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tramas ocultas do diabo

A arte da guera espíritual

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No dia-a-dia, o cristão se depara com demônios e espíritos da maldade que agem nas pessoas, família e na própria igreja. O autor, firma seu conhecimento na doutrina bíblica, apresentando as bases bíblico-teológicas de batalha espiritual, com exemplos práticos de duas grandes batalhas em que participou, conhecendo as artimanhas de Satanás e estratégias de uma arte de guerra que cada cristão deve conhecer na luta contra o mal.

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Editora Mensagem Para TodosCaixa Postal 91- CEP 12.914-970Bragança Paulista - SPFone/Fax: (11) 4033-6636/ 4035-7575 www.familiaegraca.com.br

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Copyright (c) 2009 João A. de Souza Filho

Todos os direitos reservados a

Falar com o autor:

João A. de Souza Filho(2009)A arte da guerra espiritualBatalha Espiritual / J. A. de Souza FilhoEditora Mensagem Para Todos, 2009

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Coordenação Editorial

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Editoração

Revisão

Preparação

Impressão e Acabamento

Mensagem Para Todos

Rousemary Maia

Souto Design

Douglas Maia

J.G.Silva

João A. de Souza Filho

Imprensa da Fé

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Este livro é dedicado aos vencedores. Todos os que pe-

lejam as guerras de Deus contra o maligno. Vocês terão seus nomes

gravados em letras douradas no mural dos heróis da fé.

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O AUTORJoão A. de Souza Filho é graduado do Instituto Bíblico

das Assembléias de Deus de Pindamonhangaba, São Pau-lo. Pregador loquaz desde os 17 anos e autor de duas deze-nas de livros publicados por diversas editoras brasileiras. Nas últimas três décadas vem ministrando profeticamente em denominações históricas, pentecostais e neopentecos-tais em todo território nacional, Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina. Casado com Vanda Zalewski tem dois filhos e três netos e atualmente reside no Estado de São Paulo.Entre seus livros mais conhecidos estão o Ministério de Louvor da Igreja, Formando Verdadeiros Adoradores, Estratégias Para a Guerra Espiritual e Ratos de Igreja.

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ÍNDICEPrefácio, 09Introdução, 11O Cântico do Livramento, 15Tramas Ocultas do Diabo, 25Expulsão de Demônios, 45Espíritos Familiares, 59Evidências Bíblicas de Maldições, 79Batalha Espiritual X Esoterismo, 89O Esoterismo e o Culto a Anjos, 107Bruxos na Casa, 121Batalha Espiritual em Nível Estratégico, 139Batalhas Heróicas I, 153Batalhas Heróicas II, 167A Arte da Guerra, 181Regiões Sob Controle do Mal, 203Enchendo a Terra com o Conhecimento de Deus, 225

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a arte da guerra espiritual prefácio

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a arte da guerra espiritual prefácio

PREFÁCIOO tema de batalha espiritual não é uma “onda” destas que

vêm e passam. Batalha espiritual é tema sempre atual, eletri-zante, porque no dia a dia deparamo-nos com demônios e es-píritos da maldade agindo nas pessoas, em famílias e na própria igreja.

Escrevi vários livros na área de guerra espiritual, alguns de-les com tiragens esgotadas, como Ministério de Libertação da Igreja e Estratégias de Guerra Espiritual. A abordagem que faço neste livro é totalmente diferente dos livros anteriores, porque aqui decidi compartilhar com os leitores um pouco de mi nhas experiências nesta área à luz da arte da guerra espiri tual. Por-tanto, além de apresentar novas provas bíblicas de como os demônios operam no mundo espiritual de uma cidade, abro o coração compartilhando experiências de guerras espirituais que, estou certo, serão de grande ajuda a todos os que lêem meus livros.

João A. de Souza Filho

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INTRODUÇÃONo final da década de 1980 o tema de batalha espiritual pas-

sou a ser estudado com mais afinco por pastores e líderes da igreja brasileira. No final da década Kell Sholberg, pastor sueco já falecido pregou numa de nossas conferências em Porto Ale-gre. Fui o intérprete dele. E aprendi muito com ele. Desde esse dia o Senhor começou a incomodar meu espírito sobre batalha espiritual, e decidi ser um guerreiro do exército de Deus.

Apesar de ter escrito quatro livros sobre batalha espiritual, neste livro abordo o tema sob uma perspectiva diferente, pois além da base bíblica da guerra em que estamos empenhados trago ao leitor algumas experiências pessoais, algumas do tem-po de criança quando os demônios me perturbaram por vários meses. Começo o livro com o cântico do livramento quando Deus de maneira sobrenatural enviou seus anjos para liber-tarem uma criança de apenas oito anos de idade. Neste con-texto de libertação e proteção apresento ao leitor as garantias dadas por Deus aos seus fieis no Salmo 91. Que salmo é este? É um talismã de proteção? Ou uma promessa de fidelidade entre Deus e homem?

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Passam-nos despercebidas, muitas vezes, as tramas ocultas do Diabo. Para surpresa nossa Deus está nos livrando de ataques e de perigos sem nos darmos conta. Este é o tema do capítulo 2. No capítulo três trato da expulsão de demônios, e explico que os demônios são sutis, que usam de táticas diferentes a ponto de se tornarem amigos de pregadores; conhecem mais os prega-dores do que estes aos demônios. Agem em determinados ter-ritórios conhecendo pessoas – especialmente os crentes. E es-crevi um capítulo sobre espíritos familiares – apesar de muitos teólogos de igrejas tradicionais e pentecostais não acreditarem na existência desses espíritos, faço uma interpretação bíblica mostrando como tais coisas podem ocorrer. Como os demônios agem num tronco genealógico? Escrevo também sobre as evi-dências bíblicas sobre maldições, em resposta a muitos teólo-gos que afirmam que Cristo levou sobre ele as maldições da lei. Como entender este texto à luz das demais verdades bíblicas?

Muita gente faz guerra espiritual esotérica, o que é um pe-rigo e um engano em nossas igrejas. No capítulo sobre batalha espiritual x esoterismo mostro os perigos das falsificações na vida da igreja pelos que saem à batalha utilizando como armas de guerra elementos usados pelos esotéricos, e do culto a an-jos. Uma aberração que vem sendo feita até mesmo por igre-jas pentecostais clássicas. O esoterismo e o culto a anjos estão sempre de mãos dadas. O esotérico, geralmente é um adorador de anjos.

Dediquei também um capítulo sobre profetas e bruxos na história da humanidade, tentando responder uma pergunta que sempre me fazem: alguém não cristão, ou um bruxo pode pro-fetizar sobre um acontecimento e este acontecer? Se ao longo da história profetas e bruxos tiveram suas predições cumpridas, o que diferencia um profeta falso de um verdadeiro?

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No capítulo oito falo de uma experiência de como os bruxos entraram em nossa casa – em espírito – para atormentar nossa família, e o leitor, certamente entenderá certos acontecimentos em sua família. Também apresento um capítulo sobre batalha espiritual em nível estratégico, isto é, provando pelas escritu-ras a atuação de príncipes satânicos e dominadores do mal em certas regiões da terra. Logo a seguir, apresento dois capítu-los sobre duas grandes batalhas em que me envolvi com vários irmãos, lutando em oração, e usando de estratégias espirituais para deter o avanço das forças malignas em duas cidades do Brasil.

Nos últimos dois capítulos apresento as regiões que vivem sob o controle do mal e mostro também como a terra se encherá do conhecimento da glória de Deus. Estou certo de que o leitor terá respostas às muitas questões neste campo de guerra.

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O CâNTICO DOLIvRAmENTO

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Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento (Sl 32.7).

Eu tinha sete anos de idade quando comecei a ter conheci-mento da existência de demônios. Percebi que eles existiam, não porque lia sobre eles na Bíblia ou que alguém me explicasse como eles agiam, e sim porque me atormentavam. Minha mãe, recém convertida, não entendia o drama de um menino que tinha visões noturnas terríveis, nem tampouco tinha conhecimento da atua-ção dos demônios nem de batalha espiritual. Fazia pouco mais de dois anos que migráramos de Palhoça, Sta. Catarina, viajando na boléia de um caminhão com os poucos pertences de uma família pobre para o Rio Grande do Sul.

Apesar de meu pai não se interessar pela vida cristã, mamãe fez sua parte enviando os filhos para a escola dominical – e nisto papai não se opunha. Caminhávamos uns quatro quilômetros por cima dos morros, atravessando matas, cruzando sangas, equilibrando-nos sobre pinguelas de madeira, subíamos e descíamos morros

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e campos, superando todos os obstáculos à fé. Era meu passeio preferido aos domingos de manhã. Com ou seu chuva.

Meu pai só se converteu cinco anos depois de mamãe, e du-rante esses primeiros cinco anos minha mãe tinha permissão de ir a um culto por mês – com hora marcada para regressar. Era ne-cessário tomar dois ônibus num trajeto que demorava quase duas horas. Por este tempo ele administrava uma pedreira num morro nos arredores da cidade de Porto Alegre.

Uma dezena de casas de madeira abrigava as famílias dos fun-cionários dos quais papai era o capataz. Para se chegar no morro, os caminhões deixavam a estrada principal, atual Avenida Bento Gonçalves, subindo três quilômetros por uma sinuosa estrada de terra. Era por ali que subíamos e descíamos a pé para chegar ao armazém mais próximo. Lá do alto o panorama nos permitia avis-tar os aviões aterrissando no aeroporto da cidade.

Na escola dominical, as crianças, participavam da mesma classe dos adultos. Até hoje não entendo como conseguíamos ficar quietos, sentados no banco de madeira, com as perninhas balan-çando no ar, e ainda me recordo das dores musculares na coxa por ficar tanto tempo sentado ouvindo o professor – que mais parecia um pregador. Juntamente com os adultos aprendíamos a Bíblia, e não tínhamos as mesmas facilidades das crianças de hoje com classes próprias e material didático apropriado. Um professor ensinava para todas as idades. E foi na escola dominical que recebi as primeiras lições de fé e memorizei meus primeiros versículos bíblicos.

No morro onde residíamos não tínhamos luz elétrica; a noite usávamos lampiões a querosene e lamparinas que cortavam a escu-ridão. Em compensação tínhamos água encanada dentro de casa, graças a habilidade de papai que puxou água de uma mina d’água localizada uns duzentos metros morro acima. Ele fez uma pequena

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represa e colocou uma tela na saída da água para o cano, o que não impedia que pequenos insetos e rãs entrassem pelo encanamento. Lembro-me de ver a patinha de um batráquio querendo sair pela bica. A água chegava na torneira da cozinha com tal pressão que quase sempre vazava pela rosca dos canos.

No primeiro ano em que fomos morar no morro fui matricu-lado na escola pública, o que exigia uma caminhada de uns cinco quilômetros até a escola, na direção contrária ao caminho da es-cola dominical. Saíamos de casa atravessando um campo em que havia cactos, pedras e era ladeado de pitangueiras. Um pequeno córrego separava a mata, do campo, e quando se entrava na mata fechada nos deparávamos com araticuns, araçás, e ingazeiros. Pa-pai construiu um pontilhão para nós. Depois que penetrávamos na mata mamãe ficava esperando que aparecêssemos um quilô-metro adiante, numa clareira, subindo uma escadaria cavada na terra – conhecida como escadinha. Ela nos via saindo da mata, mas logo não nos avistava mais. Desaparecíamos do outro lado do morro até alcançarmos a estrada asfaltada onde tomávamos o ônibus até a escola.

Eu tinha muito medo de atravessar a mata, e quando estava sozinho corria o mais que podia pela trilha até chegar do outro lado. A trilha só permitia que uma pessoa caminhasse atrás da outra, nunca ao lado de alguém de tão estreita que era. Mas quase sempre estava acompanhado de uma de minhas irmãs que estuda-vam na mesma escola.

A NOITE Em qUE TUDO COmEÇOU

Nossa casa era de madeira, com janelas tipo “venezianas”, que se abriam em par, e o sol penetrava na casa através de duas outras

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janelas internas com quatro vidros em cada uma, que davam vista para a cidade ao longe. Tinha três quartos, uma sala bem grande e uma cozinha enorme. O “quarto de banho”, era só pro banho mesmo, pois as necessidades eram feitas na casinha à beira de um penhasco. Quando os lampiões eram apagados a escuridão tomava conta de tudo. Não é como hoje que as noites são claras de tanta lâmpada iluminando a cidade.

Meu irmão mais velho e eu compartilhávamos a mesma cama de “meio casal”, como se dizia, porque não era uma cama de solteiro, estreita como as de hoje nem tampouco de casal, assim tão larga. Eu me deitava para o lado da parede de madeira e meu irmão na beirada. Os terrores começaram certa noite quando me acordei e avistei dois homens baixinhos, como anões, vestindo trajes militares junto à cabeceira de meu irmão. Assustado, voltei o rosto contra a parede e escondi a cabeça debaixo das cobertas, mas de vez em quando olhava e os via ao lado de meu irmão. Não era um sonho. Lembro-me muito bem que estava acordado. Isto deve ter durado cerca de meia hora. Meu irmão nada viu.

A partir desta noite comecei a ter pesadelos, e eu os via acor-dado ou dormindo. Qualquer objeto no quarto, uma peça de roupa dependurada, uma cadeira, qualquer coisa se transformava num demônio. E eu virava o rosto para a parede para não enxer-gar. Todas as noites sonhava com um menino e uma menina que apareciam no quarto, na janela da casa ou me derrubavam no chão quando eu chegava da escola e acabava de atravessar a mata. Faziam cara de deboche e riam de mim. Aqueles dois estavam em todos os pesadelos. Também via gente estranha jogando cartas na sala, fumando juntamente com meu pai, em cenas tão reais como se estivesse acordado.

Despertava-me pela madrugada e, com medo, dormindo na escuridão, passei a perguntar as horas de madrugada para minha

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mãe. “Mãe! Que horas são”? No início mamãe me tranquilizava, mas no decorrer dos dias começou a me xingar: “Vai dormir me-nino!”. Ela descobriu que se me dissesse que eram duas ou três ou quatro da manhã eu não conseguia dormir, mas se dissesse que eram cinco horas da manhã eu dormia, porque cinco e meia da manhã papai se levantava para trabalhar. Assim, todas as noites em que perguntava as horas, ele me respondia que eram cinco horas da manhã.

As visões eram terríveis. Sempre havia uma mão decepada so-bre a travessa de madeira da parede, alguém puxando meu pé e ruídos e vozes por toda a casa. Preocupados comigo meus pais me levaram ao médico que nada pôde fazer. Lembro-me certa ocasião de ser sufocado com a ponta de uma espada na garganta a ponto de quase morrer asfixiado.

Começamos a pedir oração nos cultos da igreja. Papai me ape-lidou de Zacarias, em homenagem a um amigo dele de pescaria que tinha medo de pescar em alto mar. Eu era muito medroso. Os três meses desta experiência pareceram uma eternidade, porque ser atormentado todas as noites em sonhos e visões era algo ter-rível. Cada noite era uma temeridade e uma eternidade.

Até que os anjos apareceram em meu quarto e cantaram um hino. Para uma criança de sete anos a experiência foi tremenda. Como das outras vezes, de madrugada perguntei as horas pra mamãe. Ela me repreendeu. Nisto vi luzes. O forro da casa era feito de tábuas largas e havia frestas na madeira, porque papai nunca colocou mata-juntas entre elas. A luz passava pelas frestas do forro iluminando o meu quarto. Era tão forte a luminosidade, que não podia ser luz de lampião. “Mamãe. A senhora está vendo luzes no forro?”, perguntei. “Se acomoda, menino”, me repreen-deu mamãe do seu quarto. “Mas tem luzes no forro”, argumentei. “Você já vai começar tudo de novo, me perturbando, guri?”. E

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foi então que ouvi um coro de vozes cantando no forro da casa. “Mamãe, estão cantando no forro. São vozes de tanta gente...”. Mamãe respondeu: “Meu filho, são os anjos de Deus que vieram lhe trazer libertação”.

Eles cantavam:

Glorioso Deus; que estás no céu, Conselheiro és, contra o revés; Se aqui trevas há, me iluminará, Na tribulação nele os crentes firmados estão. Ó quão bom é o nosso Deus, Tudo preparou pros seus; Que por ele chegarão, satisfeitos à sua mansão.

Repeti o que eles cantavam pra mamãe: “Se aqui trevas há, me iluminará; na tribulação nele os crentes firmados estão!”. Os anjos sabiam do meu medo e das minhas tribulações em tão tenra idade. E escolheram um hino do hinário para falar ao meu coração.

A experiência me deixou motivado. No sábado seguinte fomos a um casamento – daqueles de antigamente quando os crentes se reuniam na festa para cantar hinos e louvores a Deus – e para minha surpresa, os irmãos cantaram o mesmo hino. Corri até onde mamãe estava, e eufórico falei: “Mamãe é o mesmo hino que ouvi cantarem de madrugada em meu quarto”. Os irmãos canta-vam o hino 511 da H.C. Naquele casamento nós ficamos sabendo que o cântico fazia parte da hinódia da igreja.

Até hoje a experiência me deixa perplexo. Como os anjos de Deus cantaram um hino dos homens? Hoje entendo que eles aprendem com muita facilidade os cânticos da terra, porque aqui, certamente, todos os dias novas canções são feitas que engrande-cem e louvam a Deus pelas tantas realizações de Deus entre os ho-

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mens. E também porque os cânticos que compomos e entoamos não passam de inspirações dadas por eles e pelo Espírito Santo aos homens. Certamente o autor foi inspirado num cântico que já era cantado nos céus.

Que experiência ouvir as vozes de anjos cantando os mesmos cânticos da terra! Anos depois ouvi os anjos cantando outra vez, outra melodia com outra letra.

A partir dali cessaram as visões. Cessaram as perturbações. Fui totalmente liberto. E mostrava minha coragem saindo na noite escura e brincando de esconde-esconde com meus irmãos de noite, escondendo-me em moitas e em cima de árvores.

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