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A Concepção Objetiva da Arte
Relações Entre o Belo Artístico e o Belo Natural
Georg W. F. Hegel
(Filósofo alemão1770 – 1831)
• De acordo com o sistema hegeliano, a Estética é a ciência que se ocupa do belo
artístico, excluindo o belo natural.
HEGEL
“(...) julgamos nós poder afirmar que o belo artístico é superior ao belo natural, por ser
um produto do espírito que, superior à natureza, comunica essa superioridade aos seu produtos e, por conseguinte, à
arte; por isso é o belo artístico superior ao belo natural”.
HEGEL
O espírito desenvolve-se através dos momentos dialéticos de subjetivo
(indivíduo), objetivo (sociedade), absoluto (Deus).
• O próprio espírito humano é uma parcela de um espírito que o ultrapassa: um Espírito absoluto rege o conjunto do pensamento e de atividades humanas.
• Esse Espírito absoluto leva à realização do Verdadeiro e da Liberdade.
HEGEL
Este último se desenvolve, por sua vez, em arte (expressão do absoluto na intuição
estética), religião (expressão do absoluto na representação mítica), filosofia
(expressão conceptual, lógica, plena do absoluto).
• Na medida que o belo artístico participa no espírito, também se comunica com a
verdade, e nisso reside a sua superioridade qualitativa sobre o belo
natural, que não passa de um ‘reflexo do espírito’, quer dizer, um modo imperfeito
do espírito, sem independência e subordinado.
HEGEL
Com a criação da estética como disciplina filosófica, no século XVIII, faz-se uma nítida distinção entre os dois tipos de beleza. O próprio conceito de estética
passa a ser cada vez mais reservado à apreciação das obras criadas pelos
homens.
• O objeto da arte encontra o seu conceito na Idéia, isto é no que há de universal nas coisas do mundo.
• As obras de arte, de fato, estão referidas “aos sentidos, à sensação, à intuição, à imaginação”.
HEGEL
“A pior das idéias que perpasse pelo espírito de um homem é melhor e mais elevada do
que a mais grandiosa produção da natureza”.
HEGEL
A primeira manifestação do espírito é a da arte. Seria, pois, a arte o momento em
que as coisas sensíveis são vistas como espírito.
Ou pelos menos as obras, conhecidas como sendo de arte, o seriam porque, nelas o
espírito se encontra como sensível.
A arte precisa tirar as suas formas da natureza (elemento sensível), mas seu conteúdo é a idéia (elemento espiritual).
Ela não deve copiar passivamente a natureza, mas não pode recusar o
material que esta a fornece.
HEGEL
O belo artístico é um produto do espírito, por isso só o podemos encontrar nos seres humanos e nas obras que eles
produzem.
HEGEL
A arte cultiva o humano no humano. Ela opera através do sensível.
• O objetivo último da arte é “despertar a alma”. É relevar à alma tudo o que a alma
contém de essencial, de grande, de sublime, de respeitável e de verdadeiro.
• Para Kant, a estética é um estado de vida de direito próprio, uma capacidade de
fruição intimamente relacionada a outras capacidades cognitivas do ser humano,
sem depender, necessariamente, da aquisição de conhecimento, ou seja: para contemplar o belo, o sujeito não se vale
das determinações das capacidades cognitivas das faculdades do
conhecimento.
• A definição da arte é uma das questões mais centrais da estética.
SHUSTERMAN
Para Platão a arte enquanto mera aparência, não passa de um duplo reflexo das verdadeiras formas de realidade; não
apenas ela engana, como também ela jamais poderia competir com a filosofia.
SHUSTERMAN
• Aristóteles retoma a atitude platônica de tratar a arte como um domínio de objetos à parte.
• A teoria aristotélica da arte abandona a acusação, mas permite a classificação.
SHUSTERMAN
• Dickie – teoria institucional da arte.
Se as obras de arte parecem não possuir em comum nenhuma propriedade
específica, talvez a essência da arte não resida nas suas propriedades exibidas,
mas no modo como é gerada.
Para Dickie a arte tem um sentido derivado.
Só podemos chamar um pedaço de madeira de arte porque comparamos com outros
objetos.
• Dickie define assim um objeto de arte:
1) um artefato
2) ao qual uma ou várias pessoas agindo em nome de uma certa instituição (o mundo da arte) conferem o estatuto de candidato à apreciação.
SHUSTERMAN
Danto afirma que “ver qualquer coisa como arte requer uma coisa que o olho não
pode discernir – uma atmosfera de teoria artística, um conhecimento da história da
arte: um mundo da arte”.
Danto define a arte em função de sua história.
• só a interpretação permite explicar esta "transfiguração" do objeto banal em obra de arte.
• Não é espontânea; supõe um público informado, que conhece o meio da arte, e que se deixa ganhar por uma "atmosfera de teoria artística".
• Os limites entre arte e realidade, de fato, tornaram-se internos a própria arte. E esta
é uma revolução que só se tornou possível, diz Danto, nesse momento
histórico.
• De acordo com Goodman a pergunta “o que é arte?” é uma pergunta que deve ser substituída por outra: “Quando é arte?”
• O estatuto artístico da obra nunca é definitivamente estável e isso implica que a arte não pode realmente ter uma definição.
SHUSTERMAN
• Dewey conecta arte e vida. Para ele, o mundo da arte não constitui uma noção estética abstrata e autônoma, mas algo
integrado ao mundo real e estruturado por fatores socioeconômicos e políticos.
BENJAMIN
O aparecimento e desenvolvimento de formas de arte (começando pela
fotografia) em que deixa de fazer sentido distinguir entre original e cópia traduz-se no fim dessa «aura», o que liberta a arte
para novas possibilidades.