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A caridade, A caridade, virtude supremavirtude suprema
4141
VAN HAARLEM, CornelisO bom samaritano
1627Colecção privada
Compêndio do Catecismo 388. O que é a caridade?
1822-18291844
A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos por amor de Deus. Jesus faz dela o mandamento novo, a plenitude da lei. A caridade é «o vínculo da perfeição» (Col 3,14) e o fundamento das outras virtudes, que ela anima, inspira e ordena: sem ela «não sou nada» e «nada me aproveita» (1 Cor 13,1-3).
Introdução “Dou-vos um mandamento novo: Que vos ameis uns aos outros. Assim como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13,34-35).
Os mandamentos da lei de Deus resumem-se a dois: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. O amor, portanto, é a perfeição da lei.
Daí que a caridade seja a virtude mais importante do cristão enquanto peregrinamos, e será também a nossa ocupação no Céu, onde não haverá fé - veremos a Deus cara a cara -, nem tão- -pouco esperança, porque teremos chegado à meta. Só permanece a caridade. FETI, Domenico
Parábola do bom samaritanoc. 1623
Galeria da Academia, Veneza
Ideias Ideias principaisprincipais
1. A caridade, virtude sobrenatural
A caridade é uma das três virtudes teologais, infundida por Deus na vontade, com que amamos a Deus sobre todas as coisas, e a nós e ao próximo por amor de Deus.
A caridade pode-se ir debilitando em conse- quência dos pecados veniais, e perde-se quando se comete um pecado mortal.
Para a recuperar é necessário aproximar-
-se da confissão sacramental. Se fazemos actos de amor a Deus e amamos com obras o próximo, aumentará em nós a virtude da caridade.
GIOTTO di BondoneAs sete virtudes: Caridade1306Capela Scrovegni, Pádua
2. O amor a Deus sobre todas as coisas A primeira obrigação que o homem tem é amar a Deus "com todo o seu coração, com toda a sua alma, com toda a sua mente e com todas as suas forças“: Ele criou-nos, é infinitamente digno de ser amado, e amou-nos antes.
Amamos a Deus sobre todas as coisas, quando cumprimos os mandamentos, dispostos a perder tudo a afastarmo- -nos d’Ele por um só pecado. ALTDORFER, Albrecht
Cristo na cruz, entre Maria e Joãoc. 1512
Staatliche Museen, Kassel
3. O amor a nós mesmos Dentro da virtude da caridade está também o amor a nós mesmos; mas é evidente que deve ser um amor ordenado, procurando os verdadeiros bens da alma e do corpo em relação com a vida eterna.
Se alguma vez desejássemos algo que nos afastasse de Deus, não nos amaríamos de verdade, por nos afastarmos do nosso fim real que é o único que nos pode fazer felizes.
GYSCRECHTS, FranciscusVanitasKoninklijk Museum voor Schone Kunsten, Amberes
4. O amor ao próximo “Se alguém disser: «Eu amo a Deus», e odiar seu irmão, é um mentiroso: pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, como pode amar a Deus, a Quem não vê?” (1 João 4,20).
O próprio Cristo se identifica com o próximo: "Em verdade vos digo que todas as vezes que vós fizestes isto a um destes Meus irmãos mais pequenos, a Mim o fizestes" ( Mateus 25,40).
Temos de querer aos outros por amor a Deus. A pura simpatia, a admiração ou o altruísmo, não são a caridade que Cristo nos pede. LOTH, Johann Karl
O bom samaritanoc. 1676Kunstsammlungen Graf von Schönborn, Pommersfelden
5. O mandamento de Cristo abarca todos “Dou-vos um mandamento novo: Que vos ameis uns aos outros. Assim como Eu vos amei, amai- -vos também uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13,34-35). Deu-
-nos o exemplo com a sua vida, e ensinou-nos a querer aos outros sendo amáveis na convivência, compreendendo, desculpando e perdoando.
Não podemos excluir ninguém, nem sequer os inimigos: "Amai os vossos inimigos - disse o Senhor -, fazei bem aos que vos odeiam; abençoai os que vos amaldiçoam, orai pelos que vos caluniam" (Lucas 6,27-28).
BROWN, Ford Madox (1821-1893)Jesus lava os pés de Pedro na última ceia1865Tate Gallery, Londres
6. As obras de misericórdia Jesus Cristo propôs a parábola do bom samaritano (Lucas 10,30-37). Na realidade Ele é o bom samaritano, que curou as nossas feridas com o seu infinito amor misericordioso.
Quando praticamos as obras de misericórdia - as sete corporais e as sete espirituais - vamo-nos parecendo com o seu Coração, do qual aprendemos a dar de comer ao faminto, ensinar ao que não sabe, a dar bom conselho, a corrigir, a perdoar, a consolar, a sofrer com paciência, a rogar a Deus por todos, etc.
CARAVAGGIOAs sete obras de misericórdia
1607Igreja de Pio Monte da Misericórdia, Nápoles
7. Caridade ordenada A caridade exige amar primeiro a Deus, e depois os outros.
Existe uma hierarquia no amor a Deus e ao próximo, como existe uma ordem no amor aos homens.
Dentro do amor ao próximo temos obrigação de querer mais aos que estão perto de nós: pais, irmãos, sacerdote, professores, amigos; vêm depois os necessitados de ajuda espiritual e material.
No amor a nós mesmos, está antes a nossa necessidade espiritual do que a necessidade material do próximo.
BOOTMAN, Colin (2003)Uma voz Colecção privada
Propósitos Propósitos de vida de vida cristãcristã
Um propósito para avançar
Aprende as Obras de Misericórdia.
Acostuma-te a trabalhar sinceramente por amor de Deus, porque o que se faz assim -
grande ou pequeno - adquire um mérito sobrenatural.
Comprova o amor a Deus, observando se ajudas os outros com obras e de verdade.