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A ATUAÇÃO DO SEBRAE-SP NA IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE DENVOLVIMENTO DAS MPEs EM FRANCA – (2011- 2015)
PRADO, Lucimara de Oliveira Correia 1
PAVARINA, Paula, Regina de J.Pinsetta2
Eixo Temático: 13 - DESENVOLVIMENTO E POLÍTICAS PÚBLICAS
RESUMO
A Lei Complementar 123/2006, denominada de Lei Geral das Microempresas, é uma politica
pública de desenvolvimento que estabelece normas gerais concernentes ao tratamento
diferenciado e favorecido às microempresas e às empresas de pequeno porte, doravante MPE.
Em linhas gerais esta política pública se refere à desburocratização, simplificação e redução
da carga tributária e melhoria do ambiente regulatório às MPEs e o estímulo ao
empreendedorismo no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. Com a aprovação do Decreto Nº 9662/2011, Franca teve regulamentada a Lei
Geral visando a melhoria do ambiente local para o Micro Empreendedor Individual – MEI e
as MPEs. Este trabalho visa relatar por meio de análise documental os desdobramentos da Lei
Geral no município de Franca a partir da interlocução do SEBRAE, junto aos atores políticos
públicos para implementação dos principais itens desta Lei em Franca no período de 2011 a
2015.
Palavras-Chave: Lei Geral, Politica de desenvolvimento local, SEBRAE
1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Mestranda do curso de Planejamento e Análise de
Politicas Públicas. E-mail.: [email protected] 2 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Doutora.E-mail.: [email protected]
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THE SEBRAE-SP THE PERFORMANCE IN THE IMPLEMENTATION OF PUBLIC POLICY DENVOLVIMENTO MPEs IN FRANCA - (2011- 2015)
Theme axis: 13 - DEVELOPMENT AND PUBLIC POLICY
ABSTRAT The Complementary Law 123/2006, named Micro company Law, is a developmental public politic through which general normative concerning differentiated and special treatment dedicated to the micro companies and small size companies, also called MPE, are applied. Broadly, this public politic refers to the debureaucratization, simplification and tributary load reduction as well as an improvement on the MPE regulatory environment and stimulation to entrepreneurship on all Powers of the Union, States, Federal District and Cities. With the approval of Decree nº 9662/2011, Franca had the Overall Law regulated aiming to improve the local environment for the Individual Entrepreneur, known in Portuguese as ‘MEI’ and MPEs. This research aims to relate, through documental analysis, the unfolding of the Overall Law in Franca, considering Sebrae’s involvement with the political players for the implementation of this Law starting on 2011 until 2015. Key words: Overall Law, Local Development Politics, Sebrae.
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1 INTRODUÇÃO
No Brasil, os pequenos negócios adquiriu nos últimos 30 anos, grande relevância para
a economia nacional. As microempresas e empresas de pequeno porte (doravante MPEs) se
tornaram as principais geradoras de riquezas principalmente no setor de comercio,
representando 53,4% do PIB deste setor, o PIB da indústria é de 22,5% e se aproxima ao das
médias empresas (24%) ao passo que o PIB do serviço, 36,33% são oriundos dos pequenos
negócios. Das 19 milhões de empresas ativas no Brasil, 98% são de pequeno porte, e
empregam 58% da mão-de-obra brasileira. Tal fato foi acelerado pelas alterações na dinâmica
do mercado externo, proveniente da globalização e da abertura do mercado
brasileiro.(SEBRAE, 2011)
A Lei 123/2006 aprovada em 5 de dezembro de 2006 trouxe clareza como os
municípios devem agir para viabilizar a melhoria do ambiente para o desenvolvimento
sustentável das MPES, no entanto, o fato da Lei existir não resulta diretamente na sua
execução, o que torna relevante o papel dos atores políticos para sua implementação e
beneficiamento de seu público alvo.
O SEBRAE é um ator político privado de interesse público, mas sem fins lucrativos,
atua junto à União, Estados e Municípios para a adequação da legislação e da estrutura
pública para fortalecimento das MPEs. Institucionalmente não é “fazedor” da Política Pública,
nem avaliador da mesma, no entanto, um ator apoiador das MPEs, tão relevante para o
desenvolvimento econômico.
Este trabalho é parte inicial de uma pesquisa ainda em andamento e tratará aqui,
especificamente da atuação do Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas do Estado de
São Paulo (SEBRAE/SP) no desenvolvimento de Políticas Públicas municipais de apoio às
MPEs no âmbito do Escritório Regional de Franca (ER-Franca), no período de 2006 a 2015.
Tal análise é inédita em âmbito regional, podendo ser material de referência no município de
Franca, especificamente, e visa contribuir para novas diretrizes de atuação do SEBRAE no
âmbito dos escritórios regionais e ao mesmo tempo avaliar a atuação deste ator político
privado ao desenvolvimento de Políticas Públicas municipais. O recorte temporal 2006 a 2015
considerou a aprovação da Lei Complementar 123/2006 e o ano da última atualização da
mesma, 20015.Trata-se de um estudo de caso e por assim ser, possui vantagens de
aprofundamento no conhecimento do objeto pesquisado (YIN, 2011).
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2 DESENVOLVIMENTO
A década de 70 ficou conhecida no Brasil como a “década do milagre brasileiro” e
com a instabilidade econômica internacional e a crise do petróleo houve a desaceleração da
econômica internacional o que favoreceu o crescimento da economia interna brasileira. As
exportações bateram recordes históricos e a produção industrial e a construção civil ampliava
vertiginosamente, ao passo que diretrizes estatais inibiam as importações. Houve também o
reconhecimento de que os problemas econômicos e financeiros das empresas eram na maioria
dos casos oriundos de sérios problemas gerenciais, e assim, os pequenos negócios entraram
efetivamente para a agenda política nacional e um centro de apoio aos pequenos negócios fora
criado, o CEBRAE- Centro Brasileiro de Assistência Gerencial à Pequena Empresa. Com a
promulgação da Lei nº 8.029/90 o Cebrae é autorizado a desvincular-se da administração
pública e estabelece critérios de arrecadação de recursos, que agora advêm da alíquota de
0,3% sobre as remunerações pagas pelas empresas contribuintes do SESI/SENAI e
SESC/SENAC aos seus empregados, transformando-se em serviço social autônomo -
SEBRAE e desde então passou a ser denominado Serviço Brasileiro de apoio às Micro e
Pequenas Empresas- SEBRAE, passando a fazer parte do Sistema S Composto por Conselho
Deliberativo e Conselho Fiscal eleito para um mandato de quatro anos e possui uma dezena de
Entidades Associadas.
Com advento da globalização nos anos 1990 e a partir da abertura dos mercados
internacionais e do avanço tecnológico e da internet, a estrutura empresarial tradicional
deixou de atender as novas demandas por produtos inovadores e com isso, a dinâmica se
alterou significativamente, pedindo empresas inovadoras e competentes, instaurando também
no Brasil, a urgência de um dinamismo econômico, com viés empreendedor, enaltecendo a
importâncias das MPEs.
À medida que o conhecimento codificado e os procedimentos de rotina não são mais os motores do desenvolvimento econômico e social, as organizações amplamente planejadas e burocráticas são vistas atualmente como absoletas, e enfrentam o desafio de redes cada vez mais criativas e inovadoras de pessoas e organizações do tipo bottom-up3. (GURISATTI, Paol, 2006, p.155)
As empresas de menor porte são institucionalmente consideradas estruturalmente
menos burocráticas, logo, as MPEs passaram a ter importância econômica significativa para o
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desenvolvimento do país, e na ânsia de enquadrar o país nesta dinâmica de mercado
internacional, os governos brasileiros passaram a se “espelhar” em vários “modelos
evolutivos” internacionais de aglomerados industriais para planejar o futuro do
desenvolvimento local, o que não foi facilmente engendrado no contexto brasileiro.
(GURISATTI). Aqui dentre os desafios iminentes para promover o desenvolvimento estava
em favorecer o ambiente local para que as empresas de menor porte pudessem gerar emprego
e renda de maneira a alavancar a economia local/regional, porém tal desafio era vital para o
desenvolvimento dos pequenos negócios. Alguns passos foram dados nesta direção,
Constituição Federal de 1988 que instituía que a União, Estados, Distrito Federal e
Municípios trouxe a diretriz do tratamento jurídico diferenciado para as microempresas e
empresas de pequeno porte, eliminando ou reduzindo obrigações administrativas, tributárias,
previdenciárias e creditícias. O artigo 146 da Constituição Federal (CF/88) previu a criação de
lei complementar para tratar das normas gerais tributárias abrangendo o tratamento
diferenciado e favorecido para as MPEs, no que se referia à criação de regimes simplificados
para cobrança e arrecadação de impostos para as MPEs nos âmbitos Nacional, Estadual e
Municipal. A criação de um ambiente favorável aos micro e pequenos empreendimentos, ao contrário, caracteriza-se por uma reorientação da atuação do Estado, que passa a atuar de forma mais descentralizada e em parceria coma sociedade cível e a própria iniciativa privada. Por isso, por trás das redes de pequenas e médias empresas, deve haver um radical processo de mobilização democrática da sociedade. (SILVA& COCCO,p.235, 2006)
Esse movimento resultou, nos anos 1990, na regulamentação dos seguintes
documentos: a Lei do Simples Federal (Lei Nº 9.317 de 5 de dezembro de 1996) e a criação
do Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Nº9.841 de 5 de outubro de
1999).O Simples Federal tratava de um sistema simplificado de recolhimento de tributos e
contribuições federais. No entanto, os Estados não aderiram ao Simples Federal, preferindo
instituir regimes próprios de tributação, resultando em 27 formas de tratamento tributários no
país. O mesmo aconteceu na esfera municipal. Poucos municípios aderiram ao Simples e a
maioria não adotou qualquer benefício para as microempresas e empresas de pequeno porte
em funcionamento em sua comarca.
O Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte instituiu benefícios nos
campos administrativos, trabalhista, de crédito e de desenvolvimento empresarial. Entretanto,
esses benefícios estavam limitados à esfera de atuação do Governo Federal, mostrando que
seus mecanismos eram insuficientes para beneficiar de fato as MPEs.
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Estas duas iniciativas demonstraram-se insuficientes para efetivamente tratar de
maneira diferenciada e beneficiar as MPEs, o que culminou em um movimento civil nacional
liderado pelo SEBRAE juntamente com as confederações Nacionais do Comércio, Indústria e
Serviços, que encaminhou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 42, de 19 de
dezembro de 2003. Esta emenda sugeria modificações no artigo 146 da Constituição Federal
(CF/88), que trata do Sistema Tributário Nacional, em que foi acrescentado um novo tema a
ser alvo da Lei Complementar: “a definição de tratamento diferenciado e favorecido para as
microempresas e para empresas de pequeno porte” (MEMORIAL SEBRAE). Promulgada
esta Emenda Constitucional, alterou-se o regime tributário nacional.
Com a aprovação da Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 –
conhecida como Lei Geral das Microempresas ou Estatuto da Microempresas - foram
esclarecidas as normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido às MPEs, no
que se refere à desburocratização do processo de legalização de empresas, incentivo à
participação das MPEs nas licitações municipais, no fortalecimento da atuação do Agente de
Desenvolvimento local (AD) e ao estimulo à formalização do Microempreendedor Individual
(MEI).
A partir da promulgação desta Lei Nacional, coube aos gestores públicos municipais
empreenderem esforços para a efetiva implementação da Lei Geral, tanto na esfera legal
(propondo decretos para promover a desburocratização da legislação relacionada à MPE ou
para o fortalecimento do uso do poder de compra) ,como no âmbito administrativo (por meio
da figura do agente de desenvolvimento (AD)) e burocrático (estimulando a formalização do
MEI e a rápida liberação de funcionamento para as atividades de baixo risco), enquanto
elementos fundamentais para diminuição da informalidade e geração de emprego e renda.
Neste contexto para melhor governabilidade, indicadores das MPEs foram
fundamentais para redirecionamento de Política Públicas de desenvolvimento econômico
local, e atores políticos privados contribuíram para isso, O mais impressionante resultado de vinte anos de comprometimento em âmbito nacional (e também internacional) para organizar o desenvolvimento local no Brasil, em que lideraram instituições nacionais como Serviço brasileiro de Apoio às Micro e Pequenos (SEBRAE), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (BNDES)etc., é justamente o fato de que os indicadores econômicos estão melhorando rapidamente, ao passo que a integração e a justiça social não avançam na mesma proporção. (GURISATTI, p.156, 2006)
Também na esfera microeconômica, o papel destas instituições se tornaram ainda mais
relevantes. Institucionalmente o SEBRAE atuou de maneira pontual junto aos gestores
municipais para apoiar na viabilização de leis em prol das MPEs, de modo que o ambiente se
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tornasse adequado ao desenvolvimento e sobrevivência dos pequenos negócios, em
conformidade com a Lei Geral.
O SEBRAE-SP possui 33 ER- Escritórios Regionais, que atuam por meio de
articulações politicas entre gestores de Políticas Públicas (funcionários do SEBRAE), agentes
de Desenvolvimento Local- AD (funcionários nomeados pela Prefeitura), secretários e
Prefeitos para o desenvolvimento de Políticas que favoreçam as MPEs como proposto na LEI
123/2006. As estratégias do SEBRAE são de abrangência macro (Nacional) e de atuação
micro (municipal). A Lei 123/2006, aprovada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva,
em 5 de dezembro de 2006, tornou se o Novo Estatuto das MPES ao definir conceito de
Micro e Pequenas Empresas, e estabelecer o tratamento favorecido e diferenciado para as
microempresas e empresas de pequeno porte, especificamente, no que concerne a
Desburocratização, Tributação e Compras Governamentais. O ER- Franca, objeto de estudo
desta pesquisa, atua no atendimento de Franca e outras 18 cidades da região. Dentre a divisão
da equipe, temos os gestores por área de atuação, dentre eles o gestor de Politicas Públicas.
O gestor de Politicas Publicas tem a função de articular junto aos gestores públicos a
viabilização da LC nº123/16, através de orientação, consultoria jurídica e capacitação de
servidores AD- Agentes de Desenvolvimento nos itens meta para implementação da lei, ou
seja, são os gestores de política publica quem representa o SEBRAE no que se refere a Lei
Geral das microempresas.
Aprovada a Lei da MPE, as ações políticas do Sebrae em prol das MPEs se
intensificaram ainda mais no ano de 2008, quando o SEBRAE-NA aprovou projetos de
capacitação empresarial para 25 Estados visando atender a demanda do Governo Federal no
Programa Territórios da Cidadania, concebido para promover o desenvolvimento regional e
garantir os direitos sociais para as regiões mais carentes do Brasil. O SEBRAE tinha a
perspectiva de por meio do estímulo ao empreendedorismo, inserir de maneira produtiva
pessoas que vivessem nessas localidades apontas pelo programa. Este programa federal aliado
aos projetos regionais do SEBRAE foi decisivo para implementação da Lei Geral da Micro e
Pequena Empresa. Neste mesmo ano, entrou em vigor a Lei Complementar nº 128/2008, que
instituiu a figura jurídica do MEI - Microempreendedor individual, proporcionando diversos
benefícios sociais, favorecendo a formalização de novos empreendimentos para milhares de
trabalhadores informais com até um funcionário ( PLANALTO, 2016)
Embora o Código Civil, já considerava a figura do perfil empresarial MEI, foi a Lei
128/2008 que definiu critérios de “quem” e “de que forma” se enquadraria nesta política
pública. A compreensão deste novo perfil empresarial necessitava de estratégias pontuais
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tanto dos atores políticos públicos (adequação do ambiente municipal) quanto dos privados
para a compreensão e conscientização social do MEI e sua formalização. Tais necessidades
intensificaram as ações do SEBRAE- SP junto aos agentes públicos, no apoio da
conscientização, capacitação e atendimento, que impulsionou o desdobramentos local da Lei
Geral das MPEs.(PORTAL DO EMPREENDEDOR)
No município de Franca, em 2007 foi criado pela Prefeitura, o Fórum Permanente de
Desenvolvimento pela Secretaria de Desenvolvimento de Franca, na ocasião SEBRAE-SP/ER
Franca foi parceiro do evento com capacitação na área de Política Públicas abordando os
principais pontos da Lei 123/2006 e as adequações necessárias para viabilização desta lei em
Franca.(PORTAL FRANCA, 2016) Com a aprovação da Lei 128/2008, a parceria entre
SEBRAE e municípios se intensificaram, e como desdobramento da parceria entre SEBRAE–
SP/ER-Franca e Prefeitura Municipal local, registou-se na criação do Dia do Empreendedor
Individual (13 de março) e posteriormente no 1º Mutirão do MEI, integrando instituições
reguladoras como Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiro, CETESB; contadores e o do
SEBRAE-SP como apoiador e patrocinador. Tais ações culminou na aprovação do Decreto
municipal Nº 9662/2011, que regulamentou a Lei Geral 123/2006 no município visando a
melhoria do ambiente local para o Micro Empreendedor Individual – MEI e às MPEs. Dentre
as principais conquistas aprovadas pelo Decreto, estão programas de: I – incentivo à geração
de emprego (caminho para o Emprego); II – incentivo à formalização de empreendimento (
instituição da Sala do Empreendedor); III – Implantação do SIL – Sistema integrado de
licenciamento; IV – Obrigatoriedade da observância, em nível municipal, dos benefícios
genéricos destinados às micro e pequenas empresas referentes às compras públicas; V –
Inovação tecnológica e educação empreendedora (Incubadora de Empresa e JEPP- Jovens
Empreendedores Primeiros Passos) e VI – Incentivo ao associativismo e
cooperativismo(Acesso a mercados e fortalecimento do mercado local).
§2º Para efeito de se implementar a educação empreendedora para Franca, desenvolver-se –a ações de caráter curricular ou extracurricular, voltadas a aluno do ensino fundamental de escolas públicas e privadas, assim como a alunos de e nível médio e superior de ensino, nos termos da Lei Municipal n.7.482, de 13 de Dezembro de 2010, que firma convenio de ensino fundamental das escolas municipais.(DECRETO,2011)
Em 2010, na VI Edição do PSPE- Premio SEBRAE Prefeito Empreendedor, o então
Prefeito de Franca Sidnei Franco da Rocha, ganhou o prêmio, com os projetos de Cursos de
Geração de Renda do Fundo Social de Solidariedade e o Do Empreendedorismo ao
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Profissionalismo (MEI). Projeto criado pelo próprio prefeito Sidnei Rocha, previa a criação da
Sala do Empreendedor, importante programa de atendimento ao MEI, na formalização e
formação empresarial. Ao todo, sete ações do município foram cadastradas no concurso,
sendo que o Prefeito nesta edição foi o vencedor na etapa estadual na categoria MEI. Na
IX Edição em 2015, o então prefeito Alexandre Augusto Ferreira conquistou o 3 º lugar na
categoria Desburocratização, o PSPE tem como premissa valorizar e reconhecer:
(...) gestores que tenham implantado projetos com resultados comprovados, ainda que parciais, de estímulo ao surgimento e ao desenvolvimento de pequenos negócios e à modernização da gestão pública, contribuindo de forma efetiva para o desenvolvimento econômico e social do município. (MANUAL PSPE,2015)
Destaca-se então, a atuação pontual e estratégica do ER- Franca como facilitador e
dinamizador local do processo de integração entre as partes SEBRAE-PREFEITURA-
POPULAÇÃO, no que tange a viabilização das Políticas de Desenvolvimento Local, referente
ao fortalecimento das MPEs. A evidencias desta interação no processo direto de
conscientização empresarial para o desenvolvimento territorial local, havendo por meio das
instituições públicas e privadas e também cidadãos francanos o SEBRAE-SP/ER-Franca
como referência institucional para o apoia das MPEs.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todas as iniciativas supracitadas apresentam, ainda que com resultados parciais, a
relação direta do SEBRAE com as Políticas Públicas em prol da MPE no município de
Franca. A partir do apoio e a intervenção do SEBRAE, junto a gestores municipais e Agentes
de Desenvolvimento de Franca, as empresas MEI e MPEs passaram a ter respaldo legal
referente a redução de tributos, favorecimento em compras e licitação; desburocratização no
licenciamento e alvarás; acesso a créditos e mercados; capacitação e educação empresarial,
um sistema integrado para viabilização e um local referência para orientação e serviços ao
MEI, de maneira integrada e funcional. Elevou a cidade no ranque para o 13º lugar estadual
na formalização do MEI, servindo de referência no modelo implantado de Sala do
Empreendedor, o que evidencia a contribuição desse ator privado na implementação de
Políticas Públicas de Desenvolvimento econômico local.
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4 REFERÊNCIAS AGÊNCIA SENADO. O Sistema S. http://www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/sistema-s. Acesso em: 30 de junho de 2016.
DECRETO MUNCIPAL DE FRANCA.N.º9662/2006. http://www.franca.sp.gov.br/portal/ - Acesso em 20 de abril de 2016. FORÚM PERMANENTE DE DESENVOLIMENTO. http://www.franca.sp.gov.br/ForumPermanenteDesenvolvimento/ind43_com17.htm. Acesso: 20 de abril de 2016.
GURISATTI, Paolo, in SILVA, Geraldo. COCCO, Giusepp.Territórios Produtivos: Oportunidades e Desafios para o Desenvolvimento Local. Editora SEBRAE, 2011.
LEI COMPLEMENTAR 123/2006. Estatuto das Micro e Pequenas empresas. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm. Acesso em: 10 de março de 2016. LEI COMPLEMETAR 128/2008.Lei do Micro Empreendedor Individual. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp128.htm. Acesso em 10 de março de 2016. MEMÓRIAL SEBRAE. História. http://memorial.sebrae.com.br/ - Acesso em 30 de março de 2016. MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL. Que é? http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual. Acesso em: 15 de abril de 2016. PRÊMIO SEBRAE PREFEITO EMPREENDEDOR. Manual. http://www.prefeitoempreendedor.sebrae.com.br/. Acesso em: 20 de março de 2016. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENA EMPRESAS. Conheça o SEBRAE. http://www.sebrae.com.br/. Acesso em: 15 de abril de 2016. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENA EMPRESAS – São Paulo. Franca é a 13ª cidade de São Paulo em Formalização do MEI. http://www.sebraesp.com.br/. Acesso em: 20 de abril e 2016. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENA EMPRESAS. Participação das Micro e Pequenas Empresas na Economia Brasileira. Revista Sebrae, Julho de 2014.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2ª ed . Porto Alegre: Bookman, 2001.