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A Atuação dos Orixás - trecho do livro O Código de Umbanda - Rubens Saraceni

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AS HIERARQUIAS DOS TRONOS DE DEUS

A ATUAO DOS ORIXS

Uma das maiores dificuldades das pessoas o entendimento da ascendncia dos orixs sobre suas vidas e ns temos insistido nos estgios da evoluo que, se formam um continuum na vida dos seres, no entanto no se processam em uma mesma dimenso.

Se hoje somos espritos, ontem ramos seres naturais e no precisvamos reencarnar para evoluir. E anteontem ramos seres encantados da natureza, regidos por Orixs Encantados que direcionavam e monitoravam mentalmente nossa evoluo.

Enfim, um ser no um produto acabado quando criado por Deus. E se nos permitem uma comparao, no momento da nossa criao no ramos diferentes de um vulo fecundado por um smen, pois desta unio surge uma vida, um indivduo com uma herana gentica que controlar sua formao celular, nervosa, ssea, etc., dotado de um crebro que lhe facultar um aprendizado contnuo e uma capacidade de raciocinar j a partir de suas necessidades bsicas.

Enquanto estamos protegidos no tero materno, somos o ser que est sendo gerado no ntimo de Deus. Quando nascemos, o nosso cordo umbilical cortado e s sobrevivemos porque temos no leite materno um composto energtico que nos fornece todo alimento de que necessitamos para continuarmos vivos e bem alimentados.

O leite materno, comparativamente, a energia elemental que d sustentao energtica aos seres recm-sados do estgio original da evoluo, que alguns chamam de estado virginal do esprito, onde ainda somos seres virginais porque no entramos em contato com nada do que existe fora do tero divino.

Ns, quando vivenciamos nosso estgio elemental da evoluo, ramos totalmente inconscientes, como so todos os recm-nascidos, e no dispensvamos o amor, carinho e amparo materno, que recebamos de nossas mes elementais.

Elas nos inundavam com suas irradiaes de amor e de f e formaram nossa natureza bsica ou elemental.

As mes elementais formam uma hierarquia divina venerada, adorada e respeitadssima por todos os Orixs Encantados e naturais, que as tem na conta de mes divinas puras em todos os sentidos, pois so puras nos seus elementos e no amor que irradiam.

As mes gneas irradiam energias elementais puras do fogo e vibram um amor que abrasa quem est em seu campo vibratrio e sob suas irradiaes.

E o mesmo acontece com as mes aquticas, elicas, telricas, minerais, vegetais e cristalinas.

Aproximar-se de uma dessas mes voltar primeira infncia num piscar de olhos, mesmo para um esprito to velho quanto eu, Pai Benedito de Aruanda.

J o segundo estgio de nossa evoluo acontece quando o nosso corpo e natureza elemental j esto formados e aptos a absorverem energias mistas.

Automaticamente somos conduzidos aos jardins de infncia dirigidos por nossas mes bielementais, para absorvermos um segundo elemento e desenvolvermos nosso emocional ou plo negativo.

Neste estgio dual ou bielemental da evoluo, encontramos as nossas amadas mes mistas, to amorosas quanto as primeiras, mas atentas ao nosso crescimento e ao desenvolvimento de nossas faculdades elementares ou bsicas, tambm conhecidas como instintos bsicos.

Estas nossas amadas mes so conhecidas como: Yemanjs do ar, da terra, dos minerais, dos vegetais (isto mesmo) e dos cristais. S no so Yemanjs do fogo, pois estes elementos no combinam com gua, que o elemento original delas. Mas ns as encontramos nas Oxuns do fogo e tambm nos outros elementos, mas no temos as mes Oxuns vegetais no nosso segundo estgio da evoluo porque o elemento puro mineral e o vegetal no se combinam. Elas s surgiro em nossas vidas no nosso quarto estgio da evoluo ou evoluo natural, pois a o mineral, o vegetal, a gua, o ar e o fogo formaro um composto energtico j assimilvel pelos seres, muito mais desenvolvidos em todos os sentidos.

E assim, em nosso segundo estgio da evoluo fomos amparados e instrudos por nossas amadas mes mistas ou bielementais, que tambm so amadas, veneradas e respeitadssimas por todos os orixs.

Depois de desenvolvermos nossos instintos bsicos e nosso emocional, somos conduzidos ao nosso terceiro estagio da evoluo, tambm conhecido como estgio encantado da evoluo dos seres. E quem nos acolheu no aconchego de seus amores maternos foram as nossas amadas e severas mes encantadas.

So severas porque sabem que os seres ainda guiados pelos instintos so semelhantes aos adolescentes do plano material: so emocionais, instintivos, curiosos, inquiridores, um tanto cabeas-duras e impetuosos!

Ou encontram nas mes encantadas as mestras rigorosas, ou com toda certeza acabaro se confundindo e trocando os ps pelas mos, paralisando suas evolues.

As nossas mes encantadas no so menos amorosas que as duas categorias anteriores, mas exigem uma obedincia total, seno nos do umas palmadinhas para nos recolocar na senda evolutiva.

Elas j so irradiadoras de, no mnimo, trs elementos que formam uma quarta energia, que desperta os sentidos e a sensibilidade nos seres encantados. So tantas as mes encantadas que impossvel quantificar seu nmero. E todas so rigorosas, no importando de qual elemento original elas provenham.

Elas so mes e mestras e tanto nos amam quanto nos instruem. E no nos liberam para o quarto estgio da evoluo enquanto no tiverem plena certeza de que estamos aptos a vivenci-lo. E mesmo depois de nos entregar aos cuidados de nossas mes naturais, continuam a vigiar-nos... e a aplicar corretivos se nos desviamos na nossa conduta pessoal ou do caminho que devemos trilhar.

De vez em quando, tem algum ser natural sendo chamado razo por alguma delas. E at ns, os espritos reintegrados s hierarquias naturais, s vezes somos advertidos quanto ao nosso liberalismo humano.

Isto de alguns filhos de Santo dizerem que as mes encantadas so intolerantes com suas falhas individuais e que os punem com severidade, bem... verdade!

Com elas no tem a desculpa de que depois se conserta o que estragou ou depois se repara um erro. Ou conserta e repara no ato ou... posto de castigo e ajoelhado em cima de gros de milho, certo?

Estas mes encantadas so sensveis aos seus filhos e fazem de tudo para desenvolver neles os sentidos que os guiaro pelo resto da vida, deixando de guiarem-se pelos instintos bsicos.

Muitos encontram certa dificuldade em deixar de se guiar pelos instintos e acabam sendo recolhidos a faixas vibratrias especificas, onde esgotaro seus emocionais negativados, pois s depois disso desenvolvero a percepo e os sentidos se abriro como canais mentais direcionadores de suas aes. S quando desenvolverem plenamente seus sentidos e a percepo, que o recurso bsico usado por seus filhos, que as mes encantadas os encaminham s mes naturais, que os recebero e os sustentaro no quarto estagio da evoluo que chamamos de estgio natural da evoluo.

As mes naturais, ao contrrio das mes encantadas, so mais liberais, ainda que mantenham o mesmo rigor e severidade.

Mas elas do uma certa liberdade de ao aos seus filhos para que eles possam desenvolver a conscincia. Esse despertar da conscincia implica assumir compromissos e sustentar iniciativas guiadas pelos sentidos e pela conscincia.

O mesmo acontece conosco, que viemos do terceiro estgio da evoluo, quando tambm ramos seres encantados guiados pelos sentidos e pela percepo.

Paralelismo vibratrio um recurso maravilhoso de Deus, pois quando um ser no est evoluindo sob a regncia de uma me natural, ento ela o encaminha a outra faixa vibratria, onde outro elemento bsico predomina. E nela o ser passar por uma acentuada acelerao ou desacelerao em sua vibrao individual, sempre visando o melhor para ele, que tem de se conscientizar e assumir conscientemente a conduo de sua vida, suas iniciativas e suas preferncias pessoais.

A quarta faixa vibratria de todas as dimenses naturais, onde no acontece o ciclo encarnacionista, est, vibratoriamente, no mesmo nvel terra da faixa humana onde os espritos encarnados vivem e evoluem.

Ns somos espritos porque, quando desenvolvemos nosso corpo percepcional e passamos a nos guiar pelos sentidos, fomos espiritualizados ou revestidos de um plasma cristalino que protege nosso corpo energtico para que suportemos as irradiaes energticas que penetram na dimenso humana e a inundam dos mais variados tipos de energias.

No nos perguntem porque Deus criou a dimenso humana, pois esta resposta s Ele pode dar. Mas ns raciocinamos e muitas hipteses j foram aventadas. A que parece ser a mais lgica a que indica que o esprito desenvolve, junto com o despertar da conscincia, a criatividade. Se bem que, como aqui na dimenso humana tudo se desenvolve em dois sentidos, tambm desenvolvemos a iluso.

E, enquanto a criatividade humana nos proporciona recursos adicionais nossa evoluo, a iluso nos induz ao emocionalismo, ao retorno aos instintos bsicos, paralisao dos nossos sentidos e do nosso percepcional, inconscincia e a quedas vibratrias acentuadas que nos afastam do convvio dos espritos que nos so afins.

Os nossos irmos naturais desenvolvem a conscincia e apuram ainda mais seus percepcionais, enquanto ns aperfeioamos nossa conscincia e apuramos nosso raciocnio, pois a criatividade precisa de uma apuradssima capacidade de raciocinar a partir de conceitos abstratos para que cheguemos s definies corretas que possibilitam a criao concreta de novos recursos que facilitaro nossa evoluo.

Esta hiptese se mostra a mais lgica porque ns conhecemos as dimenses naturais e nelas no existe a criatividade humana, que transforma o meio onde vivemos, altera os nossos costumes, nossas culturas, nossos ideais... e at criamos religies. Nas dimenses naturais no existem os nossos to abstratos conceitos religiosos e nossas mirabolantes concepes sobre Deus.

O sentido da F vai conduzindo todos ao mesmo tempo, pois as vibraes dos orixs irradiadores de religiosidade so absorvidas por todos ao mesmo tempo. E quando um ser natural desenvolve o sentido da F at seu limite, assim como adquire a plena conscincia, ento se torna um irradiador natural da f, semelhante ao seu orix regente, que o amparou o tempo todo com suas intensas vibraes despertadoras dos sentimentos de amor, respeito e reverncia para com o Divino Criador, e para com todas as criaturas, os seres e toda a criao divina.

Este processo evolutivo contnuo e o chamamos de evoluo natural. Porque o ser no tem sua memria adormecida em momento algum, desde que saiu do tero divino que o gerou. Ele no teve de reencarnar seguidas vezes e no se esqueceu de nenhuma de suas vivenciaoes, ocorridas nos trs estgios anteriores da sua evoluo.

E, se so semelhantes a ns j que o nico diferenciador o plasma cristalino que envolve nosso corpo energtico, no entanto algo os distingue de ns, pois aos nossos olhos humanos eles so todos iguais.

Eles no reencarnam e no so diferenciados pelo corpo carnal, como acontece conosco, os seres espiritualizados.

Sim, porque se nascermos chineses, nossos espritos mostraro os traos caractersticos desta raa. E se nascermos negros ou louros, o mesmo acontecer, ainda que essa membrana plasmtica cristalina possa ser alterada mentalmente por ns, que assumiremos a aparncia que desejarmos se dominarmos esse processo de alterao de nosso corpo plasmtico.

Os seres naturais no alteram suas aparncias porque lhes falta este revestimento plasmtico, e nem lhes ocorre assumirem outras aparncias, pois consideram isto um recurso tpico dos seres espiritualizados, que recorrem s aparncias porque procuram iludir-se, j que esto aparentando algum que no foram ou so, ou j foram e no so mais.

E as aparncias plasmadas no resistem penetrante viso deles, que nos vem atravs de nossos corpos energticos, nunca atravs do nosso corpo plasmtico. A eles falta a criatividade e a iluso, que so faculdades tipicamente humanas, j que s se desenvolvem no estagio humano da evoluo.

No aspecto religioso, eles nominam Deus de Divino Criador e Senhor da Luz da Vida, e quando O invocam, fazem-no atravs de cantos mantrnicos, nunca num dilogo coloquial como ns fazemos.

Ns chamamos aos orixs por seus nomes humanos, tais como Ogum, Oxossi, Xang, Yemanj, etc. Mas eles s se dirigem a eles atravs de seus nomes mantrnicos ou divinos, que a mesma coisa.

Estes nomes so formados por slabas e cada uma possui seu tom e sua fontica particular, formando um canto ou mantra.

Eles no procedem como ns, que a todo instante exclamamos: Valei-me Deus!, Ajude-me, meu Pai Ogum!, etc.

Muito antes de o cdigo hebreu proibir o chamamento em vo do nome de Deus, os nossos irmos naturais j tinham isto como regra de conduta. E a aplicam aos sagrados orixs, aos quais podem ver o tempo todo, estejam prximos ou distantes deles, bastando-lhes fixar suas vises no orix que desejam focalizar visualmente.

Logo, no existe uma separao visual entre os nossos irmos naturais e os seus regentes divinos, mesmo que estejam em outra dimenso.

J o mesmo no ocorre conosco, os espritos, pois a encarnao bloqueia nossa viso superior e o adormecimento de nossa memria nos impede de nos lembrarmos das divindades naturais e de como focaliz-las visualmente e mentaliz-las vibratoriamente.

Por isto a realidade religiosa dos seres naturais superior nossa e dispensa as nossas concepes abstratas acerca de Deus, das divindades e de como atuam em nossas vidas.

Conosco, a religiosidade tem de ser estimulada verbalmente, seno nosso sentido da f vai se atrofiando. J com eles, que absorvem as irradiaes contnuas dos orixs irradiadores da f e da religiosidade, isto no acontece em momento algum.

Mas tm um problema comum conosco: s vezes caem vibratoriamente quando se entregam vivenciao de seus desejos, de seus instintos e de seus desequilbrios emocionais. E no so pequenas essas quedas vibratrias. Quando caem vibratoriamente, afastam-se naturalmente do regente do nvel onde se encontram e vo descendo a outros nveis, numa queda contnua que s termina quando chegam ao plo magntico negativo da irradiao que os est sustentando.

Se um natural de Ogum comea a cair vibratoriamente por causa de uma das razes que citamos acima, dificilmente deixa de cair at o plo magntico negativo da linha de foras irradiantes do mistrio da Lei Divina.

E se, quando vivia sob a irradiao do plo magntico positivo era irradiante e irradiador de vibraes ordenadoras e sustentadoras da ordem, no plo magntico negativo torna-se absorvedor de energias negativas e assume uma nica cor, comum a todos os que esto sob a irradiao de um plo magntico negativo.

Quando isto acontece, ns chamamos estes seres de seres negativados, pois so intolerantes, irascveis, violentos, perigosos, ensimesmados e refratrios a qualquer contato.

Eles se isolam em si mesmos e se autopunem por terem falhado em alguns dos setes sentidos bsicos. Sentem-se indignos dos regentes irradiantes e fogem deles assim que percebem suas aproximaes. Muitos adentram nos nveis vibratrios afins da dimenso humana, no intuito de ocultarem-se da viso e da luz dos orixs.

Mas, por serem portadores de uma inocncia natural, so presas fceis dos poderosos espritos cados nas trevas humanas, que possuem seus sombrios domnios abarrotados de espritos cados, tambm por vivenciarem seus desejos, por desequilbrios emocionais e por seus instintos bsicos.

Estes poderosos espritos cados, os temidos grandes das Trevas, recorrem aos seus poderes mentais e suas faculdades ilusionistas e praticamente escravizam estes seres naturais, hipnotizando-os e livrando-os de suas culpas conscienciais, adormecendo no intimo deles os sentimentos de vergonha e o desejo de se autoflagelarem.

Os grandes das Trevas acercam-se desses naturais cados porque estes so leais, fieis, obedientes e submissos ao extremo. Alm de serem irradiadores de energias negativas muito perigosas para os espritos humanos, que somos ns.

Os grandes magos negros das trevas humanas os usam assiduamente para perseguirem seus desafetos encarnados ou retidos nos sombrios nveis vibratrios das faixas negativas da dimenso espiritual humana.

Na inocncia natural deles est sua fraqueza, pois so iludidos com facilidade e lhes falta o recurso da criatividade humana para pensarem numa sada racional para o problema que criaram para si mesmos.

Os magos das trevas os induzem a crerem que os orixs luminosos no gostam mais deles e que os querem longe de seus domnios naturais, despertando neles uma ojeriza luz e a todos que vivam nas faixas vibratrias luminosas.

O fato que, quando algum, seja um ser natural ou um esprito humano, portador natural de um mistrio, os seres elementares, os encantados e os naturais vem o grau e o mistrio no seu portador e o tratam com respeito e reverncia e aproxima-se dele para absorverem as suas irradiaes naturais, que contm as vibraes divinas do mistrio que se manifesta atravs dele e flui junto com suas irradiaes.

Se assim procedem porque, passando a absorver as irradiaes do mistrio, chegar um tempo em que tambm eles se tornaro irradiadores do mistrio que os irradiou e sustentou.

Se existem mistrios humanos?

- Sim, existem os mistrios humanos, irmos amados!

Nossa criatividade um deles e tem nos ajudado a superar obstculos gigantescos em nossa evoluo segmentada, pois ora estamos vivendo no plano material, ora no plano espiritual.

Um outro mistrio humano a faculdade de desenvolvermos mais de um mistrio natural em ns mesmos. Sim, os seres naturais e os encantados s irradiam a partir de si mesmos um mistrio, seja ele de natureza positiva ou negativa.

Mas ns, espritos humanos, podemos irradiar quantos desejarmos e formos capazes de desenvolver em nosso ntimo, at um ponto em que passamos a irradi-los naturalmente, desde que nos coloquemos em sintonia vibratria com as divindades irradiadoras deles.

Querem um exemplo simples acerca do que estamos comentando? Ei-lo:

Um mdium de Umbanda lida com vrios orixs ao mesmo tempo durante seus trabalhos magsticos. Num instante ele ativa o mistrio de um para, no instante seguinte, ativar o de outro, j afim com sua nova necessidade. Durante o decorrer de uma engira, vrios orixs so invocados e os mdiuns vo assimilando suas irradiaes, tornando-se irradiadores das energias deles.

E se invocam Exu, no mesmo instante Exu se manifesta e os mdiuns passam a irradiar suas energias. Essa capacidade humana de lidar com mistrios distintos e ao mesmo tempo s ns, os seres espiritualizados, possumos, j que os seres encantados ou naturais de Ogum, por exemplo, s irradiam qualidades de Ogum, e o tempo todo.

Um encantado ou natural de Oxssi s irradia qualidades de Oxssi, o tempo todo. Uma encantada ou natural de Yemanj s irradia qualidades de Yemanj, o tempo todo. Uma encantada ou natural de Oxum s irradia qualidades de Oxum, o tempo todo.

Por qualidades entendam mistrios e energias!

J ns, os espritos humanos, bem, ora estamos irradiando Ogum, ou Oxssi ou Xang, ora estamos irradiando Yemanj, Oxum, Ians, etc.

Por que esta diferente capacitao? O que que nos faculta irradiarmos ora um e ora outro orix? O que que nos diferencia de nossos irmos encantados ou naturais, que s conseguem irradiar um orix apenas?

Bom, esta diferenciao acontece porque um encantado ou natural de Ogum o que : Um Ogum individualizado em si mesmo mas regido o tempo todo pelo mistrio Ogum, do qual no consegue se afastar, desligar ou deixar de irradiar o tempo todo.

Um ser natural Ogum um Ogum em si mesmo e irradia Ogum o tempo todo, nunca se dissociando de seu regente divino. E o mesmo acontece com todos os seres elementais, encantados e naturais regidos pelos outros orixs.

J o mesmo no acontece com um esprito ou ser humano, pois o simples fato de viver e evoluir na dimenso humana j lhe faculta a possibilidade nica de desenvolver a bipolaridade magntica, vibratria e irradiadora ou absorvedora de mistrios.

Um esprito humano tem uma direita e uma esquerda, um alto e um embaixo, aos quais manipula segundo suas afinidades ou necessidades.

Um esprito pode ter no alto o orix Oxal, no embaixo o orix Omul, na direita a orix Yemanj e na esquerda a orix Ians, e pode absorver as irradiaes dos quatro, que no deixar de ser o que : um esprito humano!

J um nosso irmo encantado ou natural, bom, ele s absorve as irradiaes de um desses quatro orixs ou entra em desequilbrio magntico, vibratrio e energtico e fica confuso e desequilibrado emocionalmente. E cai! Isto um dos muitos mistrios humanos, filhos de F nos orixs!

O estgio humano da evoluo no superior a nenhum outro. Mas que possui seus mistrios, isto ele possui! E quando um esprito humano desenvolve-se consciencialmente e adquire controle sobre seu emocional, logo atrado pelas hierarquias naturais regidas pelos orixs que o assentam direita ou esquerda e o tornam irradiador de suas energias e mistrios.

Eu mesmo, Benedito de Aruanda, acho que j me assentei direita ou esquerda de todos os senhores(as) Orixs Intermedirios naturais e junto de muitos dos senhores(as) Orixs Intermedirios encantados, assim como j fui assentado direita de alguns(as) Orixs Elementais.

A todos sirvo com f, amor e profundo respeito, pois entendi que eles formam a imutvel e inquebrvel hierarquia divina do Divino Olorum, que o nosso Divino Criador.

Este servir irradiar individualmente, e segundo minha limitada capacidade, alguns dos mistrios que eles irradiam a todos, o tempo todo e de forma multidimensional, pois cada um possui uma irradiao vertical e outra horizontal, formando a quadratura do crculo onde esto assentados, pois so Tronos Divinos.

Eu, se vos falo dos senhores orixs com tanta naturalidade e conhecimento, porque dentro dos meus limites humanos e deles recebi a orientao de ensina-los aos seus filhos que foram espiritualizados, mas continuam a ser o que nunca deixaro de ser: filhos de orixs.

Sim, todos so filhos de orixs, mas s os que desenvolvem os mistrios humanos (os seres espiritualizados) conseguem faze-lo sem grandes dificuldades. Se bem que alguns acabam estacionando por muito tempo nas zonas sombrias da dimenso espiritual humana.

Mas isto tambm acontece nas dimenses naturais regidas pelos orixs, ainda que no chamem o lado escuro delas de inferno ou umbral, pois l o nome destas zonas sbrias este: plos negativos!

Sim, os orixs regentes dos plos negativos sustentam os seres encantados ou naturais que, por alguma razo, falharam em suas evolues e tiveram de ser afastados do convvio com os que evoluam equilibradamente. Eles estacionam nos nveis vibratrios negativos at que possam retomar, j equilibrados, suas evolues naturais, pois eles no reencarnam e no tem suas memrias adormecidas, como acontece conosco sempre que reencarnamos para superar obstculos que nos desequilibraram intensamente. Eles no saem da irradiao do seu regente natural. Assim, um encantado de Ogum, se vier a se desequilibrar durante seu estgio encantado da evoluo, no sair da dimenso regida pelo Orix Ogum. Apenas ser atrado pelo plo magntico negativo que nela existe e, amparado por um orix Ogum csmico, mas de nvel intermedirio, nele estacionar at que tenha superado o desequilbrio que o negativou magneticamente. um processo seguro, mas lento, de reequilibr-lo emocionalmente.

J o mesmo no acontece nas zonas sombrias da dimenso humana. Nelas sempre tem um espertinho para recepcionar os espritos negativados que sempre est pronto e disposto a aproveitar-se deles que, se j esto desequilibrados, muito pior ficaro aps suas quedas vertiginosas.

As zonas sombrias humanas so como as prises do plano material: algum atropela algum com seu veculo. Se for condenado priso, vai conviver com assaltantes, estupradores, assassinos frios e calculistas. Quando sair da priso, ter feito um estagio completo no mundo da criminalidade, e com certeza recorrer aos seus novos conhecimentos assim que se ver em dificuldades.

J o mesmo no acontece nas dimenses naturais. Nelas no se misturam, de forma alguma, seres com desequilbrios diferentes. Quem se desequilibrou num sentido no entra em contato com quem se desequilibrou em outro.

Se um encantado viciou-se nas coisas do sexo, ele ir a um plo magntico que s atrai encantados desequilibrados por vcios sexuais. Se um encantado tornou-se violento e gosta de agredir outros encantados, imediatamente atrado para um plo magntico que s atrai encantados violentos e agressivos... que o agrediro.

A frase: Os semelhantes se atraem! se aplica com toda propriedade s dimenses naturais e parcialmente dimenso humana, j que aqui outros fatores ponderveis influenciam as atraes.

Aqui, um assassino frio sente-se atrado sexualmente por uma mulher virtuosa, principalmente se ela for bonita, e no se incomoda de matar por ela, ou at de mat-la, se no for correspondido ou se ela no se submeter aos seus desejos imundos. J nas dimenses naturais, se algum encantado desequilibrou-se e tornou-se violento, ele no sentir atrao sexual por ningum, mesmo pela mais bela e atraente das encantadas.

O desequilbrio no se generaliza ou alcana outros sentidos e, muito ao contrrio, at os anula, pois o ser passa a viver intensamente o seu desequilbrio e fecha-se em si mesmo, no suportando o contato com outros encantados.

quase que um autismo, onde cada um vive seu mundo pessoal e s sai dele em casos extremos.. ou aps esgotar seu negativismo energtico e as causas do desequilbrio emocional que o tornou magneticamente atrativo pelos plos negativos da dimenso onde vive e evolui.

(texto extrado do livro: O Cdigo de Umbanda obra inspirada pelos mestres de luz Sr. Ogum Beira Mar, Pai Benedito de Aruanda, Li-Mahi-An-Seri y, Seiman Hamiser y e Mestre Anaanda e psicografada por Rubens Saraceni).