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A CAIXA tem soluções completas para o agronegócio brasileiro. Da compra de insumos e vacinas até a aquisição de máquinas e equipamentos, a CAIXA oferece linhas de crédito diferenciadas para o produtor rural ampliar os horizontes. Saiba mais em caixa.gov.br. CAIXA. A vida no campo pede mais que um banco.

SAC CAIXA – 0800 726 0101(Informações, reclamações, sugestões e elogios)

Para pessoas com defi ciência auditiva ou de fala – 0800 726 2492Ouvidoria – 0800 725 7474

facebook.com/caixa | twitter.com/caixa caixa.gov.br

CRÉDITO RURAL CAIXA: PARA A SUA PRÓXIMA COLHEITA SER DE BONS RESULTADOS.

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PALAVRA DO PRESIDENTE

A revista Campo é uma publicação da Federação da

Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional

de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela

Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG com

distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos assina-

dos são de responsabilidade de seus autores.

CAMPO

CONSELHO EDITORIAL

Claudinei Rigonatto, Eduardo Veras de Araújo

e Eurípedes Bassamurfo da Costa

Editor: Fernando Dantas (1495/GO)

Reportagem: Diene Batista, Fernando Dantas,

Francis Telles, Juliana Barros,

Kamylla Rodrigues, Katherine Alexandria,

Nayara Pereira, Pedro Nunes

Fotografia: Capture Studios

Diagramação: Rui Benevides

Impressão: Gráfica Formato

Tiragem: 15.000 exemplares

Comercial: (62) 3096-2124

[email protected]

CONSELHO ADMINISTRATIVO SENAR

Presidente: José Mário Schreiner

Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e Tiago Freitas de Mendonça

Suplentes: Wanderley Rodrigues de Siqueira, Flávio Roberto de Arruda Costa, Eleandro Borges da Silva, Marcos Epaminondas

Roriz de Moraes e Rogério Azeredo Cardoso D’Avila

Conselho Fiscal: Marcus Vinicius Rodrigues Souza Lino, Maria das Graças Borges Silva e Sandra Pereira de Faria

Suplentes: Rômulo Divino Gonzaga de Menezes, Olímpio Tavares de Oliveira e Sueli Pereira e Silva

Conselho Consultivo: Cacildo Alves da Silva, Degmar Jacinto

Pereira, João Pedro Fiorini, Lineu Alberto Domit, Juarez Patrí-cio de Oliveira Júnior e Antônio da Silva Marcelino

Suplentes: Arno Bruno Weis, Pedro Henrique Machado Paim, Sandra Barison Roma, Luiz Otávio Martins Moreira, Robson Maia Geraldine e Luciane Aparecida de Oliveira Rodrigues

Superintendente: Antônio Carlos de Souza Lima Neto

FAEG - SENARRua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300

Goiânia - Goiás

Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222Site: www.sistemafaeg.com.br

E-mail: [email protected]

Fone: (62) 3412-2700 e Fax: (62) 3412-2702 Site: www.senargo.org.br

E-mail: [email protected]

Para receber a Revista Campo envie o endereço da entrega com nome do destinatário para o e-mail:

[email protected].

Para falar com a redação, ligue: (62) 3096-2208 – (62) 3412-2795.

José Mário SchreinerPresidente do Sistema Faeg

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Com os avanços nos últimos anos, falar do setor agropecuário é com cer-

teza falar de tecnologia. Afinal, não é de agora que a informação é indispen-

sável na gestão de qualquer negócio. Já que, atualmente, a demanda por ino-

vações tecnológicas tem sido cada vez mais crescente. Softwares, aplicativos,

drones, máquinas e implementos são algumas das diversas ferramentas que

garantem produtividade e ganho de tempo no campo. E tudo hoje está ao

alcance das mãos. É possível acessar informações e até acionar tecnologias

no agro por meio de toque no smartphone ou tablet, isso sem mesmo estar

na propriedade rural.

Nesta edição da Revista Campo trazemos também uma matéria sobre ge-

ração de emprego no meio rural. A agropecuária é o segmento que mais tem

contribuído para a criação de emprego e renda no país, principalmente em

tempos difíceis para a economia. E nós vamos mostrar exemplos de pessoas

que conseguiram uma oportunidade de trabalho após participarem de cursos

e treinamentos do Senar Goiás. É importante que produtores, trabalhadores e

familiares saibam que o Senar oferece formação profissional rural, promoção

social e assistência técnica e gerencial.

Nas próximas páginas, vamos abordar ainda a questão da segurança no

meio rural. É necessário discutir esse assunto, porque o homem do campo

não pode trabalhar com receio de ser vítima de roubo ou qualquer outra

situação de insegurança. Temos o exemplo da Patrulha Rural Georreferen-

ciada, que começou em Catalão, com resultados positivos, e agora se es-

tende para outros municípios do estado. Este projeto contribuirá para trazer

mais segurança ao produtor e trabalhador rural, e utiliza da tecnologia como

forma de prevenir ações criminosas no campo.

Estes são alguns dos assuntos desta edição

da Revista Campo.

Boa leitura!

Tecnologia, emprego e segurança

DIRETORIA FAEG

Presidente: José Mário SchreinerVice-presidentes: Bartolomeu Braz Pereira e

Luciano Jayme Guimarães

Vice-presidentes Institucionais: Eduardo Veras de Araújo e Gustavo Castro Dourado Souza Paiva

Vice-presidentes Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa e Ailton José Vilela

Suplentes: José Vitor Caixeta Ramos, Eduardo de Souza Iwas-se, Viviani Silva Dourado Guerra, Oziris Ribeiro Silva, Valério

Teles Pires, Gilson Pereira da Silva e Silomar Cabral Faria

Conselho Fiscal: Dermison Ferreira da Silva, Elson Freitas, Geovando Vieira Pereira, Oswaldo Augusto Curado Fleury

Filho e Rômulo Pereira da Costa

Suplentes: Ian George Carvalho Wanderley, José Pereira Caetano de Almeida, Carlos Tadeu Rocha Vieira, Abel Ribeiro

dos Santos e Orion Caetano Rodrigues

Delegados Representantes: Walter Vieira de Rezende e Leonardo Ribeiro

Suplentes: Alécio Maróstica e Wagner Marchesi

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PAINEL CENTRAL

Prosa Rural Renomado médico oncologista, Drauzio Varella fala sobre os benefícios da carne vermelha e busca quebrar o mito que existe em relação ao alimento

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Caso de Sucesso 34Com muitas histórias para contar, agricultora familiar agregou conhecimento e hoje produz remédios caseiros para comercialização

Tecnologia aliada ao campoAmparados pela modernidade, produtores rurais buscam otimizar e sistematizar a produção por meio da inserção de novas tecnologias

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4 | CAMPO ABRIL / 2017 www.sistemafaeg.com.br

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Agenda Rural 06

Fique Sabendo 07

Mercado e Produto 11

Campo Aberto 38

Delícias do Campo 33

Expopec reúne mais de 20 mil pessoas para divulgar tecnologias voltadas ao aprimoramento da produção de carne no Centro-Oeste

Curso de Doma Racional de Equinos faz diferença e gera resultados positivos na vida de jovem de Senador Canedo

Saldo positivo 30

Cursos e treinamentos 36

Fontes renováveis 28

14Emprego no campoEnquanto a recessão contribui para cortar vagas nas grandes cidades, o campo cria oportunidades de trabalho no interior

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18Segurança rural Tecnologia georreferenciada aproxima patrulha rural de produtores e busca agilizar atendimento de possíveis ocorrências

Produtor rural Adriano Barzotto, de Rio Verde, garante que tecnologia é fundamental na gestão de qualquer negócio.Foto: Fredox Carvalho

Recurso está se tornando cada vez mais opção para garantia de produtividade no campo

ABRIL / 2017 CAMPO | 5www.senargo.org.br

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AGENDA RURAL

Teremos atendimentos médicos e oftalmológicos, expediçãode documentos, palestras, atividades culturais e muito mais!

O FAEG/SENAR em AÇÃO está chegando em Jaupaci e região!

Participe com sua família e sua comunidade!

Horário: 8h às 14hLocal: Escola Municipal Geraldo de Oliveira

Rua Antônio Eduardo de Souza, Centro.

Jaupaci- GO - 08/04/2017

Seminário eSocial

Local: Auditório do Sindicato Rural - Av. Pau Brasiln° 571 - Centro. Rubiataba-GO

Informações: (62) 3412-2700 ou 2739 www.senargo.org.br

5 de abril 11 de abril

Workshop de Base Florestal de Goiás

Local: Auditório da Faeg - Av. 87 n° 662 Setor Sul. Goiânia-GO

Informações: (62) 3096-2200

6 | CAMPO ABRIL / 2017 www.sistemafaeg.com.br

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FIQUE SABENDO

Senar Goiás e CRC promovem Seminários Regionais de eSocial

Com o objetivo de dar sequência às práticas de planejamento e controle, garantindo a permanência do produtor rural no mercado - desde o pequeno ao grande - o Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), em parceria com o Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO), promove os ‘Seminários Regionais de eSocial’. A proposta é orientar e facili-tar o envio de informações e o cumpri-mento das leis trabalhistas brasileiras, assim como as obrigações fiscais. Já foram realizados encontros em Goia-nésia, Catalão e Luziânia.

Os seminários passarão ainda pe-las cidades de Rubiataba, Goiânia, Po-rangatu, Jataí, Santa Helena, Jussara e Anápolis. De acordo com o coordena-dor de arrecadação do Senar Goiás, Rafael Albernaz, o seminário eSocial

propõe a atualização dos profissionais da área quanto as obrigações traba-lhistas e previdenciárias das empresas. “São informações digitais relacionadas às operações que ocorrem no ambien-te trabalhista, como exemplo, registro de quando o empregado foi admitido, quando saiu de férias, se ele se aci-dentou, entre outras. A nossa ideia é capacitar estes profissionais, para que repassem de forma correta as infor-mações tributárias, previdenciárias e da folha de pagamento, conforme é exigido pelo governo”, explica Rafael.

O encontro visa favorecer também o aperfeiçoamento profissional dos contadores, contabilistas e produto-res rurais, com relação à realização de suas atividades. Para isso, o evento contará com uma palestra bem descri-tiva e esclarecedora sobre o assunto.

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Confinamento de bovinos

PESQUISA

REGISTRO ARMAZÉM

Distância genética ajuda a incrementar produção animal

Dos autores Alício Nunes Do-mingues, André Alves de Oliveira e Daniel de Paula Sousa, o ma-nual prático, de forma detalhada, vai orientar os leitores sobre os principais procedimentos para o confinamento de bovinos, desde o conhecimento dos aspectos relacio-nados à localização, instalações e equipamentos, os alimentos forne-cidos e a sua análise, a preparação dos animais para o confinamento, o manejo do sistema, a avaliação dos principais problemas com animais confinados, a seleção de animais prontos para o abate, o gerencia-mento das informações até a repa-ração das instalações para receber os próximos lotes. O manual bus-ca também alertar o produtor para uma boa produção rentável, além de apresentar informações sobre as intempéries para determinar o siste-ma de alimentação de seu rebanho.

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s Research Service (ARS), dos Es-tados Unidos, confirmaram, em estudo com bovinos e caprinos, que a distância e a variabilida-de genética entre raças podem incrementar a produção animal. A senha para o sucesso está no aperfeiçoamento dos programas de melhoramento genético. Entre os bovinos, a pesquisa confirmou que distância e variabilidade ge-nética são maiores entre as raças curraleiro pé-duro e nelore.

O fenômeno natural da hete-rose ou vigor híbrido mostrou, de acordo com a pesquisa, que quanto maior é a distância ge-nética entre as raças, melhor é a qualidade dos animais obtidos em cruzamentos. Já os animais com muita proximidade sanguí-nea têm desempenho inferior em relação ao peso da carcaça, pro-dução de leite, resistência às do-enças e às adversidades do meio ambiente.

Cientistas da Embrapa e do Na-tional Center for Genetic Resour-ces Preservation do Agricultural

ABRIL / 2017 CAMPO | 7www.senargo.org.br

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PROSA RURAL

Fernando Dantas | [email protected]

Revista Campo: Qual é a im-

portância da carne vermelha para

o ser humano, já que é um alimen-

to ligeiramente contestado por um

grupo de pessoas?

Drauzio Varella: Acho que não

é ligeiramente, é frontalmente con-

testada por um grupo grande. A car-

ne vermelha é muito simples. Se não

fosse por ela, não estaríamos aqui. A

carne vermelha foi essencial para a

sobrevivência da espécie. Porque você

pensa o seguinte, de 1 grama de gor-

dura, você obtêm 8 calorias. Enquanto

que 1 grama de açúcar ou proteína,

você tem 4 calorias. As pessoas sem-

pre viveram às custas da carne. Aí,

de repente, na metade do século 20,

Carne vermelha sem mitos ou preconceitos

Não existe nenhuma comprovação científica que a carne vermelha causa malefícios à saú-de da população, como doenças cardiovas-culares ou derrames cerebrais. A afirmação é do médico oncologista e apresentador do quadro de saúde do Fantástico/Rede Globo, Drauzio Varella. Ele alerta que houve uma ‘demonização’ de certa parte da sociedade – especialmente aquela considerada intelec-tualizada – em relação à carne vermelha. Reforça também que criaram uma ideologia

apresentada de forma pseudocientífica que convenceu parcela da população que o pro-blema do homem moderno estava na carne. E com isso a população passou a engordar. Em entrevista para a Revista Campo, Drauzio Varella esclarece mais sobre os benefícios da carne vermelha – tema da palestra ministra-da por ele na Expopec 2017 (Exposição das tecnologias voltadas para o desenvolvimen-to da pecuária) -, diferenças entre as carnes, hábitos alimentares, entre outros. Confira!

No Brasil,

temos 52%

da população

acima do peso.

Nos Estados

Unidos, 75%

demonizou a carne, falando que era

responsável pelos ataques cardíacos,

derrames cerebrais, doenças cardio-

vasculares de um modo geral. Mas

isso nunca foi demonstrado. Não exis-

te nenhuma evidência de que isso seja

verdade. O que criou aí foi uma ideo-

logia apresentada de uma forma pseu-

docientífica que convenceu uma parte

da população que o problema todo do

homem moderno estava na carne. E

com isso nós conseguimos o quê? Nós

engordamos a população. Obesidade

era uma coisa rara no passado. Depois

que foi adotado esse padrão, nós nos

enchemos de carboidratos e alimentos

processados com açúcar e etc. No Bra-

sil, temos 52% da população acima do

peso. Nos Estados Unidos, 75%.

Revista Campo: Existe diferen-

8 | CAMPO ABRIL / 2017 www.sistemafaeg.com.br

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Drauzio Varellaé médico oncologista e apresentador do

quadro de saúde do Fantástico/Rede Globo

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ça entre carne bovina, suína e aves?

Drauzio Varella: Lógico. Mui-

tas diferenças. Mas em relação à

saúde, não existe diferença. Agora

respondendo como leigo, eu ia fazer

uma palestra e tinha outro palestran-

te que falaria sobre carne suína. Ele

mostrou um porco dos anos 50, gor-

do e baixo. Daí mostraram um por-

co atual, um atleta, com músculos.

Colocaram um lombo do antigo e do

porco atual. Você olha aquele antigo,

cheio de gordura. Hoje, não tem gor-

dura nenhuma.

Revista Campo: Hoje a tec-

nologia é muito avançada e esses

avanços chegaram aos animais

também, inclusive na parte de ge-

nética modificada. Existe alguma

preocupação em relação a isso?

Drauzio Varella: Nenhuma

preocupação. Essa questão dos trans-

gênicos, dos alimentos geneticamente

modificados, são problemas de uma

parte da população intelectualizada,

que não entende nada de biologia.

Não tem nada a ver isso com conhe-

cimento científico em relação à mo-

dificação genética. O que é? Intro-

duzir determinados genes no animal

ou planta que favoreçam o objetivo

que você pretende obter. É um gado

mais forte, que engorda mais depres-

sa, produz mais leite. Essa aplicação

não vai alterar nada. Não modifica

nada para o homem. Quanto tempo

ABRIL / 2017 CAMPO | 9www.senargo.org.br

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nós temos desse transgênico aconte-

cendo? Pelo menos 30 anos. Alguém

descreveu alguma doença provocada

por eles? Não!

Revista Campo: O segredo está

em seguir uma dieta com carne?

Drauzio Varella: Como era a

dieta no passado? Até os anos 40 e

50, todas as autoridades de saúde,

nos Estados Unidos, por exemplo –

quando falo desse país é porque são

os mais influentes -, indicava o quê?

Você precisa comer tudo. Uma dieta

variada, sem nenhum exagero. Ne-

nhum exagero em nenhum alimento.

Não pode ter exagero na carne, como

não pode ter exagero no pão ou ar-

roz. Esse era o prato variado. Prato

que a avó da gente fazia. Quando se

passou a considerar a carne um vene-

no da sociedade, a grande causa dos

problemas cardiovasculares, o que

aconteceu? Nós passamos a ter uma

dieta orientada para mais alimentos.

Porque se você não come carne, vai

substituir pelo quê? Você não vai

substituir o bife por uma cenoura.

Você precisa

comer tudo. Uma

dieta variada, sem

nenhum exagero.

Nenhum exagero

em nenhum alimento.

Não pode ter exagero

na carne, como não

pode ter exagero no

pão ou arroz

A discussão na

saúde pública de hoje

é que a população está

com excesso de peso,

porque come muito e

exercita pouco

Você vai substituir pela batata frita,

pelo pão, macarrão, por carboidra-

to. E aí nós engordamos a população

inteira. Coma de tudo um pouco. Eu

brinco sempre que tem que comer o

que sua avó considerava comida. Por-

que se você chegava na hora do jantar

e pegava um sanduíche, o que sua avó

dizia: isso não é comida. A comida era

o quê: arroz, feijão, um bifinho, pe-

daço de frango, peixe. Dieta variada.

Revista Campo: Hoje existe o

tripé zootécnico de sanidade, gené-

tica e nutrição na pecuária. Quan-

do a gente lembra de sanidade,

lembra de endo e ectoparasitoses,

tratamento que acaba gerando re-

síduos. Tem algum conselho para

que o pecuarista tome cuidado em

relação à saúde pública?

Drauzio Varella: Não sou es-

pecialista para discutir esse tema. Só

acho o seguinte. Qual foi a doença

que esse tipo de problema gerou?

Alguém descreveu? Alguém esta-

beleceu que quem come carne vai

ter mais doença? De onde saiu que

quem come carne tem mais ataque

cardíaco foi de uma ideologia. Não

há nenhuma demonstração. Vou dar

um exemplo. Os maiores epidemiolo-

gistas americanos, de Universidades

como Harvard, contribuíram com

matérias sobre a carne para revistas

como Science e Nature. Em nenhuma

delas houve evidência de que a carne

provoca ou esteja relacionada a doen-

ças cardiovasculares. Para identificar

isso, é preciso fazer um estudo, com

a participação da população vegeta-

riana e outra parcela que come carne.

Mas também não podem ser apenas

50 pessoas de cada lado. Você teria

de ter no mínimo 50 mil pessoas,

acompanhadas durante 20 anos, no

mínimo, a um custo de um bilhão de

dólares. Isso é o que seria gasto para

fazer um estudo como esse, que aí

sim, poderia ter retorno com respos-

tas sobre os malefícios ou não da car-

ne. Mas quem vai pagar.

Revista Campo: Partindo dessa

alimentação à base da proteína ani-

mal, a gente tem a tendência de dimi-

nuir o peso da população brasileira?

Drauzio Varella: Você não di-

minui o peso apenas à custa de dieta.

É possível, mas é muito difícil. Nós

vivemos numa população muito se-

dentária. Ninguém mais anda, só que

gosta de comer bem. Daí você tem

um binômio que leva à obesidade. A

discussão na saúde pública de hoje é

que a população está com excesso de

peso, porque come muito e exercita

pouco. Tem de colocar na cabeça das

pessoas que o corpo humano foi fei-

to para se movimentar. Não foi feito

para ficar parado. Tem de andar, fa-

zer exercício. Hoje também ninguém

vai mais pra casa para comer. Todos

trabalham fora e o jeito é comer na

rua. A dieta é ruim e ninguém anda.

Aí você vai engordando a população

sem parar. É preciso seguir uma dieta

variada, sem exageros

10 | CAMPO ABRIL / 2017 www.sistemafaeg.com.br

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MERCADO E PRODUTO

Ainda bons ventos para o setor sucroenergético em 2017Alexandro Alves dos Santos | [email protected]

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Alexandro Alves dos

Santos

é assessor técnico

para área de cana-de-

açúcar e bioenergia

da Faeg

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Ninguém do setor sucroenergético pode ter a ousa-dia de reclamar de 2016. Os bons ventos que sopra-ram sobre o setor no ano passado, continuarão em 2017. Sem dúvida, foi o melhor ano em quase uma década, com os preços do açúcar no mercado interno batendo recorde e o preço no mercado internacional, além das boas vendas de etanol e equilíbrio na remu-neração do biocombustível.

O ano de 2016 também foi de retomada do diálogo entre o setor e o governo federal, que muito estava desgastado no governo anterior, tanto que houve re-tomada das conversas para aumento da produção de biocombustível de modo a cumprir os acordos inter-nacionais como compromisso na redução das emis-sões de gases de efeito estufa – o Renovabio. Isso virá com toda força e incrementará a produção nas usinas brasileiras. Essas discussões visam debater, es-pecialmente, o papel dos biocombustíveis na matriz energética brasileira, que apesar de estar ainda aquém do desejado, é uma das maiores do mundo.

O ano de 2017 promete ser tão bom quanto foi em 2016 e com um adicional: além da expectativa de que os preços do açúcar e etanol se mantenham remuneradores, traz a esperança de que o setor será renovado. O crescimento visto há quase dez anos no setor sucroenergético brasileiro, deve se recuperar e retomar seu crescimento em 2017 depois de anos a fio de crises e dificuldades. Indicativos apontam que o mercado de açúcar deve continuar firme mediante ao grande déficit mundial ainda persistente em função especialmente de quebra na produção no Sul Asiáti-co e da diminuição de estoques de mais de 50% no União Européia.

Com o etanol também não será diferente. O merca-do do biocombustível está em alta no mundo. A Cú-pula do Clima de Paris (COP 21) aprovou há, aproxi-madamente, dois anos, o primeiro acordo de extensão global para frear as emissões de gases do efeito estufa e para lidar com os impactos da mudança climática, e isso trará a obrigatoriedade dos países do mundo em usar combustível renovável em sua matriz energética.

No quesito saúde financeira do setor, apesar da dí-vida ultrapassar os R$ 100 bilhões, a valorização dos produtos da cana, a melhoria nos processos de gestão

do negócio e as novas tecnologias de incremento de produtividade, trarão, a uma parte considerável do setor, neste ano, um caixa mais equilibrado, o que permitirá mais investimentos. Além desses fatores, o câmbio também contribuiu para estancar a dívida.

A expectativa para 2017 é de uma produção bem semelhante ao que aconteceu em 2016 e os preços ainda continuarão remuneradores para indústria e produtores independentes e deverão seguir os bons resultados encontrados em 2016, não só para o açú-car, mas também para o etanol. As usinas procurarão maximizar a produção de açúcar e o mix deve ser le-vemente mais alto esse ano para o produto, compara-do ao ano anterior, mesmo assim o etanol continuará sendo o mais produzido.

Ao que tudo indica o clima deve contribuir no Cen-tro Sul, diferentemente do que ocorre com o Nordeste brasileiro, que enfrenta a pior seca em décadas. Boa parte dos consultores apostam em melhora na produ-tividade e boa média na produção de sacarose.

Havia uma previsão de melhora nos níveis de reno-vação de canaviais em 2017 alcançando pelo menos 17% das áreas, porém, com os bons preços do açúcar e de modo a evitar da diminuição na disponibilidade de cana para esta safra, haverá um desestimulo para renovar agora e o índice deve chegar a 11%, mesmo assim, a safra de cana 17/18 é projetada em 10 mi-lhões toneladas a menos.

Em números a safra deve se aproximar de 600 mi-lhões de toneladas no centro sul e em Goiás próximo de 70 milhões de toneladas, bem próximo ao colhido na safra 16/17. No estado, a destinação de matéria--prima para o açúcar deve crescer quase 8% e 4% para etanol. A área colhida deve ser próxima de 940 mil hectares (a área plantada ultrapassa 1 milhão de hectares). A produção de etanol deve crescer 6% e a de açúcar 15%, com 4,5 bilhões de litros e 3,1 mi-lhões toneladas, respectivamente. A produtividade dependerá muito das condições climáticas e a colheita está prevista para início de abril. Os principais mu-nicípios produtores continuam sendo: Quirinópolis, Itumbiara, Perolândia, Goiatuba, Rio Verde, Jataí, Mi-neiros, Bom Jesus de Goiás, Santa Helena de Goiás, Acreúna, dentre outros.

ABRIL / 2017 CAMPO | 11www.senargo.org.br

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AÇÃO SINDICALAÇÃO SINDICAL

ANICUNS

ALTO HORIZONTE

Recentemente a Prefeitura Municipal de Alto Horizonte, que tem à frente o prefeito Luiz Borges, firmou parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) e com o Sindicato Rural de Campinorte com base territorial também em Alto Horizonte e Nova Iguaçu, cujo presidente é o Washigton Luiz de Paulo. O objetivo da parceria é que o Senar Goiás ofereça ao produtor rural capacitação técnica e gerencial, por meio dos vários cursos que a instituição possui. Durante a negociação para o fechamento da parceria, o secretário da Agricultura e Transportes, Wanderson Pereira, juntamente com a engenheira agrônoma Daniela Martins, firmaram o compromisso de visitar todos os produtores rurais deste município, a fim de elaborar um cronograma para a realização dos cursos, sob a coordenação do regional Frederico Sousa Balestra do Senar Goiás. (Colaborou com a nota: Frederico Sousa Balestra, coordenador regional do Senar Goiás)

Manejo Racional de Bovinos

Capacitação Senar Goiás

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Com a proposta de promover informações técnicas essenciais para criadores e produtores atuarem com comprometimento e responsabilidade na bovinocultura de corte, utilizando técnicas em bem-estar animal e boas práticas, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), em parceria com o Sindicato Rural (SR) de Anicuns, realizou entre os dias 13 e 15 de março o curso ‘Manejo de Bovinos de Corte’, na Fazenda Bacuri, do proprietário Roberto Inácio Junqueira. O curso foi ministrado pelo instrutor Alexandre Rui, com a coordenação do regional do Senar Goiás, Lucas Thomé de Oliveira, e auxílio do mobilizador Arthur Miranda. 18 pessoas participaram do treinamento entre produtores, trabalhadores e estudantes de Agronomia. (Colaborou com a nota: Lucas Thomé de Oliveira, coordenador regional do Senar Goiás)

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CEZARINA

A Prefeitura Municipal de Cezarina, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o 25º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e o Sindicato Rural (SR) do município, lançou no início de março novo modelo de Patrulha Rural Georreferenciada. O programa permite que a Polícia Militar, com auxílio da tecnologia, busque medidas no combate aos crimes praticados nas propriedades rurais, a exemplo de furtos e roubos. Além de mapear todas as propriedades e o acesso a cada uma delas, o programa permitirá o uso de GPS pelas equipes de patrulhamento rural, possibilitando um amplo inventário de todos os bens das propriedades, máquinas agrícolas, entre outros veículos. A expectativa é que a Patrulha Rural consiga reduzir os casos de furtos em propriedades rurais. . (Colaborou com a nota: Renildo Teixeira, coordenador regional do Senar Goiás)

Patrulha Rural Georreferenciada

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ITAPURANGA

Com o objetivo de compreender as mais adequadas técnicas de cultivo orgânico para a produção de plantas medicinais e aromáticas, permitindo a obtenção de produtos de ótima qualidade, preservando, ao máximo, seus princípios ativos e aromáticos, sem utilização de agrotóxicos, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), em parceria com o Sindicato Rural (SR) de Itapuranga, realizou no início de março treinamento de ‘Cultivo Orgânico de Plantas Medicinais’. Durante o treinamento, os participantes puderam saber sobre tratos culturais, instalações da horta, preparo do solo e controle de pragas, além de orientar quanto ao uso dos produtos e suas formas de comercialização. O curso foi ministrado pelo instrutor do Senar Goiás, Paulo Sato, na unidade da Universidade Estadual de Goiás (UEG) de Itapuranga. Participaram do treinamento acadêmicos do curso de Ciências Biológicas e produtores. (Colaborou com a nota: Laiana Borges, mobilizadora do SR de Itapuranga)

Uso plantas medicinais

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BRITÂNIA

Com o objetivo de explanar todos os aspectos que envolvem o sistema intensivo de bovinocultura de corte, a fim de atualizar os conhecimentos dos profissionais desta área, adotando inovações nos processos produtivos, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) realizou em março, na Fazenda Santa Rita, do proprietário Antônio Augusto, localizada em Britânia, o curso ‘Bovinocultura de Corte’. Durante o treinamento – desenvolvido em parceria com o Sindicato Rural (SR) de Britânia e Aruanã, os participantes puderam ampliar seus conhecimentos sobre o manejo da pastagem, sanidade animal e as tecnologias gerenciais. Também obtiveram informações sobre nutrição, melhoramento genético e a reprodução animal. O curso foi ministrado pelo instrutor do Senar Goiás, Tayrone Freitas de Prado, sob a coordenação do regional Odilon Correia Lima, também do Senar Goiás. (Colaborou com a nota: Odilon Correia Lima, coordenador regional do Senar Goiás)

Aspectos da bovinoculturaSANTA RITA DO ARAGUAIA

Com a proposta de ampliar, aprimorar e dar continuidade ao atendimento do ‘Programa de Equoterapia’, além de estabelecer parcerias com os municípios goianos, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) iniciaram no mês de fevereiro rodadas de visitas em Goiás para implantação de novos centros de equoterapia, buscando a melhoria dos que já estão ativos. Um dos municípios contemplados com a equoterapia foi Santa Rita do Araguaia, localizado na região Extremo Sudoeste de Goiás. A instalação do Centro de Equoterapia e Equitação de Santa Rita do Araguaia, criado em parceria com o Sindicato Rural (SR) e o grupo EquoAmigos do município, foi realizada no início de fevereiro e seu funcionamento será a partir de abril, no Parque de Exposições da cidade.

Centro equoterapia e Equitação

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SANCLERLÂNDIA

Curso panificação rural

Com o intuito de colaborar com a melhoria dos alimentos ofertados pelos feirantes, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), em parceria com o Sindicato Rural (SR), a Prefeitura Municipal de Sanclerlândia e a Universidade Estadual de Goiás – Campus Sanclerlândia, realizou em março treinamento de ‘Panificação Rural’, na sede da UEG. Durante o curso, estiveram presentes o prefeito municipal, Itamar Leão, o presidente do SR, José Justino Alves, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, João Paulo Cândido de Mendonça, o secretário de Desenvolvimento, Divino Elson de Paiva, representantes da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), o diretor da UEG - Campus Sanclerlândia, Leônidas José de Oliveira e o coordenador regional do Senar Goiás, Odilon Neto. No encerramento, os participantes puderam experimentar os alimentos que foram produzidos. (Colaborou com a nota: Odilon Neto, coordenador regional do Senar Goiás)

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PORANGATU

O Sindicato Rural (SR) de Porangatu, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), realizou no início de março o Programa de Assistência Técnica e Gerencial, Senar Mais. O evento ocorreu no salão de eventos do Sindicato e contou com a presença de vários produtores rurais e autoridades. A iniciativa visa aumentar a renda e a produtividade da atividade agropecuária, direcionar ao grupo de produtores rurais assistidos as ações de Formação Profissional Rural (FPR) específicas, que atendam a sua necessidade, possibilitar a adequação tecnológica dos produtores assistidos, promover a formação continuada de produtores e técnicos envolvidos no programa e gerar dados e informações das cadeias produtivas trabalhadas. Durante o encontro, participaram o 2º presidente institucional da Faeg e também presidente do Sindicato, Gustavo Castro Dourado, o coordenador regional, Frederico de Sousa Balestra, e o gerente de assistência técnica e gerencial, Guilherme Bizinoto, ambos do Senar Goiás. (Colaborou com a nota: Arlene Marcolino, secretária da presidência do SR de Porangatu)

Programa Senar Mais

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EMPREGO

Emprego não costuma bater à por-ta, muito menos em época de reces-são econômica. O domador João Eu-des Sampaio Alves, de 34 anos, tinha este pensamento e foi surpreendido. Desempregado, alugou uma chácara,

as coisas não iam bem, fez curso na área e logo em seguida recebeu liga-ção de um produtor que conhecia suas qualificações. “O mercado tem espaço e procura quem se prepara melhor”, re-conhece.

No agronegócio, área que mais gera emprego e renda no País, histó-rias como essa são frequentes. Segun-do levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Ce-pea), da Esalq/USP, divulgado em ja-

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João Eudes se qualificou como domador pelo Senar Goiás e hoje obtém lucros nos negócios

Líder em geração de renda e emprego, agronegócio oferece vagas em várias áreas e profissionais com maior qualificação se destacam

Katherine Alexandria, especial para a Revista Campo

Campo fértil de oportunidades

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neiro, chega a 19 milhões o número de pessoas ocupadas no campo atualmen-te. O segmento que está em destaque é o primário (dentro da porteira), que concentra 9 milhões de trabalhadores.

Até o emprego que conseguiu no início do ano, João Eudes conta que fez vários cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), entre eles o de doma – em que a força e o castigo dão lugar à inteli-gência e confiança – e de rédeas. “An-tes, o trabalho na fazenda era à moda antiga. Agora, o cuidado é diferente, você passa a entender mais o animal, ter paciência, e assim ter melhores re-sultados”, destaca.

Depois que passou a domar cavalos e muares, a renda está melhor, quer se manter atualizado e sonha em crescer na área. Do outro lado, o empregador, Álvaro Lucio Xavier, explica que há necessidade constante de mão de obra disposta a aprender e a buscar novos conhecimentos, assim como é o caso do domador, e isso traz benefícios ime-diatos para o produtor. “A demanda é alta”, completa ele que também é ins-trutor do Senar Goiás.

Saldo positivoEsse aquecimento da geração de

emprego na agropecuária é compro-vado pelo saldo positivo. Em fevereiro deste ano, somente em Goiás, a dife-rença entre contratações e demissões foi de 2,7 mil empregos e o resultado de 2017, até o período, é de 12,2 mil, o

maior entre as atividades econômicas, conforme o Cadastro Geral de Empre-gados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Em 2016, o emprego no campo tam-bém superou as dificuldades do cenário econômico com o melhor desempenho entre os setores da economia goiana – crescimento de 3,65%. No Brasil, as principais funções contratadas foram para agropecuária em geral, volante da agricultura, cultivo de árvores frutífe-ras, cultura de café e operador de má-

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Superintendente do Senar Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, afirma que agro oferece oportunidades para diferentes profissões

José Cláudio Cândido apostou no trançado em couro e toca hoje seu negócio

quinas. As contratações, por outo lado, são sazonais, com mais vagas no início e meio do ano.

“Há uma geração de riqueza con-siderável na produção no campo e ne-cessidade permanente da qualificação da mão de obra e inovação”, acrescen-ta o superintendente do Senar Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, ao lembrar que as oportunidades são diversas para as mais diferentes pro-fissões e salários. Em comum, existe a necessidade de acompanhar as novida-des para o melhor desempenho e con-sequente eficiência.

Os ganhos seguem a especialização. Um operador de máquina agrícola, por exemplo, tem salário médio inicial de R$ 1,5 mil e pode chegar a mais de R$ 3,5 mil. “Na cadeia do leite, à medida em que tem evolução da produtividade e ganho com equipamento de ordenha mecânica, o trabalhador rural tem de estar constantemente informado”, pon-tua ao citar agricultura de precisão, pecuária, suinocultura e fruticultura entre as áreas em que a necessidade de aperfeiçoamento da mão de obra se evidencia mais.

Treinamentos“O Senar, em especial, está sempre

atento a essas mudanças e é percep-tiva a necessidade de criarmos novos produtos para atender as expectativas”,

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afirma o superintendente. Os treinamentos são oferecidos nos 246 municípios goianos e, por meio dos sindicatos rurais, os interessados podem procurar a qualificação, conhecer o portfó-lio e também há o acompanha-mento da demanda por parte do serviço para a oferta dos cursos.

Gratuitos, os treinamentos curtos têm duração média de dois a três dias para o aperfeiço-amento do profissional e muitas vezes melhoria do trabalho diá-rio quando já há o conhecimento prévio do assunto. Eles são pro-gramados e têm número determi-nado de participantes para cada ação, regras e calendário que os trabalhadores podem conferir também pelo site www.senargo.org.br. Durante o ano todo, são mais de 200 treinamentos.

Casal Aparecida Rodrigues e Fábio Souza, após vários cursos do Senar Goiás, abriu padaria

No ano passado, o Senar Goiás re-alizou mais de 250 mil atendimentos em cerca de 6,5 mil ações de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS). Além disso, há os Cursos de Educação a Distância (EAD) em que a entidade teve mais de 19 mil alunos participantes. “A missão é o desenvol-vimento e formação, assistência técni-ca contínua em que se busca, acima de tudo, a melhoria da rentabilidade, da produção e ganho com mão de obra qualificada para resultados favoráveis”, completa Antônio Carlos.

Ele cita que são 12 coordenações regionais em que há possibilidade de estar in loco para identificar as neces-sidades dos produtores. E as atividades com maior demanda seguem o que se tem maior participação na economia do Estado. Entre os exemplos estão opera-ção de máquinas agrícolas, atividades em usinas de cana-de-açúcar e em pro-priedades leiteiras. “Há trabalho em todas as áreas e exemplos de sucesso”.

Entre eles está o caso do seleiro José Cláudio Cândido Queiroz, de 46 anos. Na cidade de Jaupaci, começou há mais de dez anos a participar dos cursos oferecidos. “Quanto mais apren-der, melhor. Hoje vivo através disso e montei minha selaria”, lembra. Antes o trabalho era em fazendas e, ao apostar no trançado em couro e outros cursos,

teve oportunidade de investir no pró-prio negócio e ampliar os ganhos da família.

“O trabalho antigamente tinha ho-rário rígido e ganhava muito pouco. Agora trabalho por conta, planejo am-pliar e sempre procurar melhorar, por-que nunca parei”. O mesmo sentimen-to também é compartilhado pelo casal Aparecida Rodrigues da Costa e Fábio Souza, ambos com 39 anos. Após vá-rios cursos, eles abriram uma padaria na cidade de Jaupaci e com matéria prima de produtores locais vivem do negócio próprio.

Ela era dona de casa e ele trabalha-va com mineração e realizava viagens constantes. “A renda é pelo menos 20% maior, melhoramos nossa qua-lidade de vida e trabalhamos juntos. Ele é o padeiro e a nossa padaria é a segunda da cidade”, explica Apareci-da. “Às vezes a gente acha as coisas difíceis sem tentar e depois vê que é capaz. Aprendemos a fazer os produ-tos, crescemos e há cinco anos temos o negócio”, pontua Fábio.

TendênciasAlém do empreendedorismo, en-

tre as profissões que são tendências e têm promessa de gerar mais oportuni-dades no campo, estão especialmente as ligadas à tecnologia, ao bem-estar animal e à sustentabilidade. A equide-

ocultura com a doma racional ganha visibilidade, assim como atividades em que há conscientização de que o zelo maior com os animais gera resultados melhores. A engenharia com foco em agronegócios é outro destaque que é, inclusive, citado como tendência para o mercado de trabalho em 2017 em estu-do feito pela Catho.

Por conta da modernização, não apenas para aumentar a produção de alimentos, as profissões que garantem a preservação dos recursos naturais se destacam, conforme a publicação, na agronomia, aquicultura, agrimensura, ambiental, florestal e de pesca. A men-tora em gestão de carreira e diretora da Apoio Consultoria e Negócios, Dilze Percilio, acrescenta à lista também car-gos executivos.

“A cadeia é muito forte e gera em-pregos que não estão limitados ape-nas aos operacionais. Há a busca de executivos também, porque o campo passa por um processo muito grande de modernização e profissionalização”, afirma. Para a especialista, a capaci-tação constante é essencial e surgem funções específicas, como operadores de drones, em que é preciso buscar co-nhecimento tecnológico e os gestores precisam acompanhar essas mudanças ou reflexo é direto na perda de compe-titividade.

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SEGURANÇA

Tecnologia georreferenciada aproxima patrulha rural de produtores e garante agilidade no atendimento de ocorrências na zona rural

Diene Batista, especial para a Revista Campo

União pelo campo

Desde meados do ano passado, a

Fazenda Boa Vista, distante 13 quilô-

metros de Varjão, no Sul de Goiás, é

identificada pelo número 72, após ser

mapeada por um GPS. Maquinário e

animais agora fazem parte do cadastro

da Patrulha Rural Georreferenciada, ini-

ciativa da Polícia Militar de Goiás (PM-

-GO), Federação da Agricultura e Pe-

cuária de Goiás (Faeg) e de Sindicatos

Rurais (SRs).

Para o produtor Getro Alves de Sou-

sa, 62 anos, o mapeamento da proprie-

dade pode agilizar o atendimento de

possíveis ocorrências. “Tem muita ‘es-

tradinha’ que passa pela minha fazenda

e esse movimento sempre me preocu-

pava. Essa é uma união muito boa, com

uma comunicação mais rápida”, diz ele,

que trabalha com gado leiteiro e vive na

região de Varjão há 30 anos, junto com

a esposa, Rosa Maria Franco, 57.

Quando está na lida do campo, é

ela quem fica na sede e, pelo celular,

acompanha o grupo do patrulhamen-

to no WhatsApp. “Fico sabendo de

tudo que está acontecendo na região,

em tempo real. Sei que posso ligar na

patrulha e eles já conhecem por onde

chegar. É uma relação muito mais pró-

xima”, analisa.

O projeto piloto da patrulha co-

meçou em Catalão, em 2015. Com o

georreferenciamento, os policiais regis-

tram as coordenadas de cada fazenda.

Estradas e locais de mata fechada que

podem servir como esconderijo tam-

bém são relacionados. Em seguida,

a propriedade recebe um número de

identificação em placas. Quando hou-

ver uma solicitação, o produtor informa

seu número e a PM já terá um banco

de dados – inclusive com a rota para

deslocamento.

Além disso, funcionários também

são cadastrados. A marca do gado, a

sede da propriedade, os animais e o

maquinário são fotografados e armaze-

nados em um banco de dados. Contatos

telefônicos de quem mora na fazenda

e até de parentes que vivem na cidade

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Produtor Getro e sua esposa Rosa Maria garantem que mapeamento agiliza atendimento a possíveis ocorrências

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são anotados. Ainda são criados grupos

no smartphones para manter a comuni-

cação constante.

Responsável pela criação do novo

modelo de patrulha, o tenente Vinícius

de Melo Roldão diz que a dificuldade

para localizar as propriedades levou ao

uso da tecnologia de georrefereciamen-

to. “Não tínhamos noção da dimensão

territorial, de como direcionar a viatura”,

recorda ele, que implementou a ação a

partir de novembro de 2015, em Catalão.

Hoje, o modelo de patrulha já che-

gou a 60 cidades, por meio de parceria

entre a Faeg e a Secretaria de Segurança

Pública e Administração Penitenciária

(SSPAP). Na cidade pioneira, os núme-

ros são animadores: 600 fazendas ca-

dastradas. Até o final do ano, o número

deve subir para 1.100. Os registros de

roubo caíram 60%, de furto 25% e de

roubo de gado 16%, segundo Roldão.

Agilidade Na ocasião do lançamento da nova

patrulha rural, o presidente da Faeg,

José Mário Schreiner, destacou a vul-

nerabilidade de quem vive e trabalha

no campo. “Por estar em áreas aber-

tas, o meio rural é muito vulnerável,

mas quando se tem uma ação efetiva

no meio urbano a criminalidade tende

a migrar para o meio rural, por conta

desta vulnerabilidade natural”, diz.

Schreiner também parabenizou o

trabalho feito pela PM e pela Secretaria

de Segurança Pública em ouvir a voz

de quem vive e trabalha no meio rural.

“O programa deu certo em Catalão e

serviu de modelo para ampliarmos em

conjunto com nossos Sindicatos em ou-

tros municípios. O monitoramento por

PM-G

O

Tenente Roldão defenda o uso da tecnologia para localizar propriedades

Diretor Científico da Fapeg, Albenones José de Mesquita enfatiza que o campo tem demandado pesquisas

meio de georreferenciamento facilita a

ação policial de forma rápida e efeti-

va. Nossa intenção é que o programa

chegue em todo Estado, reprimindo e

reduzindo os roubos no meio rural”,

explica.

De acordo com o tenente, o georre-

ferenciamento ajuda a diminuir o tempo

de resposta aos chamados. “Estávamos

perdendo tempo por não conhecer a

propriedade. Com o cadastro, conhece-

mos a realidade da zona rural, onde es-

tão situados os defensivos e o maquiná-

rio”, ressalta. O tenente cita as placas

de identificação do patrulhamento, que

funcionam como uma forma de pre-

venção aos crimes. “Com elas, criamos

marcos de referência que não existiam

antes”, frisa.

O vínculo de confiança entre a PM e

os produtores também reforça a sensa-

ção de segurança na zona rural. Para o

êxito das ações, diz ele, o engajamento

dos produtores tem sido fundamental.

“Montamos os grupos no WhatsApp e os

produtores relatam atitudes suspeitas, ve-

ículos suspeitos com maior rapidez. Nós

fazemos um trabalho preventivo e vamos

colhendo as informações para trabalhar

repressivamente também”, detalha.

Presidente da Faeg, José Mário Schreiner, parabenizou o trabalho feito pela PM e pela Secretaria de Segurança Pública

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Sensação de segurança Nos municípios onde a nova patru-

lha já chegou, os relatos são de aumento

da sensação de segurança. Em Varjão,

o presidente do Sindicato Rural (SR),

Rafael Pereira Machado, 32, comemora

os resultados. Lá, o patrulhamento foi

desenvolvido a partir de parceria com o

SR da cidade vizinha, Guapó, que jun-

tos compraram os equipamentos neces-

sários para o início do programa (veja

quadro na página 21).

Para Machado, a agilidade propor-

Presidente do SR de Varjão comemora resultados da tecnologia georreferenciada

Fred

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lho

cionada pelo georreferenciamento traz

sensação de segurança para os produ-

tores. “A possibilidade de facilitar o

acesso às fazendas foi o que mais cha-

mou nossa atenção. O produtor pode

ficar em contato direto com a polícia,

pelos números que estão na placa de

identificação. Ao ligar e informar o ca-

dastro, a PM já sabe qual é a proprie-

dade e como chegar. É um projeto que

veio para ficar”, destaca.

Na avaliação do assessor jurídico da

Faeg, Augusto César de Andrade, a par-

ceria entre a entidade e a Polícia Militar

multiplica a eficácia do trabalho de pre-

venção e de repressão ao crime. O re-

sultado dessa equação é mais tranquila

para o produtor. “Estamos conseguin-

do, nessas regiões, proporcionar uma

sensação de segurança. Isso faz com

que o produtor possa trabalhar melhor

e desempenhar seu papel na sociedade

com mais tranquilidade”, ressalta.

Andrade frisa que a implantação de

tecnologias, como georreferenciamen-

to, e a criação de um banco de dados

com fotos de máquinas e de animais,

permitem que os próprios policiais co-

nheçam melhor a realidade no campo.

Assim, além de entender o que pode

chamar a atenção dos bandidos, o pro-

fissional fica por dentro do que cada

propriedade possui. “O campo tem con-

dições específicas que o policial, muitas

vezes, não está acostumado”, diz.

O maior conhecimento dos policiais

sobre as atividades no campo e a inte-

ração entre os próprios produtores for-

mam uma verdadeira rede de proteção

na zona rural, como na interação pro-

porcionada pelos grupos do WhatsApp,

por exemplo. “Essa união de forças tem

o interesse maior de propiciar condi-

ções de trabalho para o meio rural. É a

PM cumprindo seu papel, inclusive por

meio de mecanismos que facilitam e ge-

ram economia para o Estado, pois nos-

sos produtores bancam a aquisição dos

aparelhos”, afirma o assessor jurídico.

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Mapeamento nacional

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A preocupação com a segurança no campo também está na pauta de entidades que representam o produtor, nacionalmente. O Instituto da Con-federação da Agricultura e Pecuária do Brasil (ICNA) criou o observatório do crime para identificar as principais ocorrências na zona rural. O formulá-rio está disponível no site da instituição (www.cnabrasil.org.br/observatorio-da--criminalidade) desde fevereiro e deve continuar on-line até o final do ano. Até agora, mais de cem casos foram relata-dos por produtores de todo Brasil.

De acordo o secretário-executivo do instituto, André Sanches, a intenção é mapear as ocorrências e debater políticas públicas para resolver os gargalos enfren-tados nessa área. “A ideia é que de posse de um número considerável de informa-ções a gente possa traçar um mapa da criminalidade com um padrão, se é que ele existe, com horários e propriedades mais visadas em relação ao tipo e ao ta-manho. Queremos, em um futuro próxi-mo, ter uma política pública específica para a segurança no meio rural”, destaca.

O formulário on-line foi a estratégia

Secretário-executivo do ICNA, André Sanches afirma que proposta do observatório é mapear as ocorrências no campo

encontrada para driblar a falta de in-formação junto às secretarias de segu-rança pública. Sanches conta que, em alguns Estados, sequer há a distinção entre casos que acontecem na cidade e no campo. Entre os dados colhidos, diz ele, já foi possível constatar que a falta de notificação dos crimes ainda é um problema. Também chamou a atenção da entidade as ocorrências de roubo de gado e de produtos, como sacos de café e de feijão, além de maquinário.

Houve ainda relatos de roubo a mão armada, em que fazendeiros ficaram sob a mira de bandidos durante horas. “Há produtores que não vão mais à fa-zenda ou evitam dormir na propriedade. As quadrilhas especializadas têm muita tranquilidade, sabem que não tem risco nenhum. Vão encontrar o produtor de-sarmado e desamparado”, ilustra.

Para ele, iniciativas como a da Faeg, com a patrulha georreferenciada, po-dem ser replicadas em todo Brasil. “Não somos especialistas em seguran-ça, queremos trazer o tema à luz para que possamos fazer ações produtivas como essa parceria com a Secretaria de Segurança em Goiás. É um caminho que a gente pode recomendar para que todos os Estados façam”, frisa.

O que é: Patrulha aproxima PM e produtores ru-rais, facilitando a localização das propriedades e a segurança no atendimento das equipes policiais que atuam na região.

Como funciona: Equipes visitam as fazendas, ti-ram fotos de marcas, maquinário e animais. A pro-priedade passa a ser identificada por um número. As imagens são armazenadas em um banco de dados. Funcionários também são cadastrados. Grupos no WhatsApp também são criados para manter a comu-nicação constante.

Estreitando laçosEquipamentos: SRs doam computadores, apare-

lhos celulares, GPSs e drone, que fazem o mapeamen-to das fazendas, incluindo estradas rurais e reservas de mata, que podem servir como esconderijo para ban-didos.

Resultados: Com o mapeamento das propriedades em mãos, as equipes podem se descolocar com mais facilidade pela zona rural, diminuindo o tempo de res-posta, em caso de ocorrências e aumentando a sensa-ção de segurança para o produtor.

(Fonte: PM/GO)

Crime em baixaCatalão, primeira cidade a receber novo modelo de patrulha, registrou queda na criminalidade no campo

Roubo: -60% Furto: - 25% Roubo de gado: - 16% (Fonte: PM/GO)

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TECNOLOGIA

Demanda por inovações tecnológicasé crescente no Brasil

Kamylla Rodrigues e Pedro Nunes, especial para a Revista Campo

Informação precisa aliada ao produtor

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Agricultor Adriano Barzotto investiu no uso de tecnologia para aumentar produtividade

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Não é de agora que a informação

é fundamental na gestão de qualquer

negócio. No campo, a sistematização

e integralização de dados é um dos

principais caminhos para a produti-

vidade, qualidade, precisão, além de

otimização de tempo e recursos. Por

isso, a aquisição de um software de

gestão nas atividades de agricultura

e pecuária tem crescido no Brasil. É

o que aponta o consultor técnico da

Faeg, Cristiano Palavro, que acredita

na rápida evolução dessa ferramenta.

“Claro que as outras tecnologias

já bem conhecidas como GPS e piloto

automático em maquinários, senso-

riamento remoto, geoprocessamen-

to, monitoramento de irrigação pelo

celular, por exemplo, estão em cons-

tante utilização e crescimento, mas a

gestão por software é uma das gran-

des novidades. No último ano cresceu

muito a oferta desses sistemas e acre-

dito que os produtores têm percebido

que uma gestão eficiente e precisa no

campo perpassa por modernização”,

diz Cristiano.

O consultor técnico explica que na

agricultura os softwares podem cal-

cular custos de produção, catalogar

produtos, fazer o controle de estoque,

gestão de pessoas e operações, entre

outras infinidades de ações, além de

integrar os dados e gerar estatísticas.

Foi a necessidade de cruzar esse

leque de informações que fez com

que o produtor Adriano Barzotto mi-

grasse para um software de gestão.

“Tínhamos vários sistemas de coleta

de dados, que não conversavam e

chegavam até nós de forma fraciona-

da. Agora, com a implantação de um

novo software, teremos referências

integralizadas de todos os processos

da fazenda em tempo real. A ferra-

menta é importantíssima, principal-

mente quando a fazenda vai ficando

maior e é necessário auxílio no con-

trole”, afirma.

No comando de 7.500 hectares

de lavouras de milho e soja há mais

de 33 anos, em Montividiu, Rio Ver-

de e Paraúna, Adriano atribui o uso

de tecnologias no campo ao ganho

de produtividade em torno de 25%

no último ano. “Melhoramos muito

nosso maquinário e utilizamos outras

ferramentas que propiciam mais efici-

ência. Com a chegada de um softwa-

re, que permite um melhor gerencia-

mento com números reais, esperamos

crescer muito em escala de produção

e área”, projeta Adriano.

Os programas de gestão também

estão presentes na pecuária e per-

mitem o registro completo de cada

animal, com dados genéticos, ges-

tações, cios, controle de vacinação,

históricos médicos e outros dados de

controle. De acordo com o pesquisa-

dor da Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (Embrapa), Cláudio Na-

polis Costa, assim como na agricultu-

ra, cada produtor precisa saber qual

a ferramenta mais adequada para as

condições da criação do gado. “Hoje

temos software gratuitos, comprados

e licenciados que atendem diversas

realidades. Fazer a gestão de todo o

sistema de produção com ferramen-

tas tecnológicas, como os softwares,

significa aumentar desempenho e efi-

ciência, ter controle dos custos, ser

competitivo e sustentável em termos

econômicos e ambientais, além de

outros benefícios”, pontua.

Cláudio também é coordenador do

programa da Embrapa chamado Gis-

leite, software de uso pela Web (on-

-line) e que tem como característica

básica a informatização da identifica-

ção animal, dos registros econômicos

e zootécnicos e do controle da quali-

dade do leite. O pesquisador divulga

o sistema pelo Brasil, com capacita-

ções de produtores que queiram utili-

zar a ferramenta gratuita e disponível

no site da Embrapa.

Demanda

A Mega Sistemas Corporativos,

que tem atuação em Goiás e em ou-

tros nove estados, além do Distrito

Federal, desenvolve programas de in-

Consultor técnico da Faeg, Cristiano Palavro, acredita na rápida evolução dos softwares de gestão

Laris

sa M

elo

ABRIL / 2017 CAMPO | 23www.senargo.org.br

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tegração de dados na pecuária e na

agricultura. A demanda por software

nesse segmento, segundo a empresa

paulista, cresceu 50% de 2015 até

agora. “A cultura de que sempre se

fez assim e sempre funcionou, apesar

de ainda existir, está mudando. Com

a modernização, os produtores estão

pensando em como aproveitar todo

o potencial da produção e isso só é

possível com informações”, ressalta

Gustavo Almeida, diretor da unidade

de agronegócio da Mega Sistemas.

Ele explica que o processo para

a implementação de um software de

gestão é gradativo e é necessária a

consulta e auxílio de um profissional

da área e uma empresa que forneça

tal ferramenta. Quando questionado

sobre o custo, Gustavo afirma que

é um investimento com garantia de

retorno. “É difícil mensurar o tempo

de retorno, mas todos os clientes pro-

dutores que aderiram ao recurso tec-

nológico têm nos dado um feedback

positivo com uma produção mais oti-

mizada”, justifica.

É preciso ser preciso!

Inserido no vasto universo da tec-

nologia e dos softwares de gestão e

caminhando lado a lado com o produ-

tor, está o gerenciamento mais deta-

lhado do sistema de produção agrícola

e pecuária, chamado de agropecuária

de precisão. As técnicas, diferentes

para cada atividade, permitem a redu-

ção de custos e de impactos ambien-

tais, alicerçada na informação precisa

e direcionada.

Nas fazendas de Adriano a agri-

cultura de precisão começa na análi-

se de cada centímetro do solo, passa

pela plantação uniforme, aplicação de

adubos e defensivos na medida ne-

cessária até o acompanhamento, por

mapas, das pragas. “Com essa técnica

é possível evitar os gastos e mitigar

os erros, o que gera uma redução de

custo no produto final. É um processo

caro, mas que se paga ao longo do

tempo”, explica Barzotto.

Para o consultor técnico Cristiano,

as técnicas de precisão significam oti-

mizar tempo e dinheiro. “Na agricultu-

ra de precisão você não trata a lavou-

ra inteiramente da mesma forma, pois

cada talhão tem sua especificidade.

Ao analisar cada parte isoladamente,

você consegue aplicar a quantidade

certa de fertilizante para aquele local.

Além dos mapas e análises é necessá-

rio maquinário específico para aplicar

estes fertilizantes em taxas variáveis”,

completou.

A gerente de área de Formação

Profissional Rural (FPR) do Serviço

Nacional de Aprendizagem Rural (Se-

nar Goiás), Samantha Andrade Ale-

xandrino, acredita que a agricultura

de precisão é o futuro dessa ativida-

de. “A gente sai do início do século

com um sistema ainda manual, pesa-

Fred

ox C

arva

lho

do, e passamos para uma estrutura

toda formada por maquinários, tendo

mais segurança e precisão maior, com

a possibilidade de ter menos erros que

a opção anterior. A tendência é que

toda a agricultura passe por esse pro-

cesso tecnológico e desenvolvimento

e que todos os processos sejam auto-

matizados, não mais manuais”.

Na área de pecuária, a assesso-

ra técnica da Faeg, Christiane Rossi,

afirma que questões simples podem

ser consideradas de precisão, como

melhorias genéticas, nutrição mais

adequada e observância das questões

sanitárias. “Esses pontos norteiam

qualquer produção pecuária. O que

é necessário é ter um planejamento

e aprimoramento. São atitudes que

podem ser tomadas até sem gastar di-

nheiro”.

O avanço, no entanto, não será

percebido, segundo ela, sem uma

qualificação da mão de obra. “Os fun-

cionários precisam acompanhar esse

avanço. Assim se tornarão parte de

uma equipe e são eles que aplicarão

as orientações. Precisam entender o

processo”, conclui Christiane.

Gerente de Formação Profissional Rural do Senar, Samantha Andrade acredita que a agricultura de precisão é o futuro nos campos

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O aplicativo que Waldelon utiliza é o ‘Fields Area Measure’, que pode ser baixado gratuitamente em dispositivos Android. “Meu subsídio tecnológico é apenas o aplicativo há dois anos, mas estamos programando investimentos na agricultura de preci-são para esse segundo semestre”, reforça o agricultor. Além da ferramenta que Waldelon utiliza, é possível encontrar vários outros Apps que auxiliam desde a gestão das rotinas produti-vas até a descoberta de pragas na lavoura:

1 - Agri Precision: Android - gratuito2 - BioLeaf: Android - gratuito3 - Consórcio Antiferrugem: IOS - gratuito4 - Digilab: Android – gratuito 5 - FieldNET: Android - gratuito6 - INMET Tempo e Clima: Android e IOS - gratuito7 - Suplementa Certo: Android – gratuito8 - Teejet: Android e IOS – gratuito 9 - BovControl: Android e IOS - gratuito 10 - Agritempo: Android e IOS – gratuito11 - Soja Brasil: IOS – gratuito 12 - Adama Alvo: Android - gratuito13- Agro Precisão / Agri Precision: Android - gratuito14 - Consórcio Antiferrugem: IOS - gratuito15- Calculadora para agricultores: Android - gratuito

Aplicativos para gerir da tela

Além de pivôs automatizados, GPS, trator e pulverizador com piloto automático, o agrô-nomo e agricultor Waldelon Alves Gomes tem na palma das mãos o mapa dos 500 hecta-res de produção de soja e milho na fazenda localizada em Indiara. “Pelo celular eu con-sigo medir área e distância, definir sentido de plantio, a contagem de sementes, a área que já está pronta para a colheita, entre outras ações que economizam mão de obra e re-curso. A tecnologia permite que a fazenda esteja a todo vapor, mesmo à noite”, relata.

ABRIL / 2017 CAMPO | 25www.senargo.org.br

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Área fértil para a inovaçãoOs termos agtech ou agritech, aos poucos, têm ficado mais populares entre os produtores ru-rais. São startups direcionadas para o campo que, segundo estimativa da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), cresceram 70% nos últimos cinco anos no Brasil. E a área em Goiás é fértil, segundo os especialistas ouvidos pela Revista Campo. “As startups estão descobrindo o agronegócio e gerando soluções para o segmento mais dinâmico do país. Estão surgindo solu-ções em termos de pecuária e agricultura de precisão. A questão da gestão é interessante, com o surgimento de softwares e aplicativos, que vão desde soluções para a gestão econômica e zootécnica, até mesmo soluções de plataformas mais complexas”, avalia o chefe geral da Em-presa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de leite, Paulo do Carmo Martins.

Chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins destaca que as startups descobriram o agro

Divu

lgaç

ão

Só que, ainda de acordo com a

ABStartups, apenas 0,5% das iniciati-

vas no país estão no agro, o que, para

Martins, abre espaço para um cresci-

mento rápido, inclusive em Goiás. “Há

todo um ambiente favorável também

no Estado. Existem investidores que

podem aportar capital, os jovens goia-

nos são muito dinâmicos e as univer-

sidades oferecem cursos voltados para

Tecnologia de Informação e formação

de profissionais do agronegócio. Há

um imenso espaço para avançar, dadas

as demandas do agronegócio, que não

param de crescer”, acredita.

Para reverter esse quadro o espe-

cialista cita a sua área de experiência.

A Embrapa criou há dois anos o Ideas

For Milk – Desafio de Start, que reu-

niu doze das maiores universidades do

Brasil, além das empresas de Tecno-

logia da Informação (TI). “Com este

movimento, conseguimos gerar 137

soluções apenas para o setor leiteiro.

Começamos a estruturar uma forma

de nos aproximarmos das startups e

o Ideas For Milk, hoje, já é o maior

evento do agronegócio brasileiro. Isso

mostra a vitalidade do setor”, diz.

O Senar Goiás, junto de parceiros

como o Serviço Brasileiro de Apoio às

Micro e Pequenas Empresas (Sebrae

Goiás), está estruturando projeto com

o intuito de compreender e fomentar

as startups no agronegócio e despertar

o interesse de jovens empreendedores

para o assunto. “O Sebrae e o Senar

são parceiros e desenvolvem, parale-

lamente, programas focados para a

Faeg Jovem. A intenção é conhecer

mais sobre startups para impulsioná-

-las entre os jovens, principalmente

dentro dos 25 grupos da Faeg Jovem,

para que eles apresentem ideias inova-

doras”, observa o gestor da Assessoria

de Coordenação das Regionais e de

Planejamento do Senar Goiás, Dirceu

Borges. Ele diz que é importante reunir

o grupo para conhecer mais sobre as

novidades do mercado.

Aceleração

Em busca de inovação, acelerado-

ras aportaram em Goiás para investir

em ideias promissoras na agropecuária,

considerado um mercado de oceano

azul, no qual tem poucos concorrentes

e chance de crescimento exponencial.

A ACE, antiga Aceleratech, junto

da Gyntec, pretende acelerar até 30

startups nos próximos cinco anos no

Estado. “Quando viemos para Goiânia

criamos um fundo de investimento e

fizemos captação privada de R$ 5 mi-

lhões. Nós temos dez cotas de 500 mil

reais por investidor, que, a cada semes-

tre, investe R$ 50 mil na aceleradora.

Temos um bucket inicial de R$ 500

mil por semestre durante cinco anos”,

ressalta o diretor do Gyntec e investi-

dor da Ace Goiânia, Marcos Bernardo

Campos.

Para entrar no portfólio da ACE, a

startup tem que estar já estruturada,

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Educação a distância ganha o campo

O computador, o tablet e o smartphone têm sido aliados dos produtores goianos de di-

versas maneiras. O aperfeiçoamento a distância, por meio desses dispositivos, é uma de-

las. Da tela é possível ter acesso ao conhecimento e, assim, aprimorar a lavoura, como

apontam especialistas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goi-

ás). Desde meados de 2014, quando foi lançado o serviço de ensino a distância (EaD) do Se-

nar Goiás, até março de 2017, mais de 20 mil alunos procuraram a plataforma digital.

Dispositivos são aliados do homem do campo para cursos e treinamentos

istoc

kpho

tos

com clientes, faturando e atuando no

agronegócio. “Temos incentivado as

startups para estar ocupando o espaço

que muitas vezes é de empresas gran-

des e multinacionais. Promovemos

cursos e eventos para criar startups

nessa área. No Brasil ainda temos pou-

cas, mas está em crescimento. Mesmo

conceito para Goiânia. Se ainda não

tem pronto no mercado, estamos in-

duzindo os empreendedores”, reforça.

Apenas em 2016, 11 mil pessoas

participaram dos cursos, um cresci-

mento de aproximadamente 25% em

relação ao ano imediatamente anterior.

“A demanda é crescente e essa moda-

lidade possibilita maior acesso do alu-

no e participante à informação. Esse é

um dos motivos do crescimento. Tam-

bém pela facilidade de acesso, tanto

de casa ou de qualquer lugar com in-

ternet, e principalmente nos horários

vagos. Pode fazer o seu próprio horá-

rio de estudo, o que traz facilidade”,

afirma o gerente da educação formal

do Senar, Fernando Couto.

O gerente ressalta que são ofere-

cidos, atualmente, 25 cursos que inte-

gram quatro grandes áreas, sendo dois

programas na área do jovem empreen-

dedor rural e o programa minha em-

presa rural. Os outros dois são voltados

para o curso de gestão de risco e um

programa de agricultura de precisão.

“Esses quatro programas contemplam

de forma distribuída os 25 cursos que

oferecemos hoje”, sintetiza Couto.

O outro modelo presencial, o trei-

namento de Formação Profissional

Rural (FPR), no entanto, ainda é o

mais procurado no Estado. São cer-

ca de 180 treinamentos direcionados

para a agricultura e pecuária. Os mais

visados são de mecanização agrícola,

avicultura, equideocultura e bovino-

cultura de corte e de leite. Tem cha-

mado a atenção, contudo, o direciona-

mento para a agricultura de precisão,

tanto em cursos on-line como nos

tradicionais. “Primeiro por ser uma

tecnologia recente e que ainda poucos

profissionais dominam o assunto. E é,

na verdade, o futuro da agricultura.

Quando se fala em agricultura de pre-

cisão, você relaciona todas as técnicas

que visam o aumento da eficiência na

produção nos diversos níveis”, salienta

Fernando Couto.

Acesso

Todos os cursos ministrados pelo

Senar Goiás são gratuitos e podem ser

acompanhados pelo site da entidade.

Quando on-line, as matrículas po-

dem ser efetuadas pelo domínio ead.

senargo.org.br ou por telefone. Já os

presenciais podem ser agendados, ge-

ralmente, junto dos Sindicatos Rurais

que são os parceiros da iniciativa. É

possível acompanhar pelo site www.

senargo.org.br, por exemplo, a agenda

daqueles que estão disponíveis para o

público. Não é preciso estar vinculado

aos sindicatos.

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ENERGIA RENOVÁVEL

Produtor Luiz Figueiredo optou pelo sistema solar fotovoltaico híbrido, instalado sobre a água, numa pequena barragem

Laris

sa M

elo

Investir em energia renovável está se tornando cada vez mais uma opção para garantia de produtividade no campo, um dos principais interesses que os produto-res rurais têm buscado. Um dos fatores está na ampla aplicação destas fontes de energias nas diversas atividades do meio rural, garantindo eletricidade de qualida-de. Diante desta realidade, diversas es-tratégias têm sido discutidas e estudadas para tentar aumentar a oferta de energia elétrica e a diversificação das fontes de seu fornecimento, complementando a atual base energética do País, tendo em vista que a energia hidráulica vem en-frentando cada vez mais resistências dos organismos ambientais e limitação de lo-cais que possam viabilizá-las. Como al-ternativas de energias renováveis estão a

eólica, solar e térmica por biomassa, que assim como a água são fontes limpas.

A opção pelas fontes renováveis já é viável econômica e tecnicamente. Os processos e equipamentos contam com um elevado grau de qualidade e confia-bilidade, e a implementação é rápida e fácil. Quem optou em investir neste tipo de energia renovável foi o produtor Luiz Figueiredo, também presidente da Asso-ciação dos Irrigantes do Estado (Irrigo). É na zona rural em Cristalina que ele resolveu hospedar um projeto inovador, um sistema solar fotovoltaico híbrido,

instalado sobre a água, numa pequena barragem. Segundo ele, a opção pelo investimento foi para obter benefícios adicionais na produção de leite, gerando energia constante e de qualidade. Ainda em construção, a instalação prevê um custo de dois milhões de reais, em um sistema com 1.150 placas fotovoltaicas, totalizando 300 Kwp instalados. Ele conta que a previsão é gerar com esta primeira usina cerca de 50 mil Kwh/mês.

Luiz Figueiredo explica que as placas fotovoltaicas recebem a luz do sol, que é convertida em energia elétrica. “Por

Energia renovável garante produtividade no campoe assegura demanda por eletricidade

Juliana Barros | [email protected]

Opção viável e produtiva

28 | CAMPO ABRIL / 2017 www.sistemafaeg.com.br

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meio de um inversor solar a energia é convertida e utilizada, o excedente ex-portado para a rede da concessionária, gerando créditos que posteriormente se-rão utilizados”, sinalizou. De acordo com ele, a energia produzida proporciona al-guns benefícios extras, como exemplo, a redução da evaporação da água da bar-ragem e o maior rendimento na geração de energia. Outro grande ganho desta-cado pelo produtor, é que o sistema não ocupa área produtiva da propriedade, por isso, toda área útil continua sendo utilizada para a atividade.

BiodigestorJá em Rio Verde o produtor Ivan

Klein, há cerca de dois anos produz energia renovável através de um biodi-gestor, que gera energia elétrica e re-duz o custo com insumos. “A matéria--prima que utilizo é o biogás. Então, toda nossa energia gerada é conectada à rede da Celg, que distribui toda esta energia”, diz. Ele explica que seu siste-ma é de 330 Kva e gera atualmente 200 Kwh, muito abaixo do potencial instala-do. “Toda energia é injetada na rede da Celg. A partir daí creditamos cada Kwh consumido. Portanto, a redução é sobre o valor integral do Kwh, cobrado pela companhia elétrica. Toda esta economia tem trazido benefícios para minha pro-priedade”, explica.

Ivan sinaliza que a expectativa de produção é positiva, já que todo Kwh é compensado no valor de R$ 0,36/Kwh. Prova disso, é que a implantação do bio-

digestor já gerou cerca de 395 mil Kwh. “Nosso projeto é bastante compensador, justamente pelos benefícios ambientais, que reduzem muito a emissão de gases poluentes”, relata.

Potencial energéticoDe acordo com a Agência Nacio-

nal de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui uma capacidade de geração de energia concentrada em 4.676 empre-endimentos em operação, totalizando cerca de 152 milhões kw de potência instalada. Para os próximos anos, está prevista uma adição de 24,6 milhões kw na capacidade de geração do País, proveniente dos 237 empreendimentos em construção e mais de 582 empreen-dimentos com construção não iniciada. Atualmente, a matriz elétrica renovável do País é composta pelas energias hidre-

Presidente da Faeg, José

Mário Schreiner, diz

que Goiás irriga apenas

170 mil hectares

Fred

ox C

arva

lho

létrica (64,64%), usina termelétrica (27,09%), eólica (6,94%), usina ter-monuclear (1,31%) e solar fotovol-taica (0,02%).

Em relação ao potencial hídrico, Goiás irriga cerca de 170 mil hecta-res. Segundo o presidente da Fede-ração da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, é necessário expandir o potencial que vem sendo subutilizado. De acordo com ele, o Estado precisa repensar urgentemente seu planeja-mento e futuro de crescimento para os próximos 35 anos. Para Schrei-ner, é importante investir cada vez mais no setor energético e na ges-

tão de recursos hídricos, para que todos os setores tenham seu crescimento e desenvolvimento garantidos. “Com no-vas fontes de geração de energia elétrica poderemos estimular o desenvolvimento socioeconômico do nosso Estado”, des-tacou José Mário.

O presidente da Associação das Pe-quenas Centrais Hidrelétricas de Goiás (Apch-GO), Sevan Naves, esclarece que existe uma sinergia positiva entre irriga-ção e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), desde que haja uma política pú-blica favorável à conciliação destas duas importantes atividades. “As PCHs não consomem água, somente a força dela. É fundamental entender que estas duas atividades não são concorrentes e sim conciliáveis e complementares, já que a PCH usa a força da água, permitindo que a irrigação utilize esta mesma água, inclusive, com a energia gerada”, explica.

Para ele, a PCH é a solução para atender a crescente demanda de energia. “Ela é uma fonte de energia permanente mais barata, nacional, abundante e me-nos poluente. Além disso, ela concilia e complementa todas as fontes intermi-tentes de energia abundantes em Goiás, como a Solar e a Biomassa”, destaca.

Para Sevan Naves, existe sinergia positiva entre irrigação e as PCHs

ABRIL / 2017 CAMPO | 29www.senargo.org.br

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EXPOPEC 2017

Feira reúne mais de 20 mil pessoas para divulgar tecnologias voltadas ao aprimoramento daprodução de carne no Centro-Oeste

Nayara Pereira | [email protected]

Fernando Dantas | [email protected]

Juliana Barros | [email protected]

Pecuária em pauta

Apresentar as novidades tecnológicas

para o aperfeiçoamento da pecuária nas

áreas de genética, mercado, comercia-

lização, manejo e alimentação, além de

promover debates e gerar negócios. Estes

foram os objetivos da Expopec 2017 –

Exposição das tecnologias voltadas para

o desenvolvimento da pecuária -, feira

realizada de 23 a 26 de março, em Po-

rangatu (GO). O evento recebeu mais de

20 mil pessoas de 15 estados diferentes

no Parque de Exposição Hilton Monteiro

da Rocha, resultando em um volume de

negócios superior a R$ 30 milhões.

Segundo o presidente da Federação

da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg),

José Mário Schreiner, a Expopec repre-

senta grande parte do Produto Interno

Bruto (PIB) do Estado, isso porque o setor

pecuário é responsável por 40% do va-

lor bruto da produção e cerca de 70% do

PIB em Goiás. “Discussões como essas,

técnica e científica, têm um valor agrega-

do muito grande, porque permitem levar

novas tecnologias, colocando à disposição

tudo aquilo que a ciência e a pesquisa de-

senvolvem a favor da pecuária de corte,

da suinocultura e da ovinocaprinocultura.

Além disso, a ciência e a pesquisa são os

grandes responsáveis pelos avanços do se-

tor pecuário e do agronegócio brasileiro

– que têm sustentado a economia brasi-

leira”, diz. Como exemplo do grande su-

cesso da feira, Schreiner destaca as novas

oportunidades dentro da Expopec, que

em 2018, além de abordar os mercados

bovinos, suínos e ovinos, terá também es-

paço dedicado a avicultura.

Para o presidente do Sindicato Rural

(SR), Gustavo Dourado, a feira oferece

aprimoramento tecnológico a Porangatu

e para demais cidades da região Norte.

Além disso, ele enfatiza a oportunidade

aberta para pequenos, médios e grandes

produtores, fazendo com que o pecuarista

atraia cada vez mais conhecimento, por

meio de todas as ferramentas de mercado

que hoje ele possui. “Nosso município é

conhecido como a capital goiana do be-

zerro de qualidade. O coração sertane-

jo do Brasil, por isso, sinto-me honrado

Exposição reuniu pessoas de 15 estados, resultando em um volume de negócios superior de R$ 30 milhões

Fred

ox C

arva

lho

30 | CAMPO ABRIL / 2017

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em sediar a segunda edição da Expopec,

evento nacional, em prol da pecuária de

corte”, afirma.

Palestras

Renomados especialistas pesquisado-

res, técnicos e consultores de mercado es-

tiveram na Expopec. Desde os benefícios

da carne vermelha até a criação a pasto

foram discutidos ao longo do evento. Ma-

nejo bovino, gestão, sucessão feminina,

ganho de rendimento, economia, ouvino-

cultura, suinocultura, pecuária moderna,

seleção genética, pecuária lucrativa, vitri-

ne da carne, entre outras, compuseram a

programação repleta de informações ao

público que compareceu na feira.

Tecnologia de ponta

Presidente da Comissão de Pecuária

de Corte da Faeg, Maurício Velloso, diz

que as tecnologias presentes na Expopec

abrangem todas as características do Esta-

do. “Concluímos com objetivo nossa feira.

Ao longo dos dias oferecemos conteúdos

de qualidade e um ambiente para negó-

cios. O nosso intuito foi de fazer com que

todos estes negócios se tornassem inves-

timentos e principalmente conteúdos inte-

grados a uma gestão e a novas soluções

voltadas para as exigências atuais da nos-

sa pecuária”, explica.

Exposição

A Expopec trouxe neste ano o que há

de mais moderno na pecuária. Além das

palestras, demonstrações e espaços para

negócios, a feira contou com exposição,

leilões, feira e shopping de animais de dife-

rentes raças de bovinos – nelore, hereford,

braford, tabapuã -, ovinos, suínos e equinos.

“Neste ano recebemos ouvinos de Pernam-

buco, gado braford do Rio Grande do Sul e

suínos de Minas Gerais, fora outros de todo

Brasil que estiveram aqui”, destaca Velloso.

Demonstrações do Senar Goiás

Com foco na educação profissional ru-

ral, promoção social e assistência técnica e

gerencial, o Serviço Nacional de Aprendi-

zagem Rural (Senar Goiás) levou para a Ex-

popec 2017 diferentes demonstrações. Uma

delas que aconteceu no Parque de Exposi-

ção de Porangatu foi o de adestramento de

cães para pastoreio. O público que visitou

a Expopec 2017 pode também participar da

demonstração de processamento de carne

suína. Foram apresentadas técnicas simples

e práticas para a preparação de produtos de

forma caseira, sem utilização de emulsifi-

cantes, conservantes, antioxidantes e adição

de qualquer aditivo.

As novidades sobre os produtos deriva-

dos do leite também foi tema de demonstra-

ção na feira deste ano. A instrutora do Senar

Goiás, Mariele Garaffa, apresentou as varie-

dades de produtos oriundos do leite, além

de ter esclarecido dúvidas específicas sobre

a produção e o armazenamento dos produ-

tos. Além dessas demonstrações, o Senar

repassou orientações sobre biojóias, confi-

namento, curtimento de couro, selaria, cer-

ca elétrica, doma racional de equinos, etc.

NúmerosExpopec 2017

Mais de 20 mil pessoasVolume de negócios superior a R$ 30 milhões46 expositoresMais de mil pessoas nas 11 demonstrações e cursos do Senar Goiás18 palestrasMais de 500 pessoas nas visitas técnicas

Schreiner destaca novidades para a Expopec 2018 e enfatiza importância da feira

Animais de várias raças estiveram presentes na Expopec. Gado hereford e braford foram atrações

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DELÍCIAS DO CAMPON

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Cas

tro

Lim

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Receita de Claudinéia A. Silva, de Chapadão do Céu - GO

Envie sua sugestão de receita para [email protected] ou ligue (62) 3096-2200

Ingredientes

400 g de arroz arbóreo400 g de peito de frango grelhado400 g de guariroba100 g de pequi01 maço de cebolinha verde250 ml de vinho ou cachaça02 l de caldo de galinha com legumes400 g de linguiça de suína frita02 colheres de manteiga ou óleo de dendê01 cebola01 xícara de ervilha cozida01 xícara de tomate cereja para enfeitar05 pimentas de cheiroAlho e salsinha a gosto

Modo de fazer

Aqueça o óleo ou a manteiga, frite a

cebola e o alho, adicione o açafrão

e por último o arroz, acrescentado

um pouco do caldo de galinha. Logo

depois coloque o vinho ou a cachaça

e deixe secar. Sempre mexendo

coloque a polpa de pequi, a guariroba,

a pimenta, o frango já grelhado, a

linguiça já frita, acrescentando um

pouco mais de caldo. Para finalizar

coloque a salsinha, o tomate, a ervilha

e alguns pedaços de linguiça e frango

para decorar.

Risoto do Cerrado

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CASO DE SUCESSO

Produtora de Morrinhos viu oportunidade de crescimento por meio de treinamento do Senar Goiás Nayara Pereira | [email protected]

A arte de trabalhar com plantas medicinais

Cacilda Inácio Ribeiro, sorriso sim-

pático e muitas histórias para contar. A

agricultora familiar que tira das plantas

medicinais o sustento da família mora

em um pequeno sítio chamado Mora-

da do Sol, localizado no município de

Morrinhos. Com a habilidade e gosto

pelas plantas desde a infância, Cacil-

da agregou mais conhecimento e hoje

produz remédios caseiros para comer-

cialização. Nos primeiros capítulos da

história da produtora, o Serviço Nacio-

nal de Aprendizagem Rural em Goiás

(Senar Goiás) teve participação funda-

mental. Foi por meio do treinamen-

Cacilda agregou mais conhecimento e hoje produz remédios caseiros para comercialização

Fred

ox C

arva

lho

34 | CAMPO ABRIL / 2017 www.sistemafaeg.com.br

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Os interessados em cursos e treinamentos do Senar, em Goiás, no município de Morrinhos devem entrar em contato com o Sindicato Rural da cidade pelo telefone (64) 3416-2275.

to de Identificação e Processamento

Caseiro de Plantas Medicinais que ela

descobriu novas possibilidades, entre

elas, o uso medicinal.

“Sempre tive o hábito de medicar

meus filhos com raízes e plantas, mas

fazia por meio de saberes populares”,

destaca Cacilda. Com uma pitada de

conhecimento a produtora foi além e

percebeu a importância de fazer o trei-

namento para crescer no ramo e am-

pliar a renda da família. “Aprendi de

maneira correta a preparação dos me-

dicamentos e, principalmente, a impor-

tância do horário certo para colher as

plantas e aproveitar melhor os princí-

pios ativos”, diz.

O despertar para o uso das plantas

se deu por meio da dificuldade que a

produtora encontrava no atendimento

médico disponibilizado na região. A

partir daí ela começou a procurar ou-

tros meios de tratamento para a família.

“Para nós que vivemos na zona rural,

acesso ao médico é muito complicado.

Foi neste momento que vi a necessi-

dade de utilizar as plantas medicinais

como um primeiro socorro e com isso

despertou em mim a vontade de obter

conhecimento para produzir remédios

caseiros e utilizá-los em casos de gri-

pe, febre, dores, reumatismo, picadas

de insetos, entre outros”, conta.

Com 59 anos bem vividos, Cacilda

já é conhecida na região pelo trabalho

que faz. Os afazeres domésticos que

antes restringiam a produtora de cres-

cer, hoje já não a impede de ir além

e mostrar o que aprendeu em even-

tos grandes voltados ao agronegócio,

como a Tecnoshow Comigo em Rio

Verde. “Meu trabalho está rendendo

frutos. E isso é maravilhoso. Antes do

curso de plantas medicinais eu ajuda-

va meu marido na lida diária do sítio,

mas nossa renda não melhorava. Com

o treinamento tive a oportunidade de

visitar outras feiras e foi extremamente

importante e enriquecedor. Falo nos lu-

gares onde vou que a capacitação mu-

dou minha vida”, diz.

Leque de opçõesSabonetes artesanais, xaropes,

xampu, condicionador, hidratante para

pele, plantas e raízes fazem parte dos

produtos confeccionados e comerciali-

zados pela produtora. A renda adquiri-

da vai para auxiliar no sustento da fa-

mília. “Meu produto é totalmente feito

em casa e natural. A procura é grande

e busco sempre fazer produtos de qua-

lidade”, ressalta Cacilda.

De acordo com a instrutora do Se-

nar Goiás, Miranildes Garcia Teixei-

ra – responsável por ministrar o trei-

namento –, conhecer as propriedades

das plantas medicinais e aprender a

manipulá-las é essencial para a fabri-

cação de excelentes produtos. “Conhe-

cer o que as plantas medicinais podem

nos oferecer é fundamental”, destaca.

Ela conta que o treinamento de Iden-

tificação e Processamento Caseiro de

Plantas Medicinais oferecido pelo Se-

nar Goiás, é gratuito e qualquer pessoa

pode procurar o Sindicato Rural de sua

região para formar uma turma.

Futuro promissor Quando o assunto é o futuro e suas

metas, Cacilda Inácio pensa alto, mas,

ao mesmo tempo, firme com a realida-

de ao seu redor. “Pretendo continuar

com a produção das plantas medicinais

e obter mais conhecimento na área.

Conto com o suporte que o Senar Goiás

tem a oferecer para o meu crescimento

e desenvolver novos produtos com seus

treinamentos”, explica.

A produtora também planeja conse-

guir, em alguns anos, crescer de modo

que os produtos tragam um alto poten-

cial para a região. “Claro que a nossa

meta é crescer e levar o que faço para

outros lugares. Depois que participei

dos cursos do Senar, passei a valorizar

mais as propriedades medicinais sobre

as plantas e me senti motivada a obter

mais conhecimentos em outras ativida-

des e desde então fiz vários cursos ofe-

recidos pela entidade dentre eles estão

os cursos de Produtos de Limpeza e Hi-

giene, Doces Cristalizados, Derivados

do Leite”, concluiu.

A renda adquirida com os produtos é para auxiliar no sustento da família

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ABRIL / 2017 CAMPO | 35www.senargo.org.br

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EM MARÇO, O SENAR GOIÁS PROMOVEU

66 232 17 1 48 10 170 50 74 15 29 51 93

*Cursos promovidos entre os dias 25 de fevereiro e 28 de março.

CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL* CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL*

TRABALHADORES

RURAIS

CAPACITADOS

PRODUTORES E Na área de

agricultura

Em atividade

de apoio

agrossilvipastoril

Na área de

silvicultura

Na área de

extrativismo

Em

agroindústria

Na área de

aquicultura

Na área de

pecuária

Em

atividades

relativas à

prestação

de serviços

Alimentação

e nutrição

Organização

comunitária

Saúde e

alimentação

Artesanato Educaçãopara

consumo

2.208

CURSOS E TREINAMENTOS

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EM MARÇO, O SENAR GOIÁS PROMOVEU

66 232 17 1 48 10 170 50 74 15 29 51 93

*Cursos promovidos entre os dias 25 de fevereiro e 28 de março.

CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL* CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL*

TRABALHADORES

RURAIS

CAPACITADOS

PRODUTORES E Na área de

agricultura

Em atividade

de apoio

agrossilvipastoril

Na área de

silvicultura

Na área de

extrativismo

Em

agroindústria

Na área de

aquicultura

Na área de

pecuária

Em

atividades

relativas à

prestação

de serviços

Alimentação

e nutrição

Organização

comunitária

Saúde e

alimentação

Artesanato Educaçãopara

consumo

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Francis Telles | [email protected]

Conforto e bem-estar para domador e animal

Goiás possui um rebanho efetivo de 402 mil equídeos, o que represen-ta 8% do volume nacional, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para atender a este segmento, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) trabalha a for-mação profissional rural como meio de alavancar a cadeia de equideo-cultura no estado. O objetivo é va-lorizar a mão de obra, respeitando o animal, e permitir o crescimento econômico goiano. Entre os cursos e treinamentos oferecidos estão os de equideocultura, doma racional de equinos, doma racional de muares, casqueamento de equídeos, ferrage-amento, rédeas de equinos e rédeas de muares.

Um dos mais procurados é o treina-mento de doma racional de equinos, desenvolvido com a proposta de apre-

sentar princípios, evolução, conceitos e vantagens do treinamento com o cavalo, além de higiene pessoal e do animal e preservação ambiental. O domador aprende ainda técnicas para confecção de cabresto, aborda-gem, contenção, avaliação do animal e dentes, flexionamento do animal, preparação para montaria, condução do animal com utilização de embo-cadura e equipamentos, postura do cavaleiro, manobras essenciais da doma, noções básicas de rédeas e si-mulação de trabalhos de campo.

Segundo o instrutor do Senar Goi-ás, Hélio Guerra, o treinamento de doma racional de equinos proporcio-na uma série de benefícios. “Os re-sultados são colhidos na lida diária com o animal. A doma racional gera conforto tanto para o cavalo quanto para o domador. O treinamento visa harmonizar a relação de benefício

mútuo homem e animal”, explica. Ele reforça ainda que o curso abrange autoconhecimento, domínio das ati-tudes, comportamento do animal e a capacidade de liderança. “O treina-mento é uma transformação de mente em benefício do homem e do animal. O não uso da violência evita traumas no cavalo. Essa mudança de compor-tamento vem acontecendo com os domadores e gera plena concordância para uma melhor relação no trabalho, esporte ou lazer”, esclarece.

O treinamento é feito em duas par-tes com aulas teóricas e práticas. No primeiro momento o domador apren-de a desenvolver de forma proativa o domínio do animal. “Despertamos em nossos participantes do treina-mento a capacidade de liderança, pois ele e o animal formam uma equipe, e toda equipe tem que ter um líder e um liderado”, observa Guerra.

Para outras informações sobre treinamentos e cursos oferecidos pelo Senar Goiás entre em contato pelo telefone:

(62) 3412-2700 ou acesse o site: www.senargo.org.br

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CAMPO ABERTO

Educação para transformaçãoLudmilla Alves Danas Gonçalves | [email protected]

Ludmilla Alves

Danas Gonçalves

é coordenadora de

Ações e Projetos do

Senar Goiás

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Em 1500, Pêro Vaz de Caminha enviou uma carta ao Rei D. João III ressaltando as belezas do Brasil e en-fatizando que somente a educação poderia salvar as pessoas que ali ha-bitavam. De uma maneira singular, essa é uma realidade permanente de qualquer civilização. Quer uma socie-dade preparada e qualificada? O único caminho é investir em educação.

Quando falamos em educação, de certa forma, abrangemos inúmeros contextos. Os primeiros contatos que temos com a palavra educação, vêm dos nossos lares, com nossos pais e familiares. É a família que nos passa o que é certo, o que é errado, o que pode e o que não pode.

A partir da educação familiar, pas-samos para a educação escolar, que nos proporciona conhecimentos es-pecíficos de um currículo já estabe-lecido por lei; ela nos garante base cognitiva para prosseguir em estudos posteriores, nos proporciona vivenciar experiências para escolha da carreira profissional e nos ajuda a adquirir au-tonomia para assumir o protagonismo da nossa vida.

As modalidades de ensino são as classificações dadas pelas LDB - Lei de Diretrizes e Bases, a determina-das formas de educação que podem localizar-se nos diferentes níveis da educação escolar (educação básica, educação profissional, educação supe-rior e educação especial). As diretri-zes da educação nacional estabelecem à Educação Profissional o objetivo de qualificar jovens e adolescentes para atender um mercado de trabalho cada vez mais crescente e exigente.

A educação profissional de nível médio atua hoje com três tipos de programação: Qualificação Profis-sional Técnica; Habilitação Técnica e Especialização Técnica. Para quem sonha em entrar no mundo do traba-lho com uma remuneração aprazível

e inúmeras possibilidades de ascen-são profissional, essa é uma excelente oportunidade.

Desde o exórdio, em 1942, pratica-mente durante a revolução industrial, as leis orgânicas que promulgaram o curso técnico, oferecem cursos espe-cíficos para as áreas da indústria, co-mércio e rural. O intento é qualificar pessoas e proporcionar educação de qualidade e especializada para aten-der a um mercado exigente. Empresas que precisam de trabalhadores quali-ficados procuram a própria instituição de ensino com o propósito de aten-der suas demandas e expectativas. De 2014 para 2015 (dados estes mais re-centes), a procura de alunos ao curso técnico subiu mais de 40% por cento. Presume-se que esse número tenha aumentado em função da crise econô-mica, social e política atual do Brasil.

Portanto, habilitação técnica, além de inserção no mundo do trabalho, proporciona ao profissional qualifi-cado: salários atrativos, ambiente de trabalho diferenciado, crescimento e aprimoramento profissional. As com-petências e habilidades, trabalhadas em sala de aula, tornam os futuros trabalhadores totalmente proficientes em qualquer processo seletivo, pois eles possuem uma postura segura que alavancam os critérios de pontuação, como proatividade, relacionamento interpessoal, dinamismo, flexibilidade e conhecimento específico e especia-lizado na área de atuação.

Portanto, em tempos de crise po-lítica e econômica, o melhor caminho é estudar, trabalhar e acreditar e, dri-blar o contexto desfavorável, a ne-cessidade de conhecimento é crucial. Uma frase brilhante do educador Pau-lo Freire (1997), nos leva a refletir de forma crítica e consciente “a educa-ção não muda o mundo. A educação muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo”.

38 | CAMPO ABRIL / 2017 www.sistemafaeg.com.br

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