A Biomecânica de Meyerhold

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  • 5/22/2018 A Biomecnica de Meyerhold

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    A BIOMECNICA DE MEYERHOLD

    Mel Gordon

    in The Drama Review(T57), maro de 1973, pgs. 73-88).

    traduo de Maria Ei!a"et# $is%aia in

    'ui %apa!, na min#a $iome%ni%a, de determinar ao todo do!e ou tre!e regras para o treinamento do ator. Mas aoaprimor-a, eu tae! no dei*e mais do +ue oito.

    seood Meer#od

    $iome%ni%a /oi um sistema de treinamento do ator, pro0etado por Meer#od ogo aps a 2eou

    Em"ora nem sempre ten#a sido %ompreendida de /orma muito %ara, re%e"eu ampa ateno durante os an

    4 e 34, deido posio 6mpar +ue Meer#od o%upaa, %omo o mais signi/i%atio diretor reou%ionrio

    anguarda. prpria %on%epo de Meer#od a%er%a da $iome%ni%a - +ue no so/reu grandes mudan

    durante sua %arreira - pare%ia ser, %uriosamente, ao mesmo tempo grandiosa e modesta em"ora asseeran

    +ue o dom6nio da $iome%ni%a permitia +ue o ator ad+uirisse a destre!a essen%ia para os moimentos %ni%

    - destre!a +ue um ator %omum earia uma ida para o"ter - ee reegaa suas prprias auas de $iome%ni

    em sua /i%ina, a um :status: seme#ante ao dos outros estudos de moimento %orpora +ue ai er

    ensinados, tais %omo acrobacia, dana moderna e "eurhyhmic!" s soi;ti%os e os %r6ti%os o%iden

    mostraram-se /re+

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    :a%ro"a%ias apropriadas para o teatro:, impi%ando o %ontraste entre as reaidades de espao e tempo no pa

    e na idaA a reao entre as "ases m;tri%as da m=si%a e do moimento (in%uindo a id;ia das pausas

    moimento)A tra"a#o %om os o"0etos de %enaA e, de um modo gen;ri%o, os e/eitos da interpretao

    espe%tador (a di/erena entre grandes e pe+uenos gestos).

    Esses e*er%6%ios, aguns dos +uais /oram apresentados pu"i%amente em 1 de /eereiro, e e 9

    maro de 1915, ao ado de outras peas e es+uetes, /a!em em"rar de muitos modos a posterior $iome%ni%

    Meer#od, nesses Be!esseis Estudos, tin#a a inteno de criar um !i!ema de e:erc1cio! 0imiad

    4reci!o, ;ue coni2e!!e oda! a! !iua

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    G. Kistria do Ia0em +ue era 'ie ao seu mo e de utros %onte%imentos Bignos

    presentao. Jm estudo tratado no estio da uma #istria sentimenta, tipo /ina do s;%

    >?? (apresentado no pa%o prin%ipa - treinamento em moimentos entos).

    5. re+uim, o endedor de $astonadas. Jma pantomima no estio da are+uinada /ran%esa

    1854 (:a%ro"a%ias apropriadas para o teatro:).

    L. 'ragmento de uma Iea @#inesa - : Mu#er ato, o Issaro e a @o"ra:. Jma pantomima

    Meer#od e Dooi (uso de %onenCes %ni%as %#inesas %omo pode ter sido interpreta

    por @aro o!!iA uso de :mise en s%Nne: para %riar a iuso de mais personagens do +ue os +

    apare%em de /ato).

    7. s Buas Esmeradinas. Jm es+uete de um :s%enario: da @ommedia.

    8. @oin Maiard. Jm estudo desempen#ado de per/i, maneira das pinturas de Oan%ret.

    9. s &ograis de 2ua. Jma pantomima no estio das representaCes popuares da ene!a dos /

    do s;%uo >??? (utii!ao de audin%ia no pa%o para guiar as emoCes da audin%ia re

    representao em dois n6eisA :a%ro"a%ias apropriadas para o teatro:).

    14. Be @in%o @adeiras a Jma Huadri#a. Jm estudo de Meer#od e Dooi maneira dos a

    18G4.

    11. Iadeiro e o Oimpador de @#amin;s. Jm estudo.

    1. Ierda das $osas.

    13. @orda.

    1G. Trs Bees.

    G

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    15. Trs Oaran0as, Tees%pio strogi%o ou Hue o mor de gu;m peos Biretores de Ia

    Iode @ondu!ir. Jma "u/onada %ir%ense (uso de o"0etos de %ena para tru+uesA :a%ro"a%

    apropriadas para o teatro:).

    1L. @omo Ees E*e%utaram suas ?ntenCes.

    Huatro anos depois da 2eouo, %om a +ueda do moimento de espet%uos para a massa, tornou

    "io um aparente de%6nio na +uaidade gera dos teatros proetrios. Meer#od, +ue daa uma importn

    e*trema ao desenoimento dessas trupes de atores amadores e semipro/issionais %omo um instrume

    edu%a%iona e so%ia para as massas e %omo um "auarte %ontra os teatros a%admi%os "urgueses, iu

    pro/undamente insatis/eito %om suas tentatias de representao r=sti%as e ine/i%a!es. Ires%indindo

    +ua+uer treinamento /orma, muitos dos noos atores de massa simpesmente su"iam ao pa%o e de%ama

    suas /aas de um modo desgra%ioso, muito maneira dos protagonistas de meodramas proin%iais, s

    atentar para a :mise en s%Nne:, dimensCes do pa%o ou para a audin%ia.

    Meer#od sentiu +ue a ironia repousaa no /ato de +ue o teatro, %u0a /uno so%ia era edu%a

    promoer a re%onstruo so%iaista e %ient6/i%a da 2=ssia, #aia retro%edido para /ormas ar%ai%as

    "asi%amente r=sti%as, en+uanto +ue outros setores da so%iedade soi;ti%a estaam 0 atraessando

    pro%esso de rpidas %oetii!ao e industriai!ao.

    Meer#od pensaa +ue, se o teatro deia so"reier e ter uma parti%ipao dinmi%a na /utura %utu

    soi;ti%a, ee teria tam";m +ue ser trans/ormado peos mesmos /atores +ue estaam norteando o restante

    ida soi;ti%a. Beste modo, ba!eando=!e na! meodo0o+ia! cien18ica! ;ue en)o 4re2a0eciam na ind>!

    e cu0ura !o2i6ica! ?&ay0ori!mo@ e na 4!ico0o+ia e educa)o !o2i6ica! ?Re80e:o0o+ia@, Meyerh

    comeou a 8ormu0ar !ua! 4r34ria! ba!e! cien18ica!, e, con!e;enemene, incone!2ei!, "a! 0ei!

    Biomec#nica"

    O &AYLORI$MO

    & nos primeiros anos da d;%ada de 1914, o tra"a#o de 'rederi%P QinsoF Taor (185L-1915), o inen

    ameri%ano pioneiro no estudo da :administrao %ient6/i%a: na irada do s;%uo, tornou-se ampame

    %on#e%ido por toda a Europa. Em 1918, o prprio Onin apoderou-se dos prin%6pios de Taor so"r

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    administrao %ient6/i%a, ou Taorismo, %omo um e*empo /undamenta da+ueas reai!aCes do %apitais

    +ue, apesar de "ruta e e*porador em seu intento - o aumento da produo e os u%ros da6 resutante

    representaram um a%esso importante e reou%ionrio ao pro%esso genu6no de tra"a#o, digno da aspira

    soi;ti%a.

    ?nestigando %ada unidade de tra"a#o em uma in#a de produo, Taor %#egou %on%uso de +

    os moimentos /6si%os dos tra"a#adores estaam entre os menos e/i%ientes em toda a /"ri%a. Ao rea0i7a

    are8a ;ue 0he era 4re!cria, o raba0hador 8re;enemene 4erdia=!e em mo2imeno! !u46r80uo

    de!aeiado!, cau!ando uma e:enua)o 4remaura em !eu! m>!cu0o!, o ;ue redu7ia a !ua 4rodu)o

    modo +era0 naisando a e*e%uo de %ada tare/a de a%ordo %om moimentos pre%isos, +ue %ronometra

    reguaa dentro de /raCes de um segundo, &ay0or 4rocura2a enconrar o! +e!o! e mo2imeno! me8iciene! 4ara cada i4o de raba0ho. Benominando seu estudo de :e%onomia de moimentos:, Taor t

    ogo +ue ear em %onta os /atores no ineares e no me%ni%os, tais %omo ritmos de tra"a#o, e+ui6"r

    agrupamento de m=s%uos, /adiga e :minutos de repouso:. tra;s de tentatias e erros, Taor deseno

    um sistema de :%i%os de tra"a#o:, %ada um enoendo uma cadeia ineira de mo2imeno! e 4au!

    4ermiindo ao raba0hador ober uma 4rodu)o maior, com o m1nimo de 8adi+aEsse mnimo de fad

    dar-se- !ando o ator" #rimeiramente" #oss!ir $onhe$imento de s!as ne$essidades $or#orais e" em seg!n

    ad!irir o $ontrole so%re se! &E'( Res#ira)*o" for)a a%dominal+,O.E MA/DA /O 0E1 .OR2O e vi$e

    versa

    Em"ora Taor pare%esse apre%iar a ariedade e mutipi%idade do deta#e em sua anise

    moimento, muitos de seus seguidores ameri%anos pro%uraram deimitar e a"strair %ertos prin%6pios de s

    estudo da economia de mo2imeno! no deixar o movimento sujo, nem insignificante, %om a /inaidade

    torn-os mais uniersais. ('ranP e Oiian i"ret# 0 #aiam des%o"erto, em 191, de!esseis moimen

    /undamentais de mos (ther%ligsR), +ue eram intero%upa%ionais).

    ps a morte de Taor, em 1915, %omeou a apare%er esse tipo de ta"eas generai!adas. Bessas, eoer

    sete prin%6pios /undamentais taoristas do uso do %orpo #umano no tra"a#o

    R Therblig: qualquer estudo de tempo e movimento. (N.d.T.)

    L

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    1 - Moimentos suaes, %uros e %ont6nuos das mos so pre/er6eis a moimentos dire

    enoendo mudanas de rumo a"ruptas e %ortantes.

    - A! dua! m)o! de2em comear e com40ear !ua! a

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    a noo de ama e minimi!ando a importn%ia do in%ons%iente inating6e, os :o"0etiistas: pro%uraram out

    %amin#os para e*pi%ar o %omportamento.

    psi%ogo ameri%ano i00iam ame!(18G-1914), in%apa! de se irar de seus estados de pro/un

    depresso atra;s de suas prprias /a%udades mentais, comeou a in2e!i+ar a naure7a 2erdadeirame

    2i!cera0 da emo)o De!cobriu ;ue muio! do! conceio! 4o4u0are! ;ue 4re!cre2iam a

    a4arenemene irracionai! e !ecundria! 4ara a redu)o de e!ado! emocionai! de!a+rad2ei! = com

    4or e:em40o, "a!!obie ao 4a!!ar 4or um cemi6rio", ou ";uando 2oc9 e!i2er )o 7an+ado ;ue n)o 4o

    8a0ar, cone a6 de7" = eram nada mai! do ;ue a a40ica)o e8ei2a de rea

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    poderiam ser modi/i%ados instantaneamente em %ondiCes de a"oratrio. Em"ora o prprio $eP#te

    tiesse sido in%apa! de /orne%er um n=mero su"stan%ia de in/ormaCes %ompementares, suas teorias /or

    argamente di/undidas entre /isioogistas, psi%ogos e edu%adores aps a 2eouo.

    O CON$&R'&I/I$MO E "A$ LEI$ DA BIOMECNICA"

    @onstrutiismo no teatro soi;ti%o, do +ua Meer#od /oi um e*poente essen%ia, /oi um moimento

    "ase %ient6/i%a +ue a"ar%ou muitos tipos de teatro +ue %omparti#aam id;ias espe%6/i%as so"re en%ena

    %enogra/ia e /uno, de 19 a 19L. & +ue o taorismo e a re/e*oogia /a!iam parte dos ai%er%es

    interpretao e en%enao %onstrutiistas e da $iome%ni%a, os %r6ti%os esperaam +ue /ossem /orteme

    seme#antes. ps terem sido in/ormados de +ue a taori!ao do teatro tornaria poss6e representar u

    pea de +uatro #oras de durao em um #ora, /i%aram "astante des%on%ertados ao des%o"rir pou%os gestostra"a#o e muitos gestos em :%mara enta: nos estudos "iome%ni%os reai!ados em e*i"iCes p="i%as. J

    %r6ti%o, ?ppoit DoPoo, repudiou a $iome%ni%a de Meer#od %omo sendo anti-taorista e u

    reapresentao, %omo /osse %oisa noa, da pa#aada de %ir%o.

    a iso me%ani%ista de Meer#od, do teatro %omo uma /"ri%a e saa de aua - o uso de m;tod

    mais rpidos e mais e/i%ientes (taorismo) para produ!ir uma reao predeterminada da audin

    (re/e*oogia) -, en%ontramos uma n/ase tota na produo - a e0abora)o de e8eio! no e!4ecador, crian

    o e!ado mena0 de!eado dmitindo o /ato de +ue #aia um n=mero /inito de e/eitos e estados da mente

    diretorUengen#eiro %onstrutiista estaa ire para %ai"rar os %omponentes teatrais sua disposio (te

    dramti%o, reas de en%enao, %enrio, o"0etos de %ena, /igurino, iuminao, estios de interpretao, /a

    m=si%a, tempo, et%.), em %om"inaCes +uase inesgoteis, em direo a uma s meta. isso o dire

    %onstrutiista tra"a#aa muito %omo Taor, +ue en%araa %ada tare/a de modo di/erente, "us%ando u

    estrat;gia parti%uar para a e*e%uo de moimentos e%onSmi%os e e/i%ientes.

    Be outro ado, Meer#od, %omo aste, pro%uraa por %ertos moimentos nu%eares +ue treinariam

    noo tra"a#ador da pre%iso, na e*e%uo e/i%iente de todas as tare/as pres%ritas para ee. t; mesm

    sistema de treinamento em si deeria ser um modeo de e%onomia um programa %on%iso mas %ompreens6

    +ue re+uisesse um m6nimo de tempo para ser aprendido (o n=mero de estudos em $iome%ni%a ariaa

    sete a mais de inte, geramente /i%ando em torno de do!e ou tre!e). ssim %omo aste tin#a %riado u

    s;rie inteira de moimentos e*empares de tra"a#o, a partir da per/eita e*e%uo de uma tare/a aparenteme

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    simpes %omo impusionar uma pi%areta, +ue era diersa de +ua+uer das %ompe*as ma+uinarias +ue s

    tra"a#adores estaam sendo treinados para operar, Meer#od modou %ada um de seus estudos "iome%ni

    de /orma a in%uir um oume %ompe*o de atiidades /6si%as, +ue, istas de modo super/i%ia, pare%iam

    simpes e no ter reao %om os estios de interpretao %onstrutiistas. inda mais, %ada estudo deeria

    um manan%ia de instruCes para o desenoimento do moimento e*pressio, %uminando num sistema +

    utii!asse todos os prin%6pios essen%iais do moimento %ni%o +ue um ator poderia en%ontrar.

    Tomando %omo "ase sua e*tensa e*perin%ia teatra, Meer#od see%ionou e aper/eioou os estu

    "iome%ni%os a partir de uma poro de /ontes +ue ee %onsiderou mais dinmi%as ou :teatrais: = cir

    "mu!ic=ha00", 4u+i0i!mo, +in!ica, di!ci40ina mi0iar, earo chin9! e Kabui - tanto +uanto a+ue

    %uturas teatrais das +uais ee ideou seus Be!esseis Estudos, em sua %arreira pr;-reou%ionria. Biidin%ada gesto dos estudos em moimentos e*atos, Meyerho0d 8oi ca4a7 de a40icar ao aor o! 4rinc14

    ay0ori!a! de economia de mo2imeno! e a eoria da emo)o de ame!, 8a7endo com ;ue

    auomaicamene e:4erimena!!e uma +ama ineira de emo

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    ator reou%ionrio. Ior e*empo, numa trupe u%raniana de %utura proetria, os atores poderiam estu

    mano"ras miitares u%ranianas medieais, ginsti%a, t;%ni%as de dana moderna, o! de %ora, di%

    $iome%ni%a. um teatro-%u"e de amadores, onde os atores podem so/rer uma restrio grande em term

    de tempo e espao para treinamento, podem ser prati%ados apenas moimentos de m+uina, eitura de erso

    a $iome%ni%a. $iome%ni%a deeria ser o eo de treinamento %omum e - em"ora ato em %omparao %

    os teatros "urgueses - o padro mais "ai*o de treinamento do ator nos teatros proetrios e %onstrutiistas.

    a prpria o/i%ina de Meer#od, ao ado da $iome%ni%a, os atores eram instru6dos por pro/ission

    em esgrima, pugiismo, :eur#t#mi%s: de Ba%ro!e, "a; %ssi%o, ginsti%a de soo, dana moder

    :posi%ionamento em trip;:, dana de %a"ar;, prestidigitao, di%o, /aa, m=si%a e muitas outras dis%ipi

    +ue Meer#od %onsideraa =teis ao ator para uma produo em espe%ia ou para sua edu%ao gera, %opor e*empo prti%a em :pr;-interpretao:, #istria do teatro, e%onomia, "ioogia. E2idenemene, ;ua

    maior 8o!!e a ;uanidade de habi0idade! de mo2imeno! di!4o!i)o do aor, mai! e8icienemene

    4oderia de!em4enhar uma 2ariedade maior de are8a! o o"stante, por %ausa da di/i%udade em trei

    instrutores, e da sensao parti%uar de Meer#od de +ue ea no estaa inteiramente aper/eioada

    $iome%ni%a, %om pou%as e*%eCes, permane%eu propriedade e*%usia do Teatro de Meer#od.

    A BIOMECNICA NA OICINA DE MEYERHOLD

    %asionamente au*iiados por Meer#od, os instrutores de $iome%ni%a aeri ?nPid0ino, MiP#ai oren

    e mais tarde i%oai usto, pane0aram suas prprias sessCes dirias de uma #ora para %ada grupo de ator

    +ue ariaam de oito a +uase trinta mem"ros. Jma sesso t6pi%a %onsistia na prti%a de e*er%6%

    "iome%ni%os supementares, os +uais eram a/inados e*e%uo /6si%a dos estudos, e dois estu

    "iome%ni%os, separados por um per6odo de des%anso de +uin!e minutos. s atores eram soi%itados a u

    uni/ormes ees, %amisas a!uisRe s#orts para as mu#eres e %amisas e %aas para os #omens. Muitos

    estudos, +ue eram pro0etados para ensinar ao ator o m*imo de moimento no espao atra;s de %oordenad

    e*atas, ne%essitaam +ue o ator estiesse %iente de %ertas in#as e do"ras do seu esturio.

    A maior 4are da Biomec#nica era e:ecuada com o acom4anhameno de m>!ica ocada

    4iano, ;ue +uia2a o aor no e!abe0ecimeno de um em4o emociona0, ;ue a0+uma! 2e7e! con80ia2a co

    R No original, blue shirt: camisa simples de sarja azul usada por trabalhadores. (N.d.T.)

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    a or+ani7a)o r1mica naura0 do e!udo Essa t;%ni%a era diametramente oposta ao uso do metrSnomo

    $oris 'erdinando para o treinamento do ator em seu Teatro E*perimenta Keri%o. m=si%a em si, +

    ariaa de meodias %ssi%as e romnti%as a uma esp;%ie de :audeie:, /un%ionaa di/erentemente em %a

    estudo, %orrea%ionando /re+

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    /rente e seu p; direito para trs. (/) Oo%ai!ando um ao imaginrio, ee trans/ere seu peso de seu p; dire

    para o es+uerdo e de ota para o direito. (g) Bes%reendo um ar%o, %u0o %entro est em seu om"ro direito

    e+ui6"rio do ator ; tro%ado da perna direita para a es+uerda, e de ota para a direita. (#) Ee pu*a uma /e

    imaginria de seu %into, ou %odre imaginrio. (i) @ura, muito rapidamente, a parte superior de seu dorso

    direo ao %#o. (0) gora, entamente, o ator se endireita, sustentando seus "raos estendidos numa posi

    r6gida. "rao es+uerdo ; pu*ado para a /rente e o "rao direito ; atirado para trs, num n6e igeiramen

    mais "ai*o. (ota etapa no mostrada). (P) Ee %arrega agarosamente o ar%o imaginrio e o pu*a para tr

    () ator mira. (m) ator dispara %om um grito.

    (n) Deu %orpo imediatamente se tor%e %omo um ar%o disparado em posiCes de :re%usa: (ref!sal).

    $&ET?D E*empo de um @i%o de ?nterpretao ?nteno, 2eai!ao, 2e%usa da

    Besenoimento de moimentos de om"ros e "raos, ires e ampos. Jtii!ao de aongamen

    #ori!ontais do %orpo para en%ontrar %entros de graidade. Jso do p; para esta"ee%er e+ui6"rio. Irti%a

    gestos de %air e eantar.

    @METV2? Be a%ordo %om e*ei ripi%#, este estudo tee, proaemente, sua origem

    tra"a#o de treinamento do ator pr;-reou%ionrio de Meer#od. 'oi tam";m mais tarde utii!ado

    DtanisasPi em seu est=dio.

    (ota s;rie /otogr/i%a deste estudo em T-57 apare%e numa ordem igeiramente di/erente.)

    P A&IRANDO A *EDRA

    (a) ator e*e%uta o d%tio.

    (") Em seguida ee sata, ira-se para a direita, e ota ao %#o %om o p; es+uerdo para adiante. D

    0oe#os esto %urados, %om sua mo direita /rente e a es+uerda atrs. (%) ator %orre. (d) Ee pua

    noo, otando ao %#o so"re seu p; es+uerdo, %om o om"ro es+uerdo para a /rente. (e) ator endireita

    %orpo. s dois "raos esto pendurados /rou*amente, e per/eitamente sim;tri%os. (/) Ee eanta-se na po

    dos p;s, e ento %ai so"re o 0oe#o direito. Deu %orpo os%ia para trs e para a /rente. (g) Iegando uma pe

    imaginria em sua mo direita, o ator eanta-se, oteia seu "rao direito num ampo ar%o para a es+uer

    13

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    para a /rente e para trs no sentido transersa, atrs de seu %orpo, onde este %ai. Deu om"ro es+uerdo e

    eeado, o direito a"ai*ado, %om a mo direita no n6e do 0oe#o. s 0oe#os esto eemente /e*ionad

    (#) Ee d um passo para trs. (i) @om a pedra imaginria ainda presa em sua mo direita atrs do %orpo

    ator %omea a %orrer. Deu om"ro es+uerdo est eantado. (0) Ee para %om um ee puo, otando ao %#

    %om seu p; es+uerdo /rente. (P) Bepois de seu "rao direito estar in%inado transersamente so"re o pe

    sua mo es+uerda agarra o puso. () peso do %orpo ; trans/erido para o p; direito. inda agarrado p

    mo es+uerda, o "rao direito ; pu*ado a"ruptamente para trs, e ; "aanado em um ar%o %u0a "ase

    om"ro. ator sota sua mo es+uerda, permitindo +ue o "rao direito /orme um %6r%uo ampo e %ompe

    (m) ?nterrompendo o moimento %ir%uar, o "rao direito ; mantido /rente, en+uanto o ator pro%ura por

    ao imaginrio. (n) Ee %orre aguns passos adiante e pua. (o) Ireparando o arremesso, ee "aana "rao e perna direitos para trs. (p) Ee 0oga a pedra imaginria, tor%endo seu ado direito para a /rente,

    es+uerdo para trs. (+) 0oe#ando-se so"re o 0oe#o direito, o ator "ate pama e ento %oo%a a mo

    %on%#a atrs da ore#a direita, %omo se esperasse ouir agum resutado. (r) ( ao imaginrio ; atingid

    Ee aponta %om seu "rao es+uerdo e in%ina-se para trs, %om o "rao direito no +uadri direito.

    (s) Eeando-se, ee e*e%uta um d%tio.

    $&ET?D E*empo de um @i%o de ?nterpretao %ompe*o, %om m=tipas preparaCes, aC

    reaCes e pausas. Besenoimento de moimentos %uros e ires, e do e+ui6"rio. Jso de "raos e om"

    para esta"ee%er o %entro de graidade +uando em moimento. E*er%6%io de e*%ita"iidade re/e*i

    est6muos sonoros. (+)

    @METV2? estudo ; e*e%utado em tem#osaternados.

    (ota Esta des%rio /oi tirada de Theatre in 0oviet R!ssia, de ndre an seg#em, de 19G3

    =ni%o reato deta#ado pu"i%ado. Em"ora o estudo /osse uma parte "si%a da $iome%ni%a, no

    /otogra/ias dispon6eis.)

    A BOE&ADA NO RO$&O

    (a) Bois atores /i%am em p;, /rente a /rente, a uma distn%ia de trs p;s. Deus p;s esto paraeos, %om

    dedos /irmemente pantados e eemente para a direita. Iressionando as pontas dos p;s, seus %a%an#a

    1G

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    14/35

    esto +uase /ora do %#o. Duas %a"eas esto in%inadas para a /rente, %om os om"ros eantados. s 0oe

    e "raos esto %urados. (") m"os e*e%utam um d%tio. (%) primeiro ator d um passo adiante %om o

    es+uerdo, %oo%ando-o diretamente em /rente do direito. p; es+uerdo aponta para a dire

    perpendi%uarmente ao p; direito. 'a! uma rotao %om a parte superior de seu dorso para a direita. Deu ro

    est otado para seu par%eiro. Deus 0oe#os esto %urados, %om o peso para a /rente, no p; es+uer

    En+uanto isso, o par%eiro deu um passo adiante %om seu p; es+uerdo, +ue est %oo%ado a seis poegadas

    ei*o do seu p; direito. peito do par%eiro est a G5 graus em diagona de sua posio origina.

    Dimutaneamente os dois atores in%inam-se para trs, trans/erindo seu peso para seus p;s direitos. prime

    ator, %om seu "rao direito estendido e %om a mo a"erta, deso%a-se o mais a/astado para trs, at; +ue seu

    es+uerdo este0a +uase /ora do %#o. (e) Moendo seu "rao direito num %urso %ir%uar ampo para o adireito, o primeiro ator tor%e seu %orpo para a direita, en+uanto seu peso ; trans/erido adiante para o

    es+uerdo, +ue ; moimentado para trs. par%eiro tam";m moe-se adiante e para o %entro. (/) par%e

    in%ina a %a"ea para a direita, en+uanto a mo es+uerda do primeiro ator entamente se apro*ima. (g)

    primeiro ator rapidamente ana sua mo es+uerda no ado direito mais "ai*o do rosto do par%eiro.

    empurra para "ai*o seu "rao direito, apan#ando sua prpria mo direita, %riando um som de tapa. (#) s

    assinaa uma ota posio (a). ( Estudo ; repetido %om a tro%a de pap;is dos par%eiros.)

    $&ET?D E*empo de um @i%o de ?nterpretao Ireparao, o e Ionto de 2epeti

    @oordenao %om par%eiro, mudando tem#osda ao. Jso dos p;s e moimentos da parte "ai*a do tro

    para esta"ee%er e+ui6"rio. Biiso dos ados es+uerdo e direito do %orpo. Besenoimento

    e*%ita"iidade re/e*ia a est6muos sonoros (#).

    @METV2? Estudo e*e%utado em tem#os aternados, em"ora nun%a to entamente +ua

    :Bisparando o ar%o:.

    15

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    G. OIE @M B

    (a) Bois atores esto /rente a /rente a uma distn%ia de seis p;s. E*e%utam um d%tio.(") primeiro ator, %om as mos a"ertas atrs das %ostas, /e*iona as pernas e sata /rente de

    par%eiro, +ue eemente re%ua para trs. (%) Iisando %om seu p; direito, +ue est num nguo de G5 graus

    reao a seu par%eiro, o ator %erra os pun#os. (d) @om seu peso no p; direito, o primeiro ator pu*a u

    adaga imaginria de uma "ain#a imaginria presa em seu puso es+uerdo, /ormando um ar%o +ue %ru!a s

    rosto num nguo de G5 graus e termina direita e a%ima de sua %a"ea. (e) Muito entamente, ee %ome

    %raar a adaga dentro do espao antes o%upado peo %orpo re%uado de seu par%eiro. En+uanto o primeiro a

    ini%ia seu moimento de gopear, seu peso ; trans/erido para seu p; es+uerdo, e a parte %entra e es+uer

    superior de seu dorso permane%e otada para a /rente. par%eiro, %u0as pernas esto "em pantadas, %om

    perna es+uerda /e*ionada e penamente e+uii"rada so"re a "ase do p;, e o p; direito %om a "arriga da pern

    a parte traseira do p; retesadas, 0oga sua %a"ea para trs e se ar+ueia at; +ue ten#a /ormado uma meia pon

    empurrando seus "raos para "ai*o. Deus om"ros esto paraeos num pano #ori!onta. (/) o po

    e*tremo de %ontato entre o par%eiro e a adaga imaginria, o par%eiro d um sa/ano para %ima %om um gr

    +ue tem origem no dia/ragma. (g) ?sso assinaa ao primeiro ator para rapidamente a/astar seu "rao direit

    o %orpo para a posio origina.

    $&ET?D E*empo de @i%o de ?nterpretao. @oordenao %om o par%eiro. E*empo de esta

    psi%oU/6si%os automti%os, %ausados por mudanas no e+ui6"rio e tenso mus%uar (pun#os %errad

    %ontrao de m=s%uos da parte mais "ai*a das %ostas). Besenoimento da resistn%ia da parte in/erior

    tron%o %omo %entro de e+ui6"rio. Besenoimento da e*%ita"iidade re/e*ia a est6muos sonoros e*ter

    (/) e (g).

    @METV2? Estudo e*e%utado em tem#ose*tremamente aternados.

    5. @DT2J?B I?2WM?BE

    1L

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    (a) Bois atores em p;, /rente a /rente, a uma distn%ia de trs p;s um do outro. E*e%utam um d%tio.

    (") par%eiro /e*iona seus 0oe#os, %om o p; es+uerdo para a /rente. Em seguida estende a perna dir

    para trs e para a direita, %riando uma pata/orma este entre seu +uadri e o 0oe#o es+uerdo. par%e

    apresenta sua mo es+uerda ao primeiro ator, +ue, tomando-a na sua es+uerda, %oo%a seu p; es+uerdo

    parte in/erior da %o*a es+uerda de seu par%eiro. (%) mo direita do primeiro ator ; agarrada pea m

    direita do par%eiro, a +ua ; mantida "em a%ima de sua %a"ea. (d) En+uanto o par%eiro pu*a a mo direita

    primeiro ator num %6r%uo ampo por trs da %a"ea do par%eiro, para a direita deste, o primeiro a

    rapidamente oteia seus +uadris para a direita, en+uanto empurra seu p; es+uerdo %ontra a :pata/orma:

    oteia seu p; direito e o %orpo para %ima e para a direita, at; +ue seu p; direito pouse no om"ro direito

    par%eiro. par%eiro au*iia essa ao, empurrando as mos para o ato e para a sua direita. (e) #andomesma direo +ue seu par%eiro, o primeiro ator empurra seu p; direito %ontra o om"ro direito do par%eir

    pisa so"re seu om"ro es+uerdo. Ee ; sustentado peo impuso para %ima das mos do par%eiro, +ue es

    agarradas em suas prprias. (/) par%eiro sota as mos do primeiro ator, uma de %ada e!, e usa as s

    para agarrar nos torno!eos do primeiro ator. (g) primeiro ator esti%a seu %orpo e a"re seus "ra

    #ori!ontamente, /ormando um T. (#) Jma e! +ue seu e+ui6"rio este0a per/eitamente esta"ee%ido

    primeiro ator /e*iona seus 0oe#os e "ate pamas. (i) oteando seus "raos para trs, %omo um mergu#ad

    ee sata dos om"ros de seu par%eiro. Iua numa direo diagona para a es+uerda. (0) o ar, o ator tor%

    parte superior de seu dorso para a es+uerda e a parte mais "ai*a para a direita. (P) Essa ao de rota

    o"rigou seu %orpo a irar-se, permitindo +ue otasse ao %#o em sua posio origina, en%arando seu par%e

    a uma distn%ia de trs p;s. Deus 0oe#os esto /e*ionados. () primeiro ator e*e%uta um d%tio.

    estudo ; ento repetido %om os par%eiros tro%ando os pap;is.)

    $&ET?D Irti%a em moimento giratrio, moimentos de rotao rea%ionados graida

    2esistn%ia do puso, pernas e m=s%uos das %ostas. Besenoimento do e+ui6"rio no espao e so" impa%

    @oordenao %om o par%eiro.

    @METV2? Meer#od 0untou numerosos passos a este estudo, +ue ;, essen%iamente, um /e

    a%ro"ti%o simpes. Em %asses adiantadas, os atores e*e%utaam satos mortais para a /rente, em e!

    satos rotatios, e %onstru6am torres e pirmides %ompe*as, %om muitos par%eiros.

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    L. OIE @M D IXD

    (a) Bois atores /rente a /rente, a uma distn%ia de seis p;s. E*e%utam um d%tio.

    (") par%eiro, %om seus 0oe#os /e*ionados e p;s apontando eemente para dentro, /orma uma "

    este. @om o %orpo eemente para a /rente, ee /a! sons de !om"aria para o primeiro ator. (%) prime

    ator, %om as so"ran%e#as eantadas e os o#os /i*os nos do par%eiro, eanta entamente a perna direita, +

    est /e*ionada no 0oe#o, at; +ue ea a%an%e sua atura e*trema. Dua %a"ea est otada para a /rente.

    %orpo do ator est e+uii"rado peo peso de seus "raos, +ue esto tensionados no om"ro e atrs das %ostas.

    p; direito do ator est num nguo de G5 graus em reao a seu %orpo. (d) Oentamente, %urando seu

    direito e in%inando seu %orpo para trs, o primeiro ator arremete seu %orpo para a /rente, os p;s em prime

    ugar, para o nari! de seu par%eiro, +ue re%ua a parte superior do dorso. (e) Jma e! no ar, o ator %#uta spernas para %ima e para a /rente, %#egando ao %#o, suaemente, so"re seu om"ro es+uerdo. (/) par%e

    %ai para trs so"re seu ado direito.

    $&ET?D Besenoimento da e*%ita"iidade re/e*ia e da resposta. Esta"ee%imento

    e+ui6"rio em um p;. Moimento desa/iando a graidade. prender a %air. @oordenao %om o par%eiro.

    @METV2? Meer#od de%arou +ue aprendeu este estudo de ioanni di rasso, o a

    si%iiano +ue isitou a 2=ssia antes da 2eouo.

    7. DOT D$2E IE?T

    (a) Bois atores em p;, a uma distn%ia "em grande, e*e%utam um d%tio.

    (") primeiro ator, %orrendo em grande eo%idade, d impuso em seu p; direito e sata para

    par%eiro, %u0o e+ui6"rio est /irmemente /i*ado. (%) o ar, o primeiro ator dire%iona seus 0oe#os para o pe

    do par%eiro. (d) :terrissando: %ontra seu par%eiro, o primeiro ator engan%#a seus %otoeos por trs

    om"ros dee. (e) par%eiro in%ina a parte superior do seu dorso para trs, para sustentar o peso do prime

    ator, +ue segura a parte de trs do pes%oo do par%eiro %om sua mo es+uerda. (/) Ento o primeiro a

    entamente, pu*a %om sua mo direita uma adaga imaginria do %into. (g) Ee gopeia seu par%eiro, pu*an

    a adaga imaginria por sua garganta. (#) par%eiro %omea entamente a %urar o %orpo para trs, e /a!

    18

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    som %omo se estiesse morrendo. (i) /rou*ando o aperto do pes%oo do par%eiro, o primeiro ator %ome

    dei*ar desi!ar o %orpo dee, gopeando-o %ontinuamente %om sua adaga imaginria. (0) m"os %aem ao %#

    ao mesmo tempo.

    $&ET?D E*er%6%io %om distn%ias pre%isamente %a%uadas. g

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    (") 2e%e"endo o peso %om os 0oe#os /e*ionados, o par%eiro segura as pernas do primeiro ator e %ome

    %orrer em uma onga e des%uidada %aagada gaopante. (%) Huando o apito to%a noamente, ee para nu

    posio "em e+uii"rada. (d) apito ; to%ado uma ter%eira e!, e o par%eiro re%omea a %orrer, a"rindo

    ei*o perpendi%uar para sua es+uerda. (e) se+

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    (/) Ento, su"itamente, ee 0oga o %orpo so"re seus om"ros. (g) primeiro ator %omea a %or

    desordenadamente num %6r%uo ampo. (#) Ee para e, entamente, re"ai*a o %orpo do par%eiro.

    $&ET?D Besenoimento da e*%ita"iidade re/e*ia. E*porao de estados emo%ionpsi%oU/6si%os.

    @METV2? estudo pare%e ter uma estreita seme#ana %om uma ao %oFnes%a padro.

    1 O $AL&O *ELA$ CO$&A$

    (a) Bois atores, /rente a /rente, e*e%utam um d%tio.(") par%eiro ira-se para a direita e se aga%#a numa posio este, +ue se0a perpendi%uar ao prime

    ator, +ue, %om seus "raos para o ato, %oo%a seu p; direito no ado direito das %ostas de seu par%ei

    (%) @on/orme seu par%eiro, entamente, in%ina-se para a /rente, o primeiro ator empurra seu p; es+ue

    %ontra o %#o, impeindo seu %orpo para %ima. um moimento de toro, %om seus "raos %ondu!idos p

    "ai*o e 0oe#os %urados, o primeiro ator so"e nas %ostas do par%eiro, otado para a mesma direo de

    (d) Moendo eemente para %ima e resaando seu p; direito para trs e para a direita, o par%eiro %ria u

    :pata/orma: pana e este %om suas %ostas. @om seus 0oe#os /e*ionados, "raos atrs, e a parte super

    do dorso %urada para a /rente, o primeiro ator regua seus moimentos %om os do par%eiro. (e) prime

    ator e o par%eiro mantm uma posio e+uii"rada e ime. (/) o som de um apito, o par%eiro %ome

    andar para a /rente entamente. (g) o som do pr*imo apito, o primeiro ator sata das %ostas do par%eiro.

    $&ET?D Besenoimento de muitas /ormas de e+ui6"rio e da e*%ita"iidade re/e*i

    @oordenao %om o par%eiro.

    @METV2? Em %asses adiantadas, Meer#od a0untou outras etapas %omo satos mortais par

    /rente em ugar de satos simpes e puar de umas %ostas para outras.

    13. @Y2@JO

    1

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    (a) Jm grupo de atores, em m=tipos de trs, e*e%utam um d%tio.

    (") Ees %amin#am em %6r%uo em torno da saa, gaopando em passos argos. (%) o som de um apito

    segundo ator de %ada trs %oo%a suas mos nos om"ros do primeiro ator. ter%eiro ator sata para a /ren

    %oo%ando suas mos e um 0oe#o so"re a pata/orma %riada peos dois primeiros atores. (d) %ada muda

    no tem#oda m=si%a, o ter%eiro ator e*e%uta uma di/erente posio de e+ui6"rio nos om"ros dos primei

    dois atores, +ue esto %amin#ando a passos argos. (e) a posio de e+ui6"rio /ina, o ter%eiro ator senta

    nos "raos do segundo ator. (/) o som do apito, o ter%eiro ator in%ina-se para a /rente, agarrando os om"

    do primeiro ator, en+uanto o segundo ator retira suas mos do om"ro do primeiro ator. ?sso permite

    ter%eiro ator manter uma posio perpendi%uar durante a mar%#a. (g) s trs atores %ontinuam a %amin

    at; +ue o apito ; to%ado.

    $&ET?D Besenoimento de muitas /ormas de e+ui6"rio. E*%ita"iidade re/e*i

    @oordenao %om par%eiros. Dustentar pesos nas %ostas e "raos.

    A M($ICA NO OGO DO A&OR MEYERHOLDIANO$eatri%e Ii%on-ain

    traduo de 2o"erto Maet

    :Eu tra"a#o de! e!es mais /a%imente %om um ator +ue ama a m=si%a. X pre%iso #a"ituaratores Z m=si%a desde a es%oa. Todos /i%am %ontentes +uando se utii!a uma m=i%a :paratmos/era:, mas raro! !)o o! ;ue com4reendem ;ue a m>!ica Q o me0hor or+ani7ador do emem um e!4ecu0o O o+o do aor 6 , 4ara 8a0ar de maneira 8i+urada, !eu due0o com o em4oa;ui, a m>!ica 6 !ua me0hor a0iada E0a 4ode n)o !er ou2ida, ma! de2e !e 8a7er !enir $oncom um e!4ecu0o en!aiado !obre uma m>!ica e re4re!enado !em m>!ica $em e0a, = e com e4oi! o e!4ecu0o, !eu! rimo! !er)o or+ani7ado! de acordo com !ua! 0ei! e cada in6r4reecarre+ar em !i"(1).

    *en!ar na! m>!ica! ;ue raba0hamo! durane o e!4ecu0o A! m>!ica! !)o conarra!ica ao cor4o, ao ao c9nico

    ssim e*prime-se Meer#od nos =timos anos de uma ida em +ue sempre %onsiderou :edu%ao musi%a %omo a "ase de (seu) tra"a#o de en%enador:(). Meer#od aprendeu a topiano, e so"retudo ioino. @#egou mesmo a #esitar em /a!er uma %arreira musi%a, e @#ostaPoiem suas memrias, /aa dos :remorsos: do grande en%enador +ue, nos momentos mais som"rios danos 34, imaginaa-se um pe+ueno ioinista to%ando seu instrumento %om deseo, em aguma pada or+uestra (3) ... Be uma grande %utura musi%a, Meer#od podia tanto er uma partitura +uasu"stituir o maestro de seu teatro ou sentar-se ao piano. 'oi rodeado, ee e seu teatro, de %ompositornessin, IroPo/ie, @#ostaPoit%#, +ue tornaram-se %;e"res, ou de grandes int;rpretes, "oDo/ronitsPi. %oa"orao %om esses %ompositores /oi "en;/i%a para am"as as partes, se0a para

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    pes+uisas de Meer#od reatias a m=si%a no teatro, se0a para os prprios %ompositores a +uMeer#od daa impusos %riadores (%on/. as peras O amor das trs laranjas de IroPo/ie, ou/ari7de @#ostaPoit%#) e so"re %u0as o"ras ee re/etia atiamente, pensando em mont [as Meer#od /e! iguamente de . @#a"aine (5) um muito interessante %ompositor de m=si%a teatatra\s de um tra"a#o proongado e rigoroso %om ee (/ina dos anos 4 e anos 34), ao ongo de sespet%uos.

    as en%enaCes :%ssi%as: de Meer#od, ?nspetor era, Besgraa de ter esp6rito

    Bama das %am;ias, a m=si%a - seus ritmos, seu /u*o e seus sin%ios, suas pausas - penetra o teatanto %omo materia organi!ado +uanto %omo prin%6pio organi!ador da ao %ni%a, do 0ogo do ator,%on0unto da %omposio meer#odiana e de um modo de per%epo dinmi%a do p="i%o (L). Masem 191G, +uando e*pCe para T%#ePo a %on%epo +ue tem de seu8ardim das $erejeiras, :a"str%omo uma sin/onia de T%#aiPosPi: (7), a m>!ica Q 4ara e0e, n)o um 8undo, ma! a +radeiner4rea)o de uma dramaur+ia, um 4ono de a4oio 4ara a com4o!i)o c9nica, um meioriun8ar !obre o naura0i!mo, uma 2e7 ;ue e0a co0oca em cena um rimo ;ue rom4e com o mundo coidiano Lo+o, e com o e:em40o de Cha0ia4in, 8e0i7 !1ne!e, !e+undo e0e, de r1mica 40!icmu!ica0, mode0o de "2erdade eara0", Meyerho0d a8irmaJ " 4ena ;ue o aor do drama ne!ea !ubmeido ao auor 4e0a 4reci!)o de uma r1mica ;ue e!e 0he 8orneceria !ob 8orma 4ariura e!cria" ?S@ undamena0 ano 4ara o encenador ;uano 4ara o comediane, a m>!

    2ai im4re+nar 4ro+re!!i2amene o! modo! de cria)o de Meyerho0d e, a8irmando=!e ara26!cu0o dedicado m>!ica no! c1rcu0o! !imbo0i!a! ;ue 8re;ena no inicio do !6cu0o, ornar=!e u8i+ura con!ane de !ua 4rodu)o eara0, ane! e de4oi! de -T

    JM TE2? B @T2IT

    ?ni%iamente, ee reai!a uma re/e*o pro/unda so"re a en%enao da pera, mergu#ando nos es%ride ppia, de @raig, depois de 'u%#s, de Qagner, de Kagemann, antes de montar Tristo e ?soda no TeaMariinsPi, en%enao-%#ae para o %on0unto de sua o"ra e +ue #e seriu de o"0eto para um ongo artteri%o (9). Ee "us%a %ompreender as espe%i/i%idades da pera e mais ampamente do teatro da %onende um earo onde a m>!ica !eria concebida como "!ub!#ncia da a)o" a;ue0a 4are, na ;ua

    2endedor ;uer 2ender +ua 4ra menina e a +ene bae 4a0ma!, 4ode !er marcada me0hor, com 4recie !er mai! criai2a U e:J criar uma hi!oria como !e a mu!ica 8o!!e um a0icerce do 2endedor (14), e +uen%enador dee a"ordar partindo, no do i"retto, mas da 4ariura, de seu esp6rito e de seu rimo. Dotem#i, as moduaCes, +ue ditam os 0ogos de %ena. @onse+

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    %orrente +ue a%ompan#a os deso%amentos do ator so"re o espa]o %cni%o e os momentos est ti%os de 0ogo:. : msi%a:, es%ree Meer#od no programa de seu %urso para o ano 191G-1915, :e os moimentosator podem mesmo n^o %oin%idir, mas, simutaneamente %#amados Z ida, em seu %urso (a msi%a moimento, %ada um em seu pano pessoa), mani/estam um gcnero de poi/onia. as%imento de um notipo de pantomima onde a msi%a e os moimentos do ator reinam em seus respe%tios panos. s atores, sdar ao espe%tador a %onstru]^o da msi%a e dos moimentos em um % %uo m\tri%o do tempo, pro%uram teuma rede r`tmi%a:. , /ormuado %aramente, um primeiro es"o]o da teoria meer#odiana do %ontrapon

    /undamentando as eis %cni%as do moimento do ator no tempo e no espa]o. Bepois de 1917, Meer#re%usar , desta e! %ategori%amente, perante seus estudantes do ETEMD (teics Teatrais DuperioresEstado), a api%a]^o das teorias de Ba%ro!e - argamente di/undidas na 2ssia - ao teatro e +uai/i%ar a"surdas as dan]as de ?. Bun%an em ra!^o de sua tediosa e repetitia simetria em rea]^o Z msi%a15.Essa teoria do %ontraponto en%ontrar uma de suas me#ores api%a]es na en%ena]^o de Bama de espade Iu%#Pin-T%#aiPosPi, em 1935, no Ie+ueno Teatro Bram ti%o de Oeningrado, onde a dire]^o de atoresMeer#od %oo%a a %r`ti%a teatra em presen]a de um :ator autenti%amente musi%a, %onserane*teriormente a i"erdade de seu %omportamento teatra, mas de /ato igado Z msi%a durante todo o temem um %ompe*o %ontraponto r`tmi%o. Deus moimentos podem ser inertidos em rea]^o ao metromsi%a, a%eerados ou raentadosA entretanto, mesmo sua pausa est ti%a so"re o /undo de um moimento r pda or+uestra e, digamos, um gestua r pido so"re o /undo de uma pausa gera na msi%a deem es

    estritamente apoiados so"re a partitura da en%ena] o, %on%e"ida %omo o %ontraponto %cni%o da partitura%ompositor: 1L. %r`ti%a musi%a ai portanto no mesmo sentido +ue Meer#od, +ue a/irma :Es/or]amnos em eitar /a!er %oin%idir o te%ido musi%a e o te%ido %cni%o so"re a "ase do metro. spiramos Z /us%ontrapont`sti%a dos dois te%idos, musi%a e %cni%o: 17. Bama de espadas, :op. 114: de seus tra"a#os de en%ena]^o, \ dedi%ada ao pianista . Do/ronitsPEspet %uo not e, +ue e*igiria a pu"i%a]^o da partitura %cni%a ou mesmo do s%enario da en%ena]^poiada pea u!, a msi%a de T%#aiPosPi apro/unda as a]es %cni%as, desnuda as emo]es sien%iosas dpersonagens. Besea por e*empo, a %ada um dos passos de Oi!a, +ue des%e a es%ada do dispositen+uanto sua amiga Iauina %anta, sempre no ato do sa^o de msi%a, as diersas emo]es e*perimentapea 0oem. u ainda, /a! %om +ue os espe%tadores es%utem as "atidas do %ora]^o de Kermano, o ru`dosua respira]^o, no in`%io do ter%eiro ato em +ue, so"re a mesma msi%a da introdu]^o, ee so"e na pon

    dos p\s, %om a onga %apa arrastado-se atr s, a es%ada %u0o oa %apri%#oso, ritmado peas rupturas de dpatamares, o%upa toda a %ena e en+uadra o +uarto da e#a %ondessa, em "ai*o. Ee se imo"ii!a, estati!apatamar in/erior e depois, Z entrada dos ioinos, so"re as %o%#eias, torna a partir para estati!ar de noo,ato, +uando es%utamos as semi%o%#eias, perante o retrato da e#a, onde %antar em seguida seu mogo18. Meer#od e seu ator seguem a msi%a e opem-se a ea ao mesmo tempo, o"tendo poderoe/eitos, %omo a +ueda da %ondessa 0 morta, at\ a imo"iidade em sua %adeira, no sicn%io, depois do a%o/ina.K nesta Bama de espadas um "aan]o das pes+uisas meer#odianas se0a no dom`nio da pera se0a noteatro musi%a, da :musi%ai!a]^o do teatro:A todo o tra"a#o de Meer#od so"re a msi%a no espet %sere tanto Z pera +uanto ao teatro.

    2?h D2

    Em Ieters"urgo, sua en%ena]^o do /austoso $aie de m s%aras de Oermonto \ a%o#ida %omo :uma psem msi%a:, segundo a e*press^o do %r`ti%o musi%a ?. DoertinsPi, e*press^o +ue 0 en%ontramos sopuma do %r`ti%o ?artse a propsito da en%ena]^o de ?rm^o $eatri! de Maeterin%P em 194L. EmIro/essor $ou"ous, de . 'aiPo, montada em 195, Meer#od di! estender a m^o a :todos os es/arrapada pera: em um espet %uo-a"oratrio em +ue /e! seus atores passarem por uma seera es%oa representa]^o, onde :a msi%a est presente +uase ininterruptamente, onde o materia er"a torna-se u

    G

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    esp\%ie de re%itatio ire %omo em IroPo/ie ( &ogador). @omo no teatro %#incs, ea \ um est`muo pmo"ii!ar a aten]^o do espe%tador: 19.Iara n^o ser interpretada nem %omo msi%a de diers^o nem %omo uma /i%]^o est\ti%a, a msi%a neespet %uo \ produ!ida em %ena, ou antes a%ima dea, em um estrado dourado, suspenso, em /orma de %on%iuminada pea %#ama de anternas, por um pianista de %asa%a instaado perante um piano de %auda, em todissonbn%ia ai s %om as u!es "ri#antes +ue o enoem e os re%ames e\tri%os +ue %ompem o %en :ur"anista: de Iro/essor $ou"ous. jkmsi%a +ue ee interpreta durante todo o espet %uo (Oi!st e @#op

    superpem-se os sons produ!idos pea /e*`e "arreira de "am"us suspensos em an\is met i%os +ue %ontoa rea de representa]^o e ressoa a %ada entrada e sa`da dos atores, desempen#ando o pape da matra%a teatros orientais aisando o espe%tador do a%onte%imento teatra +ue ai se reai!ar, atraindo sua aten]^o. msi%a torna-se uma esp\%ie de %o-%onstru]^o:, es%ree . 'edoro, um dos assistentes de Meer#od, :pianista, o maestro da representa]^o, detendo-se um instante so"re o %ent\simo %ompasso da Donata de Bae a interrompendo %om um estudo de @#opin, retorna aguns minutos depois ao Ois!t +ue /i%ara em suspen4.Dem nos o%uparmos das tare/as de agita]^o %onsagradas Z es%o#a da msi%a e Zs a%entua]es musi%adestinadas a desa%reditar uma "urguesia e uma inteigentsia de%adente, %on%iiadora e oportunista /a%ereota +ue %res%e na rua, su"in#emos a organi!a]^o sonora do espet %uo, esta :%ol%onstru]^o:kmus+ue %ompeta a do dispositio e +ue \ destinada por um ado a sus%itar no espe%tador o m *imo de asso%ia]

    ou se0a, uma per%ep]^o n^o %otidiana, mas art`sti%a, %riatia, e por outro ado a ordenar o 0ogo de %ada at%ada um dos +uais :deia estar penamente %ons%iente do a]o +ue e*istia entre %ada moimento, %ada /raseo ritmo, o tempo, a tonaidade do tre%#o musi%a +ue o a%ompan#aa: 1. ri+ue!a dessa :tri#a musi%a:+ua damos as re/ercn%ias no /ina deste artigo (%on/. p g. 4) eo%a "em a %ompe*idade das tare/as e*igiaos %omediantes, +ue deem a"a/ar o ru`do dos passos e eitar sua inter/ercn%ia na msi%aA %ada instante, %passo \ %onstru`do ritmi%amente, em um entrea]amento das r\pi%as, dos moimentos, da msi%a, +ue igaZs t\%ni%as dos atores orientais. M. TurosPaia, autor de um "eo iro so"re a atri! $a"anoa, o"serpropsito de $ou"ous +ue :os espet %uos de Meer#od eram para o teatro o +ue os ersos s^o para a pronen#um tempo a!io: . espet %uo, de um noo gcnero, denominado :tempodrama: no %at ogoMuseu do Teatro Meer#od, permene%e in%ompreendido3A os ritmos raentados, em %ontraponto %ompartitura musi%a e os 0ogos de %ena em ar%o, e*e%utados so"re o tapete oa, s^o di/`%eis tanto para o a

    +uanto para o espe%tador. Mas a+uees +ue parti%iparam dee ter^o /eito seus estudos para ?nspetor erepresentado no ano seguinte, para a+uio +ue Meer#od %#amar , muito %onen%ionamente, o :reaismmusi%a.

    @MID?h MJD?@O D T@?@D B E@EB2 E B T2

    Besde sempre, Meer#od iga o"stinadamente teatro e msi%a, :a arte mais per/eita: %omo dir em 193seus estudantes do ?T?D, %omo 0 dissera em 191G-1915 aos de seu Estdio da rua $orodin, por+ue :en%ontra em si mesma a /or]a de seu desenoimento: G. Meer#od "us%a igar o moimento e a ms

    mas tam"\m a paara e a msi%a. Dua onga %oa"ora]^o %om o %ompositor nessin, a ea"ora]^%on0unta do prin%`pio de eitura musi%a o testemun#am. Em uma e*pericn%ia /eita so"re os /ragmentosnt`gona de D/o%es, nessin es%ree para o %oro e nt`gona uma partitura %om, a%ima de %ada erso, noe pausas, de maneira +ue, sustentados por um a%ompan#amento, os int\rpretes tiessem as mesmas restri]e a mesma i"erdade +ue os %antores. sso%iada a um tra"a#o p sti%o, esta t\%ni%a de interpreta]^apresentada por D%ria"in, produ! nee um ta e/eito +ue ogo pro0eta utii! -a em um mist\rio a representado so"re as margens do anges, no +ua in%uiria todos os mem"ros do Estdio meer#odiano... pro%esso de :musi%ai!a]^o: to%a todos os dom`nios do teatro. E ogo de in`%io o tra"a#o dramatrgik%omposi]^o dos s%enarii de en%ena]^o de Meer#od, onde a msi%a rea tanto pode estar ausente +uanpode estar presente, segue as eis da /orma-sonata, uma parte enta inter%aada entre duas partes r pidas.

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    me#or e*empo deste tra"a#o \ Bama das %am\ias %u0os %in%o atos s^o diididos em episdios, toddesignados por um termo musi%a +ue #es d o %oorido, o ritmo, a eo%idade. Jm e*empo

    @apri%%ioso? to, parte Oento

    D%#er!andoOargo e maestoL.

    Meer#od "us%a %oo%ar na o"ra a representar uma dramaturgia musi%a %om introdu]^o, e*posi]^o

    tema prin%ipa, apari]^o de temas se%und rios, desenoimento, repeti]^o do tema prin%ipa, %umina]^/ina, %om mudan]as de ritmos, raentandos geradores de tenses (neste e*empo, ento, raentans%#er!ando, %umina]^o). 2een%ontramos esse pro%esso ao n`e do tra"a#o de en%ena] o :em msi%di! Meer#od a seus estudantes, :# uma a%umua]^o de a%ordes de s\tima +ue o %ompositor intro%ons%ientemente e +ue por muito tempo, muito tempo, n^o se resoem na t_ni%a (...). K a aternbn%iamomentos est ti%os e de momentos dinbmi%os, seguida de e+ui`"rios e dese+ui`"rios... Estou a ponto de a resou]^o de uma %ena, mas, %ons%ientemente, n^o a resoo, pon#o mesmo o"st %uos a esta resou]^depois, no /im, a permito: 7.En/im, esse pro%esso to%a os grandes prin%`pios do 0ogo do ator, ea"orados, depois apro/undadsistemati!ados por Meer#od em seu Estdio de Ieters"urgo, nos %ursos de Maestria %cni%a em Ietrograem 1918, depois em Mos%ou, nos 2M, TM, no teic Meer#od e nos ETEMD. per`o

    %onstrutiista de Meer#od - onde ee torna as%\ti%o, desnuda, dema+uia o ator, o este %om um uni/ormetra"a#o e desea seus ms%uos e o es+ueeto de seu %orpo e de seu 0ogo - tem suas ra`!es, sua /onte ia suas ongas pes+uisas so"re a @ommedia defrte (reai!adas 0untamente %om . Dooi), e so"re os teatorientais, onde ee n^o %on%e"e o moimento, :o eemento mais poderoso da %ena:, sen^o igado Z msiE*agero um pou%o di!endo +ue somente o o%a"u rio di/ere e a ontade de sistemati!a]^oamadure%imento da teoria. %omediante defarte, aegre improisador, trans/orma-se em aegre :aumotor: e a %on%ep]^o da :arte %omo 0ungagem: 8 eoui para uma arte ista %omo tra"a#o e/i%a!, pre%rigoroso. Entre essas duas utopias teatrais, a dos anos 14, a utopia do 0ogo permanente, da m s%ara emisti/i%a]^o, a utopia da @ommedia defrte iida atra\s de Ko//mann e o!!i, e a do in`%io dos anos a utopia da industriai!a]^o, da taori!a]^o, da ma+uini!a]^o, n^o # di/eren]a de nature!a, ao menos+ue %on%erne ao ator. +ui, %omo , o 0ogo dee ser a"soutamente e/i%a!, e*pressio, ritma

    geometri!ado. ^o # ruptura, mas apenas o en%ontro de um p"i%o e uma ade+ua]^o pro/unda Z \po%a+ue Meer#od denominar :o /ogo puri/i%ador: da 2eou]^o9. ssim, a pantomima "em-amadaMeer#od (anos 15), a %a]a onde, em uma atmos/era de %onto orienta, os atores perseguiam, miraamdepois a"atiam, %om seus ar%os e /e%#as imagin rios, um p ssaro marai#oso, torna-se o %urto e*er%`%io:Tiro %om o ar%o:, arrido de todo assunto ou %onte*to anedti%o e destinado ao treinamento "iome%bni%o datores. E outros e*er%`%ios passam tam"\m do :a"oratrio: pr\-reou%ion rio ao :a"oratrio: preou%ion rio. msi%a %onsera, em todos os teics meer#odianos aps 1917, se0am +uais /orem as suas denomina]um pape primordia34. Oe Derdin, um dos "ons "iome%bni%os de Meer#od, es%ree :@om"iome%bni%a e os eementos de pantomima, Meer#od nos #a"ituaa Z msi%a % ssi%a. 'a!`ame*er%`%ios, n^o somente %om um a%ompan#ante +ue to%aa asas ou po%as, mas so"re a msi%a

    2a%#manino, T%#aiPosPi, @#opin, D%#u"ert. Ee edu%aa nosso gosto musi%a.: ssim, o e*er%`%io"iome%bni%a intituado : Tiro %om o ar%o: \ a%ompan#ado su%essiamente de tre%#os de um Estudo em"emo de @#opin, do Iredio da primeira /uga de $a%#, de um Estudo em O maior de D%#osser, e a par+ue o pre%ede e %on%ui \ e*e%utada ao som do @asamento de TroPugen de rieg. :Era, %ontinua Derd%omo se distri"u`ssemos nossos moimentos so"re a msi%a. Dem iustr -a, i`amos nessa msi%a (@omo o ioinista tem seu instrumento, o pianista seu piano, o ator tem a si mesmo: 31.ssim, o moimento "iome%bni%o \ %on%e"ido so"re o modeo de uma /rase musi%a :Ba mesma /orma +umsi%a \ sempre su%ess^o pre%isa de medidas +ue n^o rompem a integridade musi%a, nossos e*er%`%s^o uma su%ess^o de moimentos matemati%amente pre%isos +ue deem ser pre%isamente distinguidos+ue n^o impede a"soutamente a %are!a do desen#o de %on0unto: 3. Bois termos de "iome%bn

    L

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    %ontinuam sendo muito utii!ados depois do per`odo %onstrutiista e est^o /ortemente igados Z msiTrata-se antes de tudo do %on%eito %o"erto peo termo de me%bni%a tormo!, ou /reio, /rena]^o, ou se0a, toraentar da a]^o %cni%a antes de uma e*pos^o, sus%itado ou n^o por um o"st %uo +ue surge so"re a ide um moimento orientado. atra\s desses raentandos no interior da representa]^o +ue esta poar+uitetar-se, desenoer sua mus%uatura, ao mesmo tempo +ue o raentando %ria tenses no %on0unto%omposi]^o %cni%a ou na mi%ro-estrutura da %ada %ena ou 0ogo de %ena. este %on%eito (tormo!) est iga t\%ni%a do !naP otPa!a (iteramente :sina de re%usa:), enun%iado e prati%ado no Estdio da rua $orodin

    191G33, de/inido em termos "iome%bni%os %omo /i*a]^o dos pontos em +ue %ome]a, ou a%a"a moimento, e isto, no %on0unto do 0ogo do ator, %omo um moimento de %urta dura]^o em sentido ineropondo-se ao moimento gera ou Z dire]^o deste moimento re%uo antes de aan]ar, impuso da m^+ue se ergue antes de dar um gope, /e*^o antes de /i%ar em p\. Este "ree moimento /a%iita o tra"a#oator ao mesmo tempo +ue su"in#a uma situa]^o %cni%a, re/or]a a e*pressiidade %orpora, ou indiiduaum estado psi%ogi%o. . $e"uto, %oa"orador pr*imo de Meer#od no in`%io dos anos 4 re%orda +para ee, esta t\%ni%a de de%omposi]^o do moimento "iome%bni%o est igada ao %on%eito %oreogr /i%o:prepara]^o: e asso%iada ao "e+uadro (+ue em russo tam"\m pode ser %#amado de !naP otPa!a), ou re%uproisria de uma atera]^o as%endente ou des%endente da nota, do sustenido ou do "emo3G.

    @O@JO B TEMI @q?@.

    B @2$T T2 @K?qD.

    Iara %riar seu 0ogos de %ena, Meer#od tem uma ne%essidade /`si%a de msi%a a%onte%e-#e, seguntestemun#as de ensaios, de renun%iar a %oo%ar em %ena um episdio por+ue, sem msi%a, #e \ imposs`en%ontar o raentando, a /rena]^o r`tmi%o-p sti%a +ue pro%ura35. Esta msi%a \ primeiro uma msi%aestudo, es%o#ida a t`tuo de e*pericn%ia, apro*imatiamente, dentre as partituras dispon`eis, de a%ordo %as e*igcn%ias de Meer#od. ntes de tra"a#ar so"re Iro/essor $ou"ous, Meer#od /a! seu pianistarn%#tam to%ar todas as grandes o"ras de @#opin e de Oi!st para piano, e*%uindo a priori apenas as rapsd#ngaras. pianista to%a durante #oras, dia aps dia. Meer#od es%o#e ent^o +uarenta o"ras +ue s

    noamente e*e%utadas e %ompe ent^o, so" os o#os do pianista, as grandes in#as da en%ena]^representando todos os pap\is e %riando na msi%a seus prprios a%entos, os %ortes, as repeti]es +ue #e s^ne%ess rios. Iara k?nspetor era, Meer#od e*ige de rn%#tam +ue to+ue a %ada ensaio noas roman]su"in#ando +ue \ somente em uma a"undbn%ia de materia musi%a +ue a trupe %onseguir e*e%utar%ompe*as tare/as impostas pea pe]a3L. Du"in#emos de passagem +ue ?nspetor era \ um espet %uoa"undbn%ia, no +ua o prprio pro%esso do tra"a#o %riador, do nas%imento de mtipas ariantes, da es%odentre a ri+ue!a dessas eentuaidades se re/ete na en%ena]^o, na medida em +ue dei*a tra]os per%ept`anais eis Z u! das %ompe*idades, e mesmo das %ontradi]es do ongo tra"a#o de repeti]^o. msi%a do espet %uo pode ser dada de sa`da para os atores (%omo a de $ou"ous), mas ea pode tam"passar por um est gio de msi%a de ensaio para ser su"stitu`da, pauatinamente, por uma msi%a es%o#ida/orma de/initia ou es%rita espe%iamente para o espet %uo, por um %ompositor, segundo as indi%a]

    e*tremamente pre%isas de Meer#od37, +ue e*igia tam"\m +ue ee parti%ipasse reguarmente dos ensaios. +ue deem retirar os atores de Meer#od deste tra"a#o de treinamento ou de ensaio %om msi%Bei*emos-#e a paara, no %urso de 19 de noem"ro de 19138, para os estudantes do 2M (teDuperiores de Estado de En%ena]^o):'a]o meus aunos tra"a#arem so"re um /undo musi%a, n^o para %oo%ar a msi%a em %ena, mas para +se #a"ituem ao % %uo do tempo, para +ue se apoiem so"re ee. o%cs me perguntam n^o seria poss`e, ugar da msi%a, utii!ar simpesmente um metr_nomo ^o, n^o \ o su/i%iente. metr_nomo desempeno mesmo pape da+uees +ue "atem em pe+uenas t "uas %omo se /a! no teatro 0aponcs %om o o"0etio de %rum /undo para a representa]^o39. Mas isto n^o nos satis/a!, ns +ue perten%emos a uma outra %utura, resuta tedioso para ns. Do"re um roteiro m\tri%o, temos ne%essidade de um /undo r`tmi%o. Iude o"ser

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    %omo o%cs distinguiam as dissonbn%ias e as %onsonbn%ias. Ier%e"o +ue em 191, \ %onsonbn%ia a+uio +no s\%uo >?>, soaa ainda %omo dissonbn%ia. Mais ainda, a+uio +ue, apenas # de! anos, paredissonbn%ia \ agora per%e"ido %omo %onsonbn%ia. Huando to+uei um a%orde de D%ria"in, notei %om aeg+ue ee sus%itaa um sorriso agrad e. iemos agora em uma %utura ta +ue se pode to%ar um a%ordeD%ria"in e sus%itar um sentimento de pra!er, em"ora ee n^o se0a %onstru`do de a%ordo %om as rega%adcmi%as.:?sto signi/i%a +ue \ me#or /a!er estes e*er%`%ios so"re um /undo de muito "oa msi%aG4 e, a\m dis

    imediatamente a%ostumar os atores a tradu!ir a msi%a na inguagem do moimento, tanto m\tri%a +uaritmi%amente, #a"itu -os a %onstruir uma partitura de moimentos +ue %orresponda Z partitura musi%a."No circo, ;uando o acrobaa raba0ha em !eu ra4Q7io, udo Q rea0i7ado a 4arir de um c 0ce:raordin rio, o menor de!2io em re0aVWo a e!e c 0cu0o 0e2a ao 8raca!!o H uma di8erenVa co0o!!a0raba0ho do acrobaa !e+undo a mX!ica e!ea ou nWo 4re!eneJ ;uando a mX!ica nWo oca, o acrobem mai! chance! de cair 4or i!!o ;ue, ;uando raba0ha, e0e ;uer mX!ica, e, mai! ;ue i!!o, uma mX!;ue 0he a+rade 4aricu0armene, ;ue enre em odo! o! !eu! mo2imeno! A!!im, a maioria da! 2eum acrobaa em !ua 4r4ria mX!ica, e!co0hida 4or e0e"E0e em nece!!idade de um 8undo !obre o ;ua0 a4oiar=!e !o0idamene I!o !i+ni8ica ;ue e:i!e u4reci!Wo rZmica, ma! nWo 4reci!Wo mu!ica0 E0e Q 0i2re em !eu! mo2imeno! e 4ode 4e+ar o ra4Q7!o0 =0o e !a0ar ;uando ;ui!er NWo o 0anVa nece!!ariamene em um em4o 8ore, 4oi! nWo raba

    mericamene, ma! rimicamene $e 4udQ!!emo! re+i!rar !eu! mo2imeno! em um a4are0ho 4er8eoberZamo! re!u0ado! e!4ano!o! Co!umo e:40icar o rimo como ;ua0;uer coi!a ;ue 0ua conra, ;!e o4[e \ monoonia do mero *orano, um acrobaa ;ue raba0ha no ra4Q7io nWo ui0i7a o! o8ore! e 8raco!, ma! con!ri a mX!ica de !eu! mo2imeno! de a0 8orma ;ue e0a !ea uma !e+un4ariura ;ue, !e 8o!!e e!cria com 4reci!Wo, coincidiria oa0mene rimicamene, ou !ea, criaria umco=rimia"Como radu7ir i!o na 0in+ua+em do aor] $e 2oc^! criarem o h bio, em !eu! e:ercZcio!, de re0acion!e com um 8undo mu!ica0, a8inarWo !eu! ou2ido! de a0 maneira ;ue aconecer a me!ma coi!a ;onem, ;uando o! em4o! de !i0^ncio, de um e:ercZcio 4ara um ouro, eram reido! em !ua! ore0hcomo uma e!4Qcie de 80u:o rZmico e 2oc^! !eniam a! 4u0!aV[e! mu!icai!"*rimeiro, h re!i!^nciaJ 2oc^! ima+inam, canaro0am, e de4oi! !Wo carre+ado! como 4or uma onda

    mX!ica $e a0Qm di!!o ba0anVarem=!e, enconrarWo ainda mai! 8aci0mene _uando 2i!iei Con!anino40a uma e!co0a cor`nica, ob!er2ei o !e+uineJ o me!re 0ia um e:o do ;ua0 o a0uno de2e!e 0embrar E0e !e+ura2a o ra4a7inho 4e0a man+a e, na mWo e!;uerda, inha o 0i2ro Lia o e:o ra4a7inho re4eia de4oi! de0e, e ambo! ba0anVa2am=!e Ne!e cone:o, a memori7aVWo !e 8a7ia mraciona0mene, me0hor ;ue !em o ba0anVo A memori7aVWo ba!ea2a=!e !obre o 8ao de !e e!abe0ea!!im um rimo do e:o, e de ;ue e!e rimo era me0hor 4ercebido com a 4re!enVa do ba0anVo _uano aor raba0ha !obre um 4a4e0, ;ua0;uer ;ue e0e !ea, de4oi! de er !e aco!umado no cone:o=0aborio do E!Xdio a raba0har !obre um 8undo mu!ica0, er !em4re o h bio de 4re!ar aenVWo no emme!mo !e a mX!ica e!i2er au!ene"O e:em40o do acrobaa de circo 4ara e2ocar um i4o de o+o ;ue, 0i+ado ao em4o, cria uma co=rimcom a mX!ica, !e+uido, 4ara i0u!rar o 4a4e0 do mo2imeno rZmico no 4roce!!o de memori7aVWo,

    uma re8er^nciaao oriente, \ %ara%ter`sti%a do pensamento meer#odiano e de seus dois poos de an%orageBesde +ue iu anaPo e Dadda ?aPo no in`%io do s\%uo at\ seus desum"ramentos diante de Mei-Oan-'an 1935, Meer#od re/ere-se o"stinadamente ao 0ogo musi%a do ator 0aponcs e %#incs. Ierante o sentidoritmo de Mei-Oan-'an, todos os atores soi\ti%os deeriam empaide%er segundo Meer#od, +ue es%ree s n^o temos o sentido do tempo. ^o sa"emos o +ue +uer di!er e%onomi!ar o tempo. Mei-Oan-'a%onta em +uartos de segundo e ns o %ontamos em minutos, sem mesmo %ontar os segundos...: G1.Tae!, mais do +ue tudo, Meer#od ten#a retirado de seu %on#e%imento do teatro orienta toda a importbn+ue atri"ui Z pausa no 0ogo do ator :a pausa:, es%ree Meer#od em 191G, :n^o \ auscn%ia nem %essa]^de moimento, mas, %omo em msi%a, ea guarda em si mesma um eemento de moimento:kG. Ee ensent^o a seus atores a :es%utar o sicn%io:kG3 para, :depois de ter %ompreendido a signi/i%a]^o da pau

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    n^o dei*ar de ier na a]^o %cni%a:. E esta pausa, de :passia:, pode iguamente tornar-se atia, %en%umina]^o da a]^o, ser sentida %omo o grito do sicn%io (na en%ena]^o de @upado ou ?no%enteDtrind"erg em TerioPi em 191), ou %omo uma a"ertura es%an%arada so"re um a!io monstruoso (as pausasator arin em Mandato de . Erdman).ssim, o de!4erar de !ua mu!ica0idade, a 4re!enVa da mX!ica, a com4o!iVWo mu!ica0 da! macrmicro=e!ruura! da encenaVWo de2em dar ao aor o domZnio do em4o eara0, 8ornecer 4ono! a4oio, !inai! 4reci!o! e e:ao!, 4ermiindo ao comediane a!!im 0imiado orienar=!e no em4o e

    e!4aVo.. E!!encia0 4or !er, !e+undo Meyerho0d, o Xnico meio de concenrar uma +rande ;uanidade aconecimeno! em um 4e;ueno 0a4!o de em4o, a mX!ica Q ainda um e0emeno cenra0 do o+o medida em ;ue 4ermie a mona+em do! di8erene! e0emeno! ;ue o com4[emJ "4or e:em40o, u4er!ona+em di7 uma 8ra!e ;ue marca o 8im de um cero 8ra+meno e durane e!e em4o uma mX!comeVa a !e 8a7er ou2ir E!e recho mu!ica0 de8ine o inZcio de um ouro 8ra+meno, e a!!im, !obr8undo mu!ica0, 2oc^! con!roem um ouro 8ra+meno ;ue nWo !e 4areVa com o 4recedene" .

    & MJD?@O

    as su%essias es%oas, os Estdios onde Meer#od ensina, a msi%a \ uma das mat\rias importantes/orma] o do ator. Em 1948, na :Es%oa Musi%a e Bram ti%a de . Meer#od:, o %urso de primeiro a

    %omum aos msi%os e aos atores, in%ui para todos so/e0o, piano, %anto e di%]^oGL. imos o padesempen#ado peo %ompositor nessin no Estdio da rua $orodin. Bepois da 2eou]^o, desde 191,TM, a msi%a iguamente o%upa no programa um ugar %entra teoria eementar, so/e0o, #armonteoria da /orma, %ontraponto. K toda uma s\rie de e*er%`%ios esta"ee%idos para desenoer a a%uidauditia dos /uturos en%enadores e atores :re%on#e%imento r pido e distinto dos ritmos, aor dos %urinteraos de tempo (min, s), sensi"iidade aos moimentos a%eerados e raentados, medida de pe+uearia]es de som em atura, em tonaidade, em /or]a, em ritmo: G7.o /ina dos anos 4, no ETEMD, os %ursos de so/e0o, o tra"a#o de ensaio %om msi%a, o treiname%otidiano dos atores a%ompan#ados peos pianistas do teatro e a pro%ura de %ursos de : Qcnica do di!cur;ue 2i!em ano a 4reci!Wo ;uano a harmonia da 8a0a do aor com um raba0ho de 4e!;ui!a !obremedida!, 4au!a!, rimo!, imbre!, me0odia! do! e:o! e!udado!.S, udo i!o 4ermie de!en2o02e

    mu!ica0idade do o+o e 8a7er enre2er a Meyerho0d, em -, um earo com uma no2a ar;uieura on!omene enrarWo em o+o "o aor, a 0u7 e a mX!ica".-.@omo, nos espet %uos de Meer#od, apare%ia esta /orma]^o espe%`/i%a, %omo se mani/esta este 0omusi%a Eis aguns e*empos1)kk@onstru]^o do 0ogo so"re o prin%`pio do eitmoti. Esta repeti]^o de um /ragmento de 0ogo, de uatitude, em di/erentes %onte*tos, a%ompan#ada ou n^o de msi%a, 0amais \ %omo em msi%a um simprepeti]^o, mas apro/undamento do tema. ssim, na %om\dia de . Erdman kMandato (195), o motpantom`mi%o do medo %ompe o eitmoti do 0ogo do personagem do pe+ueno-"urgucs, Iae uiat%#Pinterpretado por Eraste arin. Bepois da /rase :Dicn%io Dou um #omem do Iartido.:, %om a +ua a%redita poder dominar toda /orma de resistcn%ia no apartamento %omunit rio em +ue mora, uiat%#Pin, %onseguiu amedrontar so"retudo a si mesmo, senta-se, "usto in%inado, "o%a a"erta, pupias diatadas, %a"e

    reotos temos a` uma e*posi]^o do medo, motor essen%ia desse personagem +ue naega entre duas \po%entre duas %asses. o segundo ato, o mesmo motio \ retomado, mas desta e! em surdina, e o tema \ %o+ue a"a/ado por uma 0usti/i%a]^o e*terior do medo. o meio do ter%eiro ato, \ a %umina]^o uiat%#Pem p\ so"re a mesa, retoma a mesma pantomima agitando seu mandato misterioso e amea]ando eniar umpia dee ao %amarada Dt in, aterrori!ado por sua id\ia. o /ina do espet %uo, desmas%arado, %om seu /amandato, ee retoma a mesma pantomima antes de desapare%er atr s de sua m^e em uma posi]^o +ue e+uiaente de uma morte %cni%a.)kk 0ogo so"re o tempo, %om ou sem msi%a. Em um espet %uo %omo Iro/essor $ou"ous, de . 'aide ritmo raentado, \ a rea]^o dos /ragmentos de tempo, %om dura]es di/erentes, %om"inando-se entreutii!ando a pantomima apenas %omo materia se%und rio, +ue %onstitui o 0ogo, +ue sus%ita a emo]^o

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    espe%tador. P#opPo, o int\rprete do pape do enera $erPoets, +ue /oi %#amado ao tee/one passa, p%riar o ma-estar, a angstia, de um moimento "rus%o +ue introdu! uma primeira /ase de 0ogo (8 segundosuma rea]^o enta, ime (ee se eanta e permane%e em p\) (14 segundos) +ue se proonga %om uin%ina]^o enta do "usto (15 segundos), depois se resoe em G segundos %om um moimento da m^(o%uta em seu uni/orme) e uma sa`da "ruta54. s /ragmentos temporais s^o materiai!ados pe/ragmentos de 0ogo, mas \ a %om"ina]^o das dura]es +ue %ria o impa%to, +ue \ o prin%ipa signi/i%ante.3)kk&ogo %onstru`do diretamente so"re uma msi%a % ssi%a. Dempre em Iro/essor $ou"ous, ?aP#ont

    int\rprete do pape do "ar^o arriista e sem es%rpuos, em uma partitura %ompe*a, 0oga %om o pianista, +se det\m o tempo ne%ess rio para +ue ee diga uma paara +ue dee ser posta em reeo, %anta uma /raseseu te*to, mar%a o ritmo %om sua "engaa, espera o %ome]o do pr*imo tre%#o para %ome]ar uma pantomim\m disso, em sua dire]^o de atores, Meer#od pro%ura %riar um te%ido de rea]es entre a msi%a epersonagens, destinado a %ompi%ar um materia dramatrgi%o muito simpes e un`o%o, da mesma /orma +D%ria"in a%entuaa, apro/undaa suas o"ras do primeiro per`odo, +uando ee mesmo as interpretaa, en+uana interpreta]^o :t#aiPosPiana: de +ua+uer outro pianista, eas pare%iam igeiras, sentimentais. desempen#o de D%ria"in ao piano \ para Meer#od um modeo para o 0ogo do ator +ue tra"a#a so"reIro/essor $ou"ous, %om sua maneira de :0ogar sa"iamente %om os pedais:, a%an]ando assim tim"e*tremamente di/erentes, %om suas paradas, seus /amosos ritenuto para imo"ii!ar uma /rase musi%a antesum gaope a uma eo%idade e*traordin ria51.

    G)kk&ogo so"re o 0a!!. Ior interm\dio do poeta . IarnaP#, +ue ota de Iaris para Mos%ou em 19tra!endo instrumentos e partituras de 0a!!, este tipo de msi%a /e! sua entrada na J.2.D.D. so"re a %ena Teatro Meer#od na segunda temporada de @orno magn`/i%o, depois em B.E. ou em $ou"ous. ssimteatro tem Z sua disposi]^o, %om o 0a!!, uma noa msi%a onde o som e o gesto est^o igados, na m`mdo rosto e do %orpo do instrumentista +ue /re+entemente a%ompan#a seu desempen#o %om e*%ama]esa atri! M. $a"anoa, isto se trans/orma em um m\todo de 0ogo em $ou"ous, por e*empo, ea a%ompan%om gritos agudos a meodia do espet %uo, %omposta de uma partitura rea e de uma msi%a :imagin ri/eita do ritmo dos moimentos dos atores, da %om"ina]^o da atura e da dura]^o das r\pi%as nen#um atem a+ui uma o! :%otidiana: e o tim"re-grito de $a"anoa \ asso%iado a gestos sin%opados (gestos-gopIara o %r`ti%o . o!die, a noidade do 0ogo de $a"anoa, representante da es%oa meer#odiana, est uni^o do moimento e da paara, moimento +ue in/orma, torna r`tmi%a a paara, e %omuni%a

    espe%tador o %ontedo emo%iona do 0ogo n^o por estados de ama, mas por uma :transmiss^o puramenmusi%a, dinbmi%a e r`tmi%a: 53. Ee a +uai/i%a de :Iaoa no drama: e $a"anoa, musi%ista e artip sti%a, \ %apa! em B.E. de reai!ar uma %ena de dan]a de %in%o minutos so"re os estrados da or+uestra0a!! ao ado do "aterista.5)kk dan]a. Em todos os espet %uos de Meer#od, en%ontramos a dan]a, +ue ai s \ ensinada nos teem iguadade de %ondi]es %om a "iome%bni%a. dan]a \ ao mesmo tempo uma t\%ni%a e um tema, o:"aie:, diers^o so%ia %oetia e representa]^o de uma \po%a, %omo nas +uadri#as do $aie de m s%a(1917) ou do ?nspetor era (19L). tam"\m um meio de e*primir um estado psi%o-/isiogi%o peo +uaemo]es se reeam em um gestua mudo, %om uma /or]a intensa dan]a em tutu de $a"anoa kIro/essor $ou"ous, dan]a espan#oa da prostitu`da em kOuta 'ina, en%ena]^o do grande %oregra/oMesserer %om a atri! TiapPina, dan]a de desespero do engen#eiro un"a%# interpretado por Derdin em

    des^o... ista \ onga. pre%iso demorar-se um pou%o so"re as de . IarnaP# em B.E. e $ou"ous, ondpoeta pro%ura reai!ar suas %on%ep]es %oreogr /i%as, +ue 0untam-se Zs de Meer#od, "aseadas so"re upes+uisa de dan]as tradi%ionais orientais, %#inesas, maaias, persas, uma :%utura do %orpo: a um s temuno e desarti%uado, o sentido do ritmo, das s`n%opes, o gosto por um e*otismo espe%`/i%o, o dos %ontrastonde o grotes%o moderno poder tomar /orma, %on%entrar em aguns minutos toda a trag\dia-"u/a da \p%ontemporbnea. . IarnaP#, so"re a %ena do Teatro de Meer#od, +uer %riar uma dan]a noa, %apa!tornar-se :a epop\ia do s\%uo >>: 5G.

    I2T?TJ2 TET2.

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    ET2E ?MI2?Dh E 2?2 @?ET'?@.

    *ara Meyerho0d, o aor Q 4or naure7a um im4ro2i!ador Ee o repete sem %essar de 191G a 1939. esua espe%i/i%idade, ea dee ser respeitada, ma! e!e aor 4or !eu urno de2e !aber re!4eiar a com4o!iVWdo e!4e cu0o e nWo ran!8orm =0o, a0on+ando !ua! iner2enV[e!, em a0+o com40eamene di8eren

    Meer#od /aou %om /re+cn%ia da ampia]^o dos 33 episdios de 'oresta +ue graduamente pre%isredu!ir para L e depois para 1L.o /ina dos anos 34, Meer#od %ompara o pape do en%enador ao do maestro de or+uestra %ontemporbn+ue :sa"e +ue n^o s^o somente as notas +ue /a!em a msi%a, mas tam"\m as pausas +uase imper%ept`+ue est^o entre as notas. o teatro, # o su"-te*to ou, se podemos /aar assim, o inter-te*to:. Be um maesa um outro, :o /ragmento tempora \ o mesmo, mas a estrutura \ outra ee imprime um outro ritmo no met ritmo \ a+uio +ue domina o metro, a+uio +ue entra em %on/ito %om ee. K na arte (do "om maestro) ui"erdade r`tmi%a no interior de um /ragmento m\tri%o. arte do maestro est no dom`nio dos espa]os "ran%o +ue se en%ontram entre os ritmos. en%enador dee sa"er tudo isto: 55.Ba mesma /orma +ue o maestro interpreta uma o"ra, o en%enador monta as estruturas dos /ragmentemporais de uma pe]a em um roteiro de en%ena]^o +ue dupi%a o roteiro do autor, mas o roteiro pessoa

    ator tam"\m tem direito de e*istcn%ia :o encenador 4ode 0imiar o aor no em4o, no e!4aVo, e de4oiaor 4ode 8a7er udo a;ui0o ;ue ;ui!er, !ob a condiVWo de nWo demo0ir o de!enho de conuno", Meer#od5L. Oi"erdade pro%amada por ee, %ontestada por aguns de seus atores, mas poss`e por+ue, sdestruir k?nspetor era, Martinson retoma, aguns anos depois de arin, o pape de #estaPtrans/ormando a en%ena]^o do personagem, seu aspe%to, seu %omportamento, mas sem destruir o te%ido%omposi]^o %cni%a onde ee se insere, e isto so" os apausos %aorosos do :Mestre:.: ator tem uma i"erdade muito grande nos imites do desen#o /i*ado peo en%enador:, a/irmaa Meer#em 19157. o /ina dos anos 34, ee disse a adPo :&ome um e4i!dio em ;ue !e !e+uem um di 0ode P minuo!, um mon0o+o de minuo, um rio de minuo!, um conuno ui de minuo!, e&eremo! a! !e+uine! 4ro4orV[e!J P, e !Wo e0a! ;ue deerminam a com4o!iVWo da cena dad4reci!o ;ue a! 4ro4orV[e! !eam e!riamene ob!er2ada!, ma! i!o nWo 0imia o momeno

    im4ro2i!aVWo no raba0ho do aor u!amene uma e!abi0idade em4ora0 4reci!a ;ue d ao! baore! a 4o!!ibi0idade de 8ruir da;ui0o ;ue Q a naure7a de !eu +rio No! 0imie! do! P minuo!, h4o!!ibi0idade de rea0i7ar 2ariaV[e! e nuance! na cena, de e:4erimenar no2a! Qcnica! de o+o, de bu!cno2o! dea0he! *ro4orV[e! no inerior da com4o!iVWo de conuno e o+o e: im4ro2i!o, a0 Q a no2rmu0a do! e!4e cu0o! de no!!a e!co0a" E Meyerho0d a8irma2a ;ue, ;uando 2ie!!e a enconrar comaor do 8uuro, idea0mene mu!ica0, ima+ina2a 4oder dei:ar e!4aVo! 2a7io! \ !ua di!4o!iVWo 4ara o+o im4ro2i!ado, !obre o 4a0co, di8erene a cada noieSMeer#od su"in#a portanto o 4arene!co do encenador e do mae!ro. 'a! tam"\m uma anao%onse+cn%ia da a/irma]^o pre%edente, entre o ator e o instrumento da or+uestra. Tam"\m nee os%iamentre a utopia da improisa]^o e a do rigor %ient /i%o. ator, +ue tem seu %orpo %omo instrumentomsi%a, segundo as paaras do "iome%bni%o Derdin, reprodu! %om seu %orpo o desen#o da partitura (%o

    as pantomimas de arin em ?nspetor era). Dua o! \ tam"\m o"0eto de uma or+uestra]^o. o Estda rua $orodin, este pro"ema 0 \ eantado por Meer#od e suas notas de %urso su"in#am a importbn%iatim"re da o!59 para o te*to teatra (a\m da entona]^o e do ritmo). K em @orno magn`/i%o um %omde e*perimenta]^o so"re as o!es na distri"ui]^o dos pap\is. Esta pes+uisa prossegue em ?nspetor eBesgra]a para o esp`rito, e nos ensaios de $oris oduno de Iu%#PinL4 ee dir aos atores :gora, na nes%oa teatra, a%a"am surgindo tare/as or+uestrais a +uem dar o primeiro ioino, o %ontra"ai*o, o %oro um pro"ema +ue somos os ni%os a %oo%ar.: redistri"ui]^o dos pap\is so"re o prin%`pio do %ontra-pao%a (por e*empo, "ai*o em e! de tenor para o tradi%iona pape do Irimeiro Enamorado em Besgra]a po esp`rito) permite tam"\m e/eitos teatrais e a a%entua]^o dos %on/itos e dos motios so%iais. En/im, %o

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    um instrumento de msi%a, o ator dee sa"er 0ogar em soo, duo, trio, +uinteto, em um 0ogo %oetio on%ada um est atento aos outros.Do"re a %ena, 0unto a seus atores nos ensaios, Meer#od \ um improisador "ri#ante, mas sempre dentro +uadro de um tra"a#o preparatrio ongo, erti%a, minu%ioso, so!in#o ou %om o %engra/o, o %ompositE*empo /a"uoso L anos de prepara]^o antes de surgir k$aie de m s%aras. no tra"a#o so"re o pa%o ee pro%ede Z instrumenta]^o de sua :musi%o-en%ena]^o:. Ee e*pi%a :Eu n^o ten#o um iroen%ena]^o preparado %om ante%ipa]^o... /un]^o do en%enador \ a+ui a"soutamente an oga Z

    %ompositor. De en#o para os ensaios %om um pano estritamente preparado, s posso entretanto instrumenmin#a partitura %om os atores, %om os instrumentos ios de min#a o"ra. s p ginas de min#as notasen%ena]^o asseme#am-se a p ginas de msi%a, mas os sinais musi%ais serem de anota]^o:L1.?mproisa]^o, mas, sempre, rigor. Meer#od \ iguamente animado por uma ontade de %riar uma %icndo teatro %apa! de por /im ao dietantismo. Jma das tare/as do .?.O., Oa"oratrio de Ies+uisas @ient`/i%igado ao DT?M (1933-193L), \ a %ria]^o de partituras de en%ena]^o so"re o modeo de partitumusi%ais, a ea"ora]^o de um prin%`pio de nota]^o teatra, a"ar%ando o isua e o sonoro, o espa]o tempo %cni%osL. @om m\todos a"soutamente artesanais, o Oa"oratrio %#egou, para Bama das %am\ao prin%`pio do iro-%ron_metro onde, so"re a p gina da direita, \ impresso o te*to, so"re in#as +ue med%ada L segundos de tempo do espet %uo. @ada p gina %omporta 14 in#as, representando portanto 1 minutdiidida por in#as erti%ais, de%upa este minuto em segundos. Do" tais in#as, tra]ados mais ou me

    ongos +ue %orrespondem aos deso%amentos dos personagens (a+ui, Margarida e rmando), %u0o nmaria segundo o das personagens, %om nmeros +ue remetem aos es+uemas dos 0ogos de %ena, aos gr /i%osp gina da direita. j es+uerda, a dire]^o do moimento, sua /orma, sua rea]^o %om o espa]oA Z direita, dura]^o, sua eo%idade, sua rea]^o %om o tempo e %om o te*to, em um es+uema dinbmi%o em sin%ro%om o som do espet %uo. p gina da es+uerda dee %onter tam"\m todos os materiais %ompementares /oou e*pi%a]es ne%ess rias. o mesmo tempo, a tipogra/ia do te*to, a%ima ou a"ai*o da in#a +ue \ atri"u`da, o %ar ter da impress^o, a separa]^o entre as etras, os espa]os em "ran%o deem darentona]es, as pausas, a /or]a da interpreta] o o%aL3. O. arpaP#osPi, um dos prin%ipais animadodeste Oa"oratrio, %onsidera +ue os resutados do .?.O., na auscn%ia de suportes t\%ni%os su/i%ientpermane%em "astante insatis/atrios, mas +ue ee entretanto %oo%ou os prin%`pios /undamentais da /i*a]de uma en%ena]^o. Dem todaia %onseguir in%uir a prpria partitura musi%a em uma tota %orrespondcn

    %om o te*to e o gra/ismo dos deso%amentos.

    RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR

    msi%a /oi iguamente um dos suportes do tema meer#odiano anti-"urgucs. os anos 14, Meer#o%omo Boutor Bappertutto, diidia o mundo, a e*empo de Ko//mann, em duas %ategorias os msi%os en^o-msi%os. Mais tarde, em Besgra]a para o esp rito, /e! de seu T%#atsPi, +ue en%arna as id\ias Be%em"ristas, um son#ador-msi%o interpretando em %ena Mo!art, $a%#, 'ied...Meer#od %onsideraa +ue a msi%a deia entrar no sistema de /orma]^o do ator por ser %apa! de /ormaseu gosto. ssim %omo a /re+cn%ia Zs "i"iote%as, aos museus e Zs gaerias de pintura, re%omendaa a satores +ue /ossem /re+entemente ao %on%erto. Em sua tima e de/initia interen]^o, na @on/ercn%ia p

    russa dos en%enadores, a 15 de 0un#o de 1939 onde, so" a press^o am"iente, %#ega a renegar muito demesmo, n^o %ede entretanto um %ent`metro em suas %oni%]es so"re a importbn%ia da msi%a %omposi]^o de um espet %uo e no 0ogo do ator.Em orno da mX!ica, ca4a7 de dar uma e!ruura !0ida ao o+o do aor, mode0o! de com4o!iVWo c^nao encenador, e me!mo mode0o! de ran!criVWo do e!4e cu0o, em orno da mX!icase esta"ee%e a rade Meer#od peo /ortuito e o amadorismo no teatro. Em sua "us%a de uma :sin/onia teatra:, # uontade de rigor, de matemati!a]^o, de auto-imita]^o. Magia nos anos 14, %o-%onstru]^o no in`%io danos 4, a msi%a permane%e um +uadro restritio tanto para o en%enador +uanto para o autor. Esta auimita]^o do 0ogo, da en%ena]^o no tempo, dada peo /undo musi%a em kIro/essor $ou"ous, em?nspetor era, pode se desdo"rar em uma auto-imita]^o no espa]o (o pe+ueno prati% e de k?nspe

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    era). pesar deste prin%`pio /undamenta de n^o-i"erdade, ou antes gra]as a ee, utando %ontrresistcn%ia do o"st %uo, podem desa"ro%#ar a imagina]^o do en%enador, a dos atores. js e!es, a mX!4ode a0i2iar o aor, !er um do! de!can!o! de !ua e:4re!!i2idade, embora e:i+indo=0he um c 0cu0o 4recire4aro! 4reci!o!, um 2iruo!i!mo de in!rumeni!a, uma 80e:ibi0idade 8Z!ica, uma +rande 0e2e7a, u;ua!e ra4ide7 na! mudanVa! de rimo, e 8re;enemene e0a o ran!8orma em danVarino M!obreudo, ao conceio de auo=0imiaVWo re0aciona=!e, ara2Q! da mX!ica, o de im4ro2i!aVWo, ;8orma com e0e um 4ar indi!!oci 2e0 Meyerho0d enuncia no 8ina0 do! ano! e!a 0ei do o+o do a

    mu!ica0J "auo=0imiaVWo e im4ro2i!aVWo !Wo a! dua! condiV[e! 4rinci4ai! do raba0ho do aor !oba cena _uano mai! com40e:a !ua a!!ociaVWo, mai! 4er8eia a are do aor" .

    Iro/essor $ou"ous.Tre%#os interpretados ao piano por Oe rnt%#am.? to1) @#opin, Estudo n 1, op. 14.) @#opin, Estudo n 5, op. 5.3) Ois!t, @bnti%o de amor.G) Ois!t, @onsoa]^o n 1 (R).5) Ois!t, @onsoa]^o n 3 (R).

    L) @#opin, Iredio n 18.7) Ois!t, Irimeito @on%erto.8) @#opin, Estudo n 8, op. 14 (R).9) Oi!st, o Oago de Maenstadt.14) @#opin, Estudo n G, op. 5 (R).11) Ois!t, Qadesrau%#en (R).1) Ois!t, asa-Me/isto.13) @#opin, Estudo n , op. 5 (R).1G) Ois!t, @onsoa]^o n 5 (R).15) @#opin, Estudo n 5, op. 5 (R).?? to

    1) @#opin, Estudo n 1, op. 5 (R).) Ois!t, Dposai!io..3) @#opin, Estudo n , op. 14 (R).G) Ois!t, Ooreei (R).5) @#opin, Estudo n L, op. 5 (R).L) @#opin, Estudo n 9, op. 5 (R).7) @#opin, Estudo n 3, op. 5 (R).8) @#opin, Estudo n 5 (R).9) @#opin, Iredio n 1L (R).14) Ois!t, an!one.11) Ois!t, Tarentea.

    1) Ois!t, Oie"strame n (R).13) D%#uman-Ois!t, oite de Irimaera.1G) Ois!t, Oie"strame n 3 (R).15) Ois!t, an!one.??? to1) Ois!t, Degundo uma eitura de Bante, 'antasia +uasi Donata.) @#opin, Iredio n 1.3) @#opin, Iredio n 15.G) @#opin, Iredio n 13 (R).5) Ois!t, 'unera.

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    L) @#opin, Estudo n 7, op. 5 (R).7) Ois!t, Ienseroso (R).8) Ois!t, Donetto 14G de Ietrar%a (R).9) @#opin, Estudo n L, op. 14.14) @#opin, Iredio n 1G (R).11) @#opin, Estudo n 9, op. 14.1) Ois!t, Donetto G7 de Ietrar%a (R).

    13) @#opin, Iredio n (R).1G) @#opin, Iredio n G (R).15) Ois!t, Donetto 13 de Ietrar%a (R).1L) Ois!t, Degundo uma eitura de Bante, 'antasia +uasi sonato (R).&.r+uestra piano, "ateria, sa*o/one, ioino, *io/one, organi!ada por . IarnaP#.Tre%#os interpretados ao ongo da pe]a :2ose o/ $rasi:, : i:, :$udda#:, :@#oo-%#oo $ues:, :Oa 'de 2io rande:, :Bansing o/ t#e #onemoon:, :Bardanea:.

    otas

    1. . adPo, :Meer#od /aa:, otas dos anos 3G-39, kTeatro, Mos%ou, ?sPussto, 1984, p g. . ad-Po anotou durante este per`odo as paaras de Meer#od nos ensaios, nos de"ates ou %onersa]seguindo passo a passo o :Mestre: de +uem era ent^o se%ret rio.. E*posi]^o a 9 de outu"ro de 193L perante en%enadores e atores t%#e%os. Iu"i%a]^o de'erasPi, :. Meer#od em Iraga:, s %amin#os de desenoimento e as rea]es da arte russa e t%#eMos%ou, auPa, 1974, p g. 1G4.3. @on/. s Memrias de B. @#ostaPoit%#, "in Mi%#e, Iaris, 1984, p g. 138.

    G. Meer#od +ueria montar &ogador de IroPo/ie ou Oad Ma%"et# do distrito de MtsensP @#ostaPoit%#. E*iste um pano de en%ena]^o para Iasso de a]o.5. pre%iso %itar ainda a!uno e sa/ie. @#e"ain /oi a%usado de /ormaismo no /ina do anos 34.L. Huanto ao pape da msi%a em ?nspetor era, %on/. meu estudo : ?nspetor era de ogMeer#od:, Oes oies de a %r\ation t#\btrae, o. ???, @2D, Iaris, 1979, p gs. 11-11.7. Meer#od, %rits sur e t#\btre, o. ?, Ofge dfKomme, 1973, p g. LL. s re/ercn%ias uterioresmesma edi]^o (3 oumes editados) tomar^o a /orma Mk?, Mk?? ou Mk???.8. 2euni^o de artigos (1914-1911), Teatr, 197G, n , p g. 3.9. Meer#od, : en%ena]^o de Trist^o e ?soda: no Teatro MariinPi, M ?, p gs. 15 e segs.14. ?. DoertinsPi, :. Meer#od e o impressionismo no pera russa:, Kistria do teatro soi\ti%o, oOeningrado, 1933, p g. 311.

    11. : en%ena]^o de Trist^o...:, M ?, p g. 13L.1. ?dem, p. 134.13. ?dem, p. 15.1G. Iara esta %ita]^o e as seguintes, %on/. :Irograma de tra"a#o. Temporada 191G-1915:, mor trcs aran0as, 191G, n G-5, p gs. 98-99.15. @on/. O. arpaP#osPi, "sera]es, an ise, e*pericn%ia, Mos%ou, 1978, T, p g. 147. @otam"\m Meer#od, @oetbnea, Ter, 19, p g. 7.1L. ?. DoertinsPi, :Meer#od e o teatro musi%a:, Bama de espadas, reuni o de artigos, Oeningra1935, p g. G1.17. M ???, p g. 184.

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    18. Be a%ordo %om o sistema de Ba%ro!e, era pre%iso agitar-se so"re as semi%o%#eias e raentar so"re%o%#eias.19. Iro/essor $ou"ous na en%ena]^o de . Meer#od, Mos%ou, ed. T.?.M., reda]^o de . 'erod195, p gs. L-7.4. ?dem, p. 14.1. . o!die, Iro/essor $ou"ous, %itado em M ??, p g. 1L.. M. TurosPaia, $a"anoa, enda e "iogra/ia, ?sPussto, Mos%ou, 1981, p g. L9.

    3. @on/. Museu. @at ogo da e*posi]^o 5 anos, ed. utu"ro Teatra, 19L, p g. 4. Biergcn%iasinterior da trupe proo%am na \spera da estr\ia a sa`da de ?insPi, +ue desempen#a o pape de $ou"ous, o +n^o modi/i%a em nada a interpreta]^o de %on0unto.G. r+uios @entrais de Estado de Oiteratura e de rte, r+uios Meer#od, 'undo 998, ?, 71G. pade agora, indi%aremos apenas o nmero do /undo e do dossic.5. @on/. . eriguina, 2e%orda]es, Oeningrado, ?sPussto, 197G, p g. 199. @on/. tam"\m M. nesrtigos, 2e%orda]es, Mos%ou, 19L1, p gs. 8G e segs.L. r+uios, 'undo 9L3, ?, 781.7. @urso de Meer#od na 'a%udade de atores do ETEMD, r+uios, 'undo 9L3, ?, 13G1.8. r+uios, 'undo 998, ?, 715.9. r+uios, 'undo 9L3, ?, 357.

    34. En%ontramos por e*empo, em 193, nessin ensinando 0unto a Meer#od #armonia e %utmusi%a.31. O. Derdin, rtigos, 2e%orda]es, ?sPussto, Mos%ou, 1979, p g. 19L.3. r+uios, enun%iados de Meer#od so"re a "iome%bni%a anotados por orenie, 'undo 9L3, ?, 13333. Irograma de tra"a#o da temporada 191G-1915, mor das trcs aran0as, n G-5, 191G, p g. 91.3G. @on/. . $e"uto, :?nes+ue%`e:, in Keran]a de . Meer#od, @oetbnea, Mos%ou, 1978, T, p77. Iara pre%ises so"re este tipo de moimento, %on/. Eisenstein, "ras %ompetas (em russo), o. ?, p81, onde ee d de/ini]es e es+uemas.35. Testemun#o de arpaP#osPi, "sera]es, an ise, e*pericn%ia, op. %it., p g. 8-9.3L. @on/. @onersa de Meer#od %om seus %oa"oradores para a en%ena]^o de ?nspetor era, 9de!em"ro de 195, r+uios, 'undo 998, ?, 18L.

    37. @on/. a este respeito a %orrespondcn%ia de Meer#od %om @#e"ain, M ???, p gs. 1L4-1LL.38. : entreato e o tempo em %ena:, Keran]a de . Meer#od, op. %it., p gs. G9 e segs. o /ina de%urso, Meer#od /aar do pape da msi%a no meodrama %omo ponto de apoio para passar de uma %enuma outra.39. Meer#od e*perimentou ee mesmo esta t\%ni%a em seu Estdio de Ieters"urgo.G4. o origina do te*to, r+uios, 'undo 998, ?, 735, c-se a+ui :ntes $eet#oen +ue T%#aiPosPi:.G1. . Meer#od, :Do"re a turnc de Mei-Oan-'an:, 1G de a"ri de 1935, Keran]a de . Meer#od, %it., p g. 9L.G. Irograma de tra"a#o da temporada 191G-1915, mor das trcs aran0as, n G-5, 191G.G3. r+uios, 'undo 998, ?, 715.GG. @on/. o %urso de Meer#od : 0ogo do ator:, 19, r+uios, 'undo 998, ?, 7G1.

    G5. @urso de Meer#od na 'a%udade de atores do ETEMD, 18 de 0aneiro de 199, r+uios, 'un9L3, ?, 13G1.GL. r+uios, 'undo 998, ?, 855.G7. r+uios, 'undo 998, ?, 733. K tam"\m e*er%`%ios para identi/i%ar as nuan%es de u!, de %or, aaas distbn%ias, desenoer a a%uidade isua %om a a0uda de +uadros de mestres.G8. r+uios, 'undo 9L3, ?, 13G4.G9. E*posi]^o de Meer#od no arPompros, 13 de 0un#o de 1931, r+uios, 'undo 998, ?, L7G.54. @on/. D. au!ner, E. a"rioits#, :2etratos de atores do noo teatro:, utu"ro teatra, @oetbnOeningrado-Mos%ou, 19L, p gs. 58 e segs.

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    51. @on/. estenograma de uma %onersa de Meer#od %om seus atores a propsito do Iro/essor $ou"o18 de /eereiro de 19G, r+uios, 'undo 998, ?, 171.5. Meer#od su"in#a tam"\m este 0ogo m`mi%o a%entuado no rosto e no %orpo do D%ria"in int\rprete.53. . o!die, : ritmo e o moimento do ator:, &i!n ?sPussta, 195, n 15, p gs. L-7.5G. @on/. te*tos de . IarnaP#, r+uios, 'undo 9L3, ?, G44.55. . adPo, :Meer#od /aa:, art. %it., p g. 98.

    5L. ?dem. Esta /ormua]^o data dos anos 35-39.57. @on/. : entreato e o tempo em %ena:, art. %it., p g.5L.

    58. adPo, :Meer#od /aa:, art. %it., p gs. 98-99, e depois p g. 84.59. r+uios, 'undo 998, ?, 71G.L4. En%ena]^o ina%a"ada, 0 preparada em 1918, depois retomada em 195-19L %om o Ter%eiro Estdo Teatro de rte. Ea retorna en/im em 193L.L1. :E*posi]^o a 9 de noem"ro de 193L perante en%enadores e atores t%#e%os:, art. %it., p g. 139.L. Em 195-19L, . ?ano no DT?M 0 reai!a uma pes+uisa seme#ante e inenta um sistemanota]^o em pautas de 5 in#as.L3. @on/. O. arpaP#osPi, : partitura de um espet %uo:, Teatr, 1973, n 11, p gs. 88 e segs. \m de

    pes+uisa, o ?O estuda o dis%urso, sua meodia, seu tempo, seus ritmos, sua /uide!, suas rupturas, ssicn%ios.LG. . adPo, :Meer#od /aa:, art. %it., p g. 317.

    (R) Essas pe]as s^o interpretadas integramente.

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