A Cidade e as Serras- Eça de Queiroz.pptx

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A Cidade e as Serras (Ea de Queiroz, 1901)

A Cidade e as Serras (Ea de Queirs, 1901)

Narrador O meu amigo Jacinto nasceu num palcio, com cento e nove contos de renda em terras de semeadura, de vinhedo, de cortia e de olival.(...)Jacinto e eu, Jos Fernandes, ambos nos encontramos e acamaradamos em Paris, nas escolas do Bairro latino, para onde me mandava meu bom tio Afonso Fernandes Lorena de Noronha e Sande(...)Ora, nesse tempo, Jacinto concebera uma ideia... Este prncipe concebera a ideia de que o homem s superiormente feliz quando superiormente civilizado.(p. 11) Enredo em blocos temporaisParte I Captulos 1 a 7 1820 a 1853 A genealogia de Jacinto: Jacinto (Dom Galeo), D. Angelina= Cintinho e Teresinha Velho = Jacinto de Tormes; 1875 a 1880 Universidade: suma potncia x suma cincia = suma felicidade 1887 a 1888- Z Fernandes volta a Paris: condessa de Trves, duque de Marizac e o jornal, Madame de Oriol e amante, Gro Duque Casimiro, Grilo, Maurcio de Mayolle, Madame Colombe e amante Z ...

Enredo - continuaoParte II- Captulo 08 ao 16 1889- Jacinto em Tormes : Silvrio (administrador), Melchior (capataz), lavradores, empregadas, Joaninha (prima do Z) , Terezinha e Jacintinho

1893 Z Fernandes de volta a Paris e de volta a Tormes Personagens Protagonista Jacinto, o prncipe da gr ventura

Narrador Personagem: Jos Fernandes

Personagens a cidade

Personagens Campo

Espao e Romance de Tese - Sim , talvez tudo uma iluso... E a cidade, a maior iluso! To facilmente vitorioso redobrei de facndia. Certamente, meu prncipe, uma iluso! E a mais amarga, porque o homem pensa ter na cidade a base de toda a sua grandeza e s nela tem a fonte de toda a sua misria. V, Jacinto! Na cidade, perdeu ele a beleza e a fora harmoniosa do corpo e se tornou esse ser ressequido e escanifrado (...) p. 48 O meu prncipe, depois de um silncio grave, murmurou com a face encostada mo: uma lindeza! E que paz!Sob a janela vicejava fartamente uma horta, com repolho, feijoal, talhes de alface, gordas folhas de abbora rastejando Uma eira, velha e mal alisada, dominava o vale, de onde j subia tenuemente a nvoa de algum fundo ribeiro. (p. 76) Tempo Final do Sculo XIX Cientificismo : Positivismo s avessas

Estilo de poca Realismo : Esprito crtico contra as elites portuguesas ;Adultrio e sociedade de aparncias; Romance de Tese: a vida nas serras superior vida na cidade; Naturalismo: zoomorfismo e esttica do feio Impressionismo: descrio da natureza pelas sensaes, captaes do protagonista e narradorQuestes de Vestibular1- (FUVEST) Os romances de Ea de Queirs costumam apresentar crticas a aspectos importantes da sociedade portuguesa, freqentemente acompanhadas de propostas ( explcitas ou implcitas) de transformao social. Em A Cidade e as Serras: Qual o aspecto que se critica das elites portuguesas? Qual a relao, segundo preconiza o romance, que essas elites deveriam estabelecer com as classes subalternas?

Texto 1- Era o meu prncipe. E muito decididamente, depois de me soltar de seu rijo abrao, o comparei a uma planta estiolada, emurchecida na escurido, entre tapetes e sedas que, levada para o vento e o sol, profusamente regada, reverdece, desabrocha e honra a natureza! Jacinto j no corcovava. Sobre sua arrefecida palidez de supercivilizado, o ar montesino, ou vida mais verdadeira, espalhava um rubor trigueiro e quente de sangue renovado que o virilizava soberanamente. Texto II Nesse momento apareceu o Grilo, de quinzena de linho, segurando em cada mo uma garrafa de vinho branco. Todo se alegrou em ver na quinta o si Fernandes. Mas a sua veneranda face j no resplandecia, como em Paris, com um to sereno e ditoso brilho de bano. At me pareceu que corcovava.... Quando o interroguei sobre aquela mudana, estendeu duvidosamente o brao grosso: - O menino gosta, e eu ento tambm gosto.

Que relao existe entre Jacinto e o Grilo? Que diferena o narrador ressalta na descrio dos dois personagens? Como essa diferena permite entender os estados de nimo especficos que dominam cada um dos personagens nesse momento?

3- (Unicamp, 2012) Os trechos a seguir foram extrados de A Cidade e as Serras , de Ea de Queiroz. Mas dentro, no peristilo, logo me surpreendeu um elevador instalado por Jacinto apesar do 202 ter somente dois andares, e ligados por uma escadaria to doce que nunca ofendera a asma da sra. D. Angelina! Espaoso, tapetado, ele oferecia, para aquela jornada de sete segundos, um div, uma pele de urso, um roteiro das ruas de Paris, prateleiras gradeadas com charutos e livros. Na antecmara, onde desembarcamos, encontrei a temperatura macia e tpida duma tarde de Maio, em Guies. Um criado, mais atento ao termmetro que um piloto agulha, regulava destramente a boca dourada do calorfero. E perfumadores entre palmeiras, como um terrao santo de Benares, esparziam um vapor, aromatizando e salutarmente umedecendo aquele ar delicado e superfino. Eu murmurei, nas profundidades do meu assombrado ser: - Eis a civilizao! .....................................................................................................................................

14 - Meus amigos, h uma desgraa... Dornam pulou da cadeira: - Fogo? - No, no era fogo. Fora o elevador dos pratos que inesperadamente, ao subir o peixe de S. Alteza, se desarranjara, e no se movia, encalhado!(...) O Gro-Duque l estava, debruado sobre o poo escuro do elevador, onde mergulhara uma vela que lhe avermelhava mais a face esbraseasa. Espreitei, por sobre o seu ombro real. Embaixo, na treva, sobre uma larga prancha, o peixe precioso alvejava, deitado na travessa, ainda fumegando, entre rodelas de limo. Jacinto, branco como a gravata torturava desesperadamente a mola complicada do ascensor. Depois foi o Gro-Duque que, com os pulsos cabeludos, atirou um empuxo tremendo aos cabos em que ele rolava. Debalde! O aparelho enrijara numa inrcia de bronze eterno. (Ea de Queirs A Cidade e as Serras. So Paulo: Companhia Editora Nacional, 2006, p. 28, p. 63)

Levando em considerao os dois trechos, explique qual o significado do enguio do elevador.

Como o desfecho (e o tema) do romance se relaciona com esse episdio?

(Unicamp 2010) Leia o trecho abaixo,de A Cidade e as Serras: - Sabes que eu estava pensando, Jacinto? ... Que te aconteceu aquela lenda de Santo Ambrsio... No, no era Santo Ambrsio... No me lembra o santo. Ainda no era mesmo santo, apenas um cavaleiro pecador, que se enamorara de uma mulher, pusera toda a sua alma nessa mulher, s por avistar a distncia na rua. Depois, uma tarde que a seguia, enlevado, ela entrou num portal de igreja, e a, de repente, ergueu o vu, entreabriu o vestido, e mostrou ao pobre cavaleiro o seio rodo por uma chaga! Tu tambm andavas enamorado da serra, sem a conhecer, s pela sua beleza de vero. E a serra, hoje, zs! De repente, descobre a sua grande chaga... talvez a tua preparao para S. Jacinto. ( Ea de Queirs, A Cidade e as Serras. So Paulo, ateli Editorial, 2007, p. 252) a) Explique a comparao feita por Z Fernandes. Especifique a chaga a que se refere. b) Que significado a descoberta dessa chaga tem para Jacinto e para a compreenso do romance?

fim da apresentao

At Breve.