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A ARROGÂNCIA DO PRETENSO INICIADO Um certo dia, bateu à minha porta um indivíduo que já conhecia desde a adolescência e qu e sempre se sentiu atraído por ocultismo, magia e coisas do gênero, assim dizia ele. Disse que estava à minha procura já fazia um certo tempo e que queria adentrar com seriedade nesse campo do saber e praticar com seriedade todos os ensinamentos. Minha primeira reação, e lógico a natural de todo instrutor sério nesse campo, foi expl icar que todo trabalho sempre deve começar pelo Treinamento Mágico e expus igualment e a necessidade de apresentar relatórios periódicos das experiências desenvolvidas. Ex pliquei igualmente que ninguém consegue resultados positivos em Magia sem antes te r desenvolvido um poder de VONTADE que o coloca acima das condições normais de um se r humano. Que a mais bela espada templária não substitui um prego batido na madeira, porque o que realmente produz efeito em rituais é a mão que empunha o objeto e não o objeto em si. Tudo foi explicado em mínimos e pormenores tanto para o sujeito como para sua namorada. Quando se quer testar a seriedade de um candidato, deve-se sempre começar pelos ex ercícios de concentração. Por quê? Porque, além de monótonos, requerem esforço, dedicação, di ina, perseverança e; sobretudo, recolhimento ao silêncio, tranquilidade da mente, co ntrole dos pensamentos, limpeza da mente. Coisas difíceis de conseguir e afirmo co m toda a certeza, 99,9% dos que se dizem Iniciados não possuem nem de longe. Além da harmonização com os Quatro Elementos, exercícios de concentração, também passei o tre namento para a educação da palavra com a prática de mantras, uma vez que sua namorada atravessava por uma fase financeira um pouco complicada e necessitava de uma sol ução rápida para o problema. Uma das coisas mais favoráveis em Magia é a possibilidade de solucionar problemas do dia-a-dia para que a mente possa estar tranquila e dedic ar-se às práticas com poder total. Após esse encontro, como houve um período de silêncio, enviei-lhes um e-mail para cobr ar os devidos relatórios, afinal de contas pelo tempo em que lhes foram dadas as p ráticas, algum resultado positivo deveria ter surgido. Quem pratica sabe que os re sultados são certos. Qual foi a minha surpresa? Num tom de altíssima arrogância, altivez e prepotência, o i ndivíduo me respondeu o e-mail com uma série de impropérios entre eles o de que: se qui sesse entoar mantras, eles iriam ao templo Hare Khrisna e não teriam me procurado. Queriam algo mais forte, mais empolgante. Na hora lembrei-me de um amigo que é pai de santo e professor universitário, quando lhe perguntei porque ele realizava tantas sessões de trabalho, sendo que não era nec essário. Ele me disse simplesmente o seguinte: As pessoas adoram o espetáculo. Por me lhor que você seja na psicologia, na orientação, na Magia, elas querem o show e não a soluç para seus problemas. É por isso que cobro caro porque tomam meu tempo e minha paciên cia somente com coisas mesquinhas e porque querem matar seu tempo vazio e tédio. M acumba é boate de pobre. E de fato, ele tinha razão. O que queriam de mim era o show, o espetáculo, o circo, a palhaçada. Querem partir diretamente para um ritual de Magia sem o menor preparo , simplesmente para ocupar seu tempo ocioso e tornar suas vidas medíocres mais int eressantes. Minha atitude não foi outra: respondi ao e-mail, cancelando todos os c

A Arrogancia Do Pretenso Iniciado

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A ARROGÂNCIA DO PRETENSO INICIADO

Um certo dia, bateu à minha porta um indivíduo que já conhecia desde a adolescência e que sempre se sentiu atraído por ocultismo, magia e coisas do gênero, assim dizia ele. Disse que estava à minha procura já fazia um certo tempo e que queria adentrar com seriedade nesse campo do saber e praticar com seriedade todos os ensinamentos.

Minha primeira reação, e lógico a natural de todo instrutor sério nesse campo, foi explicar que todo trabalho sempre deve começar pelo Treinamento Mágico e expus igualmente a necessidade de apresentar relatórios periódicos das experiências desenvolvidas. Expliquei igualmente que ninguém consegue resultados positivos em Magia sem antes ter desenvolvido um poder de VONTADE que o coloca acima das condições normais de um ser humano. Que a mais bela espada templária não substitui um prego batido na madeira, porque o que realmente produz efeito em rituais é a mão que empunha o objeto e não o objeto em si. Tudo foi explicado em mínimos e pormenores tanto para o sujeito como para sua namorada.

Quando se quer testar a seriedade de um candidato, deve-se sempre começar pelos exercícios de concentração. Por quê? Porque, além de monótonos, requerem esforço, dedicação, disina, perseverança e; sobretudo, recolhimento ao silêncio, tranquilidade da mente, controle dos pensamentos, limpeza da mente. Coisas difíceis de conseguir e afirmo com toda a certeza, 99,9% dos que se dizem �Iniciados� não possuem nem de longe.

Além da harmonização com os Quatro Elementos, exercícios de concentração, também passei o treinamento para a educação da palavra com a prática de mantras, uma vez que sua namorada atravessava por uma fase financeira um pouco complicada e necessitava de uma solução rápida para o problema. Uma das coisas mais favoráveis em Magia é a possibilidade de solucionar problemas do dia-a-dia para que a mente possa estar tranquila e dedicar-se às práticas com poder total.

Após esse encontro, como houve um período de silêncio, enviei-lhes um e-mail para cobrar os devidos relatórios, afinal de contas pelo tempo em que lhes foram dadas as práticas, algum resultado positivo deveria ter surgido. Quem pratica sabe que os resultados são certos.

Qual foi a minha surpresa? Num tom de altíssima arrogância, altivez e prepotência, o indivíduo me respondeu o e-mail com uma série de impropérios entre eles o de que: �se quisesse entoar mantras, eles iriam ao templo Hare Khrisna e não teriam me procurado. Queriam algo mais forte, mais empolgante.�

Na hora lembrei-me de um amigo que é pai de santo e professor universitário, quando lhe perguntei porque ele realizava tantas sessões de trabalho, sendo que não era necessário. Ele me disse simplesmente o seguinte: �As pessoas adoram o espetáculo. Por melhor que você seja na psicologia, na orientação, na Magia, elas querem o �show� e não a soluçãpara seus problemas. É por isso que cobro caro porque tomam meu tempo e minha paciência somente com coisas mesquinhas e porque querem matar seu tempo vazio e tédio. Macumba é boate de pobre.�

E de fato, ele tinha razão. O que queriam de mim era o show, o espetáculo, o circo, a palhaçada. Querem partir diretamente para um ritual de Magia sem o menor preparo, simplesmente para ocupar seu tempo ocioso e tornar suas vidas medíocres mais interessantes. Minha atitude não foi outra: respondi ao e-mail, cancelando todos os c

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ontatos comigo e lhes pedi para que nunca mais me procurassem. Deixei bem claro que não só a cidade, mas toda a região já está cheio de �pais de santos marmoteiros� à espera trouxas como eles, com a única diferença, para ocupar o tempo deles com lero lero e conversa inútil teriam que pagar e bem caro. A Magia não se presta a esse tipo de coisa, exige um aprimoramento da consciência e evolução individual, exige a libertação da dependência de outros para a solução de seus problemas. A Magia não dá o peixe pescado, mas ensina a pescar. Todos são capazes, todos são dotados de qualidades e potenciais especiais, devem apenas trabalhar para desenvolvê-los. Vencer a preguiça, o ócio, a negligência e a indisciplina. Até hoje o indivíduo tenta se reaproximar de mim e recuso-me a todo e qualquer contato. Arapucas existem aos milhares também no mundo místico, não precisam de mim para nada.

O auxílio que se presta em Magia só é aplicado em situações extremas onde todas as possibilidades racionais já estiverem esgotadas. Ela não se presta ao teatro barato para impressionar pessoas e fazer-se passar por Grande Mestre ou bruxo, ou qualquer coisa do gênero. A Magia é séria, é eficiente, apresenta resultados concretos e efetivos. Leiam a categoria CASOS REAIS DE MAGIA, onde relato uma série de acontecimentos nos quais apliquei a Magia Prática para as mais diversas soluções. O presente caso, embora seja real, eu o classifico na categoria de PALHAÇADAS MÍSTICAS, uma vez que se enquadra perfeitamente ali devido à atitude do fulano.

O que na verdade queria era impressionar a namorada, fazendo-lhe parecer como uma pessoa diferente e acima da média. Sem contar no tempo perdido em que só fazia alarde de sua superioridade e sua consciência elevada e acima das outras. Queria fazer alarde de seu pretenso saber. O que a libido mal orienta é capaz de realizar, não é? Quando na verdade, era tão medíocre quanto à maioria. Freud sempre esteve certo quando afirmava que a maioria dos problemas humanos se encontra na libido mal dirigida e reprimida.

Minha intenção com essa categoria é que as pessoas distingam o absurdo do real, o falso do verdadeiro, a ilusão idiota do fato em si. É também eliminar os preconceitos e as ideias erradas com relação à Magia e sua prática séria. Não confundi-la com o charlatanismo barato que se vê aos montes e em todos os lugares. Magia não é macumba, não é feitiçaria para amarrar macho, não é leitura de cartas, quiromancia, adivinhações baratas, rituais ridículos e vazios somente para exibicionismo e massagem de egos podres e pobres, que reclama glórias pessoais do mundo, porque desconhecem seus reais potenciais e não querem trabalhar para desenvolvê-los.

O presente caso também é um alerta para que façam uma análise de sua consciência para saber se o que buscam é a Magia ou o circo.

Magia é evolução, conhecimento, sabedoria, progresso, prosperidade, iluminação da alma com liberdade plena e está ao alcance de todo o buscador sério e sincero. E quando digo buscador sério e sincero me refiro àquele disposto a se submeter ao Treinamento Mágico necessário para alcançar seus resultados reais. Sem buscar justificativas para a preguiça, a falta de disciplina e a negligência.