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Contrariando as expectativas de recessão, a feira novamente ultrapassa as cifras do bilhão A Bahia Farm foi Show INSTITUCIONAL Presidente da Aiba coordenará ações da FPA em prol dos produtores rurais 16 MEIO AMBIENTE Instituto Aiba lança edital para condução do Plano de Manejo de APA 17 SEGURO RURAL Aiba e Aprosoja comemoram o fim da venda casada de crédito e seguro rural 13 ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES E IRRIGANTES DA BAHIA JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246 www.aiba.org.br

A Bahia Farm foi Show - aiba.org.br · RUBENS ANTONIO FRANCIOSI JOSE KLIEMANN LUIZ SIMIAO DO AMARAL LOUREIRO ROSANGELA M. B. MANSSANO PERES SHIGUERU HOSHINO VALDECI RECKERS PALAVRA

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Contrariando as expectativas de recessão,a feira novamente ultrapassa as cifras do bilhão

A Bahia Farm foi Show

INSTITUCIONAL Presidente da Aiba coordenará ações da FPA em prol dos produtores rurais

16 MEIO AMBIENTE Instituto Aiba lança edital para condução do Plano de Manejo de APA

17SEGURO RURAL Aiba e Aprosoja comemoram o fim da venda casada de crédito e seguro rural

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ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES E IRRIGANTES DA BAHIA

JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246

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3JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246

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12ª edição da Bahia Farm Show foi um su-cesso. Os números a seguir atestam a minha afirmação: contrariando toda estimativa de recessão, a feira novamente bateu a marca do bilhão em volume de negócios e registrou mais 60 mil visitantes, em seus cinco dias de evento. Este resultado é fruto do traba-lho concentrado de uma equipe que se doou praticamente em tempo integral para que esses algarismos fossem alcançados.

Mais uma vez, conseguimos reunir, no mes-mo lugar, quatro figuras importante: o poder público e político, representado por minis-tros, governadores, secretários de Estado, deputados, prefeitos e vereadores; os expo-sitores, que levaram cerca de 600 marcas de produtos e serviços, desde fabricantes de máquinas, implementos agrícolas, fer-tilizantes, sementes, defensivos, até novas tecnologias capazes de melhorar a produti-vidade; as entidades financeiras, que, ape-sar do momento de retração que o país vive, não deixou de acreditar no produtor e no potencial da região Oeste, ofertando mais crédito e melhores condições de pagamen-to para a categoria; e, por fim, o produtor, seja ele de pequeno, médio ou grande porte, mas que foi peça decisiva para o sucesso da Bahia Farm Show 2016, pois, mesmo em um momento de crise, não deixou de investir em novas tecnologias para as lavouras.

É por isso que eu digo, sem medo de er-rar, que a junção destes quatro ingredien-tes forma a receita do sucesso, pois quem

Júlio Cézar Busato

NOTAS

Publicação mensal pela Associação de Agricultores e irrigantes da Bahia - Aiba

REDAÇÃO E EDIÇÃO: Catiane MagalhãesAPROVAÇÃO FINAL: Rosi Cerrato

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO: Marca Studio de CriaçãoFOTOS DA CAPA: Jefferson Aleffe/Marca Studio de Criação

IMPRESSÃO: Gráfica Irmãos RibeiroTIRAGEM: 2.500 exemplares

Comentários sobre o conteúdo desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhados para o e-mail [email protected]. A reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação é permitida desde que citada a fonte.

Av. Ahylon Macêdo, 919Morada Nobre, Barreiras/BA | CEP: 47.810-035

Tel.: 77 3613.8000 | Fax: 77 613.8020

quis comprar algo esteve no complexo, e quem queria vender deveria ter estado. É com a melhor sensação que existe, a de de-ver cumprido, que eu encerro a minha par-ticipação como presidente da Feira, a qual estive à frente nos últimos quatro anos, in-vestindo em sua melhoria. A próxima edição da Bahia Farm Show estará sob novo co-mando, mas, sem dúvida, como produtor e engenheiro agrônomo, eu estarei presente para conhecer as novidades para o campo.

A todos vocês que contribuíram para que a Bahia Farm Show se consolidasse como a maior feira de tecnologia agrícola e negócio do Norte/Nordeste do País, o meu sincero obrigado e até 2017.

Convocados:

• Adan Vinicius Santolin• Adeni Maronezi• Aldo Maronezi• Amauri Antonio Scher• Antonio Airton Lazarotto• Cassiano Antonio Caus• Denise Procksch• Denise Tomie Mizote Sato• Eder Ricardo Fior• Edmilson Jatahy Fonseca• Emerson Denis C. Ferreira• Estevão Mumbach• Ezelino Carvalho• Flavio Silva Vieira Gonçalves• Gilberto Domingos Rufatto• Iara Cristina Trento Fior• Ivan Antonio Caus• Ivanio Loffi• Jaime Daniel Negri• João Carlos R. de Oliveira• João Paulo Pegoraro• José Aristeu Pereira Neto• José Racine Santrovitsch• Julio Cesar Rizzi• Loraine Maria Bazana Everling• Lourival de Lima Alino• Maria Ines Pegoraro Kajimura• Mariza Nazari Formagio• Messala Lemos• Nelson Pegoraro• Paulo Antonio Ribas Grendene• Renato Mario Schoenherr • Tarciano Andre Caus• Valmir Formagio

A Aiba anuncia a segunda etapa das ações do FUNRURAL para os produtores associados pessoas físicas, e convoca os beneficiados pela ação 2616- 16.2010.4.01.3303 a manifes-tar interesse na restituição dos valores pagos nos anos anteriores ao benefício, até o prazo máximo de 30 de setembro de 2016.

Em caso de dúvidas contatar Ana Felipia:77 3613.8000.

COMUNICADOIMPORTANTEFUNRURAL

ANIVERSARIANTES DE JULHO 201601/0702/0702/0702/0703/0703/0704/0704/0704/0704/0704/0705/0705/0705/0705/0706/0707/0707/0708/0709/0709/0710/0710/0711/0711/0711/0711/0712/0712/0713/0713/0713/0713/0714/0714/0715/0715/0715/0716/0716/0716/0716/0716/0716/0717/0717/0717/0717/0718/0718/0718/0719/0719/0720/0720/0720/0720/0720/0720/0721/0721/0722/0723/0723/0723/0723/0723/0724/0725/0725/0725/0725/0725/0725/0726/0726/0727/0727/0727/0728/0728/0729/0729/0729/0730/0730/07

PAULO SILVIO COPPETTICLAUDIO LUIZ SCHAFERJORGE ALVES PEREIRAPAULINO KOITIRO OZAKIDIRCEU MARCOS DELATORREOLIRA MARIA RECKERSALFIO GABRIEL THOMASELLI FILHOCLAUDIA MARIA GRANEROCRISTIANO OSMAR BOGIANOEDILSON BERTOLDIJUDILIANE SCHMITTZ GOLINCLAUDIO MARCALJOAO BATISTA FERRINELSON YOSHIO IGARASHIRUDI GERTZCEZAR INÁCIO BROCKDIRCEU GRAEBINGENESIO PERUZOOSCAR MASSANOBU TAKAHASHIDIONISIO JOAO ZANOTTONELSI FONTANACARLOS ALBERTO M. DA SILVAOTACILIO BELTRAMICLENIO ANTONIO SAGRILOJOSE CARLOS CONEGLIANMARCELO ROBERTO ARGENTAPAULO EIMAR OLIVA PERPETUOMARIA DE FATIMA B. VASCONCELLOSROBERTO GATTOFLAVIO GARCIA FERNANDESMARLI SACCOMORIOLDAQUIO PEREIRA BOTELHOVALDIR ANTONIO PERETTIEVANDRO GERMINIANIRODNEY EIGI TANNOJOSE ROBERTO ANGELELLIOSVINO RICARDISERGIO GARCIA JUNIORCARMINHA MARIA MISSIODIEFERSON HOPPEDOUGLAS DANIEL DI DOMENICOMATHEUS HIAR CERRATOVALMIR FICAGNAWERNER NIELSENANTONIO GLEIDSON G. MACHADOJOAQUIM DOERNERROBSON CATELANVOLMIR MARTINAZZOANILDO DOMINGO GUADAGNINELISABETH KURTZSIEGFRIED JANZENCLEMENTE JACO COSSULJAIR NICOLAU KONRADARI SCHNEIDEREDUARDO LUCAS RODRIGUESHELVECIO CUNHA CAVALCANTIIVO KRAUSELUIZ CARLOS BERGAMASCHIVANDERLI BARBOSA DE OLIVEIRAELOI PILLATILUIZ CARLOS BERLATTOIRENEU ORTHALDEMIR JOAO MANFRONELISA MISSIOHATUO UEDALUIZA YOKO TERADAVALTAIR CARLOS FONTANAADRIANA HIAR CERRATOADAO FERREIRA SOBRINHOARNALDO JULIANIELOI KRAUSEMARCIO LUIZ BALAMPAULA YUMI SHIMOHIRAWILSON DE SOUZA LISBOALUCIMEIRE DE P. DA MATA SOBREIRAPAULO ANTONIO R. GRENDENE FILHOALAN JULIANIGERALDO FRIZONGILBERTO PEDRO THIELKEPAULO KENJI SHIMOHIRARUBENS ANTONIO FRANCIOSIJOSE KLIEMANNLUIZ SIMIAO DO AMARAL LOUREIROROSANGELA M. B. MANSSANO PERESSHIGUERU HOSHINOVALDECI RECKERS

PALAVRA DO PRESIDENTE

AProrrogação de dívidas

Crédito Rural

Sustentabilidade Agrícola

Em resposta aos pleitos da Aiba referen-tes à prorrogação do custeio 2015/2016, o adiamento das parcelas dos contra-

tos de investimento e a prioridade no finan-ciamento do custeio para a próxima safra de 2016/2017, a Secretaria de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais, do Ministério da Inte-gração Nacional, informou, por meio de ofí-cio enviado à Seagri, que o Ministério da In-tegração Nacional está atento às demandas dos produtores baianos afetados pela seca e que a pasta tem concentrado esforços para tentar minimizar os prejuízos da categoria, se manifestando favorável às propostas de renegociação de dívidas e a regularização de empréstimos e benefícios para que os pro-dutores retomem às atividades normais.

As estratégias de ações para ampliar o fornecimento e as modalidades de crédito para os agricultores do oeste

da Bahia foram discutidas pelo presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, e por executi-vos do Bradesco, durante um jantar de ne-gócio, em São Paulo. O encontro aconteceu, no início do mês, quando Busato esteve na sede da entidade financeira, em Osasco, para agradecer as presenças do presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco; do vice--presidente, José Augusto Pancini; e do su-perintendente executivo, Rui Pereira Rosa; na 12ª edição do Bahia Farm Show.

Agestão sustentável no agronegócio foi tema de palestra realizada na Univer-sidade Federal de Viçosa (UFV), em

Minas Gerias, da qual participou o presiden-te da Aiba, Júlio Cézar Busato. Na ocasião, ele falou sobre os cuidados adotados com a irrigação no Oeste da Bahia e os desafios da sustentabilidade nas fronteiras agrícolas. O evento reuniu a comunidade acadêmica, pesquisadores e representantes de entida-des ligadas ao agronegócio e deve resultar na na elaboração de um projeto de monito-ramento do aquífero Urucuia e dos rios do Oeste da Bahia, que contará com o apoio da Aiba e da Abapa.

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ESPECIAL BAHIA FARM SHOW ESPECIAL BAHIA FARM SHOW

Bahia Farm Show é abertacom a promessa de continuidade das obras da Fiol

Presidente da Bahia Farm Showdestaca o sucesso das 12 edições da feira

A12ª Edição da Bahia Farm Show, uma das três maiores feiras de tecno-logia agrícola e negócios do Brasil,

foi aberta oficialmente no dia 24 de maio, no município de Luís Eduardo Magalhães. Participaram da solenidade o governador Rui Costa, o vice-governador João Leão, o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Bu-sato, autoridades políticas e representantes de instituições financeiras e de entidades do agronegócio.

Busato abriu a solenidade falando do inves-timento de R$ 4 mi feitos na infraestrutura da feira, nos últimos quatro anos de sua gestão e agradeceu a toda a equipe que se dedica para que a feira sempre obtenha êxito. “Nossa fei-ra ultrapassou as fronteiras e hoje representa não só a Bahia, mas todo o Matopiba. Agradeço a todas as pessoas que participaram da orga-nização desta feira que é nossa”.

Em seguida, Busato homenageou o pre-sidente da Associação Brasileira dos Pro-dutores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen, por sua dedicação para o de-senvolvimento do agronegócio do Oeste da Bahia. Emocionado, Jacobsen falou sobre o trabalho que vem fazendo nacionalmente para o fortalecimento da cadeia produtiva

Ao declarar oficialmente aberta a 12ª edição da maior feira de tecnologia agrícola e negócios do Norte/Nor-

deste do Brasil, o presidente da feira e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato, durante a cerimônia de abertura da Bahia Farm Show 2016, realizada na Praça Central, fez uma breve retrospectiva do evento e ressaltou o histórico de sucesso, ano após ano.

“Eu quero agradecer o trabalho da dire-toria da Aiba, através dos vice-presidentes Odacil Ranzi e da Isabel da Cunha, respon-sáveis pela organização do evento. Agrade-ço a todas as pessoas que trabalharam e de alguma forma participaram da Bahia Farm Show”, declarou.

Sobre os investimentos feitos no com-plexo da Feira, Busato explicou: “Todo esse esforço foi para que pudéssemos unir num mesmo espaço e ao mesmo tempo, qua-tro importantes figuras. O poder público e político, para que grandes decisões sejam tomadas com mais conhecimento e pro-priedade. As instituições financeiras, que são as grandes geradoras de desenvolvi-mento e sempre trazem para a feira linhas de crédito importantes para o produtor. Os expositores, que são quem fazem o gran-de espetáculo e acreditam na Bahia Farm Show por trazerem mais de 600 produtos. E os produtores, que são os grandes pro-tagonistas da feira, quer sejam pequenos, médios ou grandes”.

Para ele, a união dessas quatro repre-sentações se reflete em decisões políticas mais acertadas, maiores e melhores ofer-tas de crédito para o produtor e condições de negócios diferenciadas. Gerando assim, economia para a região e oportunidade para o agricultor adquirir novas tecnologias e ampliar sua propriedade, aumentando as-sim, a renda do produtor e de sua família.

O presidente agradeceu também aos produtores associados da Aiba, que mes-mo num ano de tantas dificuldades com crise econômica do país, acreditaram na Associação. “Em abril, eles fizeram o maior número de contribuições com anu-idades voluntárias. Uma demonstração de que todo o nosso trabalho e dedicação

do algodão. Ele destacou a atuação no caso da ação vitoriosa na Organização Mundial do Comércio contra os subsídios do gover-no dos Estados Unidos para o algodão ame-ricano. A ação permitiu que os produtores brasileiros pudessem ganhar U$780 milhões como compensação por eventuais prejuízos.

O prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, solicitou ao gover-nador a retomada das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e a regulari-zação no fornecimento de energia elétri-ca para que agroindústrias sejam atraídas para a região.

O vice-governador do estado, João Leão, disse que a Fiol tem que sair. “Precisamos ter vontade, botar essa região para frente”.

O governador Rui Costa encerrou a ceri-mônia realizando a entrega de certificados de regularização do Proalba (Programa de Incentivo à Cultura do Algodão na Bahia), emitidos pela Secretaria Estadual da Agri-cultura através da Agência de Defesa Agro-pecuária da Bahia (Adab) para os produto-res Paulo Mizote, Izabel da Cunha, Ademar Marçal e Guiomar de Souza. Em seguida, o governador garantiu a finalização das obras da Fiol, anunciando que está em negociação com empresários chineses para a realiza-

ção de uma parceria público-privada. Se-gundo ele, o contrato será assinado ainda este ano. Sobre a recuperação de estradas que cortam o Oeste da Bahia, Rui informou que o trabalho será feito com recursos do Banco Mundial e do Banco Europeu.

O governador anunciou ainda que a De-senbahia vai financiar 100% de projetos de até R$ 5 milhões dos clientes já existentes e em dia, além de 90% para os de até R$ 4 milhões de clientes novos.

O GOVERNADOR GARANTIU A

FINALIZAÇÃO DAS OBRAS DA FIOL,

ANUNCIANDO QUE ESTÁ EM NEGOCIAÇÃO COM

EMPRESÁRIOS CHINESES PARA A REALIZAÇÃO DE

UMA PARCERIAPÚBLICO-PRIVADA.

SEGUNDO ELE,O CONTRATO SERÁ ASSINADO AINDA

ESTE ANO

TODO ESSE ESFORÇO FOI PARA QUE PUDÉSSEMOS UNIR NUM MESMO ESPAÇO, E AO MESMO TEMPO, QUATRO IMPORTANTES FIGURAS: O PODER PÚBLICO/POLÍTICO, AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, OS EXPOSITORES E OS PRODUTORES”

Júlio Cézar Busato, presidente da Feira.

estão sendo reconhecidos pelos nossos associados”, salientou.

“Quero agradecer ainda, ao ex-gover-nador Jaques Wagner, que esteve presen-te nas oito edições durante da Bahia Farm show, durante os seus mandatos, pela criação do Prodeagro que será um gran-de promotor de desenvolvimento, princi-palmente nas questões de infraestrutura. Pelo Grupamento Aéreo especializado que já está sendo construído em Barreiras e nos apoiará em relação a segurança e na nossa próxima Operação Safra. Pelo Anel da Soja que receberá uma contribuição e também pela recuperação e manutenção de rodovias e estradas vicinais e os inves-timentos em pesquisa, que tanto auxiliam o agricultor da região”.

Ao final, Busato falou sobre os quatro anos à frente da Aiba. “Gostaríamos de ter feito mais, mas a situação financeira da União e dos estados não nos permitiu. Porém, ficam as pontes que construímos ao longo desses quatro anos de gestão dessa diretoria e que serão de grande va-lia para o futuro”.

Ele pediu ainda, que o governador acre-dite na região e, principalmente, nos produ-tores, para que o Oeste continue sendo cada vez mais motivo de orgulho para a Bahia.

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ESPECIAL BAHIA FARM SHOWESPECIAL BAHIA FARM SHOW

Instituições financeiras apresentaram novidades nas linhas de crédito para o produtor

Fórum Sustentabilidade Soja Plus apresentaos resultados já obtidos pelo programa na Bahia

As seis instituições financeiras presen-tes na 12ª edição da Bahia Farm Show garantiram boas condições de crédito

para os produtores que visitaram o evento. Mesmo com a crise econômica nacional e a seca que atingiu a safra 2015/2016, o clima na Feira foi de otimismo. Os agentes finan-ceiros acreditaram e não se decepcionaram: os agricultores foram decididos a investir na recuperação da produção.

O Banco do Brasil, disponibilizou linhas de crédito já tradicionais, como o ‘Pronamp’ de investimento e custeio de até R$385 mil, com taxa de 7,5% a.a. e prazo de 8 anos com até 3 anos de carência para o médio produtor e o ‘PCA’, direcionado a ampliação e armazena-mento, que financia até 100% do projeto com até 15 anos de prazo e carência de até 3 anos. O BB ofertou também o ‘Moderinfra’, que finan-cia 100% do empreendimento com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômi-co e Social – BNDES, taxa de juros de 7,5% a.a. e prazo de 12 anos e 36 meses de carência.

Já o ‘Moderfrota’, utiliza recursos do próprio banco e financia 90% do valor do bem, com a mesma taxa e prazo de oito anos para veículos novos e quatro anos para usados. De acordo com o superintendente regional de Varejo do BB, Fábio Portugal, a principal vantagem das linhas financiadas com recursos do banco, é a agilidade, re-duzida em até 30 dias. “Estamos esperando superar o número de 2015, quando fecha-mos em R$110 milhões e este ano, apenas no primeiro dia já fechamos 30% desse va-lor”, revelou horas após a abertura da Feira.

O Santander levou linhas de crédito de custeio com taxas de juros de 8,5 a 9,5% a.a. com pagamento até 60 dias após a colheita da safra. Também ofereceu programas com fi-nanciamento de até R$2 milhões pelo BNDES com taxa de 8,5% a.a. e prazo de até 5 anos. As linhas ‘Moderfrota’, ‘Pronamp’, ‘Moderinfra’ e ‘PCA’, todas com taxa de 8,5% a.a. e financia-mento de 80 a 100%.

Ao escolher o Bradesco, o produtor que foi à Bahia Farm Show teve acesso às linhas de crédito já conhecidas para financiar veículos, máquinas, ampliação de produção, armazena-mento, industrialização e beneficiamento, com taxas de juros entre 7,5% a 8,5% a.a. e finan-ciamento de 90 a 100% do valor e prazos que

O2º Fórum Sustentabilidade Soja Plus foi realizado no auditório da Fun-dação Bahia, na quinta-feira (27),

terceiro dia da Bahia Farm Show 2016. Desenvolvido pela cadeia produtiva da oleaginosa, o ‘Soja Plus’ é um programa de gestão da propriedade rural que busca dar suporte e orientação econômica, social e ambiental aos produtores. Na Bahia, ele é aplicado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos e Vegetais (Abiove) em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

O coordenador do Soja Plus na Bahia e assessor de Agronegócios da Aiba, Luiz Stahlke, apresentou os resultados do pro-grama que, desde 2015, atingiu 94 produ-tores numa área de mais de 211mil hecta-res, em propriedades que empregam 1.808 trabalhadores fixos e 720 temporários.

As ações do programa englobam cin-co módulos de gestão: qualidade de vida no trabalho; melhores práticas de produ-ção; viabilidade financeira e econômica; qualidade do produto e responsabilidade social. O programa ainda oferece capaci-tação gratuita para o produtor, que recebe um conjunto de ferramentas para auxiliar na administração da propriedade. A ideia é facilitar o dia a dia do produtor, otimizando as atividades tanto no campo quanto no se-tor administrativo da propriedade. Evitan-do assim, desde acidentes de trabalho, até eventuais problemas de fiscalização.

Para este ano, ainda estão previstos di-versos cursos de gestão financeira, ques-tões ambientais, legislação trabalhista, construções rurais, NR33/35, NR31, além de dias de campo. “A meta até o final do ano é alcançarmos 130 fazendas produtoras de soja e depois continuarmos executando o programa até atingirmos 100% da cadeia produtiva do Oeste”, relatou Stahlke.

Segundo ele, 89% das propriedades da região estão em situação documental regular, inclusive com o Cadastro Esta-dual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir). Ele anunciou que o VI Seminário Soja Plus Brasil 2016 será realizado em Luís Eduar-do Magalhães, no dia 1º de setembro, com a presença de todos os parceiros nacionais do programa, que irão apresentar um ba-

podem variar entre 60, 96 e 120 meses a de-pender do tipo da modalidade.

Com o programa ‘Planta Nordeste’ do Ban-co do Nordeste (BNB), a partir do segundo ano de contrato, o produtor tem a renovação feita em três dias, sem necessidade de nova análise de crédito e sem novos custos cartoriais. Para a safra 2016/2017, 80% dos clientes que qui-taram suas linhas de crédito de custeio já re-novaram os contratos. O BNB ofereceu ainda, financiamento para máquinas e equipamentos com prazo de 8 anos e até 3 anos de carência com taxa de juros de 6,5% a.a. para até R$16 milhões e 7,5% até R$90 milhões. Acima des-se valor a taxa vai para 8,5%. As taxas de juros são as mesmas para os investimentos de cus-teio. O banco estimou um volume de cerca de R$120 milhões para 2016.

Segundo o gerente geral da agência de Luís Eduardo Magalhães, Romildo Oliveira, “o foco este ano é o investimento na verticalização da produção, devido à seca que atingiu a região nessa última safra, portanto, mesmo com os prejuízos que os produtores tiveram, estamos otimistas”, alegou. Ele informou que o BNB re-servou para a Bahia, R$3,5 bilhões, que serão aplicados nas agências de Correntina, Barrei-ras e Luís Eduardo Magalhães.

Já a Caixa Econômica Federal (CEF), levou as linhas de crédito de custeio e investimento de até R$385 mil com taxas a partir de 7,75%,

12 anos de prazo e carência de até 3 anos. A ‘PSI’ – linha de crédito financiada pelo BNDES tem prazo de 8 anos e carência de até 96 me-ses para até R$10 milhões. “A nossa expec-tativa é boa sobre os investimentos dos pro-dutores para a recuperação das lavouras da próxima safra”, alertou o gerente regional do Oeste, Jackson Almeida.

Por fim, a Agência de Fomento do Estado da Bahia S.A. – Desenbahia, levou novidades para a Bahia Farm Show 2016: linhas de cré-dito para ‘Projetos Agroindustriais’, que tem como foco principal a sustentabilidade do pro-dutor a partir de técnicas de inovação tecnoló-gica, energia renovável, irrigação, máquinas e implementos ou armazenagem.

O financiamento é de 100% para até R$ 5 milhões, com 12 anos de prazo e carência de até 3 anos. “Acima desse valor, o produtor entra com uma contrapartida de 10 a 20% do valor excedido e o produtor terá ainda um cré-dito associado de 30% do valor investido para o custeio da produção”, explicou Marko Svec, gerente comercial da Desenbahia. Segundo Marko, a idéia é oferecer ao produtor, além de condições financeiras vantajosas, suporte téc-nico. Para isso, a Desenbahia está com 12 téc-nicos em economia, agrônomos e engenheiros preparados para dar suporte a todos os pro-dutores que procurarem as linhas de crédito disponibilizadas pela instituição.

lanço das ações do Soja Plus em todo país.Harry Van Der Vliet, representante da

Fundação Solidariedad, Ong internacional de origem holandesa voltada à sustentabi-lidade e presente em 50 países, apresen-tou o projeto de construção de regiões de orientação sustentável, realizado pela ins-tituição em todo Brasil desde 2011. O pro-jeto é custeado pelo SFTF (Soy Fast Track Fund) na América do Sul, fundo criado pela organização IDH, Iniciativa de Comércio Sustentável da Holanda, que fomenta a sustentabilidade de cadeias internacionais de comércio.

Em cinco anos foram disponibilizados mais de R$42 milhões para 24 projetos dis-tribuídos em 1.014 fazendas. Um total de 1,39 milhão de hectares de área plantada, o que equivale a 1.560 milhões de tonela-das de soja certificadas pela cadeia sus-tentável. Para Harry, o maior desafio para adequar as propriedades ao sistema sus-tentável é conectar toda a cadeia produti-va, desde o fornecedor até o varejo. “Mui-tas empresas no Brasil já estão aderindo à produção nos moldes de sustentabilidade e adequando seus fornecedores por enten-derem que esse é o modelo das fazendas do futuro, o qual alia tecnologia à produção sustentável”, justificou.

Ao final do fórum, a gerente do ‘Pro-jeto Selo de Sustentabilidade para o Oes-te da Bahia’, Marizete Zuttion, mostrou o passo a passo para o produtor adquirir a certificação RTRS ou Mesa Redonda sobre Soja Responsável. O padrão RTRS é uma iniciativa internacional na qual produtores, comerciantes e processadores de soja tra-

balham em conjunto com bancos e orga-nizações sociais para assegurar o cultivo de soja sustentável em todo o mundo e a responsabilidade social do setor. A certi-ficação engloba adequações em relação a conformidade legal; boas condições de trabalho responsável; relação responsável com as comunidades e responsabilidade ambiental.

O projeto, que teve duração de 3 anos, foi realizado através de uma parceria entre o Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM) e a Funda-ção Solidariedad. Ele atingiu 36 fazendas que juntas representam 168 mil hecta-res, dos quais 75 mil foram pré-auditados, aguardando a certificação.

A Bahia Farm Show aconteceu no mu-nicípio de Luís Eduardo Magalhães, de 24 a 28 de maio. O evento é uma realização da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), do Instituto Aiba (IAiba) e da Associação Baiana dos Produtores de Al-godão (Abapa), com o patrocínio do Banco do Brasil, Bradesco, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Coelba, Desen-bahia, Prefeitura de Luís Eduardo Maga-lhães, Santander, Senar/Faeb, Governo do Estado e Governo Federal.

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8 JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246ESPECIAL BAHIA FARM SHOW ESPECIAL BAHIA FARM SHOW

Ministro da Agricultura fala sobre otimismo na Bahia Farm Show

Galeria expõe projetos socioambientais da Aiba

Oministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, visitou a Bahia Farm Show na quinta (27). Ele

veio a convite do presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato, ouviu as principais ne-cessidades dos produtores da região e trou-xe otimismo sobre o futuro da agricultura nacional. Estavam presentes, o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz; o secretário estadual da Agricultura, Vitor Bonfim; o deputado estadual, Pablo Barroso; o diretor-presidente da Superin-tendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial da Bahia (Sudic), Jairo Vaz; o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Car-los Jacobsen e o presidente da Fundação Bahia, Ademar Marçal.

“Missão cumprida”. Assim o presidente da Aiba abriu o evento e relatou ao minis-tro o esforço feito para a realização da 12ª edição da Bahia Farm Show em meio à cri-se nacional e a seca. “Muitas pessoas vie-ram perguntar se haveria a feira. Mas todos acreditaram, investiram e, justamente por isso, nós temos de fazer a melhor das fei-

Quem visitou a Bahia Farm Show 2016 pôde conferir a galeria de projetos de-senvolvidos pelas entidades do agrone-

gócio que são parceiras no Oeste da Bahia; a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a Associação Baiana de Produ-tores de Algodão (Abapa) e a Fundação Bahia.

A exposição foi montada no estande da Aiba e era composta por 26 painéis que explicavam os projetos executados pelas instituições e ou-tros que ainda serão desenvolvidos.

Entre os projetos que estavam expostos, os relacionados ao meio ambiente mereceram destaque. O Centro de Apoio a Regularização Ambiental da Aiba está no 2º ano de atividades e é realizado em parceria entre a Associação, o Instituto Brasileiro de Algodão (IBA) e o Fun-deagro. O objetivo é incentivar a regularização ambiental das propriedades rurais do Oeste da Bahia. Todo o serviço oferecido pela institui-ção é gratuito. “O produtor encontra na Aiba, a orientação complementar que precisa, com profissionais aptos a dar todo o suporte para que ele esteja de acordo com a lei em todos os aspectos”, explicou Alessandra Chaves, direto-ra de Meio Ambiente da Aiba.

Com esse mesmo viés regulatório, o car-ro-chefe da diretoria de Meio Ambiente é a adesão ao Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir). Foi criada uma carti-lha, que vem sendo usada como referência in-clusive pelas instituições financeiras, com to-dos os procedimentos para o agricultor fazer a regularização completa de sua propriedade. Cerca de 600 associados já fizeram o cadastro a partir das orientações da Aiba.

Outro destaque é o Plano de Manejo e For-

ras, para espantar de vez esta crise”.O presidente da Abrapa, João Carlos Ja-

cobsen, lembrou que, na década de 90, ele e o ministro Maggi participaram da fundação da associação que representa os cotonicul-tores brasileiros. Ele ressaltou o quanto é importante tê-lo representando os produ-tores no Governo Federal. Já o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, disse ter a certeza que o ministro leva da Bahia Farm Show uma posição muito clara do agronegócio.

A força da economia do campo e a ne-cessidade de um olhar especial do minis-tério para ela foram destaque na fala do secretário da Agricultura, Vitor Bonfim. “O setor da agricultura é o que melhor respon-de ao momento de adversidade e é preci-so que o governo federal dê atenção para o agronegócio. Em 2015, mesmo com o défi-cit da economia brasileira, o setor agrícola ainda conseguiu superar toda adversidade e cresceu”.

O ministro Blairo Maggi enfatizou como a Bahia Farm Show é fundamental para o desenvolvimento da agricultura dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Ma-

topiba). “Eventos como esse são sempre im-portantes para difusão da tecnologia, que é o que vem fazendo a diferença no agronegócio do país. Investir em máquinas modernas re-duz os custos e gera rapidez na pr odução”. Após seu pronunciamento, Maggi conversou com os jornalistas e retornou à Brasília.

mação do Conselho Gestor da Área de Prote-ção Ambiental da Bacia do Rio de Janeiro (APA), uma unidade de conservação com mais de 350 mil hectares, que existe há 20 anos e engloba os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Ma-galhães. O projeto pioneiro no Oeste da Bahia é realizado em parceria entre a Aiba, os gestores da área, Instituto de Meio Ambiente e Recur-sos Hídricos (Inema) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), e tem como agentes financiadores, as instituições holandesas Fun-dação Solidariedad e o IDH.

Já o projeto da Agricultura Sequestradora de Carbono, avaliou os teores e acúmulos de matéria orgânica de CO² nos solos do Oeste da Bahia a partir de 800 amostras dos cerrados nativos e nas lavouras de algodão, milho e soja

em 10 regiões produtoras. O resultado obtido foi de 1,2 toneladas por hectare ao ano de CO² nas lavouras, o que representa 2,88 milhões de toneladas por ano de carbono sequestrado. Todos os cálculos foram feitos com base nas definições do protocolo de Kyoto.

Esses números mostraram que o acú-mulo de matéria orgânica nos solos cultiva-dos foi muito superior aos solos de cerrados naturais. O que vai de encontro à visão de que a produção agrícola é poluidora e libera CO² no meio ambiente.

O Instituto Aiba, criado em 2014 e res-ponsável pelos projetos, permitiu que a ins-tituição pudesse administrar e desenvolver também, ações de responsabilidade sócio--ambiental, trabalhista e de logística. Entre elas, o Fundo para o Desenvolvimento Inte-grado e Sustentável da Bahia – Fundesis, que está no 10º ano e já beneficiou 50 mil pes-soas nas áreas de educação, cultura, saúde, geração de renda e empreendedorismo.

O Jovem Aprendiz também proporciona aos jovens da região o aprendizado de uma profis-são. Pelo programa, os jovens são contratados por produtores rurais com carteira de trabalho e recebem formação por 10 meses. Em três anos, 150 deles foram certificados.

Para o superintendente do Instituto, Hel-muth Kieckhofer, esses projetos proporcionam a inclusão social. “Com o Instituto, nós temos mais capacidade de captar recursos, de fazer a integração com outras entidades e ainda solu-cionar problemas inerentes às questões urba-nas de diversas comunidades”.

EVENTOS COMO ESSE SÃO SEMPRE IMPORTANTES PARA DIFUSÃO DA TECNOLOGIA, QUE É O QUE VEM FAZENDO A DIFERENÇA NO AGRONEGÓCIO DO PAÍS”

Blairo Maggi , ministro da Agricultura,Pecuária e Abastecimento.

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11JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 24610 JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246ESPECIAL BAHIA FARM SHOW ESPECIAL BAHIA FARM SHOW

12ª edição da Bahia Farm Show encerra com R$ 1,014 bi em volume de negóciosApós fechar os portões e realizar

o balanço final junto aos exposi-tores e as instituições financeiras,

os organizadores da Bahia Farm Show confirmaram o que haviam divulgado previamente. A 12ª edição da feira, mo-vimentou R$1,014 bilhão em negócios. Os setores que mais se destacaram fo-ram os de irrigação, automóveis, fertili-zantes, sementes e agropecuária. Dessa maneira, a Bahia Farm Show se mantém entre os três maiores e mais lucrativos eventos de tecnologia agrícola do Brasil.

“Isso mostra que o agricultor acre-dita nele, no que faz e na tecnologia que usa, melhorando sua renda e a de outras famílias da região”, disse Júlio Cézar Busato, presidente da Associação de Agricultores e Ir-rigantes da Bahia (Aiba), entida-

de que realiza a feira juntamente com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e o Instituto Aiba.

O número de visitantes teve um pe-queno aumento em relação ao que ha-via sido divulgado. Durante os cinco dias do evento, realizado no município de Luís Eduardo Magalhães, passa-ram pelo Complexo Bahia Farm Show 60.113 pessoas que desfrutaram de uma programação técnica que incluiu 25 palestras, debates, workshops e fóruns, além de conhecerem as novi-

dades tecnológicas trazidas pelos cerca de 200 expositores presentes. No feriado de Corpus Christi (26), terceiro dia do evento, mais de 19 mil pessoas circularam pelo espa-ço, número nunca antes registrado em um só dia do evento.

Esses visitantes caminharam por ruas completamente asfaltadas e lim-pas, encontraram banheiros com aces-sibilidade para pessoas com necessi-dades especiais, praça de alimentação, restaurantes e parque infantil. Segundo o diretor geral da Bahia Farm Show, Odacil Ranzi, este conforto e organização são re-sultados de um investimento de R$ 2 mi-lhões realizado nos últimos quatro anos. “A feira cresceu. Com esse investimento, trocamos toda parte hidráulica e elétrica do Complexo, proporcionando ao expo-sitor estruturas individualizadas. Todas as nossas ruas são asfaltadas e aumen-tamos a área de exposição em mais seis ilhas este ano”, esclareceu.

O presidente da Abapa, Celestino Za-nella, destacou a importância política do evento. “Tivemos a visita do gover-

nador, do vice-governador, do secretá-rio da Agricultura e do ministro. Poli-ticamente, marcamos um ponto muito importante”.

Ainda sobre os negócios realizados durante a feira, a coordenadora da Bah-ia Farm Show, Rosi Cerrato, informou que o Leilão de Gado da Acrioeste movi-mentou R$ 517 mil, o que foi comemo-

rado pelos criadores. “Eles querem am-pliar o espaço para aumentar o número de animais. Esse ano, foram vendidos 444 animais e o valor médio da arroba foi de R$ 170. Os pecuaristas ficaram

muito felizes”, disse Rosi Cerrato, acres-centando que a Bahia Farm Show gerou 900 empregos diretos e 1900 indiretos.

A 12ª edição da Bahia Farm Show teve o patrocínio do Banco do Brasil, Bradesco, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Coelba, Desenbah-ia, Prefeitura de Luís Eduardo Maga-lhães, Santander, Senar/Faeb, Governo do Estado da Bahia e Governo Federal.

A próxima edição da Bahia Farm Show já tem data marcada. Ela será realizada de 30 de maio a 03 de junho de 2017 no município de Luís Eduardo Magalhães.

FOTOS: Jefferson Aleffe/MSC.

12 13JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246 JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246

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INSTITUCIONALESPECIAL BAHIA FARM SHOW

Aiba e Aprosoja comemoram o fim da obrigatoriedade do Seguro Rural

Uma antiga reivindicação dos produtores rurais junto ao gover-no Federal acaba de ser atendida: a contratação de Seguro Rural deixa de ser obrigatória para os agricultores que recor-

rem ao crédito agrícola. Este era um pleito da Aiba e da Aprosoja, defendido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e acatado pelo Plenário do Congresso Nacional, que, em uma votação histó-rica, derrubou o veto da Presidência da República a duas emendas à Medida Provisória 682/201. A decisão foi comemorada pelas duas entidades de classe, que há tempos lutava por isso.

As emendas coíbem a venda casada de apólice de seguro no ato de liberação do crédito rural e dão ao produtor o direito de escolher a seguradora de seu interesse, além de proibirem a obrigatoriedade do seguro como condição para acesso ao crédito rural e incluírem, ainda, representantes dos agricultores e das seguradoras no Comi-tê Gestor do Seguro Rural.

As emendas haviam sido aprovadas por acordo de todos os partidos, mas acabaram sendo vetadas pela presidente, agora afastada, Dilma Rousseff. Conforme o presidente da FPA, deputado Marcos Montes (PSD-MG), trata-se de uma conquista de fundamental importância para o setor produtivo rural. “Há muito tempo vínhamos denunciando a prática da contrapartida exigida aos tomadores de financiamentos pelos agentes financeiros”, explicou Marcos Montes.

O QUE OCORREU?O Plenário do Congresso Nacional derrubou, no último 24 de maio, o veto da Presidência da República a duas emendas à Medida Provisória 682/2015, que altera as Leis nº 4.829, de 5 de novembro de 1965 e 10.823, de 19 de dezembro de 2003. Convém ressaltar que raramente ocorre a derrubada de um veto presidencial no Congresso.

ENTENDA O QUE MUDA NA PRÁTICA PARA O PRODUTOR• O governo não pode mais obrigar ou vincular a contratação de seguro

rural para operações de crédito de custeio, porque isso passou a ser proibido pelo parágráfo 5º do artigo 1º da lei 10.823/2003, que passou a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1o Fica o Poder Executivo autorizado a conceder subvenção econômica em percentual ou valor do prêmio do seguro rural, na forma estabelecida em ato específico.(…)

6º - O poder público não poderá exigir a contratação de seguro rural como condição para acesso ao crédito de custeio agropecuário.

Isso reforça o posicionamento de que o produtor não pode ser obrigado a contratar seguro atrelado ao crédito ruralconforme já diz o Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 39, parágrafo 1º:

“Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:

I – condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;Portanto, produtor, você não é obrigado a contratar o seguro rural se não qui-ser. Qualquer vinculação da contratação de seguro como requisito para libera-ção dos recursos de custeio deve ser informada aos órgãos de defesa do con-sumidor, como o Procon, e Ouvidoria do agente bancário, além de entidades de classe, como Aiba, Aprosoja, para que haja denúncia aos órgãos competentes.•Os agentes bancários passaram a ser obrigados, na contratação de seguro rural, a:1. Oferecer, no mínimo, duas apólices de seguro rural ao produtor;2. Essas apólices têm que ser de seguradoras diferentes;3. Dessas seguradoras que ofereceram o seguro rural, pelo menos uma

delas não pode ser seguradora ligada diretamente ao agente bancário (ou do mesmo grupo econômico);

4. Fazer constar de seus contratos ou cédulas documento que comprove que foi oferecido ao produtor mais de uma opção de seguro.

Além disso, o agente bancário passa a ser obrigado a aceitar que o produtor, que assim quiser, contrate seguro rural com seguradora ou mesmo corretor de seguros que não seja ligado ao agente bancário.Com isso, agricultor, é importante que você, além dessas mudanças acima descritas, tome os seguintes cuidados quando da contratação do crédito rural:1. Mantenha seus cadastros bancários atualizados junto aos bancos, para

que não seja pego de surpresa com alguma pendência em seu nome ou falta de documento no momento de liberação do crédito rural;

2. Leia atentamente todos os contratos que for firmar, solicitando por e-mail do gerente informações quanto ao seguro quanto:2.1 O nível de cobertura do seguro contratado;2.2 Quais são as condições que o seguro não irá cobrir perdas (as cha-

madas cláusulas excludentes)2.3 Qual o mínimo de perda para que o seguro seja acionado;

3. Observe que há inúmeros tipos de seguros rurais. Uns cobrem apenas o risco climático, outros integram risco climático e risco econômico. Avalie qual melhor se encaixa na sua necessidade, tirando todas as dúvidas, se possível, por e-mail com aquele que está lhe vendendo o produto.

4. Não assine nenhum documento ou declaração com a qual não concorde.

Mulheres do Agronegócio se reúnem durante Bahia Farm ShowEngana-se quem pensa que a Bahia

Farm Show é um universo predo-minantemente masculino. A Feira

tem sido palco de encontro de mulheres do agronegócio, que cada vez mais tem mostrado a sua importância no segmen-to. E, pelo terceiro ano consecutivo, elas reuniram-se para tomar um chá e discu-tir temas do mundo feminino.

Em um momento descontraído, as produtoras rurais assistiram, na quarta--feira (25), à palestra sobre dois temas que estão em alta: redes sociais e o em-poderamento, ministrada pela jornalista Malu Fontes. Os assuntos relacionados ao campo também vieram à tona no en-contro, que foi aberto oficialmente pelo presidente da Feira, Júlio Busato, e pela primeira dama, Renate Tumelero Busato.

“Esse é um momento importante du-rante a Bahia Farm Show, pois é dedicado a vocês, mulheres, que não só nos acompa-nha na nossa rotina do agro, como participa intensamente dela, conquistando a cada dia um espaço maior nas atividades do setor. O Chá das Mulheres é um legado que eu es-pero deixar para a próxima gestão e gosta-

ria muito que o próximo presidente da Feira desse continuidade a esse encontro, que é muito oportuno”, pontuou Busato.

HOMENAGEMO evento também foi palco de uma

justa homenagem. A personalidade es-colhida este ano foi a Sra. Ida Barcellos, que além de ter uma forte ligação com o agronegócio, desenvolve um belíssimo trabalho social à frente da Apae.

“Ela é filha e esposa de produtor ru-ral. Sua própria história de vida mistura--se com o agronegócio, atividade na qual sempre esteve inserida, conciliando com o trabalho de casa. Começou como ven-dedora de insumos e produtos agrícolas numa época em que era raro se ver mu-lher atuar nesta área. Galgou o seu cami-nho até ter o próprio negócio, também no ramo do agro, onde hoje é sócia do ma-rido. Somado a tudo isso, merece desta-que o que ela vem desenvolvendo como presidente da Apae, por isso achamos importante dividir esse exemplo aqui”, salientou a coordenadora da Bahia Farm

Show, Rosi Cerrato, enquanto a primeira dama da Feira, Renate Busato, entregava um quadro à homenageada.

“Sinto-me muito lisonjeada em rece-ber essa singela homenagem. Espero que essa história seja inspiradora para todas vocês e que sirva para mostrar que o campo também é lugar de mulher”, disse Ida, sem esconder a emoção.

Regado a chá e a um bate-papo des-contraído, o encontro foi encerrado com o sorteio de brindes, oferecidos pelos par-ceiros da Bahia Farm Show.

14 15JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246 JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246

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INSTITUCIONALINSTITUCIONAL

Aiba formaliza pedido de alterações no zoneamento agrícola do oeste da Bahia

Presidente da Aiba se reúne com Ministro do Meio Ambiente

A implantação de um novo modelo de zoneamento agrícola que se adéque às necessidades da região oeste da Bahia poderá se tornar realidade ainda este ano. Este é um an-

tigo pleito da Aiba, que será analisado pelo Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nos próximos dias.

O pedido foi entregue, em forma de nota técnica assinada pela Aiba, Abapa e Adab, ao coordenador geral de risco agro-pecuário da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Hugo Rodrigues, durante a sua visita à Bahia Farm Show.

O documento sugere alterações no zoneamento das ja-nelas de cultivar, atendendo às especificidades da região e levando em consideração as mudanças climáticas que têm acarretado no plantio tardio.

De acordo com Rodrigues, o pedido será analisado pela área técnica do Mapa, com auxílio da Embrapa. Ele acredita que a portaria deva ser publicada no início do próximo mês de julho, já com as alterações vigentes para a safra 2016/2017.

As alterações nas datas do plantio zoneamento podem auxiliar os agricultores em questões relacionadas ao seguro agrícola, bem como ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e ao crédito rural.

Opresidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato, esteve em Brasília, onde participa de várias re-

uniões para discutir os interesses dos produtores do oeste da Bahia. Seu primeiro compromisso na capital federal foi um encontro com o ministro do Meio Am-biente, Sarney Filho; com a nova presidente do Ibama, Suely Araújo; e com o assessor jurídico da Confede-ração Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Justos.

Os desembargos de áreas nas Bahia foi uma das pautas do encontro. Busato pediu providên-cias ao ministro, tendo em vista que outros esta-dos que atravessavam problema semelhantes já tiveram a situação solucionada, enquanto a Bahia mantém os embargos pela exigência da apresen-tação da licença ambiental, documento não mais exigido pela legislação Estadual, portanto não mais emitido pelos órgãos ambientais no Estado.

“O ministro se comprometeu em resolver essa questão. Inclusive, diante dos 34 deputados pre-sentes, ele solicitou à presidente do Ibama que tomasse as providências jurídicas cabíveis. Como ela acaba de assumir a pasta, vai se inteirar do processo e nos reuniremos na próxima semana para tratar deste assunto”, antecipou Busato.

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Aiba, Sema e Inema discutem programa de regularização ambiental dos imóveis rurais

Com o objetivo discutir emendas sobre o projeto de lei do programa de regulariza-ção ambiental, o vice-presidente da As-

sociação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Odacil Ranzi, e a diretora de Meio Ambien-te da entidade, Alessandra Chaves, se reuniram com o secretário estadual do Meio Ambiente Eu-gênio Spengler, em seu gabinete, em Salvador.

Na pauta do encontro estava a revisão do projeto de lei de nº 21.841/2016, que institui o programa de regularização ambiental dos imóveis rurais na Bahia, alterando o dispo-sitivo das leis nº 10.431 e nº 11.612, de 20 de dezembro de 2006 e 08 de outubro de 2009, respectivamente; além de revogar a lei de nº 11.478, de 01 de junho de 2009.

“A preocupação da Aiba, hoje, é aumen-tar a segurança jurídica, uma vez que ela tem fomentado ao longo dos anos a regu-larização ambiental da propriedade rural”, destacou Alessandra Chaves.

A regularização ambiental no estado da Bahia é de responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ine-

ma), órgão executor da Política Estadual de Meio Ambiente que estabelece competên-cias, critérios e diretrizes relacionados a regularização ambiental e na melhoria dos instrumentos de controle ambiental (licen-

ça, fiscalização e monitoramento).Também participaram da reunião a coor-

denadora do setor jurídico da Secretaria Es-tadual do Meio Ambiente (Sema), Mariana Vidal, e o deputado estadual Luiz Augusto.

17JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246

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16 JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246INSTITUCIONALINSTITUCIONAL

Instituto Aiba lança edital para condução do Plano de Manejo em Área de Proteção Ambiental

Com o objetivo de fomentar a regularização ambiental e o ordenamento territorial na Bacia do Rio de Janeiro, a Associação dos

Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), através do Instituto Aiba (Iaiba), publicou, na segunda--feira (06), o edital de chamamento público para seleção e contratação de empresa especializa-da em condução de Planos de Manejos e forma-ção do Conselho Gestor de Áreas de Proteção Ambiental (APA).

Os interessados em conduzir o projeto têm até o próximo dia 27 de junho para enviar propos-tas e documentação necessária para participar da seleção. O projeto é uma iniciativa do Instituto Aiba em parceria com a Fundação Solidaridad e o Instituto para o Comércio Sustentável (IDH). Os trabalhos serão realizados em conjunto com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recur-sos Hídricos (SEMA) e o Instituto de Meio Am-biente e Recursos Hídricos (INEMA), instituições gestoras da Unidade de Conservação.

A APA Bacia do Rio de Janeiro, criada em 1993 e ampliada em 2001, é uma importante Unidade de Conservação Ambiental com uma área de 351.300 hectares, que abrange os muni-cípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, na região Oeste da Bahia.

Para a coordenadora do projeto e diretora de Meio Ambiente da Aiba, Alessandra Chaves, a APA Bacia do Rio de Janeiro tem grande re-levância para a região Oeste da Bahia, não so-mente pela presença de belezas cênicas como as Cachoeiras do Acaba Vida e do Redondo, mas principalmente pela presença de importantes

áreas de nascentes e veredas no perímetro da Unidade de Conservação.

“A consolidação do Plano de Manejo e for-mação do Conselho Gestor vem como uma importante ferramenta de ordenamento territo-rial, uma vez que trata-se de uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável, que permite o compartilhamento e planejamento do uso e a ocupação do solo, conciliando com as caracte-rísticas ambientais da região”, salientou.

Já o superintendente do Instituto Aiba, Hel-muth Kieckhöfer, ressalta que a iniciativa evi-dencia a preocupação do Instituto com as ques-tões socioambientais na região.

“Fomentar a regularização ambiental, o ordenamento territorial e gestão do empreen-dimento rural tem sido metas importantes e estabelecidas pela Aiba. Trabalho este que vem sendo fortalecido com a constituição do Iaiba. Iniciar, agora, os trabalhos da nossa ONG com uma Unidade de Conservação (APA da Bacia do Rio de Janeiro) demonstra a relevância da nossa missão, pois queremos promover a edu-cação, integrar valor à vida e desenvolver uma sociedade mais justa com nossas ações. Des-ta maneira, queremos ser reconhecidos pelas ações de transformação na construção de uma sociedade ambientalmente correta, socialmen-te justa e economicamente viável, promovendo, assim, o equilíbrio entre a produção, o homem e a natureza”, destacou Helmuth Kieckhöfer.

Para ter acesso ao edital e seus termos de referência clique no link a seguir: http://aiba.org.br/wp-content/uploads/2016/06/Edital-de-Chamento-Publico-APA-BACIA-DO-RIO-DE-JANEIRO-site.pdf.

Vetro traz novidades para agricultores do oeste baiano

AVetro está apostando no oeste da Bahia. A marca acaba de instalar uma

unidade fabril no município de Luís Eduardo Magalhães, para atender a todos os pro-dutores de toda a região. Com o objetivo de fortalecer ainda mais essa relação entre a em-presa e o seu público alvo, a Vetro participou da 12ª edição da Bahia Farm Show – maior feira de tecnologia agrícola e de negócios do Norte/Nodeste do Brasil –, onde, durante cin-co dias, passaram mais de 60 mil pessoas.

Os que visitaram o estande da Vetro puderam conhecer, em primeiríssima mão, o seu mais novo lançamento: o tubo E-PRFV, um equipamento ver-sátil que permite a condução de fluídos que vão desde água e esgoto até produtos corrosi-vos e com altas temperaturas. A nova tecnologia emprega-da resultou no baixo custo de vendas, se comparado a pro-dutos similares, mas manteve as características de um tubo de fibra de vidro, com alta re-sistência mecânica, fácil ins-talação e vida útil estimada de 50 anos. Outra novidade que os visitantes da Feira pude-ram conhecer sobre a unidade fabril que a marca.

Presidente da Aiba coordenará ações da FPA em prol dos produtores rurais

Agricultores do oeste baiano promovem melhorias em rodovias da região

Opresidente da Aiba e vice-presiden-te do Instituto Pensar Agropecuário, Júlio Cézar Busato, vai coordenar as

ações da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) na busca de mais crédito para a re-gião do Matopiba, que foi atingida por uma severa estiagem. O anúncio foi feito pelo presidente da FPA, deputado Marcos Mon-

Uma força-tarefa provida pelos produtores rurais do oeste da Bahia resultou na recuperação de um tre-cho da rodovia BA-447. Cerca de 12 quilômetros que

liga o município de Barreiras à divisa com Angical passou por operação tapa-buracos, onde foram aplicadas 70 tone-ladas de massa asfáltica.

A obra, orçada em R$ 22 mil, é fruto de uma parceria en-tre a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e o governo do Estado. O recurso é oriundo do Programa de Desenvolvimento do Agronegócio (Prodeagro).

A intervenção visa facilitar o escoamento de grãos e fibras produzidos no oeste baiano. Em breve, outras rodovias da re-gião também serão contempladas com os mesmos serviços.

tes, que designou Busato para esta missão.“Estamos juntando todas as ações feitas

pelas associações e pela CNA em uma úni-ca frente de trabalho. FPA já protocolou um requerimento para uma audiência pública, na Câmara dos Deputados, para que as ins-tituições financeiras se posicionem sobre o que estão e poderão fazer para minimizar

os efeitos do endividamento por parte dos produtores causado por uma sequência de anos de baixas produtividades e elevação nos custos de produção. No próximo dia 09 de junho, teremos uma reunião na CNA para discutir o assunto”, antecipou Busato.

Para o presidente da Aiba, a preocupa-ção imediata é o estabelecimento da sa-fra 2016/2017. Ele orienta que os associa-dos procurem as instituições financeiras e acertem seus débitos conforme suas pos-sibilidades, para garantir o custeio e plantio da nova safra.

“Estamos buscando junto às instituições financeiras novos créditos, com prazos mais longos e juros compatíveis com o setor, pos-sibilitando, assim, uma maior oxigenação da economia tanto para os agricultores, bem como para a região do Matopiba”, esclareceu.

Segundo ele, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também foi informado da situação e deverá somar esforços junto com os produtores.

Também participaram desta primeira reunião o presidente da Abramilho, Sergio Bortolozzo; o presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa; e o representante da CNA, José Mário Shereiner, que foi designado pelo presidente João Martins para este assunto.

18 19JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246 JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246

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RESPONSABILIDADE SOCIALINSTITUCIONAL

Prodeagro financia construção do hangar-Graer no aeroporto de Barreiras

Devido à sua localização estratégica, Barreiras foi escolhida para sediar a nova Base Avançada do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer). Denominada de Bavan, a base já está em construção e tem como

principal objetivo realizar o patrulhamento urbano, rural, ambiental, litorâneo e de fronteiras, além de promover e apoiar ações de inteligência em todo o oeste baiano.

Orçada em aproximadamente R$ 4,3 milhões, a Bavan é financiada pelo Programa para o Desenvolvimento da Agropecuária (Prodeagro), em parceria com a Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra). Construída em uma área de 1.483m², ela dispõe de um hangar de 322m² para abrigo de aeronave, salas de apoio à manutenção das aeronaves, administração, sala de capacitação, alojamentos, refeitório, sala de ginástica, entre outros espaços.

O presidente do Prodeagro, Júlio Cézar Busato, esteve no canteiro de obras da Bavan/Graer, no Aeroporto de Barreiras, para ver de perto o ritmo dos ser-

viços. Busato saiu satisfeito com o que viu: “A construção do hangar é fundamental para a segurança de toda região do oeste da Bahia e vai ajudar a combater os roubos de defensivos agrícolas, tornando mais ágil e efetiva a ação da Policia Militar”, destacou.

A nova base, vinculada à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), vai melhorar o desempenho das atividades aeropoliciais, dando mais eficácia às operações e aos trabalhos de buscas e salvamentos terrestre e aquático; prevenção e combate a incêndios; controle de tumultos, distúrbios civis e motins; além de apoiar o cumprimento de mandados judiciais; patrulhar o controle do roubo de carga; promover escoltas e transporte de dignitários, pre-sos, valores e cargas e promover o transporte aeromédi-co, transporte de enfermos, órgãos humanos e resgate.

O Graer possui bases avançadas instaladas em alguns municípios baianos, distribuídas em localizações estraté-gicas de cada região.

Presidente da Aiba busca soluçõespara produtores com restrição de crédito

Afim de unificar todas as ações em busca de soluções para o endivida-mento dos produtores rurais atingi-

dos por problemas climáticos, o Instituto Pensar Agropecuária (IPA), a pedido da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), está encabeçando uma articulação junto ao Ministério da Agricultura. Houve excesso de chuva no Rio Grande do Sul e seca nos estados do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e no Mato Grosso e em Goiás. A ação conta com a colaboração da Con-federação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA) e de outras entidades do setor.

De acordo com o vice-presidente do IPA, Júlio Cézar Busato, foram realizadas re-uniões com técnicos da Secretaria de Po-lítica Agrícola do Ministério da Agricultura para montar uma estratégia de trabalho. Segundo Busato, será pedida a prorrogação dos custeios de quem foi afetado na safra 2015/2016; o adiamento da parcela dos in-vestimentos que vai vencer agora para o fim dos contratos; que os bancos não promo-vam ações de cobrança; e a busca de novos

QUEREMOS PERMANECER NA ATIVIDADE E CONTINUAR PLANTANDO”

Júlio Cézar Busato, presidente da Aiba.

custeios. “Precisamos garantir que o agri-cultor plante a próxima safra”, explicou.

Busato esclarece que este apelo ao go-verno para a prorrogação dos financiamentos de custeio e investimentos se justifica porque são expressivos os prejuízos dos produtores que cultivam milho, soja e arroz, nas regiões do Centro-Oeste e Matopiba, principalmente, onde foi registrada quebra na colheita de mi-lho e soja, e do Sul, no caso do arroz.

No caso da safra de milho, a quebra no Tocantins foi de 61,4%; 42,9% no Maranhão; e 25,3% no Piauí, segundo os dados divulgados na semana passada pela Conab. Os preparos para o próximo plantio que se inicia em outu-bro começam agora. No total da safra 2015/16, a redução foi de 11,1 milhões de toneladas de

grãos em relação à produção anterior.“O governo deve, sim, adotar medidas

para aliviar essa vexatória situação vi-vida pelos agricultores, pois se trata de uma questão de justiça e não é muito o que estamos reivindicando. Com essa drástica quebra da safra, fortemen-te atingida por problemas climáticos, mostramos à área técnica do Ministério da Agricultura e do Ministério da Fazen-da a necessidade de prorrogação das parcelas de custeio e investimentos. E se o governo não for compreensivo, será um transtorno para todos nós que pre-tendemos nos manter na atividade e se-guir produzindo até mesmo para pagar esses empréstimos”, alertou Busato.

20 JUNHO|2016 . ANO 24 . Nº 246

www.aiba.org.br| ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES E IRRIGANTES DA BAHIA

CAPACITAÇÃO

Sindicato Rural de LEM promove aulainaugural do Curso Gestão da Empresa Agrícola

Formar melhores gestores para admi-nistração das empresas agrícolas do oeste da Bahia. Este é o objetivo do

Curso Gestão da Empresa Agrícola, que teve sua aula inaugural realizada, no dia 9 de junho, no Sindicato dos Produtores Ru-rais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM). O projeto piloto, desenvolvido especialmen-te para a região, beneficiará inicialmente 25 alunos, entre produtores rurais, filhos de agricultores, sucessores e gestores do empreendimento rural. Após sua validação, o curso deve ser expandido para as demais regiões produtoras do país, via Senar.

A presidente do Sindicato dos Produ-tores Rurais de Luís Eduardo Magalhães, Carminha Missio, comentou com entusias-mo mais essa conquista em sua gestão, lembrando a importância do perfil da for-mação, bem como o esforço empreendido para viabilizar a oferta do curso, agora dis-ponibilizado de forma inédita.

“Formar gestores era um grande an-seio do sindicato e uma necessidade dentro das propriedades agrícolas. Este curso não existia dentro da grade do Senar. Nós soli-citamos a formatação desse curso e, enten-dendo a importância do perfil desse profis-sional e a grandeza da agricultura do oeste da Bahia, fomos atendidos. Este foi um cur-so projetado em conjunto e esperamos con-tar com a ajuda dos alunos, com críticas construtivas. Dessa forma, nosso segmento será mais forte e competitivo”, disse.

A coordenadora técnica do Senar/BA, Daniela Lago, destacou que o curso foi uma

demanda que nasceu no oeste da Bahia, es-pecificamente no sindicato, em Luís Eduardo Magalhães. “Tivemos algumas reuniões com a presidência e a diretoria para a formatação do curso, que passou por um aperfeiçoa-mento. A ajuda do Senar/Central foi de ex-trema importância. Esperamos contar com a participação de cada um dos alunos, para que possamos validar o curso e trabalhar essa formação em outras regiões produto-ras do Brasil. Essa é a intenção”, comentou.

ENTUSIASMOEntre os alunos, o clima era de total

entusiasmo. Filho de produtor rural e re-presentando os jovens que participarão do curso ao longo de oito módulos, com carga

horária de 128 horas, André Carlos Walker, de 26 anos, acredita que a formação deve agregar ainda mais conhecimento no ge-renciamento das fazendas. “Com certeza vai aperfeiçoar a conexão dos dados de campo com a administração do negócio na cidade, otimizando o processo de ponta a ponta e criando soluções para as proble-máticas que circundam o setor agrícola”, avaliou.

Outra aluna que tem grande expectativa é Ivanir Pradella, de 43 anos, que trabalha na propriedade rural da família, ao lado do seu esposo, que também é aluno do cur-so. “As expectativas são enormes. Acredi-to que tenho muito a melhorar e que isso será possível através do conhecimento, de experiências de outras empresas e dos fa-cilitadores. Vemos a importância do curso, especialmente em um ano em que a região sofre com estiagem, além da situação eco-nômica do país. Cada vez mais precisamos de gestão para superar os novos desafios que se apresentam na administração de nossos negócios”, frisou.

A aula inaugural contou com as presen-ças dos instrutores do curso, o engenheiro agrônomo e mestre em economia rural, Gumercindo Fernandes; e do engenheiro agrônomo, Adriano Lupinacci. O asses-sor técnico do Senar/Central, Rafael Die-go Nascimento, também esteve presente. (Com informações do SPRLEM).