A Ciência e as Evidências Sobre a Existência Da Alma

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Texto sobre o trabalho do prof. Ian Stevenson

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  • A Cincia e as evidncias sobre a existncia da alma H dias deparei-me no Facebook com um simples e interessante texto que resume parte

    do que se tem feito no domnio da cincia para provar a reencarnao e a existncia de

    algo que sobrevive morte.

    O texto generalista e foi escrito por um no teosofista, de nome Steven Bancarz, editor

    do site Spirit Science and Metaphysics. Segue-se a traduo:

    Muitas pessoas so resistentes ideia de alma porque atualmente este termo est enredado em dogma e superstio religiosa. Algumas pessoas pensam que uma

    completa parvoce. Contudo, o conceito de uma conscincia capaz de se desprender do

    corpo oferece bastante poder explicativo no que respeita a fenmenos como as

    Experincias de Quase Morte, Experincias fora do corpo, projees astrais e at a

    reencarnao.

    De facto, a prova da reencarnao a melhor e mais forte prova da existncia de uma

    alma. Esta uma afirmao ousada, mas a evidncia da reencarnao inegvel e no

    pode ser atribuda coletivamente ao acaso ou a qualquer outra explicao fsica. Se a

    reencarnao existe, a alma existe. Seno, vejamos.

    Antes de explorarmos as evidncias, til recordar que no precisamos de PROVAS

    irrefutveis que sirvam de justificao para acreditar seja no que for. Se o

    meteorologista disser que existe 70% de probabilidade de aguaceiros, no preciso de

    prova que vai chover para ento levar o guarda-chuva comigo. No preciso de ter a

    certeza que um meteoro no vai cair na minha cabea para sair de casa. No preciso de

    provas cientficas irrefutveis sobre vida extraterrestre para acreditar que a vida existe

    noutros planetas, porque existem tantas e boas razes para que consideradas

    cumulativamente, forneam uma explicao plausvel para acreditar na vida noutros

    planetas. Isto conhecido como abduo [NT: ver aqui uma explicao sobre esta expresso] e o tipo de raciocnio que mais vezes usamos no nosso quotidiano.

    A reencarnao no algo que possa ser medido objetivamente do mesmo modo que

    medimos uma reao qumica, pelo que, pode, partida, no ser possvel provar usando

    o mtodo cientfico. A cincia a medio emprica do mundo natural e a alma algo

    que existe para l do mundo natural. Portanto a questo : existem suficientes peas slidas de provas, que consideradas em conjunto possam fornecer uma explicao

    plausvel para a reencarnao? Julgo que a resposta um rotundo sim. Atentemos:

  • O Dr. Ian Stevenson, antigo professor de Psiquiatria na Escola de Medicina da

    Universidade da Virgnia, levou 40 anos a investigar histrias de reencarnao com

    crianas. Este antigo diretor do Departamento de Psiquiatria e Neurologia investigou

    mais de 3 000 relatos independentes de crianas que alegavam ter memrias e conhecer

    pessoas das suas supostas vidas passadas. De acordo com Stevenson, o nmero de casos

    passveis de ser levados em conta de tal modo elevado que excedeu a capacidade dele

    e da sua equipa serem capazes de investig-los na sua totalidade.

    O software de reconhecimento facial confirmou que existiam de facto semelhanas

    faciais com as alegadas reencarnaes anteriores reportadas. Alguns tinham marcas de

    nascena onde alegadamente tinham sofrido feridas fatais na sua vida passada. Muitas

    vezes existiam leses impressionantes e s vezes bizarras, tal como dedos malformados

    ou falta de membros, cabeas deformadas e outras marcas estranhas. Como escreve o

    Dr. Stevenson no seu artigo Birthmarks and Birth Defects Corresponding to Wounds on Deceased Persons [Marcas e defeitos de nascena que correspondem a feridas de pessoas falecidas] no Journal of Scientific Exploration:

    Cerca de 35% das crianas que alegam se recordar de vidas passadas tm marcas de nascena e/ou defeitos de nascena que atribuem (ou os adultos informantes) a feridas

    numa pessoa de cuja vida a criana se lembra. Os casos de 210 dessas crianas foram

    investigados. As marcas de nascena eram habitualmente reas de pele sem pelos e

    enrugadas; noutros casos reas sem ou com pouca pigmentao (mculas hipocrmicas)

    e ainda noutras situaes reas de pigmentao excessiva (nevos hiperpigmentados).

    Os defeitos de nascena eram quase sempre de tipo raro. Em casos nos quais era

    identificada uma pessoa falecida e os detalhes da respetiva vida coincidiam

    inequivocamente com as afirmaes da criana, era quase sempre encontrada uma

    correspondncia prxima com as marcas e/ou os defeitos de nascena na criana e as

    feridas da pessoa falecida. Em 43 dos 49 casos nos quais um documento mdico

    (habitualmente um certificado de bito) era obtido, confirmava-se a correspondncia

    entre as feridas e as marcas de nascena (ou defeitos de nascena).

    As memrias das crianas eram demasiado especficas para serem fruto do acaso. Num

    artigo no qual trs casos foram analisados em grande detalhe pelo Dr. Stevenson, ele

    declarou que cada uma das trs crianas fez cerca de 30-40 alegaes relativas a

  • memrias que tinham de vidas passadas, 82-92% das quais eram simultaneamente

    verificveis e corretas. As particularidades e os detalhes especficos dados pelas

    crianas iam desde os nomes, personalidades e ocupaes dos seus antigos pais e

    irmos, s disposies precisas das casas onde viviam. No era raro para Stevenson

    encontrar uma criana que pudesse ir a uma vila onde nunca tivesse estado antes e dar

    os detalhes da vila, dos antigos pertences pessoais, a vizinhana onde viveu numa vida

    passada e as pessoas com as quais se juntava.

    Ele conclui: Era possvel em cada um dos casos encontrar uma famlia que tivesse perdido um membro cuja vida correspondia s declaraes da criana. As suas

    afirmaes, consideradas no seu conjunto, eram suficientemente especficas para no

    corresponderem vida de uma qualquer outra pessoa. Acreditamos que exclumos a

    transmisso normal de informao correta s crianas ou que elas obtiveram a

    informao correta que expuseram sobre a respetiva pessoa falecida atravs de algum

    processo paranormal. Algo que interessava o Dr. Stevenson eram as fobias que resultavam de traumas de vida

    passadas. Como escreveu o Dr. Jim Tucker:

    Outra rea que interessava Ian era o comportamento destas crianas. Ele escreveu um artigo sobre fobias que muitas das crianas evidenciavam, habitualmente relacionadas

    com a forma como morreram nessa vida de que alegavam se recordar (Stevenson,

    1990a). Ele relatou que 36% das crianas num conjunto de 387 casos evidenciava esses

    receios. Ocorriam quando a criana era muito jovem, muitas vezes antes de fazer

    alegaes sobre a vida passada. Ele descreveu, por exemplo, uma rapariga no Sri Lanka

    que enquanto beb resistia a tomar banho de tal forma que trs adultos tinham de a

    agarrar. Com seis meses, ela tambm mostrou uma fobia pronunciada de autocarros e

    mais tarde descreveu a vida de uma rapariga noutra aldeia que andava por uma rua

    estreita entre campos de arroz alagados, quando se desviou para evitar um autocarro que

    passava e caiu agua, afogando-se. O artigo de jornal original onde estas descobertas foram publicadas pode ser encontrado aqui.

    O que parece ser mais do que puro acaso o facto de as crianas serem

    capazes de identificar com preciso relacionamentos e amizades antigas que

    tiveram com determinadas pessoas nas suas vidas passadas. Um caso bastante

    impressionante foi o de uma rapariga libanesa que foi capaz de se recordar e

    identificar 25 pessoas diferentes da sua vida passada e os relacionamentos

    interpessoais que teve com eles. As melhores descobertas de Stevenson foram

    condensadas num livro chamado Vinte casos sugestivos de reencarnao.

  • Como leitura adicional, este livro seria efetivamente a melhor aposta. O American

    Journal of Psychiatry analisou estes casos e disse que existiam casos cujas lembranas tinham um nvel de detalhe tal, que persuadem uma mente aberta que a reencarnao

    uma hiptese lgica para explic-los. Ele publicou outros livros e artigos que eram largamente aceites pela comunidade em geral.

    Como afirmava uma crtica no Journal of the American Medical Association, com respeito reencarnao ele meticulosa e friamente reuniu um conjunto detalhado de

    casos da ndia, casos nos quais a prova difcil de explicar noutros termos. O crtico acrescenta: Ele disponibilizou uma quantidade significativa de dados que no podem ser ignorados. O seu artigo The Explanatory Value of the Idea of Reincarnation [O valor explicativo da ideia da reencarnao] teve milhares de pedidos de reimpresso por

    parte de cientistas de todo o mundo. As suas descobertas tambm foram publicadas em

    revistas cientficas como o Journal of Nervous and Mental Disease e o International

    Journal of Comparative Sociology.

    Em 2005, durante uma apresentao na Penn State University, o Dr. Jim B. Tucker, um

    pedopsiquiatra da Universidade da Virgnia, contou que uma me estava inclinada sobre

    uma mesa para mudar a fralda do filho quando a sua criana disse inesperadamente

    Quanto eu tinha a tua idade, costumava mudar-te as fraldas.. Sam Taylor, do estado do Vermont, nasceu 18 meses depois da morte do seu av. Quando ele fez este

    comentrio, tinha apenas alguns anos [NT: um ano e meio mais precisamente]. Aos 4

    anos e meio, Taylor era capaz de apontar para o seu av numa fotografia da escola onde

    apareciam mais de vinte pessoas e identificar o primeiro carro do seu av a partir de

    uma fotografia.

    Aqui est um vdeo de uma histria de reencarnao de um jovem rapaz feita pelo canal

    norte-americano ABC News para dar uma ideia da natureza destes casos. importante

    perceber que este caso americano, portanto os pais no esto a influenciar ou a

    encorajar o rapaz a acreditar na reencarnao em nome da cultura ou da religio.

    Video

    Esta apenas um pequena frao da quantidade de provas que existe sobre a

    reencarnao. Ao chegar a uma concluso sobre as suas descobertas e publicaes,

    temos de nos perguntar Qual a melhor explicao que possa acomodar todas estas provas? Se a reencarnao no existe, porque existem tantos casos de crianas que alegam ter sido outras pessoas, que sabem os nomes especficos e relaes interpessoais

    da pessoa que alegam ter sido, que tm marcas de nascena e anormalidades onde dizem

    ter sofrido ferimentos nas suas vidas passadas e que tiveram fobias especficas ligadas a

    supostos traumas de vidas passadas? Quais so as probabilidades de todas estas provas

    existirem sem existir a alma? Quais so as probabilidades que a reencarnao no exista

    dadas estas provas? Os relatos so demasiado precisos para serem fruto do acaso e todas

    as outras explicaes so incapazes de tentar explicar esta ampla variedade de dados.

    A reencarnao no pode mais ser olhada como alguma fantasia pseudocientfica,

    religiosa ou dogmtica da Nova Era, nem to pouco a alma. Podemos inferir a realidade

    da alma porque a melhor explicao para os todos os dados existentes. Dever existir

  • uma parte no-fsica de ns (a prpria conscincia, talvez) que contm memrias que

    deixam o nosso corpo e entram num novo corpo. Esta uma hiptese que tem merecido

    sria ateno no grosso da comunidade acadmica e que a investigao tem vindo a

    amadurecer at aos dias de hoje. Quando pegamos em todas as provas e olhamos para

    elas sem que o enviesamento religioso ou cientfico interfira, parece que no apenas

    temos justificao para a crena na reencarnao, como pode ser esta a melhor de todas

    as explicaes nos casos mais slidos.

    No uma surpresa nascer mais do que uma vez; tudo na natureza ressurreio Voltaire

    Mais provas sobre a existncia da alma podem ser encontradas nas ligaes abaixo:

    Harvard trained brain neurosurgeon has the most legitimate NDE ever recorded

    Dr. Robert Lanza and Dr. Stuart Hameroff offer scientific models/explanations for the

    existence of the soul.

    Fontes:

    Laidlaw, R. W. (1967). Review of Twenty Cases Suggestive of Reincarnation.

    American Journal of Psychiatry, 124, 128.

    King, L. S. (1975). Reincarnation. JAMA, 234, 978

    http://www.medicine.virginia.edu/clinical/departments/psychiatry/sections/cspp/dops/ca

    se_types-page#CORT

    http://www.examiner.com/article/reincarnation-scientific-evidence

    Leitura recomendada: Vida Antes da Vida pelo Dr. Jim Tucker e "Jornada das Almas"

    pelo Dr. Michael Newton.

    Fim da traduo.

    Embora pessoalmente recomende vivamente o livro do Dr. Tucker, em relao outra

    sugesto manifesto algumas dvidas. Os livros do Dr. Newton so a "bblia" do

    movimento new age, e esto baseadas na terapia de regresso a vidas passadas. Existem

    vrios pontos conflituantes com a doutrina teosfica e alguns de convergncia, mas

    subsistem dvidas quanto ao mtodo utilizado e veracidade das lembranas. O Lua em

    Escorpio ir naturalmente no futuro voltar a abordar esta questo.

    A principal valia do texto de Bancarz a sua abordagem simples e o facto de referir

    alguns dos casos que Stevenson e Tucker investigaram.

    Publicado em http://lua-em-escorpiao.blogspot.pt em duas partes

    a 4 e 11 de abril de 2015