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Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
Av. Afonso Costa, 3 1949-002 LISBOA Portugal 600082440 Telefone 218 442 200 Fax 218 442 202 [email protected]
Área Temática – TURISMO
(Turismo no Espaço Rural; Turismo Habitação; Parques de Campismo e Caravanismo;
Aluguer de veículos ligeiros de passageiros sem condutor - rent-a-car; Agências de
viagens e turismo)
A) Constituição Formal da Empresa
1.Empresário em Nome Individual Procedimentos:
1.º Passo – Pedido de Certificado de Admissibilidade de Firma ou
Denominação
O Empresário em Nome Individual só será obrigado a requerer o certificado de
admissibilidade de firma – nome comercial pelo qual o titular da empresa seja
conhecido, no exercício da sua actividade – se pretender inscrever-se no Registo
Comercial com firma diferente do seu nome civil completo ou abreviado (D.L. nº
129/98, de 13 de Maio).
Para tal, deverá ser preenchido um requerimento, em duplicado, constante de
modelo aprovado, devendo este ser entregue pessoalmente ou pelo correio no
Registo Nacional de Pessoas Colectivas (RNPC) ou nas suas delegações junto
das Conservatórias do Registo Comercial. Actualmente, é possível também
efectuar este pedido por transmissão electrónica de dados.
A apresentação do pedido do certificado de admissibilidade de firma pode ser
precedida de um pedido pessoal ou telefónico de reserva de firma ou
denominação, possibilidade esta só conferida a entidades que tenham celebrado
protocolos com o RNPC.
O empresário deverá propor, por ordem decrescente de preferência, três firmas
ou denominações, sendo admitida aquela que não seja confundível ou igual a
uma previamente registada.
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O pedido deve ser assinado pelo empresário ao qual deve juntar os seguintes
documentos:
• Fotocópia do bilhete de identidade;
• Todos os documentos que o empresário julgue convenientes para apoio da
admissibilidade da firma.
O certificado de admissibilidade de firma é válido por cento e oitenta dias a
contar da data da sua emissão. A Portaria nº 271/99, de 13 de Abril, veio
considerar o empresário em nome individual como pessoa singular para efeitos
de atribuição do número fiscal, pelo que não se torna necessário o pedido de
cartão de identificação de empresário junto do RNPC, bastando tão só a sua
identificação fiscal enquanto pessoa singular.
2º Passo – Declaração de Início de Actividade e Inscrição no Ficheiro
Central de Pessoas Colectivas
Esta declaração visa a regularização da situação fiscal do empresário individual,
a fim de dar cumprimento às suas obrigações de natureza fiscal.
Deverá ser preenchido o impresso correspondente ao modelo aprovado da
Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM), de acordo com as instruções a ele
anexas entregando-o (no dia anterior ou no próprio dia do início de actividade do
empresário, sob pena de multa) na Repartição de Finanças ou Bairro Fiscal da
área do estabelecimento principal ou do domicílio fiscal do empresário.
Esta declaração deverá ser assinada pelo sujeito passivo do imposto, isto é, o
empresário, ao que deverá juntar o cartão de identificação de empresário
individual.·
Os empresários em nome individual, devem proceder à inscrição do início da sua
actividade no RNPC.
Como o empresário em nome individual é uma entidade sujeita a registo
comercial, com o requerimento daquele registo será oficiosamente inscrito no
Ficheiro Central de Pessoas Colectivas.
3º Passo – Registo Comercial
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Destina-se a dar publicidade à situação jurídica, entre outros, dos empresários
individuais, sendo facultativo o registo do início da actividade.
As situações sujeitas a registo são as seguintes:
• Início, alteração e cessação da actividade;
• As modificações do seu estado civil e regime de bens;
• A mudança de estabelecimento principal
Está sujeito à exibição do certificado de admissibilidade da firma ou
denominação o registo definitivo do início de actividade de comerciante individual
que adopte uma firma diferente do seu nome completo ou abreviado, da
alteração da sua firma ou da mudança de residência para outro concelho.
Deverá ser preenchido o impresso respectivo, fornecido gratuitamente pelas
Conservatórias do Registo Comercial e entregue na Conservatória em cuja área
se situar o estabelecimento principal ou na falta deste, onde o comerciante
exercer a sua actividade principal.
Para efeitos do pedido de registo dever-se-ão apresentar os seguintes
documentos: • Certificado de admissibilidade da firma;• Bilhete de Identidade;•
Cartão de identificação fiscal de pessoa singular;• Declaração de Início de
Actividade.
4º Passo – Comunicação obrigatória ao Instituto de Desenvolvimento e
Inspecção das Condições de Trabalho
O empresário em nome individual, como entidade sujeita à fiscalização do
Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho, deverá
comunicar, por ofício, à respectiva delegação da área onde se situa o seu
estabelecimento, o endereço deste, ou dos locais de trabalho, o ramo de
actividade, o seu domicílio e o número de trabalhadores.
Esta comunicação é obrigatória e deverá ser feita anteriormente ao início de
actividade.
5º Passo – Inscrição do empresário na Segurança Social
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Tem como finalidade a identificação do empresário como beneficiário dos
serviços e prestações a realizar por aquele organismo de forma a estar
abrangido pelos regimes da protecção social.
Deverá ser preenchido o Boletim de Identificação correspondente a modelo do
Centro Regional de Segurança Social (CRSS), que será entregue no CRSS que
abranja o local da residência do empresário (Quando o empresário inicia a sua
actividade reporta-se ao início do mês a que se refere a primeira contribuição
paga em seu nome).
Dever-se-ão apresentar os seguintes documentos:
• Fotocópia do cartão de identificação fiscal de pessoa singular;
• Original da declaração de inscrição no Registo / Início de Actividade.
6º Passo – Inscrição da empresa individual na Segurança Social
Destina-se a identificar a empresa como contribuinte daquele organismo, sempre
que o empresário tenha contratado trabalhadores ao seu serviço, ficando
responsável pelo pagamento das respectivas contribuições.
Deverá ser preenchido o Boletim de Identificação do Contribuinte,
correspondente a modelo do CRSS, sendo entregue no CRSS competente, no
prazo de trinta dias a contar do início de actividade da empresa.
Este Boletim deverá ser assinado pelo empresário, anexando, os documentos
mencionados no passo 5.
2. Sociedades Comerciais e Civis sob a forma Comercial Empresa na Hora Procedimentos:
1.º Passo - Escolha de nome e do Pacto Social
O nome poderá ser escolhido de uma lista de nomes pré-aprovados, podendo
aditar-se uma referência à actividade a exercer.
O pacto social tem de ser escolhido de entre os pactos pré–aprovados.
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A lista de nome e os pactos disponíveis podem ser consultados no sítio
www.empresanahora.mj.pt.
Em alternativa pode ser requerido ao Registo Nacional de Pessoas Colectivas
(RNPC) a aprovação de um nome.
Para isso, é preenchido o Certificado de Admissibilidade (impresso modelo 11 do
RNPC) que tem de ser assinado por um dos futuros sócios, seu representante
legal ou advogado. No gabinete do RNPC, a funcionar no Centro de
Formalidades das Empresas (CFE), são feitas pesquisas para despistagem de
nomes iguais ou confundíveis, de forma a dar maior garantia à aprovação do
nome.
Uma vez deferido o pedido do Certificado de Admissibilidade, tem um nome
aprovado que lhe permite constituir uma sociedade pelo procedimento “Empresa
na Hora”.
O Certificado de Admissibilidade tem uma validade de três meses.
2.º Passo - Assinatura do pacto constitutivo da sociedade
No Posto de Atendimento da EH, é assinado o pacto constitutivo, emitido o
Cartão de Pessoa Colectiva, feito o registo da sociedade e emitida a respectiva
certidão.
É necessária a presença de todos os sócios, ou seus representantes legais,
munidos dos respectivos documentos de identificação e Cartões de Contribuinte.
3.º Passo - Depósito do Capital Social
O depósito do capital social terá de ser efectuado no prazo de 5 dias úteis após
a constituição da sociedade.
4.º Passo - Declaração de Início de Actividade
Esta poderá ser entregue no Gabinete da DGCI, a funcionar no CFE, no próprio
dia da constituição ou nos 15 dias subsequentes, ou em qualquer Repartição de
Finanças.
A Declaração de Início de Actividade deverá ser feita, preferencialmente, de
forma oral pelo Técnico Oficial de Contas (TOC) que assinará o documento
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emitido, apondo a sua vinheta. Em alternativa, poderá ser entregue o respectivo
impresso devidamente preenchido, assinado e certificado (vinheta) pelo TOC,
acompanhado da cópia do seu B.I. e Cartão de Contribuinte.
5.º Passo - Inscrição na Segurança Social
A inscrição na Segurança Social é automática por transferência electrónica de
dados.
Sugere-se, no entanto, uma passagem pelo Gabinete da Segurança Social a
funcionar no CFE para informações adicionais e esclarecimentos.
B. Processo de Licenciamento e Inicio de Actividade
O processo de licenciamento dependerá do tipo de actividade que pretende
desenvolver: empreendimentos de turismo no espaço rural, turismo de habitação,
parque de campismo, turismo de natureza ou aluguer de veículos ligeiros de
passageiros sem condutor (rent-a-car).
B.1 – Empreendimentos de turismo no espaço rural, turismo de habitação,
parques de campismo e caravanismo (DL 15/2014)
O processo de licenciamento destes empreendimentos decorre na Câmara Municipal da
área da sua implantação e segue o regime jurídico da instalação, exploração e
funcionamento dos empreendimentos turísticos, aprovado pelo DL 15/2014, de 23 de
janeiro
Procedimentos:
1. Pedido de Informação Prévia (facultativo)
O promotor pode requerer à Câmara Municipal uma informação prévia sobre a
possibilidade de instalar um empreendimento turístico e de quais os respetivos
condicionamentos legais ou regulamentares. Esta fase do procedimento é facultativa.
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Procedimentos:
a) Requerimento entregue na Câmara Municipal da área de implantação do
empreendimento;
b) A Câmara Municipal consulta, em simultâneo, sempre que necessário o Turismo de
Portugal, I.P ou outras entidades, as quais deverão emitir parecer referente ao
empreendimento em questão. A não emissão de parecer por parte das entidades
consultadas dentro do prazo legal entende-se como favorável. No caso de parecer
desfavorável, este é vinculativo.
Existe a possibilidade do interessado solicitar diretamente às entidades externas o
parecer legalmente exigido, entregando-os posteriormente, juntamente com o
requerimento inicial, na câmara municipal territorialmente competente.
Querendo utilizar esta segunda forma de atuação, poderá fazer tal pedido junto do
Turismo de Portugal, I.P. através de plataforma informática para o efeito, SI-RJET,
(https://acesso.turismodeportugal.pt/wsso/faces/Login.jsp) ou mediante entrega
de Requerimento de Pedido de Parecer de Informação Prévia acompanhado dos
devidos elementos instrutórios, documento acessível no sítio do Turismo de Portugal
www.turismodeportugal.pt , no menu Áreas de Atuação – Desenvolvimento e
Valorização da Oferta.
O Turismo de Portugal, I.P. emite obrigatoriamente parecer neste procedimento, no
prazo de 20 dias, sendo o parecer vinculativo quando desfavorável.
A não emissão de parecer por parte das entidades consultadas dentro do prazo legal
entende-se como favorável.
c) A Câmara Municipal pronuncia-se em definitivo, após a recepção dos referidos
pareceres ou após a data limite para a emissão dos mesmos (ver prazos no artigo 16º
do Decreto-Lei nº 136/2014, de 9 de setembro).
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A informação prévia favorável tem a validade de um ano e vincula as entidades
competentes na decisão sobre um eventual pedido de licenciamento e no controlo
sucessivo de operações urbanísticas sujeitas a comunicação prévia.
2. Pedido de Licenciamento ou comunicação prévia de operações urbanísticas
Consiste num pedido, junto da Câmara Municipal, com vista à aprovação do projecto de
arquitectura e de segurança do empreendimento turístico e de autorização para a
realização de obras de edificação.
2.1 - Procedimentos no caso dos empreendimentos de Turismo de Habitação,
Parques de Campismo e Caravanismo e Turismo no Espaço Rural (com excepção
dos hotéis rurais):
a) Requerimento entregue na Câmara Municipal para aprovação do projecto de
arquitectura do empreendimento turístico;
b) A Câmara Municipal delibera sobre o projecto de arquitectura. Com a emissão do
alvará de licença ou a admissão da comunicação prévia para a realização de obras de
edificação, é fixada a capacidade máxima do empreendimento e atribuída a sua
classificação de acordo com o projecto apresentado.
A licença de operações urbanísticas é emitida pela Câmara Municipal após aprovação
dos projectos da engenharia de especialidades. Os projectos da engenharia de
especialidades deverão ser apresentados no prazo de 6 meses a contar da data de
aprovação do projecto de arquitectura. No caso das obras que, nos termos do regime
jurídico da edificação e urbanização, estão sujeitas ao regime de comunicação prévia, o
interessado pode dar início às mesmas, efectuando previamente o pagamento das
taxas devidas através de autoliquidação, se decorrido o prazo de 60 dias a contar da
entrega da comunicação, devidamente instruída com os elementos legalmente
exigidos, esta não for rejeitada.
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Nota: Os projectos dos empreendimentos turísticos necessitam de respeitar as normas
técnicas básicas de eliminação das barreiras arquitectónicas para melhoria do acesso
aos edifícios dos cidadãos portadores de deficiência.
2.2 - Procedimentos no caso de empreendimento Hotel Rural:
a) Requerimento entregue na Câmara Municipal da área de implantação do Hotel Rural
para obtenção de licenciamento ou autorização para a realização de obras de
edificação desse empreendimento turístico.
b) Recebido o pedido, a Câmara Municipal consulta simultaneamente o Turismo de
Portugal, I.P. e outras entidades que legalmente devam emitir parecer.
Existe a possibilidade do interessado solicitar diretamente às entidades externas à
Câmara o parecer legalmente exigido, entregando-os posteriormente, juntamente com o
requerimento inicial, na câmara municipal territorialmente competente.
Querendo utilizar esta segunda forma de atuação, poderá fazer tal pedido junto do
Turismo de Portugal, I.P. através de plataforma informática para o efeito, SI-RJET,
(https://acesso.turismodeportugal.pt/wsso/faces/Login.jsp) ou mediante entrega
de Requerimento de Pedido de parecer de licenciamento/comunicação prévia
acompanhado dos devidos elementos instrutórios, documento acessível em
www.turismodeportugal.pt, no menu Áreas de Atuação – Desenvolvimento e
Valorização da Oferta.
O Turismo de Portugal, I.P. emite obrigatoriamente parecer neste procedimento, no
prazo de 20 dias, sendo o parecer vinculativo quando desfavorável.
A não emissão de parecer por parte das entidades consultadas dentro do prazo legal
entende-se como favorável.
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A validade dos pareceres é de um ano ou superior, caso não tenham existido alterações
de facto ou de direito.
Elementos para a instrução do processo para parecer do Turismo de Portugal I.P. sobre
pedido de licenciamento ou comunicação prévia relativo a obras de edificação, pode
consultar www.turismodeportugal.pt , no menu Áreas de Atuação – Desenvolvimento e
Valorização da Oferta.
c) Juntamente com o parecer, o Turismo de Portugal, I.P. fixa, em fase de projeto,
a capacidade máxima do empreendimento e a respetiva classificação de acordo com o
projeto apresentado.
d) Em certos casos poderá existir dispensa de requisitos exigidos para a atribuição da
classificação dos Hotéis Rurais, quando a sua estrita observância for suscetível de:
- Afetar as características arquitetónicas ou estruturais dos edifícios que estejam
classificados a nível nacional, regional ou local ou que possuam valor histórico,
arquitetónico, artístico ou cultural;
- Prejudicar ou impedir a classificação de projetos inovadores e valorizantes da oferta
turística.
A dispensa de requisitos deve ser solicitada ao Turismo de Portugal, I.P., através da
entrega de Requerimento de Dispensa de Requisitos acessível em
www.turismodeportugal.pt, no menu Áreas de Atuação – Desenvolvimento e
Valorização da Oferta.
O Turismo de Portugal, I.P. tem o prazo de 20 dias para decisão.
3 - Autorização de utilização para fins turísticos
O pedido de concessão da autorização de utilização para fins turísticos destina-se
a verificar:
- a conformidade da obra concluída com o projeto de arquitetura e arranjos exteriores
aprovados e com as condições do respetivo procedimento de controlo prévio;
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- a conformidade da utilização prevista com as normas legais e regulamentares que
fixam os usos e utilizações admissíveis, bem como a idoneidade do edifício ou sua
fração autónoma para o fim pretendido, no caso de não ter existido uma operação
urbanística sujeita a controlo prévio.
Procedimento:
1.. O pedido de autorização de utilização, bem como as suas alterações, é apresentado
através da plataforma eletrónica SIRJUE, https://servicos.portalautarquico.pt/enterprise/,
(ou na Câmara Municipal no caso desta ainda não ter ligação ao SIRJUE),
acompanhado dos documentos referidos no artigo 63º do Decreto-Lei nº 136/2014, de 9
de setembro.
2. O prazo para decisão sobre a concessão de autorização de utilização para fins
turísticos e emissão do respetivo alvará é de 20 dias a contar da data de receção do
requerimento, salvo quando haja lugar à realização de vistoria.
3. A vistoria realiza-se se o pedido não tiver sido instruído com os termos de
responsabilidade definidos na lei ou quando existam indícios sérios de que a obra se
encontra em desconformidade com o respetivo projeto ou condições estabelecidas. A
decisão para realização de vistoria é da competência do Presidente da Câmara e
determinada a sua realização no prazo de 10 dias após a entrega do requerimento. A
vistoria deve realizar-se 15 após a decisão do presidente da Câmara, decorrendo
sempre que possível em data a acordar com o requerente. As conclusões da vistoria
são obrigatoriamente seguidas na decisão sobre o pedido de autorização.
4. Não sendo necessária a realização de vistoria o requerente pode solicitar a emissão
do alvará de autorização de utilização, a emitir no prazo de cinco dias, mediante a
apresentação do comprovativo do requerimento de autorização para utilização para fins
turísticos.
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5. O alvará de autorização de utilização para fins turísticos deve conter, para além dos
elementos previstos no Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, referência
expressa à capacidade máxima e à classificação (tipo e categoria, quando exista).
6. A instalação dos empreendimentos turísticos pode ser autorizada por fases,
aplicando-se a cada uma delas o processo de autorização de utilização para fins
turísticos.
7. Da emissão do alvará de autorização de utilização para fins turísticos é dado
conhecimento ao Turismo de Portugal, I.P.
8. Constitui título válido de abertura do empreendimento qualquer dos seguintes
documentos:
a) Alvará de autorização de utilização para fins turísticos do empreendimento;
b) Comprovativo de regular submissão do requerimento de concessão de autorização
de utilização para fins turísticos, acompanhado do comprovativo do pagamento da taxa
devida, esgotado o prazo de 20 dias a contar da data de apresentação do requerimento,
sem que tenha sido proferida decisão expressa.
9. Até à existência do balcão único eletrónico, o interessado deve comunicar a
existência de título válido de abertura ao Turismo de Portugal, no prazo de 10 dias após
a sua obtenção.
4 - Classificação do Empreendimento Turístico
A classificação destina-se a atribuir, confirmar ou alterar a tipologia e, quando aplicável,
o grupo e a categoria dos empreendimentos turísticos e tem natureza obrigatória.
A classificação dos Hotéis Rurais é da competência do Turismo de Portugal, I.P.
No caso dos parques de campismo e de caravanismo, dos empreendimentos de turismo
de habitação e dos empreendimentos de turismo no espaço rural a classificação é da
competência da câmara municipal, após realização de uma auditoria, juntamente com a
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autorização de utilização para fins turísticos quando tenha sido realizada a vistoria nos
termos do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, caso em que não há lugar a
vistoria de classificação.
Procedimentos:
1. A auditoria de classificação dos empreendimentos turísticos deverá ser feita no
prazo de 60 dias a contar da data de emissão da disponibilização da informação
relativa ao título válido de abertura.
A realização da auditoria é decidida pelo Turismo de Portugal, I.P no caso dos Hotéis
Rurais e pela Câmara Municipal no caso dos parques de campismo e de caravanismo,
dos empreendimentos de turismo de habitação e dos empreendimentos de turismo no
espaço rural.
No caso dos parques de campismo e de caravanismo, dos empreendimentos de turismo
de habitação e dos empreendimentos de turismo no espaço rural, quando tenha sido
realizada vistoria para a autorização de utilização para fins turísticos, a classificação é
fixada nessa altura e como tal não há lugar a auditoria de classificação.
2. Após a realização da auditoria, o presidente da Câmara Municipal ou o Turismo de
Portugal, I.P. consoante os casos, fixa a classificação do empreendimento turístico.
3. As auditorias de classificação a realizar pelo Turismo de Portugal, I.P. com carácter
obrigatório, encontram-se isentas de taxas.
No caso das auditorias de classificação a realizar pela câmara municipal pode ser
cobrada uma taxa, a afixar em regulamento camarário (a taxa deixa de ser obrigatória,
nestes casos, ficando ao critério de cada município).
4. A classificação deve ser revista de cinco em cinco anos, e é precedida de uma
auditoria de classificação efetuada pelo Turismo de Portugal, I. P. ou pela câmara
municipal, que iniciam o procedimento oficiosamente.
5. Os requisitos exigidos para a fixação da classificação podem ser dispensados,
oficiosamente ou a requerimento, quando a sua estrita observância for suscetível de :
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a) Afetar as características arquitetónicas ou estruturais de:
i) Edifícios que estejam classificados ou em vias de classificação como de
interesse nacional, de interesse público ou de interesse municipal;
ii) Edifícios que se situem em conjuntos ou sítios classificados ou em vias de
classificação como de interesse nacional, de interesse público ou de interesse
municipal;
iii) Edifícios que se situem dentro de zonas de proteção de monumentos,
conjuntos ou sítios classificados ou em vias de classificação como de interesse
nacional, de interesse público ou de interesse municipal; ou
iv) Edifícios que possuam valor histórico, arquitetónico, artístico ou cultural;
b) Afetar vestígios arqueológicos existentes ou que venham a ser descobertos durante a
instalação do empreendimento turístico;
c) Prejudicar ou impedir a classificação de projetos inovadores e valorizantes da oferta
turística. (artigo 39º do Decreto-Lei n.º 186/2015, de 3 de setembro)
B2 - Empreendimento de Turismo de Natureza (Decreto-Lei n.º 186/2015, de 3 de
setembro, Portaria n.º 261/2009 de 12 de março e da Portaria nº47/2012, de 20 de
fevereiro)
Os empreendimentos turísticos que se destinem a prestar serviço de alojamento em
áreas integradas no SNAC ou em outras áreas com valores naturais e que disponham
de um adequado conjunto de infraestruturas, equipamentos e serviços complementares
que permitam contemplar e desfrutar o património natural, paisagístico e cultural, tendo
em vista a oferta de um produto turístico integrado e diversificado, podem ser
reconhecidos como turismo de natureza.
O reconhecimento de empreendimentos turísticos como turismo de natureza compete
ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.), nos termos
definidos por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da
conservação da natureza e do turismo.
A designação «turismo de natureza» e o respetivo logótipo só podem ser usados por
empreendimentos turísticos reconhecidos como tal. (artigo 20º do Decreto-Lei n.º
186/2015, de 3 de setembro).
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Os empreendimentos turísticos podem aderir a uma marca nacional de produtos e
serviços das áreas integradas no SNAC – Sistema Nacional de Áreas Classificadas.
A aprovação da adesão dos empreendimentos turísticos à marca nacional mencionada
no número anterior compete ao ICNF, I. P., e depende do cumprimento dos critérios
definidos por regulamento específico deste instituto. (artigo 20º-A do Decreto-Lei n.º
186/2015, de 3 de setembro)
Isenção de Pagamento de Taxas de Reconhecimento
O reconhecimento de empreendimentos turísticos como turismo natureza está isento de
qualquer taxa. (artigo 20º do Decreto-lei nº 186/2015, 3 de setembro).
Procedimento
1 - O pedido de reconhecimento é efetuado junto do Instituto da Conservação da
Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.), mediante o preenchimento de formulário
eletrónico disponibilizado no seu sítio na Internet ou no “balcão único” disponibilizado
em sítio na Internet através do Portal da Empresa e no Portal do Cidadão.
2 – O ICNF, I. P., profere decisão sobre o pedido no prazo de 30 dias, contados da data
da recepção do requerimento.
Na falta de decisão no prazo previsto, desde que se pague ao ICNF, I. P. considera-se
tacitamente deferida a pretensão de requerente, sem prejuízo da obrigatoriedade de o
empreendimento turístico cumprir os critérios exigidos para o seu reconhecimento.
Os empreendimentos turísticos instalados em áreas integradas no sistema nacional de
áreas classificadas (SNAC) podem aderir a uma marca nacional de produtos e serviços
das áreas integradas no SNAC. Esta aprovação compete ao ICNF, I. P., e depende do
cumprimento dos critérios definidos por regulamento específico deste instituto.
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Atribuição do nome do empreendimento turístico
A matéria das denominações está actualmente entregue ao Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI) e ao Registo Nacional das Pessoas Colectivas, cabendo
ao Turismo de Portugal apenas a verificação da conformidade do nome proposto com o
que se dispõe no artigo 41º do Decreto-Lei nº 39/2008.
Placas de Classificação
Em todos os empreendimentos turísticos é obrigatória a afixação no exterior, junto à
entrada principal, da placa identificativa da respetiva classificação, no prazo máximo de
10 dias após a notificação ao interessado da classificação atribuída.
A aquisição de placas identificativas da classificação pode ser efetuada junto de
qualquer empresa fornecedora, devendo a placa obedecer ao disposto na Portaria n.º
1173/2010, de 15 de Novembro.
A placa identificativa da classificação tem que conter, entre outras especificações,
o número de registo do Registo Nacional do Turismo (Portaria n.º 1087/2010, de 22 de
Outubro), assim como a data de validade da classificação.
O número de registo é atribuído aquando do registo do empreendimento através dos
“Serviços de Registo” do Registo Nacional de Turismo. Para tal, os proprietários ou a
entidade exploradora do empreendimento, deve efetuar o pedido de registo, no prazo
de 30 dias a contar da data do título válido de abertura ao público, sendo estas
entidades responsáveis pelo rigor da informação que fornecem para esse efeito. O
pedido será validado pelo Turismo de Portugal, I.P.
O ato da inscrição de empreendimentos turísticos no RNET faz desencadear os
procedimentos administrativos de classificação.
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B.3 Aluguer de veículos ligeiros de passageiros sem condutor (rent-a-car)
A atividade de aluguer de veículos ligeiros de passageiros sem condutor (rent-a-car)
pode ser exercida por pessoas singulares ou pessoas coletivas, estabelecidas em
território nacional, devendo os interessados observar cumulativamente os seguintes
requisitos de acesso à atividade:
Idoneidade (todos os gerentes, administradores ou diretores, no caso de pessoas
coletivas, ou o próprio, no caso de pessoa singular) artigo 5º do Decreto-Lei
181/2012;
Número mínimo de veículos (sendo sete nos automóveis ligeiros de passageiros;
três nos motociclos, triciclos ou quadriciclos);
Estabelecimento fixo para atendimento ao público.
São consideradas idóneas as pessoas relativamente às quais não se verifique qualquer
dos seguintes factos:
a) Proibição legal para o exercício do comércio;
b) Condenação, com trânsito em julgado, por infrações cometidas às normas relativas
ao regime das prestações de natureza retributiva, ou às condições de higiene e
segurança no trabalho, à proteção do ambiente e à responsabilidade profissional, nos
casos em que tenha sido decretada a interdição do exercício da atividade de rent-a-car,
ou inibição do exercício do comércio por ter sido declarada a falência ou insolvência,
enquanto não for levantada a inibição ou a reabilitação do falido.
Procedimentos
O acesso e exercício da atividade de rent-a-car está sujeito a comunicação prévia ao
Instituto de Mobilidade e dos Transportes, I.P. (IMP,I.P.), a efetuar através da entrega
dos documentos a seguir referidos, podendo fazê-lo presencialmente na Sede do
IMT,I.P., por via postal ou através de [email protected], anexando o Modelo 13 IMT
preenchido a cor preta, bem como os restantes documentos, devidamente digitalizados.
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Documentos
Modelo 13 IMT, no qual deve ser indicado um endereço eletrónico, bem como a
morada do estabelecimento de atendimento ao público e a identificação dos
veículos afetos à exploração;
Fotocópia do cartão de pessoa coletiva ou de equiparado a pessoa coletiva;
Certidão da Conservatória do Registo Comercial comprovativa da matrícula da
sociedade, cooperativa ou empresário em nome individual;
Certificados do registo criminal dos gerentes, administradores ou diretores, no
caso de pessoas coletivas, ou do próprio, no caso de pessoa singular.
O IMT,I.P. deve notificar o requerente sobre a receção da comunicação prévia,
informando -o do prazo para a decisão final, dos efeitos resultantes da falta de decisão
final nesse prazo e das vias de reação administrativa ou contenciosa, a efetuar por via
do balcão único eletrónico dos serviços ou da plataforma eletrónica deste Instituto
http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/IMTT/Paginas/OIMT.aspx.
No prazo máximo de 20 dias úteis a contar da data da comunicação prévia (entrega dos
documentos), o IMT,I.P. deve verificar o preenchimento dos requisitos de acesso à
atividade, só podendo indeferir o requerimento se os mesmos não estiverem reunidos.
Se não existir uma decisão dentro deste prazo, considera -se a pretensão do requerente
tacitamente deferida.
Taxas
Não existe taxa de acesso à atividade
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B4 – Reconhecimento das Agência de Viagem e Turismo
(Decreto-lei nº 61/2011, Decreto-lei nº199/2012 e Portaria nº 3872014)
Para desenvolver atividades como agência de viagem e turismo em território nacional
(artigo 3º do Decreto – Lei n.º 199/2012) as empresas têm de estar inscritas no RNAVT
– Registo Nacional das Agências de Viagens e Turismo.
Inscrição no RNAVT – Registo Nacional das Agências de Viagens e Turismo
Para exercer atividades como agência de viagem e turismo as empresas têm de se
inscrever no RNAVT – Registo Nacional das Agências de Viagens e Turismo.
Para o efeito, as empresas, deverão efetuar a mera comunicação prévia efetuada por
formulário eletrónico disponível no RNAVT, que identifica:
a) O requerente;
b) Os titulares da empresa e os seus administradores ou gerentes, quando se trate de
pessoa coletiva;
c) A localização dos estabelecimentos.
A mera comunicação prévia é instruída com os seguintes elementos:
a) Código de acesso à certidão permanente de registo comercial;
b) Indicação do nome adotado para a agência de viagens e turismo e de marcas que
pretenda utilizar, acompanhados de cópia simples do registo da marca;
c) Cópia simples da apólice do seguro de responsabilidade civil e comprovativo do
pagamento do respetivo prémio ou fração inicial, ou comprovativo de subscrição de
outra garantia financeira equivalente, nos termos do artigo 35.º do decreto-Lei n.º
199/2012, de 24 de agosto;
d) Cópia simples do documento comprovativo da subscrição do FGVT – Fundo de
Garantia de Viagens e Turismo ou da prestação de garantia equivalente noutro
Estado membro da União Europeia ou do espaço económico europeu;
e) Comprovativo do pagamento da taxa de registo no valor de 750 € (n.º 4 do artigo 8.º
do Decreto-Lei n.º 199/2012 com as alterações introduzidas pelo Decreto-lei n.º
26/2014).
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Com a receção da mera comunicação prévia por via eletrónica é automaticamente
enviado um recibo de receção ao remetente e designado, pelo Turismo de Portugal, I.
P., um gestor de processo a quem compete acompanhar a sua instrução, o
cumprimento dos prazos e prestar informações e esclarecimentos ao requerente.
Início de Atividade
Após ter sido efetuada a mera comunicação prévia e paga a taxa de inscrição no
RNAVT o requerente pode iniciar a atividade.
Todas as agências de viagens e turismo devem exibir, de forma visível, a respetiva
denominação.
Em todos os contratos, correspondência, publicações, publicidade e, de um modo geral,
em toda a sua atividade comercial as agências de viagens e turismo devem indicar a
denominação e, caso exista, o número de registo, bem como a localização da sua sede,
sem prejuízo das referências obrigatórias nos termos do Código das Sociedades
Comerciais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 262/86, de 2 de setembro.
Livro de Reclamações
Todas as empresas prestadoras de serviços são obrigadas por lei a deter Livro de
Reclamações.
As empresas do sector turístico poderão obter o Livro de Reclamações junto do Turismo
de Portugal, I.P.
Caso o pretenda adquirir, terá de apresentar/remeter alguns documentos comprovativos
da actividade desenvolvida:
Cópia do alvará ou Declaração em como o estabelecimento se encontra licenciado
(minuta em anexo);
Cópia do cartão de contribuinte.
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Pode ainda ser adquirido nos seguintes locais:
Imprensa Nacional Casa da Moeda,
(Livrarias da INCM em Lisboa, Coimbra e Porto e nas lojas do cidadão, em Lisboa,
Porto e Aveiro)
Instituto do Consumidor
Pç. Duque de Saldanha, 31, R/c, 1º, 2º, 3º e 5º
1069-013 Lisboa
Telefone: 21 356 46 00
Fax: 21 356 47 19
Para além das entidades mencionadas, o Livro de Reclamações pode ser vendido pelas
entidades reguladoras e entidades de controlo de mercado competentes e associações
representativas dos profissionais dos sectores de actividades.
NOTA: Esta informação não dispensa a consulta da legislação.
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