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Jornal da Filarmónica Recreativa Cortense Ano III número 30 Setembro 2010 0,50 pautas Editorial Pág.2 Edição Especial DIA MUNDIAL DA MÚSICA Pág.3 Correio dos Leitores Pág.9 Pág.9 “A Clave” Página 1 Setembro 2010 Propriedade: Filarmónica Recreativa Cortense

A clave setembro 10

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Jornal da Filarmónica Recreativa CortenseAno III ♫ número 30 ♫ Setembro 2010 ♫ 0,50 pautas

Editorial

Pág.2

Edição Especial

DIA MUNDIAL DA MÚSICA

Pág.3

Correio dos Leitores

Pág.9

Pág.9

“A Clave” Página 1 Setembro 2010

Propriedade: Filarmónica Recreativa Cortense

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Publicidade Pág.10 Notícias F.R.C.

Acompanhe as notícias da “nossa Banda”.

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Editorial

etembro, mês do regresso ao trabalho, depois do recarregar de baterias nas férias, e que a FRC

também aproveitou durante duas semanas, depois da participação e actuação, durante os fins de semana, nas festividades religiosas para que foi solicitada. Setembro é também o mês dedicado ao início das vindimas e o mês da mudança das estações do ano, do Verão para o Outono, que se verificou a 23 de Setembro.

S

Nesta edição especial, e no Tema do Mês, levamos até si uma explanação da diferença e da sua localização na história, da “Música Clássica” e da “Música Erudita”, em alusão à comemoração no próximo dia 1 de Outubro, do Dia Mundial da Música e que a FR Cortense irá comemorar com um concerto conjunto com a FR Eradense e com uma exposição em locais comerciais da freguesia e na Junta de Freguesia. Veja a programação desta comemoração, para a qual estão todos os assinantes do “nosso jornal” convidados e na qual esperamos que participe com a sua presença nos espectáculos, veja também outras actividades desenvolvidas e a desenvolver pela “nossa banda”, tudo isto nas Notícias da F.R.C.

Descontraia com os nossos passatempos e remeta-nos a solução do enigma do mês (como o fez o nosso assinante Sr. Joaquim Miguel Pechirra de Cascais).

Apresente este jornal aos seus amigos e familiares e ajude-nos a fazer mais assinantes ou patrocínios, divulgue “nossa banda” a FRC agradece!

Vemo-nos em Outubro e boa vindima!

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Ficha Técnica:

Director: Alexandre BarataRedacção: Alexandre Barata, Nadia Barata, Adriano Esteves

Colaboradores: Fábio Pereira, Marco AlvesImpressão: Filarmónica Recreativa Cortense

Dobragem: Centro de Apoio a Crianças e Idosos de CortesTiragem: 73 exemplares

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Ficha Técnica:

Director: Alexandre BarataRedacção: Alexandre Barata, Nadia Barata, Adriano Esteves

Colaboradores: Fábio Pereira, Marco AlvesImpressão: Filarmónica Recreativa Cortense

Dobragem: Centro de Apoio a Crianças e Idosos de CortesTiragem: 73 exemplares

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Música Clássica vs Música Erudita

Música clássica ou música erudita é o nome dado à principal variedade de música produzida ou enraizada nas tradições da música secular e litúrgica ocidental, que abrange um período amplo que vai aproximadamente do século IX até o presente, e segue cânones preestabelecidos no decorrer da história da música. As normas centrais desta tradição foram codificadas entre 1550 e 1900, intervalo de tempo

conhecido como o período da prática comum.Segundo o Dicionário Grove de Música, música erudita é música que é fruto da erudição e não das práticas folclóricas e populares. O termo é aplicado a toda uma variedade de músicas de diferentes culturas, e que é usado para indicar qualquer música que não pertença às tradições folclóricas ou populares.A música europeia distingue-se de outras formas de música, não-europeias ou populares, principalmente, por seu sistema de notação em partituras, em uso desde o século XVI. O sistema ocidental de partituras é utilizado pelos compositores para prescrever, a quem executa a obra, a altura, a velocidade, a métrica, o ritmo e a exacta maneira de se executar uma peça musical. Isto deixa menos espaço para práticas como a improvisação e a ornamentação ad libitum, que são ouvidas frequentemente em músicas não europeias e populares. O gosto do público pela apreciação da música formal deste género vem entrando em declínio desde o fim do século XX, marcadamente nos países anglófonos. Este período viu a música clássica ficar para trás do imenso sucesso comercial da música popular, embora o número de CDs vendidos não seja o único indicador da popularidade do género. Oposto aos termos música popular, música folclórica ou música oriental, o termo "música clássica" abrange uma série de estilos musicais, desde intricadas técnicas composicionais (como a fuga) até simples entretenimento (operetas). O termo só apareceu originalmente no início do século XIX, numa tentativa de se "canonizar" o período que vai de Bach até Beethoven como uma era de ouro. Na língua inglesa, a primeira referência ao termo foi registada pelo Oxford English Dictionary, em cerca de 1836. Hoje em dia, o termo "clássico" aplica-se aos dois usos: "música clássica" no sentido que alude à música escrita "modelar," "exemplar," ou seja, "de mais alta qualidade", e, stricto sensu, para se referir à música do classicismo, que abrange o final do século XVIII e parte do século XIX.CaracterísticasDevido à forma extremamente diversificada de formas, estilos, géneros e períodos históricos que geralmente são descritos pelo termo "música clássica", é uma tarefa complexa listar características que possam ser atribuídas a todas as obras deste tipo de música. Existem, no entanto, características que a música clássica tem e que poucos (ou até mesmo nenhum outro) tipo de música apresenta.InstrumentaçãoA música clássica frequentemente se distingue pelo amplo uso que faz de instrumentos musicais de diferentes timbres e tonalidades, criando um som profundo e rico. Os diferentes movimentos da música clássica foram afectados principalmente pela invenção e modificação destes instrumentos ao longo do tempo. Embora a música clássica não tenha um "conjunto" de instrumentos necessários para que certos padrões de sua execução sejam preenchidos, os compositores escrevem suas obras tendo em mente diferentes conjuntos instrumentais:

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Orquestras: Uma orquestra comporta todas as famílias instrumentais acústicas: as cordas (violino, viola, violoncelo e contrabaixo), as madeiras (flauta, oboé, clarinete,

fagote, trompa etc.), os metais (trompete, trombone, tuba) e a percussão (tímpano, gongo, xilofone etc.). Saxofone e violão eventualmente também participam de uma orquestra, além de pianos, órgãos e celestas. Para as orquestras são escritas as sinfonias. Quando se destaca um instrumento da orquestra que será a voz principal, para o qual a melodia foi

composta, trata-se de um concerto.Mesmo destacando-se um instrumento ou conjunto de instrumentos nos concertos, a orquestra toda pode estar presente. As orquestras também realizam os acompanhamentos das óperas. As óperas são compostas para a voz humana. A voz pode ser classificada da mesma maneira que os instrumentos, observando-se a extenção de notas alcançada por ela. As vozes mais agudas são chamadas "Sopranos", as vozes mais graves são os "baixo", que alcançam as notas mais graves.Os instrumentos usados na música clássica foram, em grande parte, inventados antes de meados do século XIX (frequentemente muito antes disso), e seu uso foi codificado nos séculos XVII e XIX; consistem de todos os instrumentos tipicamente encontrados numa orquestra, acrescidos de outros como o piano, o cravo e o órgão.Conjunto de sopros: Formada pelos sopros de metal.Orquestra de câmara: Formada predominantemente por instrumentos de corda, podendo ter em algumas formações a presença de alguns sopros de madeira.Instrumentos eléctricos: Alguns instrumentos eléctricos como a guitarra aparecem ocasionalmente na música clássica dos séculos XX e XXI. Tanto músicos clássicos como populares experimentaram, nas últimas décadas o uso de instrumentos electrónicos, o sintetizador, técnicas eléctricas e digitais como o uso de samplers e efeitos gerados por computadores, além de instrumentos pertencentes a outras culturas, como o gamelan.Forma e técnicas de execuçãoEnquanto a maior parte dos estilos de música popular utilize o formato de canções, a música clássica utiliza outras formas como o concerto, a sinfonia, a ópera, a música de dança, a suite, o estudo, o poema sinfónico, entre outros.Os compositores clássicos frequentemente aspiram instilar em sua obra uma complexa relação entre seu conteúdo afectivo (emocional) e os meios intelectuais usados para obter este conteúdo. Muitas das obras mais apreciadas da música clássica utilizam o desenvolvimento musical, processo pelo qual um motivo ou ideia musical é repetido em diferentes contextos, ou em formatos e formas alterados. Os géneros clássicos como a forma sonata e a fuga empregam formas rigorosas de desenvolvimento musical.O desejo da parte dos compositores da música clássica de obter grandes feitos técnicos ao compor sua música, partilhado pelos músicos do estilo, que se deparam com metas similares de domínio técnico, é demonstrado pela quantidade proporcionalmente alta de tempo que dedicam a instrução e estudo, comparado aos músicos "populares", e pelo grande número de escolas secundárias, incluindo conservatórios, dedicados ao estudo e ensino da música clássica. O único outro género de música, no Ocidente, que apresenta oportunidades comparáveis de educação secundária é o jazz.ComplexidadeA performance do repertório de música clássica frequentemente exige um nível significativo de domínio técnico por parte do músico; a proficiência na leitura à primeira vista e na execução em conjunto, a compreensão minuciosa dos princípios tonais e harmónicos, o conhecimento da prática de performance e uma familiaridade

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com o idioma estilístico e musical inerente a determinado período, compositor e obra musical estão entre as aptidões mais essenciais para um músico com treino clássico. Obras do repertório clássico frequentemente exibem uma complexidade artística através do uso do desenvolvimento temático, do fraseado, da modulação, dos períodos, secções e movimentos. A análise musical de uma composição tem como meta atingir uma maior compreensão desta obra, levando a uma audição mais plena de significado, e com maior apreciação, do estilo de um compositor.SociedadeFrequentemente tida como opulenta, ou representante da sociedade refinada, a música clássica geralmente nunca foi popular com a sociedade proletária. No entanto, a tradicional percepção de que apenas as classes mais abastadas têm acesso e apreciam a música clássica, ou até mesmo que a música clássica representa esta sociedade de classes altas, é cada vez mais vista como incorrecta, visto que diversos dos músicos clássicos em actividade têm origem na classe média e que os frequentadores de concertos e compradores de CDs do género não pertencem necessariamente às classes mais altas.A música clássica é também frequentemente retratada na cultura pop como música de fundo para filmes, programas de televisão e anúncios publicitários; como resultado disto, a maior parte das pessoas no Ocidente regularmente - muitas vezes de maneira desavisada - escuta peças de música clássica. Pode-se, assim, argumentar que os níveis relativamente baixos de vendagem das gravações de música clássica não são um bom indicador de sua popularidade real. Em tempos mais recentes a associação de certas peças clássicas com alguns eventos relevantes levou a breves aumentos no interesse por determinados géneros clássicos. Um bom exemplo disto foi a escolha da ária "Nessun dorma", da ópera Turandot, de Giacomo Puccini, como música-tema da Copa do Mundo de 1990, o que levou a um notável aumento no interesse popular pela ópera e, em particular, pelas árias cantadas por tenores, o que eventualmente levou aos concertos e álbuns de grande sucesso dos Três Tenores.A atmosfera dos concertosPara nós, hoje acostumados com uma atmosfera solene e silenciosa nos concertos, é difícil acreditar que nos teatros italianos dos séculos XVII e XVIII, a plateia assistia às óperas e concertos em verdadeiro caos, conversando, se provocando e até mesmo jantando durante as apresentações! Toda a confusão apenas parava quando o grande solista da noite se apresentava, como, na época dos Castrati, acontecia quando um grande nome como Cafarelli ou Farinelli apresentava uma de suas grandes árias do repertório.Outra característica do público erudito é a exigência que se tem com relação aos intérpretes - podendo ser até vaiados em apresentações - mas também a devoção que demonstram àqueles que não carecem de qualidade - numerosos são os "Bravíssimos!" a estes artistas.A atmosfera do concerto sempre estará intimamente ligada à natureza da música apresentada - talvez seja leve como uma comédia de Rossini ou tensa como as aventuras do Peer Gynt de Edward Grieg. O público erudito, como qualquer público de qualquer estilo de música, liga muito seus sentimentos àquilo que escuta.Hoje também se tem um contacto menos frio do artista-público. Hoje é comum o maestro ou o solista se dirigirem à sua plateia, do mesmo jeito que perdeu-se o costume de usar traje social nestes concertos - estas atitudes tem, como principal objectivo, fazer com que a população toda volte a ter mais contacto com a música erudita e perca o preconceito de que a música erudita seja "chata" ou para ricos.E cada vez mais frequentemente, surgem os espectáculos que pretendem desmitificar esse lado "snobe". Os concertos Promenade, na Inglaterra; a Folle Journée na França; a “Festa da Música” em Portugal, no Centro Cultural de Belém, são iniciativas que marcam a democratização de um género musical que faz, sem dúvida, parte do património cultural da humanidade.Interpretação das obras

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A transmissão escrita, juntamente com o profundo respeito guardado às obras clássicas, tem implicações relevantes na interpretação musical. Espera-se, de uma forma razoável, que os intérpretes executem a obra de acordo com as intenções originais do compositor. Intenções essas que, geralmente, estão explicitadas nos mais pormenorizados detalhes, na própria partitura. De facto, qualquer desvio àquela que é considerada a intenção original do compositor pode ser considerado, por determinado grupo de melómanos mais conservadores, como uma traição à pureza de uma obra de arte que deve ser respeitada a todo o custo. A este nível encontramos os intérpretes e maestros mais

"técnicos", que se "limitam" a executar escrupulosamente as indicações da partitura. Como quase tudo o que envolve o gosto estético, há quem concorde e quem discorde. Um exemplo de maestro que defendia esse género de execução das obras musicais foi Arturo Toscanini, muitas vezes apelidado de "frio" por alguns ouvintes que preferem as interpretações mais pessoais, que acrescentam algo à obra original. O pianista Glenn Gould é um exemplo claro do intérprete-autor, que, por uma nova abordagem das obras eruditas, acabou por contribuir com a sua capacidade e maestria musical para a criação de algo novo, mas desviante dos padrões tradicionais. Acontece, porém, que assim como há compositores que felicitam os intérpretes por melhorarem as suas criações, para lá do que para eles era imaginável, outros, como Maurice Ravel, quando ouviu, em 1930, a condução do seu "Bolero" por Toscanini, ficam agastados. Ravel terá dito a Toscanini, que foi antes mencionado como exemplo do maestro perfeccionista, que o que ouvira era interessante… Mas não era o seu Bolero. Toscanini acelerou os tempos, especialmente no final, o que ia totalmente contra as intenções de Ravel.Esse respeito quase religioso às intenções originais do compositor levaram mesmo à criação de peças musicais que quase parecem, ou são mesmo, reflexões sobre o poder do compositor sobre os intérpretes - as mais extravagantes exigências de alguns autores são respeitadas. No entanto, é certo que o intérprete tem uma importância extrema na música erudita - ou como um transmissor fiel da partitura ou como um segundo autor da obra - mesmo que pouco ou nada saibam, formalmente, sobre composição. Alguns teóricos, como Umberto Eco no seu ensaio "A Obra Aberta" (Opera aperta), chamam a atenção para a irrepetibilidade de qualquer execução musical. Mesmo os mais fiéis executores da composição não tocam o mesmo trecho, da mesma forma, duas vezes, o que leva à apologia da recriação do reportório erudito e da improvisação, para a qual a música erudita contemporânea continua pouco sensível, ao contrário de certos géneros como o jazz no qual a improvisação tem lugar central.Outra polémica que costuma existir como consequência da veneração da obra original do compositor tem a ver com a utilização ou não de instrumentos da época da composição da obra, nas interpretações modernas das peças musicais mais antigas. Alguns intérpretes e condutores, como Jordi Savall, têm uma abordagem mais historicista: pretende-se tocar a obra nas mesmas condições em que foi criada, ainda que os instrumentos actuais sejam perfeitamente idóneos, ou superiores, em termos técnicos. Outros, como o já citado Glenn Gould, não se preocupam ao adaptar ou mesmo melhorar obras eruditas escritas para um instrumento, tocando-as noutro, mais moderno. Nesse último caso está a interpretação em piano de obras escritas para cravo, por Johann Sebastian Bach.

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HistóriaAs principais divisões cronológicas da música clássica são: o período da música antiga, que inclui a música medieval (476 – 1400) e a renascentista (1400 – 1600), o período da prática comum, que inclui os períodos barroco (1600 – 1750), clássico (1730 – 1820) e romântico (1815 – 1910), e os períodos moderno e contemporâneo, que incluem a música clássica do século XX (1900 – 2000) e a música clássica contemporânea (1975 – presente).As datas são generalizações, já que os períodos frequentemente se sobrepõem, e as categorias são um tanto arbitrárias. O uso, por exemplo, do contraponto e da fuga, considerados característico do período barroco, foi continuado por Haydn, que é classificado como um compositor típico do período clássico. Beethoven, que frequentemente é descrito como o fundador do período romântico,

e Brahms, que é classificado como um romântico, também usavam o contraponto e a fuga - porém outras características de suas obras definiram esta categorização.O prefixo neo- é utilizado para descrever uma obra feita no século XX ou contemporânea porém composta no estilo de um período anterior, como clássico ou romântico. O balé Pulcinella, de Stravinsky, por exemplo, é uma composição neoclássica porque é estilisticamente semelhante a obras do período clássico.RaízesAs raízes da música clássica ocidental estão na música litúrgica cristã, embora tenha influências que datam da Grécia Antiga; o desenvolvimento de determinadas tonalidades e escalas já havia sido estabelecido por antigos gregos como Aristoxeno e Pitágoras. Pitágoras criou um sistema de afinação, e ajudou a codificar a notação musical em uso na época. Antigos instrumentos usados na Grécia, como o aulos (um instrumento de palheta) e a lira (semelhante a uma pequena harpa) levaram ao eventual desenvolvimento dos instrumentos usados actualmente nas orquestras clássicas ocidentais. Este período na história da música, que vai até a queda do Império Romano (476 d.C.), é chamado de música da Antiguidade; pouco restou do período, no entanto, em termos de evidências musicais, e a sua maior parte veio do mundo grego.Período antigoO período medieval inclui a música feita a partir da queda de Roma até por volta de 1400. O canto monofónico, também conhecido como canto gregoriano, foi a forma dominante até cerca de 1100. A música polifónica (com múltiplas vozes) desenvolveu-se na segunda metade da Idade Média e ao longo do Renascimento, período em que se desenvolveram as formas mais sofisticadas, como os motetos. O período renascentista, que durou aproximadamente de 1400 a 1600, foi caracterizado pelo uso cada vez maior da instrumentação, de linhas melódicas que se entrelaçam, e dos primeiros instrumentos descritos como baixos. Foi neste período que a anotação das notas numa pauta e outros elementos da notação musical começaram a tomar forma. Este facto tornou possível a separação da composição de uma peça de música da sua transmissão; sem a música escrita, a transmissão era oral, e estava sujeita a mudanças cada vez que era retransmitida. Com uma partitura, uma obra musical podia ser executada em toda a sua integridade sem a necessidade da presença do compositor. A invenção da prensa de tipos móveis, no século XV, teve grandes consequências na conservação e transmissão da música feita a partir deste período.

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Entre os instrumentos de corda típicos do período antigo estão a harpa, o alaúde, a viela e o saltério, enquanto instrumentos de sopro incluíam a família da flauta (incluindo a flauta doce), a charamela (um membro antigo da família do oboé), o trompete e a gaita de foles. Alguns órgãos existiam, porém estavam em sua maioria

restritos a igrejas, embora existissem variantes razoavelmente portáteis. Posteriormente, ao fim do período, começaram a surgiram versões antigas dos instrumentos de teclado, como o clavicórdio e o cravo. Instrumentos de corda como a viola da gamba também começaram a aparecer no século XVI, juntamente com uma ampla gama de instrumentos de metais e madeiras. A impressão permitiu a padronização das descrições e das especificações destes instrumentos, juntamente com uma maior difusão das instruções de seu uso.Em termos de características musicais, durante o período da chamada música renascentista, no século XIII, começa-se a repetição de melodias inteiras e surge a notação métrica, abandonando-se os ritmos medievais. Em substituição ao

sistema modal surgem as tonalidades maiores e menores. Surge o cromatismo e aumenta-se o uso de instrumentação. Um dos principais estilos da época foi o madrigal.Período da prática comumO chamado período da prática comum ocorreu quando a maior parte das ideias que pautam a música clássica ocidental tomou forma, foi padronizada e codificada. Iniciou-se com o período barroco, que vai aproximadamente de 1600 até a metade do século XVIII; seguiu-se o período clássico, que terminou aproximadamente em 1820, com o advento do período romântico, que percorreu todo o século XIX e terminou por volta de 1910.

ENIGMA DO MÊS DE SETEMBROAnimais de estimação

Três irmãos têm um número diferente de animais de estimação. O irmão mais novo tem um a menos que o irmão do meio. Por sua vez o

irmão do meio tem um a menos que o irmão mais velho. Este último tem o dobro dos que o mais novo tem.

Quantos animais de estimação tem cada um dos irmãos?

Dê-nos a resposta a estas perguntas. Envie por e-mail ou entregue a um elemento da FRC.

Solução do enigma de Julho (Resposta do Sr. Joaquim Pechirra. Bem Haja)Garrafa – 1,05€Rolha – 0,05€

Uma garrafa e a sua respectiva rolha custam 1,10 €. A garrafa custa 1,00 € a mais do que a rolha.

Quanta custa a garrafa? Quanto custa a rolha?

Correio dos Leitores:

Este pequeno Jornal é elaborado todos os meses no intuito da “abertura” da FRC à comunidade envolvente. Gostaríamos de saber a Vossa opinião sobre este aspecto e sobre os temas e rubricas apresentados, se são do

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Vosso agrado ou se gostavam que fossem focados outros temas. Enviem-nos as Vossas sugestões, opiniões, notícias e propostas para temas que desejem ver abordados por este jornal, façam-no para o e-mail [email protected] ou entreguem, a qualquer elemento da Filarmónica Recreativa Cortense.

Este espaço é de, e para todos os leitores.

Neste mês o nosso assinante e leitor Sr. Joaquim Miguel Pechirra de Cascais, enviou-nos via e-mail, a resposta ao nosso enigma do mês. O nosso bem-haja pelo contacto.

“Resposta ao enigma do garrafão e da rolhaCusto do garrafão: 1,05 EuroCusto da rolha: 0,05 cêntimos

 Os meus cumprimentosJoaquim Pechirra”

PALAVRAS CRUZADAS

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Notícias F.R.C.

OTL – Curta Duração 2010A FRC, como foi referenciado na edição anterior, candidatou-se aos Programas de Ocupação de Tempos Livres (OTL) do Instituto Português da Juventude, em que viu serem aprovados dois projectos para a ocupação dos tempos livres de alguns jovens da freguesia.A estes projectos foram atribuídos três turnos de 10 dias com 3 horas diárias de ocupação e que foram cumpridos pelas jovens Kátia Alves, Joana Santos e Rute Esteves.

OTL – Longa Duração 2010Após candidatura ao Programa de Ocupação de Tempos Livres (OTL), do Instituto Português da Juventude (IPJ), na modalidade de longa duração, que decorre do dia 1 de Setembro ao dia 30 de Novembro de 2010 a FRC viu o seu projecto ser aprovado com uma carga horária diária de três horas que ocuparão o tempo livre de três jovens. Esta é mais uma colaboração da FRC com a IPJ e uma forma de valorizar o serviço dos jovens dando-lhes a oportunidade de preencherem os seus tempos livres sendo também ressarcidos pelo seu trabalho nesta ocupação.

Caminhada FRC / BTTA FRC, em colaboração com o Grupo D. Estrela de Cortes, levou a efeito a segunda edição da Caminhada FRC no passado dia 12 de Setembro.O evento iniciou com a concentração junto à sede do Estrela de Cortes pelas 7h00, onde logo de seguida se iniciou também o passeio de cicloturismo entre as Cortes do Meio com percurso pelas Cortes de Baixo, Unhais da Serra, Nave

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de Santo António, Torre e a consequente descida até às Penhas da Saúde. No que conta à Caminhada, esta teve início pelas 7h45 percorrendo a estrada florestal até à zona superior ao Sanatório, entrando aí na estrada nacional até às Penhas da Saúde, onde se chegou pelas 11h30, numa extensão de aproximadamente 12 km. Pelas 12h30 teve lugar o almoço conjunto com todos os participantes. Findo o apetitoso repasto e após uma breve confraternização rumou-se de volta às Cortes do Meio, os cicloturistas no seu meio de transporte e os caminheiros em transporte automóvel, dando por finalizada a actividade pelas 16h00. Esta edição teve o apoio do IPJ, da J.F. Cortes do Meio, do Centro de Apoio a Crianças e Idosos de Cortes e da Serragel.

Dia Mundial da Música - 1 de OutubroA FRC (Filarmónica R. Cortense) conjuntamente com a FRE (Filarmónica R. Eradense) e em parceria com a Fundação INATEL irão promover dois concertos para assinalar e comemorar o Dia Mundial da Música.O primeiro concerto será realizado no dia 1 de Outubro pelas 21h30 na Igreja Matriz de Cortes do Meio. Antecedendo este concerto e entre os dias 27 de Setembro e o dia 3 de Outubro, estará patente ao público, na JF de Cortes do Meio e em espaços comerciais da freguesia, uma exposição alusiva à música e em especial à música filarmónica, com mostra de fotografias, mostra de instrumentos e sua história e a

história da Música.O segundo concerto será realizado na Erada no dia 9 de Outubro.Este evento tem a organização da FR Cortense e da FR Eradense e conta com os apoios da Fundação INATEL, da JF Cortes do Meio, da JF da Erada, da Fábrica da Igreja de Cortes, do Centro de Apoio a Crianças e Idosos de Cortes e da Associação Sócio-Cultural Eradense.Aceite o nosso convite e marque a sua presença nesta comemoração!

Primeiro Centenário da Implantação da República em Portugal - 5 de Outubro 2010

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Tendo em consideração a importância histórica, social e cultural, que as Bandas Filarmónicas têm desempenhado na educação e formação musical portuguesas, num trabalho admirável de passagem da conhecimento em moldes baseados principalmente no amor à música e na mais genuína generosidade humana, a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República decidiu dedicar-lhes um papel de destaque nestas comemorações. Assim e após proposta por parte desta comissão para a comemoração da data da Implantação da República em Portugal a FRC irá, na manhã do dia 5 de Outubro, pelas 10h30, aquando da cerimónia oficial de celebração do centenário da proclamação da República Portuguesa, tocar em uníssono virtual, com todas as bandas que aderiram a esta proposta, o Hino Nacional.A FRC em conjunto com as bandas de outras instituições, todos tocarão o hino que nos une, cada banda filarmónica a partir da sua própria localidade, numa celebração que terá o tamanho do País.

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