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2018 Semana 1704____0 8 jun
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Bixo SP
B
io.
A energética da atividade física 07
jun
RESUMO
A obtenção de energia na forma ATP acontece graças as reações metabólicas dos organismos, que
chamamos de RESPIRAÇÃO CELULAR e FERMENTAÇÃO.
A respiração celular pode ser tanto aeróbia (utiliza oxigênio) quanto anaeróbia. Ambas possui a via da quebra
da glicose, chamada Glicólise, que ocorre no citoplasma da célula. Porém a respiração aeróbia utiliza mais
duas vias: o ciclo de Krebs e a Cadeia respiratória, que acontecem na mitocôndria. A respiração aeróbia gera
maior quantidade de ATP por molécula de glicose quebrada do que a respiração anaeróbia.
Durante a atividade física, nosso corpo necessita de ATP para realizar a contração e relaxamento muscular.
Esse ATP é deriva de fontes como carboidratos, lipídios e proteínas.
B
io.
Fibras musculares:
• Tipo I ou Fibras de contração lenta: ricas em mioglobinas (gera coloração vermelha) e mitocôndrias,
realizando um processo de respiração celular lento (aeróbico), porém bastante eficiente, com alta
produção de ATP.
• Tipo II ou Fibras de contração rápida: pobres em mioglobinas (gera coloração branca) e mitocôndrias,
realizando processo de respiração celular rápido (anaeróbico) e com maior facilidade de alcançar a fadiga
muscular. Essas fibras tipo II podem ser divididas em Tipo II-A (contração rápida, com velocidade de
glicólise moderada) e Tipo II-B (contração muito rápida, com velocidade de glicólise alta).
B
io.
EXERCÍCIOS DE AULA
1. Analise as afirmações abaixo, relativas ao processo do metabolismo energético:
I. Fermentação, respiração aeróbica e respiração anaeróbica são processos de degradação das
moléculas orgânicas em compostos mais simples, liberando energia.
II. Todos os processos de obtenção de energia ocorrem na presença do oxigênio.
III. A energia liberada nos processos do metabolismo energético é armazenada nas moléculas de ATP.
IV. No processo de fermentação, não existe uma cadeia de aceptores de hidrogênio que está presente
na respiração aeróbica e anaeróbica.
V. Na respiração aeróbica, o último aceptor de hidrogênio é o oxigênio, enquanto na respiração
anaeróbica é outra substância inorgânica.
VI. Na fermentação, a energia liberada nas reações de degradação é armazenada em 38 ATPs, enquanto
na respiração aeróbica e anaeróbica é armazenada em 2 ATPs.
Estão corretas:
a) I , III , IV , V
b) I , III , V , VI
c) I , IV , V , VI
d) I , II , IV , V
e) I , II , III, IV
2. A glicólise é um processo que compreende dez reações químicas, cada uma delas com a participação
de uma enzima específica. Assinale a alternativa correta em relação à glicólise anaeróbica.
a) É o processo responsável pela quebra da glicose, transformando-a em piruvato ou ácido pirúvico.
b) É realizada apenas em células animais e procariontes heterotróficos.
c) Promove a quebra da glicose no interior da mitocôndria.
d) Libera energia na forma de 38 ATPs.
e) Transforma ácido lático em ácido pirúvico.
3. Sobre o processo respiratório de uma célula vegetal, analise as afirmativas.
I. Na glicólise, são produzidos ATP e Piruvato.
II. A cadeia respiratória ocorre na matriz mitocondrial.
III. Fosforilação oxidativa é quando se dá a liberação de CO2.
IV. O oxigênio é o aceptor final dos elétrons da cadeia respiratória.
Estão corretas as afirmativas
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II e III, apenas.
4. Imagine ser possível, experimentalmente, a extração de todas as mitocôndrias de uma célula
eucariótica. Se, na presença de oxigênio, ainda for possível observar o processo da respiração celular,
quais os efeitos da extração para tal processo? Ocorreria formação de quantos ATPs?
B
io.
EXERCÍCIOS DE CASA
1. O processo de respiração celular é responsável pelo(a)
a) consumo de dióxido de carbono e liberação de oxigênio para as células.
b) síntese de moléculas orgânicas ricas em energia.
c) redução de moléculas de dióxido de carbono em glicose.
d) incorporação de moléculas de glicose e oxidação de dióxido de carbono.
e) liberação de energia para as funções vitais celulares.
2. Com relação à respiração e à fermentação, podemos afirmar que:
a) obtém-se glicose por esses processos.
b) em ambos os processos há formação de ácido pirúvico.
c) na respiração anaeróbica ocorre participação do oxigênio.
d) a respiração aeróbica produz menos ATP que a fermentação.
e) esses processos consomem mais energia do que produzem.
3. Enquanto os organismos superiores utilizam a respiração aeróbia para obter energia, algumas bactérias
e fungos utilizam a fermentação. Esses processos compreendem um conjunto de reações
enzimáticas,nos quais compostos orgânicos são degradados em moléculas mais simples. As afirmativas
a seguir estão relacionadas a esses processos.
I. A glicólise é o processo inicial da respiração e fermentação.
II. As leveduras fermentam açúcares para produzir álcool etílico.
III. A fermentação é mais eficiente em rendimento energético do que a respiração.
Com relação às afirmativas, assinale a alternativa correta.
a) I e II são verdadeiras.
b) II e III são verdadeiras.
c) I, II e III são verdadeiras.
d) I e III são verdadeiras.
e) Apenas a II é verdadeira.
4. Sobre a respiração celular, é correto afirmar que
a) a glicólise consiste em uma série de reações químicas na qual uma molécula de glicose resulta em
duas moléculas de ácido pirúvico ou piruvato.
b) a glicólise é uma etapa aeróbica da respiração que ocorre no citosol e que, na ausência de
oxigênio, produz etanol.
c) o ciclo do ácido cítrico é a etapa da respiração celular aeróbica que produz maior quantidade de
ATP.
d) o ciclo do ácido cítrico ocorre na membrana interna da mitocôndria e tem como produto a
liberação de CO2.
e) a fosforilação oxidativa ocorre na matriz mitocondrial, utilizando o oxigênio para a produção de
H2O e CO2.
B
io.
5. No mês de julho de 2007, ocorreram, na cidade do Rio de Janeiro, os XV Jogos Pan-americanos.
Durante as competições, o que se viu foram momentos de superação, quando os atletas levavam o
corpo à exaustão, muitas vezes numa luta contra o tempo, em busca de uma medalha.
Após um exercício físico prolongado, se fizermos um exame de sangue no atleta, verificaremos o
acúmulo de ácido lático em seu sangue. Explique por que isto acontece.
6. PELO PAN, TENISTAS SÃO AVALIADAS EM SELEÇÃO PERMANENTE.
São Paulo (SP) Com o objetivo de participar do PanAmericano no Rio de Janeiro, as oito melhores
tenistas brasileiras estão sendo avaliadas pelo coordenador da Equipe Feminina Nacional
Permanente, (...). Neste sábado, por exemplo, as tenistas fizeram testes de fadiga muscular. A
proposta da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), aliás, é que esse exame seja realizado em todos
os tenistas profissionais do Brasil.
(www.gazetaesportiva.net, 03.03.2007.)
Abordando o metabolismo celular, relacione o fenômeno da fadiga muscular com a prática esportiva
das tenistas citadas no texto.
QUESTÃO CONTEXTO
Os Jogos Olímpicos, mais conhecidos como Olimpíadas, ocorreram no Brasil em 2016. Nele, observamos
uma vasta quantidade de esportes e tipos de atletas. Em muitas categorias é possível observar que pessoas
negras se destacam mais em certas modalidades do que brancas, e vice e versa. Como ocorre na natação,
por exemplo, que geralmente os primeiros colocados são pessoas brancas, diferentes de corridas de curta
distância, que os negros estão sempre nas primeiros colocações. Com base nisso, quais seriam os tipos de
fibras mais presentes no organismos de pessoas brancas e negras?
B
io.
GABARITO
Exercícios de aula
1. a
A fermentação, ocorre na ausência de oxigênio; o ATP é uma molécula armazenadora de energia; a
fermentação libera 2 ATPs de energia, enquanto na respiração aeróbica são 38 ATPs.
2.
Na respiração anaeróbica só ocorre o processo de quebra da glicose em 2 piruvatos.
3. c
Na glicólise a glicose é quebrada em duas moléculas de ácido pirúvico ou piruvato; a cadeia
respiratória ocorre na crista mitocondrial; a fosforilação oxidativa é quando se dá a formação do ATP.
4. A extração das mitocôndrias compromete a oxidação da glicose, que se torna parcial. Nessa situação,
serão produzidos apenas 2 mols de ATP para cada mol de glicose consumido.
Exercícios de casa
1. e
No importante processo chamado de respiração celular, acontece a liberação da energia necessária
para o funcionamento das células.
2. b
Na respiração e fermentação a energia é obtida através da glicose; ambos apresentam a etapa
chamada glicólise, que quebra a glicose em 2 piruvatos; na respiração anaeróbica não ocorre
participação do oxigênio; a respiração aeróbica produz mais ATP que a fermentação; esses processos
consomem menos energia do que produzem.
3. a
Tanto na respiração quanto na fermentação a etapa inicial é a glicólise; as leveduras fermentam
açúcares, produzindo álcool etílico e gás carbônico; a respiração tem um rendimento maior do que a
fermentação.
4. a
Na glicólise ocorre a degradação parcial da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico (C3H4O3); a
glicólise é uma etapa anaeróbica da respiração e não produz etanol; o ciclo do ácido cítrico (Ciclo de
Krebs) ocorre na matriz mitocondrial e produz menos ATP do que a cadeira respiratória; a fosforilação
oxidativa (cadeia respiratória) acontece na crista mitocondrial.
5. Durante uma atividade intensa, o oxigênio pode não ser o suficiente para suprir as nossas fibras
musculares. Em virtude disso acontece a fermentação lática, que é a produção de ATP (menos eficiente
que a respiração) que garante o fornecimento de energia para a contração muscular. Nessa fermentação,
é produzido ácido lático.
6. O teste de fadiga muscular mede a concentração de ácido láctico na corrente sanguínea das atletas logo
após o treino e durante as horas subsequentes, com o intuito de avaliar o preparo físico dessas atletas, já
que o ácido láctico é produto do metabolismo energético das células musculares esqueléticas. Em
atividades físicas intensas e prolongadas, muitas vezes o fornecimento de oxigênio ao tecido muscular
não é suficiente, assim as células musculares realizam a fermentação láctica para suprir a demanda
energética durante a atividade. O ácido láctico produzido é liberado na corrente sanguínea e é levado
ao fígado, onde pode ser convertido em glicose. Assim, quanto maior for o preparo físico das atletas
B
io.
melhor o aporte de oxigênio para o tecido muscular e menor a quantidade de ácido láctico produzido
via fermentação.
Questão Contexto
Esportes como a natação
a retardo de fadiga, já a corrida de curta distância ou, o goleiro no futebol, são considerados esportes de
. Com base nesse pensamento, podemos
chegar a conclusão que as células vermelhas estão mais presentes em indivíduos brancos, pois possuem
grande quantidade de mioglobina e mitocôndrias, que ajudam na resistência. Já as células brancas, estão
mais presentes em indivíduos negros, pois possuem elevada atividade ATPasica, baixa mioglobina e
mitocôndria.
F
il.
Os empiristas ingleses: Bacon e
Hume
08
jun
RESUMO
Teoria do conhecimento: racionalismo e empirismo
Na modernidade, com as transformações ocorridas pela revolução científica, surge uma nova forma
de investigação filosófica chamada de teoria do conhecimento. Essa nova vertente de investigação filosófica
buscava responder, em grande medida, a seguinte pergunta: De que forma o ser humano alcança
conhecimento? De que maneira ele apreende os objetos externos a ele? Neste contexto, surgiram duas
correntes filosóficas distintas que buscavam responder essas perguntas, a saber: o racionalismo e empirismo. Para os racionalistas, a verdade só pode ser alcançada pela razão humana. Eles partem da ideia de
que os sentidos são enganosos e, por esse motivo, incapazes de nos revelar o conhecimento verdadeiro.
Somente princípios lógicos podem dar base a conhecimentos seguros. Para esses teóricos todos os homens
possuem uma gama de princípios inatos fundamentais. Já para os empiristas, só é possível alcançar a verdade, conhecer as coisas, a partir da experiência, ou seja,
através dos sentidos. Para eles a mente humana é uma tabula rasa, ou seja, uma folha de papel em branco,
completamente sem conteúdo. Ao longo da vida o homem adquire seus conhecimentos a partir da
experiência sensível. Neste resumo, no entanto, dedicaremos nossos esforços para compreender as teorias dos filósofos
empiristas, Francis Bacon e John Locke.
Francis Bacon e o empirismo puro
O filósofo Francis Bacon (1561-1626) foi um importante intelectual de sua época, tendo também
participado da vida política, chegando a ser chanceler no governo do rei Jaime I. Como filósofo, foi grande
crítico da ciência dedutiva Aristotélica, alegando que para o desenvolvimento da ciência era necessário ter
um método de descoberta e análise mais eficiente, focado numa investigação mais rigorosa, precisa e
empírica, com como ocorre no método indutivo.
A teoria dos ídolos
Bacon vai iniciar sua reflexão acerca do conhecimento humano alegando que certos preconceitos,
noções erradas, dificultam a apreensão correta que temos sobre a realidade.Esses preconceitos serão
chamados por ele de ìdolos.
Os ídolos da tribo:
são aqueles preconceitos que surgem nas comunidades como verdades dadas e não questionadas. Nesse
pela ciência precisam estar de acordo com os fatos. Assim, Bacon entende que a astrologia, por exemplo, é
uma falsa ciência, dadas as suas generalizações apressadas. Outra
Um exemplo disso é a ideia dos antigos
-se a natureza algo que, na verdade, é uma mera
suposição humana.
Assim, por conta das características individuais, ou mesmo por
causa da educação a que um indivíduo é submetido, serão geradas falsas ideias às quais a ciência precisa se
espírito humano.
Os ídolos do foro: Os ídolos do foro ou do mercado são aqueles que decorrem da linguagem, através
da qual são atribuídas palavras a certas coisas que são inexistentes ou mesmo palavras confusas a coisas que
existem. Nesse sentido, há diversas controvérsias as quais nos apegamos apenas por questões
linguísticas. Como
F
il.
Os ídolos do teatro: Os ídolos do teatro se referem às teorias ou reflexões filosóficas que, muitas
vezes, estão mescladas com a teologia, com o saber comum e, até mesmo, com superstições profundamente
arraigadas. Nesse sentido, ele compara os sistemas filosóficos a fábulas que poderiam ser representadas no
palco.
David Hume e o empirismo
O filósofo empirista David Hume é um pensador cético, ou seja, ele duvida que possa haver qualquer
conhecimento indubitável. Assim, o entendimento humano possui limites bastante estreitos, afinal de contas
estamos submetidos aos sentidos e aos hábitos, o que nos leva a produzir conhecimentos que, na melhor
das hipóteses, são apenas prováveis, mas nunca certezas absolutas. Hume questiona o princípio de
causalidade, bem como a metafísica existente na sua época.
O ceticismo é uma corrente de pensamento existente desde os antigos e é retomada pelo
pensamento moderno, notadamente no campo da teoria do conhecimento. Em linhas gerais, ceticismo é
justamente a dúvida ou suspeita sobre todo e qualquer tipo de conhecimento. O cético, portanto, é aquele
que duvida da possibilidade do conhecimento verdadeiro, restando-nos apenas, como dissemos acima,
conhecimentos prováveis. O ceticismo humeano nasce na medida em que ele defende que todo
conhecimento humano provém das experiências que temos através de nossos sentidos. Não há, seguindo
esse ponto de vista, uma razão pura capaz de encontrar uma base sólida para um conhecimento
inquestionável ou indubitável. Se, portanto, o conhecimento provém da experiência (tese empirista), e a
experiência sensível é variável, logo nenhum conhecimento pode ter uma pretensão universal de validade.
O conhecimento, segundo Hume, deriva sempre de percepções individuas, que podem ser
impressões ou ideias. A diferença entre impressões e ideias é apenas o grau de vivacidade com o qual afetam
nossa mente. De um lado, as impressões são percepções originárias e que, por isso mesmo, são mais vivas,
segundo David Hume, não há ideias inatas em nossa mente, isto é, ideias que teriam nascido conosco e que
seriam, portanto, independentes da experiência. Toda ideia que existe em nossa mente é derivada das nossas
impressões.
Há, no entanto, ideias complexas, que nascem da associação entre ideias através da nossa
imaginação. Assim, se combinamos em nossa mente a ideia de lobo, por exemplo, com a ideia de homem,
do pensamento de Hume sobre o qual devemos estar atentos. Para que a noção de causalidade (conexão
necessária entre dois fenômenos) pudesse ser considerada como válida seria preciso haver uma impressão
anterior que lhe desse origem. No entanto, para Hume, não há nenhuma impressão correspondente à noção
de causalidade.
Isso significa, então, que as relações de causalidade entre fenômenos se referem ao nosso hábito de
pensarmos esses fenômenos como ligados um ao outro, mas não a uma relação real entre objetos externos
a nós. O exemplo mais famoso que Hume utiliza para explicar essa teoria é o seguinte: Por mais que sempre
tenhamos associado o nascer de um novo dia ao nascimento do sol, por mais que isso sempre tenha ocorrido
até o dia de hoje, isso não significa que essa conjunção de fenômenos seja necessária. Nada garante a
necessidade do surgimento do sol no dia de amanhã.
Assim, o máximo que podemos alcançar, do ponto de vista do conhecimento, é uma grande
probabilidade de que um evento ocorrerá ou não ocorrerá, mas nunca podemos extrair uma certeza, dado
que não existe nenhum conhecimento à priori, isto é, independente de nossa experiência
sensível. Entretanto, nossos hábitos e crenças nos fazem formular supostas leis e supostas conexões
necessárias entre eventos que, em última análise, são apenas sucessões de fatos e sequência de eventos sem
nenhum nexo causal. Por termos habitualmente observado esses fenômenos se sucederem acreditamos que
eles ocorrerão novamente, o que não é garantido segundo o filósofo escocês.
F
il.
EXERCÍCIOS
1. Leia o texto a seguir.
As ideias produzem as imagens de si mesmas em novas ideias, mas, como se supõe que as primeiras
ideias derivam de impressões, continua ainda a ser verdade que todas as nossas ideias simples
procedem, mediata ou imediatamente, das impressões que lhes correspondem. HUME, D. Tratado da Natureza Humana. Trad. De Serafim da Silva Fontes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
p.35.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a questão da sensibilidade, razão e verdade em David
Hume, considere as afirmativas a seguir. I. Geralmente as ideias simples, no seu primeiro aparecimento, derivam das impressões simples que
lhes correspondem. II. A conexão entre as ideias e as impressões provém do acaso, de modo que há uma independência
das ideias com relação às impressões. III. As ideias são sempre as causas de nossas impressões. IV. Assim como as ideias são as imagens das impressões, é também possível formar ideias secundárias,
que são imagens das ideias primárias.
Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
2. Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor,
aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos
em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha,
que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a
virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo,
animal que nos é familiar. HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que a) os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação. b) o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível. c) as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso. d) os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória. e) as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.
3. -lo; e para nos darmos conta de sua força, precisamos
dedicar-
-
F
il.
4. TEXTO I
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar
inteiramente em quem já nos enganou uma vez.
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
TEXTO II
Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum
significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for
impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A
comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo. b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica. c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento. d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos. e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.
5. de
a)
b) ao reconhecer o estatuto racional que fundamenta e legitima a paixão, a moral se estabelece
c) ue é um objeto
próprio dessa paixão ou descobrindo a conexão de causas e efeitos de modo a nos dar meios de
d)
externos ou às ações racionais ou se fundam, exclusivamente, na intenção que é peculiar ao
6. David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou
conhecido o século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como elas se formam, Hume parte,
como a maioria dos filósofos empiristas, do cotidiano das pessoas. Do ponto de vista de um empirista, a) não existem ideias inatas. b) não existem ideias abstratas. c) não existem ideias a posteriori. d) não existem ideias formadas pela experiência.
F
il.
7. O texto abaixo comenta a correlação entre ideias e impressões em David Hume.
Em contrapartida, vemos que qualquer impressão, da mente ou do corpo, é constantemente seguida
por uma ideia que a ela se assemelha, e da qual difere apenas nos graus de força e vividez. A conjunção
constante de nossas percepções semelhantes é uma prova convincente de que umas são as causas das
outras; [...]. HUME, D. Tratado da natureza humana. São Paulo: Editora da Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 29.
Assinale a alternativa que, de acordo com Hume, indica corretamente o modo como a mente adquire
as percepções denominadas ideias. a) Todas as nossas ideias são formas a priori da mente e, mediante essas ideias, organizamos as
respectivas impressões na experiência. b) Todas as nossas ideias advêm das nossas experiências e são cópias das nossas impressões, as quais
sempre antecedem nossas ideias. c) Todas as nossas ideias são cópias de percepções inteligíveis, que adquirimos através de uma
experiência metafísica, que transcende toda a realidade empírica. d) Todas as nossas ideias já existem de forma inata, e são apenas preenchidas pelas impressões, no
momento em que temos algum contato com a experiência.
8. a) timentos; percepções
b)
c) e da força: ação de criar a partir do dado
d)
9. A razão, para Hume, é: a) a descoberta da verdade ou da falsidade. A verdade e a falsidade consistem no acordo e
b)
c)
d)
e desa
10. -se de determinadas ações
porque as julgam injustas, sendo impelidos a outras porque julgam tratar-
Com esse argumento, Hume quer demonstrar que a) as regras morais são, por conseguinte, conclusões da razão humana.
b) a moral, porque deriva-se da razão, tem influência direta sobre as ações e os fatos.
c) a moral é uma filosofia prática e supõe-se que influencie paixões e ações humanas e vai além dos
juízos calmos e impassíveis do entendimento.
d) há, nos homens, uma necessidade e uma emergência que os impele ao exercício prático da razão.
F
il.
QUESTÃO CONTEXTO
Texto I
1. O filósofo David Hume defende que a crença humana de que o sol vai nascer todos os dias está fundado
num hábito, na crença do fenômeno da causalidade. De acordo com seus conhecimentos sobre a teoria de
Hume sobre costume e causalidade, responda:
F
il.
GABARITO
Exercícios
1. b
David Hume no Tratado sobre o entendimento humano estabelece princípios de uma filosofia empirista
radical levando aos extremos a maneira pela qual compreendemos e conhecemos a realidade. Segundo
suas teorias ele coloca que as ideias simples derivam de impressões captadas pelos sentidos, existindo
assim uma relação entre as impressões simples e as ideias simples. Desta maneira, estabelecemos uma
forte conexão entre as impressões e as ideias, sendo que tanto as ideias quanto as impressões exercem
influência uma sobre a outra, o que vai condicionar nosso modo de entendimento. Assim, a conexão
estabelecida pelo número de impressões que adquirimos, pela observação e experimentação de um
número específico de casos, criando um hábito do entendimento que criar uma dependência das
impressões em relação às ideias e, das ideias em relação às impressões. Das ideias primárias se formam
as ideias secundárias que seriam as extrapolações realizadas e estabelecidas por uma conjunção entre
causa e efeito que atribuímos como verdadeiras pela repetição ao que formos submetidos. Contudo, isto
não pode ser feito, pois o que observamos são fenômenos isolados que se apresentam juntos, não
percebemos a relação entre eles, derivamos esta relação pela impressão, mas sem, contudo verificar esta
impressão. Desta forma, os itens [II] e [III] não correspondem as teorias descritas por Hume.
2. a
Hume, sendo empirista, considera que os pensamentos são produzidos pela associação de ideias obtidas
pelas sensações do homem, tal como afirma corretamente a alternativa [A].
3. a
O hábito é o grande guia da vida humana no sentido de que nenhuma questão de fato é resolvida por
fato além do que
o entendimento humano. In Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 152). Sendo assim,
o homem é apenas capaz de crer que a relação de causa e efeito entre a chama e o calor, por exemplo,
se mantenha persistente. A crença é um resultado necessário da mente observar regularidades
diferentemente da ficção que é uma formulação com aparência de realidade e sem um lastro sensitivo.
Nesse sentido, um raciocínio impenetrável é inconveniente, pois estabelece uma ficção capaz de
convencer pela sua aparência de realidade, porém incapaz de se demonstrar pela sua ausência de lastro
sensitivo.
4. e
Da dúvida sistemática e generalizada das experiências sensíveis, Descartes espera começar a busca por
algum ponto firme o suficiente para ser possível se apoiar e não duvidar. O chão deste mar de dúvidas
no qual o filósofo está submerso é esta única coisa da qual ele não pode duvidar, mesmo se o gênio
maligno estiver operando. Esta certeza é a certeza sobre o fato de que se o gênio maligno perverte meus
pensamentos, ele nunca poderia perverter o próprio fato de que eu devo estar pensando para que ele
me engane. Então, se penso, existo. David Hume (1711-1776), influenciado pela filosofia de John Locke (1632-1704), parte de uma noção da
mente humana segundo a qual o homem não possui ideias inatas, porém todas elas provêm da
experiência sensível para compor o conhecimento. Sendo assim, o homem conhece a partir das
impressões e das ideias que concebe a partir da experiência. De experiências habituais ele constrói
conhecimentos baseados em matérias de fato e relações entre ideias. Os conhecimentos sobre matérias
de fato são empíricos, portanto, apenas mais ou menos prováveis, já os conhecimentos sobre relações
de ideias são puros, portanto, sempre certos sem, todavia, se referir a qualquer realidade sensível.
F
il.
5. c
A alternativa [C] é a única correta, e corresponde a uma afirmação de David Hume em seu texto Tratado
sobre a natureza humana. Essa passagem se insere numa argumentação a respeito da moral, que leva
Hume a considerar que a distinção entre o bem o mal não pode ser feita por princípios da razão.
6. a
O empirismo opõe-se ao inatismo ao considerar que as ideias se originam somente da experiência. Essa
diferença pode ser bem observada quando se compara a visão de David Hume com a de René Descartes,
para quem as ideias verdadeiras surgem de forma inata no sujeito cognoscente.
7. b
Hume começa sua teoria dividindo todas as percepções mentais entre ideias (pensamentos) e impressões
(sensações e sentimentos) e, então, faz duas alegações fundamentais sobre a relação entre elas.
Primeiramente, ele alega que todas as ideias são, no final das contas, cópias das impressões, ou seja, para
qualquer ideia que nós tomarmos, encontraremos seus componentes nas sensações externas ou nos
sentimentos internos. Segundamente, ele alega que a única diferença entre uma ideia e uma impressão
está na vivacidade de uma e de outra, isto é, a única diferença entre a impressão da árvore e a ideia da
árvore está na força da sua presença no intelecto. Desse modo, ideias são cópias das impressões e as
ideias e impressões diferem na vivacidade da sua presença intelectual.
8. a
A alternativa [A] é a única correta. As impressões são as nossas percepções mais fortes, enquanto as ideias
são percepções mais fracas. Nessa concepção está expresso o empirismo de David Hume.
9. a
A razão, segundo Hume, corresponde à relação entre verdade e falsidade a partir do hábito de associação
de ideias. Ela não é inata e não está relacionada às decisões morais. Sendo assim, podemos identificar
que somente a alternativa [A] está correta.
10. c
A alternativa [C] é a que melhor se relaciona ao pensamento de David Hume. Para ele, as regras morais
não podem ser deduzidas da razão, que possui somente um poder teórico. Pelo contrário, as regras
morais dizem respeito às volições e ações humanas.
Questão contexto
As relações de causalidade entre fenômenos se referem ao nosso hábito de pensarmos esses fenômenos
como ligados um ao outro, mas não a uma relação real entre objetos externos a nós. O exemplo mais famoso
que Hume utiliza para explicar essa teoria é o seguinte: Por mais que sempre tenhamos associado o nascer
de um novo dia ao nascimento do sol, por mais que isso sempre tenha ocorrido até o dia de hoje, isso não
significa que essa conjunção de fenômenos seja necessária. Nada garante a necessidade do surgimento do
sol no dia de amanhã. Assim, o máximo que podemos alcançar, do ponto de vista do conhecimento, é uma
grande probabilidade de que um evento ocorrerá ou não ocorrerá, mas nunca podemos extrair uma certeza,
dado que não existe nenhum conhecimento à priori, isto é, independente de nossa experiência sensível.
F
ís.
Exercícios de forças em trajetórias
curvilíneas
07
jun
RESUMO
No Movimento Circular Uniforme (MCU), a aceleração em jogo é dada por
e é chamada de aceleração centrípeta, onde v é o módulo da velocidade instantânea e R é o raio da curva
executada. Essa aceleração é responsável por medir a mudança de direção e sentido da velocidade, porém
não do seu módulo. A aceleração centrípeta aponta para o centro da trajetória circular.
A força resultante no movimento circular uniforme é análoga ao caso unidimensional e é dada por
onde m é a massa do corpo.
Vamos analisar alguns exercícios:
1) Uma esfera está girando com velocidade constante sobre uma mesa sem atrito. A massa da esfera é 2,0 kg,
a velocidade é 3m/s e o fio tem 1,0 m de comprimento. Qual o valor da tração no fio?
As forças que atuam são peso, normal e tração.
F
ís.
O peso é anulado com a normal. A tração é a força resultante. Mas é uma resultante que aponta para o centro,
a tração faz o papel de força centrípeta.
Assim:
2) Um carro percorre uma pista horizontal circular de raio 100m. O coeficiente de atrito entre os pneus e o
chão vale 0,4. Calcule a maior velocidade possível para o veículo executar a curva sem derrapar. (g=10m/s2)
As forças que atuam são peso, normal e atrito.
A força peso é igual à normal e a força de atrito é a força resultante (centrípeta).
Assim
Substituindo N = mg, temos
A maior velocidade que permite executar a curva é de 20m/s = 72 km/h.
Essa velocidade é a limite. Assim o veículo deve fazer a curva com uma velocidade menor do que esse valor.
3) Em um globo da morte um motociclista pretende completar uma volta na vertical sem cair. Calcule a
mínima velocidade que permite ao motociclista completar uma volta em um globo da morte de 3,6 m de
raio. (g=10m/s2)
F
ís.
No ponto mais alto as forças que atuam na vertical são o peso e a normal.
A soma do peso com a normal fará a resultante (centrípeta).
Na situação limite, não haverá contato da moto com o globo. A normal assumirá o valor zero.
Essa equação é a solução para qualquer problema semelhante (carrinho de montanha russa fazendo looping,
giro de um balde sem deixar a água cair, etc)
Para o problema da moto, substituindo os valores:
Essa velocidade é a limite. Assim o veículo deve fazer a volta com uma velocidade maior do que esse valor.
F
ís.
EXERCÍCIOS
1.
A figura representa o instante em que um carro de massa M passa por uma lombada existente em uma
estrada. Considerando o raio da lombada igual a R, o módulo da velocidade do carro igual a V, e a
aceleração da gravidade local g, a força exercida pela pista sobre o carro, nesse ponto, pode ser
calculada por
a) 2MV
MgR
+
b)
2MVMg
R−
c)
2MRMg
V−
d)
2MRmg
V+
2. A figura representa, de forma simplificada, o autódromo de Tarumã, localizado na cidade de Viamão,
na Grande Porto Alegre. Em um evento comemorativo, três veículos de diferentes categorias do
automobilismo, um kart (K), um fórmula 1 (F) e um stock-car (S), passam por diferentes curvas do
circuito, com velocidades escalares iguais e constantes.
As tabelas 1 e 2 indicam, respectivamente e de forma comparativa, as massas de cada veículo e os raios
de curvatura das curvas representadas na figura, nas posições onde se encontram os veículos.
TABELA 1 TABELA 2
Veículo Massa Curva Raio
kart M Tala Larga 2R
fórmula 1 3M do Laço R
stock-car 6M Um 3R
F
ís.
Sendo FK, FF e FS os módulos das forças resultantes centrípetas que atuam em cada um dos veículos nas
posições em que eles se encontram na figura, é correto afirmar que
a) FS < FK < FF. b) FK < FS < FF. c) FK < FF < FS. d) FF < FS < FK. e) FS < FF < FK.
3. Uma garota de 50 kg está brincando em um balanço constituído de um assento e de uma corda ideal
que tem uma de suas extremidades presa nesse assento e a outra, em um saco de areia de 66 kg que
está apoiado, em repouso, sobre o piso horizontal. A corda passa por duas roldanas ideais fixas no teto
e, enquanto oscila, a garota percorre uma trajetória circular contida em um plano vertical de modo
que, ao passar pelo ponto A, a corda fica instantaneamente vertical.
Desprezando a resistência do ar e a massa do assento, considerando =2
g 10 m s e as informações
contidas na figura, a maior velocidade, em m s, com a qual a garota pode passar pelo ponto A sem
que o saco de areia perca contato com o solo é igual a
a) 2. b) 5. c) 3. d) 4. e) 1.
4. Em um dia muito chuvoso, um automóvel, de massa m, trafega por um trecho horizontal e circular de
raio R. Prevendo situações como essa, em que o atrito dos pneus com a pista praticamente desaparece,
a pista é construída com uma sobre-elevação externa de um ângulo α , como mostra a figura. A
aceleração da gravidade no local é g.
A máxima velocidade que o automóvel, tido como ponto material, poderá desenvolver nesse trecho,
considerando ausência total de atrito, sem derrapar, é dada por
a) m g R tgα .
b) m g R cosα .
c) g R tgα .
d) g R cosα .
e) g R senα .
F
ís.
5. Em um edifício em construção, João lança para José um objeto amarrado a uma corda inextensível e
de massa desprezível, presa no ponto O da parede. O objeto é lançado perpendicularmente à parede
e percorre, suspenso no ar, um arco de circunferência de diâmetro igual a 15 m, contido em um plano
horizontal e em movimento uniforme, conforme a figura. O ponto O está sobre a mesma reta vertical
que passa pelo ponto C, ponto médio do segmento que une João a José. O ângulo ,θ formado entre
a corda e o segmento de reta OC, é constante.
Considerando sen 0,6,θ = cos 0,8,θ = 2
g 10 m s= e desprezando a resistência do ar, a velocidade
angular do objeto, em seu movimento de João a José, é igual a
a) 1,0 rad s.
b) 1,5 rad s.
c) 2,5 rad s.
d) 2,0 rad s.
e) 3,0 rad s.
6. Em um show de patinação no gelo, duas garotas de massas iguais giram em movimento circular
uniforme em torno de uma haste vertical fixa, perpendicular ao plano horizontal. Duas fitas, F1 e F2,
inextensíveis, de massas desprezíveis e mantidas na horizontal, ligam uma garota à outra, e uma delas
à haste. Enquanto as garotas patinam, as fitas, a haste e os centros de massa das garotas mantêm-se
num mesmo plano perpendicular ao piso plano e horizontal
Considerando as informações indicadas na figura, que o módulo da força de tração na fita F1 é igual a 120
N e desprezando o atrito e a resistência do ar, é correto afirmar que o módulo da força de tração, em
newtons, na fita F2 é igual a
a) 120. b) 240. c) 60. d) 210. e) 180.
F
ís.
7. Um livro de física de massa m está pendurado por um fio de comprimento L. Em seguida, segurando
o fio com uma das mãos e movimentando-a, ele é colocado em movimento circular uniforme vertical,
de forma que o livro descreve círculos sucessivos.
A tensão no fio no ponto mais baixo da trajetória
a) é igual ao peso do livro.
b) é igual à força centrípeta.
c) é menor que o peso do livro.
d) é maior que a força centrípeta.
8. Uma criança está parada em pé sobre o tablado circular girante de um carrossel em movimento circular
e uniforme, como mostra o esquema (uma vista de cima e outra de perfil).
O correto esquema de forças atuantes sobre a criança para um observador parado no chão fora do
tablado é:
(Dados: F : força do tablado; N : reação normal do tablado; P : peso da criança)
a)
b)
c)
d)
e)
F
ís.
9. O pêndulo cônico da figura abaixo é constituído por um fio ideal de comprimento L e um corpo de
massa m 4,00 kg= preso em uma de suas extremidades e a outra é fixada no ponto P, descrevendo
uma trajetória circular de raio R no plano horizontal. O fio forma um ângulo θ em relação a vertical.
Considere: 2g 10,0 m s ;= sen 0,600;θ = cos 0,800.θ =
A força centrípeta que atua sobre o corpo é
a) 10,0 N
b) 20,0 N
c) 30,0 N
d) 40,0 N
e) 50,0 N
10. O pêndulo de um relógio é constituído por uma haste rígida com um disco de metal preso em uma de
suas extremidades. O disco oscila entre as posições A e C, enquanto a outra extremidade da haste
permanece imóvel no ponto P. A figura abaixo ilustra o sistema. A força resultante que atua no disco
quando ele passa por B, com a haste na direção vertical, é
(Note e adote: g é a aceleração local da gravidade.)
a) nula.
b) vertical, com sentido para cima.
c) vertical, com sentido para baixo.
d) horizontal, com sentido para a direita.
e) horizontal, com sentido para a esquerda.
11. O Brasil pode se transformar no primeiro país das Américas a entrar no seleto grupo das nações que
dispõem de trens-bala. O Ministério dos Transportes prevê o lançamento do edital de licitação
internacional para a construção da ferrovia de alta velocidade Rio-São Paulo. A viagem ligará os 403
quilômetros entre a Central do Brasil, no Rio, e a Estação da Luz, no centro da capital paulista, em uma
hora e 25 minutos. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 14 jul. 2009.
F
ís.
Devido à alta velocidade, um dos problemas a ser enfrentado na escolha do trajeto que será
percorrido pelo trem é o dimensionamento das curvas. Considerando-se que uma aceleração lateral
confortável para os passageiros e segura para o trem seja de 0,1 g, em que g é a aceleração da
gravidade (considerada igual a 10 m/s2), e que a velocidade do trem se mantenha constante em todo
o percurso, seria correto prever que as curvas existentes no trajeto deveriam ter raio de curvatura
mínimo de, aproximadamente,
a) 80 m.
b) 430 m.
c) 800 m.
d) 1.600 m.
e) 6.400 m.
12. Uma estação espacial foi projetada com formato cilíndrico, de raio R igual a 100 m, como ilustra a figura
abaixo.
Para simular o efeito gravitacional e permitir que as pessoas caminhem na parte interna da casca
cilíndrica, a estação gira em torno de seu eixo, com velocidade angular constante .ω As pessoas
terão sensação de peso, como se estivessem na Terra, se a velocidade ω for de, aproximadamente,
Note e adote:
A aceleração gravitacional na superfície da Terra é g = 10 m/s2.
a) 0,1 rad/s
b) 0,3 rad/s
c) 1 rad/s
d) 3 rad/s
e) 10 rad/s
13. Curvas com ligeiras inclinações em circuitos automobilísticos são indicadas para aumentar a segurança
do carro a altas velocidades, como, por exemplo, no Talladega Superspeedway, um circuito utilizado
para corridas promovidas pela NASCAR (National Association for Stock Car Auto Racing). Considere
um carro como sendo um ponto material percorrendo uma pista circular, de centro C, inclinada de
um ângulo α e com raio R, constantes, como mostra a figura, que apresenta a frente do carro em um
dos trechos da pista.
F
ís.
Se a velocidade do carro tem módulo constante, é correto afirmar que o carro
a) não possui aceleração vetorial. b) possui aceleração com módulo variável, direção radial e no sentido para o ponto C. c) possui aceleração com módulo variável e tangente à trajetória circular. d) possui aceleração com módulo constante, direção radial e no sentido para o ponto C. e) possui aceleração com módulo constante e tangente à trajetória circular.
14. Uma partícula de massa m, presa na extremidade de uma corda ideal, descreve um movimento circular
acelerado, de raio R, contido em um plano vertical, conforme figura a seguir.
Quando essa partícula atinge determinado valor de velocidade, a corda também atinge um valor máximo
de tensão e se rompe. Nesse momento, a partícula é lançada horizontalmente, de uma altura 2R, indo
atingir uma distância horizontal igual a 4R. Considerando a aceleração da gravidade no local igual a g,
a tensão máxima experimentada pela corda foi de
a) mg
b) 2 mg
c) 3 mg
d) 4 mg
QUESTÃO CONTEXTO
Um funil que gira com velocidade angular uniforme em torno do seu eixo vertical de simetria apresenta uma
superfície crônica que forma um ângulo θ com a horizontal, conforme a figura. Sobre esta superfície, uma
pequena esfera gira com a mesma velocidade angular mantendo-se a uma distância d do eixo de rotação.
Nestas condições, o período de rotação do funil é dado por
a) 2 d / g senπ θ
b) 2 d / g cosπ θ
c) 2 d / g tanπ θ
d) 2 2d / g sen2π θ
e) 2 dcos / g tanπ θ θ
F
ís.
GABARITO
Exercícios
1. b
Questão envolvendo a dinâmica no movimento circular uniforme, em que a força resultante no ponto
mais alto da lombada é representado na figura abaixo:
A resultante das forças é a força centrípeta:
2 2
r c
2
M v M vF F P N Mg N
R R
M vN Mg
R
= − = − =
= −
2. b
Como as velocidades escalares são iguais e constantes, de acordo com a figura e as tabelas dadas,
comparando as resultantes centrípetas temos:
2 2
K K
2 2 2
cp F F K S F
2 2
S S
M v M v1F F
2 R 2 R
M v 3 M v M vF F F 3 F F F .
R R R
6 M v M vF F 2
3 R R
= =
= = =
= =
F
ís.
3. d
A maior velocidade é aquela para a qual a força normal que o apoio exerce no saco de areia é nula, ou
seja, a tração na corda tem intensidade igual à do peso.
Dados: 2
S GR L 5m; m 66 kg; m 50kg; g 10 m/s .= = = = =
S 2
2G
G cent
22
No saco: T P T 660 N.50v
660 500 m v 5Na garota: T P F T 500 .R
50v160 v 16 v 4 m/s.
5
= =
− = − = − =
= = =
4. c
A figura 1 mostra as forças (peso e normal) agindo nesse corpo. A resultante dessas forças é a centrípeta
(figura 2).
F
ís.
Na figura 2, o triângulo é retângulo:
22
2C
m vR vRtg tg v R g tg P m g R g
v R g tg .
= = = =
=
5. a
A figura 1 destaca o raio da trajetória efetuada pelo objeto.
AB 15 m
ABR 7,5 m
2
=
= =
A figura 2 mostra as forças (e componentes) agindo sobre o objeto.
Equacionando o movimento:
2 2x cp
y
F F F sen m R sen R g sen 10(0,6) 6
cos g R cos 7,5(0,8) 6F P F cos m g
1rad s.
θ ω θ ω θω
θ θθ
ω
= = = = = =
= =
=
F
ís.
6. e
A fita F1 impede que a garota da circunferência externa saia pela tangente, enquanto que a fita F2 impede
que as duas garotas saiam pela tangente. Sendo T1 e T2 as intensidades das trações nas fitas F1 e F2,
respectivamente, sendo T1 = 120 N, temos:
( )2 2
1 1 12 12 2 2
22 2
2
T m 2 R T 2 m R 120 T 2 3 3 T T 120
T 3 2 2T m 2 R m R T 3 m R
T 180 N.
ω ω
ω ω ω
= = = = = =
= + =
=
7. d
Observação: não se deve confundir força de tração (força tensora) com tensão, que é razão entre a
intensidade da força tensora e a área da secção transversal do elemento tracionado, no caso, o fio.
A figura ilustra a situação descrita.
No livro agem duas forças: a tração aplicada pelo fio e o peso aplicado pela Terra.
Como o livro está oscilando, no ponto mais baixo: T P e:
cp cp cpT P R T F P T F .− = = +
8. d
Se for admitido que a força que o tablado exerce sobre a criança seja somente a força de atrito, o
esquema de forças correto seria o da alternativa [D], conforme figura abaixo.
9. c
Observando o diagrama de corpo livre do corpo e decompondo a tração na corda nas suas componentes
ortogonais, temos:
F
ís.
Nota-se que:
ym g
T P T cos m g Tcos
θθ
= = =
A resultante centrípeta cF é a componente horizontal da tração xT
x c
x c
2
x c x c
T T sen F
m gT sen F
cos
4kg 10 m / sT F 0,6 T F 30 N
0,8
θ
θθ
= =
= =
= = = =
10. b
No ponto considerado (B), a componente tangencial da resultante é nula, restando apenas a componente
centrípeta, radial e apontando para o centro da curva (P). Portanto, a força resultante tem direção
vertical, com sentido para cima.
11. e
Quanto se tem pela frente uma questão teste em que se deve chegar a um valor numérico, é
relativamente grande, pode-se usar e abusar dos arredondamentos, como será feito nesse teste.
Dados: S = 403 km 400 km = 4105 m; t = 85 min = 5,1103 s 5103 s.
A velocidade média (vm) do trem-bala é:
= = =
5
m 3
S 4 10v 80 m/s.
t 5 10
A aceleração lateral (centrípeta - ac) é: = = = =2 2 2
c
c
v v 80a r r 6.400 m.
r a 0,1(10)
12. b
A normal, que age como resultante centrípeta, no pé de uma pessoa tem a mesma intensidade de seu
peso na Terra.
2cent
g 10 1N R P m R m g
r 100 10
0,3 rad/s.
ω ω
ω
= = = = = =
=
13. d
F
ís.
Conforme o diagrama anexo, as forças que agem no carro são o peso (P)v
e a normal (N).v
Como o
movimento é circular e uniforme, a resultante dessas forças é centrípeta (radial), C(R ).
v
c cc
R m atg a g tg .
P m gα α
= = =
Como α e g são constantes, a aceleração centrípeta (radial, dirigida
para o centro) tem módulo constante.
14. c
Cálculo do tempo de queda:
( )2 2 2Rgt 2h Rh t t 2 .
2 g g g= = = =
Após a ruptura da corda, na direção horizontal o movimento é uniforme. A velocidade inicial do
lançamento é:
2 2 2R RD v t 4R v 2 16R v 4 v 4Rg.
g g
= = = =
Se a partícula é lançada horizontalmente, a corda se rompe no ponto mais alto. Imediatamente antes
da ruptura, a força resultante centrípeta tem intensidade igual à soma das intensidades do peso e da
tração.
( )2
cent
m 4RgmvT P F T mg T mg T 3mg.
R R+ = + = = − =
Questão Contexto
c
A figura mostra as forças que agem no corpo: normal ( )Nv
e peso ( )P .v
A componente da normal na direção horizontal tem a função de resultante centrípeta e a componente vertical
equilibra o peso.
F
ís.
centrípeta
2
2 2
x res
y
2
2 2 2
2 2
2
m vN F Nsen Nsen m v v
tan dNcos mgd gd
N P Ncos mg
2 d 4 d 4 dv gdtan gdtan gdtan T
T T gtan
dT 2 .
gtan
θ θθ
θθ
π π πθ θ θ
θ
πθ
= =
= = = =
= = = =
=
G
eo
.
Agricultura Paulista 04
jun
RESUMO
Para falar sobre a agricultura paulista, é preciso que se faça uma breve contextualização do cenário da
agricultura no Brasil.
A estrutura fundiária no Brasil é extremamente concentradora, ou seja, nossa distribuição de terras é desigual.
Poucos proprietários rurais concentram grande parte do espaço agrícola, enquanto muitos proprietários
ocupam uma área minúscula desse espaço.
Esses números refletem um processo enraizado no passado colonial, que, por meio do sistema de capitanias
hereditárias e de doação de sesmarias, estimulou a concentração fundiária desde início da colonização ao
promover a produção em latifúndios monocultores destinados à exportação. A lei de Terras, de 1850, agravou
o problema ao estabelecer que a aquisição de terras só pudesse ser feita sob compra. A manutenção da
concentração fundiária atualmente pode ser explicada pela mesma postura política revelada na nossa história.
As políticas agrícolas nacionais continuam favorecendo grandes agricultores exportadores, por intermédio
de incentivos fiscais, concessão de créditos para aquisição de maquinários, tecnologias e terras, além de leis
brandas que favorecem a especulação. A questão agrária é o resultado dessa contradição, na qual a
modernização do campo e a ampliação das nossas exportações agrícolas correm paralelas à manutenção da
desigualdade. A redução dos postos de trabalho e a baixa competitividade do pequeno agricultor, associadas
à excessiva concentração fundiária e à presença de terras improdutivas, reforçam a necessidade de uma
reforma agrária
O estado de São Paulo ganhou muita importância no período JK, onde os pulsos da industrialização do Brasil
começavam a vibrar. Por muitas migrações, o processo industrial concentrou uma grande metrópole que
também atraiu investimento de diversos setores produtivos. A Revolução Verde fez com que a agricultura no
Brasil e o cenário agrário a grosso modo se tornasse parte do cenário industrial. Hoje o estado é responsável
por grande parte do PIB agroindustrial do Brasil, possuindo quase 200.000 km² plantados para
aproveitamento econômico. São Paulo possui o título de maior produtor de frutas do Brasil sendo pioneiro
mundial na produção de suco de laranja. Essa produção se refere ao setor secundário, ou seja, de
transformação da matéria prima - laranja - em produto - suco de laranja, mas também na própria produção
de laranja, 80% para a indústria. Além disso, é necessário o destaque para a produção de cana de açúcar,
sobre tudo para a produção de biocombustíveis. Apesar do nordeste dominar a cana de açúcar para a
produção de alimentos, São Paulo tem sua produção em grande parte motivada pela presença do setor
automobilístico. Destacam-se também a produção de soja, milho e de legumes. Além disso, São Paulo
também leva o título de terceiro maior produtor nacional de café. A pecuária não deixa de estar presente no
Estado, sendo o segundo maior produtor nacional de carne de aves.
G
eo
.
Em muitos municípios de São Paulo existem as Casas da Agricultura, afim de orientar produtores e
agricultores. A presença da agricultura é marcada pelo agronegócio em grande escala, sendo o estado que
mais utiliza tratores na agricultura. Os números são maiores do que a soma dos estados do Norte, Nordeste
e Centro Oeste. Isso causa um profundo desgaste no solo e demonstra o nível industrial de mecanização que
marca a paisagem agrária paulista.
EXERCÍCIOS DE AULA
1. No corte A-B indicado no mapa do estado de são paulo as atividades economicas mais significativas
são
a) reflorestamento, cana de açúcar, pecuária e turismo.
b) turismo, reflorestamento, cana de açúcar e pecuária.
c) reflorestamento, fruticultura, cana de açúcar e pecuária.
d) fruticultura, reflorestamento, pecuária e cana de açúcar.
e) turismo, cana de açúcar, fruticultura e reflorestamento.
2. Considere os mapas do Estado de São Paulo, seus conhecimentos e as afirmativas a seguir.
I. A expansão desse cultivo tem ocorrido, principalmente, com vistas ao aumento da produção de
etanol para o abastecimento dos mercados interno e externo.
II. O cultivo desse produto agrícola tem ocupado porções do Oeste Paulista que, tradicionalmente,
eram ocupadas com pasto.
III. A expansão desse cultivo tem acarretado a diminuição da produção de gêneros alimentícios em
algumas regiões do estado.
G
eo
.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II e III.
3.
Sobre a produção de madeira oriunda de florestas plantadas, no Brasil, para fabricação de papel e celulose,
considere o gráfico e as afirmações seguintes:
I. Os estados de São Paulo e Paraná respondem, juntos, por cerca de 50% da produção nacional, em
função de sua proximidade com as indústrias processadoras, com o maior mercado consumidor
do país e com os principais eixos de exportação.
II. o cultivo de espécies voltadas a essa produção tem avançado sobre territórios dos estados da Bahia
e do Espírito Santo, sendo responsável pela subtração de parcela da Mata Atlântica nesses estados.
III. Nos estados da região Sul, que figuram entre os oito maiores produtores do país, essa produção
está restrita a pequenas propriedades, associada a produtos voltados à subsistência, tais como
laticínios, charque e hortaliças.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
G
eo
.
4. Observe os mapas apresentados a seguir para responder à questão.
5.
6. (IBGE, Atlas Geográfico Escolar. Rio de Janeiro, 2002)
7. Os mapas apresentam duas culturas agrícolas que destacam a divisão existente entre a agricultura de
exportação, estruturada pelo agronegócio, e a agricultura para o abastecimento interno, em que tem
grande importância a propriedade familiar.
8. São elas:
9. a) I laranja e II feijão.
10. b) I soja e II cana-de-açúcar.
11. c) I arroz e II laranja.
12. d) I feijão e II soja.
13. e) I cana-de-açúcar e II arroz.
EXERCÍCIOS DE CASA
1. Ainda no começo do século 20, Euclides da Cunha, em pequeno estudo, discorria sobre os meios de
sujeição dos trabalhadores nos seringais da Amazônia, no chamado regime de peonagem, a escravidão
por dívida. Algo próximo do que foi constatado em São Paulo nestes dias [agosto de 2011] envolvendo
duas oficinas terceirizadas de produção de vestuário. José de Souza Martins, 2011. Adaptado.
No texto acima, o autor faz menção à presença de regime de trabalho análogo à escravidão, na
indústria de bens
a) de consumo não duráveis, com a contratação de imigrantes asiáticos, destacando-se coreanos e
chineses.
b) de consumo duráveis, com a superexploração, por meio de empresas de pequeno porte, de
imigrantes chilenos e bolivianos.
c) intermediários, com a contratação prioritária de imigrantes asiáticos, destacando-se coreanos e
chineses.
d) de consumo não duráveis, com a superexploração, principalmente, de imigrantes bolivianos e
peruanos.
e) de produção, com a contratação majoritária, por meio de empresas de médio porte, de
imigrantes peruanos e colombianos.
G
eo
.
2. Leia o texto sobre os pedidos de exploração de minérios no Vale do Ribeira SP.
O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) registrou em 2012 um recorde de pedidos de
mineração no Vale do Ribeira, região sul do Estado de São Paulo. Entre os processos que foram
abertos, encontram-se pedidos para pesquisa, licença ou concessão de lavras que vão desde calcário
até minérios nobres como níquel, prata e ouro.
O DNPM concedeu 422 autorizações para pesquisas minerais na região, sendo que 112 já tiveram
autorizadas as extrações de minérios. O Estado de S. Paulo, 01/07/2013. Adaptado.
Essa exploração poderá afetar o meio físico e a ocupação humana tradicional dessa região, caso regras
de controle não sejam rigorosamente estabelecidas e cumpridas. Assinale a alternativa que indica as
áreas onde interferências negativas poderão ocorrer.
3. -de-açúcar é outra monocultura que tem se expandido nos Cerrados mato-grossenses,
apresentando níveis crescentes de área plantada e produção. O produto é absorvido no próprio Estado
(MORENO, Gislaene; HIGA, Tereza Cristina Souza (Orgs.). Geografia de Mato Grosso: território, sociedade, ambiente. Cuiabá:
Entrelinhas, 2005. p. 154-155.)
Com base nos seus conhecimentos acerca do assunto tratado no texto acima, assinale a alternativa
correta:
a) Das indústrias sucroalcooleiras mato-grossenses, destaca-se a usina Itamarati, com sede em Barra
do Bugres. Essa usina opera em toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar, dispõe de instalações
modernas e utiliza-se de tecnologia de ponta, desde o plantio até a transformação final da
matéria-prima em álcool e açúcar.
b) O plantio da cana-de-açúcar é feito, geralmente, nos meses de abril e maio e a colheita de
setembro a dezembro. Em Mato Grosso, como grande parte da produção ainda não é
mecanizada, predomina nesse tipo de cultivo o trabalho braçal da mão-de-obra volante, ou seja,
contratada temporariamente pelas empresas, através de empreiteiros ou agenciadores,
c) A cultura da cana-de-açúcar, para evitar a erosão do solo em terrenos inclinados, é cultivada ao
longo dos vales fluviais.
d) ata
trabalhadores braçais como mão-de-obra para fazendas ou projetos agropecuários.
e) Embora a cana-de-açúcar tenha sido introduzida, primeiramente, na capitania de São Vicente
(litoral de São Paulo), foi na Zona da Mata do nordeste do Brasil faixa litorânea que se estende
do Rio Grande do Norte até o sul da Bahia que sua cultura e transformação (industrialização)
em açúcar prosperaram, nos séculos XVI e XVII.
G
eo
.
4. "- (...) E aquela fumaceira que estou vendo lá, vovó? Dona Benta suspirou: - É a queima de café, minha
filha... Produzir para destruir é o maior dos absurdos... Já foram queimados 35 milhões de sacas. As
queimas chegaram a 82 milhões de sacas. Para dar uma idéia do que isso representa basta pensar que
35 milhões de sacas formam uma pilha de 40 por 40 metros, muito mais alta que o Pão de Açúcar..." (Monteiro Lobato, GEOGRAFIA DE DONA BENTA)
O texto refere-se a uma determinada política cafeeira adotada face à crise econômica de 1929.
a) Qual foi a primeira área paulista produtora de café a partir da qual as plantações se alastraram pelo
Estado de São Paulo?
b) Qual a região deste Estado que não se caracterizou pelo plantio de café?
c) Quem promoveu essa política de defesa da cafeicultura e qual a consequência dessa política para a
sociedade?
5. Em 1985, o Estado de São Paulo figurava como o principal produtor da cana-de-açúcar no Brasil
(48,76% do total nacional). Esta cultura ocupa extensas áreas do território paulista.
a) Aponte dois problemas ambientais decorrentes desta cultura.
b) Explique de que forma eles ocorrem.
6. Cite três condições, criadas pela cafeicultura, que favoreceram a concentração industrial em São
Paulo.
G
eo
.
GABARITO
Exercícios de aula
1. b
O corte representado na figura indica a planície litorânea, onde se acumula turismo. Além disso temos a
presença de serras e planaltos onde acontece reflorestamento e também a atividade pioneira da
agricultura paulista que é a cana de açúcar e também pecuária no planalto meridional.
2. e
A plantação de cana de açúcar em larga escala acontece pela demanda de produção de biocombustíveis
e São Paulo se insere nesse contexto como maior produtor brasileiro de cana e álcool, abastecendo o
mercado interno e o exterior. A expansão desse serviço acontece para o oeste do estado e afeta a
produção de alimentos.
3. b
A agricultura do sul também acontece em larga escala, sendo cultivado milho, feijão, batata, frutas, fumo
e também monoculturas de soja, trigo, arroz e cana.
4. a
São Paulo é um grande produtor, não somente de cana de açúcar mas também de laranja, como
podemos observar no primeiro mapa e também de cereais e grãos como o feijão.
Exercícios de casa
1. a
O trabalho escravo permanece como uma realidade presente no Brasil atual. Em São Paulo, a exploração
industrial, tanto no ambiente agrícola quanto no urbano tem sido uma constante que embasa a economia
e agrupa imigrantes para essas funções.
2. e
Para acertar a questão, é necessário o conhecimento geomorfológico da formação paulista. Muitas
comunidades quilombolas são afetadas pela mineração.
3. e
São Paulo possui extensas monoculturas de cana de açúcar mais direcionadas a produção de
combustível.
4.
a) Vale do Paraíba.
b) Vale do Ribeira localizado ao sul do estado.
c) A política de Café com Leite gerou uma enorme contração de dívida por parte do estado de São Paulo
afim de assegurar seu próprio crescimento.
5.
a) Erosão dos solos e poluição das águas.
b) A própria plantação extensiva desgasta o solo assim como o peso dos tratores e derramamento dos
dejetos da cana na água.
6. Os três fatores que podem ser citados são migração da mão-de-obra para a indústria, a formação de
centros financeiros e consequente concentração de capital.
A Inglaterra foi a principal patrocinadora das independências da América Latina, com exceção do Haiti, a
grande potência influenciou muito na América Latina nos anos independêntes.
L
it.
Revisão: Exercícios de
aprofundamento
08
jun
EXERCÍCIOS
1. O rumor crescia, condensando se; o zunzum de todos os dias acentuava se; já se não destacavam
vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras
na venda; ensarilhavam se* discussões e rezingas**; ouviam se gargalhadas e pragas; já se não falava,
gritava se. Sentia se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que
mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante
satisfação de respirar sobre a terra. Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham como
formigas; fazendo compras. Duas janelas do Miranda abriram se. Apareceu numa a Isaura, que se
dispunha a começar a limpeza da casa. Nhá Dunga! gritou ela para baixo, a sacudir um pano de mesa;
se você tem cuscuz de milho hoje, bata na porta, ouviu? Aluísio Azevedo, O cortiço.
* ensarilhar se: emaranhar se.
** rezinga: resmungo
Uma características do Naturalismo presente no texto é:
a) forte apelo aos sentidos.
b) idealização do espaço.
c) exaltação da natureza.
d) realce de aspectos raciais.
e) ênfase nas individualidades.
2. O romance Memórias póstumas de Brás Cubas é considerado um divisor de águas tanto na obra de
Machado de Assis quanto na literatura brasileira do século XIX. Indique a alternativa em que todas as
características mencionadas podem ser adequadamente atribuídas ao romance em questão.
a) Rejeição dos valores românticos, narrativa linear e fluente de um defunto autor, visão pessimista
em relação aos problemas sociais.
b) Distanciamento do determinismo científico, cultivo do humor e digressões sobre banalidades,
visão reformadora das mazelas sociais.
c) Abandono das idealizações românticas, uso de técnicas pouco usuais de narrativa, sugestão
implícita de contradições sociais.
d) Crítica do realismo literário, narração iniciada com a morte do narrador-personagem, tematização
de conflitos sociais.
3. Leia, a seguir, o comentário crítico sobre o romance O Ateneu, de Raul Pompeia, e o fragmento
extraído da obra.
Acumulam-se situações e experiências, como reflexos de caracteres e intenções, selecionados e
comunicados do ponto de vista subjetivo do autor-personagem. Assim, a memória evocadora sofre
contínuas interferências subconscientes, de forma a substituir a noção de tempo objetivo pela duração
interior e ir de encontro aos processos realistas então frequentes de abordagem ou observação da
vida. O ângulo de visão do mundo ou da realidade é essencialmente subjetivo, impondo-se como o
principal elemento de unidade da obra. Domina nela a presença de Sérgio adolescente sob a vigilância
esclarecedora de Sérgio adulto, na pessoa do romancista, pelo que se pode falar em autor-
personagem. Essa correlação se impõe pela necessidade imperiosa de reconquistar o equilíbrio da
experiência passada, mas que continua a atuar no presente de maneira opressiva. (CANDIDO, A.; CASTELLO, J. A. Presença da Literatura Brasileira: história e antologia. I Das origens ao realismo. 5.ed.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992. p.349-350.)
L
it.
Aludi várias vezes ao revestimento exterior de divindade com que se apresentava habitualmente
Aristarco. Era um manto transparente, da natureza daquele tecido leve de brisas trançadas de Gautier,
manto sobrenatural que Aristarco passava aos ombros, revelando do estofo nada mais que o predicado
de majestade, geralmente estranho à indústria pouco abstrata dos tecelões e à trama concreta das
lançadeiras. Ninguém conseguia tocar com o dedo a misteriosa púrpura. Sentia-se, porém, o influxo
da realeza impalpável. Assim é que um simples olhar do diretor imobilizava o colégio fulminantemente,
como se levasse no brilho ameaças de todo um despotismo cruento. (POMPEIA, R. O Ateneu. 4.ed. São Paulo: Martin Claret, 2013. cap.4. p.69-70.)
Com base na leitura do fragmento crítico e do trecho destacado da obra, explique a correlação entre
Sérgio adolescente e Sérgio adulto.
Observe este quadro para responder ao que se pede nas próximas questões:
4.
XXIV
O Parlamento vive na idade de ouro. Vive nas idades inocentes em que se colocam as lendas do
Paraíso quando o mal ainda não existia, quando Caim era um bom rapaz, quando os tigres passeavam
docemente par a par com os cordeiros, quando ninguém tinha tido o cavalheirismo de inventar a palavra
calúnia! e a palavra mente! não atraía a bofetada!
Senão vejam! Todos os dias aqueles ilustres deputados se dizem uns aos outros: É falso! É mentira! E
não se esbofeteiam, não se enviam duas balas! Piedosa inocência! Cordura1 evangélica! É um Parlamento
educado por S. Francisco de Sales!
O ilustre deputado mente!
Ah, minto? Pois bem, apelo...
Cuidam que apela para o espalmado da sua mão direita ou para a elasticidade da sua bengala? Não,
meus caros senhores, apela para o País!
Quanta elevação cristã num diploma de deputado! Quando um homem leva em pleno peito, diante
de duzentas pessoas que ouvem e de mil que leem, este rude encontrão: É falso! e diz com uma terna
brandura: Pois bem, apelo para o País! este homem é um santo! Não entrará decerto nunca no Jockey-
Club, donde a mansidão é excluída, mas entrará no reino do Céu, onde a humildade é glorificada.
É uma escola de humildade este Parlamento! Nunca em parte nenhuma, como ali, o insulto foi
recebido com tão curvada paciência, o desmentido acolhido com tão sentida resignação! Sublime curso
de caridade cristã. E veremos os tempos em que um senhor deputado, esbofeteado em pleno e claro
L
it.
Chiado2 , dirá modestamente ao agressor, mostrando o seu diploma:
(Eça de Queirós. Uma campanha alegre. Agosto, 1871.)
1 cordura: sensatez, prudência.
2 Chiado: um bairro tradicional de Lisboa e importante área cultural em meados do século XIX.
Indique a semelhança e a diferença entre a tira de Ciça e a crônica de Eça de Queirós, no que diz
respeito aos alvos da crítica que fazem, e identifique a intenção dessa crítica nos dois textos.
5. Em O cortiço, do escritor naturalista Aluísio Azevedo, livro publicado apenas três anos antes da
meio brasileiro, estendendo a tudo e a todos sua influência determinante. Essa mesma preeminência
do sol se manifesta na composição do quadro de Almeida Júnior, também ele, em sua medida,
tributário das teorias naturalistas? Justifique sua resposta, exemplificando com o tratamento dado à
cor e à luz, no referido quadro.
6. Um crítico de arte* que analisou o quadro em questão, estudando inclusive suas relações com o
e de se
2005.
Considere o excerto em que Araripe Júnior, crítico associado ao Naturalismo, refere-
O estilo, nesta terra, é como o sumo da pinha, que, quando viça, lasca, deforma-se, e, pelas fendas
irregulares, poreja o mel dulcíssimo, que as aves vêm beijar; ou como o ácido do ananás do Amazonas, que
desespera de sabor, deixando a língua a verter sangue, picada e dolorida.
7. compartilha com o Naturalismo um postulado fundamental. Qual é esse postulado? Explique
resumidamente.
8. As características de estilo sugeridas pelo crítico, no excerto, aplicam-se ao romance O cortiço, de
Aluísio Azevedo? Justifique sucintamente sua resposta.
9. CAPÍTULO II
O EMPLASTO
Com efeito, um dia de manhã, estando a passear na chácara, pendurou-se-me uma ideia no trapézio que
eu tinha no cérebro. Uma vez pendurada, entrou a bracejar, a pernear, a fazer as mais arrojadas cabriolas
de volatim que é possível crer. Eu deixeime estar a contemplá-la. Súbito, deu um grande salto, estendeu
os braços e as pernas, até tomar a forma de um X: decifra-me ou devoro-te. Essa ideia era nada menos
que a invenção de um medicamento sublime, um emplastro anti-hipocondríaco, destinado a aliviar a
L
it.
nossa melancólica humanidade. Na petição de privilégio que então redigi, chamei a atenção do governo
para esse resultado, verdadeiramente cristão. Todavia, não neguei aos amigos as vantagens pecuniárias
que deviam resultar da distribuição de um produto de tamanhos e tão profundos efeitos. Agora, porém,
que estou cá do outro lado da vida, posso confessar tudo: o que me influiu principalmente foi o gosto
de ver impressas nos jornais, mostradores, folhetos, esquinas, e enfim nas caixinhas do remédio, estas
três palavras: Emplasto Brás Cubas. Para que negá- lo? Eu tinha a paixão do arruído, do cartaz, do foguete
de lágrimas. Talvez os modestos me argúam esse defeito; fio, porém, que esse talento me hão de
reconhecer os hábeis. Assim, a minha ideia trazia duas faces, como as medalhas, uma virada para o
público, outra para mim. De um lado, filantropia e lucro; de outro lado, sede de nomeada. Digamos:
amor da glória. Um tio meu, cônego de prebenda inteira, costumava dizer que o amor da glória temporal
era a perdição das almas, que só devem cobiçar a glória eterna. Ao que retorquia outro tio, oficial de um
dos antigos terços de infantaria, que o amor da glória era a coisa mais verdadeiramente humana que há
no homem, e, conseguintemente, a sua mais genuína feição. Decida o leitor entre o militar e o cônego;
eu volto ao emplasto.
ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Em relação ao discurso do narrador, no capítulo II, predomina:
a) a ironia.
b) a melancolia.
c) o pessimismo.
d) o tradicionalismo.
e) o naturalismo.
10. Junto dela pôs-se a trabalhar a Leocádia, mulher de um ferreiro chamado Bruno, portuguesa pequena
e socada, de carnes duras, com uma fama terrível de leviana entre suas vizinhas.
Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem respeitavam todos pelas virtudes de que só
ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias. Era extremamente
feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta, como dentes
de cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-
Depois seguiam-se a Marciana e mais a sua filha Florinda. A primeira, mulata antiga, muito séria e
asseada em exagero: a sua casa estava sempre úmida das consecutivas lavagens. Em lhe apanhando o
mau humor punha-se logo a espanar, a varrer febrilmente, e, quando a raiva era grande, corria a buscar
um balde de água e descarregava-o com fúria pelo chão da sala. A filha tinha quinze anos, a pele de
um moreno quente, beiços sensuais, bonitos dentes, olhos luxuriosos de macaca. Toda ela estava a
pedir homem, mas sustentava ainda a sua virgindade e não cedia, nem à mão de Deus Padre, aos rogos
de João Romão, que a desejava apanhar a troco de pequenas concessões na medida e no peso das
compras que Florinda fazia diariamente à venda. (O cortiço, 2007.)
Uma relação correta entre o trecho apresentado e o movimento literário em que O cortiço está
inserido é:
a) a referência cuidadosa e delicada à sexualidade dos personagens é parte de um esforço, típico
do Realismo, para apresentar o ser humano em sua totalidade sem sobrecarregar um de seus
aspectos.
b) a caracterização dos personagens como indivíduos únicos e isolados da coletividade, deixando
em segundo plano suas relações sociais, é um traço típico do Naturalismo.
c) a preferência dos personagens pela razão e seu desprezo pela fé, em uma estratégia para valorizar
a ciência e a objetividade e desvalorizar a religião, são características do Realismo.
d) a valorização da vida perto da natureza, com personagens que abrem mão dos métodos e dos
objetos frutos da tecnologia para se ligarem à tranquilidade de uma vida sem máquinas, é uma
característica do Naturalismo.
e) a descrição das características vulgares dos personagens e a frequente associação entre homens
e animais, que ajudam a estabelecer uma concepção biológica do mundo, são características do
Naturalismo.
L
it.
11. Uma cidade como Paris, Zé Fernandes, precisa ter cortesãs de grande pompa e grande *fausto. Ora
para montar em Paris, nesta tremenda carestia de Paris, uma *cocotte com os seus vestidos, os seus
diamantes, os seus cavalos, os seus lacaios, os seus camarotes, as suas festas, o seu palacete (...), é
necessário que se agremiem umas poucas de fortunas, se forme um sindicato! Somos uns sete, no
Clube. Eu pago um bocado.... Eça de Queirós, A Cidade e as Serras. São Paulo: Ateliê Editorial, 2011, p. 94.)
*cocotte: mulher de hábitos libertinos e vida luxuosa; meretriz.
*fausto: luxo.
Uma descrição pode ter um efeito argumentativo. Que trecho descritivo do texto reforça a imagem da
vida luxuosa das cortesãs na Paris da época (fim do século XIX)?
Leia o fragmento a seguir e responda às questões 12 e 13:
O melro veio com efeito às três horas. Luísa estava na sala, ao piano.
Está ali o sujeito do costume foi dizer Juliana.
Luísa voltou-se corada, escandalizada da expressão:
Ah! meu primo Basílio? Mande entrar.
E chamando-a:
Ouça, se vier o Sr. Sebastião, ou alguém, que entre.
Era o primo! O sujeito, as suas visitas perderam de repente para ela todo o interesse picante. A sua
malícia cheia, enfunada até aí, caiu, engelhou-se como uma vela a que falta o vento. Ora, adeus! Era o primo!
Subiu à cozinha, devagar, lograda.
Temos grande novidade, Sr.ª Joana! O tal peralta é primo. Diz que é o primo Basílio.
E com um risinho:
É o Basílio! Ora o Basílio! Sai-nos primo à última hora! O diabo tem graça!
Então que havia de o homem ser se não parente? observou Joana.
Juliana não respondeu. Quis saber se estava o ferro pronto, que tinha uma carga de roupa para passar!
E sentou-se à janela, esperando. O céu baixo e pardo pesava, carregado de eletricidade; às vezes uma aragem
súbita e fina punha nas folhagens dos quintais um arrepio trêmulo.
É o primo! refletia ela. E só vem então quando o marido se vai. Boa! E fica-se toda no ar
quando ele sai; e é roupa-branca e mais roupa-branca, e roupão novo, e tipoia para o passeio, e suspiros
e olheiras! Boa bêbeda! Tudo fica na família!
Os olhos luziam-
estava pronto?
Mas a campainha, embaixo, tocou. (Eça de Queirós. O primo Basílio, 1993.)
12. A leitura do parágrafo em negrito permite concluir que as reflexões de Juliana são pautadas
a) pelo inconformismo com os encontros, que lhe representam mais afazeres.
b) pela falta de interesse que tem de se ocupar dos afazeres domésticos.
c) pelo ressentimento que experimenta, por não receber a atenção desejada.
d) pela insatisfação de contemplar o bem-estar da família.
e) pelo descaso que revela ter em relação a Luísa e aos seus familiares.
13. A leitura do trecho de O primo Basílio, em seu conjunto, permite concluir corretamente que essa obra:
a) expõe a sociedade portuguesa da época para recuperar a tradição e os vínculos sociais.
b) traz as relações humanas de forma idealista, ainda que recupere a ideologia vigente.
c) retrata a sociedade portuguesa da época de forma romântica e idealizada.
d) faz explicitamente a defesa das instituições sociais, como a família.
e) faz um retrato crítico da sociedade portuguesa da época, exibindo os seus costumes.
L
it.
14. Capítulo LIV - A pêndula
Saí dali a saborear o beijo. Não pude dormir; estirei-me na cama, é certo, mas foi o mesmo que nada.
Ouvi as horas todas da noite. Usualmente, quando eu perdia o sono, o bater da pêndula fazia-me muito
mal; esse tic-tac soturno, vagaroso e seco, parecia dizer a cada golpe que eu ia ter um instante menos
de vida. Imaginava então um velho diabo, sentado entre dous sacos, o da vida e o da morte, a tirar as
moedas da vida para dá-las à morte, e a contá-las assim:
-- Outra de menos...
-- Outra de menos...
-- Outra de menos...
-- Outra de menos...
O mais singular é que, se o relógio parava, eu dava-lhe corda, para que ele não deixasse de bater
nunca, e eu pudesse contar todos os meus instantes perdidos. Invenções há, que se transformam ou
acabam; as mesmas instituições morrem; o relógio é definitivo e perpétuo. O derradeiro homem, ao
despedir-se do sol frio e gasto, há-de ter um relógio na algibeira, para saber a hora exacta em que
morre. Naquela noite não padeci essa triste sensação de enfado, mas outra, e deleitosa. As fantasias
tumultuavam-me cá dentro, vinham umas sobre outras, à semelhança de devotas que se abalroam para
ver o anjo-cantor das procissões. Não ouvia os instantes perdidos, mas os minutos ganhados. ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992 (fragmento).
O capítulo apresenta o instante em que Brás Cubas revive a sensação do beijo trocado com Virgília,
casada com Lobo Neves. Nesse contexto, a metáfora do relógio desconstrói certos paradigmas
românticos, porque
a) o narrador e Virgília não têm percepção do tempo em seus encontros adúlteros.
b)
c) na contagem das horas, o narrador metaforiza o desejo de triunfar e acumular riquezas.
d) o relógio representa a materialização do tempo e redireciona o comportamento idealista de Brás
Cubas.
e) o narrador compara a duração do sabor do beijo à perpetuidade do relógio.
15. Eça de Queirós afirmava:
para nos conhecermos, para que saibamos se somos verdadeiros ou falsos, para condenar o que houver
Para realizar essa proposta literária, quais os recursos utilizados no discurso realista? Selecione-os na
relação abaixo e depois assinale a alternativa que os contém:
1- Preocupação revolucionária, atitude de crítica e de combate;
2- Imaginação criadora;
3- Personagens fruto da observação; tipos concretos e vivos;
4- Linguagem natural, sem rebuscamentos;
5- Preocupação com mensagem que revela concepção materialista do homem;
6- Senso de mistério;
7- Retorno ao passado;
8- Determinismo biológico ou social.
a) 1, 2, 3, 5, 7, 8
b) 1, 3, 4, 5, 8.
c) 2, 3, 4, 6, 7.
d) 3, 4, 5, 6, 8.
e) 2, 3, 4, 5, 8.
L
it.
QUESTÃO CONTEXTO
Uma das maiores surpresas da temporada nos Estados Unidos, Get Out é uma adaptação para os
cinemas da frase: "eu não sou racista, eu até tenho amigos negros". Todo mundo já testemunhou, seja
pessoalmente ou em discussões nas redes sociais, a pessoas justificando comentários ou
comportamentos racistas com esta frase. E o filme é sobre isso. Mas não só.
Obviamente, não é uma adaptação oficial, mas busca sim transmitir o espírito de tal sentença. A trama
gira em torno de um casal interracial formado por Chris (Daniel Kaluuya) e Rose (Allison Williams). Ele é
um jovem negro, ela uma garota branca de uma família tradicional. Os dois aproveitam um final de
semana para viajar ao interior para que o sujeito seja apresentado à família dela.
Daniel Kaluuya está bem na pele de Chris. Ele consegue passar bem a sensação de estranhamento e
nervosismo. Allison Williams surge como uma versão bem parecida de sua Marnie, em Girls, embora mais
simpática e menos egocêntrica. Bradley Whitford vive o pai de Rose, enquanto a sempre ótima Catherine
Keener interpreta a mãe.
Um filme divertido e que ainda faz pensar ao tratar da questão racial de forma completamente
inusitada e quase que subversiva. (Fragmento) http://www.adorocinema.com/filmes/filme-241160/criticas-adorocinema/
características do Realismo. Identifique por meio do texto quais são essas características.
L
it.
GABARITO
Exercícios
1. a
- -
2. c
O livro Memórias póstumas de Brás Cubas inaugura o Realismo no Brasil com a quebra da idealização
romântica (sobretudo nas personagens femininas), profundas e recorrentes digressões e julgamentos
sobre os papéis sociais que o indivíduo pode assumir (como ocorre com Prudêncio), sugerindo
contradições de posição de poder.
3. -personagem, conforme aponta o
fragmento crítico, aparece nitidamente conduzindo a narração. Contudo, é possível perceber a presença
do Sérgio adolescente ao descrever o impacto que a imagem do diretor, comparada à de uma majestade,
causava aos rapazes
a correlação entre Sérgio adolescente, cujo ponto de vista é derivado das impressões causadas pelo
os.
4. A crítica expressa na tira de Ciça e na crônica de Eça de Queirós tem o mesmo alvo: parlamentares que
legislam em benefício próprio sem se preocuparem em resolver situações prementes que afetam a maior
parte da população. Na tira, por meio da linguagem verbal e não verbal, é o povo que critica os
parlamentares fisiológicos, já no texto, em linguagem verbal, essa denúncia é feita pelo próprio Eça de
Queirós.
5. Sim, o sol se apresenta como o definidor do meio brasileiro, tanto em O cortiço quanto no quadro de
branco, se estendem por toda a tela, conduzidas pela forte presença da iluminação solar de quase toda
a cena. As zonas de sombra, mais escassas, produzem o contraste e realçam a dominância da luz
6. O meio, embora de presença impositiva, não esmaga o caipira, que se apresenta calmo, resistente e
senhor de si. Os sinais de rusticidade e de pobreza não são deprimentes nem contristadores, mas, antes,
característicos e não problemáticos, observados com intimidade e desvelo.
7. O postulado referido é o apego à terra, ou determinismo pelo meio, que recebe no Brasil uma conotação
tropical, cheia de brasilidade, focando a intensidade dos instintos, tanto para o prazer quanto para a dor.
8. As características sugeridas aplicam-se ao romance O cortiço na medida em que se pode observar tais
traços na construção das personagens, seja na sensualidade excessiva e tropical de Rita Baiana, seja no
toda a obra.
9. a
Esse capítulo não se distingue do tom do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, apresentando um forte
-se alguém
memorável, digno de memórias, que busca criar um medicamento com a intenção de obter lucro e
glória, ao invés de querer de fato ajudar no avanço da saúde.
L
it.
10. e
ura naturalista.
11.
camarotes, as suas festas, o seu palacete (...), trata-se de uma descrição que pretende comprovar que
para viver em Paris era preciso ter muito dinheiro para acompanhar as necessidades superficiais de
homens com fortuna que não precisavam trabalhar para sobreviver.
12. a
No parágrafo em questão, a empregada Juliana reclama de que a patroa passou a passear mais, a usar
doméstica mais para lavar e engomar.
13. e
O trecho apresenta o estilo de vida da empregada insatisfeita e rancorosa, atolada em tarefas
domésticas em contraste com o da patroa entregue ao ócio e à fruição dos prazeres. Configura-se
aqui a representação metonímica de um contexto de oposição de classes. O fragmento também expõe
a iminência de um adultério (que por fim se realiza), que Eça de Queirós entendeu como fruto da
defeituosa educação romântica à qual estaria submetida a mulher burguesa ibérica no século XIX. Assim,
O Primo Basílio funciona como um romance que compõe um retrato crítico da sociedade da época.
14. d
A descrição das batidas do relógio no fragmento apresentado desconstrói certos paradigmas românticos
porque demonstra a preocupação com o tempo e sua materialização, redirecionando bruscamente o
comportamento idealista e sonhador de Brás Cubas, que se penaliza e sofre com o passar das horas e
instantes a menos de vida e, consequentemente, de amor.
15. b
Entre as informações analisadas, os únicos itens que não condizem com a estética realista são os números
2, 6 e 7. Uma das principais características do Realismo é o objetivismo e o compromisso com a realidade,
desvinculando-se da imaginação e do senso de mistério. Ademais, como o realismo busca retratar as
relações sociais do presente, o retorno ao passado seria incoerente ao movimento literário.
Questão Contexto
Por ser um filme, a narrativa é detalhada e descritiva e possui o ambiente social e cenários urbanos como
plano de fundo do enredo, além disso, apresenta críticas à realidade e à sociedade, além de produzir uma
análise psicológica dos personagens.
M
at.
Circunferência 06
jun
RESUMO
EXERCÍCIOS
1. A reta s passa pelo ponto (0,3) e é perpendicular à reta AB onde A=(0,0) e B é o centro da circunferência
x2+y2-2x-4y=20. Então a equação de s é: a) x- 2y = - 6 b) x + 2y = 6 c) x + y = 3 d) y - x = 3 e) 2x + y = 6
2. A reta y = mx (m>0) é tangente à circunferência (x-4)2+y2=4. Determine o seno do ângulo que a reta
forma com o eixo x. a) 1/5. b) 1/2. c) (3)/2. d) (2)/2. e) 5.
3.
a) Identifique as circunferências de equações x2+y2=x e x2+y2=y, calculando o raio e o centro das
mesmas. Esboce seus gráficos. b) Determine os pontos de intersecção dessas circunferências e mostre que as retas a elas tangentes
em cada um desses pontos são perpendiculares entre si.
M
at.
4. Uma circunferência de raio 2, localizada no primeiro quadrante, tangencia o eixo x e a reta de equação
4x-3y=0. Então a abscissa do centro dessa circunferência é: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
5.
a) As extremidades de um diâmetro de uma circunferência são (-3,1) e (5,-5). Determine a equação
da circunferência.
b) Determine a equação da circunferência que passa pelo ponto (9, 3) e que é tangente às retas y=0
e y=3x.
6. O segmento AB é diâmetro da circunferência de equação x2 + y2=10y. Se A é o ponto (3,1), então B é
o ponto a) (-3, 9) b) (3, 9) c) (0, 10) d) (-3, 1) e) (1, 3)
7. Considere as circunferências que passam pelos pontos (0, 0) e (2, 0) e que são tangentes à reta y=x+2. a) Determine as coordenadas dos centros dessas circunferências. b) Determine os raios dessas circunferências.
3. A equaçãox2 + y2+ 4x - 6y + m = 0 representa um círculo se e somente se: a) m > 0 b) m < 0 c) m > 13 d) m > -13 e) m < 13
8. O comprimento da corda que a reta y = x determina na circunferência de equação (x+2)2 + (y-
2)2=16 é a) 4. b) 42. c) 2. d) 22. e) 2.
9. Considere o quadrado de lados paralelos aos eixos coordenados e circunscrito à circunferência de
equação: x2 + y2 - 6x - 4y + 12 = 0
Determine as equações das retas que contêm as diagonais desse quadrado.
M
at.
GABARITO
Exercícios
1. s: y = msx + q e P(0,3) ∈ s
3 = q s: y = msx + 3 Fazendo para a outra reta temos: r: y = mrx + q e A(0,0) ∈ r q = 0 r: y = mrx B é centro de x2+y2-2x-4y=20 Método de completando quadrados temos a equação da circunferência (x-1)2+(y-2)2=52 Logo B(1,2) e r: y = mrx r: 2 = mr Como são perpendiculares mr.ms=-1 e ms=-12 s: y = -12x + 3 x(2) x + 2y = 6
2. C(-4,0) e r = 2
y =mx é tangente, então a distancia do ponto de tangencia ao centro é 2.
E o raio do centro ao ponto de tangencia é perpendicular a reta. Temos o triângulo retângulo formado pelos pontos (0,0),(-4,0),(x,y) onde (x,y) é o ponto de interseção
da reta e a circunferência, o ângulo agudo desse triângulo é igual ao ângulo que a reta faz com o eixo X,
logo temos que senα=2/4 = ½.
3.
a)
x2+y2=x (x-12)2+(y-0)2=(12)2
C1(12, 0) e r = 12
x2+y2=y (x-0)2+(y-12)2=(12)2
C2(0,12) e r = 12
b) x2+y2-x=x2+y2-y
x=y Um ponto de intersecção é (0,0) e as retas tangentes às respectivas circunferências por este ponto são
x = 0 e y = 0, que são perpendiculares. O outro ponto de intersecção é (1/2, 1/2) e as retas tangentes às
respectivas circunferências por este ponto são y = 1/2 e x = 1/2 que são perpendiculares.
M
at.
4. Seja C (a; b) o centro da circunferência de raio 2 localizada no 1º quadrante.
I) A circunferência tangencia o eixo x, então, b = 2 II) A circunferência tangencia a reta 4 x 3 y = 0, então:
5.
a) O centro C da circunferência é o ponto médio do diâmetro cujas extremidades são (-3,1) e (5,-5), logo
C(1,-2).
O raio é a distância entre o centro um ponto da circunferência, logo r = 5. Portanto a equação da circunferência é (x-1)2+(y+2)2=25. b) Temos a seguinte situação:
M
at.
6. O centro da circunferência é o ponto médio do diâmetro. Considerando B = (x, y), temos:
7.
8.
9.
P
or.
O verbo e seus complementos 05
jun
RESUMO
Verbos Os verbos são palavras que exprimem ações, introduzem estados ou representam fenômenos da natureza. São variáveis em pessoa, número, tempo, modo e voz. Ex.: João caminha lentamente. (ação) Maria permanece doente. (estado) Choveu pela manhã. (fenômeno da natureza)
Existem, também, as locuções verbais, formadas por um verbo auxiliar e um verbo principal. O verbo auxiliar é aquele que é conjugado, e o principal é o que fica na forma nominal (infinitivo, gerúndio
ou particípio). Ex.: Ele vai sair mais tarde. Estou telefonando há tempos. Queria que João tivesse comprado os ingressos.
Complementos verbais Os complementos verbais, como o próprio nome já diz, completam o sentido de verbos transitivos. Eles
podem ser diretos, quando se ligam ao verbo sem necessidade de preposição; e indiretos, quando se
conectam ao verbo com o auxílio de preposição.
1. Objeto direto - completa um verbo transitivo (sem preposição obrigatória): Vais encontrar o mundo
(=vais encontrá-lo). Quero que tudo vá para o inferno.
Semanticamente, o objeto direto pode representar: • Quem sofre ou recebe a ação do verbo: O diretor elogiou o professor.
• O resultado da ação: Ele executou a obra.
• Aquilo para onde se dirige um sentimento: Ela ama o companheiro.
• O espaço percorrido ou o objetivo final: Atravessei o lago. Subi a montanha.
2. Objeto indireto - Complemento preposicionado de um verbo.
• O que recebe a ação: Responder à questão.
• A pessoa ou coisa em cujo benefício ou não se pratica a ação: Trabalho para o aluno.
Dica: Sempre pergunte ao verbo, que ele irá te dizer se seu complemento precisa ou não de preposição.
Exemplo 1: Gosto de escrever. Verbo: Gostar. Pergunta: Quem gosta, gosta d
Temos um VTI e um OI. Exemplo 2: A menina trouxe água. Verbo: Trazer. Pergunta: Quem traz, traz alguma coisa? Notou que a
preposição não se fez necessária? Temos um VTD e um OD.
Função do objeto pleonástico
Sempre que haja necessidade expressiva de reforço, de ênfase, pode um termo vir repetido. Essa reiteração
recebe o nome de pleonasmo, e ocorre principalmente com o objeto direto, o objeto indireto e o predicativo
do sujeito.
P
or.
Para que isso aconteça, duas condições precisam ser respeitadas: 1. O termo que se tornará pleonástico ficará
no início da frase. 2. a seguir, repete-se o termo sob forma de pronome pessoal (no objeto direto ou indireto)
e sob forma de pronome demonstrativo se for predicativo do sujeito com verbo de ligação.
Observe: Este carro comprei hoje. / Este carro comprei-o hoje. Não obedeço ao professor. / Ao professor não lhe obedeço. Ele não me viu. / A mim ele não me viu. O menino que veio comigo / mandei-o voltar.
Razões para o objeto direto preposicionado
Às vezes, preposiciona-se o objeto direto, seja por clareza, por eufonia (evitar sons desagradáveis ao
ouvido) ou por ênfase.
Por clareza, ou seja, para evitar confusão de sentido: a. Ao Palmeiras o Guarani venceu: evitar confundir o sujeito com o O.D. Ordem direta: O Guarani
venceu o Palmeiras.
b. Estimo-o como a um pai. (em expressões comparativas)
Por ênfase, a. Estimo a meus alunos
b. Estranhamos a todos. Atingi a ambos. Castiguei a Marcio.
Outros casos: a. Com o pronome relativo quem: Refiro-me à pessoa a quem conheces.
b. Com pronome oblíquo tônico: Nem ela entende a mim, nem eu a ela.
c. Com sujeito indeterminado: Adora-se às mulheres..
d.
(Adaptado- fonte: RIBEIRO, Manoel P. Nova Gramática Aplicada da Língua Portuguesa.)
EXERCÍCIOS DE AULA
1. OLHOS DE RESSACA Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o
desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas.
Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali.
A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão
apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas... As minhas
cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que
estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha
também. Momentos houve que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto
nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar
também o nadador da manhã.
(Machado de Assis)
Só um destes verbos é transitivo direto, ao lado do qual aparece o objeto direto: a) chegou a hora da encomendação. b) a confusão era geral. c) lhe saltassem algumas lágrimas. d) Capitu enxugou-as. e) as minhas cessaram logo.
P
or.
-
2. "O professor usava paletó curto demais". A Língua conhece o objeto direto pleonástico: a) Ao paletó curto demais usava o professor b) Paletó curto demais usava o professor c) Paletó curto demais usava-o o professor d) Paletó curto demais era usado pelo professor e) O professor - ele mesmo - usava paletó curto demais
-
3. (...) "Do Pantanal, corra até Bonito, onde um mundo de águas cristalinas faz tudo parecer um imenso
aquário." (O Estado de São Paulo) Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação dos verbos do período acima, quanto à sua
predicação. a) intransitivo - transitivo direto - de ligação b) transitivo indireto - transitivo direto - de ligação c) intransitivo - transitivo direto - transitivo direto d) transitivo indireto - transitivo direto - transitivo direto e) intransitivo - intransitivo - intransitivo
4. Assinale a alternativa em que, pelo menos, um verbo esteja sendo usado como transitivo direto. a) Dependeu o coveiro de alguém que rezasse. b) Oremos, irmãos! c) Chega o primeiro raio da manhã. d) Loureiro escolheu-nos como padrinhos. e) Contava com o auxílio de Marina para cuidar do evento.
5. BAILADO RUSSO
Guilherme de Almeida
A mão firme e ligeira puxou com força a fieira: e o pião fez uma elipse tonta no ar e fincou a ponta no chão.
É o pião com sete listas de cores imprevistas. Porém, nas suas voltas doudas, não mostra as cores todas que tem:
- fica todo cinzento, no ardente movimento... E até parece estar parado, teso, paralisado, de pé.
P
or.
Mas gira. Até que, aos poucos, em torvelins tão loucos assim, já tonto, bamboleia, e bambo, cambaleia...
Enfim, tomba. E, como uma cobra, corre mole e desdobra então, em hipérboles lentas, sete cores violentas no chão.
"O pião fez uma elipse tonta". A Língua conhece o objeto direto pleonástico: a) O pião - ele mesmo - fez uma elipse tonta. b) Uma elipse tonta foi feita pelo pião. c) Uma elipse tonta fez o pião. d) Uma elipse tonta fê-la o pião. e) Fez o pião uma elipse tonta.
6. Ornemos nossas testas com as flores, e façamos de feno um brando leito; prendamo-nos, Marília, em laço estreito, gozemos do prazer de sãos amores (...) (...) aproveite-se o tempo, antes que faça o estrago de roubar ao corpo as forças e ao semblante a graça.
Tomás Antônio Gonzaga
empregado do mesmo modo. a) Ele insistiu comigo sobre a questão da assinatura da revista. b) Emendou as peças para formar o desenho de uma casa. c) Encontrou ao fim do dia o endereço desejado. d) Eles alinharam aos trancos a ferragem da bicicleta. e) Só ontem avisou-me de sua viagem.
7. OS CÃES
- Lutar. Podes escachá-los ou não; o essencial* é que lutes. Vida é luta. Vida sem luta* é um mar
morto no centro do organismo universal. DAÍ A POUCO demos COM UMA BRIGA de cães¤; fato que AOS OLHOS DE UM HOMEM VULGAR
não teria valor, Quincas Borba fez-me parar e observar os cães. Eram dois. Notou que ao pé deles*
estava um osso, MOTIVO DA GUERRA, e não deixou de chamar a minha atenção para a circunstância
de que o osso não tinha carne. Um simples osso nu. Os cães mordiam-se*, rosnavam, COM O FUROR
NOS OLHOS... Quincas Borba meteu a bengala DEBAIXO DO BRAÇO, e parecia em êxtase. - Que belo que isto é! dizia ele de quando em quando. Quis arrancá-lo dali, mas não pude; ele
estava arraigado AO CHÃO, e só continuou A ANDAR, quando a briga cessou* INTEIRAMENTE, e um
dos cães, MORDIDO e vencido, foi levar a sua fome A OUTRA PARTE. Notei que ficara sinceramente
ALEGRE, posto* contivesse a ALEGRIA, segundo convinha a um grande filósofo. Fez-me observar a
beleza do espetáculo, relembrou o objeto da luta, concluiu que os cães tinham fome; mas a privação
do alimento era nada para os efeitos gerais da filosofia. Nem deixou de recordar que em algumas partes
do globo o espetáculo é mais grandioso: as criaturas humanas é que disputam¤ aos cães os ossos e
outros manjares menos APETECÍVEIS; luta que se complica muito, porque entra em ação a inteligência
do homem, com todo o acúmulo de sagacidade que lhe deram os séculos etc.
P
or.
Quanto à predicação, os verbos "mordiam, cessou, disputam" classificam-se, no texto,
respectivamente como: a) t. direto e indireto, transitivo, t. direto. b) t. direto e indireto, intransitivo, t. direto. c) transitivo, ligação, t. direto e indireto d) t. direto, intransitivo, t. direto e indireto. e) intransitivo, intransitivo, transitivo.
8. Relativamente "a esse assunto", tenho muito que dizer. A expressão entre aspas na frase anterior classifica-se, sintaticamente, como: a) objeto indireto. b) adjunto adverbial. c) adjunto adnominal. d) objeto direto preposicionado. e) complemento nominal.
9. "Concordei, para dizer alguma coisa, para sair da espécie de sono magnético, ou o que quer que era
que me tolhia a língua e os sentidos. Queria e não queria acabar a conversação: fazia esforço para
arredar os olhos dela, e arredava-os por um sentimento de respeito; mas a idéia de parecer que era
aborrecimento, quando não era, levava-me os olhos outra vez para Conceição. A conversa ia
morrendo. Na rua, o silêncio era completo." (Missa do Galo - Machado de Assis)
Em "... levava-me os olhos outra vez para Conceição." a função sintática de me é: a) objeto direto. b) adjunto adverbial. c) objeto indireto. d) adjunto adnominal.
10. Em todos, nos corpos emagrecidos e nas vestes em pedaços, liam-se as provações sofridas. Euclides da Cunha
Aponte a alternativa correta sobre a frase acima a) O sujeito provações sofridas confirma a ideia de sofrimento contida nos adjuntos adverbiais. b) O objeto direto provações sofridas ratifica a ideia de sofrimento dos adjuntos adverbiais. c) A indeterminação do sujeito em liam-se, aponta para um observador que não assume a própria
palavra d) O sujeito nos corpos emagrecidos completa-se, no horror da descrição, por meio de outro sujeito,
nas vestes em pedaços. e) A ordem direta da frase expressa um raciocínio retilíneo, sem meandros de expressão.
11. faziam-lhe encarquilhar os olhos.
em relação ao fragmento acima. a) formosa e graça são, sintaticamente, predicativos do sujeito moça. b) Na estrutura sintática predomina a subordinação. c) A anteposição do adjetivo despenteados ao verbo alteraria o sentido da oração. d) O pronome oblíquo refere-se a lágrimas. e) O ponto e vírgula estabelece a relação de concessão entre as orações.
P
or.
12. Os gatos
Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e fez o crítico à semelhança do gato. Ao crítico deu
ele, como ao gato, a graça ondulosa e o assopro, o ronrom e a garra, a língua espinhosa. Fê-lo nervoso
e ágil, refletido e preguiçoso; artista até ao requinte, sarcasta até a tortura, e para os amigos bom rapaz,
desconfiado para os indiferentes, e terrível com agressores e adversários... . Desde que o nosso tempo englobou os homens em três categorias de brutos, o burro, o cão e o gato
- isto é, o animal de trabalho, o animal de ataque, e o animal de humor e fantasia - por que não
escolheremos nós o travesti do último? É o que se quadra mais ao nosso tipo, e aquele que melhor nos
livrará da escravidão do asno, e das dentadas famintas do cachorro. Razão por que nos acharás aqui, leitor, miando um pouco, arranhando sempre e não temendo nunca.
Fialho de Almeida
"Deus fez o homem à sua imagem e semelhança".
A Língua conhece o objeto direto pleonástico e preposicionado: a) Ao homem fê-lo Deus à sua imagem e semelhança. b) O homem foi feito por Deus à sua imagem e semelhança. c) O homem fez Deus à sua imagem e semelhança. d) O homem Deus fez à sua imagem e semelhança. e) À sua imagem e semelhança fez Deus o homem.
QUESTÃO CONTEXTO
que se pede:
Se bater saudade eu vou ligar de madrugada
Talvez não se importe se eu te manter acordada
Há, no texto, um desvio de tempo verbal. Comente.
P
or.
GABARITO
Exercícios
1. d
Capitu enxugou-
2. c
-
3. c
emento verbal não preposicionado: objeto direto
4. d
5. d
objeto direto pleonástico.
6. e
-
sua viagem).
7. d
- [se é objeto direto]; logo, o verbo é transitivo direto. - a briga é sujeito e cessou é verbo intransitivo
- objeto direto].
Verbo transitivo direto e indireto.
8. e
9. d
10. a
O sujeito da p -
vêm antepostos.
11. c
significa que os cabelos despenteados estavam deixando a cabeça.
12. a
-se de um objeto direto
posto ao
sujeito, -
Q
uí.
Casos particulares de
estequiometria: grau de pureza e
rendimento
05
jun
RESUMO
Pureza
Até o momento as substâncias que trabalhamos eram idealizadas em suas purezas, ou seja, admitimos
que fossem 100% puras. Porém, isso ocorre muito pouco na prática. Muitas das vezes o reagente não está em seu estado puro, mas acompanhado de outras impurezas
que não participam da reação. Deste modo é preciso desprezar essas impurezas para se efetuarem os cálculos
corretamente.
Vejamos um exemplo:
Uma amostra de calcita, contendo 80% de carbonato de cálcio, sofre decomposição quando
submetida a aquecimento, segundo a equação abaixo:
CaCO3 2
Qual a massa de óxido de cálcio obtida a partir da queima de 800 g de calcita?
Resolução:
O enunciado nos diz que a calcita contém apenas 80% de CaCO3 . Temos então o seguinte cálculo
de porcentagem:
1ª linha) 800 g de calcita _________ 100%
2ª linha) x g de CaCO3 _________
X = 640 g de CaCO3 puro
Note que é apenas essa massa (640g de CaCO3 puro)que irá participar da reação. Assim, teremos o
seguinte cálculo estequiométrico:
2º exemplo
Deseja-se obter 180 L de dióxido de carbono, medidos nas condições normais de temperatura e
pressão, pela calcinação de um calcário com 90% de pureza de CaCO3 (massas atômicas: C = 12; O = 16;
Ca = 40). Qual é a massa de calcário necessária?
CaCO3
Resolução:
e pedida a quantidade do produto obtido, agora é dada a quantidade do produto que se deseja obter e
pedida a quantidade do reagente impuro que será necessária. Pelo cálculo estequiométrico normal, teremos
sempre quantidades de substâncias puras:
CaCO3 2
100 g ____ 22,4 L (CNTP)
Q
uí.
x ____ 180 L (CNTP)
x = 803,57 g de CaCO3 puro
A seguir, um cálculo de porcentagem nos dará a massa de calcário impuro que foi pedida no
problema:
803,57g CaCO3 puro ________ 90%
X g ________ 100%
x = 892,85 g de calcário impuro
Note que a massa obtida (892,85g) é forçosamente maior que a massa de CaCO3 puro (803,57g)
obtida no cálculo estequiométrico, pois na massa do minério encontrada está contida as impurezas.
Rendimento
Vamos considerar a reação C + O2 2 , supondo que deveriam ser produzidos 100 litros de CO2
(CNPT); vamos admitir também que, devido a perdas, foram produzidos apenas 90 litros de CO2 (CNPT),
logo o rendimento foi de 90%.
100L _______ 100%
90L _______ x
X= 90%
Em casos assim, dizemos que:
Rendimento é o quociente entre a quantidade de produto realmente obtida em uma reação e a
quantidade que teoricamente seria obtida, de acordo com a equação química correspondente.
Exemplo:
Num processo de obtenção de ferro a partir da hematita (Fe2O3), considere a equação balanceada:
Fe2O3
(Massas atômicas: C = 12; O = 16; Fe = 56)
Utilizando-se 4,8 toneladas (t) de minério e admitindo-se um rendimento de 80% na reação, a quantidade de
ferro produzida será de:
a) 2.688 kg
b) 3.360 kg
c) 1.344 t
d) 2.688 t
e) 3.360 t
Resolução: Após o balanceamento da equação, efetuamos o cálculo estequiométrico da forma usual
MMFe2O3 = (56x2) + (16x3) = 160g
160g de Fe2O3 ________ 112g de Fe
4,8 x106 g de Fe2O3 ________ x
X = 3,36 x106 g
3,36 x106 g ______ 100%
Y ______ 80%
Y = 2,688 x106 g ou 2688 Kg
Q
uí.
EXERCÍCIOS DE AULA
1. A reação do permanganato de potássio com água oxigenada em meio sulfúrico propicia a formação
de compostos com aplicações importantes, como fertilizantes, o sulfato de potássio e o sulfato de
manganês. A equação química que representa essa reação está apresentada de forma não balanceada
a seguir:
4 2 4 2 2 2 4 4 2 2KMnO H SO H O K SO MnSO H O O+ + → + + +
Considerando uma reação química que ocorra a partir de 1L de ácido sulfúrico fumegante com 96%
de pureza, o volume de gás oxigênio formado, sabendo que o meio reacional apresentava-se com
700 mmHg de pressão e 15 C, é aproximadamente igual a:
- Considere a densidade do ácido sulfúrico fumegante igual a 31,83 g cm .
- Constante universal dos gases perfeitos: 62,3 mmHg L mol K
- H 1; S 32; O 16.= = =
a) 30 L.
b) 460 L.
c) 670 L.
d) 765 L.
e) 800 L.
2. A reação de ustulação da pirita 2(FeS ) pode ser representada pela equação a seguir:
2(s) 2(g) 2 3(s) 2(g)4 FeS 11O Fe O 8 SO+ → +
Considerando que o processo de ustulação ocorra nas CNTP, é correto afirmar que o volume de 2SO
produzido na reação de 600 g de pirita que apresente 50% de pureza é de
Dados: 1
2massa molar(g mo ) FeS 120− =l
a) 56,0 L.
b) 112,0 L.
c) 168,0 L.
d) 224,0 L.
e) 280,0 L.
3. O silicato de sódio 2 3(Na SiO ) utilizado na composição do cimento, pode ser obtido através de um
processo de calcinação (em elevada temperatura) da sílica 2(SiO ) com carbonato de sódio 2 3(Na CO ),
de acordo com a equação química balanceada, representada a seguir:
835 C2(g) 2 3(s) 2 3(s) 2(g)SiO Na CO Na SiO CO
+ ⎯⎯⎯⎯→ +
Dados: 1 1
2 2 3M(SiO ) 60 g mol ; M(Na SiO ) 122 g mol− −= =
Considerando que o rendimento desse processo foi de 70%, a massa, em kg, de 2 3Na SiO formada a
partir de 9 kg de sílica foi de aproximadamente
a) 10,4
b) 12,8
c) 14,6
d) 17,2
Q
uí.
e) 18,3
4. A minimização do tempo e custo de uma reação química, bem como o aumento na sua taxa de
conversão, caracteriza a eficiência de um processo químico. Como consequência, produtos podem
chegar ao consumidor mais baratos. Um dos parâmetros que mede a eficiência de uma reação química
é o seu rendimento molar (R, em %), definido como
produto
reagente limitante
nR 100
n=
em que n corresponde ao número de mols. O metanol pode ser obtido pela reação entre brometo
de metila e hidróxido de sódio, conforme a equação química:
3 3CH Br NaOH CH OH NaBr+ → +
As massas molares (em g mol) desses alimentos são: H 1; C 12; O 16; Na 23; Br 80.= = = = =
O rendimento molar da reação, em que 32 g de metanol foram obtidos a partir de 142,5 g de
brometo de metila e 80 g de hidróxido de sódio, é mais próximo de
a) 22%. b) 40%. c) 50%. d) 67%. e) 75%.
5. A combustão da gasolina e do óleo diesel libera quantidades elevadas de poluentes para a atmosfera.
Para minimizar esse problema, tem-se incentivado a utilização de biocombustíveis como o biodiesel e
o etanol. O etanol pode ser obtido a partir da fermentação da sacarose, conforme a equação não
balanceada apresentada a seguir.
12 22 11 2 2 6 2C H O (s) H O( ) C H O( ) CO (g)+ → +l l
Considerando-se o exposto e o fato de que uma indústria alcooleira utilize 100 mols de sacarose e
que o processo tenha rendimento de 85%, conclui-se que a quantidade máxima obtida do álcool será
de
a) 27,60 kg. b) 23,46 kg. c) 18,40 kg. d) 15,64 kg. e) 9,20 kg.
6. As lâmpadas incandescentes tiveram a sua produção descontinuada a partir de 2016. Elas iluminam o
ambiente mediante aquecimento, por efeito Joule, de um filamento de tungstênio (W, Z 74).= Esse
metal pode ser obtido pela reação do hidrogênio com o trióxido de tungstênio 3(WO ), conforme a
reação a seguir, descrita na equação química não balanceada:
3(s) 2(g) (s) 2 ( )WO H W H O+ → + l
Se uma indústria de produção de filamentos obtém 31,7 kg do metal puro a partir de 50 kg do óxido,
qual é o rendimento aproximado do processo utilizado?
(Dados: H 1g mol;= O 16 g mol;= W 183,8 g mol)=
a) 20% b) 40% c) 70% d) 80%
Q
uí.
e) 90%
EXERCÍCIOS DE CASA
1. Suplementos de cálcio podem ser ministrados oralmente na forma de pastilhas contendo 1g de
3CaCO . No estômago, esse sal reage com ácido estomacal segundo a equação:
3(s) (aq) 2(g) 2(aq) 2 ( )CaCO 2 HC CO CaC H O+ → + + ll l
Considerando que após 5 minutos da ingestão de uma pastilha desse suplemento o rendimento da
reação seja de 60%, a massa (em g) de dióxido de carbono produzida será de
Dados: Massas molares 1(g mol ) :−
H 1,0;= C 12,0;= O 16,0;= C 35,5;=l Ca 40,0.=
a) 0,13.
b) 0,26.
c) 0,44.
d) 0,67.
e) 0,73.
2. A reação entre o ferro e a solução de ácido clorídrico pode ser equacionada, sem o acerto dos
coeficientes estequiométricos, por
(s) (aq) 2(aq) 2(g)Fe HC FeC H+ → +l l
Em uma análise no laboratório, após essa reação, foram obtidos 0,002 mol de 2FeC .l Considerando-
se que o rendimento do processo seja de 80%, pode-se afirmar que reagiram
Dados: massas molares 1(g mol )− H 1, C 35,5= =l e Fe 56=
a) 25,600 10 g− de ferro.
b) 11,460 10 g− de ácido clorídrico.
c) 11,680 10 g− de ferro.
d) 11,825 10 g− de ácido clorídrico.
e) 11,960 10 g− de ferro.
3. Para proteger estruturas de aço da corrosão, a indústria utiliza uma técnica chamada galvanização. Um
metal bastante utilizado nesse processo é o zinco, que pode ser obtido a partir de um minério
denominado esfalerita (ZnS), de pureza 75%. Considere que a conversão do minério em zinco
metálico tem rendimento de 80% nesta sequência de equações químicas:
2 2
2
2 ZnS 3 O 2 ZnO 2 SO
ZnO CO Zn CO
+ → +
+ → +
Considere as massas molares: ZnS (97 g mol); 2O (32 g mol); ZnO (81g mol); 2SO (64 g mol);
CO (28 g mol); 2CO (44 g mol); e Zn (65 g mol).
Que valor mais próximo de massa de zinco metálico, em quilogramas, será produzido a partir de
100 kg de esfalerita?
a) 25 b) 33 c) 40 d) 50
Q
uí.
e) 54
4. O carbonato de sódio, importante matéria-prima na fabricação de vidros, pode ser produzido a partir
da reação do cloreto de sódio, amônia e gás carbônico, processo químico conhecido como processo
Solvay. São apresentadas duas etapas deste processo.
Etapa I: 2 3 2 3 4NaC CO NH H O NaHCO NH C+ + + ⎯⎯→ +l l
Etapa II: 3 2 3 2 22 NaHCO Na CO CO H O
⎯⎯→ + +
Considerando que o rendimento da etapa I é 75% e o da etapa II é 100%, a massa de carbonato de
sódio, em kg, que pode ser produzida a partir de 234 kg de cloreto de sódio é
a) 159. b) 212. c) 283. d) 318. e) 424.
5. O cobre, muito utilizado em fios da rede elétrica e com considerável valor de mercado, pode ser
encontrado na natureza na forma de calcocita, 2Cu S(s), de massa molar 159g mol. Por meio da
reação 2 2 2Cu S(s) O (g) 2Cu(s) SO (g),+ → + é possível obtê-lo na forma metálica.
A quantidade de matéria de cobre metálico produzida a partir de uma tonelada de calcocita com
7,95% (m m) de pureza é
a) 31,0 10 mol.
b) 25,0 10 mol.
c) 01,0 10 mol.
d) 15,0 10 mol.−
e) 34,0 10 mol.−
6. Hematita é um minério de ferro constituído de Fe2O3 e impurezas. Ao se misturar 4,0 g de uma amostra
deste minério com ácido clorídrico concentrado, obtêm-se 6,5 g de cloreto de ferro III.
A porcentagem em massa de Fe2O3 no minério é igual a
a) 80 %. b) 65 %. c) 70 %. d) 75 %. e) 85 %.
7. Faz-se a reação de excesso de ácido clorídrico sobre 1200 g de carbonato de cálcio impuro. Obtêm-se
24,6 L de um gás medido sob a pressão de 10 atmosferas e à temperatura de 27°C. Qual o grau de
pureza do carbonato?
Dados: Ca = 40; C = 12; O = 16; H = 1;
a) 83,33% b) 56,66% c) 0,01% d) 8,33% e) 5,66%
Q
uí.
8. 6,0 gramas de alumínio metálico, que apresenta 90 % de pureza, reagem completamente com vapor
d'água da atmosfera, produzindo óxido de alumínio e gás hidrogênio, conforme equação não
balanceada:
2O(v) → 2O3(s) + H2(g)
Assinale o volume, em litros, de gás hidrogênio obtido, nas CNTP.
a) 2,24 b) 4,48 c) 6,72 d) 7,46
QUESTÃO CONTEXTO
Pode-se obter o ferro a partir dos óxidos com maior ou menor teor de impurezas.
O ferro é encontrado em numerosos minerais, destacando-se:
▪ Hematita Fe2O3 70% de ferro
▪ Magnetita Fe3O4 72% de ferro
▪ Limonita Fe2O3 + H2O 50% a 66% de ferro
▪ Siderita FeCO3 48% de ferro
Como observado, todos os minérios de ferro contém ferro combinado com oxigênio. Portanto, para obter
ferro puro é necessário eliminar o oxigênio.
A eliminação é feita no alto-forno, no qual se deposita o minério de ferro, o combustível (coque ou carvão
vegetal) e o fundente (o calcário). Com o auxílio de ar aquecido ocorrem as reações químicas que acarretarão
na redução do minério e sua transformação em gusa.
Fonte: https://ge902ferro.wordpress.com/processos/processamento-mineral/
Num processo de obtenção de ferro a partir da hematita, Fe2O3, considere a equação :
Fe2O3(s) + 3 C (g) (g)
Utilizando -se 480kg de minério e admitindo -se um rendimento de 80% na reação calcule a massa de ferro
produzida.
Q
uí.
GABARITO
Exercícios de aula
1. d
{
{
2
22 2
4 2 4 2 2 2 4 4 2 2
7 2
1
O
7 2
1
5 O5 H O
4 2 4 2 2 2 4 4 2 2
KMnO H SO H O K SO MnSO H O O
Mn 5e Mn (redução) ( 2)
2O 2[O] 2e (oxidação) ( 5)
2Mn 10e 2Mn (redução)
10O 10[O] 10e (oxidação)
Então, 2KMnO 3H SO 5H O 1K SO 2MnSO 8H O 5O
+ − +
− −
+ − +
− −
+ + → + + +
+ →
→ +
+ →
→ +
+ + → + + +
1 2 3
.
2 4H SO (fumegante) 3
g gd 1,83 1.830
Lcm
1L
= =
2 4H SO (fumegante)
molar
mo
4 2 4 2 2 2 4 4 2 2
lar
molar
molar
1.830 g
96 % de pureza m 0,96 1.830 g 1.756,80 g
Cálculo do V :
P V 1 R T
7
2KMnO 3H SO 5H
00 V 1 62,3 (15 27
O 1K SO 2MnSO 8H O 5O
3 98
3)
V 25,63
g
2 L
= =
=
=
+ + → +
+
+ +
=
25,632 L
1.756
5
,80 g
2
2
O
O
V
V 765,82135 L 765 L=
2. b
2(s) 2(g) 2 3(s) 2(g)4 FeS 11O Fe O 8 SO
4 120 g
+ → +
8 22,4 L
0,50 600 g
2
2
SO
SO
V
V 112,0 L=
3. b
835 C2(g) 2 3(s) 2 3(s) 2(g)SiO Na CO Na SiO CO
60 g
+ ⎯⎯⎯⎯→ +
122 g
9 kg2 3
2 3
Na SiO
Na SiO
m
9 kg 122 gm 18,3 kg
60 g
18,3 kg
= =
2 3Na SiO
100 % de rendimento
m'
2 3
2 3
Na SiO
Na SiO
70 % de rendimento
18,3 kg 70 %m'
100 %
m' 12,81 kg
=
=
Q
uí.
4. d
3 3CH OH 32; CH Br 95; NaOH 40.= = =
3 3CH Br NaOH CH OH NaBr
95 g
+ → +
40 g 32 g
142,5 g 80 g 32 g
95 80 7.600
142,5 40 5.700
7.600 5.700
=
=
3 3CH Br NaOH CH OH NaBr
95 g
+ → +
40 g 32 g
142,5 g{
Excessode
reagente
80 g3CH OHm
3CH OHm 48 g
48 g
=
100% de rendimento
32 g r
r 66,666% 67%=
5. d
Teremos:
12 22 11 2 2 6 21C H O (s) 1H O( ) 4C H O( ) 4CO (g)
1mol
+ → +l l
4 0,85 mol
100 mol
2 6
2 6
2 6
C H O
C H O
C H O
n
n 340 mol
m 340 46 15.640 g 15,64 kg
=
= = =
6. d
3(s) 2(g) (s) 2 ( )WO 3 H W 3 H O
231,8 g
+ → + l
183,8 g
50 kg x
x 39,64 kg
39,64 kg
=
100%
31,70 kg y
y 80%
Exercícios de casa
1. b
3(s) (aq) 2(g) 2(aq) 2 ( )CaCO 2 HC CO CaC H O
100 g
+ → + + ll l
44 g
1g x
x 0,44 g
0,44 g
=
100%
y 60%
y 0,26 g=
Q
uí.
2. d
(s) (aq) 2(aq) 2(g)Fe 2HC FeC H
73 g
+ → +l l
1 mol
x g 0,002 mol
x 0,146g de HC
0,146 g
= l
80%
y g
1
100%
y 0,1825 g ou 1,825 10 g de HC−= l
3. c
Teremos:
22ZnS + 3O 2ZnO → 2+ 2SO
2ZnO 2Global
2 2 2
+ 2CO 2Zn + 2CO
2ZnS + 3O + 2CO 2SO 2Zn + 2CO
2 97 g
→
⎯⎯⎯⎯→ +
2 65 g 0,80
0,75 100 kg
Zn
Zn
m
m 40,206 kg 40 kg=
4. a
Teremos:
+ + + ⎯⎯→ +2 3 2 3 4NaC CO NH H O NaHCO NH C
58,5 g
l l
84 g 0,75
234 kg
=
⎯⎯→ + +
3
3
NaHCO
NaHCO
3 2 3 2 2
m
m 252 kg
2 NaHCO Na CO CO H O
2 84 g 106 g 1
252 kg
=
2 3
2 3
Na CO
Na CO
m
m 159 kg
5. a
2 2 2Cu S(s) O (g) 2Cu(s) SO (g),
159 g
+ → +
6
2 mols
7,9510 g
100 Cu(s)
3Cu(s)
n
n 1000 mols 1,0 10 mol= =
6. a
A reação citada no enunciado é a seguinte: 2 3 3 2Fe O + 6HC 2FeC + 3H O.→l l
Cálculo da massa de minério necessária para a produção de 6,5 g de cloreto de ferro:
Massa molar de 2 3Fe O = 160 g/mol
Massa molar de 3FeCl = 162,5 g/mol
Q
uí.
A partir da proporção estequiométrica da equação acima, vem:
m = 3,2 g
A massa de minério utilizada foi de 4 g.
Portanto:
4 g de minério 100 %
3,2 g de minério x
x = 80 %
7. a
Teremos:
CaCO3 = 100 g/mol
P x V = n x R x T 10 x 24,6 = n(CO2) x 0,082 x 300
n(CO2) = 10 mol
3 → CO2 + H2 2
100 g ---- 1 mol
p x 1200 g ---- 10 mol
p = 0,83333 83,33%
8. c
Resolução:
A partir do balanceamento da equação fornecida no enunciado e das proporções estequiométricas,
teremos:
(s) + 3H2O(v) → 2O3(S) + 3H2(g)
2 27 g ---------------------------- 3 22,4 L
0,90 6,0 g ---------------------------- V
V = 6,72 L
Questão Contexto
Pela equação:
160g Fe2O3 _______ 112g Fe
480kg Fe2O3 _____ X Fe
X = 336 kg Fe
336 kg Fe ____ 100%
X ___________ 80%
X = 268,8 kg Fe
R
ed
.
Exercícios de argumentação 06
jun
RESUMO
Aprendemos, nas aulas passadas, como organizar uma argumentação de maneira lógica, coesa e
coerente. Aprendemos também a fazer um bom uso da coletânea e aproveitá-la ao máximo na tarefa de
constituir uma tese argumentativa.
A partir dos conhecimentos adquiridos nas aulas passadas, portanto, buscaremos fazer alguns
exercícios sobre argumentação, de modo a desenvolver essa habilidade tão importante na realização de
uma boa redação.
R
ed
.
EXERCÍCIOS
A proposta desse exercício é formular teses tanto favoráveis como contrárias aos temas de redação
abaixo e, a partir da leitura dos textos da coletânea e do conhecimento de mundo do aluno, levantar
argumentos que comprovem e enriqueçam a tese.
1. Tema 1:
R
ed
.
Tema 3
Temas disponíveis em: http://infograficos.estadao.com.br/public/educacao/fuvest-redacoes/
R
ed
.
EXERCÍCIOS
A redução da maioridade penal
A redução da maioridade penal seria uma ação que certamente contribuiria para a diminuição da
criminalidade, uma vez que a prática de crimes por menores é incentivada pela impunidade e, além do mais,
as instituições responsáveis pela reabilitação desses jovens não têm estrutura física ou psicossocial adequada
para a realização de um trabalho eficiente com essas crianças.
Crimes cometidos por menores estão se tornando um fato comum. Cenas de violência praticadas
por esses jovens são narradas diariamente e o que mais chama atenção nos relatos é a frieza e o destemor
que essas crianças demonstram durante a agressão. Esse comportamento é facilmente justificado pela
impunidade. Afinal, é amplamente divulgado que menor de idade não pode responder judicialmente por
seus atos criminosos, logo eles não têm nada a temer.
Além disso, as instituições existentes responsáveis pela reabilitação desses jovens Centro de
Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) não costumam apresentar resultados satisfatórios em
vários casos. A prova disso está nos noticiários, nos quais é comum o relato de crimes, às vezes até bárbaros,
praticados por ex-internos.
Com base nas informações mencionadas, é possível observar que reduzir a maioridade penal seria
uma importante ação para combater a criminalidade no país. Só se espera que governantes e parlamentares
possam pensar seriamente sobre o problema e chegar à decisão mais adequada para que a população não
continue sofrendo com o crescimento da violência praticada por esses jovens.
1.
2. a)Que argumentos são apresentados para defender a tese do autor?
b)Que contra-argumento você apresentaria para a tese do autor?
3. Qual a ideia desenvolvida no segundo parágrafo?
4. Que fatos foram citados para fortalecer os argumentos do autor nos seguintes parágrafos?
a) No segundo:
b) No terceiro:
5. Que expressão foi utilizada no início do terceiro parágrafo para estabelecer uma ideia de continuidade
no texto?
6. Que expressão foi utilizada no início do quarto parágrafo para resumir e retomar as informações
expostas no texto?
7.
a)Conclusão
b)Finalidade
c)Oposição
d)Condição
e)Adição
R
ed
.
8. informação no texto, evitando sua repetição. Transcreva essa informação.
9. Transcreva a frase utilizada para reafirmar o tema e a tese do autor no último parágrafo.
10. Que observação final foi apresentada no último parágrafo para concluir as ideias desenvolvidas no
texto?
11. Desenvolva um parágrafo com a síntese de sua opinião sobre o assunto tratado pelo texto, estando ela
ou não de acordo com a opinião do autor, levando em conta o conhecimento de mundo adquirido
por você ao longo do tempo e os direitos humanos.
R
ed
.
GABARITO
Exercícios
1. Resposta pessoal.
2. Resposta pessoal.
3. Resposta pessoal.
Exercícios
1. O autor acredita que a redução da maioridade penal seria uma das saídas possíveis para combater a
questão da criminalidade no Brasil.
2.
a) O autor argumenta que os crimes praticados por menores de idade estão se tornando mais recorrentes
e que a Fundação Casa não apresenta resultados satisfatórios na reabilitação de jovens infratores.
b) Resposta pessoal. Umas das possibilidades seria o argumento de que o sistema carcerário brasileiro já
está superlotado e, assim como a Fundação Casa, não apresenta eficácia.
3. O segundo parágrafo desenvolve a ideia de que menores de idade cometem crimes porque não têm
medo da justiça, uma vez que têm certeza da impunidade.
4.
a) O fato usado é o de que menores de idade não podem responder judicialmente por seus atos
criminosos.
b) O fato usado é o de que a Fundação CASA não apresenta resultados satisfatórios em grande parte dos
casos.
5.
6.
7. a
8.
9. importante ação para combater
10. A observação de que cabe a governantes e parlamentares discutirem acerca da questão da maioridade
penal e decidir o melhor para o país.
11. Resposta pessoal. Exemplo:
Não pode-se pensar a diminuição da maioridade penal como solução para o problema da
violência no Brasil uma vez que é sabido que o sistema carcerário brasileiro é falho e contribui muito mais
para a permanência do infrator no mundo do crime do que para sua reabilitação. Além disso, mesmo que
a reabilitação seja bem sucedida, o criminoso, ao se deparar com a liberdade, tem dificuldades em
encontrar emprego e acaba sem opções para seguir adiante com a vida. Colocar um jovem infrator nessa
situação é, portanto, o mesmo que privá-lo de uma vida toda de possibilidades e condená-lo, por uma
ação às inconsequente, a uma vida criminosa.