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Ano 87, sétima fase, nº 57, novembro de 2013 PÁGINA 4 Quem são e de onde vêm os delegados ao 13º Congresso AVANÇAR NAS MUDANÇAS

A CLASSE OPERARIA - Ano 87, sétima fase, nº 57, novembro de 2013

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o jornal do PCdoB http://www.pcdob.org.br http://www.vermelho.org.br

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Ano 87, sétima fase, nº 57, novembro de 2013página 4Quem são e de onde vêm os delegados ao 13º Congresso

AVANÇAR NAS MUDANÇAS

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EDITORIAL

O Brasil está, outra vez, diante da grande possi-

bilidade de empreender mu-danças históricas. É neste contexto que ocorre a grande reunião dos comunistas bra-sileiros, o 13º Congresso do Partido Comunista do Brasil.

De um lado estão as for-ças revolucionárias, progres-sistas e avançadas, compro-metidas com as mudanças iniciada desde a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na presidência da República, em 2003.

No campo oposto, estão as forças conservadoras e re-acionárias, que planejam re-tornar ao Palácio do Planalto para tentar anular as con-quistas democráticas, sociais a patrióticas alcançadas.

Este é o alerta registra-do na Resolução Política do 13º do PCdoB. Nesta déca-da, desde a posse de Lula, o Brasil enfrentou com eficá-cia a grave crise econômica e social, herança maldita de Fernando Henrique Cardoso e do período neoliberal.

O Brasil tornou-se outro país, com o resgate e fortale-cimento do papel do Estado como indutor do desenvol-vimento, afirmação da so-berania nacional, ampliação da democracia com aumen-to do protagonismo popu-lar. Embora conviva ainda com graves problemas, o Brasil retomou o rumo do desenvolvimento e elevou

o bem estar de seu povo. E fortaleceu a acumulação de forças no campo político de esquerda e revolucionário, descortinando a construção do caminho brasileiro para o socialismo.

O PCdoB enfatiza as três dimensões, indissociáveis, da luta em curso. Primeiro, a luta do povo e dos trabalhadores por seus direitos e transforma-ções sociais. A outra, conjuga-da com a primeira, é a institu-cional, com o desempenho de responsabilidades públicas no legislativo e no executivo, nas três esferas de governo (mu-nicipal, estadual e federal). Fi-nalmente, há a vertente da luta de ideias, na qual os comunis-tas apresentam à sociedade e às demais forças políticas pro-gressistas as suas propostas para consolidar a democracia e promover o desenvolvimen-to do país.

Os comunistas se orgu-lham de desempenhar essas tarefas sem abdicar de sua história e dos compromissos com a luta em nosso tempo. Sem abrir mão de nada do que foram e são, mas reafir-mando a identidade comu-nista, o marxismo leninismo, renovando sua missão, com feições contemporâneas. E apontando a tarefa central para o momento - a mobi-lização de forças para que o governo realize as mudanças democráticas avançadas que a nação exige e precisa.

Mudanças para o Brasil continuar avançando

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EM OuTuBRO...

MOvIMEnTO COMunISTA

EXPEDIEnTE

Proletários de todos os países, uni-vos! A Classe Operária, jor-nal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). In Memoriam de João Amazonas Secretário nacional de Comunicação: José Reinaldo Carvalho Redação: José Carlos Ruy (editor). Jornalista responsável: José Reinaldo Carvalho. Diagramação: Andocides Bezerra Contato: R. Rego Freitas, 192 - São Paulo - SP - CEP: 01220-010 Tel.: (11) 3054-1800 E-mail: [email protected] www.vermelho.org.br/classe

...a Agência Nacional do Petróleo realizou o leilão de Libra, do pré-sal que, apesar de todas as controvérsias, garante cerca de um trilhão de reais para serem aplicados, durante 35 anos, no desenvolvimento social do Brasil.

RICARDO Abreu Alemão e Renato Rabelo

Arquivo

Nos dias que antecede-ram o 13º Congresso do PCdoB, ocorre em São

Paulo, entre 13 e 14 de novem-bro, o seminário “Tendências da Situação Internacional”, pro-movido pela Secretaria de Rela-ções Internacionais do Partido, que debateu a crise do capita-lismo, o mundo em transição, a ofensiva imperialista e a resis-tência dos povos, a integração da América Latina e Caribe, o internacionalismo e a luta pelo socialismo na atualidade.

Ricardo Abreu Alemão, secretário de Relações Inter-nacionais do PCdoB, explicou que estavam inscritos mais de 50 partidos comunistas, revo-lucionários e antiimperialis-tas, e cerca de 90 convidados de todos os continentes.

Os temas examinados re-sumiram o 2º temário das Te-ses do 13º Congresso, e servi-ram para apresentar o estado em que se encontra o debate brasileiro sobre ele. Os parti-cipantes eram membros das delegações internacionais ao Congresso do PCdoB. “Reu-nir tantas forças, de diferentes matizes ideológicos, e de di-versas partes do globo, reflete a resistência e confiança de dias melhores, a confiança da vitória do socialismo no mun-do. Isso demonstra a influên-

cia política do PCdoB no de-bate mundial”, frisou Ricardo Abreu Alemão.

Além de abrilhantar o 13º Congresso, o seminário foi um espaço em que os quadros e militantes do PCdoB puderam conhecer melhor as ideias dos partidos comunistas, revo-lucionários, progressistas e antiimperialistas convidados para o grande evento dos co-munistas brasileiros, servindo de estímulo e inspiração para a luta pelo socialismo no Bra-sil e no mundo.

Mais de 50 delegações internacionaisProjeto só favorece aos patrões e aprofunda a precarização do trabalho

Cerca de 50 delegações internacionais estavam inscritas

no Encontro, vindas de todos os continentes

AvAnçOS

Nos 10 anos de governos populares e democráti-

cos, iniciados em 2003 com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na presidência da Repú-blica, o Brasil se tornou outro país. Mais democrático, sem a criminalização dos movimen-tos sociais e da luta do povo (exceto em alguns estados, como em São Paulo, governa-do pelo PSDB); as centrais sin-dicais foram reconhecidas; a

valorização do salário mínimo é política do governo federal; milhões foram retirados da miséria através de programas como o Bolsa Família, não sendo mais submetidos a es-corchantes, extenuantes e mal pagas jornadas de trabalho. O rumo do crescimento, abando-nado pelos tucanos, foi reto-mado; o emprego se recuperou e a vida do povo melhorou. O país reafirmou a soberania na-

cional e os brasileiros voltaram a ter orgulho de sua terra.

O PCdoB participa desde o início dos governos da mudan-ça. Aliás foi, desde 1989 e da Frente Brasil Popular, um dos principais construtores e par-ceiros da aliança que mudou o Brasil. Agora, a batalha é para mudar mais, aprofundando a democracia e o bem estar do povo.

10 anos de um novo Brasil, com participação do PCdoB

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que cabe a cada um dos mais de 300 mil filiados ao partido. É um momento de amadu-recimento da consciência de luta e do protagonismo comu-nista na disputa política. Os militantes, disse, “são a base do PCdoB e como tais assu-mem um papel central na luta por um Novo Projeto Nacional

Minas Gerais: Wadson Ribeiro é o novo presidente no Estado.Cerca de 350 delegados elegeram, na conferência es-tadual em Minas Gerais (13 de outubro) a nova direção estadual do PCdoB, que tem à frente Wadson Ribeiro, e é formada por 63 quadros das diferentes regiões e frentes de luta do estado.

Pernambuco: os desafios da nova direção estadual200 delegados, represen-tando cerca de 100 comitês municipais em Pernambuco elegeram, na 18ª conferência estadual do PCdoB (12 e 13 de outubro) a nova direção comunista no estado. Um dos grandes desafios é a cons-trução do projeto eleitoral para 2014, disse o presidente estadual Alanir Cardoso.

Rio de Janeiro: conferência do PCdoB elege direção estadualOs 226 delegados à 18ª con-ferência estadual do PCdoB no Rio de Janeiro (nos dias 11 a 13 de outubro) elege-ram o novo Comitê Estadual do partido e manteve João Batista Lemos à frente do partido como seu presiden-te. Outro destaque foi o lan-çamento da pré-candidatura da deputada Jandira Feghali ao governo do Estado.

Acre: Perpétua Almeida senadora! A Conferência Estadual do PCdoB no Acre lançou (12 de outubro) a candidatura ao Senado, em 2014, da atual deputada federal Perpétua Almeida (AM). Ela foi saudada pela senadora comunista Va-nessa Grazziotin como: “uma

mulher aguerrida e valente”, que vai reforçar a bancada comunista no Senado.

Rio Grande do Sul: Manuela é a presidenta do PCdoB gaúchoNo domingo (13 de outu-bro), a deputada federal Manuela D’Ávila foi eleita presidente do PCdoB do Rio Grande do Sul. Ela será a primeira mulher a presidir o partido no Estado. O partido aclamou também a pré-can-didatura de Emília Fernandes ao Senado.

1º - Fundação do Partido - Niterói (RJ) - 25, 26 e 27 de março de 1922

2º - Rio de Janeiro (RJ) - 16 a 18 de maio 1925

3º - Rio de Janeiro (RJ) - 29 de dezembro de 1928 a 4 de janeiro de 1929

4º - Rio de Janeiro (RJ), 7 a 11 de novembro de 1954

5º - Rio de Janeiro (RJ), setembro de 1960

6º - São Paulo (SP), 1983

7º - São Paulo (SP), maio de 1988. Primeiro congresso na legalidade (1985)

8º - Brasília (DF), 3 a 8 de fevereiro de 1992

9º - São Paulo (SP), 13 a 15 de outubro de 1997

10º - Rio de Janeiro (RJ), 9 a 12 de dezembro de 2001. Renato Rabelo é eleito para a Presidência Nacional do Partido

11º - Brasília (DF), 20 a 23 de outubro de 2005

12º - São Paulo (SP), 5 a 8 de novembro de 2009

Fortalecer o Partido Co-munista do Brasil para fortalecer a esquerda e

os governos democráticos e po-pulares que, desde 2003 - com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na presidência da Repú-blica- começaram a realizar as mudanças que mudaram o Brasil. E precisam avançar.

Este é o desafio do 13º Con-gresso do PCdoB, que se reúne em São Paulo (SP), entre os dias 14, 15 e 16 de novembro.

Os congressos partidários são, na tradição comunista, o ponto mais alto da democracia partidária. O 13º Congresso do PCdoB já mobilizou mais de 108 mil militantes nas confe-rências distritais, municipais e estaduais que ocorreram em quase 2.000 municípios (no total, foram 2.300 assembleias de base). Nelas, foram eleitos os 865 delegados que partici-pam em sua etapa nacional e conclusiva.

Walter Sorrentino, secre-tário nacional de Organização do PCdoB, destaca que as deci-sões tomadas pelo PCdoB têm

cada vez mais, um peso maior na vida nacional. Agora, nes-ta encruzilhada política que o país vive, é preciso assegurar a quarta a vitória popular em 2014, para dar continuidade e uma nova arrancada às mu-danças.

Esta, diz o dirigente comu-nista, é uma responsabilidade

CAPA

PCdoB - compromisso com o BrasilFortalecer o PCdoB para lutar pela quarta vitória popular em 2014

O PCdoB mobilizou mais de 110 mil militantes em 2300 assembleias de base

em todo o Brasil

13º COnGRESSO

Arquivo

DEMOCRACIA PARTIDÁRIA Os congressos do PCdoB

PCdoB pelo Brasil

“O fortalecimento do PCdoB é uma exigência muito grande para que se tenha uma correlação de forças

mais favorável à esquerda na sociedade brasileira”.”Walter Sorrentino, secretário nacional de Organização do PCdoB

“Perpétua Almeida é uma mulher aguerrida e valente que vai reforçar a bancada do

PCdoB no SenadoSenadora vanessa Grazziotin, sobre a candidatura ao Senado

de Perpétua Almeida, do PCdoB/AC

de Desenvolvimento. O cami-nho para um rumo socialista, objetivo maior do PCdoB”, partido que talvez seja, entre as forças de esquerda, aquele que melhor interpreta o cami-nho percorrido e os desafios futuros. Seu fortalecimento, disse, “é uma exigência muito grande para que se tenha uma correlação de forças mais fa-vorável na sociedade brasilei-ra”, que permita o avanço nas mudanças até aqui realizadas, desde 2003.

O secretário nacional de Comunicação do PCdoB e edi-tor do portal Vermelho, José Reinaldo Carvalho, por sua vez,

REnATO Rabelo: sem as reforma estruturais o Brasil não avança

considera o Congresso como “o coroamento de um encontro e uma síntese de ideias” que celebra a elaboração coletiva da inteligência partidária. Em sua opinião, o documento que irá à plenária final “será um marco no processo de elabora-ção e decisão do Partido”. Foi com esta perspectiva que “o coletivo comunista avaliou os 10 anos dos governos progres-sistas no país” e, com o olhar igualmente posto no avanço revolucionário, “vislumbra a perspectiva de conquistar em 2014 a quarta vitória popular na eleição presidencial”.

Vitória necessária para conquistar mais mudanças, pensa Renato Rabelo, pre-sidente nacional do PCdoB. “Sem as reformas estruturais não avançaremos. Se nós co-munistas defendemos o avan-ço nas mudanças, que leve o Brasil a um patamar mais ele-vado, precisamos executar as reformas democráticas e estru-turais. Essa é a tônica defendi-da pelo PCdoB ao longo de sua história”. Concluiu, dizendo, que o “debate que será cons-truído no 13º Congresso refle-tirá o compromisso do PCdoB com o avanço do Brasil”.

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ará, Minas Gerais, Mato Gros-so, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí,

Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catari-na e Tocantins. Os demais não cumpriram, embora alguns tenham se aproximado muito, como o Distrito Federal, Mara-nhão, Rondônia, e São Paulo, cujas bancadas femininas che-garam a 29% do total de dele-gados.

A maior bancada é a de São Paulo, com 179 delegados (21% do total); as representa-ções menores são as de Mato

Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima, e Tocantins, com cinco delegados cada.

Por estado, em ordem de-crescente, as demais bancadas são: Bahia, 77; Rio de Janeiro, 72; Amazonas, 59; Pernam-buco, 54; Rio Grande do Sul e Minas Gerais, 52 cada; Ma-ranhão, 48; Ceará, 43, Goiás e Pará, 26 cada; Acre, 25; Piauí, 24; Sergipe, 18: Paraná, 16; Rio Grande do Norte, 13; Pa-raíba, 12; Santa Catarina, 11; Amapá, 9; Espírito Santo, 8; Rondônia e Distrito Federal, 7 cada; Alagoas, 6.

São Paulo tem a maior bancada. Somados, o Sudeste e o Nordeste tem 70% dos delegados ao 13º Congresso.

COnGRESSO

Acesse também o portal da esquerda bem informada www.vermelho.org.br

Saiba mais sobre o PCdoB e filie-se: www.pcdob.org.br

Quem são e de onde vêm os delegados ao 13º CongressoQuase todos os estados conseguiram cumprir a norma de ter 30% de mulheres delegadas

A FORçA DOS ESTADOS

Arquivo

O que ler

História comunista

O Partido Comunista do Brasil, à beira de comple-

tar 92 anos de existência - mais de sessenta anos dos quais na clandestinidade, imposta pelas ditaduras que enfrentou -, teve quatro gerações de dirigentes, marcadas, cada uma delas, pelo dirigente principal e pelas tarefas históricas enfrentadas em cada momento do desen-volvimento do partido.

Estiveram à sua frente, inicialmente no cargo de Secretário Geral e, mais recentemente, na Presidên-cia Nacional, personalidades como Astrojildo Pereira, Luiz Carlos Prestes, João Amazo-nas e, hoje, Renato Rabelo.

Esses “quatro núcleos diri-gentes conduziram o Partido ao longo da sua existência. Cada um deles liderou o coletivo militante num con-junto de lutas que resultou em inestimável patrimônio de contribuições ao povo brasileiro”, diz o documento PCdoB: 90 anos em defesa do Brasil, da democracia e do

socialismo, aprovado para as comemorações do 90º ani-versário do Partido, em 2012.

A primeira geração, a de Astrojildo Pereira, lançou as bases do “partido dos operá-rios, do povo e do socialismo”. A seguinte, sob a liderança de Luiz Carlos Prestes, enfrentou o fascismo, dirigiu a expan-são do partido e lutou pela industrialização e a organi-zação dos trabalhadores. Foi seguida pela geração dos reorganizadores de 1962 que, com João Amazonas à frente, garantiu a “continuidade do partido na trilha revolucioná-ria e luta destemida contra a ditadura militar”. Sofreu a violenta repressão da ditadura militar de 1964 e o assassinato de militantes e dirigentes. A quarta geração - a atual - sob a batuta de Renato Rabelo desde o 10º Congresso, em 2001, enfrenta o desafio da nova luta pelo socialismo no século 21 e busca definir o rumo e o caminho da luta contemporânea.

Astrojildo Pereira, Forma-ção do PCB - 1922-1928. Este clássico sobre a fun-dação do Partido, esgotado fazia anos, foi relançado pela FMG/Editora Anita. É o re-lato, pelo principal fundador do Partido, dos seus anos iniciais, com ênfase nos três primeiros congressos.

Dario Canale, O Surgimento da Seção Brasileira da Inter-nacional Comunista (1917-1928). A FMG/Editora Anita publicam, pela primeira vez, esta monumental história do surgimento do comunismo no Brasil, escrita com base principalmente no arquivo de Astrojildo Pereira.

Desde 1922, quatro gerações de direções comunistas

REPRESEnTAçãO

Os delegados vieram prin-cipalmente das regiões

Sudeste e Nordeste, que tem, respectivamente, 36% e 34% da representação total; as demais regiões ficam assim divididas: Norte, 15% dos de-

legados; Sul, com 9%, e Cen-tro-Oeste, com 6%.

A distribuição dos delega-dos acompanha, grosso modo, a repartição da população pe-las regiões: o Sudeste tem 42% da população nacional e ficou

As delegações, por região

São 865 delegados. Eles representam o conjunto do coletivo partidário e cabe a eles debater e deliberar sobre os destinos do PCdoB no pró-ximo período, que se inicia com o 13º Congresso.

Ainda não é possível co-nhecer em detalhe o conjunto dos comunistas que vão deci-dir sobre a política partidária e eleger o novo Comitê Cen-

tral. Mas já existem dados que permitem um conheci-mento ao menos aproximado deles.

A norma que exige a parti-cipação de pelo menos 30% de mulheres nas várias instâncias partidárias foi cumprida: entre os 865 delegados, 267 (31% do total) são mulheres. Os estados que cumpriram a regra foram Amazonas, Amapá, Bahia, Ce-

JOãO Amazonas, no 10º Congresso, em 2001

com 36% dos delegados; o Nordeste, com 28% da popu-lação, tem 34% dos delegados. Somados, Sudeste e Nordeste têm 70% população brasileira, e igual proporção dos delega-dos ao Congresso do PCdoB. O Norte, com 9% da população, tem 15% dos delegados; o Sul, com 14% da população, tem 9% dos delegados; o Centro Oeste, com 7% da população, ficou com 6% dos delegados.