verifique também manchas de óleo próximo às rodas, o

que pode indicar vazamentos nos amortecedores ou

cilindros de freios das rodas.

Ruídos anormais ao frear

Caso ocorra ruído de peças raspando ao aplicar-se os

freios do veículo, isto pode indicar o desgaste total das

pastilhas e / ou lonas de freio. Leve imediatamente o

veículo ao Concessionário, pois existe o risco de

ineficiência ou travamento dos freios, afetando assim a

segurança e implicando em prejuízo considerável, uma

vez que os discos / tambores serão inutilizados, caso o

veículo continue a rodar nessas condições.

Oscilações anormais em pisos irregulares

Podemos considerar normal a ocorrência de

oscilações - "balanços" - do veículo após

passar por um buraco, mas isto, com o

veículo em perfeitas condições, não deve

passar de um balanço, apenas, devendo

imediatamente ocorrer a estabilização dessas

oscilações. Estes movimentos são

interrompidos pelos amortecedores do

veículo e se as oscilações, em vez de serem

interrompidas imediatamente, se

prolongarem por mais alguns balanços, é

sinal que os amortecedores da suspensão

estão sem ação e devem ser substituídos. Esta

situação, além de desconfortável, põe em

risco a segurança do veículo, pois dificulta a

dirigibilidade e aumenta o espaço de

freagem. Você poderá fazer um teste simples

para avaliar o estado dos amortecedores,

balançando o veículo com as mãos, em

direção ao solo. Assim que você deixar de

balançá-lo, estes movimentos devem parar

imediatamente. Caso contrário, indica defi-

ciência dos amortecedores, que devem ser

substituídos. Repita este teste nas quatro

rodas.

Veja na foto abaixo como deve ser feito o

teste.

130

Page 130: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Inspeção periódica dos pneus

É da máxima importância você observar com alguma

freqüência as condições dos pneus. Através desta

inspeção, você poderá detectar problemas e suas

causas, que freqüentemente ocorrem com os pneus.

Isto lhe proporciona segurança e economia.

Indicadores de desgaste dos pneus

O CONTRAM determina que os pneus sejam

substituídos quando o desgaste da banda de

rodagem atingir os indicadores existentes no

fundo dos sulcos. Os pontos onde existem os

indicadores de desgaste da banda de

rodagem são identificados pela sigla TWI

(Tread Wear Indicators).

Examinando a banda de rodagem dos pneus,

você poderá diagnosticar problemas, suas

causas e soluções. Veja o quadro abaixo:

CAUSA PROBLEMA SOLUÇÕES

Desgaste excessivo no centro

Desgaste excessivo nos ombros

Desgaste excessivo de um lado

Desgaste em forma de serra

- Pressão insuficiente

- Alta velocidade nas curvas

- Pressão excessiva

- Ângulo de cambagem errado

- Utilizar pressão correta

- Efetuar rodízios

- Utilizar pressão correta

- Efetuar rodízios

- Ajustar o ângulo de

cambagem

- Convergência ou

divergência excessivas- Ajustar convergência ou

divergência

- Roda desbalanceada

- Roda torta ou deformada

- Problema nos freios

- Balancear o conjunto

-Substituir rodas

- Reparar freios

Áreas gastas em um ou vários pontos

Áreas gastas de um lado

Cortes na banda de rodagem e/ou flancos

- Desbalanceamento

- Folgas na direção e/ou

suspensão

- Avarias acidentais (choques

e impactos)

- Balancear o conjunto

- Controlar os componentes

- Evitar buracos, obstáculos e

elementos cortantes e

perfurantes

- Substituir pneu danificado

131

Bolhas ou cortes nas laterais

- Avarias acidentais (choques

e impactos)

- Subidas no meio fio com

pneu com baixa pressão

- Evitar buracos, obstáculos e

elementos cortantes e

perfurantes

- Substituir pneu danificado

Page 131: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Veículo puxa para um lado em piso plano e regular

Este efeito pode ser causado por um pneu vazio,

irregularidades no alinhamento de direção ou sistema de

freios, principalmente quando isto ocorre apenas

durante a freada.

Ocorrendo com regularidade, e não constatando-se a

existência de um pneu vazio, você deve procurar o

Concessionário para a perfeita identificação das causas e

correção do problema.

Deve-se levar em conta que isto não deve ocorrer quando

o veículo trafega em linha reta e piso plano. Muitas vezes

o leito carroçável é inclinado para fora (para a direita), o

que fará o veículo tender para este lado.

A ocorrência deste problema de maneira contínua

poderá causar desgastes anormais nos pneus,

aumentando assim os prejuízos.

Portanto, adiar a solução deste tipo de defeito, além de

ter a dirigibilidade e segurança comprometidas significa

gastar muito mais com o reparo do que se providenciasse

isto de imediato.

Falta ou excesso de combustível

Os sintomas para as duas situações são

iguais: o motor gira normalmente durante a

partida mas não entra em funcionamento; o

que difere uma causa da outra é a ocorrência

de um forte odor de combustível, quando a

causa é o excesso (motor afogado).

Caso seja esta a causa, aperte totalmente o

acelerador e dê a partida, não tirando o pé

até que o motor entre normalmente em

funcionamento.

Este procedimento aplica-se muito mais ao

veículo equipado com carburador e, para a

partida nestas condições, o afogador deverá

estar na posição desacionado. Para os

veículos equipados com injeção eletrônica,

este problema é mais difícil de ocorrer,

porém o procedimento para o

desafogamento é o mesmo. Caso isto esteja

ocorrendo com frequência, procure o

Concessionário para correção do problema.

Quando ocorrer a falta de combustível,

apesar deste existir no tanque em quantidade

suficiente, a situação fica um pouco mais

complexa para o próprio motorista resolver,

em função de uma série de fatores que

poderão causar este defeito. Neste caso, é

conveniente você procurar ajuda do

Concessionário Volkswagen.

Bateria fraca

O motor de partida gira com dificuldade:

neste caso, desligue todos os acessórios do

veículo, como ventilador, luzes, rádio etc.

Aguarde algum tempo (10 minutos) e tente

novamente a partida. Se não conseguir fazer

o motor funcionar, será realmente necessária

a utilização de uma bateria auxiliar para a

partida. Ou ainda, como último recurso, em

caso de emergência, fazer o motor funcionar

empurrando o veículo - “pegar no tranco”.

Este procedimento deve realmente ser

utilizado como último recurso face aos riscos

de danificações em componentes mecânicos

da transmissão e da embreagem, além do

risco a que estarão expostos os empurradores

na via pública. Mais à frente comentaremos a

maneira correta de realizar esta manobra e

correr menores riscos.

Dificuldades de partida no motor

A Literatura de Bordo do seu veículo apresenta a maneira

correta e os cuidados a serem tomados para a partida do

motor. Obedecendo-se estes procedimentos

preestabelecidos, o motor deverá entrar em

funcionamento normalmente.

Caso isto não aconteça, existem algumas causas possíveis

de serem identificadas e corrigidas pelo motorista.

132

Page 132: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Partida do motor com bateria auxiliar

A utilização deste recurso quando nos deparamos

com a bateria do veículo descarregada é a maneira

correta de resolver o problema.

Para tanto, é prudente você ter no porta-malas do

veículo um jogo de cabos de força conforme

indicado na figura abaixo. Estes cabos são

facilmente encontrados no mercado.

todas estas advertências é comum esta

prática. Desta forma, achamos conveniente

indicar a maneira menos perigosa e

comprometedora aos componentes

mecânicos ao realizar esta operação:

1) Nunca realize isto em vias de grande

movimento ou de altas velocidades. Em

rodovias, não saia do acostamento para a

pista pavimentada.

2) Deixe o pisca-alerta do veículo ligado

3) Nunca faça isto numa subida, pois o

esforço será inútil.

4) Jamais tente realizar esta manobra

sozinho, empurrando o veículo aproveitando

uma descida e depois pulando rápido dentro

dele.

5) Pelo menos 2 pessoas devem empurrar o

veículo e um motorista experiente deve estar

ao volante.

6) Verifique se o caminho à frente está livre.

7) Ligue a ignição

8) Engate a 2a marcha e fique com o pé

acionando totalmente a embreagem.

9) Ordene que os demais empurrem o

veículo até atingir alguma velocidade por uns

20 metros no máximo.

10) Já com uma velocidade capaz de girar o

motor, solte a embreagem de maneira suave

e nunca de uma vez.

11) Caso você perceba que o motor está com

excesso de combustível (afogado), aperte

também o pedal do acelerador até o fim e

não fique bombeando, até que o motor entre

em funcionamento normal.

12) Oriente as pesoas que vão empurrar o

veículo para saírem rapidamente para a

direita - calçada ou acostamento - assim que

o motor entrar em funcionamento, evitando

desta forma um atropelamento por trás.

Obs: Voltamos a enfatizar que este

procedimento é o último recurso a ser

utilizado numa emergência.

Alertamos mais uma vez para o alto risco de

acidentes e comprometimento dos

componentes mecânicos.

Em veículos com transmissão automática

não é possível dar partida empurrando o

veículo.

Em veículos com catalisador, usar este

recurso com o motor frio.

Você não precisa ter à mão uma outra bateria. Basta

encostar um outro veículo ao lado do seu e fazer as

ligações. Veja na Literatura de Bordo do seu veículo a

maneira correta e os cuidados necessários para

executar esta operação. Durante a partida do seu

motor, convém deixar o motor do outro veículo

funcionando à meia rotação, para garantir uma

corrente suplementar através do funcionamento do

alternador.

Obs: É interessante você adquirir no mercado um

carregador de baterias. Ele poderá ser útil caso você

não possua outra bateria para auxiliar a partida.

Neste caso, leia as instruções de uso do carregador

indicadas pelo seu fabricante.

Geralmente, deixando-se a bateria carregando por

algum tempo e mantendo-se o carregador ligado

durante a 1a partida, temos nosso problema

resolvido.

Partida empurrando o veículo

Conforme já dissemos anteriormente e está

orientado na Literatura de Bordo do veículo, isto só

deverá acontecer como último recurso e em caso de

emergências. Sabemos que apesar de

133

Page 133: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Reboque do veículo

O Código Nacional de Trânsito proíbe rebocar veículos

através de corda ou cabo flexível. Neste caso, deve ser

utilizado uma barra de reboque (cambão).

Alguns veículos possuem ganchos específicos para

reboque.

Na dianteira do veículo - para o veículo ser rebocado.

Na traseira do veículo - para rebocar outro veículo.

Nestes casos, a barra de reboque deve ser fixada a estes

ganchos.

Quando o veículo não possui estes ganchos, a barra de

reboque deve ser fixada ao suporte de agregados,

conforme indicado pela seta na figura acima.

O reboque deve ser feito tomando-se os seguintes

cuidados:

Veículos com transmissão mecânica.

Deixe a ignição ligada para não bloquear o volante da

direção e poder acionar os indicadores de direção, a

buzina, o limpador do pára-brisa e os faróis, se

necessário.

Como o servo-freio somente atua com o motor em

funcionamento, o pedal do freio deverá ser acionado

com mais força que o normal.

Nos veículos com caixa de direção hidráulica também

será necessário aplicar mais força nas manobras.

Mesmo com a alavanca de mudanças em ponto

morto, há a necessidade da transmissão estar

devidamente abastecida de óleo.

Ambos os motoristas deverão estar devidamente

familiarizados com as particularidades do reboque.

Tão difícil quanto dirigir o veículo que reboca é dirigir

o veículo rebocado.

Os movimentos entre os veículos devem ser

sincronizados, não só na velocidade

desenvolvida (que deve ser a menor possível,

obedecendo à legislação) como também nas

manobras efetuadas. É recomendável que os

motoristas combinem antes sinalizações que

favoreçam a condução harmoniosa

(buzinadas, piscadas de faróis etc).

Veículos com transmissão automática

Além de cuidados já descritos anteriormente,

cuide também para que:

A alavanca seletora de marchas esteja em

"N".

Em função do motor parado, a bomba de

óleo da transmissão não funciona, não

permitindo, portanto, uma lubrificação

suficiente. Por isso, não ultrapasse a

velocidade de 50km.

Da mesma forma que na transmissão

mecânica, a automática deverá estar

abastecida de seus lubrificantes para o veículo

ser rebocado.

Reboque por guincho, a maneira correta e

segura

É o meio mais correto e seguro para rebocar

um veículo, desde que os seguintes sejam

considerados.

Veículos com transmissão mecânica

Podem ser erguidos tanto pelas

rodas dianteiras como pelas rodas traseiras.

Quando pelas rodas traseiras, trave o volante

de direção com as rodas alinhadas e somente

permita o deslocamento do veículo com a

transmissão abastecida.

Veículos com transmissão

automática

Somente podem ser guinchados com as rodas

dianteiras erguidas e nunca com as traseiras,

o que danificaria seriamente a transmissão. O

ideal é sempre que possível transportar o

veículo sobre uma plataforma (carreta).

134

Page 134: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Kit de peças de emergência

É muito importante quando você for sair numa

viagem longa, levar um kit com algumas peças de

emergência e que você mesmo poderá substituir. O

Concessionário Volkswagen irá ajudá-lo na

composição deste kit, que deve ser sempre

composto por peças originais do seu veículo.

Kit sugestão

1 jogo de fusíveis

1 jogo de lâmpadas

1 correia do alternador

1 jogo de velas

1 jogo de magueiras do radiador

1 válvula de pneu

1 litro de óleo de motor

1 pedaço de fio (± 2m)

1 pedaço de arame (± 2m)

1 rolo de fita isolante

Ferramentas e acessórios que acompanham

o veículo

Os acessórios básicos que acompanham o

veículo são suficientes para a

operacionalização normal do veículo,

porém se você, com os conhecimentos que

adquiriu no curso "Mecânica VW para

Amadores", quiser realizar alguns reparos

leves e manutenções simples, deve adquirir

um kit de ferramentas e equipamentos

adicionais, conforme sugerido abaixo.

Ferramentas adicionais úteis

1 jogo de chaves fixas de 6mm a 19mm

1 jogo de chaves estrelas de 6mm a 19mm

1 alicate universal

1 alicate de pressão

1 martelo pequeno

3 chaves de fenda (peq./méd./gd.)

2 chaves Philips (peq./méd.)

1 chave de velas tubular

1 chave allem 7mm

1 calibrador de pneus

1 chave para válvulas de pneus

1 bomba de ar

1 carregador de bateria

1 cabo de força com garras para bateria

auxiliar

1 calço de madeira 20X20X5 cm

1 tesoura

1 faca ou canivete

1 lanterna com suporte magnético (com

pilhas)

1 caixa de ferramentas

135

Page 135: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

A oficina inteligente

Você nosso Cliente, que acaba de conhecer um pouco da

tecnologia VW, através deste "Curso de Mecânica para

Amadores", sabe que só encontrará esta capacitação

técnica na Rede de Concessionárias Volkswagen, onde

poderá levar seu VW sempre que necessitar de serviços,

simples ou de grande complexidade.

“Estamos empenhados em mudar uma imagem que por

muito tempo esteve associada à nossa marca: a de que a

mecânica é fácil, e qualquer um pode consertar nossos

veículos”, declara Joacyr Drummond, gerente executivo

de Assistência Técnica da Volkswagen, antecipando o que

vem por aí na área de prestação de serviços.

Ele conta que, com a notável evolução tecnológica na

indústria automobilística, os veículos transformaram-se

em máquinas sofisticadas, dotadas de centrais

eletrônicas e inúmeros sensores, tornando coisa do

passado a imagem do mecânico que abria o capô do

veículo e descobria o problema pelo ronco do motor.

Aliás, provavelmente em pouco tempo não haverá nem a

necessidade de abrir o capô para reparar o veículo, já que

os modernos equipamentos de diagnósticos, medição e

informação fazem praticamente todo o trabalho. No

entanto, estes equipamentos só trarão resultados se

forem operados por profissionais altamente

especializados e preparados para as novas tecnologias.

Uso inteligente da informação

Segundo Joacyr Drummond, além do conhecimento

técnico fundamental para utilizar corretamente as novas

tecnologias disponíveis na Assistência Técnica, o

profissional - seja ele Consultor Técnico, Mecânico ou

Administrativo - tem a obrigação de estar sempre bem-

informado, não somente em sua área específica. “Ele tem

que ser pró-ativo: estudar, ler muito, observar e até

mesmo visitar o concorrente para ver o que ele está

fazendo e, assim, melhor o atendimento”, explica.

Segundo o gerente, é o uso inteligente da informação que

faz a diferença. Não adianta o profissional ter muito

conhecimento se não consegue transmiti-lo ao Cliente.

“Ele tem a obrigação de explicar ao Cliente,

sem aborrecê-lo, toda a tecnologia

empregada no diagnóstico e reparo de seu

veículo”, informa. Esta atitude pode

justificar ao Cliente porque ele está

pagando um pouco mais do que se tivesse

levado seu veículo na oficina da esquina.

136

Page 136: 97243962 Curso de Mecanica Basica Do Automovel

Em virtude de a Volkswagen perseguir um constante

aperfeiçoamento dos seus modelos e tipos,

solicitamos sua compreensão no sentido de nos

reservarmos o direito de efetuar, a qualquer

momento, alterações quanto à forma, equipamentos

e tecnologia do produto fornecido. Por esta razão,

não se pode inferir qualquer direito com base nos

dados, ilustrações e descrições do presente material

impresso.

A Literatura de Bordo do seu veículo é o referencial

principal para sua informação sobre os produtos

Volkswagen.

Não é permitida a impressão, reprodução

ou tradução total ou parcial deste material

sem prévia autorização por escrito, da

Volkswagen, que se reserva expressamente

todos os direitos autorais, conforme

legislação em vigor.

©2002 Volkswagen do Brasil

Reservado o direito a alterações

Impresso no Brasil

Edição 12/01

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