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Comando da Aeronáutica Diretoria de Engenharia da Aeronáutica Sinalizações Horizontal, Luminosa e Vertical Divisão de Sinalização - EP 60 Rio de Janeiro - RJ Maio/2005

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Comando da Aeronáutica

Diretoria de Engenharia da Aeronáutica

Sinalizações Horizontal, Luminosa e Vertical

Divisão de Sinalização - EP 60

Rio de Janeiro - RJ

Maio/2005

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SUMÁRIO pg.

CAPÍTULO I .................. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES.............................4

CAPÍTULO II .................. INTRODUÇÃO..........................................................5

CAPÍTULO III .................. TERMINOLOGIA......................................................6

CAPÍTULO IV .................. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS..............................8

CAPÍTULO V .................. CLASSIFICAÇÃO DOS AERÓDROMOS.............10

CAPÍTULO VI .................. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL.............................12

CAPÍTULO VII .................. SINALIZAÇÃO LUMINOSA.................................20

CAPÍTULO VIII .................. SINALIZAÇÃO VERTICAL...................................29

CAPÍTULO VII .................. HOMOLOGAÇÃO (PROJETO - INSPEÇÃO).......33

ANEXO – 49 FIGURAS

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CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1-1 FINALIDADE

A presente apostila tem a finalidade de apresentar as principais características

das sinalizações horizontal, luminosa e vertical em uso nos aeródromos e helipontos.

1-2 OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS

(Cp) Conhecer os elementos necessários ao projeto de sinalização horizontal de um

aeródromo

(Cp) Conhecer os elementos necessários ao projeto de sinalização luminosa de um

aeródromo

(Cp) Conhecer os elementos necessários ao projeto de sinalização vertical de um

aeródromo

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CAPÍTULO II

INTRODUÇÃO

2-1 CONVENÇÃO DE CHICAGO

Buscando o desenvolvimento seguro e ordenado da aviação civil internacional,

os EUA, em 1944, promoveram, em Chicago, uma conferência à qual compareceram

representantes de 52 países. Nessa reunião foi elaborado um documento conhecido como

Convenção de Chicago onde, os signatários comprometeram-se a cumprir determinados

princípios e regras que são constantemente atualizadas.

2-2 ANEXOS À CONVENÇÃO DE CHICAGO

Os diversos assuntos relativos à aviação foram divididos em anexos à

Convenção de Chicago, com o objetivo de facilitar o estudo e a aplicação de seus

dispositivos. Atualmente existem 17 anexos e, para a elaboração dos projetos referentes à

instalação dos auxílios visuais é indispensável a rigorosa obediência ao Anexo 14, que define

as características físicas das pistas de pouso, pistas de rolamento (táxi), pátios de

estacionamento de aeronaves, áreas de aproximação e áreas de circulação nos aeródromos.

2-3 ORGANIZAÇÃO DA AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL

A Organização da Aviação Civil Internacional (OACI ou ICAO) é uma

instituição internacional, com sede em Montreal, que promove reuniões dos representantes

dos diversos países, com o objetivo de elaborar propostas de modificações aos anexos à

Convenção de Chicago. Tais propostas visam acompanhar o desenvolvimento das

características técnicas das aeronaves em uso ou em fase de projeto. Após devidamente

debatidas as propostas são encaminhadas aos países membros que as analisam e,

posteriormente, participam da votação das mesmas para que sejam emitidas as

recomendações adequadas.

2-4 COMISSÃO DE ESTUDOS RELATIVOS À NAVEGAÇÃO

AÉREA INTERNACIONAL (CERNAI)

O Brasil, como um dos países membro da OACI, apresenta sugestões e votos

através de um representante da Comissão de Estudos Relativos a Navegação Aérea

Internacional. Esta Comissão é um dos órgãos do Comando da Aeronáutica e seu

representante é assessorado através de pareceres técnicos emitidos, principalmente, pela

Diretoria de Engenharia de Aeronáutica (DIRENG) e pela Diretoria de Eletrônica e Proteção

ao Vôo (DEPV), conforme a natureza do assunto em debate.

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CAPÍTULO III

TERMINOLOGIA

3-1 AERÓDROMO

É toda área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves.

3-2 AUXÍLIOS LUMINOSOS DE APROXIMAÇÃO

São os sistemas de indicação visual de rampa de aproximação (VASIS), de

indicação de precisão de rampa de aproximação (PAPI), de luzes de aproximação (ALS) e

luzes de obstáculos.

3-3 AUXÍLIOS VISUAIS DE AERÓDROMO

São todos os auxílios luminosos de aproximação, as sinalizações de aeródromo

e os indicadores de direção de vento.

3-4 HELIPONTO

Os aeródromos destinados exclusivamente a helicópteros.

3-5 IFR (“INSTRUMENT FLYING RULES”)

Regras de vôo por instrumento.

3-6 PISTA DE APROXIMAÇÃO DE PRECISÃO CATEGORIA

I (CAT I) - figura 02

É a pista de vôo por instrumento, servida por auxílios visuais e ILS que

proporcione condições de operação com uma altura de decisão de até 60m e RVR da ordem

de 800m.

3-7 PISTA DE APROXIMAÇÃO DE PRECISÃO CATEGORIA

II (CAT II) - figura 02

É a pista de vôo por instrumento, servida por auxílios visuais e ILS que

proporcione condições de operação com uma altura de decisão de até 30m e RVR da ordem

de 350m.

3-8 PISTA DE APROXIMAÇÃO DE PRECISÃO CATEGORIA

III (CAT III) - figura 02

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É a pista de vôo por instrumento, servida por auxílios visuais e ILS que

proporcione condições de operação sem necessidade de se considerar uma altura de decisão,

com RVR de 200m (CATIII-A), 50m (CATIII-B) e 0m (CATIII-C).

3-9 RVR (“RUNWAY VISUAL RANGE”)

Alcance Visual da Pista - É a distância até a qual o piloto de uma aeronave

situada no eixo de uma pista de pouso, pode ver a sinalização horizontal ou luminosa.

3-10 SINALIZAÇÃO DE AERÓDROMO

É constituída pelas sinalizações horizontal, luminosa e vertical.

3-11 SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

É o conjunto de faixas, letras, algarismos e símbolos, demarcados sobre os

pavimentos, que formam diversas indicações.

3-12 SINALIZAÇÃO LUMINOSA

É o conjunto de luzes destinadas a prestar auxílio visual aos pilotos das

aeronaves que utilizam os aeródromos.

3-13 SINALIZAÇÃO VERTICAL

São painéis, iluminados ou não, contendo letras, algarismos ou símbolos,

combinados ou não, utilizados para transmitir ao piloto diversas informações e orientações

durante o movimento da aeronave no solo.

3-14 VFR (“VISUAL FLYING RULES”) - figura 02

Regras de vôo visual.

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CAPÍTULO IV

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

4-1 PRINCIPAIS ELEMENTOS

Há quatro elementos principais que devem ser observados na pesquisa,

desenvolvimento, projeto e instalação dos auxílios visuais que são: a configuração, a cor, a

intensidade luminosa e os ângulos do facho luminoso. A configuração fornece informações

essenciais à orientação tridimensional guiando o piloto e as cores o localizam em relação ao

sistema. Desses elementos, os dois primeiros são aplicados a todos os auxílios visuais e no

caso dos auxílios luminosos são aplicados os quatro, variando as especificações de acordo

com a importância do aeródromo, consequentemente, com sua categoria de operação.

4-2 CONFIGURAÇÃO

Relaciona-se com a localização dos componentes do auxílio, com as distâncias

utilizadas para que seja produzido o efeito desejado.

4-3 COR

A função das diversas cores é a de identificar os diversos auxílios dentro do

sistema geral do aeródromo. Embora muitas cores possam ser reconhecidas quando a

superfície colorida tem uma área bastante extensa, somente algumas delas podem ser

reconhecidas, no caso de luzes, considerados como fontes pontuais. A seleção adequada dos

limites das cores azul, branca ou amarela, verde e vermelha, conforme indica a figura 01,

possibilita o seu reconhecimento. As cores branca e amarela podem ser diferenciadas

somente quando:

a) as luzes com as duas cores são apresentadas simultaneamente, em

partes adjacentes de um mesmo auxílio;

b) as luzes com as duas cores são apresentadas em fases sucessivas

de um mesmo sinal, por exemplo no caso do farol de aeródromo marítimo; e

c) o auxílio tiver um tamanho tal que não possa ser considerado com

uma fonte pontual.

As luzes coloridas são obtidas pelo uso de uma fonte luminosa com filamento

de tungstênio e o filtro apropriado que normalmente é de vidro. A ação do filtro consiste em

remover da luz os comprimentos de onda indesejáveis porém parte dos comprimentos de

onda desejáveis também são bloqueados, provocando uma redução na intensidade luminosa

em relação à luz branca. Normalmente, estas reduções conduzem a intensidades luminosas de

ordem de 40% para luzes amarelas, 20% para as verdes ou vermelhas e 2% para as luzes

azuis, em relação à intensidade da luz branca.

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4-4 INTENSIDADE LUMINOSA

A intensidade das luzes utilizadas nos aeródromos varia desde 10cd até

2.000.000cd e a transmissividade (transmitância por unidade de distância) da atmosfera pode

variar desde valores superiores a 0,95/km nos dias claros e inferiores a 10-50/km com densa

nebulosidade. Para que se possa avaliar a influência da transmissividade atmosférica na

distância visual serão analisados os seguintes casos:

a) a distância de visibilidade de uma luz de 80cd à noite, com

transmissividade 0,90/km é de 7km;

b) a distância de visibilidade de uma luz de 80cd, durante um dia

com nevoeiro, com transmissividade 10-20/km é de 170m; e

c) a distância de visibilidade de uma luz de 80.000cd, durante um

dia com nevoeiro, com transmissividade 10-20/km é de 300m.

Portanto, o aumento da intensidade luminosa não é suficiente para condições

de operação CAT II e CAT III, são necessárias mudanças na configuração, diminuindo as

distâncias entre as luzes. Devido à diferença marcante que a transmissividade pode trazer às

luzes, faz-se necessário um adequado controle de brilho pois mesmo com 0,1% da

intensidade nominal. a luz pode apresentar um brilho bastante superior ao desejado. Além

disso, o projeto deve especificar o emprego de diferentes fontes luminosas de forma a

satisfazer às condições recomendadas para cada tipo de operação.

4-5 ÂNGULOS DO FACHO LUMINOSO

Teoricamente, seria possível projetar-se um sistema ótico para uma luminária

que para qualquer trajetória de aproximação, com qualquer transmissividade atmosférica, a

intensidade máxima fosse dirigida ao ponto no qual a luz começasse a ser vista. À medida

que a distância entre a aeronave e a luz diminui, a intensidade na direção da aeronave

também diminuiria embora o brilho da luz mantenha-se constante. Tais projetos minimizam o

consumo de energia e produzem o efeito visual desejado. Como as aeronaves não voam

sempre na mesma trajetória e nem mesmo sob condições atmosféricas constantes, torna-se

necessário projetar-se fachos luminosos que satisfaçam a uma faixa de trajetórias e

transmissividades atmosféricas.

4-6 ALTERAÇÕES

Quando as condições de operação de um aeródromo são modificadas, pode ser

necessária uma revisão nos projetos de instalação dos auxílios visuais visando adaptá-los às

novas condições.

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CAPÍTULO V

CLASSIFICAÇÃO DOS AERÓDROMOS

Os projetos dos elementos de sinalização são definidos a partir da classificação

do aeródromo, que variam de acordo com as características das aeronaves (letra), conforme

tabela 01, comprimento da pista (número), conforme tabela 02, e tipo de operação utilizada,

conforme descrito abaixo e ilustrada na figura 02:

TIPO DE OPERAÇÃO

Diurno

VFR

Noturno

Diurno

IFR

Não

precisão Noturno

C

AT I

IFR

C

AT II

Precisão

C

AT

III

TIPO DE AERONAVE

tabela 01

LETRA A B C D E F

ENVERGADURA inf. 15m

(exclusive)

15 a 24m

(exclusive)

24 a 36m

(exclusive)

36 a 52m

(exclusive)

52 a 65m

(exclusive)

65 a 80m

(exclusive)

DIST. EXTERNA

TREM PRINCIPAL

inf. a 4,5m

(exclusive)

4,5 a 6m

(exclusive)

6 a 9m

(exclusive)

9 a 14m

(exclusive)

9 a 14m

(exclusive)

14 a 16m

(exclusive)

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COMPRIMENTO DE PISTA

tabela 02:

COMPRIMENTO

DE PISTA

CORRIGIDO

menor que

800m

de 800 a

1.200m

(exclusive)

de 1.200 a

1.800m

(exclusive)

Acima de

1.800m

CÓDIGO DE

PISTA 1 2 3 4

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CAPÍTULO VI

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

6-1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A sinalização horizontal consiste de pintura de faixas, letras, algarismos e

símbolos demarcados sobre o pavimento do aeródromo com a finalidade de prestar auxílio

visual à operação das aeronaves. A cor empregada na pista de pouso de superfície escura é a

branca, porém, se o pavimento for claro a sinalização deve ser contornada por uma faixa na

cor preta para que se obtenha maior contraste. A cor amarela é empregada nas pistas de

rolamento. Nos helipontos podem ser utilizadas as cores branca ou amarela.

6-2 NORMAS A SEREM UTILIZADAS

A) ORGANIZAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL (OACI OU ICAO):

Anexo 14 da ICAO, Volume I – Aeródromos, cap. 5 e 7;

Manual de Projetos de Aeródromos – parte IV; e

Anexo 14 da ICAO, Volume II – Helipontos, cap. 5.

B) COMAER:

NSMA 85-2 - Normas de Infra-Estrutura da DIRENG, de 11.10.1979;

Portaria no 18/GM5, de 14.02.1974 (Helipontos);

Portaria no 1.141/GM5, de 08.12.1987; e

IAC 154-1002 – Localização de Indicador Visual de Condições de Vento em

Aeródromos, de 21 ABR 2005, do DAC.

C) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

(ABNT):

NBR 6.831 - Sinalização Horizontal Viária - Microesferas de Vidro -

Requisitos;

NBR 8.169 - Tinta para Sinalização Horizontal de Pistas e Pátios em

Aeroportos;

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NBR 8.348 - Execução de Sinalização Horizontal de Pistas e Pátios em

Aeroportos;

NBR 8.349 - Inspeção, Fiscalização e Avaliação da Sinalização Horizontal

em Aeroportos;

NBR 10.855 - Sinalização Horizontal de Pistas e Pátios em Aeroportos;

NBR 12.970 - Amostragem e Inspeção Visual para Recebimento de Tintas

para Sinalização Horizontal em Aeroportos;

NBR 13.731 – Aeroportos – Tinta à base de resina acrílica emulsionada em

água – Requisitos e Métodos de Ensaio;

6-3 TIPOS DE SINALIZAÇÃO DE PISTA DE POUSO

A) DESIGNADORA OU DE IDENTIFICAÇÃO

Consiste de um número de dois algarismos e no caso das pistas paralelas

também é incluída uma letra, sendo utilizada nas cabeceiras das pistas pavimentadas de

acordo com a quantidade de pistas, conforme mostrado na figura 03:

1) duas pistas paralelas: L – R;

2) três pistas paralelas: L – C – R;

3) quatro pistas paralelas: L – R – L – R;

4) cinco pistas paralelas: L – C – R – L – R ou L – R – L – C – R;

5) seis pistas paralelas: L – C – R – L – C – R.

As letras e os números devem ter as dimensões indicadas na figura 04.

B) CABECEIRA

Deve ser utilizada nas cabeceiras das pistas pavimentadas, consistindo de uma

série de faixas longitudinais, simetricamente espaçadas em relação ao eixo da pista de pouso,

distando 6m de seus extremos. Seu dimensionamento deverá ser feito de acordo com a tabela

03. As faixas devem estender-se lateralmente até, no máximo, 3m das bordas da pista ou até

27m para cada lado do eixo. O comprimento de cada faixa é de 30m e a largura é de

aproximadamente 1,80m, usando-se um espaço duplo entre as faixas centrais, conforme

indicado na figura 05. Nos casos de cabeceira deslocada, ou quando o extremo da pista não

formar um ângulo reto com o eixo da pista, utiliza-se uma faixa transversal com 1,80m de

largura e comprimento igual à largura da pista. Quando a cabeceira for deslocada

temporariamente para pouso, e a área anterior puder ser utilizada para decolagem, as marcas

anteriores à cabeceira devem ser cobertas, com exceção das faixas de eixo, que devem ser

transformadas em flechas, conforme indicado na figura 06. Quando a cabeceira for deslocada

permanentemente para pouso, e a área anterior puder ser utilizada para decolagem, deverão

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ser seguidas as marcações indicadas na figura 06. Quando a pista de pouso estiver interditada

deverão ser feitas marcações em forma de “X”, conforme indicado na figura 07.

tabela 03:

FAIXA DE CABECEIRA

Largura da pista Número de faixas

18 m 4

23 m 6

30 m 8

45 m 12

60 m 16

C) EIXO

Toda pista pavimentada deve ter sinalização de eixo, que é uma linha de traços

uniformemente espaçados, sobre o eixo longitudinal da pista, localizados entre as duas

sinalizações designadoras de pista, conforme figuras 05 e 08. O somatório do comprimento

de cada traço mais o intervalo deve estar compreendido entre 50m e 75m, e o comprimento

de cada traço deve ser de no mínimo 30m e pelo menos igual, ou maior, ao comprimento do

intervalo. Sua largura depende do tipo de operação do aeródromo:

1) 90cm em pista para aproximação de precisão CAT II ou CAT III;

2) 45cm em pistas para aproximação de precisão CAT I ou em

pistas para aproximações que não sejam de precisão, cujo código de pista seja 3 ou 4;

3) 30 cm nos demais casos.

D) PONTO DE VISADA

É utilizada próximo às cabeceiras, em pistas pavimentadas de vôo por

instrumento, cujo código de pista seja 2, 3 ou 4. Consiste de duas faixas retangulares, uma de

cada lado do eixo longitudinal da pista e, a distância entre seus lados internos e suas

dimensões são variáveis, conforme tabela 04 e figura 08. Havendo sinalização de zona de

contato, a separação lateral entre estes dois tipos de sinalização deve ser a mesma.

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tabela 04:

LOCALIZAÇÃO E DIMENSÕES

Localização e

Dimensões

Distância entre cabeceiras (D)

D < 800m 800m D < 1.200m 1.200m D < 2.400m 2.400m D

Distância da cabeceira ao início

da faixa

150m 250m 300m 400m

Comprimento da

faixa 30-45m 30-45m 45-60m 45-60m

Largura da faixa 4m 6m 6-10m 6-10m

Espaço lateral entre

os lados internos das

faixas

6m 9m 18-22,5m 18-22,5m

E) ZONA DE CONTATO

É utilizada próxima às cabeceiras, em pistas pavimentadas de vôo por

instrumento de precisão código de pista seja 2, 3 ou 4. Consiste de pares de faixas

retangulares, a cada lado do eixo longitudinal, existindo uma configuração básica e outra com

codificação de distância, conforme figura 08. Na configuração básica o comprimento mínimo

é de 22,5m e a largura mínima de 3m, na outra, o comprimento mínimo também é de 22,5m,

e a largura mínima de 1,8m, com separação entre faixas adjacentes de 1,5m. O espaçamento

lateral entre os lados internos dos retângulos deve ser o mesmo utilizado para a sinalização de

ponto de visada. Os pares de faixas serão dispostos com intervalos longitudinais de 150m a

partir da cabeceira, sendo omitidos quando estes pares coincidirem com a sinalização de

ponto de visada ou estiverem situados a menos de 50m desta. A quantidade de pares utilizada

será função da distância entre cabeceiras, conforme tabela 05.

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tabela 05:

QUANTIDADE DE PARES DE FAIXAS

Distância entre cabeceiras pares de faixas

menos de 900m 1

900 a 1200m (exclusive) 2

1200 a 1500m (exclusive) 3

1500 a 2400m (exclusive) 4

2400m ou mais 6

F) BORDA

É utilizada em todas as pistas de aproximação de precisão e nas pavimentadas,

onde não houver contraste entre as bordas da pista e o terreno ou pavimento adjacente.

Consiste de duas faixas, dispostas uma de cada lado do eixo de pista, ao longo de suas

bordas, exceto no caso das pistas com mais de 60m de largura quando as bordas externas das

faixas devem coincidir com a distância de 30m em relação ao eixo da pista. A largura das

faixas será de 0,90m, no mínimo, para as pistas com 30m de largura ou mais e, de 0,45m para

as pistas com largura inferior a 30m conforme figuras 08 e 09.

Na interseção de duas ou mais pistas, deve ser conservada a sinalização

horizontal da pista mais importante, interrompendo-se das demais. A sinalização de borda da

pista de pouso mais importante pode ser mantida ou interrompida. A ordem de importância

das pistas para efeito de conservação de sinalização horizontal é a seguinte:

1) pista de aproximação de precisão (CAT I, CAT II ou CAT III);

2) pista de aproximação que não seja de precisão;

3) pista de pouso visual;

4) pista de rolamento.

6-4 TIPOS DE SINALIZAÇÃO DE PISTA DE ROLAMENTO

A) EIXO

Deve ser utilizada em toda pista de rolamento pavimentada e áreas de giro.

Consiste de um traço contínuo com 0,15m de largura, no mínimo, o qual só é interrompido ao

encontrar a sinalização de ponto de espera. Nas curvas conserva, em relação á borda externa,

a mesma distância que tinha na parte retilínea, em relação às bordas. Nas interseções com as

pistas de pouso, o eixo deverá formar uma curva para unir-se com eixo da pista,

prolongando-se paralelamente, por 60m (se o código de pista for 3 ou 4) ou por 30m (se o

código de pista for 1 ou 2), além do ponto de tangência, mantendo uma separação, entre os

centros das faixas, de 0,90m, conforme figura 05 e 09.

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Maio de 2005 17 de 88

B) BORDA

Deve ser utilizada nas pistas de rolamento pavimentadas e áreas de giro,

quando seu acostamento apresentar o mesmo aspecto e não possuir, no entanto, a mesma

capacidade de suporte da pista de rolamento. Consiste de duas faixas duplas, dispostas uma

de cada lado do eixo de pista, ao longo de suas bordas. A faixa dupla é composta por dois

traços contínuos paralelos, cada uma com 0,15m de largura, com 0,15m de distância entre

suas bordas internas. O limite lateral externo das faixas deve coincidir com a borda da pista

de rolamento, como indica a figura 05 e 09. Com a finalidade de evitar confusão com o eixo

de pista de , são utilizadas faixas transversais, no início e no final das curvas e nos pontos

intermediários dos trechos retos. Estas faixas devem ter 0,90m de largura e seu comprimento

deve ser de 7,5m ou a largura do acostamento menos 1,5m, utilizando-se a que for menor, e

os intervalos, em cada ponto de tangência, não deve exceder 15m e em pequenos trechos

retos, tais intervalos não devem exceder 30m.

C) PONTO DE ESPERA

É utilizada sempre que houver a interseção de uma pista de rolamento

pavimentada com uma pista de pouso. Sua distância em relação ao eixo da pista de pouso

varia de acordo com a classificação do aeródromo, conforme indicado na tabela 06 e figura

10.

tabela 06:

DISTÂNCIAS MÍNIMAS ENTRE O EIXO DA PISTA DE POUSO E UM

PONTO DE ESPERA

Tipo de aproximação Código de pista

1 2 3 4

Aproximação visual 3

0m

4

0m

7

5m

7

5m

Aproximação de não precisão 4

0m

4

0m

7

5m

7

5m

Aproximação de precisão Categoria I 6

0m

6

0m

9

0m

9

0m

Aproximação de precisão Categoria II e III - - 9

0m

9

0m

Decolagem 3

0m

4

0m

7

5m

7

5m

D) POSIÇÃO DE ESTACIONAMENTO

Deve ser utilizada para indicar as posições de estacionamento nos pátios

pavimentados, proporcionando, pelo menos, a separação mínima entre as aeronaves, e entre

estas e edificações ou objetos adjacentes. Essa separação depende da classificação do

aeródromo e das características da aeronave conforme tabela 07 e figura 11. A sinalização de

posição de estacionamento consiste nos seguintes elementos: identificação de posição (letra,

algarismo ou uma combinação de ambos, conforme figura 13), linha de entrada, barra de

virada, barra de alinhamento, barra de parada e linha de saída, de acordo com a configuração

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Maio de 2005 18 de 88

do estacionamento, podendo ser omitidos alguns elementos, conforme o caso. Quando em

uma posição de estacionamento houver superposição de duas ou mais sinalizações, a que for

destinada à aeronave mais crítica deve ser contínua e as demais descontínuas. As linhas de

entrada, de virada e de saída devem ser contínuas, com largura de 0,15m, no mínimo, com

raios adequados às aeronaves com maiores exigências. Havendo necessidade de manter o

movimento em um único sentido, devem ser incluídas setas indicativas nas linhas de entrada

e de saída. As barras de virada são utilizadas nos pontos em que seja desejado o início da

curva da aeronave. Esta barra deve formar um ângulo reto com a linha de entrada, sendo

colocada de forma mais visível do lado esquerdo da cabine de pilotagem, com 6m de

comprimento e 0,15m de largura. As barras de alinhamento devem ter 15m de comprimento e

0,15m de largura, localizadas na direção final de alinhamento da aeronave. Para que a

aeronave pare no ponto desejado, devem ser utilizadas barras de parada com o mesmo

critério para colocação e dimensões da barra de virada conforme figura 12. Pode-se utilizar

também a pintura de um “Tê” na posição de parada das aeronaves, conforme figuras 14 e 15.

tabela 07:

ESPAÇAMENTO DE SEGURANÇA ENTRE AS EXTREMIDADES DAS

AERONAVES

Classificação (letra) Espaçamento

A 3 m

B 3 m

C 4,5 m

D 7,5 m

E 7,5 m

F 7,5 m

E) SINALIZAÇÃO DE ÁREAS DE SERVIÇO

Deve ser utilizada em pátios de estacionamento pavimentados, de acordo com

o tipo de configuração do estacionamento e das instalações terrestres.

Devem definir áreas para veículos terrestres, equipamentos de serviço e

passageiros, com a finalidade de manter a segurança nas áreas operacionais.

A sinalização das áreas de serviço deve incluir os seguintes elementos: linha

de limite da ponta da asa da aeronave crítica, linhas de limite de pistas de serviço (para

veículos), linhas de limite de trânsito de passageiros. As linhas de segurança devem ter, no

mínimo, 0,10m de largura, sendo contínuas e de cor diferente de usada na sinalização do

pátio de estacionamento de aeronaves. As áreas destinadas a passageiros podem incluir

também faixas transversais.

Page 19: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 19 de 88

6-5 SINALIZAÇÃO DE HELIPONTO (PORTARIA No 18/GM5

DE 14/FEV/74)

Devem ser delimitadas as extremidades das áreas de pouso e de toque através

de uma faixa de 0,40m de largura. No interior da área de toque deve ser pintado um triângulo

com um dos vértices apontado para o norte magnético e, no interior deste triângulo, deve ser

feita a identificação do heliponto com a pintura de uma das seguintes letras: H (público), P

(privado), M (militar).

No canto superior direito, junto ao triângulo, será indicada a resistência do

piso através da pintura do número indicador, em toneladas, que deve ter a mesma orientação

da letra. Se a resistência for inferior a uma tonelada, o algarismo indicador da centena de

quilos deve ser precedido por um zero, reduzindo-se suas medidas de 1/3.

As áreas destinadas ao pouso e decolagem de emergência, são identificadas

por uma circunferência com a indicação da resistência de piso orientada para o norte

magnético.

Nos hospitais o triângulo é substituído por uma cruz, pintada em vermelho,

usando-se sempre a letra H.

As direções de aproximação e de saída são indicadas por setas no caso de áreas

de pouso quadradas e pelo maior lado no caso das retangulares.

Todos os elementos componentes desta sinalização deverão ser pintados na

cor amarela ou branca, com exceção da cruz utilizada em hospitais (cor vermelha), e as tintas

deverão ter as mesmas características da utilizada em aeroportos. Vide figuras 16, 17, 18, 19

e 20.

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Maio de 2005 20 de 88

CAPÍTULO VII

SINALIZAÇÃO LUMINOSA

7-1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A sinalização luminosa consiste na colocação de LUZES AERONÁUTICAS,

isto é, luzes com cores, intensidades e aberturas de fachos luminosos adequados, de acordo

com a configuração desejada.

7-2 NORMAS A SEREM UTILIZADAS

A) ORGANIZAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL (OACI OU ICAO):

Anexo 14 da ICAO, Volume I – Aeródromos, cap. 5 e 8;

Manual de Projetos de Aeródromos – parte IV; e

Anexo 14 da ICAO, Volume II – Helipontos, cap. 5.

B) COMAER:

NSMA 85-2 - Normas de Infra-Estrutura da DIRENG, de 11.10.1979;

Portaria no 18/GM5, de 14.02.1974 (Helipontos); e

Portaria no 1.141/GM5, de 08.12.1987. e

IAC 154-1002 – Localização de Indicador Visual de Condições de Vento em

Aeródromos, de 21 ABR 2005, do DAC.

C) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

(ABNT):

NBR 7.732 - Cabos Elétricos para Auxílios Luminosos em Aeroportos;

NBR 7.733 – Aeroportos – Execução de Instalação de Cabos Elétricos

Subterrâneos para Auxílios Luminosos;

NBR 11.482 - Vidros para Auxílios Visuais Luminosos de Uso Aeronáutico;

NBR 12.647 - Indicador Visual de Condições do Vento de Superfície em

Aeródromos e Helipontos (BIRUTA);

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Maio de 2005 21 de 88

NBR 12.801 - Auto Transformador Regulador de Corrente para Auxílios

Luminosos em Aeroportos; e

NBR 12.971 – Emprego de Sistema de Aterramento para Proteção de

Auxílios Luminosos em Aeroportos.

7-3 TIPOS DE SINALIZAÇÃO DE PISTA DE POUSO

A) LUZES DE BORDA

Devem ser utilizadas nas pistas de pouso destinadas ao uso noturno ou às

operações de aproximação de precisão diurnos e noturnos. São utilizadas luzes fixas de cor

branca, ao longo das bordas da pista, a uma distância que não exceda 3m , formando duas

filas paralelas e eqüidistantes em relação ao eixo da pista, conforme figura 21. O

espaçamento longitudinal, entre luzes, não deve exceder 60m em pistas de pouso que operam

por instrumentos (recomenda-se que seja utilizado espaçamento de 50m em pistas de pouso

que operam por instrumento de precisão CAT I, II e III, de modo a permitir que esses

aeroportos operem VFR caso haja pane em um dos circuitos de pista) e 100m em pistas de

pouso visual. As luzes devem ser colocadas em uma mesma perpendicular em relação ao eixo

da pista. Nas interseções com outras pistas podem ser omitidas algumas luzes, porém, deverá

haver uma luz em cada ponto de tangência e uma frontal às saídas de aeronaves. Nos últimos

600m de pista, no sentido do pouso, ou no terço final, caso o comprimento da pista seja

menor que 1.800m, recomenda-se que as luzes sejam de cor amarela.

Nas pistas com operação IFR de precisão, as luzes serão de alta intensidade,

alimentadas por circuito duplo e, nas pistas com operação IFR sem precisão e VFR, as luzes

serão de média intensidade.

B) LUZES DE CABECEIRA

Devem ser utilizadas em pistas de pouso equipadas com luzes de borda, exceto

nos casos de pistas de pouso visual ou que não sejam de precisão, quando a cabeceira estiver

deslocada e dispuser de luzes de barra lateral. Quando a cabeceira estiver no extremo da pista

de pouso, as luzes devem ser localizadas em uma fila perpendicular ao seu eixo, distante até

3m da extremidade da pista. Quando a cabeceira estiver deslocada, as luzes devem ser

localizadas em uma fila perpendicular ao eixo da pista, coincidindo com a cabeceira.

No caso de pista de pouso visual ou de aproximação que não seja de precisão

devem ser utilizadas pelo menos 6 luzes.

No caso de pista de aproximação de precisão categoria I deve ser utilizada a

quantidade de luzes que seria necessária caso as luzes fossem uniformemente espaçadas, a

intervalos de 3m, entre as duas filas de luzes de borda de pista. No caso de pista de

aproximação de precisão categoria II ou III, as luzes devem ser uniformemente espaçadas a

intervalos de 3m, no máximo, entre as filas de luzes de borda de pista. Para as pistas de pouso

visual, de aproximação que não seja de precisão ou de precisão categoria I, as luzes podem

ser uniformemente distribuídas em dois grupos simétricos em relação ao eixo da pista, com

um intervalo entre estes grupos, no máximo, igual à metade da distância entre as filas de

luzes de borda de pista de pouso ou à distância entre as luzes internas dos conjuntos de luzes

da zona de contato, quando existirem. Estas luzes são fixas, verdes e visíveis somente na

direção de aproximação, conforme figuras 21 e 22.

Page 22: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 22 de 88

Nas pistas com operação IFR de precisão, as luzes serão de alta intensidade,

alimentadas por circuito duplo e, nas pistas com operação IFR sem precisão e VFR, as luzes

serão de média intensidade.

C) LUZES DE BARRA LATERAL

Devem ser utilizadas quando a cabeceira estiver deslocada. Devem ser

dispostas na cabeceira em dois conjuntos, um de cada lado da pista de pouso. Cada barra

lateral é formada por, no mínimo, 5 luzes, estendendo-se por 10m da fila de luzes de borda de

pista de pouso, perpendicularmente ao eixo da pista. Estas luzes devem ser unidirecionais, de

cor verde, visíveis na direção de aproximação. Recomenda-se que sejam utilizadas, na

mesma luminária porém no sentido oposto, luzes vermelhas, significando fim de pista para

aeronave que decola da cabeceira oposta, conforme figura 23.

Nas pistas com operação IFR de precisão, as luzes serão de alta intensidade,

alimentadas por circuito duplo e, nas pistas com operação IFR sem precisão e VFR, as luzes

serão de média intensidade.

D) LUZES DE FIM DE PISTA

São utilizadas em pistas de pouso equipadas com luzes de borda. Devem ser

utilizadas seis luzes, no mínimo, uniformemente distanciadas, entre as duas filas de luzes de

borda de pista de pouso ou, em dois conjuntos, cada qual com as luzes uniformemente

dispostas, com uma distância central que não deve exceder a metade da distância entre as

filas de luzes de borda. Devem ser luzes de cor vermelha visíveis no sentido da decolagem e

localizadas a uma distância que não exceda 3m em relação de extremo da pista de pouso ,

conforme figuras 21 e 22. Nas pistas de aproximação de precisão CAT III, a distância entre

as luzes de fim de pista não deve exceder 6m, exceto entre as luzes mais internas, quando

utilizados 2 conjuntos de luzes.

Nas pistas com operação IFR de precisão, as luzes serão de alta intensidade,

alimentadas por circuito duplo e, nas pistas com operação IFR sem precisão e VFR, as luzes

serão de média intensidade.

E) LUZES DE EIXO

Devem ser utilizadas em pistas de aproximação de precisão categoria II ou III

e o espaçamento entre luzes devem ser de 30m e 15m, respectivamente.

As luzes devem ser embutidas, de cor branca, situadas desde a cabeceira até

900m da extremidade da pista; alternadas brancas e vermelhas, de 900m até 300m da

extremidade da pista; e vermelhas nos 300m finais, conforme indicado nas figura 24, exceto:

1) quando a distância entre as luzes de eixo for de 7,5m deverão ser

utilizados alternadamente pares de luzes de cores vermelha e branca ente os 900m e os 300m

da extremidade da pista;

2) no caso de pistas de comprimento inferior a 1.800m, as luzes

alternadas de cores vermelha e branca devem se estender de metade da pista de pouso

utilizável para a aterrissagem até os 300m do extremo da pista.

Page 23: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 23 de 88

F) LUZES DE ZONA DE CONTATO

Devem ser utilizadas nas zonas de contato, em pistas de aproximação de

precisão de categoria II ou III. As luzes são embutidas, unidirecionais e de cor branca.

Devem ser instaladas desde a cabeceira em até uma distância de 900m, exceto nas pistas de

comprimento inferior a 1.800m, neste caso, o sistema não deve ultrapassar a metade da pista

de pouso. As luzes devem ser dispostas em forma de pares de barras transversais, simétricas

em relação ao eixo da pista de pouso. Cada barra transversal deve ser formada, no mínimo,

por 3 luzes distanciadas, no máximo, de 1,5m. a distância entre as luzes internas de cada par

de barras deve ser a mesma de sinalização horizontal de zona de contato e a distância

longitudinal entre os pares de barras deve ser de 60m (CAT II) e 30m (CATIII), conforme

indicado nas figura 25.

G) LUZES DE ZONA DE PARADA

Devem ser utilizadas em todas as zonas de parada de pista de pouso que

possuam sinalização luminosa. As luzes devem ser unidirecionais, de cor vermelha, visíveis

no sentido da decolagem. Devem ser instaladas ao longo de todo o contorno da zona de

parada e, em nenhum caso devem ficar a mais de 3m das bordas, conforme indicado na figura

23.

7-4 TIPOS DE SINALIZAÇÃO DE PISTA DE ROLAMENTO

A) LUZES DE BORDAS

São utilizadas nas bordas das pistas de rolamento onde as pistas de pouso

possuírem sinalização luminosa. As luzes devem ser de cor azul e visíveis em todos os

azimutes e até 30o, no mínimo, acima da horizontal. As luzes devem ser uniformemente

espaçadas, no máximo, de 60m, nos trechos retilíneos sendo colocadas na mesma

perpendicular e eqüidistantes em relação ao eixo. Nas curvas as distâncias devem ser

reduzidas para que proporcionem uma indicação clara da mesma, conforme indicado nas

figuras 26 a 28. A instalação das luzes deve ser feita a uma distância que não exceda 3m das

bordas das pistas.

B) LUZES DE EIXO

Devem ser utilizadas em pistas de rolamento destinadas às operações em

condições de alcance visual inferiores a 350m (CAT II e III).

Nas pistas de rolamento, que não sejam utilizadas como saída de pista de

pouso, as luzes devem ser embutidas, de cor verde, visíveis apenas pelos pilotos das

aeronaves que estejam nas pistas de rolamento ou suas adjacências.

Nas pistas de rolamento utilizadas como saída da pista de pouso, as luzes

devem ser alternadamente, de cor verde e amarela, desde seu começo, na pista de pouso, até a

borda inferior da superfície de transição interna e, a partir daí, todas as luzes devem ser de

cor verde.

Page 24: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 24 de 88

Nos trechos retilíneos o espaçamento entre luzes deve ser de 30m, exceto

quanto:

1) as condições meteorológicas predominantes forem tais que

permitam um espaçamento, de até, 60m;

2) existirem pequenos trechos retilíneos o que poderá tornar

necessário o uso de espaçamentos inferiores;

3) nas pistas de rolamento destinadas à operação com condições de

alcance visual da ordem de 350m, o espaçamento não deverá exceder 15m.

Nas pistas de rolamento destinadas à operação com condições de alcance

visual inferiores a 350m, as luzes, nas curvas, devem ter um espaçamento máximo de 15m

porém, se o raio da curva for inferior a 400m o espaçamento deve ser de 7,5m. Tais

espaçamentos devem ser mantidos numa extensão de 60m antes e depois da curva. Nas pistas

de rolamento de saída rápida, devem começar em um ponto a pelo menos 60m antes do início

da curva e prolongar-se até 60m após o final da curva. O espaçamento deve ser de 15m

exceto se não forem utilizadas luzes de eixo de pista de pouso, neste caso usa-se 30m, no

máximo. Nas pistas de rolamento de saída normal, devem ser colocadas luzes a partir do

ponto em que se inicia a curva da sinalização horizontal de eixo de pista de rolamento, com

um espaçamento de 7,5m, separando-se lateralmente das luzes de eixo de pista de pouso de

0,60m (figuras 29 a 31).

C) LUZES DE BARRA DE PARADA (ponto de espera)

Devem ser utilizadas quando for desejado realçar a posição do ponto de

espera, quando a má visibilidade prejudicar a indicação daquela sinalização horizontal. Estas

luzes devem ser sempre instaladas nos pontos de espera das pistas de aproximação de

precisão CAT II e III. As luzes são instaladas transversalmente ao eixo da pista de rolamento.

Devem ser embutidas, unidirecionais, de cor vermelha, e visíveis somente na pista de

rolamento. São espaçadas de 3m e o circuito elétrico deve ser projetado de tal forma que

acenda as luzes para deter as aeronaves e as apague para liberá-las (figura 29).

D) LUZES DE BARRA DE CRUZAMENTO (ponto de interseção)

Devem ser instaladas nos pontos de espera das pistas de aproximação de

precisão CAT II e III.

Consiste de três luzes embutidas, unidirecionais, de cor amarela, visíveis no

sentido da aproximação de aeronave. As luzes devem ser dispostas simetricamente em

relação ao eixo da pista de rolamento, com uma separação de 1,5m (figura 29).

7-5 LUZES DE HELIPONTO (PORTARIA NO 18/GM5 DE

14.02.74)

São luzes de cor amarela, colocadas de tal forma que indiquem a delimitação

da área de pouso.

Page 25: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 25 de 88

Em cada um dos lados da área de pouso quadrada ou retangular devem ser

colocadas, pelo menos, 5 luzes ou uma quantidade ímpar de luzes, com um espaçamento

máximo de 5m e um afastamento da borda de no máximo 1,50m, conforme figura 32.

Quando a área de pouso for circular adapta-se o afastamento da borda e o

espaçamento entre luzes de forma semelhante aos demais casos. Como auxílios opcionais,

podem ser utilizadas luzes indicadoras de direção de aproximação e luzes de área de toque

figura 33.

7-6 FAROL DE AERÓDROMO

Deve ser instalado em todo aeródromo destinado ao uso noturno, ou diurno

com operação por instrumento, sendo localizado na área do aeródromo ou em uma das

adjacências de tal modo que não seja encoberto por nenhum obstáculo, nas principais

direções de aproximação, e não ofusque o piloto nem os operadores da torre de controle.

O farol deverá situar-se a uma altura de aproximadamente 15m, fixado sobre a

torre de controle, poste ou a edificação mais alta do aeródromo, conforme mostrado na

figura 34.

O farol de aeródromo terrestre deve emitir fachos luminosos na cor branca e

na cor verde, nos aquáticos o facho colorido deve ser de cor amarela, na freqüência de 20 a

30 flashes por minuto e nos helipontos nas cores branca, amarela e verde.

7-7 INDICADOR DE DIREÇÃO DE VENTO - BIRUTA

Num aeródromo, deve ser instalado, pelo menos um indicador de direção do

vento, em local que seja visível pelos pilotos das aeronaves em vôo ou em movimento no

solo.

Esta localização deve ser tal que a BIRUTA não seja afetada por perturbações

do ar causadas por objetos adjacentes.

Deve ter um formato tronco-cônico, com comprimento de 2,40m ou 3,60m,

um diâmetro na base maior de 0,60m e 0,90m, respectivamente, e um diâmetro no bocal de

saída que permita a total extensão do cone com um vento de 5m/s.

A cor deve ser tal que permita a sua identificação a, no mínimo, 300m de

altura, considerando-se o fundo sobre o qual será visto. Deve ser usatilizado cone com uma

única cor (branca, amarela, alaranjada, vermelha ou preta), mas havendo a necessidade do

uso de mais de uma cor, para melhorar o contraste com o fundo, deverão ser utilizadas 5

faixas, com as combinações de branco e uma das cores relacionadas acima, com as faixas da

cor mais escura nas extremidades.

Para os aeródromos com operação noturna, a BIRUTA deverá receber um

iluminamento mínimo de 25 luxes sobre qualquer ponto do círculo contido no plano

horizontal, descrito pela rotação completa do cone estendido, conforme figura 35.

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Maio de 2005 26 de 88

7-8 CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

A) GENERALIDADES

As luzes de sinalização luminosa são normalmente alimentadas através de

circuito série, em corrente alternada, de 6,6 A.

O circuito série tem a vantagem de diminuir a queda de tensão e manter a

uniformidade do brilho das luzes.

Todos os equipamentos são aterrados através de cordoalha de cobre nú e

hastes de cobre, instalados em poços de aterramento, a cada 300m, conforme figura 36.

A torre ou sala de controle do aeródromo deve receber o comando remoto das

luzes de sinalização luminosa, do farol de aeródromo e da Biruta Iluminada.

Nas pistas com operação IFR de precisão, as luzes serão de alta intensidade,

alimentadas por circuito duplo e, nas pistas com operação IFR sem precisão e VFR, as luzes

serão de média intensidade.

Nos aeroportos com operação IFR de precisão CAT I, com aproximação sem

precisão ou visual, as luminárias da pista de pouso e das luzes de obstáculo deverão ser

ligados a uma fonte de emergência com capacidade de atender a carga, em caso de falta de

energia, no máximo em 15 seg.

Nos aeroportos com operação IFR de precisão CAT II e III, este tempo deverá

ser de no máximo 1 segundo, exceto para a pista de rolamento principal, cujo tempo de

atendimento poderá ser de 15 segundos.

B) EQUIPAMENTOS (figuras 36, 37 e 49)

1) RCC (Regulador de Corrente Constante) – Localizado na subestação,

recebe alimentação em corrente alternada de baixa tensão e gera corrente constante com

derivações nas faixas de 2,8 a 6,6A, visando ajustar o brilho adequado das luzes de

sinalização luminosa. A diferença de potencial entre os terminais de saída de alta tensão pode

chegar a 5000V.

2) TCC (Transformador de Corrente Constante) – Localizado na subestação,

recebe alimentação em corrente alternada de baixa tensão e gera corrente constante em 6,6A.

A diferença de potencial entre os terminais de saída de alta tensão pode chegar a 5000V.

3) ATRC ou ATRB (Auto-transformador Regulador de Corrente) – Somente

pode ser utilizado acoplado ao TCC. Localizado na subestação, recebe alimentação em

corrente constante de 6,6A, em alta tensão, e possui derivações de saída nas faixas de 2,8 a

6,6A. A diferença de potencial entre os terminais de saída de alta tensão pode chegar a

5000V e, acoplado ao TCC, tem a mesma função do RCC.

4) CABO DE COBRE, seção 10mm2, isolamento de 3,6/6kV - É chamado de

cabo de pista e é utilizado na interligação dos equipamentos de pista à subestação.

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Maio de 2005 27 de 88

5) TRANSFORMADOR DE ISOLAMENTO – pode ser de 30/45W; 100W;

200W; 300W – 6,6A – Possuem internamente dois circuitos, um de alta e outro de baixa

tensão. Sua principal função é isolar cada luminária do circuito série, impedindo que todo o

sistema se apague quando uma lâmpada é queimada. Varia de acordo com a potência da

lâmpada.

6) CABO DE COBRE NÚ, seção 10mm2 – Utilizado como cordoalha de

aterramento na interligação dos poços de aterramento aos equipamentos e à subestação.

7) CABO DE CONTROLE 12 x 2,5mm2 ou 12 x 1,5mm2 – Utilizado para

interligação do painel remoto ao RCC.

8) QUADRO DE PROTEÇÃO E COMANDO – Utilizado para proteção e

controle dos equipamentos de sinalização luminosa, localizado na subestação.

9) LUMINÁRIA ELEVADA – Luminária fixada acima do solo (até uma

altura máxima de 25 cm), com junta quebrável, utiliza globos de diferentes cores, podendo

ser de alta intensidade (SN-06) 200W/6,6A (utilizada nos aeroportos de operação por

instrumento de precisão CAT I, II e III) ou de média intensidade (SN-05) 30W/6,6A ou

45W/6,6A (utilizada nos aeroportos de operação visual e de operação por instrumento sem

precisão).

10) LUMINÁRIA EMBUTIDA – Luminária fixada ao nível do solo.

Utiliza globos de diferentes cores, podendo ser de alta intensidade (200W/6,6A) e média

intensidade média intensidade (100W/6,6A).

11) BASE METÁLICA (ou cilíndrica) – caixa metálica com o

objetivo de abrigar o transformador de isolamento e sustentar a luminária.

C) OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA (figuras 38 e 39)

1) REDES E LINHAS DE DUTOS – Executadas em eletrodutos/tubos,

preferivelmente envelopados, com diâmetro mínimo de 75 mm, utilizadas para

encaminhamento dos cabos de pista e de controle.

2) CAIXA DE CONCRETO – Envolve a base metálica visando dar-

lhe maior proteção e estabilidade. Executada em concreto.

3) MACIÇO DE CONCRETO – Utilizado para suportar a luminária

através de uma curva de raio longo, quando se deseja suprimir a base metálica. Executado em

concreto.

4) CAIXA DE PASSAGEM – Caixa em concreto ou alvenaria,

utilizada para interligar redes de dutos nas derivações ou em trechos retos superiores a 60m.

5) CAIXA DE INSPEÇÃO – Caixa em concreto ou alvenaria,

executada próxima a cada luminária de pista, interligando-a a linha/rede de dutos.

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Maio de 2005 28 de 88

6) POÇO DE ATERRAMENTO – Constituído por uma caixa em

concreto ou alvenaria, destinada a abrigar a haste de aterramento e também permitir a sua

interligação à cordoalha de aterramento. Executado a intervalos de no máximo 300m. Deve

ter resistência máxima de 10 ohms.

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Maio de 2005 29 de 88

CAPÍTULO VIII

SINALIZAÇÃO VERTICAL

8-1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A sinalização vertical consiste na locação de painéis com instruções e

informações contendo letras, algarismos ou símbolos, combinados ou não, sobre a área de

movimento com a finalidade de prestar auxílio visual à operação das aeronaves. Estes painéis

poderão ser iluminados ou não e localizados próximos às pistas. Deverão possuir altura

adequada para que se mantenha uma distância de segurança em relação às hélices e motores

de aeronaves a jato.

Esta sinalização é utilizada em aeródromos públicos com linhas regulares

cujas aeronaves que dele façam uso possuam capacidade superior a 60 assentos.

8-2 NORMAS A SEREM UTILIZADAS

8 ORGANIZAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL (OACI OU ICAO):

Anexo 14, Volume I – Aeródromos, cap 5 e 8.

B) COMAER

NSMA 85-2, Normas de Infra-Estrutura da DIRENG, de

11.10.1979.

D) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

(ABNT):

NBR 7.732 - Cabos Elétricos para Auxílios Luminosos em Aeroportos;

NBR 7.733 – Aeroportos – Execução de Instalação de Cabos Elétricos

Subterrâneos para Auxílios Luminosos;

NBR 12.801 - Auto Transformador Regulador de Corrente para Auxílios

Luminosos em Aeroportos; e

NBR 12.971 – Emprego de Sistema de Aterramento para Proteção de

Auxílios Luminosos em Aeroportos.

8-2 TIPOS DE PAINÉIS

A) PAINÉIS DE INSTRUÇÕES OBRIGATÓRIAS

Page 30: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 30 de 88

Devem ser dispostos de modo a identificar um local além do qual um veículo

ou uma aeronave em rolamento não deve prosseguir, a menos que autorizado pela torre de

controle do aeródromo.

Os painéis de instruções obrigatórias devem incluir designação de pistas de

pouso e decolagem, posição de espera de categoria I, II ou III, posição de espera em pista,

posição de espera em estrada e painéis de PROIBIDA A ENTRADA, conforme figura 40 e

41. Estes painéis possuem como característica as inscrições em branco sobre o fundo

vermelho.

B) PAINÉIS INFORMATIVOS

Um painel de informação deve ser utilizado onde haja necessidade operacional

de identificar, por meio de um painel, uma informação sobre uma localização específica ou

rota a seguir (direção ou destino). E devem incluir: painéis de direção, painéis de localização,

painéis de destino, painéis de saída de pista, painéis de pista livre e painéis de distância

disponível para decolagem, conforme figura 42.

Os painéis de informação de localização possuem como característica as

inscrições em amarelo sobre o fundo preto e os painéis de informação que não sejam de

localização possuem como característica as inscrições em preto sobre fundo amarelo.

C) INFORMAÇÕES DE DESTINO – NOMECLATURAS

A inscrição em um painel de destino deve conter mensagens alfabéticas,

alfanuméricas ou numéricas identificando o destino, mais uma seta indicando a direção a

seguir, como pode ser visto na figura 42. Os painéis de destino deverão possuir as seguintes

abreviaturas:

1) RAMP ou APRON – estacionamento de aeronaves em geral, áreas de carga

e serviços. É aceitável a utilização de APRON 1 e APRON 2 indicando a existência de dois

pátios de estacionamento.

2) PARK – área somente estacionamento de aeronaves.

3) CIVIL – área de estacionamento de aeronaves civis em um aeródromo

compartilhado.

4) MIL – área de estacionamento de aeronaves militares em um aeródromo

compartilhado.

5) CARGO – área somente de aeronaves de carga.

6) INTL – área internacional.

7) RUNUP – área de teste de motores.

8) VOR – ponto de verificação de VOR.

9) FUEL – área de abastecimento ou de serviços.

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Maio de 2005 31 de 88

10) HGR – hangares.

Quando for necessário identificar outras áreas do aeródromo distintas das que

foram citadas, deverá ser selecionada uma palavra inglesa apropriada ou abreviatura desta

palavra. Palavras com menos de cinco letras não deverão ser abreviadas.

8-3 CARACTERÍSTICAS DOS PAINÉIS

A) ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA

A alimentação elétrica dos painéis poderá ser prevista em uma das situações

abaixo:

1) Utilização do circuito da sinalização luminosa existente: a alimentação dos

painéis é inserida diretamente no circuito de pista. Nesse tipo de alimentação não deve

ocorrer variação da intensidade de brilho nos painéis quando se varia o brilho da sinalização

luminosa.

2) Utilização de um circuito independente, na mesma rede de dutos dos

circuitos de pista: a alimentação elétrica na subestação poderá ser feita a partir de um

transformador de corrente constante (TCC) - 6,6A - 220V/5.000V.

3) Utilização de um circuito independente em uma rede de dutos também

independente: a alimentação dos painéis pode ser feita em 220V, bifásico, sem a utilização de

equipamentos na subestação.

B) DETALHES CONSTRUTIVOS:

Os painéis deverão possuir conexões frangíveis e deverão atender às

exigências de cor e nível de iluminamento. Os aeródromos que operam com IFR e VFR

código de pista 3 ou 4 deverão possuir painéis iluminados e os que operam com VFR código

de pista 1 ou 2 poderão utilizar-se de painéis retrorrefletivos.

C) ATERRAMENTO:

Cada painel deverá possuir pelo menos uma haste de aterramento elétrico que

será interligado ao aterramento do balizamento;

D) ALTURA MÍNIMA DOS CARACTERES

Códigos de

Pista

Instrução

Obrigatória

Informações

Saída de Pista Outros

1 ou 2 300 mm 300 mm 200 mm

3 ou 4 400 mm 400 mm 300 mm

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Maio de 2005 32 de 88

E) DIMENSÃO E DISTANCIAMENTO DOS PAINÉIS À BORDA

DE PISTA

Códigos

de Pista

Altura (mm)

Distância Perpendicular

da Borda da Pista à

Lateral do Painel

do

Caractere

Somente

do

Painel

(min)

Total

Instalado

(max)

Pista de

Rolamento

Pista de

Pouso

1 ou 2 200 400 700 5-11 m 3-10 m

1 ou 2 300 600 900 5-11 m 3-10 m

3 ou 4 300 600 900 11-21 m 8-15 m

3 ou 4 400 800 1.100 11-21 m 8-15 m

F) DISTANCIAMENTO DOS PAINÉIS À PRÓXIMA SAÍDA

Códigos de

Pista

Distância mínima em relação

ao eixo

Distância mínima em relação ao

ponto de tangência

Pista de Rolamento Pista de Pouso

1 ou 2 40m 30m

3 ou 4 60m 60m

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Maio de 2005 33 de 88

CAPÍTULO IX

HOMOLOGAÇÃO (PROJETO – INSPEÇÃO)

9-1 INTRODUÇÃO

A homologação da sinalização de aeródromos é uma das atribuições da

DIRENG, de conformidade com o item IV, Art. 3o, das “Instruções Sobre a Instalação,

Manutenção e Operação de Auxílios Visuais usados nas Operações de Aproximação, Pouso,

Decolagem e Movimentação de Aeronaves em Aeródromos”, aprovadas pela Portaria no

632/GM4, de 27 de setembro de 1996.

A homologação deverá ser feita sempre que ocorrer uma das seguintes

situações:

1) IMPLANTAÇÃO: é a instalação pela primeira vez, de um

sistema em um aeródromo;

2) RENOVAÇÃO: é o reprojeto e a reinstalação de um sistema ou

parte dele, provocado pelo desgaste natural ou necessidade de modernização do mesmo; e

3) AMPLIAÇÃO: é a extensão de auxílios visuais em decorrência

de aumento no comprimento da pista de pouso, aumento ou construção de pistas de táxi ou

outros melhoramentos aeroportuários.

De acordo com o parágrafo 3o, da Portaria no 632/GM4, de 27 de setembro de

1996, “As atividades decorrentes das responsabilidades atribuídas à DIRENG serão

executadas, quando propostas por aquela Diretoria, pelos Serviços Regionais de Engenharia”.

9-2 PROJETO

A entrada do processo, contendo os projetos, é feita diretamente ao COMAR

da região do aeródromo, que o analisa e o redistribui ao DECEA (SRPV), DIRENG e

SERENG.

Estes projetos deverão conter os seguintes elementos:

ESPECIFICAÇÕES:

1) Memória descritiva;

2) Normas utilizadas;

3) Equipamentos, materiais e serviços; e

4) Planilha Quantitativa.

DESENHOS

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Maio de 2005 34 de 88

1) Localização de materiais e equipamentos; e

2) Detalhes construtivos e de montagem.

A) INFORMAÇÕES GERAIS DO PROJETO

1) Classificação do aeroporto (tipo de operação e código);

2) Comprimento real, comprimento corrigido e largura de pista;

3) Nome, assinatura, especialidade, nº de CREA completo, e ART

do autor do projeto. Deverá ser indicado também nome e telefone dos representantes para

contato;

4) O desenho deverá ser apresentado em preto e branco, e com

tamanho de fonte adequada a sua leitura;

5) A planta geral do Aeródromo deverá ser apresentada somente

com as informações de interesse de cada tipo de sinalização, preferencialmente na escala de

1/2000, indicando os trechos (curvas, cabeceiras, etc.) que serão detalhados;

6) A planta geral do Heliponto deverá ser apresentada somente com

as informações de interesse de cada tipo de sinalização, preferencialmente na escala de 1/100

indicando os trechos que serão detalhados; e

7) Os detalhes deverão estar na escala de 1/50 ou maior, conforme a

necessidade.

B) PROJETO DE SINALIZAÇÃO HORIZONTAL (figura 43);

Deverá conter dimensionamento, localização e detalhes das sinalizações

utilizadas:

1) identificação (figura 44 e 45);

2) cabeceira (figura 44);

3) eixo;

4) ponto de visada;

5) zona de contato (ver figura 44);;

6) borda;

7) ponto de espera (ver figura 46);

8) interseção da pista de táxi ;

9) ponto de verificação de VOR;

10) posição de estacionamento de aeronaves;

11) área de serviço; e

12) área de uso restrito.

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Maio de 2005 35 de 88

LEMBRETES:

1) Deverá se ter o cuidado de diferenciar a pintura projetada da

pintura existente, quando for o caso;

2) Deverá ser identificada a cor que será utilizada na sinalização das

pistas, pátios e área de serviço;

3) Deverão ser cotados os raios das curvas e seus centros;

4) Deverão ser discriminadas todas as aeronaves que utilizarão as

posições do pátio de estacionamento, bem como suas características;

5) A sinalização de pátio de estacionamento de aeronaves deverá ser

executada de modo que proporcione separação mínima de segurança entre uma aeronave e

qualquer objeto ou outra aeronave;

6) A pintura da numeração de posição de estacionamento deverá ser

executada de forma que seja facilmente visível pelo piloto;

7) Nos casos em que houver superposição de duas ou mais

sinalizações de posição de estacionamento, a sinalização destinada à aeronave mais crítica

deverá ser contínua, e as destinadas às outras aeronaves deverão ser tracejadas;

8) Quando for necessário que as aeronaves se movimentem em

apenas um sentido, deverão ser incluídas setas indicativas nas linhas de entrada e de saída;

9) A pintura da sinalização delimitadora do Pátio de Estacionamento

de Aeronaves deverá ser executada conforme sinalização de faixa de borda de pista de

rolamento; e

10) A Biruta deverá ser localizada e detalhada na planta de

sinalização horizontal, atendendo a IAC 154-1002 e NBR 12.647.

C) PROJETO DE SINALIZAÇÃO LUMINOSA (figura 47 e 49);

Deverá conter dimensionamento, localização e detalhes das sinalizações

utilizadas:

1) luzes de borda de pista de pouso (figura 48);

2) luzes de cabeceira (figura 48);

3) luzes de barra lateral;

4) luzes de eixo de pista de pouso;

5) luzes de zona de contato;

6) luzes de zona de parada;

7) luzes de borda de pista de táxi;

8) luzes de barra de parada;

9) luzes de barra de cruzamento;

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Maio de 2005 36 de 88

10) luzes de eixo de pista de táxi;

11) luzes de ponto de espera em pista de táxi;

12) luzes de fim de pista (figura 48); e

13) farol de aeródromo.

LEMBRETES:

1) Deverá se ter o cuidado de diferenciar as instalações de sinalização

luminosa projetada da sinalização luminosa existente, quando for o caso;

2) Os circuitos de pista (média tensão) não deverão utilizar o mesmo duto

dos circuitos de baixa tensão;

3) As luminárias locadas em curvas deverão estar uniformemente

distribuídas, devendo ser informado seus raios e ângulos;

4) Deverão ser indicadas em legenda as características das luminárias

(ex.:.elevada, de media intensidade, com filtro azul 360°, etc) e em que sentido estão voltados

os seus filtros em relação à pista de Pouso/Decolagem;

5) Deverá ser indicada a distância entre borda de pista e luminária;

6) A legenda de código de cores para designação do globo/filtro de

luminárias deverá ser tipo VD – verde, VM – vermelha, AM – amarela, AZ – azul e BR –

branca.

7) Deverão ser incluídos no projeto o quadro de cargas e o diagrama trifilar

contendo os dados das cargas existentes e acrescentadas;

8) Deverá ser indicado todo o trajeto da rede/linha de dutos (circuitos de

pista), e da cordoalha de aterramento, bem como os poços de aterramento, que deverão ser

interligados aos equipamentos das pistas e à subestação;

9) A Biruta iluminada deverá ser localizada e detalhada na planta de

sinalização luminosa, atendendo á IAC 154-1002 e NBR 12.647;

10) O farol de aeródromo deverá ser localizado e detalhado de modo atender

o ANEXO 14 da ICAO; e

11) Deverão ser apresentadas especificações e detalhes do sistema de

aterramento (poços de aterramento e ligações), caixas de inspeção, caixas de passagem,

luminárias, transformadores de isolamento etc, visando atender, entre outras, as normas da

ICAO e da ABNT.

D) PROJETO DE SINALIZAÇÃO VERTICAL

Deverá conter dimensionamento, localização e detalhes das sinalizações

utilizadas:

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Maio de 2005 37 de 88

LEMBRETES:

1) Deverá se ter o cuidado de diferenciar as instalações de

sinalização vertical projetada da sinalização vertical existente, quando for o caso.

2) Os letreiros deverão ser apresentados na planta geral, com sua

real orientação e/ou localização no aeródromo;

3) Os painéis deverão ser localizados por meio das distâncias em

relação à borda de pista e à saída mais próxima;

4) Dimensionar números, letras e símbolos, bem como o

espaçamento entre eles;

5) Deverão estar contidas, no desenho da sinalização vertical,

informações relevantes da sinalização horizontal, como exemplo: ponto de interseção, ponto

de espera, entre outras, necessárias para análise;

6) O projeto deverá conter detalhes construtivos dos painéis, bem

como deverão ser seguidas as condições de cromaticidade e luminância;

7) As cores utilizadas nas inscrições/símbolos e no fundo dos

painéis deverão estar descritos em legenda nos desenhos para que não haja erro de

interpretação; e

8) As legendas de painéis deverão ser legíveis (tamanho de letra e

qualidade de impressão).

9-3 INSPEÇÃO DA SINALIZAÇÃO LUMINOSA

Deve ser feita uma inspeção noturna, durante a qual a sinalização luminosa

deverá permanecer ligada por, pelo menos, meia hora. E durante esta inspeção as chaves de

manobra devem ser ligadas com o acionamento de todas as escalas de brilho. Também deverá

ser verificada a uniformidade do brilho das luzes e corrigidos erros de instalação das mesmas.

Quando houver comando remoto deverá ser testado o acionamento dos brilhos

por comando LOCAL (na subestação) e por comando REMOTO (na torre de controle ou sala

de tráfego etc).

Deve ser feita uma comparação entre o projeto e a instalação, localizando-se

as luminárias, caixas de inspeção, caixas de passagem e poços de aterramento.

A) BASES DE LUMINÁRIAS

As caixas de concreto ou os maciços de concreto devem ser inspecionados

quanto aos seguintes aspectos:

1) Concordância com o terreno adjacente;

2) Alinhamento da aresta lateral com a borda da pista;

3) Alinhamento longitudinal (distância à borda de até 3m);

4) Alinhamento transversal (luminária oposta);

5) Numeração (preta ou vermelha).

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Maio de 2005 38 de 88

B) CAIXAS DE PASSAGEM

Devem ser inspecionadas quanto aos seguintes aspectos:

1) Concordância com o terreno adjacente;

2) Quantidade de dutos;

3) Diâmetro dos dutos;

4) Dimensões da caixa; e

5) Afastamento da borda da pista, conforme indicações do projeto.

C) CAIXAS DE INSPEÇÃO

Devem ser inspecionadas quanto aos seguintes aspectos:

1) Concordância com o terreno adjacente;

2) Quantidade de dutos;

3) Diâmetro dos dutos;

4) Dimensões da caixa;

5) Afastamento da borda da pista; e

6) Grade de sustentação do transformador de isolamento (se for o

caso).

D) POÇOS DE ATERRAMENTO

Devem ser inspecionados quanto aos seguintes aspectos:

1) Posicionamento, conforme indicação do projeto (intervalo

máximo de 300m);

2) Concordância com o terreno adjacente; e

3) Fixação da haste de aterramento e do grampo de aterramento.

E) TERRENO ADJACENTE

O terreno adjacente às pistas e pátio de manobras deve estar

limpo e nivelado (todo o material remanescente da obra deve ser retirado do local).

F) LUMINÁRIAS

Devem ser inspecionadas quanto aos seguintes aspectos:

1) Estado geral de conservação;

2) Posicionamento, conforme indicação do projeto;

3) Posição do globo em relação ao eixo da pista; e

4) Existência de mato ou arbusto que a encubra.

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Maio de 2005 39 de 88

G) SUBESTAÇÃO

Devem ser verificados:

1) A potência, tensão(ões) e corrente(s) do grupo gerador (anotar a

marca, o tipo e o número de série para as futuras referências);

2) A existência de painel que possibilite a operação automática do

grupo gerador;

3) A quantidade de pólos e a corrente nominal da chave ou disjuntor

do circuito de alimentação da sinalização;

4) A potência, a marca e o número de série dos equipamentos de

alimentação da sinalização (TCC, ATRC e RCC);

5) O quadro de comando e proteção da sinalização;

6) A interligação do aterramento dos equipamentos de alimentação

(TCC, ATRC e RCC), ao sistema de aterramento da pista; e

7) Simulação de falta de energia elétrica da concessionária.

H) FAROL DE AERÓDROMO

Devem ser inspecionados quanto aos seguintes aspectos:

1) Cores utilizadas (facho verde e facho branco para aeródromos

terrestres);

2) Rotação (20 a 30 fachos por minuto), 10 a 15 rpm;

3) Operação da luz de obstáculo independente da operação do farol;

4) Distância entre o farol e o eixo da pista de pouso; e

5) Posição longitudinal do farol.

I) BIRUTA

Devem ser inspecionadas quanto aos seguintes aspectos:

1) Altura e dimensões do cone de vento;

2) Localização; e

3) Existência de luz de obstáculo e projetores de iluminação.

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FIGURA 01

DIAGRAMA DE CROMATICIDADE

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FIGURA 02

INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

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FIGURA 03

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FIGURA 04

FORMAS E PROPORÇÕES DOS NÚMEROS E LETRAS

DE IDENTIFICAÇÃO DE PISTA DE POUSO

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FIGURA 05

CABECEIRAS

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FIGURA 06

CABECEIRAS RECUADAS

COR BRANCA

COR BRANCA

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FIGURA 07

ÁREA IMPRÓPRIA PARA USO

A cada 300M

Cor: brancaNo início e no

fim da pista de

rolamento

Cor: amarela

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FIGURA 08

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FIGURA 09

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FIGURA 10

PONTO DE ESPERA

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FIGURA 11

EXEMPLO DE ENVELOPE USADO NA SINALIZAÇÃO

DE POSIÇÕES DE ESTACIONAMENTO

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FIGURA 12

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FIGURA 13

NÚMEROS INDICADORES DE POSIÇÃO

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FIGURA 14

FIGURA 15

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FIGURA 15

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FIGURA 16

INDICADOR DE DIREÇÃO DO EIXO DE APROXIMAÇÃO E SAÍDA

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FIGURA 17

HELIPONTO EM HOSPITAL

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FIGURA 18

DIMENSÕES E FORMAS DOS ALGARISMOS

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FIGURA 19

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FIGURA 20

HELIPONTO EM HOSPITAL

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FIGURA 21

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FIGURA 22

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FIGURA 23

d) BARRA LATERAL - cor verde e vermelha, 2 grupos (barras), mín.

05 lâmpadas, espaçadas de 2,5m

e) ZONA DE PARADA - cor vermelha 360º (lateral), a cada 60m

- cor vermelha 180º (extremidade), mín. 6 un.

f) ÁREA DE GIRO - cor azul 360º (vide pista de rolamento)

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FIGURA 24

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FIGURA 25

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FIGURA 26

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FIGURA 27

“R” (m) “Z” (m) “R” (m) “Z” (m)

4,5 6,0 90,0 24,0

7,5 6,2 120,0 29,0

15,0 10,5 150,0 33,0

22,5 12,0 180,0 40,0

30,0 15,0 210,0 44,0

45,0 16,5 240,0 50,0

60,0 18,0 270,0 56,4

75,0 21,0 300,0 60,0 máximo

NOTAS:

1. Para outros valores do raio de curvatura “R”, o espaçamento “Z” deverá ser calculado por interpolação

linear.

2. “Z” é o comprimento da corda.

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Maio de 2005 67 de 88

FIGURA 28

A - ângulo da curva

Rn - raio de referência das luminárias

Zn - distância reta entre as luzes

N - no de luzes

PT - ponto de tangência

2 x Rn

N = --------------- + 1

(360/A) x Zn

Exemplo: Determinação do número de luzes de uma curva de pista de rolamento com ângulo de 90o, raio

das luzes internas de 27m e das externas de 50m.

a) parte interna da curva b) parte externa da curva

R1=27m R2=50m

A=90o A=90o

determinação de Z1 por

interposição linear

determinação de Z1 por

interposição linear

Z1 = (27,0 - 22,5) x (15,0 - 12,0) + 12

30,0 - 22,5

Z1 = 13,8m

Z2 = (50,0 - 45,0) x (18,0 - 16,5) + 16,5

60,0 - 45,0

Z2 = 17,7m

determinação do no de luzes determinação do no de luzes

N1 = 6,28 x 27 + 1 = 4,07

360 x 13,8

90

N2 = 6,28 x 50 + 1 = 5,4

360 x 17,7

90

N1= 4 luzes N2= 5 luzes

OBS. IMPORTANTE: Caso o resultado para N seja fracionário, deverá ser feito o arredondamento para o

número inteiro mais próximo.

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Maio de 2005 68 de 88

FIGURA 29

60m

max

PISTA DE ROLAMENTO

DE SAÍDA RÁPIDA

15m m

ax30m

max

60m

1.5

PONTO DE INTERSEÇÃO

0.30

3.0

0.3

PONTO DE ESPERA

max

7.5m

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Maio de 2005 69 de 88

FIGURA 30

PISTA DE ROLAMENTO

DE SAÍDA RÁPIDA

100m

100m

2m

60m

100m

PONTO DE TANGÊNCIA

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FIGURA 31

LUMINÁRIAS EMBUTIDAS

DETALHE DE POSICIONAMENTOS NA PISTA DE POUSO

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FIGURA 32

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Maio de 2005 72 de 88

FIGURA 33

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Maio de 2005 73 de 88

FIGURA 34

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FIGURA 35

5,50m

2,00m

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FIGURA 36

RCC

ou

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FIGURA 37

EQUIPAMENTOS DE SL

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FIGURA 38

3m x 15mm (5/8")

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FIGURA 39

3m x 15mm (5/8")

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Maio de 2005 79 de 88

FIGURA 40

LEGENDA

PAINEL PRETO (letra amarela)

PAINEL VERMELHO (letra branca)

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Maio de 2005 80 de 88

FIGURA 41

LEGENDA

PAINEL PRETO (letra amarela)

PAINEL VERMELHO (letra branca)

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Maio de 2005 81 de 88

FIGURA 42

LEGENDA

PAINEL AMARTELO (letra preta)

PAINEL PRETO (letra amarela)

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Maio de 2005 82 de 88

FIGURA 43

DESENHO “A0” (841mm x 1.189mm)

S= 14.55m²

S= 14.55m²

OB

SE

RV

ÃO

:

TOT

AL

DA

PIN

TU

RA

=

9.2

77,0

0

AMAR

ELA

(m²)

P I N T U R A

Á R

E A

D

E P

I N

T U

R A

BRA

NCA

DIM

ENS

ÕES

( m

) C

OR

QU

ANTI

DA

DE

ÁR

EA

(m

²) T

OTA

IS (m

²)

D A

L O C A L

S= 7.69m²

S=17.10m²

Page 83: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 83 de 88

FIGURA 44

CABECEIRA, IDENTIFICAÇÃO DE PISTA, EIXO, BORDA, ZONA DE CONTATO

Page 84: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 84 de 88

FIGURA 45

IDENTIFICAÇÃO DE PISTA

S= 14.55m² S= 14.55m²

OBSERVAÇÃO:

TOTAL DA PINTURA = 9.277,00

AMARELA

(m²)

P I N T U R A

Á R E A D E P I N T U R A

BRANCA

DIMENSÕES ( m ) COR QUANTIDADEÁREA (m²) TOTAIS (m²)

D A

L O C A L

S= 7.69m² S=17.10m²

Page 85: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 85 de 88

FIGURA 46

PONTO DE ESPERA

ÁREA DE PINTURA

FIGURA 47

DESENHO “A0” (841mm x 1.189mm)

S= 14.55m² S= 14.55m²

OBSERVAÇÃO:

TOTAL DA PINTURA = 9.277,00

AMARELA

(m²)

P I N T U R A

Á R E A D E P I N T U R A

BRANCA

DIMENSÕES ( m ) COR QUANTIDADEÁREA (m²) TOTAIS (m²)

D A

L O C A L

S= 7.69m² S=17.10m²

S= 14.55m² S= 14.55m²

OBSERVAÇÃO:

TOTAL DA PINTURA = 9.277,00

AMARELA

(m²)

P I N T U R A

Á R E A D E P I N T U R A

BRANCA

DIMENSÕES ( m ) COR QUANTIDADEÁREA (m²) TOTAIS (m²)

D A

L O C A L

S= 7.69m² S=17.10m²

Page 86: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 86 de 88

FIGURA 47

FIGURA 48

CABECEIRA E ÁREA DE GIRO

STOP WAY

STOP WAY

LE

GE

ND

AQ

UA

DR

O D

E C

AR

GA

TRANSFORMADOR DE

ISOLAMENTO

TRANSFORMADOR DE

CORRENTE CONSTANTE (KW)

LIGAÇÃO À UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E CONTROLE DE BRILHO

AFASTAMENTO

CABO EXCEDENTE DE

60Ø DUPLO LAÇO

CARGA CALCULADA

(KW)

(A)

mm²

CIRCUITO

DISTÂNCIA

IDA E VOLTA

(m)

CIRCUITO

(A)

mm²

ESPAÇO

LUZ DA PISTA DE POUSO

E DE ROLAGEM

(A)

mm²

TIPO

CIRCUITO

LÂMPADA (W)

TIPO

PISTA DE POUSO

PISTA DE ROLAGEM

LOCAL ALIMENTADO

AUTO TRANSFORMADOR

REGULADOR DE BRILHO

(KW)

TOTAL

(m)

FATOR

(W/m)

PERDAS

(W)

CONSUMO

(W)

QUANTIDADE

(Un.)

POTÊNCIA (W)

UNIDADE DE LUZ

UNIT. (W)

TOTAL

STOP WAY

Ca

bo

de

Co

ma

ndo

#1

2 x

2,5

mm

² -

Cu

GT

AK

T

STOP WAY

Page 87: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 87 de 88

FIGURA 48

STOP WAYSTOP WAY

LEGENDAQUADRO DE CARGA

TRANSFORMADOR DE

ISOLAMENTO

TRANSFORMADOR DE

CORRENTE CONSTANTE (KW)

LIGAÇÃO À UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E CONTROLE DE BRILHO

AFASTAMENTO

CABO EXCEDENTE DE

60Ø DUPLO LAÇO

CARGA CALCULADA

(KW)

(A)Nº mm²

CIRCUITO

DISTÂNCIA

IDA E VOLTA

(m)

CIRCUITO

(A)mm²Nº

ESPAÇO

LUZ DA PISTA DE POUSO

E DE ROLAGEM(A)Nº mm²

TIPO

CIRCUITO

LÂMPADA (W) TIPO

PISTA DE POUSO

PISTA DE ROLAGEM

LOCAL ALIMENTADO

AUTO TRANSFORMADOR

REGULADOR DE BRILHO

(KW)

TOTAL

(m)

FATOR

(W/m)

PERDAS

(W)

CONSUMO

(W)QUANTIDADE

(Un.)

POTÊNCIA (W)

UNIDADE DE LUZ

UNIT. (W) TOTAL

STOP WAY

Cabo de Comando#12 x 2,5mm² - Cu

GTAKT

STOP WAY

STOP WAYSTOP WAY

LEGENDAQUADRO DE CARGA

TRANSFORMADOR DE

ISOLAMENTO

TRANSFORMADOR DE

CORRENTE CONSTANTE (KW)

LIGAÇÃO À UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E CONTROLE DE BRILHO

AFASTAMENTO

CABO EXCEDENTE DE

60Ø DUPLO LAÇO

CARGA CALCULADA

(KW)

(A)Nº mm²

CIRCUITO

DISTÂNCIA

IDA E VOLTA

(m)

CIRCUITO

(A)mm²Nº

ESPAÇO

LUZ DA PISTA DE POUSO

E DE ROLAGEM(A)Nº mm²

TIPO

CIRCUITO

LÂMPADA (W) TIPO

PISTA DE POUSO

PISTA DE ROLAGEM

LOCAL ALIMENTADO

AUTO TRANSFORMADOR

REGULADOR DE BRILHO

(KW)

TOTAL

(m)

FATOR

(W/m)

PERDAS

(W)

CONSUMO

(W)QUANTIDADE

(Un.)

POTÊNCIA (W)

UNIDADE DE LUZ

UNIT. (W) TOTAL

STOP WAY

Cabo de Comando#12 x 2,5mm² - Cu

GTAKT

STOP WAY

Page 88: A-0172 (Projeto de Sinalizaç¦o Horizontal, Luminosa e Vertical).pdf

Maio de 2005 88 de 88

FIGURA 49