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A carne avícola em 2012 Segundo tempo da crise econômica e custo dos insumos não impedem crescimento. Para o USDA, produção mundial de frango fica perto de 83,1 milhões de toneladas O frango no Brasil em 2011 Autoridades e entidades lembram as boas notícias, os desafios e os erros da avicultura nº 56 - ano V dezembro/2011 toneladas Revista do Ovo Desempenho O setor em 2011 e suas projeções Alternativa A utilização de milheto como alimento

A carne avícola em 2012

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A carne avícola em 2012Segundo tempo da crise econômica e custo dos insumos

não impedem crescimento. Para o USDA, produção mundial de frango �ca perto de 83,1 milhões de toneladas

O frango no Brasil em 2011Autoridades e entidades lembram as boas notícias, os

desa�os e os erros da avicultura

nº 56 - ano Vdezembro/2011

toneladas

Revista do Ovo

DesempenhoO setor em 2011 e suas

projeções

AlternativaA utilização de milheto

como alimento

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Produção Animal | Avicultura 3

Sumário

Ponto final

Avicultura de corte em 2011 e perspectivas para 2012

JONAS IRINEU DOS SANTOS FILHO

70

Eventos

Painel do Leitor

Classificados

06

08

68

Notícias CurtasWPC oferece oportunidade única para estudantes 10

Estatísticas e Preços

Produção e mercado resumoProdução de pintos de corteProdução de carne de frangoExportação de carne de frangoDisponibilidade interna de carne de frangoAlojamento de pintainhas comerciais de posturaDesempenho do frango vivo no mês de novembroDesempenho do ovo no mês de novembroMatérias-primas

58596061

62

63

64

6566

Portfólio AviGuia 69

AviGuiaICC com nova equipe

53

22° CBACongresso reúne em SP grandes lideranças do setor 24

USDA 2012Crise e custo dos insumos não impedem crescimento do setor

32

Rabobank Desafiada a crescer, avicultura está numa encruzilhada

38

42

48

Entidades destacam principais entraves e lições

Associações

Série Retrospectiva e Perspectivas

Novus: Custos de produção e crise econômica serão principais desafios

Artigos

36Agroceres Multimix: Custos exigem maior eficiência produtiva 37

A avicultura em 2011As boas notícias, os negócios, os desafios e as lições

Page 4: A carne avícola em 2012

eDITORIAL

Olhando à frente

Agradecimentos

O ano de 2011 ainda nem terminou,

mas a indústria avícola já está de olho nos

negócios e nas oportunidades de 2012.

Agora é o momento em que o setor faz o

seu balanço e começa a se preparar para

o novo ano. Pode-se dizer que o desem-

penho da avicultura brasileira em 2011

que foi positivo. A atividade manteve-se

na liderança das exportações mundiais de

carne de frango e a sua produção deve

chegar à marca das 13 milhões de tonela-

das, mantendo o Brasil na terceira posi-

ção do ranking global de produtores.

Porém, desafios também fizeram par-

te desta trajetória. Dessa forma, a Revista

do AviSite traz nesta edição, a partir da

página 32, uma série de textos com a re-

trospectiva de 2011 e as perspectivas

para 2012. Deste material, que publica-

mos pelo quinto ano consecutivo, partici-

param líderes do setor e consultores au-

tônomos

Os entrevistados comentam e reve-

lam quais foram as boas notícias da avi-

cultura em 2011, os grandes negócios, os

principais desafios, o que faltou para o

setor e as lições que o ano que se encerra

deixa para a cadeia produtiva. No geral,

todos os entrevistados destacam que é

preciso planejar a produção para 2012.

Erico Pozzer, dirigente da Associação

Paulista de Avicultura, afirma: “Temos

que produzir só o que sabemos que va-

mos vender. Parece óbvio, mas a avicultu-

ra não seguiu essa máxima em 2011”. Ou-

tro ponto levantado na reportagem

refere-se ao milho, peça chave para a avi-

cultura: “Neste ano que entra, vamos ter

uma oferta maior de milho. Um dos desa-

fios que isso envolve é interagir com o go-

verno para encontrar uma política de

abastecimento que seja compatível com o

setor, para garantir o abastecimento in-

terno e manter as mesmas condições en-

tre o que é exportado e o que é comercia-

lizado internamente”,

Aqui, você também confere um espe-

cial do USDA, Departamento de Agricul-

tura dos Estados Unidos, com as proje-

ções da avicultura mundial para 2012. O

órgão sugere que no próximo ano a pro-

dução global de carne de frango atingirá

83,1 milhões de toneladas. Recorde total.

Outro dado interessante desta análise

é a alteração muito significativa no

ranking dos maiores importadores de car-

ne de frango em 2012. A Rússia, que até

2009 encabeçava este ranking, em 2012,

segundo as projeções do USDA, não esta-

rá entre os cinco maiores.

Também nesta edição, um relatório

divulgado pelo Rabobank, afirma que

“na próxima década, à medida que a po-

pulação mundial se expande e tem seu

poder aquisitivo aumentado, a carne de

frango será a proteína vencedora”. Isso,

entretanto, não virá “de mão beijada”.

Frente às turbulências citadas, “a indús-

tria terá que enfrentar o desafio de aten-

der o crescimento previsto de 30% nos

próximos 10 anos”.

Confira estas e mais outras projeções

e análises que preparamos para você e as-

sim garantir um bom ano novo para a avi-

cultura brasileira.

Boa leitura e feliz ano novo!Registramos nossos agradeci-

mentos aos profissionais que nos ajudaram nessa edição: Dilvo Grolli, Ariovaldo Zanni, Francisco Turra, Osler Desouzart, Gordon Butland, Erico Pozzer, Uacir Bernar-des, Antônio Carlos Vasconcelos, Argeo Uliana, José Silveira Neto, Domingos Martins, Cléver Ávila e Nestor Freiberger. Agradecemos também a organização do Con-gresso Brasileiro de Avicultura.

4 Avicultura | Produção Animal

PublisherPaulo [email protected]

Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007) Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855) [email protected]

Comercial Fernanda Bronzeado Rodrigo Osti [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e WL [email protected]

InternetJessica Sousa Rafael Ribeiro [email protected]

Circulação e assinaturaCarla Fracalossi(19) [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expeDIenTeProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

Para o Rabobank, frango será a proteína da próxima década

Page 5: A carne avícola em 2012
Page 6: A carne avícola em 2012

Eventos

6 Produção Animal | Avicultura6 Produção Animal | Avicultura

28 a 30 de marçoI Simpósio de Avicultura do Nordeste Local: João Pessoa, PB Realização: Universidade Federal da Paraíba Contato: (83) 3362-2300Informações: www.getaufpb.orgE-mail: [email protected]

Abril

2 a 4 de abrilAveSui América LatinaLocal: Expo Center Norte, São Paulo, SPContato: (11) 2118-3133Informações: www.avesui.comE-mail: [email protected]

17 a 19 de abrilXIII Simpósio Brasil Sul de Avicultura e IV Poultry Fair Local: Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, Chapecó, SC,Realização: Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet)Informações: www.nucleovet.com.br E-mail: [email protected]

Agosto

5 a 9 de agosto XXIV Congresso Mundial de Avicultura (WPC 2012) Local: Centro de Convenções de Salvador, Salvador, BA Realização: FACTA Contato: (19) 3243-6565E-mail: [email protected],br Informações: www.wpc2012.com

2012 Janeiro

24 a 26 de janeiroInternational Poultry ExpoLocal: Georgia World Congress Center, Atlanta, Gergia, EUARealização: U.S. Poultry & Egg Association Contato: (770) 493-9401 Informações: www.ipe11.org

27 de janeiro a 1 de fevereiro Poultry School - Classe 2012 - Atualização em qualidade, inocuidade e valor agregado no processamento avícolaLocal: Athens, Georgia, Estados UnidosRealização: Universidade Georgia e Instituto Interamericano de Cooperação para AgriculturaInformações: www.caes.uga.edu/departments/fst/WorkshopCalendar.htmlE-mail: [email protected]

Fevereiro

6 a 10 de fevereiroShow Rural CoopavelLocal: Cascavel, PRRealização: CoopavelContato: (45) 3225-6885Informações: www.showrural.com.brE-mail: [email protected]

Março

20 a 22 de marçoX Congresso de Produção e Comercialização de OvosLocal: Ribeirão Preto, SPRealização: Associação Paulista de Avicultura (APA)Contato: (11) 3832-1422Informações: www.congressodeovos.com.br

22 a 23 de marçoII Simpósio em Produção Animal e Recursos Hídricos (SPARH)Descrição: Uso sustentável da água nos sistemas de produ-ção pecuáriaLocal: São Carlos, SPRealização: Embrapa Pecuária SudesteInformações: www.cppse.embrapa.br/II-simposio-em-producao-animal-recursos-hidricos-IISPARH

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8 Produção Animal | Avicultura

Painel do Leitor

Os grandes vilões das dietas mais saudáveis são 3 pós brancos: açucar (carbohidratos), sal e farinhas refinadas (pães não integrais. Mas os nutricionistas destas redes ainda não se deram conta disso. Sofrem ataques de todos e não apresentam um cardápio alternativo saboroso.Paulo Martins, São Paulo, SP

A iniciativa é bela. Porém, trata-se do Brasil, cheio de maracutais disfarçadas. Uma das redes, na onda desta campanha saudável, diz ter dimi-nuído as calorias na porção de batatas fritas. Porém, a redução não veio via mudança da gor-dura ou processo usados, mas cortando o tama-nho da porção de batatas fritas oferecida com o sanduíche. Pude comprovar pessoalmente. Fabio Nunes, Curitiba, PR

Redes de fast food investem em cardápio com opções ‘saudáveis’

A Universidade Federal de Goiás inaugurou em novembro um galpão em parceria com a Super Frango. O aviário-escola representa um avanço na extensão, pesquisa e ensino da avicultura.

Mudança encabeçada pelo McDonald’s envolve a inclusão de saladas, sucos, legumes e frutas no cardápio, além da redução da quantidade de sódio em lanches, nuggets e batata frita.

Fantástica esta iniciativa da EVZ/UFG. Com toda certeza esta Escola de Veterinária e Zootecnia será uma das referencias do Brasil.Guilherme Vieira, Salvador, BA

UFG inaugura aviário-escola

A edição de novembro da Revista do AviSite destacou a nutrição avícola em uma re-portagem especial sobre rações peletizadas e suas vantagens para a avicultura. Na mesma edição os leitores conferiram um artigo sobre segurança alimentar e o pano-rama sobre a produção e o consumo de alimentos no mundo.

Participe e envie seu comentário para

[email protected]

nº 55 - ano Vnovembro/2011

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Ração PeletizadaAs vantagens e os desafios doproduto para o mercado

NESTA EDIÇÃOSegundo volume daRevista do Ovo

Especial

Através de resolução, o Dipoa autorizou o sistema de lavagem de carcaças para remover a contami-nação por conteúdo gastrintestinal visível.

Esta medida é muito importante, pois além de elimi-nar as contaminações visíveis melhorará a qualidade do produto no pré resfriamento, garantindo ainda mais o tempo de prateleira.Luiz Cezario do Carmo, Paranavaí, PR

DIPOA autoriza lavagem de carcaças no abate de aves

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Produção Animal | Avicultura 9

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

As cinco mais lidas no AviSite em novembro

Se você é uma daquelas pessoas que costumam ficar sonolentas diante do computador, principal-

mente no período da tarde, vai ficar contente em saber que existe solução altamente saudável para esse mal: comer um ovo. Cientistas britânicos descobriram que as proteínas do ovo, especialmente as encontradas na clara, ajudam a nos manter acordados e alertas.

Autoridade indonésia diz que aceita cooperação, mas não quer o frango brasileiro

1

A Brasil Foods (BRF) abateu, nos nove primeiros meses do ano, um total de 1,318 bilhão de cabe-

ças de aves, volume quase 9% superior ao 1,210 bi-lhão do mesmo período de 2010. É verdade, neste caso, que os números citados referem-se, generaliza-damente, ao abate de aves, o que inclui, além do fran-go, pelo menos o peru. Mas dados anteriores das duas empresas que deram origem à BRF demonstram que, nelas, o frango sempre representou bem mais de 95% do abate de aves. Assim, os números correspondem, muito de perto, ao volume de frangos abatidos. Saiba mais na página 22.

Abate de aves da BRF aumentou quase 9% nos nove primeiros meses de 2011

4

3Norma publicada dia 07 de novembro no Diário

Oficial da União estabelece novos critérios regulamentares e procedimentos de fiscalização, inspeção, controle de qualidade e sistemas de análi-se de risco na importação de animais, vegetais, seus produtos, derivados e partes e, entre outros, de insumos de uso agropecuário.

A normativa estabelece o atendimento - para fins de controle sanitário, fitossanitário, zoossanitá-rio e de qualidade – de pelo menos um entre oito diferentes tipos de procedimento na importação de produtos agropecuários sujeitos a Licença de Impor-tação (LI) no Siscomex. Saiba mais na página 12.

Importação de aves e ovos tem novas normas

2

O embaixador brasileiro na Indonésia, Paulo Al-berto Soares, participou de encontro a na capi-

tal, Jacarta, ocasião em que expressou o interesse brasileiro em cooperar com a Indonésia no setor avícola. Em resposta, o Diretor de Pecuária, Prabowo Caturroso observou que “se o Brasil quer comparti-lhar conhecimento e tecnologia, vamos aceitá-la. Mas se pretende exportar carne de frango para a Indonésia vamos recusá-la, pois nessa área somos autossuficientes”.

O partido PvdD está fazendo com que a Holan-da entre para o rol dos países europeus com

problemas religiosos internos quando apresentou no Parlamento um projeto de lei proibindo o abate sem pré-atordoamento. Submetido à votação na câmara dos deputados (câmara baixa do Parlamen-to), o PL já foi aprovado e subiu para o senado, onde será votado em pouco mais de um mês, no dia 13 de dezembro. Se transformado em lei, afeta-rá tanto preceitos muçulmanos como judaicos. Por isso já vem sendo encarado como mais uma viola-ção da liberdade religiosa.

Holanda discute proibição dos abates Halal e Kosher

Ovo: receita para acabar com a sonolência e trabalhar com disposição

5

Page 10: A carne avícola em 2012

10 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Evento oferece oportunidade única para estudantes

WPC 2012

Após 34 anos, a Associação Mundial de Ciência Avícola

(WPSA) escolheu novamente o Brasil como sede do Congresso Mundial de Avicultura (WPC 2012). A próxima edição acontece entre os dias 05 e 09 de agosto de 2012, na capital baiana, Salvador. O momento não podia ser melhor. O País consolida-se, ano após ano, como um dos principais players no ramo da avicultura – e o investi-mento em pesquisas é uma das razões desse sucesso. Ponto que estimulou a WPSA, entidade que dissemina o desenvolvimento e a criação de tecno-logias empregadas em todos os aspec-tos da ciência avícola, a promover a apresentação dos resultados obtidos pelos pesquisadores e estudantes. Os profissionais poderão enviar os resu-

mos científicos e os selecionados serão expostos e apresentados oral-mente ou em pôster. Mais do que isso, a participação oferece a oportu-nidade única para quem trabalha com conhecimento e inovação mostrar resultados para a comunidade mundial.

Irenilza Nääs, Diretora de Cursos e Publicações da Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas (FACTA), entidade co-organizadora do evento, ressalta as vantagens da submissão dos trabalhos para a comissão avalia-

dora: “A participação possibilita o intercâmbio de informações e abre portas para futuros programas de ‘doutorado sanduíche’ (quando uma parte da pesquisa é realizada em outros países)”. Uma das pesquisado-ras mais atuantes no cenário nacional, Nääs destaca também a discussão dos resultados dentro da academia inter-nacional. “A ideia é incentivar os valo-res nacionais e internacionais vincula-dos a pesquisas da área de avicultura, promovendo esta atividade”, completa.

Não fique de fora: Os resumos podem ser submetidos ao WPC 2012 pelo site do evento (www.wpc2012.com) até o dia 13 de ja-neiro para que sejam avaliados pelas comissões.

*até a data de publicação

2012100 Years of

WPSA

5 - 9 Agosto 2012Centro de Convenções da Bahia

Salvador - Bahia - Brasil Brazilian Branch

Realização: Apoio: Suporte:

Ag

ênci

a Li

min

e

Os melhores resumos serão premiados pelo WPC 2012.Serão selecionadas as melhores apresentações, oral e pôster, de cada área.

Premiação em dinheiro.

Data da Premiação: 09/08/2012Horário: 09:00 h

Submeta seu resumo até 13/01/2012 e destaque-se!

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anuncio revista wpc 2.pdf 1 22/11/2011 14:53:38

As submissões dos trabalhos ainda estão

abertas e podem ser feitas até o dia 13 de janeiro

Page 11: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 11

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UEM inaugura galpão experimental climatizadoMais pesquisas

O Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá

(UEM/PR) inaugurou um galpão experi-mental climatizado para frangos de corte. Trata-se de um galpão com 300 m² e 80 boxes de 2 m² cada. O investi-mento total é de R$ 100 mil.

Segundo a professora e coordena-dora de pesquisas do Departamento, Alice Eiko Murakami, este espaço servi-rá para o desenvolvimento de pesqui-sas, com a simulação de condições desejadas na produção. “O ambiente é todo climatizado, a exemplo dos cria-dores mais modernos do País, o que permitirá pesquisas específicas e resul-tados mais precisos”, explica Murakami. De acordo com a coordena-dora, o trabalho no galpão já está rendendo diversas pesquisas científicas, sendo que, atualmente, ela orienta cerca de dez alunos de mestrado e doutorado.

Aviário vai possibilitar avanço importante no ensino da avicultura

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Page 12: A carne avícola em 2012

12 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Ministério cria banco de dados único para setor agropecuário

Bovinos, suínos e aves

No perímetro urbano da maioria das cidades brasileiras a internet não é novi-

dade. As comunidades rurais, porém, ainda sofrem com o elevado custo para implanta-ção e manutenção da telefonia fixa e internet.

Pensando em ampliar a oferta destes serviços no interior dos municípios catarinen-ses, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca anunciou o Programa de Inclusão Digital destinado às comunidades rurais.

O objetivo do projeto é oferecer internet banda larga e telefonia fixa às comunidades rurais e, com isso, promover o acesso de pequenos produtores aos recursos da tecno-logia de informação.

Segundo o secretário, João Rodrigues, o projeto integra os esforços da secretaria para combater o êxodo rural. “A internet estará à disposição da família. É uma forma de segu-rar o jovem no campo”, ressaltou. O investi-mento total do governo estadual passa dos R$ 40 milhões até o final de 2011.

A experiência terá início em Chapecó, SC, e será estendida para outros 19 municípios. Cerca de 50 mil moradores rurais serão aten-didos na primeira fase do programa. As informações foram divulgadas pela MB Comunicação.

Importação de aves e ovos tem novas normas

Controles sanitário e de qualidade

Norma publicada no Diário Oficial da União (Instrução Normativa nº

49, de 4 de novembro de 2011) esta-belece novos critérios regulamentares e procedimentos de fiscalização, ins-peção, controle de qualidade e siste-mas de análise de risco na importação de animais, vegetais, seus produtos, derivados e partes e, entre outros, de insumos de uso agropecuário.

A normativa estabelece o atendi-mento - para fins de controle sanitá-

rio, fitossanitário, zoossanitário e de qualidade – de pelo menos um entre oito diferentes tipos de procedimento na importação de produtos agropecu-ários sujeitos a Licença de Importação (LI) no Siscomex. Assim, por exemplo, a importação de aves puras para re-produção está inserida no Procedimento III, quesito aplicável também à importação de ovos férteis.

Ao tratar dos insumos de uso agropecuário, a normativa abrange

também princípios ativos de medica-mentos veterinários e, inclusive, vaci-nas e reagentes para diagnóstico.

Para acessar, no Diário Oficial da União a página (3) com o texto princi-pal da Instrução Normativa nº49: www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=07/11/2011&jornal=1&pagina=3&totalArquivos=160. A partir dela podem ser acessadas as demais páginas con-tendo a relação de produtos e insu-mos sujeitos às novas normas.

Page 13: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 13

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Page 14: A carne avícola em 2012

14 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Frango e ovo orgânico agora têm normas específicas de produção

Mais exigências

Assinada pelo Ministro Mendes Ribeiro Filho, da Agricultura, foi

publicada na edição de 07/10/2011 do Diário Oficial da União a Instrução Normativa nº 46, estabelecendo o Regulamento Técnico para os Sistemas Orgânicos de Produção Animal e Vegetal.

Datada de 6 de outubro de 2011, o Regulamento proposto pela IN nº 46 define, para a produção animal, normas técnicas aplicáveis a bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos, aves (frangos e poedeiras), coelhos e abelhas.

Já em vigor e revogando a IN nº 64,

de 18 de dezembro de 2008, a nova normativa do Mapa estipula, por exem-plo, que todas as unidades de produção orgânica devem dispor de Plano de Manejo Orgânico atualizado, exigência que abrange, entre outros quesitos, histórico de utilização da área, manu-tenção ou incremento da biodiversida-de, manejo de resíduos e conservação do solo e da água.

A produção avícola, por exemplo, deve atender exigências que envolvem o bem-estar animal, a promoção da saú-de animal, o manejo sanitário, a nutri-ção, a reprodução e o material de multi-

plicação, a evolução do plantel e as instalações.

Neste caso, segundo os especialistas do Planeta Orgânico – veículo que orienta e dissemina o conceito da pro-dução orgânica na agricultura brasileira -, a prática da debicagem das aves fica proibida no sistema de produção orgâ-nico, uma vez que as galinhas devem ser criadas livres, da forma mais natural possível.

Para acessar a página 4 do DOU de 7 de outubro de 2011 no qual foi publi-cada a IN nº 46: www.in.gov.br/visuali-za/index.jsp?data=07/10/2011&jornal=1&pagina=4&totalArquivos=248. A partir dessa página podem ser acessadas as demais páginas com a íntegra da nova normativa.

A propósito, a Korin Agropecuária, em texto divulgado pelo Valor Econômico sobre o plano de expansão da empresa, afirma que produz 9 mil toneladas de frango e 7 milhões de ovos por ano. A Korin produz frango orgânico e livre de antibióticos. O pri-meiro é criado com ração convencional, mas sem aditivos químicos, como antibi-óticos e promotores de crescimento. O segundo come ração 100% orgânica, feita com milho e soja também orgâni-cos. Leia mais na página 20.

Korin é exemplo de empresa que

produz frango orgânico. Novas

exigências envolvem desde

o bem-estar animal até as

instalações

Regulamento para setor agropecuário é publicadoProdução Integrada

A partir de agora, os produtores de qualquer cadeia que optarem pela

certificação de produção integrada já terão uma norma regulamentada. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) publi-cou, no dia 25 de novembro, a Portaria que regulamenta o Programa de Avaliação da Conformidade da Produção Integrada para todas os pro-dutos do setor agropecuário no Brasil.

A portaria revoga a norma que certificava frutas e engloba todos os produtos. Os agricultores que já eram certificados com a regra antiga terão um ano para se adequar às novas exigências. Agora, qualquer produtor, seja pequeno ou grande, pode realizar a certificação em gru-po. Além disso, não será mais neces-sário pagar pelo número de série emitido pelo Inmetro, prática previs-

ta no antigo regulamento.O documento é extenso e apre-

senta um passo a passo que o produ-tor deve seguir para receber a certifi-cação. As etapas da avaliação da conformidade, a relação dos docu-mentos necessários, as empresas certificadoras e os detalhes do selo de identificação estão na portaria. Confira a portaria na íntegra: www.inmetro.gov.br.

Page 15: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 15

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Cadeia produtiva ganha um espaço de análise

Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS)

A Embrapa Suínos e Aves aprovei-tou a abertura oficial do 22°

Congresso Brasileiro de Avicultura (Leia mais na página 24) para apre-sentar a Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS), um espaço virtual dedicado a informações eco-nômicas das cadeias produtivas de suínos e aves. A central foi desen-volvida pelas equipes de Economia, Comunicação e Tecnologia de Informação do órgão. Segundo Jonas Irineu dos Santos Filho, coor-denador da CIAS, a proposta é reu-nir informações que hoje estão dis-persas em uma única base de dados.

O objetivo da central é oferecer os custos de produção referenciais

de suínos e aves nos 11 maiores estados produtores do Brasil. Também poderão ser gerados mapas de produção dos países que mais ofertam carne suína e de frango. A cadeia produtiva de ovos não foi esquecida: dados de produção estão também disponíveis no portal. A CIAS pode ser acessada no endere-ço: www.cnpsa.embrapa.br/cias.

Abatedouro experimental de frangos

Um processo de licitação está em andamento para a construção de um abatedouro experimental de frangos nas instalações da Embrapa em Concórdia, SC. O abatedouro, que terá tamanho compacto, mas

estrutura e equipamentos iguais aos de um abatedouro comercial, aten-derá as necessidades das pesquisas realizadas pela Embrapa Suínos e Aves na área de manejo pré-abate de frangos.

O abatedouro experimental terá capacidade para abater mil aves por dia e, se tudo correr dentro na nor-malidade, deverá operar já no se-gundo semestre de 2012.

Page 16: A carne avícola em 2012

16 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Valor bruto da produção animal aumenta 15% no ano

CNA

Em nova projeção do valor bruto da produção agropecuária brasileira (VBP) em 2011, a Confederação Nacional de

Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) corrigiu ligeiramente, para cima, o VBP da produção animal (carnes, ovos e leite). A correção levou em conta preços melhores para o leite, ovos e as carnes bovi-na e de frango e um retrocesso ainda maior que o previsto ante-riormente no preço médio da carne suína.

Pelas projeções da CNA, frango e ovo irão responder por pouco mais de um quarto do VBP previsto para a produção animal em 2011. Mas se considerados valores mais atualizados de produção (para o frango, cerca de 13 milhões de toneladas; para o ovo, 80 milhões de caixas – mantido, neste caso, o mesmo volume aponta-do pela UBABEF para 2010), a participação da avicultura fica muito próxima dos 30%.

País vai sacrificar aves e ovo, entre outras medidas de contenção, para evitar que o vírus H5 se espalhe

VBPAValor Bruto da Produção Animal - 2010 e 2011

(2011: estimativa)

2010 2011 VAR.

VOLUME

Carne bovina (Milhões/toneladas) 8,730 9,000 3,1%

Carne de frango (Milhões/toneladas)

11,127 11,420 2,6%

Leite (Bilhões/litros) 30,567 31,484 3,0%

Ovos (Milhões/caixas) 61,617 61,617 0,0%

Suínos (Milhões/toneladas) 3,250 3,600 10,8%

PREÇO MÉDIO REAL* - R$

Carne bovina - Arroba 74,18 84,97 14,55%

Carne de frango - Quilo 1,88 2,23 18,62%

Leite - Litro 0,72 0,74 2,78%

Ovos - Dúzia 1,73 1,97 13,87%

Suínos - Arroba 38,59 36,97 -4,20%

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO - Bilhões R$

Carne bovina 43,171 50,982 18,09%

Carne de frango 20,903 25,458 21,79%

Leite 21,916 23,432 6,92%

Ovos 3,549 4,042 13,89%

Suínos 8,361 8,874 6,13%

TOTAL 97,900 112,788 15,21%

Fonte dos dados básicos: CNA / Elaboração e análises: AVISITE* Base: março/2010, pelo IGP-DI

Iluminação LED reduz em até 88% custos com energia elétrica

Economia com a luz

Uma empresa norte-americana – a Once Innovations (ONCE) - está anunciando o de-

senvolvimento de uma luminária específica para a avicultura (de corte, de postura e de reprodução) que, segundo afirma, pode reduzir em até 88% os custos com energia elétrica. Mas a economia com energia parece ser apenas o aspecto menos im-portante do novo produto. Pois, conforme seus idealizadores, ele foi desenvolvido com vistas a aumentar a produção e a produtividade, especial-mente nos segmentos de postura e reprodução. Nesse sentido, todo o projeto foi direcionado com base em pesquisas que demonstraram a melhora do estado sanitário, do bem-estar e das atividades de reprodução de aves expostas a determinados comprimentos de ondas de luz do espectro eletro-magnético. A par desses fatores e levando em conta, ainda, o comportamento natural das aves, a ONCE chegou a uma luminária baseada em LEDs (sigla, em inglês, de díodos emissores de luz) que - comparativamente às lâmpadas incandescente, CFL (fluorescente compacta), LPS (de vapor de sódio) ou, mesmo, LED convencionais - realça os espectros azul e vermelho e proporciona melhores resultados na avicultura.

Conforme o Diretor de Tecnologia da ONCE, “o conhecimento dos efeitos biológicos da exposi-ção da retina e do hipotálamo à intensidade, cor e período de tempo da iluminação artificial condu-ziu a uma luminária que, a um só tempo, reduz o estresse das aves, aumenta a produção e reduz os custos com energia elétrica.

Mais informações: www.onceinnovations.com/arkansas.

Projeto foi direcionado com base em pesquisas que

demonstraram a melho-ra do estado sanitário,

do bem-estar e das

atividades de reprodução de

aves expostas a determinados

comprimentos de ondas de luz do

espectro eletromagnético

Page 17: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 17

OIE lança site dedicado à resistência aos antimicrobianos

Pelo uso prudente de antibióticos

Considerando que a prevenção do desenvolvimento de resistência

aos antimicrobianos e o esforço pelo uso prudente de antibióticos nos ani-mais estão entre as atividades e res-ponsabilidades primordiais da entida-de, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) lançou na internet um espaço dedicado estritamente à abor-dagem de assuntos relacionados à resistência aos antimicrobianos.

Falando sobre a iniciativa, o médi-co veterinário Bernard Vallat, Diretor Geral da OIE, lembra que o uso abusi-vo dos agentes antimicrobianos tanto na medicina humana como na veteri-nária pode ocasionar o surgimento de bactérias resistentes e determinar o fracasso do tratamento de homens e de animais. O efeito é exatamente oposto ao esperado: o aumento de doenças e de mortalidade causadas por patógenos que antes estavam sob controle.

A propósito, a OIE considera que o acesso a agentes antimicrobianos eficientes é vital para o tratamento das doenças animais. Mas ressalta a necessidade de controlá-los através da intervenção dos médicos veterinários.

Conforme a entidade, o novo espaço virtual sobre a resistência aos antimicrobianos será uma fonte de informação que oferecerá um panora-ma do trabalho realizado pela OIE nesse campo, mostrando seu compro-misso pelo uso prudente dos antibióti-cos na produção animal e seu apoio contínuo à pesquisa científica.

O site se especializará nas seguin-tes áreas:

• Pesquisa científica da resistência aos antimicrobianos no setor zoossanitário;

• Informações sobre os medica-mentos veterinários aplicáveis aos animais

O portal da OIE sobre resistência aos antimicrobianos está disponível em inglês, francês e espanhol. Para acessá-lo: www.oie.int/en/for-the--media/amr.

Espaço virtual será fonte de informação pelo uso

prudente dos antibióticos na produção animal

Page 18: A carne avícola em 2012

18 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Rússia se filia à OMC em condições mais favoráveis que a China

Acordo histórico

A Rússia conseguiu limitar as con-cessões para a abertura de seu

mercado no acordo concluído em 10 de novembro para se filiar à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Após 18 anos de negociações, o pacote de condições foi fechado com o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, estimando que a abertura do merca-do russo será significativamente maior do que os chineses fizeram há dez anos.

No entanto, entre vários negocia-dores a constatação é diferente. “A China sofreu exigências draconianas para ser sócio, enquanto a Rússia conseguiu um acordo bem mais flexí-vel na maioria das áreas”, disse um importante embaixador, enquanto na OMC a palavra de ordem era de “acordo histórico”.

Na negociação para ser aceito como sócio, o país conseguiu ter o direito de estabelecer tarifa de expor-tação de 21% sobre o gás, produto do qual a Europa é dependente e que tem a Rússia como maior vendedor mundial.

Moscou obteve o direito de dar subsídio agrícola que poderá dobrar em 2012-13 em relação ao que conce-de hoje (US$ 5 bilhões), baixando depois para US$ 4 bilhões em 2018. Além disso, conseguiu não se com-

prometer em eliminar restrições na importação de carnes bovina e de frango.

A entrada de carnes no mercado russo terá tarifa menor através de cotas, mas as alíquotas tornam-se bem elevadas no que exceder o limite quantitativo imposto por Moscou. O período mais longo para redução tarifária, dentro e fora de cota, será para carne de frango, de oito anos, seguido por sete anos para importa-ção de carros, helicópteros e automóveis.

A margem de manobra de Moscou também será grande para bloquear importação de carnes em geral. Vai manter as exigências de declaração dos produtos em pontos aduaneiros específicos.

A Rússia era a última grande eco-nomia fora da OMC. Sua entrada significa que os outros 153 países da

entidade vão ter melhor acesso a 141 milhões de consumidores. A Rússia importou US$ 248,7 bilhões no ano passado e exportou US$ 400 bilhões.

Moscou baixará as tarifas agríco-las na média de 13,2% para 10,8%. Para produtos industriais, passará de 9,5% para 7,3% também na média. Há dez anos, a China entrara na OMC baixando suas alíquotas de importa-ção agrícola, que atingiam até 65%, para 15% na média, e no caso de produtos industriais, para 8,9% na média.

Agora, as regras comerciais russas terão de ser mais previsíveis e trans-parentes. E os países afetados pode-rão recorrer aos juízes da OMC no caso de práticas incompatíveis com as regras.

Maxim Medvedkov, o principal negociador russo, não quis responder sobre como a Rússia vai agora se posicionar na cena comercial. Mas as indicações são de que Moscou vai engrossar a fileira dos protecionistas, pelo menos na sua primeira fase.

Também está em aberto o impac-to da filiação russa. A China pulou de sexta para segunda economia, tor-nou-se o maior exportador mundial de mercadorias e o segundo maior importador.

As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

O período mais longo para redução

tarifária, dentro e fora de cota,

será para carne de frango, de oito anos

Page 19: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 19

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Page 20: A carne avícola em 2012

20 Produção Animal | Avicultura

Notícias/Empresas

Korin planeja ter cem lojas até 2016Orgânico

Depois de dois anos de planeja-mento, a Korin Agropecuária vai

expandir suas operações abrindo lojas por franquia. O objetivo é inau-gurar cem unidades até 2016, sendo 15 em 2012.

A empresa produz alimentos orgânicos e livres de antibióticos. A ideia é vender os produtos da marca própria - cerca de 80, que vão de frango a café e água - e de 36 par-ceiros, pequenos e médios produto-res que seguem o protocolo da Korin. Em 2011 a previsão é faturar R$ 50 milhões, 22% a mais que os R$ 41 milhões do ano passado. Com as franquias, a ideia é crescer 15% em 2012.

Outra aposta em 2012 é o frango de festa, cuja produção será triplica-

da: de 15 toneladas em 2011 para 45 toneladas em 2012.

O preço da ave orgânica de 2 kg sai três vezes o de um frango convencional.

A empresa produz 9 mil tonela-das de frango e 7 milhões de ovos por ano. O frango, congelado e res-friado, é o carro-chefe, com 16 cor-tes, e está dividido em dois tipos: o

livre de antibióticos e o orgânico. O primeiro é criado com ração conven-cional, mas sem aditivos químicos, como antibióticos e promotores de crescimento. O segundo come ração 100% orgânica, feita com milho e soja também orgânicos.

A Korin foi criada em 1994 se-guindo a filosofia do japonês Mokiti Okada (1882-1955). Ele desenvolveu um método de agricultura com o objetivo de evitar a impregnação de resíduos químicos nos alimentos e a poluição do solo. O objetivo inicial da Korin era atender os seguidores da Igreja Messiânica Mundial no Brasil. A venda em supermercados ampliou seu público.

As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

Frango é o carro-chefe da Korin, com 16 cortes, e está dividido em dois tipos: o livre de antibióticos e o orgânico

Empresa produz 9 mil toneladas de frango e 7 milhões

de ovos por ano

Criadores voltam a cobrar pagamentos da Doux Novela continua

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande

do Sul (Fetag-RS) tem recebido relatos de produtores integrados manifestando preocupação com a falta de pagamentos da Doux Frangosul. Nas contas dos criadores, o atraso já havia alcançado nova-mente cem dias no final de novem-bro. As informações foram divulga-das pela Rádio Gaúcha.

No mês de abril, a empresa quitou parte das dívidas com os integrados, depois de firmado um compromisso em cartório. De acordo com o assessor de política agrícola da Fetag, Aírton Hocscheid, em contato com a direção da Doux, os dirigentes da entidade receberam a informação que a ideia é regularizar a situação até dezembro.

”A empresa terá um maior aporte de recursos para pagamento de atrasa-

dos e mantém a posição que ainda em dezembro vai normalizar a situação voltando aos 48 dias de prazo de pa-gamento, que era o tempo que a em-presa mantinha antes de começar os atrasos – ressalta Hocscheid. Segundo a Rádio Gaúcha, a assessoria de im-prensa da Doux Frangosul reforçou a manifestação da empresa em quitar os pagamentos até o final do ano, confor-me comunicados anteriores.

Page 21: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 21

Bachoco adquire empresa avícola dos EUA

Líder mexicana

Depois da brasileira JBS (dona da Pilgrim’s Pride), mais uma empresa latino-americana

põe os pés na avicultura dos EUA, adquirindo uma empresa local. Desta vez a iniciativa foi da Bachoco, a líder da avicultura mexicana e uma das empresas de destaque no cenário avícola mundial. Ela adquiriu a OK Industries, sediada em Fort Smith, Arkansas. Com isso inicia marcha contrária à da avicultura norte-americana que, em 2011, vem fazendo do México seu principal mercado externo.

Fundada em 1952, a Bachoco atua na produ-ção de carne de frango e de peru (500 milhões de cabeças abatidas em 2010), de ovos de consumo e de carne suína, contando com quase uma dezena de abatedouros espalhados pelo território mexica-no. A empresa adquirida, a OK, é mais velha: fundada em 1933, teve como origem uma peque-na indústria de rações e hoje se coloca entre as grandes integrações verticais avícolas dos EUA, processando semanalmente cerca de 2,5 milhões de cabeças de frango.

Mexicana Bachoco adquiriu a OK Industries, sediada em Fort Smith, Arkansas

Page 22: A carne avícola em 2012

22 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Apesar do prejuízo registrado em 2011, JBS prevê bons resultados em 2012

Ajustes na Pilgrim´s

Ainda que tenha amargado prejuízo líquido de R$ 67,5 milhões no

terceiro trimestre de 2011, conforme balanço divulgado, a multinacional brasileira JBS, maior processadora mundial de carnes, já projeta melhores resultados em 2012, graças a ganhos de sinergia e ao corte da produção de sua unidade de frangos nos EUA, a Pilgrim’s Pride, principal responsável pelo resultado negativo da companhia no último trimestre.

De acordo com o presidente da JBS, Wesley Batista, o Ebidta (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Pilgrim’s, que acumu-lou prejuízo líquido de US$ 162,5 mi-lhões entre julho e setembro deve atingir o ponto de equilíbrio no próxi-mo trimestre. Segundo Batista, o corte na produção entre 8% e 10% da in-

dústria de frango dos EUA, fortemente impactada pelo excesso de oferta neste ano, trará a operação da Pilgrim’s para margens dentro do esperado pela empresa.

Plano de recuperaçãoEm uma reunião recente de conse-

lho, a família Batista deu os últimos retoques na estratégia que, acredita a diretoria, irá reverter esse quadro. “Além de cortar custos, há muitos outros ajustes a fazer. Um deles é aumentar a produtividade para ganhar eficiência”, disse Wesley Batista em entrevista ao Jornal Brasil Econômico.

Sendo assim, uma das fortes apos-tas do grupo será o remodelamento das linhas de produção para aumentar seu rendimento. Atualmente, muitas linhas de desossa da Pilgrim’s são automatizadas, fator que, ao contrário do que se possa pensar, não “é viável na conta final”.

As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico e pelo Brasil Econômico.

Abate de aves da BRF aumentou quase 9%Nove primeiros meses de 2011

Na ausência dos números de pro-dução habitualmente divulgados

pelas entidades representativas da classe avícola, a indústria da carne de frango pode avaliar a evolução da atividade a partir dos balanços das empresas atuantes no setor.

O mais recentemente divulgado (relativo ao terceiro trimestre de 2011) foi o da Brasil Foods (BRF). Que aba-teu, nos nove primeiros meses do ano, um total de 1,318 bilhão de cabeças de aves, volume quase 9% superior ao 1,210 bilhão do mesmo período de 2010.

É verdade, neste caso, que os números citados referem-se, generali-zadamente, ao abate de aves, o que inclui, além do frango, pelo menos o peru. Mas dados anteriores das duas empresas que deram origem à BRF demonstram que, nelas, o frango sempre representou bem mais de

95% do abate de aves. Assim, os números correspondem, muito de perto, ao volume de frangos abatidos.

Mas talvez o que mais importa,

nesses abates, é sua evolução média nos últimos sete trimestres, ou seja, desde janeiro de 2010. E o que se constata é que eles evoluíram à razão de 2,87% por trimestre.

Empresa quer ganhar US$ 100

milhões com a redução do uso de processos de automação nas

linhas de desossa de frangos

Page 23: A carne avícola em 2012

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Marfrig amplia prejuízo para R$ 540 milhões

Efeito cambial

O grupo Marfrig encerrou o terceiro trimestre de 2011

com prejuízo líquido consolida-do de R$ 540 milhões, amplian-do o resultado negativo repor-tado no mesmo período do ano passado, quando registrou prejuízo de R$ 68,6 milhões. O lado financeiro pesou sobre o resultado, por conta dos refle-xos dos efeitos ocasionados pela depreciação do real frente ao dólar no período.

Com o efeito câmbio, a Marfrig encerrou o trimestre com um resultado financeiro líquido negativo em R$ 1,36 bilhão, muito superior às des-pesas financeiras de R$ 229,9 milhões registradas no trimes-tre imediatamente anterior.

No lado operacional, as receitas líquidas do grupo tota-lizaram R$ 5,52 bilhões, o que representa um avanço de 45% na mesma base de comparação. Do total, 8,3% foram decorren-tes do crescimento orgânico da companhia, originado pelo aumento da utilização de capa-cidade das plantas de Bovinos Brasil, da Seara e Moy Park e também da melhoria no mix de produtos e aumento de preços.

No trimestre, a divisão de bovinos alcançou receita líqui-da de R$ 1,97 bilhão, cresci-mento de 9,4% em relação ao terceiro trimestre do ano passa-do. Já o segmento de aves, suínos e processados atingiu receita de R$ 3,55 bilhões, o que representa um aumento de 77,2% na comparação anual, alavancada pelas incorporações de O’Kane Poultry e Keystone Foods e pelo crescimento orgâ-nico da Seara Brasil e Moy Park Europa.

As informações foram divul-gadas pelo Valor Econômico.

Segmento de aves, suínos e

processados atingiu receita

de R$ 3,55 bilhões,

aumento de 77,2% na

comparação anual

Page 24: A carne avícola em 2012

Depois de várias edições rea-lizadas na capital brasilei-ra, Brasília, DF, e de uma

edição em Porto Alegre, RS, o Con-gresso Brasileiro de Avicultura (CBA) chegou em São Paulo, SP, a chamada “capital dos negócios”, e reuniu as principais lideranças do setor para um debate sobre os desa-fios, necessidades e oportunidades da avicultura do Brasil. A 22ª edi-ção do CBA foi realizada entre os dias 25 e 27 de outubro, no Centro de Exposições Imigrantes, e trouxe, além das palestras técnicas e dis-

cussões políticas, uma feira comer-cial, com mais de 130 estandes.

O ápice do evento deu-se já em sua cerimônia de abertura oficial, com a presença do vice-presidente da República Michel Temer e inú-meras lideranças do agronegócio brasileiro como Pedro Arraes, presi-dente da Embrapa; Kátia Abreu, Senadora pelo estado do Tocantins e Presidente da Confederação Na-cional da Agricultura e Pecuária (CNA); o secretário de Defesa Agro-pecuária, Francisco Jardim, que es-teve representando o ministro da

Agricultura, Mendes Filho; o então deputado federal (e hoje Ministro dos Esportes) Aldo Rebelo (PCdoB); e também o presidente da Federa-ção das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff.

Segundo Francisco Turra, presi-dente da União Brasileira dos Pro-dutores e Exportadores de Frangos (Ubabef), entidade organizadora do Congresso, a avicultura brasilei-ra é um setor de excelência na eco-nomia brasileira. “Somos responsá-veis por R$ 36 bilhões do PIB nacional e a única avicultura no

24 Produção Animal | Avicultura

Encontro de lideranças

Abertura oficial do 22º CBA com a presença de lideranças

empresariais e políticas

Evento

Page 25: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 25

O 22º CBA reuniu pela primeira vez em São Paulo, SP, produtores, agroindústrias, acadêmicos, lideranças e políticos envolvidos com a produção avícola para um debate sobre as necessidades e as oportunidades do setor

mundo que nunca registrou um caso sequer de Influenza Aviária”, destacou. Durante o seu discurso na abertura do evento, Turra reve-lou que em 2011 a avicultura brasi-leira deverá produzir 13 milhões de toneladas de carne de frango, sen-do 9 milhões de toneladas consu-midas no mercado interno. O diri-gente da Ubabef ainda entregou ao vice-presidente Temer um docu-mento, chamado de pleito avícola, com cerca de 70 propostas para o desenvolvimento da avicultura brasileira. A Ubabef estima perdas

anuais de US$ 1 bilhão nas receitas com exportações de frango, com custos logísticos. Dessa forma, o documento sugere medidas como o funcionamento dos portos 24 ho-ras por dia, acelerando o desemba-raço de mercadorias, o aumento da disponibilidade de vagões ferroviá-rios e a ampliação do acesso ferro-viário aos portos, entre outras pro-postas. “A tradução que se faz destas reivindicações é positiva” afirmou Temer, ressaltando que “muitas das propostas apresentadas já são de governo”.

“Precisamos transformar em valores monetários os atributos da avicultura

brasileira”, diz Mayr Bonassi

O vice-presidente da República, Michel Temer, explica aos jornalistas algumas das propostas imediatas do governo para ajudar a avicultura

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Page 26: A carne avícola em 2012

26 Produção Animal | Avicultura

Evento

A avicultura brasileira conta com inúmeras vantagens e carac-terísticas favoráveis para destacá--la entre as mais competitivas do mundo. Porém, o Brasil ainda convive com alguns aspectos ne-gativos que reduzem a velocidade da sua ascensão no mercado inter-nacional de carne de frango. Esta foi a tônica do painel sobre com-petitividade

apresentado durante o 22º Congresso Brasileiro de Avicultu-ra e debatido por Mayr Bonassi,

Diretor Geral da Seara Alimentos (Grupo Marfrig), e por José Anto-nio Fay, Diretor Presidente da Bra-sil Foods. O painel ainda teve como moderador o jornalista da Rede Bandeirantes, Ricardo Boe-chat.

Mayr Bonassi começou falan-do dos pontos fortes da avicultura brasileira perante outros países. “No Brasil, temos água em abun-dância, elemento fundamental para a produção agropecuária, neste caso a avícola; temos um

sistema de produção integrado muito eficiente, excelente sanida-de e controle de nossos plantéis, a nossa produção é sustentável e li-vre de subsídios do governo”, des-creveu. Segundo Bonassi, hoje, ti-rando os Estados Unidos, existem três tipos de players (concorrentes) na avicultura mundial. O primei-ro deles é a Europa. “Eu diria que a avicultura europeia tem uma competitividade ruim, mas uma reputação boa no mercado inter-nacional”, avaliou. O segundo player, analisado pelo Diretor da Seara, é a Ásia. “A Ásia conta com uma produção avícola de compe-titividade boa e reputação em de-senvolvimento. Já o Brasil, o ter-ceiro player, conta com uma competitividade boa e uma repu-tação boa, idônea, mas ainda pouco valorizada no mercado in-ternacional”. O executivo também ressaltou que o País apresenta al-guns pontos fracos, considerados “gargalos” não só para a avicultu-ra como para todo o agronegócio brasileiro. Ele apontou os altos custos de produção - verificado particularmente neste ano de 2011 por conta dos impactos do preço do milho; logística limitada e fretes elevados; custos das emba-lagens e outros custos variáveis. “O Brasil sofre com a infraestrutu-ra logística deficiente, pois temos alta concentração de transporte rodoviário”, ressaltou. “O percen-tual de rodovias pavimentadas no País é de apenas 13%, de um total de 1,63 milhão de quilômetros. Existem ainda as questões sobre legislação e carga trabalhista para serem analisadas e melhoradas”.

E isso não é tudo. Bonassi tam-bém alertou sobre as ameaças que

Competitividade: o grande desafio brasileiro

Mayr Bonassi, diretor Geral da Seara (Marfrig)

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José Antonio Fay, diretor presidente

da BRF

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Competitividade: o grande desafio brasileiro

Page 28: A carne avícola em 2012

28 Produção Animal | Avicultura

Evento

o Brasil já enfrenta nesta corrida pela competitividade avícola no mercado internacional. De acordo com o executivo da Seara, o País precisa ficar atento com a Argenti-na, a Rússia, a Ucrânia e a Ásia. “A avicultura brasileira precisa utili-zar melhor as suas oportunidades como, por exemplo, divulgar mais amplamente que somos sustentá-veis na produção avícola e que te-mos em nosso favor a não concen-tração das nossas vendas para nenhum mercado específico. Hoje, exportamos carne de frango para os cinco continentes do mun-do. Estamos presentes em 170 paí-ses”, avaliou. Além disso, Bonassi disse que é preciso valorizar a imagem do Brasil lá fora. “Precisa-mos mostrar ao mundo que o nosso frango é um produto natu-ral, sua produção vem de um pro-cesso sustentável, temos mão de obra qualificada, temos grãos e água límpida em abundância. Precisamos transformar em valo-res monetários os atributos da avicultura brasileira”.

José Antonio do Prado Fay, Di-retor Presidente da Brasil Foods, por sua vez, afirmou que o Brasil é um produtor de menor custo e esti-mou em 15% a 30% a vantagem de custos da avicultura brasileira fren-te a seus concorrentes. Mas frisou se tratar de um setor extremamente volátil, e sujeito à diversas variáveis. “Hoje, já se usa mais milho para a produção de energia do que para a produção de ração e isso reflete para no aumento do preço do grão”, revela. No entanto, Fay des-tacou que a avicultura brasileira é extremamente competente. “Nossa avicultura tem muitas vantagens e, entre elas, eu destaco o sistema de defesa sanitária do Brasil, que é ex-celente”. Muito otimista em sua apresentação, o Presidente da Brasil Foods acredita nas soluções dos gargalos da avicultura brasileira, como o da logística e transporte, em um período de 10 anos. Resta saber se o governo brasileiro terá músculos e fôlego para resolver questões tão complexas neste prazo apontado pelo executivo.

Várias reuniões e conselhos aconteceram durante o Con-gresso. Entre eles, a reunião conjunta das Câmaras Setoriais de Milho e Sorgo e de Aves e Su-ínos do Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento. Na ocasião, o setor avícola, membros da Companhia Nacio-nal de Abastecimento (Conab), da Ubabef, da Associação Brasi-leira de Criadores de Suínos (ABCS) e da Associação Produto-ra e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) fizeram uma análise conjuntural dos preços do mi-lho e os prejuízos que as altas do

Câmara Setorial

José Antonio do Prado

Fay, Diretor Presidente da

Brasil Foods, por sua vez, afirmou

que o Brasil é um produtor

de menor custo e estimou em 15% a 30% a vantagem de custos da avicultura brasileira

frente a seus concorrentes

POZZER: uma das propostas que pode sanar o problema

é um registro sobre as exportações de milho

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Page 29: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 29

Câmara Setorial

insumo trazem para os produto-res.

A exportação elevada de mi-lho em 2010, que deixou esto-que de reserva muito baixo, foi um dos tópicos discutidos, assim como a negligência do governo ao estimular a venda para o mer-cado externo e ainda conceder subsídios. Hoje em dia, o produ-tor paga R$ 2,00 a mais por saca de 60 quilos de milho. Para o Presidente da Câmara Setorial de Aves e Suínos, Érico Pozzer uma das propostas que pode sa-nar o problema é um registro sobre as exportações. Após vota-ção dos presentes, ficou decidi-do que será confeccionado um documento exigindo quanto de milho está sendo produzido e quanto está sendo exportado. Para o dirigente, é preciso essa transparência com o setor para haver um posicionamento de mercado. “É uma medida neces-sária para que empresas de pe-queno e médio porte consigam sobreviver. Mostra se vai haver flutuação de peso. Os setores precisam ter mais voz ativa com a Conab para equalizar os esto-ques”, afirmou Pozzer.

Três profissionais foram homena-geados com o troféu Lauriston Von Schmidt como destaques do ano durante a abertura do 22º CBA. O primeiro deles, na categoria empresa-rial, foi o gaúcho Heitor José Müller (Fiergs/Asgav). Na categoria técnico, o professor da USP, João Palermo Neto foi o congratulado. E na área política, a homenagem foi para o atual Minis-

tro dos Esportes, Aldo Rebelo. Também durante a cerimônia de

abertura, o doutorando em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV/MG), Rodolfo Vieira, recebeu o mérito científico pelo trabalho “Valo-res energéticos e composição química de alguns alimentos protéicos deter-minados com frangos de corte”. (leia mais na página seguinte)

Destaques do ano

Heitor José Müller, destaque empresarial

Aldo Rebelo, destaque político

O professor João Palermo

Neto, destaque técnico

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30 Produção Animal | Avicultura

Evento

Devido a uma outra pesquisa, que em suas pala-vras, “está tomando muito o seu tempo”, o zootec-nista Rodolfo Alves Vieira quase não pode compare-cer ao 22° CBA. “Mas por sorte acabei vindo!”, sorri o doutorando em Nutrição de Monogátrico da Uni-versidade Federal de Viçosa (UFV), MG, e ganhador do Prêmio Ubabef de Pesquisa Avícola Aplicável. Além do reconhecimento da cadeia avícola, Vieira ganhou uma viagem para Dubai para participar da

Gulfood 2012, evento voltado para a alimentação no Oriente Médio, em fevereiro próximo. “Eu realmente não esperava ganhar esse prêmio, fiquei muito sur-preso e contente”, afirma.

O trabalho “Valores energéticos e composição química de alguns alimentos protéicos determinados com frangos de corte” compõe a dissertação de mestrado, onde Vieira avaliou os valores energéticos, a composição química e a digestibilidade de aminoá-

Trabalho premiado ajudou na composição da Tabela Brasileira

Rodolfo Vieira, da UFV, premiado por

pesquisa em nutrição

Galpão experimental onde foi realizada a pesquisa

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cidos de alguns alimentos energéticos e protéicos. Farinha de vísceras de aves, farinha de sangue e penas de aves, soja desativada e farinha de carne e ossos suína, foram alguns deles.

Os resultados encontrados ajudaram na atualização da terceira edição da Tabela Brasileira para Aves e Suínos, desenvolvida por Horacio Rostagno, Luiz Fernando Albino e extensa equipe da UFV e divulgadas para o setor em junho desse ano. (O assunto foi tema de capa da edição de junho da Revista do AviSi-te). Vieira destaca que o Brasil possui uma diversidade de alimentos que preci-sam ser mais estudados, principalmente aqueles que apresentam grande variabi-lidade nutricional devido às diferentes formas de processamentos, como os alimentos de origem animal. “O uso de matérias–primas de valor nutricional conhecido possibilita formular as rações de forma precisa, atendendo o requeri-mento nutricional dos animais e, conse-quentemente, promovendo maior pro-dutividade e menor custo de produção”. O doutorando frisa que as tabelas na-cionais de composição dos alimentos e de exigências nutricionais têm contribuí-do para o avanço da avicultura no Brasil, proporcionando informações mais preci-sas, o que tem permitido melhor utiliza-ção, principalmente, dos alimentos não–convencionais. “Entretanto, é importante que essas informações sejam constantemente atualizadas, proporcio-nando assim informações com maior confiabilidade, que irão permitir aos nutricionistas a formulação de rações mais eficientes para que as aves possam expressar todo o seu potencial genéti-co”, finaliza.

O resumo do trabalho está disponível na íntegra em www.avisite.com.br/cet.

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Projeções USDA 2012

Recrudescimento da crise econômica e custo (elevado) dos insumos não impedem que carne avícola continue crescendo acima da média Avanço é modesto e justificado pelo elevado custo das matérias-primas destinadas à alimentação animal

As primeiras previsões do Departamento de Agricultu-ra dos EUA (USDA) para a produção mundial de car-

nes do próximo ano, 2012, apontam volume próximo, mas ainda inferior às 250 milhões de toneladas, contra uma previsão de produção de pouco mais de 244 milhões de toneladas em 2011.

O crescimento previsto, de 1,8%, é sem dúvida modes-to e justificado pelo elevado custo das matérias-primas destinadas à alimentação animal. Mas está sujeito, ainda, a alguma redução consequente do recrudescimento da cri-se econômica.

Os efeitos desse “segundo tempo” da crise econômica são, por ora, uma incógnita. Mas com certeza a produção de carnes não passará ilesa por ele – como, aliás, já ocorreu no primeiro momento desse imbróglio econômico mun-dial.

O certo, porém, é que a carne avícola continuará tendo uma expansão superior à média das três carnes em con-junto, como se viu entre 2008 e 2011. Nesse período, a produção mundial de carnes apresentou incremento pró-ximo de 4%, mas só a carne avícola aumentou acima da média - +9,41%, para uma expansão de 3,5% na produção de carne suína e uma queda de 2,5% na produção de carne bovina.

Aliás, a capacidade de expansão da produção avícola é

ainda mais ressaltada quando os números registrados em 2008 (na época, pouco afetados pela crise, que só se mani-festou no final daquele exercício) são contrapostos às pre-visões do USDA para 2012. Neste caso o que fica mais visí-vel é que a carne avícola tende a registrar aumento de produção da ordem de 12%, ou seja, mais do que o dobro do previsto para a carne suína (+5,9%). E como a carne bovina deve ficar com um volume 2,7% menor que o de 2008, a média das três carnes deve aumentar 5,8%, menos da metade do previsto para a carne avícola.

Isso transformado em volume significa que o mundo estará recebendo no ano que vem (e comparativamente a 2008) um volume adicional de carnes da ordem de 13,648 milhões de toneladas. Desse adicional, quase 70% estarão representados pela carne avícola.

E o Brasil, como fica nessa evolução?Falando agora especificamente da carne de frango, o

USDA aponta para o Brasil (em relação a 2011) um aumen-to linear de 5% tanto na produção como na exportação e, portanto, também no consumo interno.

Tal projeção significa, na produção, volume da ordem de 13,6 milhões de toneladas, nada menos que 82,5% a mais que o produzido dez anos antes (em 2002, 7,449 mi-lhões de toneladas), contra uma evolução de pouco mais de 50% na produção mundial de carne de frango.

32 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 33

Frango: Produção global chega a 83,1 milhões de toneladas em 2012. Brasil “encosta” ainda mais na China

A produção global de carne de frango em 2012 será de, aproximadamente, 83,1 mi-

lhões de toneladas, crescimento de 2,5% na comparação com 2011. A projeção é do Depar-tamento de Agricultura dos EUA, que também afirma que a alta é justificada pela forte deman-da interna no Brasil e na China. Apesar disso, afetado pelo avanço nos custos dos insumos, o crescimento na produção mundial de frango vai ser menor do que nos últimos dois anos.

Os EUA, maior produtor mundial de carne de frango, devem reduzir sua produção em 1%, chegando a 16,6 milhões de toneladas. Neste caso, a justificativa é a combinação da relativa alta nos custos de produção com a recessão in-terna.

No México, a produção também registra baixa, de 1%, ficando em 2,9 milhões de tone-ladas.

No que se refere ao Brasil, em 2012, a pro-dução nacional de carne de frango deve se aproximar ainda mais da chinesa.

Em 2010, aponta o USDA, o volume produ-zido no Brasil (12,312 milhões de toneladas) correspondeu a 98,10% da produção chinesa. A previsão para 2011, de 12,954 milhões de tone-ladas, deve corresponder a 98,14% do que está sendo previsto para a China. Já o volume proje-tado para 2012 (13,602 milhões de toneladas) poderá equivaler a 98,57% do que vier a ser produzido na China.

Note-se que, a despeito da crise econômica de 2008, a produção dos dois países emergentes (China e Brasil) deve permanecer continua-mente crescente no triênio 2010-2012, o que não vem ocorrendo com o maior produtor mundial, os EUA.

Comparativamente ao que se produziu no início deste século (2001) e confirmando-se as projeções do USDA para 2012, a produção dos EUA irá registrar expansão média de 1,54% ao ano, a China de 3,70% e o Brasil de 6,85%.

Sobre a Rússia, o USDA ressalta que os custos dos insumos subsidiados pelo gover-no, os contínuos investimentos na produção local e as restrições de importação, devem garantir um crescimento de 9% da produção de frango em 2012, que fica próxima de 2,8 milhões de toneladas.

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34 Produção Animal | Avicultura

Projeções USDA 2012

Em 2012, Brasil mantém participação atualno mercado externo, detendo pouco mais de 36% das exportações mundiais de carne de frango

Para o USDA, em 2012 o comércio internacio-nal de carne de frango deve aproximar-se dos

9,6 milhões de toneladas, aumentando cerca de 4,8%. O aumento dos embarques brasileiros tende a ser ligeiramente maior, de 5%.

Com esse índice de crescimento o Brasil irá manter no mercado externo quase o mesmo nível de participação que vem sendo estimado para 2011, o que significa que continuará detendo pou-co mais de 36% das exportações mundiais de car-ne de frango, com aumento de participação de apenas 0,15%. Segundo o USDA (que em suas pro-jeções não considera o comércio de patas de fran-go), o total embarcado pelo Brasil deve girar em torno dos 3,5 milhões de toneladas.

Uma vez que aumenta (embora ligeiramente) a participação brasileira nas vendas internacionais, alguém deverá ter sua participação reduzida. E a previsão é a de que os outros dois grandes players do mercado – EUA e União Europeia (UE-27) – per-derão pequenas parcelas de mercado. As estimati-vas são as de que a fatia dos EUA sofrerá redução de 2,27% (ainda que o país aumente suas exportações em quase 2,5%), enquanto UE-27 terá uma partici-pação 2,88% menor, mesmo aumentando seus embarques em 1,82%.

Mas com essa dupla redução, alguém mais além do Brasil irá aumentar sua participação. Quem? Os demais exportadores, cujos embarques devem aumentar mais de 10%, fazendo com que sua participação no “bolo” apresente incremento de 5,26%.

Entre eles destacam-se, especialmente, Tailân-dia (+8,70%), China (+8,54%), Argentina (+12,5%), Turquia (+27%) e Chile (+9,35%). Em-bora juntos exportem menos da metade do que o Brasil exporta, vão “comendo pelas beiradas” o mercado dos grandes exportadores.

Em seu relatório, o USDA lembra que a Brasil Foods, “grande processadora e exportadora de car-ne de frango”, está construindo uma planta indus-trial nos Emirados Árabes Unidos, o que deve gerar uma demanda maior de embarques do produto para essa região. Além disso, o órgão menciona que o Brasil é capaz de exportar quantidades signi-ficativas de frango inteiro, assim como produtos certificados com o selo halal.

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Produção Animal | Avicultura 35

Em uma década, quadro dos cinco maiores importadores mundiais sofre mudança radical

O atual quadro de principais importa-dores mundiais de carne de frango,

bem como aquele previsto pelo USDA para 2012 rompe, aparentemente de vez, o que já vinha sendo tradição no setor: a presença da Rússia no topo da lista, como maior importadora global, posição mantida até 2009. Em 2012, pelas previ-sões do USDA, a Rússia será apenas a sex-ta importadora mundial do produto.

E como, além da Rússia, também o Ja-pão tende a reduzir as compras externas do produto, quem assume a liderança no ranking dos principais importadores é a Arábia Saudita, seguida pelo Japão, União Europeia e México.

Aliás, a presença do México na quarta posição (já em 2011) é outra surpresa, visto que o país é também o quinto maior produtor mundial de carne de frango e, por isso, sempre ocupou posi-ções inferiores na importação. Mas sua ascensão à posição atual não é casual e, muito menos, necessária. Decorre ape-nas de um dos muitos tratados de livre comércio (neste caso, o NAFTA) firmado com os EUA.

Em outras palavras, não foi difícil para os EUA substituir (ainda que par-cialmente) as perdas representadas pela queda das importações russas, principal compradora do frango norte-americano: o tratado garantiu o acesso ao mercado vizinho. E ajuda a explicar porque, con-sideradas as projeções do USDA, em 2012 (e comparativamente a 2007), as impor-tações russas devem decrescer mais de 70%, enquanto as do México devem se expandir quase 65%.

Naturalmente, essa facilidade de aces-so a novos mercados preocupa. E o Brasil precisa estar atento a ela. Ainda que, en-tre os dez principais importadores mun-diais de carne de frango, apenas dois (Vietnã e o mencionado México) não es-tejam entre os grandes adquirentes do frango brasileiro.

Page 36: A carne avícola em 2012

Artigo

Custos de produção e crise econômica serão principais desafios

da avicultura brasileira em 2012Apesar das incertezas sobre impacto da crise mundial, consumo

de carne de frango deve ser incentivado no mercado interno pela manutenção de preços elevados para a carne bovina

O ano de 2011 termina com ex-pansão novamente notável do

frango brasileiro, entretanto não é exagero dizer que enfrentamos dificul-dades pelo caminho. Nossa estimativa é que a produção de carne de frango deve encerrar com acumulado em torno de 13 milhões de toneladas, o que representa um aumento entre 5% e 6% em relação a 2010.

Mesmo com as dificuldades en-frentadas em 2011, a indústria brasilei-ra de frango encontra-se relativamen-te mais forte que outras potências do mundo. A indústria de frango ameri-cana deve ter crescimento em torno de 1,3% em 2011. Na União Européia, o crescimento esperado é de cerca de 2,7% e representa metade da expan-são esperada no Brasil e na China, em torno de 5%. O frango brasileiro ocupa então um lugar de privilégio.

IncertezasApesar do sentimento de incerte-

za generalizado em relação ao cenário econômico global para 2012, o con-senso entre analistas financeiros é que o fraco desempenho econômico dos países desenvolvidos em 2011 deve se

expandir no próximo ano. Entretanto, o crescimento das economias em desenvolvimento, lideradas pela Ásia, continuará em expansão mesmo depois de mostrar sinais de desacele-ração. O crescimento no Brasil começa a ficar atrás de economias emergentes e mais próximo do de países desenvol-vidos.

O impacto de uma desaceleração econômica sobre o consumo de fran-go no Brasil deve ser parcialmente compensado pelos altos preços da carne concorrente: a bovina, o que deve incentivar o consumo de carne de aves. A expectativa é que os preços do boi se mantenham firmes até meados de 2012, continuando a tendência observada nos últimos anos.

CustosEm linhas gerais, as perspectivas

para 2012 sobre demanda mundial e doméstica de carnes podem se qualifi-car como moderadamente positivas, pois existe uma natural preocupação em relação aos ingredientes e seus custos. Para 2012 é fundamental compreender o impacto de uma

China com estoques baixos sobre os preços dos ingredientes. O gigante asiático deverá importar algo entre 7 e 10 milhões de toneladas no próximo ano.

Nos EUA, a demanda por milho para ração animal deve recuar diante do difícil momento da cadeia produti-va americana. Contudo, a crescente indústria de etanol americano pode ter aumento de demanda de milho para a produção de biocombustíveis.

Os preços dos ingredientes para o ano que vem devem continuar em patamares elevados, impulsionados por uma forte demanda mundial. A instabilidade destas commodities agrícolas deve persistir em função dos baixos estoques.

Eficiência produtivaTerminamos 2011 com saldo

positivo no balanço geral e entrare-mos em 2012 com grandes desafios pela frente. A desaceleração da eco-nomia mundial deixa certas dúvidas em relação ao comportamento da demanda de carnes e seus preços.

Em cenários assim, na ansiedade de reduzir custos, é comum olhar primeiro no componente mais subs-tancial: a nutrição. Contudo, é impor-tante reduzir o custo da ração. O objetivo final deve ser otimizar o custo do quilo de carne produzida. Tecnolo-gias comprovadamente eficientes, como proteases e outras enzimas e minerais orgânicos, assim também como a formulação por precisão de aminoácidos tem efeitos diretos sobre as duas frentes, permintindo-se atingir uma verdadeira eficiência produtiva.

A íntegra do texto está disponível em www.avisite.com.br/cet.

36 Produção Animal | Avicultura

Autores: David Moreno, gerente de Marketing da Novus do Brasil e Tomas Murtagh, analista de Mercado da Novus do Brasil

Frango Brasileiro 2007 2008 2009 2010 2011*2010-2011

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Produção (M tons)

10,31 11,03 11,02 12,29 13,01 5,9%

Exportações (M tons)

3,29 3,65 3,63 3,82 3,87 1,3%

Disponibilidade Interna (M tons)

7,02 7,39 7,39 8,47 9,14 8,2%

Consumo (Kg per capita)

37,4 39,0 38,6 44,5 47,5 6,7%

Produção Pintinhos (Bilhões)

5,2 5,5 5,6 6,0 6,4 6,0%

* Estimativa / Fonte dos dados: UBABEF e MDIC. Análise: Novus

Page 37: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 37

Custos de produção exigem maior eficiência produtiva para avicultura

brasileira em 2012 Apesar dos desafios, outras oportunidades devem surgir

Equilibrar custos de produção com preços de venda da carne

de frango será um dos principais desafios de uma atividade que ven-de eficiência, a avicultura. Ser com-petitivo em um cenário de pressão nos custos e crise mundial será a diferença entre se manter ou não na atividade.

Nossas projeções iniciais apon-tam, para 2012, a continuidade de custos de produção elevados. Con-tudo, é bem verdade que a expecta-tiva é de preços mais baixos para as commodities agrícolas em relação a 2011 com possibilidade de redução nos custos da ração entre 5% e 6%.

As excelentes perspectivas para a produção de milho e soja no ano agrícola 2011/2012 combinada às estimativas de modesta expansão da demanda doméstica por grãos para nutrição animal reforçam esta ten-dência. Por outro lado, a forte de-manda mundial por grãos deve impedir uma queda significativa nos preços. Estes fundamentos devem ganhar força com uma taxa de câm-bio mais favorável para exportações.

Este quadro vai exigir ainda mais adequação da produção, com ga-nhos efetivos em produtividade e controle de custos para garantir uma rentabilidade mínima ao setor, mes-mo com estimativas de preços recor-des para a carne de frango.

Crise econômica mundialApesar do cenário de incertezas,

a avicultura brasileira deve ser pouco afetada. Nossos principais importa-dores, Ásia e Oriente Médio, devem manter taxas de crescimento de suas economias, apesar das projeções

iniciais apontarem que serão inferio-res às observadas nos últimos anos.

Ainda que a crise na Europa se agrave, existe uma tendência de possível redução no preço da carne de frango no mundo. Esta diferença deve ser compensada por uma redu-ção no custo dos grãos no Brasil, implicando em custo também infe-rior para a produção de carne, o que deve garantir uma rentabilidade ao setor.

Outro fator positivo será uma taxa cambial menos desfavorável ao exportador, o que deve garantir alguma melhora na competitividade no cenário internacional, além de

projeções de crescimento do merca-do interno, impulsionado pela cha-mada “inclusão social”. Portanto, parte do aumento da demanda virá do mercado interno e não depende-rá de qualquer influência da crise econômica mundial.

Oportunidades A avicultura brasileira enfrenta

desafios, mas também muitas opor-tunidades. Um levantamento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) prevê uma demanda mundial de carne de frango de 99,6 milhões de toneladas por ano em 2015. O mes-mo estudo indica que a carne de frango será a mais consumida no mundo até 2030, com 142,4 milhões de toneladas por ano. Está é a gran-de oportunidade do setor, não só para 2012, mas também para os próximos 20 anos.

Estudos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicam taxa de crescimento na produção de alimen-tos, entre 2011 e 2019, em torno de 20%. Só no Brasil, esta mesma taxa será de 40%, colocando o nosso País a frente de países como Rússia, China e Índia.

Portanto, devemos nos consoli-dar como um dos maiores “players” mundiais na produção de proteína animal (carnes, ovos e leite). Por outro lado, este crescimento exigirá do setor a necessidade de profissio-nalização mais acelerada, com foco em produtividade e custos, pois apesar da tendência de crescimento, os consumidores não desejam pagar mais caro pela carne de frango.

Autor: Victor Walzberg, Gerente de Marketing da Agroceres Multimix

Ainda que a crise na Europa se agrave, existe

uma tendência de possível redução

no preço da carne de frango

no mundo

Artigo

Page 38: A carne avícola em 2012

Projeções Rabobank 2012

Desafiada a crescer, avicultura está numa

encruzilhada, diz Rabobank

Mesmo assim, frango será a principal proteína da próxima década

A indústria do frango vem ope-rando, mundialmente, em um

ambiente extremamente turbulen-to, caracterizado – entre outros fa-tores – pelos preços elevados e volá-teis das matérias-primas, incerteza quanto à recuperação econômica, instabilidade política no Oriente Médio (um dos mais importantes mercados importadores de carne de frango), restrições e mudanças fre-quentes na política de importação de mercados-chave (como Rússia, China e México), reflexos do im-pacto do terremoto no Japão (um

dos maiores importadores mun-diais do produto) e surtos de In-fluenza Aviária na Ásia. Mesmo as-sim, o frango será “a” proteína da próxima década. E as perspectivas para a indústria avícola “são bri-lhantes”. A afirmação é do Rabo-bank e faz parte de um relatório re-cém-divulgado pelo banco.

No estudo “Encruzilhada para o crescimento: a avicultura (de corte) internacional no horizonte de 2020”, Nan-Dirk Mulder, do Rabo-bank, afirma que “na próxima dé-cada, à medida que a população

mundial se expande e tem seu po-der aquisitivo aumentado, a carne de frango será a proteína vencedo-ra”. Isso, entretanto, não virá “de mão beijada”. Frente às turbulên-cias citadas, “a indústria terá que enfrentar o desafio de atender o crescimento previsto de 30% nos próximos 10 anos”.

A expectativa de uma demanda crescente na Ásia parece ser a chave principal para esse crescimento. E uma vez que as matérias-primas alimentadoras dessa indústria são mais abundantes nas Américas (do

38 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 39

Norte e do Sul), os futuros investi-mentos globais serão cada vez mais uma via de dupla direção entre companhias asiáticas e norte e sul--americanas.

Em termos regionais, embora o Brasil se mantenha como o princi-pal operador do mercado exporta-dor de carne de frango, países como Ucrânia e Argentina apresentam, no longo prazo, grande potencial de crescimento. Tailândia e China permanecerão como principais su-pridores de mão-de-obra intensiva para a industrialização de produtos avícolas - o que deixa subentendi-do, também, que a concorrência asiática a produtos brasileiros pode ir além dos têxteis e calçados e che-gar, por exemplo, até o frango.

Na opinião de Nan-Dirk Mul-der, a questão da sustentabilidade deve adquirir importância crescen-te no mercado futuro. “ONGs e consumidores estarão mais preocu-pados com a sustentabilidade da indústria do frango. Ao mesmo tempo, o bem-estar animal terá importância crescente. Assim, quem atende países desenvolvidos precisa agir pro-ativamente [para enfrentar esses desafios]”.

Carne de frango: A preferência mundial antes de 2020

O Rabobank manifesta a opi-nião de que, antes de 2020, a carne de frango estará conquistando a preferência mundial e superando a carne suína, até agora a mais consumida do globo. Porque – diz o banco – o frango apresenta van-tagens. E destaca, entre as princi-pais, o preço (“ovos e carne de frango são as proteínas de origem animal mais acessíveis aos consu-midores”), a percepção de saúde e o fato de que a carne de frango não enfrenta as restrições experi-mentadas pelas carnes suína e bo-vina.

Mas não só isso: A maior efici-ência na conversão alimentar e o curto ciclo de vida do frango são consideradas vantagens adicionais em tempos de matérias- primas alimentares caras, compensando os benefícios pro-porcionados pelo “boi de capim” (carne produzida em terras de baixa qualidade) e pelo pós-pro-cessamento da carne suína (embu-tidos que põem fim à alta perecibi-lidade da carne in natura).

À medida que a população mundial

se expande e tem seu poder aquisitivo aumentado, a carne

de frango será a proteína vencedora.

Mas a indústria terá que enfrentar

alguns desafios antes disso

Preço elevado das matérias--primas é uma das causas do momento turbulento vivido pela avicultura

Page 40: A carne avícola em 2012

40 Produção Animal | Avicultura

Projeções Rabobank 2012

Com essa “declara-ção de sustentabilida-de” do frango, o Rabo-bank estima que enquanto a demanda mundial de carnes deve se expandir à ra-zão de 1,9% ao ano nas duas próximas dé-cadas (2010 é o ponto de partida do estudo), a de carne de frango tende a apresentar um crescimento de 2,4% ao ano, com maior va-lorização nos primei-ros 10 anos.

Dessa forma, para uma demanda estima-da em 99 milhões de toneladas em 2010, o produto tende a chegar aos 128 milhões de toneladas em 2020 e aos 160 milhões de toneladas em 2030. E isto, comparativamente ao registrado em 2000, corresponde a uma expansão de quase 130% em três décadas – contra menos de 70% da carne suína e perto de 40% da carne bovina.

Os grandes importadoresFalando sobre as tendências da

avicultura até 2030, o Rabobank analisa, particularmente, alguns países grandes importadores – caso do Japão que, juntamente com Ará-bia Saudita, vem se colocando como principal mercado da carne de frango brasileira.

Conforme o Rabobank, as im-portações japonesas estão divididas entre produtos in natura e pós--processados, os primeiros forneci-dos principalmente pelo Brasil (as importações dos EUA são margi-nais) e os processados vindos da Tailândia e da China, sobretudo através de joint-ventures mantidas por empresas japonesas naqueles dois países.

Mas o que chama a atenção nas análises do Rabobank é o fato de os

pós-processados corresponderem a quase 90% do volume de carne congelada, possibilidade facilitada pela proximidade entre os três mer-cados. Assim, no ano passado, ao mesmo tempo em que importou 400 mil toneladas de carne de fran-go in natura, o Japão importou ou-tras 350 mil toneladas de pós-pro-cessados.

Na opinião do Rabobank, essa divisão (quase) meio a meio na importação dos dois tipos de pro-dutos tende a se manter no decor-rer do tempo. Mas nada impede que empresas japonesas venham a firmar novas joint-ventures com outros países vizinhos. Assim, ain-da que Tailândia e China conti-nuem como principais supridores do mercado japonês, Vietnã, Filipi-nas e, provavelmente, Índia, no fu-turo estarão em condições de aten-der a demanda japonesa.

O banco não diz, mas confor-me as condições proporcionadas por esses novos fornecedores, o atual equilíbrio entre produto in natura e pós-processados pode ser rompido. Com prejuízo do princi-pal fornecedor, o Brasil.

É preciso, pois, acompanhar atentamente a evolução desse mercado.

Japão e Arábia Saudita vêm se colocando como principal mercado da carne de frango brasileira

O Rabobank está sedia-do na Holanda e é um pres-tador de serviços financei-ros, principalmente para o agronegócio. O banco tam-bém possui um departamen-to exclusivo para pesquisas e análises. Estudos, relatórios e outros papers analisam os mais importantes segmentos da agricultura no país e em todos os maiores mercados mundiais.

Page 41: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 41

A indústria avícola mundial so-freu uma mudança rápida nas últi-mas décadas. Passou de uma indús-tria de pequena escala para grande escala, e, muitas vezes, verticalizada. Uma combinação de manejo espe-cializado, utilizando genética de alto valor e nutrição animal ideal em melhores condições de produ-ção, resultou em uma indústria muito eficiente na comparação com outras mais tradicionais, como a in-dústria de carne suína, bovina e ovina. É com essa explanação que o Rabobank abre a sua mais recente análise.

Para a instituição, uma combi-nação de esforços de marketing e melhorias na gama de produtos oferecidos, com maior valor agrega-do, também contribuíram para o desenvolvimento da avicultura. O ciclo de produção muito menor em comparação com outras carnes é uma clara vantagem, que torna o setor avícola muito mais flexível em tempos de volatilidade de mercado. O desenvolvimento da genética tem ajudado a indústria a criar frangos mais homogêneos, que se encaixam bem às necessidades de novos mer-cados. Este produto se diferencia graças à possibilidade de ser marina-do e cozido, para depois ser facil-mente reaquecido, sem um impacto negativo à textura e sabor da carne.

Segundo o Rabobank, a indús-tria avícola mundial está agora avaliada em cerca de 300 milhões de dólares no que se refere ao se-tor atacadista e em mais de 440 milhões no varejista.

Isto representa aproximada-mente 5 por cento de todo o mercado mundial de alimentos.

O setor avícola, que represen-ta 34% da produção mundial, é agora o segundo maior mercado de carnes, perdendo apenas para a carne suína.

O Rabobank destaca também que os padrões de consumo dos produtos avícolas mudam confor-me a renda do consumidor au-menta.

Os ovos são muitas vezes a pro- teína mais acessível para os consu-midores mais pobres nos países em desenvolvimento. Na sequência vem o mercado de aves vivas. Na outra ponta, estão os produtos pron-tos e processados.

Com a mudança vivida pela avi-cultura nas últimas décadas, de uma indústria regional para uma indús-tria moderna e verticalmente inte-grada, as empresas se dedicam hoje ao desenvolvimento de produtos com maior valor agregado e um portfólio diferenciado.

Atualmente, a indústria avícola mundial enfrenta grandes desafios.

Como sustentar todo este poten-cial de crescimento no futuro? Como o abastecimento vai ser gerenciado nos mercados em desenvolvimento? Quão importante vai ser o mercado de carne? O processo de internacio-nalização vai continuar? Se sim, qual vai ser o impacto disso para os pro-dutores regionais diante das mudan-ças que podem surgir na indústria avícola? Para vencer todos esses obs-táculos, algumas estratégias preci-sam ser revistas pelas companhias. Para o Rabobank, não é fácil encarar essas questões. Principalmente por-que a indústria está passando por um período turbulento com outras questões, anteriormente levantadas, a serem trabalhadas.

Um mercado em evolução, com mais valor agregado e eficiência

Indústria avícola mundial está agora avaliada em cerca de 300 milhões de dólares no que se refere ao setor atacadista e em mais de 440 milhões no varejista

Page 42: A carne avícola em 2012

Retrospectiva

A Revista do AviSite conversou com líderes do setor e consultores autônomos para fazer uma retrospectiva bem dinâmica e objetiva do ano

que chega ao fim. Perguntamos quais foram as boas notícias, os grandes negócios, os desafios, o que faltou e as lições que a avicultura deixou

em 2011. O resultado você confere na sequência

42 Produção Animal | Avicultura

Um olhar sobre a avicultura brasileira

em 2011

A consolidação da liderança brasileira na expor-tação de carne avícola, com um aumento de volu-me que deve superar em 2% o ano anterior, e com valores bem melhores é apontada pelo consultor Osler Desouzart, da OD Consulting, como a princi-pal boa notícia da avicultura em 2011. “Destaco também que se a produção brasileira realmente crescer o que prevemos (5,2%), isto significa que o mercado doméstico brasileiro vai crescer 15,3% o que é um absoluto recorde”, acrescenta ele.

Consolidação e manutenção da liderança nas exportações

Francisco Turra, presidente da Ubabef, também lembra que a inclusão do setor avícola no Programa REINTEGRA, contemplado no Plano Brasil Maior, apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com o objetivo de aumentar a competitivi-dade da indústria nacional. O Programa estabelece a devolução ao exportador de bens indus-trializados de 3% sobre o valor exportado.

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Produção Animal | Avicultura 43

Para Desouzart, o grande mérito da avicultura no ano que se encerra foi o “crescimento continuado a níveis que de-vem ultrapassar em 6% a produção de 2010, numa conjuntura em que a produ-ção mundial de carnes de aves cresceu pouco mais de 3%”. Além disso, destaca ele, “grandes forças produtoras, como os Estados Unidos e União Européia devem crescer 1,4% e 2,2%, respectivamente”.

Crescimento em níveis maiores que a produção mundial

A partir de janeiro, a isenção de PIS/Cofins passou a va-ler para a avicultura. Quem lembra o fato é Érico Pozzer, re-presentante da Associação Paulista de Avicultura (APA), que ressalta que a medida beneficiou as pequenas e médias em-presas de todo o Brasil. Agora quem recolhe o imposto é o varejo, antes era o abatedouro.

PIS/COFINS

Ariovaldo Zanni, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Ani-mal (Sindirações) afirma que a principal boa notícia para a avicultura em 2011 foi a parceria empreendida pela iniciativa privada (representada pela UBABEF) e o poder público. Dilvo Grolli, Diretor Presidente da Co-opavel, ressalta também que o diálogo existente entre estes dois setores possibilitou o reconhecimento da avicultura pela sua força econômica e social perante a sociedade brasileira. Outro fruto desta parceria é o trabalho de divulgação da carne avícola no exterior.

Parceria entre os setores privado e público

Érico Pozzer é menos otimista e prefere destacar que o setor avícola, em geral, acer-tou pouco em 2011. Mas, afirma ele, “uma questão que temos que lembrar como acerto é o ótimo trabalho feito no que se refere à con-dição sanitária, este continua sendo um forte pilar de sustentabilidade”.

Condição sanitária“A organização de um grande congresso, como

foi o 22° Congresso Brasileiro de Avicultura foi uma oportunidade para fomentarmos novos ne-gócios, discutir rumos e levantar proposições em áreas determinantes para nossa competitividade. Na ocasião entregamos ao vice-presidente da Re-pública, Michel Temer, e ao Presidente da Câmara Federal, Deputado Marco Maia, um grande docu-mento oficial do setor”, afirma Francisco Turra, da UBABEF (Leia mais sobre o Congresso Brasileiro de Avicultura na página 24).

Congresso Brasileiro de Avicultura

Para Ariovaldo Zanni e o consultor Gordon Butland, o encaminhamento do projeto de compartimentação da avicul-tura industrial à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi um feito des-tacável em 2011. Cada “compartimento” equivale a uma empresa e todas as unida-des que fazem parte do processo produti-vo, como granjas e fábrica de ração. Zan-ni explica: “Através da identificação das sub populações com diferente status sa-nitário dentro do mesmo território e com as medidas de prevenção e biosegurança implementadas, será possível manter a dinâmica da produção e comercializa-ção, mesmo diante de hipotéticos surtos de Influenza Aviária e Newcastle”.

Compartimentação Crédito: Super Frango

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44 Produção Animal | Avicultura

Retrospectiva

OS GRANDES NEGÓCIOS

Praticamente todas as fontes con-sultadas para esta reportagem acredi-tam que a aprovação da fusão entre Perdigão e Sadia foi o grande destaque empresarial do ano. Nas palavras de Desouzart, “a BRF agora conta com certidão de nascimento reconhecida oficialmente e poderá começar a agir na condição de uma das maiores em-presas de proteínas animais do mundo. Devemos esperar ações de internacio-nalização de suas operações. A compra da AVEX, na Argentina, foi um exce-lente começo”.

Brasil Foods

No Estado de São Paulo, entre o final de 2010 e o começo de 2011, houve a reativação de algumas unidades que estavam paradas. Por exemplo, a Ri-gor reativou a Cooperfrango, de Descalvado. É o que afirma Érico Pozzer, único que não apontou a aprovação da Brasil Foods como o principal negó-cio do ano. A exceção se justifica, já que negócios menores podem fazer mais por cidades e produto-res menores.

Pozzer lembra também que a Rei Frango, de São Carlos, que estava produzindo em ritmo lento voltou agora ao seu ritmo pleno. Além disso, a Céu Azul, que adquiriu a Sertanejo, em Rio Preto, se prepara para colocar a unidade em atividade. “São atitudes e negócios que auxiliaram São Paulo a re-tomar o volume que produzia antes”, reafirma.

Ações regionais

Crédito: Brasil Foods

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Produção Animal | Avicultura 45

O Q

UE

FALT

OU

Para Ariovaldo Zanni, em 2011, fal-tou uma taxa de câmbio apropriada que devolvesse maior competitividade ao produto brasileiro no comércio in-ternacional.

Taxa de câmbio apropriada

Érico Pozzer diz que em 2011 faltou financiamento para as pequenas e médias empresas. “Em momentos de dificuldades, os bancos (privados e governamentais) se retraem. O setor teve que buscar outras formas de financiamento (para capital de giro, por exemplo) e acabou pagando juros muito altos. Os ban-cos impuseram muitas restrições e pediram muitas garantias. Mas, em contrapartida, para os grandes grupos, sobrou dinhei-ro. Conseguiram financiamento do governo, à vontade, sem restrição nenhuma”.

“Faltaram melhores condições competitivas, seja com uma política cambial mais adequada ou mesmo com ações mais incisivas para conter o preço do milho. Neste cenário, a logísti-ca continua a ser um entrave para o país, encarecendo o trans-porte e tirando nossa competitividade no cenário internacio-nal frente a países mais eficientes neste quesito, como os EUA”, defende Francisco Turra.

Financiamento para as pequenas

Mais competitividade

Para Gordon Butland, em 2011, faltou uma resolução sobre as cotas de exportação de carne avícola para a União Européia e Rússia.

Resolução de questões de comércio com a UE e Rússia

Temos que produzir só o que sabemos que vamos vender. Parece óbvio, mas a avicultura não seguiu essa máxima. A opinião é de Érico Pozzer. Segundo ele, durante todo o ano de 2011, a avicultura produ-ziu mais do que o mercado podia absorver. “A conse-qüência é que trabalhamos o ano inteiro sem mar-gem ou quase isso. Faltou freio na produção. É um grande dilema porque as empresas são preparadas para crescer e não para estagnar. Mas com a produ-ção menor haveria equilíbrio entre a oferta e a pro-cura e poderíamos trabalhar com margem positiva”, afirma Pozzer.

Dilvo Grolli concorda e ressalta que as empresas avícolas brasileiras têm que entender que o mercado tem um limite de consumo. “O crescimento da pro-dução tem que ter parâmetro com o consumo do mercado interno e as exportações”, diz.

Aqui, o consultor Gordon Butland lembra que não adianta apenas crescer e produzir mais. É preci-so também garantir o lucro das empresas, principal-mente das pequenas e médias.

Planejamento da produção

Crédito: Super Frango

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Retrospectiva

46 Produção Animal | Avicultura

AS LIÇÕESPeça chave para a avicultura, o milho é tam-

bém lembrado por Ariovaldo Zanni. Para ele, o setor precisa aprender a estabelecer e fazer cum-prir contratos antecipados para aquisição do milho. Também é necessário a elaboração de uma política pública de preço mínimo para os produtores agrícolas.

Precisamos estabelecer contratos antecipados para compra de milho

“Outro aspecto a considerar é que há “níveis de saturação para o consumo”. Devemos consumir 47 kg/per capita de carne de frango este ano. Até quando poderemos crescer? Indefinidamente? Não creio. Pensar num crescimento do mercado doméstico em torno de 5% já ficaria de bom tamanho”, avalia o consultor Osler De-souzart.

Dilvo Grolli faz coro: “Uma importante lição para 2012 é que não podemos aumentar a produção. Já esta-mos no patamar máximo de produção quando comparado com o consumo. Se não alinharmos a produção de acordo com a demanda, as empresas perderão capital e o setor vai perder parte do que conquistamos com muito sacrifício e trabalho”.

Atenção ao mercado interno

OS ERROS“Seguimos tendo cerceamento de alguns

dados do setor avícola no Brasil. É uma pos-tura obscurantista adotada por algumas empresas de ponta. Seguimos planejando pouco e substituindo fatos e dados por so-nhos e achismos”, afirma Osler Desouzart.

Cerceamento de dados

“Os erros relacionados à exportação de milho começaram, na verdade, em 2010, quando não tomamos providências quanto aos embarques do grão. A falta de uma política de abastecimento dos principais insumos atrapalha a avicultura”, defende Érico Pozzer.

Exportação de milho

“Recomendo que o setor continue a discutir os garga-los conjunturais e estruturais, a fim de equilibrar a oferta de acordo com a demanda e garantir a capacidade de investimento tecnológico e rentabilidade do produtor”. A opinião é de Ariovaldo Zanni.

Gargalos conjunturais e estruturais“Nos primeiros meses de 2011 os preços da car-

ne de frango no mercado internacional evoluíram na comparação com 2010. Mas no final do ano, os preços caíram em decorrência do excesso de oferta do produto”, afirma Gordon Butland.

Preço do frango exportado

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Produção Animal | Avicultura 47

AS LIÇÕES

“Chamo a atenção do setor para o fato de que não é realístico esperar crescimentos muito significativos no mercado externo. Detivemos 33,8% das exportações mundiais em 2011 (números da FAO)”, afirma Desouzart, que continua: “Não é realístico esperar que o Brasil venha a deter 40% das exportações mundiais, já que há vários competidores disputando este mercado. Se lograrmos ficar com 1/3 das exportações mundiais já fica de bom tamanho”.

Atenção ao mercado externo

A avicultura pode avançar muito quando trabalha unida e é pró-ativa. Para Francisco Turra, a avicultura brasileira precisa trabalhar mais neste sentido. “Queremos continuar a fomentar esta união, que hoje é uma marca do setor. Neste contexto, temos que torcer para que a crise global seja debelada e não nos dê surpresas, como aconteceu neste ano”.

Mais pró-atividade

OS

DES

AFI

OS

Osler Desouzart prevê que o prin-cipal desafio para 2012 será “manter o crescimento diante de uma conjuntu-ra internacional onde a crise deixou de ser uma possibilidade de 50% a 50%. Está mais para 55% a 45%”.

Crise“Temos que pensar com fatos e

dados, planejar, discutir, tentar quantificar com maior precisão ce-nários para a avicultura brasileira do futuro. E ter presente que grãos a preços do passado ficaram no passado”, defende Osler Desouzart.

Preço dos grãos

“Em 2012, vamos ter uma oferta maior de milho. Um dos desafios que isso envolve é inte-ragir com o governo para encontrar uma políti-ca de abastecimento que seja compatível com o setor, para garantir o abastecimento interno de milho e manter as mesmas condições entre o que é exportado e o que é comercializado no mercado interno”, afirma Érico Pozzer.

Política de abastecimento de milho

Buscar novos mercados compradores em res-posta à necessidade de crescimento ou mesmo a manutenção dos índices de exportação diante de uma economia global fragilizada e das restrições comerciais impostas pela Rússia que passou a in-tegrar a OMC são os desafios para 2012 citados por Ariovaldo Zanni.

Novos mercados

Não deixe de conferir na página 8 da Revista do Ovo, encartada no centro desta publicação, as perspectivas para a avicultura de postura.

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48 Produção Animal | Avicultura

Especial Associações

Dirigentes estaduais apontam as lições aprendidas em 2011 e o que deve ser feito no ano que entra para que o futuro seja planejado e não adivinhado

O que vem pela frente?

A avicultura está assombrada pelo fantasma da alta do milho. Depois

de quase dois anos de disparidade dos preços, as entidades estaduais estão concentradas na missão de buscar so-luções para o aumento dos custos de produção. Essa foi a maior luta travada em 2011. Mas não foi a única. Ao en-trevistar as principais entidades esta-duais, a Revista do AviSite consta-tou que as dificuldades que a avicultura passa podem ser um campo de apren-dizagem para entraves futuros. Eis as principais lições transmitidas por elas.

Primeira: a ideia de que a crise é uma oportunidade. As oportunidades são aproveitadas por quem melhor se prepara para momentos difíceis. A cri-se financeira mundial deixou vários setores em alerta, mas a avicultura bra-sileira foi pouco afetada. A carne de aves não sofre as mesmas restrições culturais ou religiosas que as outras e apresenta um crescimento constante no consumo. Tanto no mercado exter-no como interno.

Segunda lição: As políticas rela-cionadas ao abastecimento de insumo

precisam ser discutidas pelo próprio governo. De uma maneira geral, não adianta o Brasil exportar volumes con-sideráveis de milho e deixar o mercado local sofrer tantas variações.

Terceira: Manter o otimismo. Esse é o principal sentimento que orienta o setor. Essa filosofia de acredi-tar que o cenário vai melhorar coloca a avicultura na busca constante pela li-derança na produção. O principal fato que ilumina o caminho a ser traçado é: a carne de frango é a proteína animal mais consumida no Brasil e, em breve, no mundo. Veja a seguir quais outras lições, na opinião dos dirigentes das principais entidades, foram tiradas de 2011 e que pode nortear o setor no ano que começa em breve.

Érico Pozzer, representante da As-sociação Paulista de Avicultura, não deixou de colaborar com esta edição. Os comentários dele estão publicados na matéria Um olhar sobre a avicultura em 2011, na página 42.

A íntegra de todas as respostas está disponível em www.avisite.com.br.

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Produção Animal | Avicultura 49

O que vem pela frente?

2011 Os principais avanços para a avicultura goiana foi o reconhecimento governamental da ativi-dade. Esse ano tivemos um bom relacionamento com o governo e dos órgãos ligado à avicultura como a Secretária do Meio Ambiente. Ano a ano esse relacio-namento vem sendo sedimentado e mostrando para as pessoas a importância da avicultura.

DEFESA Tivemos um avanço considerável em sanidade avícola. A Agência de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) tem investido na contratação de profis-sionais e em infraestrutura. Estamos diante de um ór-gão moderno onde as informações são 100% infor-matizadas. Um ganho muito grande.

CORREDOR Falta uma via de escoamento da

nossa produção até os grandes portos. Tudo que sai do GO sai em cima de caminhão. Precisamos pensar em um modus operandi diferente para diminuir os custos. Para mim, essa é a única coisa que pode difi-cultar o crescimento da avicultura goiana. Somos o 4° maior produtor de grãos, estamos no meio do País – só precisamos de formas mais baratas de escoar a pro-dução.

2012 Vejo um crescimento acima de 10% em nível nacional. Esse projeto de crescimento é apoiado na fusão aprovada da BRFoods. Temos uma grande unidade pro-dutora em Rio Verde e que apresenta projetos de cresci-mento bastante significativos. Os resultados devem co-meçar a aparecer em 2012 e devem continuar em 2013.

AGA – Associação Goiana de Avicultura

Uacir Bernardes Presidente Executivo

GO

2011 Tivemos até outubro um aumento de 34,4% na receita de exportação de frango, em relação ao ano passado, o que aumentou a participação da exporta-ção de frangos no conjunto das carnes exportadas para 39,1%. Fato surpreendente para um Estado com maior visibilidade para pecuária bovina. Quanto às exportações de ovos, MG teve sua cota diminuída cer-ca de 3%.

APESAR DISSO... o que realmente está dando dor de cabeça em todos empresários de produção de ovos é o telamento dos galpões. Este é o principal en-trave que tira o sono dos nossos granjeiros de postura.

AÇÕES A Avimig trabalhou na manutenção de in-

formações prestadas aos associados via site, revista e outros meios de comunicação para melhorar o desem-penho da avicultura do Estado. Podemos ressaltar a criação do grupo multidisciplinar, uma parceria na aprovação do serviço público nas ações de sanidade avícola. E os contatos com a Conab, lógico.

2012 As expectativas para a avicultura de corte são preocupantes para o primeiro semestre tendo em vista os números de alojamento de matrizes: mais de 50 milhões alojadas. Desta forma, teremos um poten-cial para 560 milhões de pintos. É um número muito elevado. É uma bomba em início de explosão. O au-mento de consumo não corresponderá à oferta.

Avimig – Associação dos Avicultores de Minas Gerais

Antônio Carlos Vasconcelos Presidente Executivo

MG

VASCONCELOS: Comunicação com o setor

foi destaque em 2011

BERNARDES: Falta uma via de escoamento da produção

de grãos goiana

“Goiás está no meio do País”

“Número de alojamento de matrizes é uma bomba em início de explosão”

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50 Produção Animal | Avicultura

Especial Associações

2011 A crise que dominou o setor sob a alegação do excessivo aumento dos preços dos insumos, leia--se milho. Em 2008, a alegação foi a crise interna-cional que afetou, fundamentalmente, o crédito. Hoje o vilão é o milho, ou melhor, seus produtores; O fato de termos, hoje, um preço compatível com os custos de produção do principal insumo para pro-dução de ração animal, nos remete novamente para a crise dos preços do frango.

ENTRAVES O achatamento dos preços do fran-go em função do excesso de oferta. Também a baixa remuneração dos criadores que operam no sistema de integração com os frigoríficos da região, não lhes deixando nenhuma margem para reinvestir em mo-dernização e aumento de produtividade.

ASSOFRAN Temos tido grandes dificuldades de

fazer vingar nossa entidade por dois motivos fun-damentais: falta de apoio das empresas integrado-ras que vêem em nossa entidade um perigo, ao in-vés de nos olhar como parceiros, e o receio da maioria dos avicultores de que sejam penalizados pelas empresas integradoras por sua participação na entidade.

2012 É fundamental repensar a avicultura bra-sileira. Este é um esforço que deverá envolver toda a cadeia produtiva, incluindo setores do governo com um papel que deverá ir além do controle e fiscaliza-ção, indo ao apoio, fomento e desenvolvimento.

Nada risonhas, apenas muito trabalhosas na tentativa de colocar o trem novamente nos trilhos, dada a importância que o setor tem para o País, não só no plano econômico, mas também no social.

Assofran - Associação dos Criadores de Frango da Central PaulistaJosé Silveira Neto Diretor Secretário

SP

SILVEIRA: evolução em 2012 apenas se setor for repensado

2011 O entrave maior para a avicultura capixaba conti-nua sendo o abastecimento de milho. O problema se agra-vou com a impossibilidade de o ES participar dos leilões promovidos pelo Governo Federal. Em postura, a polêmica está relacionada ao telamento de galpões. A atividade não está conseguindo se ajustar conforme preconiza a legislação sanitária, cujo prazo final estabelecido para registro dos es-tabelecimentos comerciais finda em dezembro de 2012.

LICENÇAS AMBIENTAIS Trabalhamos fortemente neste ano o aspecto ambiental. E quando dizemos isso nos referimos ao processo na prática, ou seja, a regularização das propriedades. Junto com o Instituto de Defesa Agropecuá-ria (IDAF), entregamos 110 licenças. Hoje, temos certeza de que estamos com a atividade quase toda ajustada com rela-ção a este aspecto.

MELHORIAS O ES vem melhorando sua condição sanitária e vemos que muitas propriedades estão sendo cadastradas para fins de registro. Isso mostra que o pro-dutor está preocupado e quer se ajustar. No contexto produtivo, a entrada do ES nas exportações mostrou que estamos adequando nosso parque industrial com plan-tas modernas e que num futuro bem próximo podere-mos dispor de novas tecnologias tanto para ovos quanto para frangos.

2012 Queremos acreditar que a situação quanto ao abastecimento de insumos será menos crítica do que neste ano e que a atividade possa cada vez mais se posi-cionar frente sua importância em relação a produção de fonte alimentar, tanto da sua relevância nos aspectos econômico e social.

Aves - Associação de Avicultura do Espírito Santo

Argeo Uliana Presidente Executivo

ES

ULIANA: Sem leilões de milho, produto passa por

ajustes relevantes

“O ES não foi atendido pelos programas de abastecimento”

“Em 2008, o vilão foi o crédito. Esse ano, foi o milho”

Page 51: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 51

2011 Podemos destacar o crescimento constante do setor avícola, a ampliação do mercado internacional e uma melhor qualificação dos produtos. Outra boa no-tícia alcançada foi a recuperação do faturamento com a venda de carne de frango no exterior. Além disso, o mercado interno está aquecido, consumindo cada vez mais cortes específicos e vem atendendo à demanda.

ENERGIA Uma das reivindicações aqui no PR é a redução do custo da energia elétrica. Não queremos privilegiar uma atividade frente a outras, mas a avicul-tura é uma atividade diferenciada, que lida com ani-mais vivos, e necessita trabalhar 24 horas por dia. A energia é hoje o segundo maior custo das indústrias do setor. Diminuir esse gasto é a única maneira das empre-sas continuarem competitivas no acirrado mercado global.

EXPORTAÇÕES Mesmo atentos ao cenário eco-

nômico internacional, à forte valorização do real e do preço dos insumos, continuamos com a meta de expor-tar mais de 80 mil toneladas por mês em 2012, man-tendo um forte ritmo. É preciso ver oportunidade na crise. A carne de ave não sofre as mesmas restrições culturais ou religiosas que as demais, bem como apre-senta um crescimento constante no consumo.

2012 Vejo no aumento da qualidade de vida dos países emergentes uma chance de crescimento para as exportações brasileiras. O aumento do consumo de proteínas é uma tendência mundial e o Brasil tem ple-nas condições de atender a demanda. Assim, para ga-rantir comida de qualidade e barata, que se abasteça o mercado brasileiro e gere excedentes para exportação, o frango - e consequentemente o PR - tem tudo para ser protagonista nessa história. Logo o país deve alcançar o 2° lugar na produção de frango mundial.

Sindiavipar - Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do ParanáDomingos Martins Presidente Executivo

PR

MARTINS: PR busca redução do custo de energia

2011 Caminhamos na revisão do RIISPOA, o re-gulamento de inspeção de produtos de origem ani-mal, e evoluímos com a aprovação do uso da tecno-logia de alta precisão. Acreditamos que encerraremos o ano com um aumento de 4% em quantidade e 6% em faturamento.

REINVINDICAÇÕES Repetem-se ano a ano, pois a evolução incremental é muito pequena e in-cluem planejamento estratégico de longo prazo para a agropecuária. Precisamos de revisão da política fis-cal tributária brasileira, do sistema de compensação na aquisição de milho, similar a oferecida ao Nor-deste, e de logística: ferrovia do frango, duplicação da BR-470 e BR-282, finalização das obras da BR-101

e evolução dos portos em competitividade. OTIMISMO Esta filosofia empresarial de sempre

acreditar que tudo vai melhorar nos conduz a au-mentos anuais da produção e nos coloca a caminho da busca da liderança na produção, assim como so-mos na exportação. Acredito que o mercado se man-terá equilibrado entre oferta e procura e com preços estáveis.

2012 Evoluiremos com aspectos tecnológicos na rastreabilidade oficial catarinense, mapearemos o DNA da microbiologia existente na cadeia produtiva e promoveremos Workshop com o Governo de SC para análise de oportunidades conjuntas com a agroindústria.

Acav - Associação Catarinense de Avicultura

Cléver Ávila Presidente Executivo

SC

ÁVILA: Reinvidicações

repetem-se ano a ano

“É preciso ver oportunidade na crise”

“Mercado vai manter equilíbrio e preços estáveis”

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52 Produção Animal | Avicultura

Especial Associações

2011 PARA CORTE A avicultura passou e passa por problemas que vão do elevado custo de produção em relação ao milho a uma série de fatores ligados à carga tributária e readequações das normas de produ-ção. Neste ano, sofremos com a falta de uma política mais equilibrada de leilões de milho para o RS e com a demora na aplicação de procedimentos para viabilizar o acesso a grãos alternativos para ração animal.

2011 PARA POSTURA A avicultura de postura precisa de mais destaque e valorização junto ao Gover-no. É um setor que tem tudo para trilhar um caminho de prosperidade e expansão, mas esbarra em entraves e falta de referencial. O ovo, essencial para alimenta-ção humana e também importante matéria prima para outros alimentos, precisa de uma atenção especial, me-nos burocracia e mais qualificação. Muitos produtores já estão num estágio bem avançado bons investimen-tos em tecnologia, sustentabilidade e valorização e in-dustrialização do produto.

CÂMBIO A volatilidade do dólar também dificul-

tou nosso planejamento para exportações. Outro fator que nos preocupou foi a fragilidade no planejamento de ações em nível nacional para condução de temas relacionados à saúde ocupacional na indústria avícola.

FORTALECIMENTO Temos nos concentrado em fortalecer nossa representação institucional e setorial. Com a mobilização do setor e também com o apoio de lideranças na Câmara Estadual, Câmara Federal e Se-nado Federal, somados a diálogos e entendimentos com o governo do estado, conseguimos aliviar parcial-mente a carga tributária no mercado interno.

2012 Reduzir cada vez mais a carga tributária na produção de alimentos. Mais investimentos em pro-moção dos produtos avícolas no mercado interno para aumento de consumo. É delicado falar em crescimento para 2012, vai depender da estabilidade econômica do país, crise internacional e situação cambial. Porém, va-mos fazer a lição de casa, valorizar nosso produto e trabalhar para ampliar nossa participação no mercado interno e externo.

Asgav - Associação Gaúcha de Avicultura

Nestor FreibergerPresidente Executivo

RS

FREIBERGER: Conseguimos aliviar a

carga tributária

“Vamos fazer a lição de casa”

Page 53: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 53

Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

Duas novas contratações che-gam para integrar a equipe

comercial da ICC. A primeira delas é o zootecnista com pós-gradua-ção em nutrição, Luiz Fernando Pigatto Gerber, que assume a supervisão da região Sul. A se-gunda é do experiente médico veterinário William Brodback, responsável pela gerência regional dos Estados de MG, GO, RJ e ES. Para Ricardo Barbalho, gerente Nacional de Vendas, os profissio-nais agregam valor para a equipe devido à bagagem técnica e a vasta experiência a campo. Barbalho ainda ressalta que inves-tir no departamento técnico

comercial foi um dos focos da ICC no decorrer desse ano. Outra novidade da empresa é o StarFix, um enteroadsorvente de micotoxi-nas de última geração que reúne a ação dos β glucanos, aluminiosili-catos e um protetor hepático. O produto tem uma capacidade ampla de adsorção de uma grande gama de micotoxinas além de ser composto por elementos regene-rativos para a saúde animal. A empresa esteve presente com estande durante o 22° Congresso Brasileiro de Avicultura, realizado no final de outubro em São Paulo, SP. Mais informações em www.yeastbrazil.com.

ICC com nova equipe

Mudança

Luiz e William agregam valor à equipe da ICC

O geneticista da Hy-Line Inter-nacional, Jesus Arango, parti-

cipou de um amplo debate e análi-se sobre a evolução da genética na avicultura de postura durante o 22° Congresso Brasileiro de Avicul-tura, (25 e 27 de Outubro, em São Paulo, SP). Durante a sua apresen-tação, Arango destacou que o principal objetivo das empresas de genética avícola é disponibilizar ao mercado uma ave com a mais alta qualidade associada ao menor custo de produção. “As empresas têm desenvolvido poedeiras co-merciais que atingem sua maturi-dade sexual mais cedo, com um mais alto pico de produção en-quanto disponibilizam ao mercado ovos adequados à sua necessidade. O efeito combinado entre o mais

alto padrão de produção com um melhor tamanho de ovos é uma maior quantidade de massa de ovos ao final da produção. Além disso, as poedeiras moder-nas produzem ovos com melho-res qualidades interna e externa, deste modo, maximizando a produção de ovos comerciais”, destaca. Jesus Arango explicou que a produção econômica de ovos não depende somente de pequenas alterações nas aves, mas também de uma complexa interação com outros fatores, tais como nutrição, saúde do plantel, manejo e outras ques-tões ambientais, além de fatores que envolvem análises de merca-do. Mais informações: www.hyline.com.br.

Geneticista participa de debate durante 22º CBA

Hy-Line do Brasil

Arango: Objetivo das casas de genética é

uma ave com a mais alta qualidade

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54 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

A contaminação por micotoxinas é um dos principais desafios da

avicultura. A ocorrência destas substâncias tóxicas em matérias--primas para ração de aves pode levar à perda de produtividade do plantel e até a morte dos animais em casos extremos, destacou o médico veterinário especialista em avicultura e gerente de Marketing da Agroceres Multimix, Victor Walzberg.

Ele aposta no lançamento da mais recente tecnologia em adsor-ventes de micotoxinas como ferra-menta estratégica para evitar conta-minação em granjas brasileiras. A Agroceres Multimix disponibiliza no País uma linha de adsorventes que combate as três principais classes de micotoxinas, a aflatoxina, a fumoni-sina e a zearalenona. “A linha AgFix zea3 é extremamente pura, além de

ter a granulometria mais fina do mercado, o que significa uma efici-ência muito maior em função de atingir maior área de superfície de contato”, explicou Walzberg.

A linha de adsorventes

de micotoxinas AgFix foi um dos destaques da Agroceres Multimix no estande no 22° Congresso Brasileiro (25 a 27 de outubro em São Paulo, SP). Saiba mais sobre: www.agroceresmultimix.com.br.

Agroceres Multimix lança adsorventes de micotoxinas

Tecnologia

AgFix: combate três

principais classes de

micotoxinas

A FormilVet lançou o Flume-san® Pó Solúvel e o Flume-

san® Premix, molécula de primeira eleição para enfrentar a Salmo-nella, E. coli e Pasteurella, onde outros antibióticos falham. O pro-

duto tem carência de apenas cinco dias antes do abate, e no caso de ovos esse prazo cai para três dias. O Flumesan está no grupo dos derivados tricíclicos fluorinados das quinolonas, classificado como

uma quinolona de segunda gera-ção, considerada ainda precursora das modernas fluoroquinolonas. Embora o radical flúor seja parte de sua molécula, a flumequina não é considerada uma fluoroquinolo-na por diversos cientistas, pois não compartilha outras características químicas e de síntese típicas deste grupo. Além disso, há baixo risco de resistência cruzada com fluoro-quinolonas. O antibiótico é libera-do pela União Europeia, atinge rapidamente níveis terapêuticos e reduz probabilidade de recidivas. Saiba mais em: www.formilvet.com.br.

Flumesan revoluciona mercado

Contra bactérias

Logo do produto: liberado pela União Europeia

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Produção Animal | Avicultura 55

Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

AAlltech do Brasil destacou em seu estande no 22º Congresso Brasileiro

de Avicultura a renovação de sua equipe técnica. Reginaldo Padovani, gerente Nacional de Negócios, revela que a Alltech buscou por profissionais jovens para aumentar e construir sua nova equipe técnica e de campo. “Hoje, con-tamos com quatro novos profissionais em nossa equipe, totalizando 11 pessoas na área de avicultura”, comenta. “Nossa equipe ainda conta com uma estrutura própria de marketing e tem como objeti-vo trabalhar com maior criatividade, foco nas regiões produtoras e especialização nas áreas de saúde e nutrição avícola”,

resume. Segundo Padovani , a Alltech do Brasil atua para oferecer soluções naturais e resultados melhores em menos tempo, com a sincro-nia de seus produtos e serviços. A Alltech também ressaltou algumas tecnolo-gias para o segmento de aves como complexos natu-rais enzimáticos Allzume SSF, adsorvente de micotoxinas Mycosorb, os minerais Bioplex e mananoproteínas funcionais, o Actigen. Mais: www.alltech.com.

Alltech renova equipe técnica

22° CBA

Equipe de avicultura da

Alltech do Brasil

A expectativa da GSI Agromarau com relação ao 22° Congresso

Brasileiro de Avicultura (25 e 27 de Outubro, em São Paulo, SP) se mate-rializou pela grandiosidade do even-to. O estande da empresa recebeu a visita de produtores e congressistas durante todos os dias do evento.

Líderes nacionais da avicultura

marcaram presença, tornando-o um congresso altamente representativo. Isso, associado à presença de políti-cos ligados ao agronegócio, certa-mente, fez com que o nível da infor-mação e da imagem passadas aos congressistas sobre a avicultura brasileira fosse as melhores, efeti-vando sua importância. “Considero

esse congresso um marco, a partir do qual esse setor produtivo passa a ser visto com outros olhos, diante da expressividade do segmento na composição do PIB brasileiro”, afir-ma Ivo Oltramari Júnior, diretor de Vendas e Marketing da área de proteína animal da GSI. Saiba mais: www.gsibrasil.ind.br.

GSI ressalta importância do CBA

Um marco

Um prêmio para pesquisas na área nutrição avícola foi lan-

çado pela Novus do Brasil durante o 22º Congresso Brasileiro de Avicultura. A empresa pretende premiar as pesquisas aplicadas que contribuam com aumento da lucra-tividade do produtor. O objetivo é estimular a produção científica no

país que possam ser aplicadas à realidade da agroindústria, definiu a zootecnista e gerente Técnica de Avicultura da Novus do Brasil, Luciana Franco. “Queremos envol-ver universidades e professores, além de fomentar pesquisas apli-cadas que visem aumentar a lucra-tividade com foco em nutrição”.

O vencedor vai ganhar da Novus uma viagem para Atlanta, nos Estados Unidos, para participar do International Poultry Exhibition (IPE) em 2013. Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (19) 3936.8590 ou pelo e-mail [email protected]. Saiba mais em: www.novusint.com.

Novus lança concurso

Pesquisa em nutrição

Page 56: A carne avícola em 2012

56 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

A Aviagen América Latina e a Hy-Line participaram juntas do

22º Congresso Brasileiro de Avicultura (25 e 27 de Outubro, em São Paulo, SP). Aviagen e Hy-Line são empresas de genética que, mesmo atuando em diferentes mercados avícolas (respectivamente, frangos de corte e ovos de postura), participaram do Congresso Brasileiro demonstran-do todo apoio ao setor avícola nacio-nal. Além disso, ambas as empresas fazem parte do Grupo Erich Wesjohann (EW Group), líder mundial em genética de aves – o que colabora para a iniciativa inédita através de um estande conjunto.

“Foi com imensa satisfação que atuamos juntos neste evento em prol da avicultura, muito bem organizado

pela Ubabef e com a participação de diversas empresas do setor”, comen-tou Ivan Lauandos, Diretor Geral da Aviagen. “A participação da Hy-Line com a Aviagen é histórica e mostra total sinergia entre as empresas”, complementou Rogério Belzer, então Diretor Geral da Hy-Line.

Durante o evento, a Aviagen participou dos Cases de Sustentabilidade apresentados pelas empresas do setor, em uma impor-tante ação promovida pela Ubabef. O tema da Aviagen selecionado pela entidade tratava sobre a “Transformação dos Resíduos do Incubatório em Adubo Orgânico” – tema este que gerou uma série de perguntas à equipe da empresa. Mais informações: www.aviagen.com.

Aviagen e Hy-Line dividem estande

Juntas

Iniciativa inédita através

de estande conjunto

Globoaves partici-pou do 22º

Congresso Brasileiro de Avicultura, (25 e 27 de Outubro, em São Paulo, SP) com a pre-sença de diretores da empresa e também dos gerentes de ven-das de cada uma de suas áreas de atuação.

Durante o evento, a Globoaves apresentou a linha de ovos férteis e pintinhos de um dia (de

corte), juntamente com as linhagens de postura e colonial. O destaque para a edição desse ano foi para as atividades em torno da exportação de ovos férteis e a Central de Ovos.

Segundo Roberto Kaefer, Diretor da empresa, “o congresso contribuiu, em um âmbito geral, para consolidar o Brasil como um dos maiores produtores mundiais e também apresentar a força da avicultura brasileira. Além disso, será um momento extremamente oportuno para novos contatos e negócios”. Saiba mais: www.globaves.com.br.

Globoaves mostra seus produtos

Ovos férteis e pintos de um dia

Equipe Globoaves no evento

O vice-presidente global para assuntos técnico-científicos e

regulatórios da Phibro, Richard Coulter participou do painel “Análise de risco do uso de antimicrobianos” promovido durante o 22° Congresso Brasileiro. Coulter atualmente coorde-na trabalhos de pesquisa relaciona-dos ao uso de moléculas promotoras

de desempenho e anticoccidianos na unidade de pesquisa e desenvolvi-mento da Phibro, em Nova Jersey, EUA, e responde pelas ações regula-tórias da empresa em todo o mundo.

O uso de antimicrobianos na alimentação animal deve sempre ser apoiado em adequado embasamento científico, através de análises de risco

para a tomada de decisões, garantin-do as orientações para o uso racional dessas tecnologias na produção animal. Esse tema e os aspectos regulatórios dos principais países importadores de frango brasileiro foram os temas principais do encon-tro. Saiba mais sobre a empresa: www.phibro.com.br.

Phibro debate uso de antimicrobianos

Regulamentação internacional

Page 57: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 57

O ninho automático com coleta me-canizada da Plasson/Gallus foi a

grande novidade da empresa apresenta-da durante o 22º Congresso Brasileiro de Avicultura. De acordo com Franke Hobold, diretor da Plasson do Brasil, o novo ninho proporciona ovos mais lim-pos e redução na mão de obra de coleta. “As pernas, laterais e piso do ninho são fabricados em plástico de alta resistência,

o que permite uma fácil higienização, e grades com fechamento frontal em duas opções: em madeira ou em grade galve-nizada”, explica. O ninho Gallus também oferece maior espaço interno às aves (matrizes leves e pesadas) e mesa de coleta com controle de velocidade, ajuste de velocidade, tapete de borracha e sistema de tensionamento da esteira. Saiba mais em: www.plasson.com.br.

Plasson lança ninho automático no CBA

Novidade

A empresa Poli-Nutri anuncia que agora é sociedade anônima de

capital fechado e passa a chamar-se Poli-Nutri Alimentos S.A. A mudança arremata um plano estratégico e arrojado de crescimento que movi-mentou investimentos de cerca de R$ 25 milhões nos últimos 18 meses, tornando a empresa mais moderna, ágil e ainda mais competitiva. “Man-teremos o mesmo quadro de sócios e os mesmos princípios que nos orientam há mais de 20 anos, porém acreditamos que este modelo empre-sarial é o mais adequado para uma empresa que deseja crescer”, explica

Leandro Bruzeguez, diretor da Poli--Nutri, que ao lado de Julio Flavio Neves e Ludovico Derubeis, respon-dem pela gestão da empresa.Com operação no Brasil e na América Lati-na, a Poli-Nutri planeja obter um crescimento de 20% em 2012. O resultado é reflexo de crescentes investimentos que aumentaram em 40% a capacidade de produção da empresa, hoje com quatros unidades de produção localizadas em Osasco (SP), Maringá (PR), Eusébio (CE) e Treze Tílias (SC), além do Centro de Distribuição em Lajedo (PE). Mais: www.polinutri.com.br.

Poli-Nutri vira S/A

Em 2012

Page 58: A carne avícola em 2012

58 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e PreçosEstatísticas e Preços

Produção de pintos de corteAGOSTO/2011530,405 milhões | 3,03%

Produção de carne de frangoOUTUBRO/2011 1.108.000* mil toneladas | 3,50%*

Exportação de carne de frango OUTUBRO/2011 335.733 toneladas | 0,70%

Oferta interna de carne de frango OUTUBRO/2011772.000* toneladas | 4,73*

Alojamento de pintainhas de postura OUTUBRO/20116,622 milhões | 0,42%

Desempenho do frango vivoNOVEMBRO/2011R$ 2,07 | 12,18%

Desempenho do ovoNOVEMBRO/2011R$ 40,17/cxa | 9,06%

MilhoNOVEMBRO/2011R$ 29,64/saca | 3,89%

Farelo de SojaNOVEMBRO/2011R$ 644,00/ton | -15,15%

Produção e mercadoem resumoEm novembro, ligeira

queda do preço do milho melhorou o poder de compra

do frango vivo em relação ao grão

Em novembro, o frango vivo registrou média de R$2,07/kg. A valorização ocorrida no mês (isto é, entre 1 e 30

de novembro) não ultrapassou os 2,5%. O que é pouco, muito pouco. E não só frente à inflação, mas principalmente em relação aos custos de produção. Mas, apesar disso, não se pode dizer que novembro foi ruim, pois o preço médio do período foi 4,69% e 12,18% superior aos alcançados, respecti-vamente, no mês anterior e no mesmo mês do ano passado.

Além disso, registrou-se em novembro a segunda melhor média de preços de 2011. Outro fato importante foi a ligeira baixa ocorrida nos preços do milho, de 3%.

Assim, em novembro, o poder de com-pra do frango vivo em relação ao milho praticamente recolocou-se dentro da mé-dia observada nos últimos 10 anos – uma tonelada da ave adquirindo acima de qua-tro toneladas de milho, fato raro a partir do final de 2010.

Já o ovo deixava a expectativa de, em novembro, reverter as sucessivas quedas de preço enfrentadas desde o início do se-gundo semestre de 2011.

Dessa forma, em meados de novem-bro, ainda que o valor recebido pela dúzia do produto fosse apenas 16 centavos su-perior ao do início do mês, o produto já alcançava preço médio que sinalizava a su-peração da remuneração obtida em outubro.

Mas isso acabou frustrado com a per-da, na quarta semana de novembro, de 50% do fraco ganho anterior.

Novembro foi encerrado com a menor remuneração do corrente semestre e com a segunda pior remuneração de 2011. O preço médio do ovo ficou em R$ 40,17/cxa.

Todas as porcentagens são variações anuais * Estimativa do AviSite sujeita a correções assim que sejam divulgados os dados oficiais

Page 59: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 59

Produção de pintos de corteVolume acumulado nos oito primeiros meses do ano superou os 4 bilhões de cabeças

EVolução mEnsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

Setembro 467,938 496,915 6,19%

Outubro 503,041 513,130 2,01%

Novembro 462,635 511,532 10,57%

Dezembro 493,895 517,827 4,85%

Janeiro 472,898 499,350 5,59%

Fevereiro 448,957 473,309 5,42%

Março 510,371 526,847 3,23%

Abril 497,581 513,028 3,10%

Maio 500,989 536,043 7,00%

Junho 500,788 514,100 2,66%

Julho 512,451 501,880 -2,06%

Agosto 514,822 530,405 3,03%

Em 8 meses 3.958,857 4.094,962 3,44%

Em 12 meses 5.886,367 6.134,365 4,21%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Os últimos números divulgados pela APINCO mostraram que após um

forte retrocesso no mês de julho, a pro-dução brasileira de pintos de corte retor-nou a níveis considerados normais para este ano.

Assim, o volume de agosto ficou em 530,4 milhões de cabeças, 3% a mais que o produzido no mesmo mês do ano passado, mas 5,7% a mais que o regis-trado em julho, mês também de 31 dias. Foi o segundo maior volume da história do setor, ficando aquém, somente, da produção de maio de 2011, mês em que se produziram 536 milhões de pintos de corte.

Com essa produção, o volume acu-mulado no ano superou os 4 bilhões de cabeças. Em 2010, no mesmo período, a produção foi pouco superior a 3,950 bi-lhões de pintos de corte. Agora ela se en-contra em 4,095 bilhões de cabeças, tendo aumentado perto de 3,5%.

Correspondendo a um volume mé-dio da ordem de 512 milhões de cabeças mensais, o atual acumulado projeta para 2011 volume global não inferior a 6,140 bilhões de pintos de corte, com aumento de pouco mais de 2% sobre 2010. Con-siderados, porém, fatores como o volu-me registrado em agosto, o comporta-mento normal do setor no segundo semestre do ano e, ainda, a firmeza de mercado observada nos últimos meses, fica claro que a atual média será facil-mente superada.

Dessa forma, simplesmente mantida no quadrimestre final de 2011 a mesma produção registrada em agosto passado (normalmente, em outubro é registrada a maior produção do ano), a produção do ano subirá para 6,2 bilhões de pintos de corte, cerca de 3,5% a mais que o al-cançado em 2010.

Note-se, a propósito, que não será difícil alcançar esse volume visto que, nos últimos 12 meses, a produção acumula-da soma 6,134 bilhões de pintos de corte e apresenta expansão de 4,2% sobre os 12 meses imediatamente anteriores.

2010

498,

2

Ago

498,

2

496,

9

Set

496,

9

496,

6

Out

496,

6

Nov

511,

551

1,5

Dez

501,

150

1,1

Jan

483,

248

3,2

Fev

507,

150

7,1

Mar

509,

950

9,9

Abr

513,

0

Ago

513,

3

513,

0

Mai

518,

851

8,8

Jun

514,

1

513,

3

514,

1

Jul

485,

7

2011

Produção real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasMilhões de Cabeças

Page 60: A carne avícola em 2012

60 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Produção de carne de frangoIndicadores de mercado sugerem que em outubro pode ter

sido superada, novamente, a marca do 1,1 milhão de toneladas

EVolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

Novembro 979,969 1.030,498 5,16%

Dezembro 1.010,062 1.112,104 10,10%

Janeiro 1.000,611 1.088,307 8,76%

Fevereiro 870,352 950,589 9,22%

Março 966,853 1.048,702 8,47%

Abril 1.026,166 1.078,983 5,15%

Maio 1.072,142 1.121,019 4,56%

Junho 1.041,178 1.089,220 4,61%

Julho 1.067,354 1.094,724 2,56%

Agosto 1.056,971 1.074,000* 1,61%

Setembro 997,524 1.013,000* 1,55%

Outubro 1.070,510 1.108,000* 3,50%

Em 10 meses 10.169,661 10.666,544* 4,89%

Em 12 meses 12.159,692 12.809,146* 5,34%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE* Estimativa do AviSite alterável conforme se divulguem os números relativos à

produção de pintos de corte.

O volume de carne de frango que, provavelmente, ficou aquém de 1,1

milhão de toneladas nos últimos quatro meses (só os números de junho e julho estão confirmados) pode ter superado novamente essa margem em outubro passado. A projeção leva em conta o vo-lume de pintos de corte produzido em agosto deste ano e supõe que a produção do mês seguinte, setembro, tenha manti-do as mesmas proporções, caindo ligeira-mente apenas em função do mês mais curto. Aceitas essas projeções, o volume produzido nos dez primeiros meses pode ter chegado aos 10,6 milhões de tonela-das, aumentando cerca de 5% em rela-ção a 2010. Correspondendo a uma mé-dia mensal de 1,066 milhão de toneladas, essa produção projeta para a totalidade de 2011 volume em torno dos 12,8 mi-lhões de toneladas, cerca de 4% a mais que o produzido no ano passado.

Curiosamente (e desde que aceitas as projeções dos últimos três meses), esse é o volume alcançado nos 12 meses encer-rados em outubro de 2011. Neste caso, quando comparado a idêntico período anterior, o volume registrado é 5,3% superior.

Naturalmente, como os números mais recentes são meras projeções, o re-sultado apontado pode estar dissociado da realidade. Porém, parece ser difícil o setor chegar neste ano aos 13 milhões de toneladas.

Para chegar a essa conclusão basta tomar como referência os dados concre-tos relativos aos sete primeiros meses do ano, período em que a produção somou 7,471 milhões de toneladas. Pois bem: para alcançar-se os 13 milhões de tonela-das seria necessário manter, entre agosto e dezembro, uma produção média não inferior a 1,105 milhões de toneladas mensais.

Quase com absoluta certeza, os nú-meros de agosto e setembro ficaram bem aquém desse volume. Portanto, é mais provável que os 13 milhões de toneladas fiquem para o ano que vem.

2010

1.03

6,0

Out

1.03

6,0

Nov

1.03

0,5

1.03

0,5

Dez

1.07

6,2

1.07

6,2

Jan

1.05

3,2

1.05

3,2

Fev

1.01

8,5

1.01

8,5

Mar

1.01

4,9

Abr

1.07

9,0

1.07

9,0

Mai

1.08

4,9

1.08

4,9

Jun

1.08

9,2

1.08

9,2

Jul

1.05

9,4

1.05

9,4

Ago*

1.03

9,4

1.03

9,4

Set*

1.01

3,0

Out*

1.07

2,3

2011

Produção real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasOutubro de 2010 a Outubro de 2011Agosto, setembro e outubro de 2011: previsão

Mil toneladas

Page 61: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 61

Em outubro passado, conforme a SE-CEX/MDIC, os embarques brasileiros

de carne de frango somaram 335.733 to-neladas, o que significa que praticamente repetiram o volume registrado um ano an-tes, em outubro de 2010, ocasião em que foram exportadas 333.406 toneladas do produto.

No entanto, em relação ao mês ante-rior esse volume foi 10% superior, o que significou recuperação dos baixos resulta-dos observados em setembro, mês em que o volume embarcado ficou próximo das 300 mil toneladas, recuando aos níveis de janeiro e fevereiro, os menores de 2011.

Com o último resultado, o volume acu-mulado nos 10 primeiros meses do ano somou 3,2 milhões de toneladas, ficando 1,5% acima do alcançado em idêntico pe-ríodo de 2010. Com esse resultado, fica afastada a possibilidade de obter-se, no ano, um aumento das exportações em tor-no dos 5% e de alcançar-se pelo menos os 4 milhões de toneladas. A média mensal do período janeiro-outubro sinaliza embar-ques totais de não mais que 3,9 milhões de toneladas, também 1,5% a mais que o al-cançado nos 12 meses de 2010.

Não é muito diferente o total acumula-do nos 12 meses encerrados em outubro de 2011: nesse período, os embarques de carne de frango aumentaram 2,68%, fi-cando próximos de 3,870 milhões de tone-ladas.

A destacar que, a despeito do cresci-mento mínimo no volume, as exportações de carne de frango vêm registrando ex-pressivo aumento na receita cambial gra-ças, naturalmente, à valorização dos pre-ços do produto no mercado internacional.

Dessa forma, a receita acumulada en-tre janeiro e outubro, de aproximadamente US$6,750 bilhões, foi não só 21,1% supe-rior à alcançada em idêntico período de 2010, mas também correspondeu, em 10 meses, a 99% da receita cambial global da carne de frango no ano passado. Ou seja: já nos primeiros dias de novembro, com quase dois meses de antecedência, o resul-tado de 2010 já havia sido ultrapassado.

Exportação de carne de frangomesmo com recuperação, embarques de outubro foram similares ao do mesmo mês do ano passado

EVolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

Novembro 268,615 319,802 19,06%

Dezembro 314,785 315,316 0,17%

Janeiro 233,324 295,398 26,60%

Fevereiro 282,471 296,585 5,00%

Março 331,941 341,055 2,75%

Abril 309,942 325,263 4,94%

Maio 322,151 338,523 5,08%

Junho 325,272 331,321 1,86%

Julho 360,526 310,874 -13,77%

Agosto 347,921 354,337 1,84%

Setembro 337,637 304,591 -9,79%

Outubro 333,406 335,733 0,70%

Em 10 meses 3.184,591 3.233,680 1,54%

Em 12 meses 3.767,990 3.868,798 2,68%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC / Elaboração e análises: AVISITE

Volume mensalexportado em 12 mesesMil Toneladas

2009/10

Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out

310

290

250

270

370

350

330

230

2010/11Média 09/10Média 10/11

Page 62: A carne avícola em 2012

62 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

oferta interna de carne de frangoRetrocesso de preços no varejo reforça tese de

aumento da disponibilidade em outubro

Aceitos os valores estimados pelo Avi-Site para a produção de carne de

frango e considerado o volume exporta-do no mês, permaneceram no mercado interno em outubro de 2011 cerca de 772 mil toneladas de carne de frango, o que, se verdadeiro, significou aumento da or-dem de 9% sobre o mês anterior e de perto de 5% sobre o mesmo mês do ano passado.

Há que se convir, porém, que uma variação de oferta desse nível (quase 10% de um mês para outro) deveria ter “balançado” o mercado. Por quê isso não ocorreu?

É certo, sim, que a oferta interna de outubro foi maior que a de setembro, fato confirmado pelo próprio comporta-mento do mercado, conforme valores de varejo levantados pelo Procon-SP. Assim, após ter fechado setembro com o maior valor mensal do ano – R$4,36/kg – o pre-ço do frango abatido comercializado na cidade de São Paulo recuou e, no mês seguinte, registrou valor (R$4,08/kg, que-da superior a 6% no mês) inferior ao que havia sido registrado em janeiro e feverei-ro deste ano.

De toda forma, é bem provável que a oferta interna de outubro não tenha atin-gido os altos níveis apontados pela tabe-la. Mas não porque os números estejam distorcidos e, sim, pelo momento do ano. Ou seja: em outubro começam a ser pro-duzidos os “frangões” de Natal. Dessa forma, parte do plantel que deveria ter sido abatida no mês de outubro, teve seu processamento postergado. O que tam-bém simplesmente posterga a alta oferta apontada para outubro para os meses vindouros, especialmente dezembro.

De qualquer maneira, aceitas as pro-jeções propostas, o volume ofertado in-ternamente nos 10 primeiros meses de 2011 chegou aos 7,4 milhões de tonela-das, aumentando perto de 6,5% em rela-ção ao período janeiro-outubro de 2010 – por sinal, mesmo índice de expansão do volume acumulado nos 12 meses encer-rados em outubro de 2011.

EVolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

Novembro 711,354 710,696 -0,09%

Dezembro 695,278 796,786 14,60%

Janeiro 767,287 792,908 3,34%

Fevereiro 587,882 654,004 11,25%

Março 634,912 707,647 11,46%

Abril 716,224 753,720 5,24%

Maio 749,991 782,496 4,33%

Junho 715,906 757,899 5,87%

Julho 706,828 783,850 10,90%

Agosto 709,050 720,000* 1,54%

Setembro 659,887 708,000* 7,29%

Outubro 737,104 772,000* 4,73%

Em 10 meses 6.985,071 7.432,524* 6,41%

Em 12 Meses 8.391,703 8.940,006* 6,53%

Fonte dos dados básicos: APINCO e SECEX/MDIC / Elaboração e análises: AVISITE* Estimativa do AviSite alterável conforme se divulguem os números

relativos à produção de pintos de corte.

Evolução na oferta internaem 12 mesesMil toneladas

2010/2011

Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out

500

550

600

650

700

750

800

2009/2010

Page 63: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 63

Após ter aumentado mais de 25% no ano passado, em 2011 o alojamen-

to de pintainhas comerciais de postura tende a acompanhar de perto apenas o crescimento vegetativo da população brasileira que, de acordo com o IBGE, teve na última década expansão média pouco superior a 1%.

Entre janeiro e outubro, conforme a UBABEF, responsável pelo levantamento mensal, o volume alojado somou 66,336 milhões de cabeças, quantidade que sig-nificou aumento de 1,45% sobre idênti-co período do ano anterior.

Para que isso se confirme será preci-so que o alojamento mensal do bimestre final de 2011 não ultrapasse a média re-gistrada em outubro passado, mês em que se alojaram 6,622 milhões de pintai-nhas de postura, 75,5% delas represen-tadas por linhagens produtoras de ovos brancos. Neste caso, o total anual ficaria em torno dos 79,6 milhões de cabeças, aumentando 1,7% em relação a 2010.

Por ora, o índice de aumento do vo-lume acumulado nos últimos 12 meses é significativamente maior: anda próximo dos 4,5%, correspondendo a um aloja-mento de 79,175 milhões de pintainhas de postura.

Porém, independentemente da ex-pressividade dessa expansão, o que res-salta no setor é a estabilidade na evolu-ção do plantel anualizado (gráfico ao lado). Assim, ainda que o anualizado de outubro passado tenha ficado mais de 4% acima do volume registrado no mes-mo mês do ano passado, permanece in-ferior ao que havia sido alcançado em abril e maio deste ano, período em que o plantel alojado em 12 meses superou a casa dos 80 milhões de cabeças.

Essa estabilidade não tem maior sig-nificado para o setor. Porém, nos primei-ros meses de 2012, ela deve começar a redundar em benefícios para o produtor, pois conduz a uma produção melhor ajustada à demanda. O que deve propi-ciar um bom Ano Novo para a atividade.

alojamento de pintainhas de posturaTotal de 2011 tende a um crescimento apenas vegetativo

EVolução mEnsal(OVOS BRANCOS E VERMELHOS)

MILHÕES DE CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2009/10 2010/11 VAR.% 2009/10 2010/11

Novembro 5,251 6,708 27,73% 71,03% 75,07%

Dezembro 5,181 6,131 18,35% 73,75% 72,19%

Janeiro 5,723 6,613 15,54% 76,94% 75,28%

Fevereiro 5,502 5,586 1,53% 73,30% 75,18%

Março 6,162 6,554 6,36% 78,60% 73,14%

Abril 6,448 7,134 10,64% 78,69% 72,99%

Maio 6,551 6,474 -1,17% 76,99% 73,28%

Junho 7,156 6,587 -7,96% 78,25% 76,27%

Julho 7,241 6,716 -7,25% 77,20% 76,55%

Agosto 7,193 7,115 -1,07% 76,09% 73,23%

Setembro 6,818 6,935 1,72% 77,35% 75,96%

Outubro 6,595 6,622 0,42% 75,47% 75,52%

Em 10 meses 65,389 66,336 1,45% 76,94% 74,72%

Em 12 Meses 75,821 79,175 4,42% 76,31% 74,55%

Fonte dos dados básicos: UBABEF – Elaboração e análises: AVISITE

2010

75,8

21

Out

75,8

21

Nov

77,2

7777

,277

77,2

77

Dez

78,2

2878

,228

79,1

17

Jan

79,1

17

79,2

01

Fev

79,2

01

79,5

93

Mar

79,5

93

Abr

80,2

7980

,279

Mai

80,2

0280

,202

Jun

79,6

3279

,632

Jul

79,1

07

Set

79,1

47

Out

79,1

75

79,1

07

79,1

47

79,1

75

Ago

79,0

30

2011

Acumulado em 12 MesesMilhões de cabeças

Page 64: A carne avícola em 2012

64 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Por pouco, muito pouco, o frango vivo comercializado no interior paulista não

encerrou novembro de 2011 com o mesmo valor registrado um ano atrás. Pois enquan-to em 30 de novembro de 2010 alcançava

cotação de R$2,00/kg, um ano depois (on-tem) foi comercializado por não mais que R$2,05/kg. Isso significou cinco centavos ou 2,5% de acréscimo, o que – repetindo a expressão inicial – é pouco, muito pouco. E

não só frente à inflação, mas principalmen-te em relação aos custos de produção.

Ainda assim não se pode dizer que no-vembro foi ruim. Pois ainda que a valoriza-ção ocorrida no mês (isto é, entre 1 e 30 de novembro) não tenha ultrapassado os 2,5%, o preço médio do período foi 4,69% e 12,18% superior aos alcançados, respec-tivamente, no mês anterior e no mesmo mês do ano passado.

Além disso, registrou-se em novembro (e pelo menos em valores nominais) a se-gunda melhor média de preços de 2011, com valores muito próximos daqueles al-cançados em agosto passado – até aqui os melhores do ano e da história do setor.

Talvez ainda não tenha apresentado efeitos na produção. Mas outro fato tão importante quanto a boa remuneração foi a ligeira baixa ocorrida nos preços do milho. Assim, em novembro, o poder de compra do frango vivo em relação ao mi-lho praticamente recolocou-se dentro da média observada nos últimos 10 anos – uma tonelada da ave adquirindo acima de quatro toneladas de milho, fato raro a partir do final de 2010. Em junho, por exemplo, o mesmo volume de frangos vivos havia adquirido não mais que três mil toneladas, um quarto a menos do que atualmente.

Naturalmente, isso permanece insufi-ciente para cobrir o aumento de custos registrado no decorrer do corrente exercí-cio. Caso, sobretudo, do milho, o mais pesado de todos os insumos do frango: apesar dos retrocessos mais recentes, seu valor médio, neste ano (janeiro-novem-bro), ficou em R$30,84/saca. Como, em idêntico período de 2010, foi adquirido por R$20,73/saca, em média, apresentou neste ano alta de, praticamente, 50%.

Já o frango vivo obteve, entre 1º de janeiro e 30 de novembro, remuneração média de R$1,90/kg, valor que represen-ta ganho de não mais que 18% sobre o valor médio de R$1,61/kg registrado no transcorrer dos onze primeiros meses de 2010. Ou, repetindo mais uma vez, é pouco, muito pouco.

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja,

interior paulista – R$/KgMÊS MÉDIA

R$/KGVARIAÇÃO %

ANUAL MENSAL

NOV/10 1,85 20,19% 0,54%

DEZ 2,08 26,52% 12,29%

JAN/11 1,96 23,80% -5,73%

FEV 2,01 23,34% 2,78%

MAR 2,03 33,48% 0,92%

ABR 1,79 26,77% -11,90%

MAI 1,60 14,56% -10,27%

JUN 1,62 19,70% 0,76%

JUL 1,77 12,69% 9,41%

AGO 2,08 28,49% 17,65%

SET 1,97 1,87% -5,55%

OUT 1,98 7,73% 0,71%

NOV 2,07 12,18% 4,69%

média e variação anual entre 2000 e 2011

ANO R$/KG VAR. %

2000 0,91 14,57%

2001 0,97 6,47%

2002 1,13 16,49%

2003 1,45 28,31%

2004 1,49 2,75%

2005 1,35 -8,72%

2006 1,16 -14,70%

2007 1,55 33,62%

2008 1,63 5,16%

2009 1,63 0,15%

2010 1,65 0,94%

2011* 1,90 15,13%

* Média entre 03/01 e 30/11/11

Desempenho do frango vivo em novembro de 2011a segunda melhor média de preços do ano

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

R$

1,96

R$

1,97

R$

1,97

R$

1,98

R$

1,96

R$

2,01

R$

2,01

R$

2,03

R$

1,97

R$

2,08

R$

1,98

R$

1,98

R$

2,07

R$

2,03

R$

1,79

R$

1,79

R$

1,60

R$

1,60

R$

1,60

R$

1,62

R$

1,97

R$

1,97

R$

2,08

R$

2,08

R$

1,62

R$

1,77

FRANGO VIVO - PREÇOS HISTÓRICOS E PREÇOEFETIVO EM 2011

PREÇO HISTÓRICO (média 1999/2009):preço em dezembro do ano anterior igual a 100PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2011: (R$/KG, granja, interior paulista)

R$ 1,30

R$ 1,20

R$ 1,40

R$ 1,50

R$ 1,60

R$ 1,70

R$ 1,80

R$ 1,90

R$ 2,00

92,8

0%

97,6

6%

88,1

8%

86,1

9%

87,1

2%

96,5

2%

98,8

5%

104,

63%

106,

13%

107,

27%

107,

47%

108,

34%

Page 65: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 65

Embora viesse obtendo valorização mínima no decorrer do período, o

ovo deixava a expectativa de, em novem-bro, reverter as sucessivas quedas de pre-ço enfrentadas desde o início do segundo semestre de 2011.

Dessa forma, em meados de novem-bro, ainda que o valor recebido pela dúzia do produto fosse apenas 16 centavos su-perior ao do início do mês, o produto já alcançava preço médio que sinalizava a superação da remuneração obtida em outubro.

Mas isso acabou frustrado com a per-da, na quarta semana de novembro, de 50% do fraco ganho anterior. Em conse-quência, o décimo primeiro mês do ano foi encerrado não só com a menor remu-neração do corrente semestre, mas tam-bém com a segunda pior remuneração de 2011, à frente apenas da média regis-trada em janeiro.

Isso significa, também, que o valor médio alcançado em novembro apresen-tou a menor variação anual do corrente exercício - não mais que 9% de acrésci-mo em relação à média alcançada em novembro de 2010, ganho insignificante frente ao aumento de custos registrado no período. E, pior ainda, recuou 1,36% em relação ao mês anterior, 16,45% em relação à cotação de fechamento do pri-meiro semestre e quase 25% em relação à melhor média do ano, registrada no mês de abril.

Salvo ocorrências excepcionais, em novembro o ovo normalmente apresenta recuperação em relação ao mês de outu-bro, porquanto o mês é, também, de iní-cio de preparação para as Festas. Como isso não ocorreu, surge uma indagação: será que o ovo está passando pelo mes-mo processo que envolveu o frango?

Para explicar, basta lembrar que a produção em massa e a industrialização do frango fez com que o alimento per-desse a características de “prato de fes-tas”, já que passou a ser consumido dia-riamente e não apenas nas ocasiões especiais. Assim, seu consumo em datas

festivas como a Páscoa, Dia das Mães ou, mesmo, as Festas de final de ano, ainda que mais elevado, já não alcança os níveis registrados anos atrás.

O ovo, parece, pode estar indo pelo

mesmo caminho. Com a diferença de que a procura menos intensa nas ocasi-ões citadas pode estar mais relacionada à industrialização do produto e dos alimen-tos em geral.

Desempenho do ovo em novembro de 2011no mês, a menor remuneração do semestre

OVO BRANCO EXTRAEvolução de preços no atacado paulistano (R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS)

MÊS MÉDIA R$/CX

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

NOV/10 36,83 18,82% 0,25%

DEZ 38,76 8,01% 5,23%

JAN/11 37,08 16,60% -4,33%

FEV 44,29 11,65% 19,45%

MAR 49,08 19,82% 10,80%

ABR 52,88 40,07% 7,74%

MAI 43,08 10,11% -18,53%

JUN 48,08 16,81% 11,61%

JUL 47,00 24,04% -2,25%

AGO 46,04 23,92% -2,05%

SET 41,52 11,97% -9,81%

OUT 40,72 10,83% -1,93%

NOV 40,17 9,06% -1,36%

média e variação anual entre 2000 e 2011

ANO R$/CX VAR. %

2000 23,12 16,89%

2001 24,07 4,11%

2002 27,88 15,83%

2003 39,67 42,29%

2004 34,47 -13,11%

2005 33,48 -2,87%

2006 27,48 -17,92%

2007 39,42 43,45%

2008 43,62 10,65%

2009 38,63 -11,37%

2010 37,93 -1,82%

2011* 44,56 17,55%

* Média entre 03/01 e 30/11/11

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

R$

37,0

8

R$

44,2

9R

$ 44

,29

R$

49,0

8R

$ 49

,08

R$

52,8

8R

$ 52

,88

R$

43,0

8R

$ 43

,08 R$

48,0

8R

$ 48

,08

R$

47,0

0R

$ 47

,00

R$

46,0

4R

$ 46

,04

R$

41,5

2R

$ 41

,52

R$

40,7

2R

$ 40

,72

R$

40,7

2

R$

40,1

7

OVO EXTRA BRANCO - PREÇOS HISTÓRICOSE PREÇO EFETIVO EM 2011

PREÇO HISTÓRICO (média 1999/2009):preço em dezembro do ano anterior igual a 100PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2011: (R$/caixa, no atacado paulista)

R$ 32,00

R$ 30,00

R$ 34,00

R$ 36,00

R$ 38,00

R$ 40,00

R$ 42,00

R$ 44,00

R$ 46,00

R$ 48,00

R$ 50,00R$ 52,00

88,2

4% 108,

23%

112,

91%

101,89%

103,

18%

110,

65%

106,

81%

105,

62%

96,0

7%

95,5

3%

99,1

7%

111,

87%

Page 66: A carne avícola em 2012

Estatísticas e Preços

Matérias-PrimasDisparidade em relação ao ano passado mantém queda

Preço do farelo de soja continua em queda

Fonte das informações: www.jox.com.br

O farelo de soja (FOB, interior de SP) tem novamente pequena redução em seu preço, sendo comerciali-

zado em novembro de 2011 ao preço médio de R$644/tonelada, valor 2,42% menor que o de outubro passa-do – R$660/t. Na comparação com novembro de 2010 – quando o preço médio era de R$759/t – a cotação atual registra queda de 15,15%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoCom a valorização do preço do frango vivo e a que-

da do farelo de soja em novembro, foram necessários 311,1kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando melhora de 7,14% no poder de compra em relação a outubro de 2011, quando foram necessários 333,3kg de frango vivo para obter uma to-nelada do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, em

novembro de 2011 foram necessárias aproximadamente 18,84 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo aumentou na comparação com outubro de 2011: me-lhora de 0,86% já que em outubro 19 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a novem-bro de 2010, a melhora no poder de compra é de 32,78%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 25,0 caixas de ovos.

O preço do milho teve uma leve queda em novembro de 2011. O preço médio do insumo da saca de 60 kg, interior de SP, fe-

chou o mês cotado a R$ 29,64 – valor 3,01% menor que a média de R$30,56 obtida pelo produto em outubro. A disparidade de preço do milho apresentou números baixos uma vez que a escalada dos preços do grão teve início em novembro do ano passado. O valor atual é 3,89% maior, já que a média de novembro de 2010 foi de R$28,53/saca. Como em outubro de 2011, a disparidade foi de 24,73% houve uma queda de 20,84 pontos percentuais no mês.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou novembro a R$2,07/kg –

média 4,69% maior que a de outubro de 2011. A valorização do produto aumentou o poder de compra do avicultor: foram necessá-rios 238,6kg de frango vivo para se obter uma tonelada do insumo, considerando-se a média mensal de ambos os produtos em novem-bro. Este valor representa aumento do poder de compra de 7,79% em relação ao mês anterior, pois em outubro a tonelada do milho “custou” 257,2 kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/OvoO preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30 dúzias),

encerrou novembro cotado à média de R$ 34,17, redução de 1,58% sobre o mês anterior. Mesmo com essa desvalorização pelo quinto mês consecutivo, com a redução maior no preço do milho, o poder de compra aumentou: em novembro foram necessárias 14,457 cai-xas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em setembro fo-ram necessárias 14,670 caixas/t, uma melhora de 1,47% na capaci-dade de compra do produtor.

66 Produção Animal | Avicultura

Page 67: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 67

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Serv

iço

s

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SMS quando ocorre alguma alteração na tempe-ratura ambiente ou um corte de energia. Nesse último caso, o CAT 3.1 continua funcionando graças a uma bateria embutida. O modelo 2R foi desenvolvido especialmente para a avicultura e conta com dispositivo que permite controlar, separadamente, a umidade, a refrigeração e três pontos da ventilação.

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Min

ério

s

CaulimO Caulim pode ser obtido nas cores branca,

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70 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

70 Produção Animal | Avicultura

Avicultura de corte em 2011 e perspectivas para 2012

Jonas Irineu dos Santos Filho

é agrônomo e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves desde 1995, atuando na área de economia e administração

Mesmo com o aumento no custo de pro-dução, a avicultura de corte teve um grande incremento da produção no primeiro se-mestre de 2011. O impacto do crescimento da produção de frangos (7,34%), aliado ao aumento no abate de carne suína (7,11%), na oferta total de proteína animal foi ame-nizado devido, principalmente, à diminui-ção da oferta de carne bovina no mercado doméstico (a queda no abate fiscalizado fe-deral nos primeiros nove meses do ano foi de 6,50%).

No cenário internacional, os embarques totalizaram 3,233 milhões de toneladas en-tre janeiro e outubro, registrando alta de 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 3,184 milhões de toneladas.

Em função do aumento na produção e das exportações o que se viu até o presente momento foi um aumento de 10,55% e 9,94% e queda de 3,15% na disponibilidade interna de frangos, suínos e bovinos, res-pectivamente, abatidos com fiscalização fe-deral.

No primeiro semestre o aquecimento da economia permitiu o repasse do aumento dos custos de produção para o consumidor final. Mesmo com o resultado favorável nos primeiros nove meses de 2011 para o fran-go, deve-se ter em mente que o cenário futu-ro é mais restritivo. Se no início do ano ti-

nha-se um cenário de crescimento econômico do Brasil e dos países emergentes, o que se vê no mo-mento é um cenário menos oti-mista, principalmente no merca-do externo. A crise economia mundial, que até o momento se concentra nos países ricos, parece estar se aproximando também dos emergentes e a da China, um dos grandes motores do crescimento mundial, que vem dando sinais de diminuição da atividade econô-mica.

Os custos de produção do fran-go devem continuar elevados, em

patamares ligeiramente inferiores aos obser-vados em 2011, principalmente pela previ-são de maior produção de milho. As cota-ções internacionais do milho no mercado futuro de Chicago continuam elevadas e próximas de sete dólares o bushell e, segun-do informações da bolsa de Chicago, os pre-ços praticados no inicio de 2012 continua-rão próximos de 6,50 dólares.

Pelo lado da receita, o crescimento inter-no em 2012, provavelmente superior ao ob-servado em 2011, deverá garantir a capaci-dade de compra da população brasileira e assim manter a atual trajetória de preços re-cebidos pelo setor.

Outro indicador favorável para os mer-cados de carne diz respeito ao aumento no salário mínimo que passa a vigorar em ja-neiro de 2012. A perspectiva de um aumen-to de 13,62% - variação do salário mínimo a partir de janeiro de 2012 - na renda das po-pulações mais carentes terá um impacto di-reto sobre a demanda por carnes.

Finalizando, temos um cenário otimista baseado na sustentação das exportações, equilíbrio nos custos de produção, manu-tenção da produção de carne bovina e suína em patamares semelhantes a 2012 e melho-ria na renda. Por outro lado, a crise interna-cional pode afetar este cenário prejudican-do as exportações, o que cria um cenário de maior risco.

Conforme já anunciado no final de 2010, o preço do milho foi o grande vilão dos custos de produção de fran-

go em 2011. Segundo levantamento efetuado pela Embrapa Suínos e Aves, o índice de custo de produção de frango em 2011 foi de 5,44%. O impacto do aumento no preço do milho foi atenuado pela queda nas cotações médias do farelo de soja. Assim, se por um lado os bio-combustíveis são vilões do aumento do mi-lho, por outro lado são benéficos para o fa-relo de soja. A queda na cotação do dólar na maior parte do ano também amenizou o au-mento nas cotações internacionais do milho.

Page 71: A carne avícola em 2012

Produção Animal | Avicultura 71

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