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I
Márcio Antonio Schauz
“A CONTRIBUIÇÃO DA COMISSÃO INTERNA DE
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA PARA A MELHORIA DA
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES”
CURITIBA, 2011
II
Márcio Antonio Schauz
“A CONTRIBUIÇÃO DA COMISSÃO INTERNA DE
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA PARA A MELHORIA DA
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES”
CURITIBA
2011
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial de nota ao Departamento de Engenharia Elétrica, Setor de Tecnologia, Universidade Federal do Paraná. Professor: Dr. Vilson Roiz G. Rebelo da Silva.
III
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, a Deus. Muito obrigado. Aos meus pais, Martin Horst Schauz (em memória) e Ivone Antonia Schauz, por todos os
esforços e princípios fixados.
Ao Professor Vilson Roiz Gonçalves Rebelo da Silva pela orientação, paciência e amizade.
Aos amigos que, de alguma forma, direta ou indiretamente, contribuíram para meu progresso.
Um agradecimento também a todos os professores do curso de Engenharia Elétrica da
Universidade Federal do Paraná pelos ensinamentos transmitidos.
IV
“Se você quer ser bem-sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o
melhor de si mesmo.” (Ayrton Senna)
V
Sumário
Sumário ...................................................................................................................................... IIIV
Lista de Figuras ........................................................................................................................... VII
Lista da Tabelas............................................................................................................................ IX
Lista de Símbolos ....................................................................................................................... VIII
Lista das Siglas .............................................................................................................................. X
Resumo ......................................................................................................................................... X
Abstract ......................................................................................................................................... XI
1-Introdução ............................................................................................................................... 01
1.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 01
1.2 BREVE HISTÓRICO DA ELETROBRAS ...................................................................... 02
1.3 O PROCEL .................................................................................................................... 04
1.4 OBJETIVOS ................................................................................................................... 05
1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA .................................................................................. 05
2-Comissão Interna de Conservação de Energia – CICE........................................................ 07
2.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 07
2.2 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................. 07
2.3 ORIENTAÇÕES GERAIS .............................................................................................. 08
2.4 EMPREENDIMENTOS DA CICE ................................................................................... 09
2.5 ESTRUTURA DA CICE .................................................................................................. 10
2.6 OPERACIONALIZAÇÃO DA CICE ................................................................................ 10
2.7 ATRIBUIÇÕES DA CICE ............................................................................................... 11
2.7.1 Participação em Licitações que Envolvam Consumo de Energia ......................... 11
2.7.2 Diagnóstico Energético ......................................................................................... 12
2.7.3 Análise do Custo de Energia ................................................................................. 12
2.7.4 Proposição de Medidas de Conservação de Energia ........................................... 13
VI
2.7.5 Conscientização e Motivação dos Empregados .................................................... 13
2.8 CONCEITO DE CONSERVAÇÃO ................................................................................. 14
2.8.1 Conservação Não é .............................................................................................. 14
2.8.2 Conservação é ...................................................................................................... 14
2.8.3 Por que Conservação ........................................................................................... 14
2.8.4 Necessidades de Pequenos Investimentos .......................................................... 15
2.8.5 Necessidades de Investimentos Significativos ...................................................... 16
2.8.5.1 Exemplo .................................................................................................... 16
2.8.6 Gestão Energética ................................................................................................ 17
2.8.7 Acompanhamento do Consumo de Energia Elétrica ............................................. 17
2.8.8 Consumo por Setores ........................................................................................... 18
2.8.8.1 Exemplo .................................................................................................... 18
2.8.9 Análise de Demanda ............................................................................................. 19
2.8.10 Fator de carga.......................................................................................................20
2.8.10.1 Influência do fator de carga...............................................................................20
2.8.11 Tarifação ............................................................................................................. 22
2.8.11.1 Tarifas de energia elétrica ....................................................................... 22
2.8.11.2 Convencional .......................................................................................... 23
2.8.11.2.1 Exemplo ................................................................................... 23
2.8.11.3 Tarifação horo-sazonal (tarifa verde) ...................................................... 23
2.8.12 Tabela de acompanhamentos ............................................................................. 24
3-Operacionalização da Pesquisa – Formulário........................... ........................................... 25
3.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 25
3.2 METODOLOGIA - LEVANTAMENTO DE DADOS ........................................................ 25
3.3 OPERACIONALIZAÇÃO DA PESQUISA ....................................................................... 25
3.3.1 Instrumentos de Pesquisa e Escala ...................................................................... 25
3.3.1.1 Escalas ..................................................................................................... 26
VII
3.3.1.2 Apresentação do questionário ................................................................... 27
3.3.1.3 Vantagens e desvantagens de um formulário por questionário ................ 27
3.3.2 Questionário Likert ................................................................................................ 28
3.3.3 A Elaboração do Questionário de Pesquisa .......................................................... 28
3.3.4 Aplicação da Pesquisa .......................................................................................... 29
3.3.4.1 Teste Piloto ............................................................................................... 29
3.3.4.2 Entrevistas ................................................................................................ 30
4-Análise dos Resultados..... .................................................................................................... 31
4.1INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 31
4.2 ANÁLISE DESCRITIVA ................................................................................................. 31
4.2.1 Questões Graduadas em Escala Likert ................................................................. 31
5-Conclusão .............................................................................................................................. 40
5.1 CONSIDERAÇÕES ....................................................................................................... 40
5.2 APRENDIZADOS.............................................................................................................41
5.3 TAREFAS RESALIZADAS E OBJETIVOS ALCAÇADOS alcançados............................42
5.4 DIFICULDADES E LIMITAÇÕES DO TRABALHO..........................................................42
5.5 FUTUROS PROJETOS...................................................................................................42
ANEXO 1 – Criação da CICE – Aspecto Legislativo.....................................................................44
APÊNDICE A – Questionário.........................................................................................................50
APÊNDICE B – Tabulação dos resultados....................................................................................56
APÊNDICE C – Medidas práticas para conservação de energia nas organizações PROCEL.....57
VIII
Lista de Figuras
Figura 1.2a: Instalação oficial da Eletrobrás no Palácio Laranjeiras (RJ) com a presença de João
Goulart – 11/06/62 ....................................................................................................................................... 03
Figura 1.2b: Estrutura da ELETROBRAS .................................................................................................... 04
Figura 2.6: Operacionalização da CICE ....................................................................................................... 10
Figura 4.1.1 Pergunta 1 – Porte da Empresa............................................................................................... 32
Figura 4.1.1 Pergunta 2 – Existência de equipe responsável pela eficiência energética ............................. 32
Figura 4.1.1 Pergunta 3 – Acompanhamento faturas de energia elétrica .................................................... 33
Figura 4.1.1 Pergunta 4 – Controle por setor ............................................................................................... 34
Figura 4.1.1 Pergunta 5 – Diminuição nas deficiências ............................................................................... 34
Figura 4.1.1 Pergunta 6 – Programas de conscientização .......................................................................... 35
Figura 4.1.1 Pergunta 7 – Avaliação anual dos resultados e programa para ano seguinte ......................... 36
Figura 4.1.1 Pergunta 8 – Alterações nos sistemas consumidores visando maior conservação de
energia ......................................................................................................................................................... 36
Figura 4.1.1 Pergunta 9 – Departamento com metas claras e objetivas ...................................................... 37
Figura 4.1.1 Pergunta 10 – Êxito em cumprir metas .................................................................................... 38
Figura 4.1.1 Pergunta 11 – Investimento em conservação .......................................................................... 38
Figura 4.1.1 Pergunta 12 – Divulgação dos resultados e ajustes nas metas ............................................... 39
Figura 1 anexo C:Maiores cargas de energia elétrica .................................................................................. 57
IX
Lista de Tabelas
Tabela 2.8.7: Modelo de acompanhamento do consumo de energia elétrica...............................18
Tabela 2.8.8: Exemplo de tabela para análise de demanda..........................................................19
Tabela 2.8.13: Tabela de acompanhamento mensal dos valores da conta de energia elétrica....24
Tabela .2.2.2: Tabela de atividades e iluminação recomendada. Fonte – PROCEL.....................62
Tabela 2.2.3 anexo C: Tabela Características das Lâmpadas......................................................63
X
Lista das Siglas
ELETROBRÁS – Centrais Elétricas Brasileiras
PROCEL - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
CICE – Comissão Interna de Conservação de Energia
FIESC – Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
CNAEE – Conselho Nacional de Águas e Elétrica
PND- Programa Nacional de Desestatização
CHESF – Companhia Hidrelétrica São Francisco
RGR – Reserva Global de Reversão
CEPEL – Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
ISO - International Organization for Standardization
ELETROPAR – Eletrobras Participações S.A.
CGTEE – Companhia de Geração Térmica de Energia
TEP – Tonelada Equivalente de Petróleo]
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
SAF – Secretaria da Administração Federal
XI
Resumo
Este trabalho tem por objetivo analisar a contribuição da Comissão Interna de Conservação de
Energia (CICE) para a melhoria da eficiência energética das organizações. O estudo foi realizado
por meio de revisão bibliográfica, elaboração de um questionário para entrevistas nas
organizações, entrevistas, tabulação dos resultados e, finalmente, a análise dos resultados. O
estudo de caso foi realizado por meio de entrevistas nos setores de eficiência energética de cada
empresa ou organização. O foco das entrevistas baseou-se em empresas de grande porte do
estado do Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Como resultado deste estudo percebeu-se
que as organizações, de um modo geral, têm grande preocupação com eficiência energética e
têm realizado muitos investimentos na área. Além disso, notou-se que mesmo que sejam
empresas de grande porte, todas têm pontos a melhorar.
XII
Abstract
This work aims to analyze the contribution of the Internal Energy Conservation (ICCE) to
improve energy efficiency in organizations. The study was conducted through literature
review, preparation of a questionnaire for interviews in organizations, interviews, tabulation
of results and finally analyzing the results. The case study was conducted through interviews in
the areas of energy efficiency of each company or organization. The focus of the interviews
was large companies in the state of Parana, Santa Catarina and Rio de Janeiro. As a result of
this study it was found that organizations in general have a great concern for energy
efficiency and has invested heavily in the area. Moreover, it was noted that even if they are large
companies, all have points to improve.
1
1-INTRODUÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
Qualquer atividade em uma sociedade moderna só é possível com o uso intensivo de
uma ou mais formas de energia. Alguns exemplos de formas de energia são: eletricidade,
gasolina, álcool, óleo diesel, gás natural, e outros. A energia é usada em aparelhos simples
(lâmpadas e motores elétricos) ou em sistemas mais complexos que encerram diversos outros
equipamentos (geladeira, automóvel ou uma fábrica).
Estes equipamentos e sistemas transformam formas de energia. Uma parte dela sempre
é perdida para o meio ambiente durante o processo. Por exemplo: uma lâmpada transforma a
eletricidade em luz e calor. Como o objetivo da lâmpada é iluminar, uma medida da sua
eficiência é obtida dividindo a energia da luz pela energia elétrica usada pela lâmpada. Da
mesma forma, pode-se avaliar a eficiência de um automóvel dividindo a quantidade de energia
que o veículo proporciona com o seu deslocamento pela que estava contida na gasolina
originalmente.
Uma lâmpada incandescente comum tem uma eficiência de 8% (ou seja, 8% da energia
elétrica usada são transformados em luz e o restante aquece o meio ambiente). A eficiência de
uma lâmpada fluorescente compacta, que produz a mesma iluminação, é da ordem de 32%.
Como o preço da lâmpada eficiente é entre 10 a 20 vezes maior do que a comum, a decisão
sobre qual delas comprar dependerá de fatores econômicos que consideram a vida útil de cada
uma e a economia proporcionada na conta de luz. Os cálculos para tomar essa decisão não são
triviais. Exigem o domínio de ferramentas de matemática financeira desconhecidas pela maioria
dos consumidores. A seleção de equipamentos e sistemas mais complexos pode ser mais difícil
ainda, razão pela por que consumidores usam inadequadamente todas as formas de energia.
Portanto, é imperativo que se tenha uma preocupação com a eficiência energética em
todos os centros consumidores.
2
Existem programas do governo que têm como objetivo, justamente a preocupação com a
eficiência energética. O PROCEL, por exemplo, criado pela ELETROBRAS, conta com os
seguintes subprogramas:
Procel Avaliação (Resultados das Ações de Eficiência Energética)
Procel Edifica (Eficiência Energética em Edificações)
Procel Educação (Informação e Cidadania)
Procel EPP (Eficiência Energética nos Prédios Públicos)
Procel GEM (Gestão Energética Municipal)
Procel Indústria (Eficiência Energética Industrial)
Procel Info (Centro Brasileiro de Informação de Eficiência Energética)
Procel Marketing (Conscientização e Informação)
Procel Reluz (Eficiência Energética na Iluminação Pública)
Procel Sanear (Eficiência Energética no Saneamento Ambiental) e
Procel Selo (Eficiência Energética em Equipamentos).
Todos esses subprogramas foram criados com o mesmo objetivo e estão relacionados à
eficiência energética. Pelo programa PROCEL é ministrada a Comissão Interna de Conservação
de Energia – CICE – que visa não só melhorar a eficiência energética em prédios públicos
(DECRETO No 99.656, DE 26 OUTUBRO DE 1990), mas também em todas as organizações
(comércio, residências, indústria, etc.).
1.2 BREVE HISTÓRICO DA ELETROBRAS
A criação das Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobras – foi proposta em 1934, pelo
presidente Getúlio Vargas. O projeto enfrentou grande oposição e só foi aprovado após sete
anos de tramitação no Congresso Nacional. Em 23 de abril de 1961, o presidente Jânio Quadros
assinou a Lei 3.890-A, autorizando a União a constituir a Eletrobras. A instalação da empresa
ocorreu oficialmente no dia 11 de junho de 1962, em sessão solene do Conselho Nacional de
Águas e Energia Elétrica – CNAEE – no Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro, com a presença
do presidente João Goulart.
3
Figura 1.2a: Instalação oficial da Eletrobrás no Palácio Laranjeiras (RJ) com a presença de João Goulart 11/06/62.
Fonte: ELETROBRAS
A Eletrobras recebeu a atribuição de promover estudos, projetos de construção e
operação de usinas geradoras, linhas de transmissão e subestações destinadas ao suprimento
de energia elétrica do país. A nova empresa passou a contribuir decisivamente para a expansão
da oferta de energia elétrica e para o desenvolvimento do país.
As reformas institucionais e as privatizações na década de 1990 acarretaram a perda de
algumas funções da estatal, além de mudanças no perfil da Eletrobras. Nesse período, a
companhia passou a atuar também, por determinação legal e transitoriamente, na distribuição de
energia elétrica, por meio de empresas nos estados de Alagoas, Piauí, Rondônia, Acre, Roraima
e Amazonas.
Em 2004, a nova regulamentação do setor excluiu a Eletrobras do Programa Nacional de
Desestatização – PND. Atualmente, a companhia controla 12 subsidiárias – Eletrobras Chesf,
Eletrobras Furnas, Eletrobras Eletrosul, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras CGTEE, Eletrobras
Eletronuclear, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras
Distribuição Roraima, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Piauí e
Eletrobras Distribuição Alagoas –, uma empresa de participações (Eletrobras Eletropar), um
centro de pesquisas (Eletrobras Cepel, o maior do ramo no hemisfério Sul) e ainda
detém metade do capital de Itaipu Binacional, em nome do governo brasileiro.
4
Presente em todo o Brasil, a Eletrobras tem capacidade instalada para a produção de
42.080 MW, incluindo metade da potência da usina de Itaipu pertencente ao Brasil, e 38.361,32
km de linhas de transmissão. A ELETROBRAS hoje está organizada da seguinte forma:
Figura 1.2b: Estrutura da ELETROBRAS .
Fonte: Relatório de sustentabilidade ELETROBRAS – Resumo Executivo, 2010. – Adaptado pelo autor.
1.3 O PROCEL
O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL – promove a
racionalização do consumo de energia elétrica, para combater o desperdício e reduzir os custos
e os investimentos setoriais, aumentando a eficiência energética. Criado pelo governo federal em
1983, é executado pela Eletrobras, com recursos da empresa provenientes da Reserva Global
de Reversão – RGR – e de entidades internacionais.
Em 2010, o Procel desenvolveu projetos que contribuíram para economizar cerca de
6,16 milhões KWh de energia. Esse resultado equivale ao consumo anual de energia elétrica de
aproximadamente 3,3 milhões de residências, poupando um investimento de R$ 696 milhões na
expansão da geração de energia elétrica.
5
Instituído em 1993, o Selo Procel de Economia de Energia indica ao consumidor, no ato
da compra, os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de
cada categoria. O objetivo é estimular a fabricação e a comercialização de produtos mais
eficientes, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e a redução de impactos ambientais.
Também desde 1993, o programa promove o Prêmio Nacional de Conservação e Uso
Racional de Energia, conhecido como Prêmio Procel, que reconhece o empenho e os resultados
obtidos pelos agentes atuantes no combate ao desperdício de energia. Concedido anualmente, o
Prêmio Procel visa estimular a sociedade a implementar ações que efetivamente reduzam o
consumo de energia elétrica.
Pelo programa PROCEL é ministrada a CICE.
1.4 OBJETIVOS – GERAL E ESPECÍFICOS
Contribuir de forma efetiva para um mundo sustentável pela proteção do meio ambiente,
e pela conservação e eficientização da energia elétrica.
A seguir, são apresentados os objetivos específicos.
Revisar a bibliografia (fundamentação teórica)
Elaborar o questionário de pesquisa
Tabular os dados coletados
Analisar os dados coletados.
Devido a restrição de tempo o trabalho se restringe a grandes organizações.
1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA
Esta monografia está dividida em 5 (cinco) capítulos.
O primeiro capítulo é introdutório e apresenta a contextualização da Comissão Interna de
Conservação de energia – ELETROBRAS e PROCEL, bem como os objetivos do trabalho.
6
No capítulo 2 descreve-se o que é exatamente a CICE e como está organizada.
A operacionalização da pesquisa e a análise dos resultados para o estudo de caso são
vistas nos capítulos 3 e 4, respectivamente.
Finalmente, o capítulo 5 apresenta as conclusões.
7
2 COMISSÃO INTERNA DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA - CICE
2.1 INTRODUÇÃO
Antes de se tomar qualquer iniciativa ou ação visando à economia de energia em uma
empresa ou órgão público, torna-se necessária a implantação de um programa interno de
conservação de energia.
A importância do estabelecimento do programa se prende ao fato de que qualquer ação
isolada tende a perder o seu efeito ao longo do tempo, por melhores resultados que apresente.
Dessa forma, é preciso o engajamento de todos os empregados/funcionários, buscando um
objetivo comum, por meio do esforço coletivo. Um programa de conservação de energia exige,
também, iniciativa e criatividade, além de ações que demandem mudanças de hábito – obstáculo
a ser vencido – haja vista a própria resistência natural a mudanças, dificultando ainda mais a
implantação das medidas propostas. Para contornar esses problemas, o programa interno de
conservação de energia deve mostrar claramente a intenção da administração de racionalizar e
otimizar o consumo de energia.
Sua elaboração deve ser resultado do esforço dos diversos setores envolvidos, com
participação de todos os empregados. O programa interno de conservação visa à otimização da
utilização de energia por meio de orientações, direcionamento, ações e controles sobre os
recursos econômicos, materiais e humanos, para a relação CONSUMO/PRODUTO, reduzindo
os índices globais e específicos da quantidade de energia necessária para obtenção do mesmo
resultado.
2.2 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS
A alta administração deverá estabelecer objetivos claros e apoiar a implantação do
programa, enfatizando a sua necessidade e importância, aprovando e estabelecendo metas a
serem atingidas ano a ano, efetuando um acompanhamento rigoroso, confrontando os
resultados obtidos com as metas previstas, analisando os desvios e propondo medidas
8
corretivas em casos de distorções, além de providenciar revisões periódicas e oportunas nas
previsões estabelecidas. Um programa de conservação de energia, para obter o êxito efetivo,
terá que atentar para os aspectos elencados a seguir, devendo ser:
Escrito: é natural que muitas instruções e ordens sejam transmitidas oralmente na
jornada diária, mas para uma ação contínua e de ampla repercussão é recomendável
dar instruções por escrito.
Concreto: o programa não pode se construir somente de intenções, mas sim de ações
concretas e específicas.
Justificado: em especial as ações que demandem mudanças de hábitos, devem ser
justificadas, para serem mais bem aceitas.
Quantificado economicamente: um diagnóstico energético resultará em números,
indicando quantidade de energia envolvida, bem como seus valores e custos. Assim, as
metas previstas para cada ação devem ser quantificadas e valorizadas.
Com responsabilidade definidas: cada uma das ações deve ter responsáveis diretos,
pois o programa exige a atuação de pessoal afeto a todos os setores. Devem ser
definidos responsáveis locais, cabendo à administração uma supervisão global.
Comprometido com objetivos: um programa tímido em objetivos obterá resultados
pobres. A efetiva redução de energia exige iniciativa, criatividade e compromissos.
Revisado periodicamente: em função das inovações tecnológicas e de novas
circunstâncias, o programa deve ser dinâmico.
Participativo em todos os níveis: ninguém dentro da empresa deve ficar alheio ao
programa de conservação de energia. Tanto no processo da elaboração, como no seu
desenvolvimento, deve haver participação de todos.
Divulgado: devem ser divulgados periodicamente os resultados obtidos, comparando-os
a situações anteriores e, de certa forma, incentivando os responsáveis diante do quadro
de pessoal da empresa.
2.3 ORIENTAÇÕES GERAIS
O programa de conservação de energia deve ser iniciado por uma campanha de
conscientização, cujo êxito depende do cuidado com os aspectos a seguir.
9
Importância como política de administração: conseguida com reuniões dos diversos
setores; difusão de nota informativa explicando as razões da campanha; importância da
energia e o papel que cabe a cada um na redução do consumo. A própria administração
deve iniciar a campanha com certa solenidade.
A campanha deverá compreender basicamente os seguintes instrumentos de
comunicação: cartazes, faixas, adesivos, manuais, notícias em jornais internos.
Distribuição de listas de recomendações gerais para reduzir o consumo, tais como:
desligar máquinas e aparelhos que não estejam sendo usados, apagar luzes de
ambientes desocupados, etc.
Chamada à iniciativa individual para que cada empregado possa contribuir atuando e
fazendo sugestões.
Convocação para um concurso que estimule sugestões.
Difusão de informações, em particular de exemplos concretos que resultaram em
sucesso.
Implantação do programa, sem necessidade de responsabilizar as ineficiências ou
incapacidade de situações anteriores.
2.4 EMPREENDIMENTOS DA CICE
Controle do consumo específico de energia por setores e/ou sistemas.
Controle e avaliação dos planos de distribuição e recuperação de energia.
Análise dos resultados, visando à superação das deficiências.
Realização de cursos específicos para o treinamento e a capacitação do pessoal.
Avaliação anual dos resultados e proposição de programa para o ano subsequente.
Promoção de alterações nos sistemas consumidores de energia visando à conservação
dessa energia.
Divulgação dos resultados e ajuste das metas e objetivos.
10
2.5 ESTRUTURA DA CICE
Como sugestão para o funcionamento da CICE, a administração poderá adotar a
seguinte estrutura: a presidência deve ser exercida, preferencialmente, por um engenheiro que
possua conhecimentos de conservação de energia e deverá estar ligado funcionalmente à alta
administração.
2.6 OPERACIONALIZAÇÃO DA CICE
O Decreto nº 99656, de 26 de outubro de 1990 (Anexo 1), estabelece as regras básicas
de funcionamento da CICE. Apresentamos a seguir algumas sugestões que poderão auxiliar na
obtenção de resultados.
1) As ações de conservação de energia, geralmente, numa primeira fase, não exigem recursos
para a obtenção de resultados, bastando atuar em nível gerencial, combatendo os desperdícios.
O responsável pela CICE procurará negociar com a alta administração para que os recursos
obtidos pela redução de despesas advindas dos resultados positivos das ações de conservação
sejam alocados em rubrica especial para serem obrigatoriamente aplicados, sob a gerência da
CICE, em projetos de conservação de energia na própria unidade administrativa.
Figura 2.6: Operacionalização da CICE – Fonte COPEL
11
2) Na segunda fase, e considerando que, na maioria dos casos, a CICE, ao ser implantada, não
dispõe de recursos ou dotação orçamentária, haverá necessidade de definição de valores
orçamentários que permitirão a implantação mais rápida de ações de conservação que resultem
na melhoria da eficiência energética com os consequentes ganhos econômicos.
3) Durante os primeiros meses, adotar medidas administrativas eficazes, sendo dada atenção
inclusive às pequenas economias que, somadas, devem proporcionar uma economia global
significativa de energia.
4) Com os sucessos progressivos das medidas de conservação de energia adotadas e as
respectivas economias obtidas, será possível criar um orçamento próprio para os custeios e os
investimentos necessários.
3) Depois de obtida a credibilidade necessária, a CICE poderá apresentar, propor e obter da alta
administração a aprovação de recursos para projetos de investimentos, maiores que a sua
própria receita, desde que demonstrada a sua viabilidade e economicidade.
2.7 ATRIBUIÇÕES DA CICE
2.7.1 Participar de Licitações que Envolvam Consumo de Energia.
É importante a participação da CICE na elaboração das especificações técnicas para
projetos, construção e aquisição de bens e serviços que envolvam consumo de energia, assim
como das conseqüentes licitações.
É fundamental orientar e subsidiar as comissões de licitação para que as aquisições
sejam feitas, considerando-se também a economicidade do uso, avaliado pelo cálculo do custo-
benefício ao longo da vida útil de equipamentos e sistemas e não somente pela comparação do
investimento inicial.
12
2.7.2 Diagnóstico Energético
Para conhecer o desempenho energético das instalações é necessário realizar, com
certa periodicidade, um diagnóstico que permita verificar as condições de operação dos
diferentes equipamentos. Os consumos previstos dos equipamentos podem ser obtidos por meio
de informações de fabricantes e análise das instalações. Outra maneira é comparar o consumo
dos diversos equipamentos similares, tais como ar-condicionado, bombas, etc., com as mesmas
potências e características de operação existentes nos diversos setores.
2.7.3 Análise do Custo da Energia
Uma vez conhecidos os horários de funcionamento dos diversos equipamentos por
setor, pode-se avaliar o custo aproximado do uso de energia elétrica para cada equipamento ou
sistema, utilizando-se a expressão a seguir. O item 2.8.10.1 apresenta como calcular a conta de
energia elétrica.
Observação: Avaliar se o equipamento ou sistema funciona no horário de ponta, quando o
sistema tarifário for horo-sazonal.
Da análise, calcula-se, em percentagem, a participação de cada equipamento, tanto em
kWh quanto em reais, no consumo global. O resultado dará uma primeira ideia dos pontos que
devem merecer maior atenção na tentativa de redução de gastos, observando-se o fato de que
nem sempre os equipamentos que apresentarem maior participação no consumo global serão os
passíveis das primeiras ações, não só pelas possíveis dificuldades nas alterações, como pelos
investimentos necessários para tal.
13
Em alguns casos, a simples mudança no horário do funcionamento de determinados
procedimentos e equipamentos tais como horários de limpeza, horário de funcionamento do ar-
condicionado, já reduz, em reais, o custo do uso de energia.
2.7.4 Proposição de Medidas de Conservação de Energia
Do diagnóstico energético e da análise do custo de energia resultarão medidas
corretivas a serem tomadas que podem ser implantadas em função de um cronograma de ações,
programadas pela CICE.
2.7.5 Conscientização e Motivação dos Empregados
Um programa de conservação de energia, fruto da gestão energética, só terá resultados
positivos caso haja motivação de todos os empregados da empresa, conscientização do pessoal
e treinamento que garantam a correta execução do programa. A motivação do pessoal pode ser
conseguida por meio de folhetos, cartazes, slogans, adesivos, conferências, concursos, visitas,
etc. Reuniões periódicas com o pessoal, para mantê-lo informado do desenvolvimento do
programa e dos resultados obtidos, servem de estímulo, tomando o programa uma causa de
todos.
Com o objetivo de estabelecer uma unidade na comunicação, de modo que a mensagem
da conservação de energia possa chegar com maior eficiência ao público, alinhamos os pontos
básicos da filosofia a ser desenvolvida.
14
2.8 CONCEITO DE CONSERVAÇÃO
2.8.1 Conservação não é...
Para que se tenha bem definido o sentido da CONSERVAÇÃO, deve-se deixar claro, em
primeiro lugar, aquilo que CONSERVAÇÃO não é:
Racionamento.
Perda de qualidade de vida, conforto e segurança proporcionados pela energia elétrica.
Comprometimento da produtividade ou do desempenho da produção nas aplicações
industriais, comerciais, agropecuárias ou de órgãos públicos.
2.8.2 Conservação é:
Uma nova atitude, uma forma de usufruir de tudo que a energia elétrica pode
proporcionar.
Eliminar desperdícios. Esse é o primeiro passo para conservar energia, ou seja, não
jogá-la fora.
Consumo racional. É ter em mente que, ao utilizar energia, devemos gastar apenas o
necessário, buscando o máximo de desempenho com o mínimo de consumo.
Atitude moderna, aplicada ao mundo desenvolvido como medida lógica e consciente de
utilização de energia.
2.8.3 Por que Conservação
Maximiza os investimentos já efetuados no sistema elétrico.
Reduz custos para o país e para o consumidor.
Amplia, no tempo, os recursos renováveis e não renováveis ainda disponíveis.
Contribui, decisivamente, para minorar os impactos ambientais.
Induz à modernização industrial.
Melhora a competitividade internacional dos produtos fabricados no Brasil, tanto em
nível de produtos de consumo como de bens duráveis.
15
Enfatiza valores fundamentais, especialmente em um país em desenvolvimento, que não
pode desperdiçar seus recursos, com ênfase para a energia elétrica, intensiva em
capital.
Possibilita influenciar positivamente na redução de consumo de energia se houver um
bom conhecimento do processo, dos usos finais, e com treinamento adequado dos
recursos humanos para a operação e manutenção correta dos equipamentos.
É necessário que o pessoal adquira o grau de formação e conhecimento adequado à
sua função, a começar por aqueles que mais podem influir na economia de energia por
operarem com equipamentos de maior consumo. Assim, pode haver necessidade de se ministrar
desde cursos de informação básica até cursos de aperfeiçoamento profissional.
Já se utilizou os termos conservação, racionalização e, atualmente, o termo mais
utilizado é eficientização. O termo previsto em lei é conservação, e a bibliografia está baseada
nesse termo.
2.8.4 Necessidade de Pequenos Investimentos
Vencida a primeira etapa, quando todas as ações de gerenciamento e administração de
energia tiverem sido implantadas, haverá necessidade de implantação de ações que impliquem
treinamento ou modificações de hábitos, tais como:
Manutenção de equipamentos.
Manutenção na operação de equipamentos.
A determinação a que são submetidos os equipamentos elétricos, seja pelo próprio uso,
por negligência ou obsolescência, faz com que o desempenho fique comprometido durante a
vida útil. Para evitar tais deficiências, é necessária a implantação de um programa de
manutenção elétrica. Além disso, há situações em que se toma impraticável manter um
gerenciamento constante dos recursos humanos, visando à operação adequada dos
equipamentos.
16
Uma das soluções possíveis para contornar problemas como estes, será a instalação de
equipamentos e dispositivos de controles automáticos ou temporizados.
Dentro dessa diretriz, as áreas de compras, especificações, engenharia, manutenção,
administração e serviços gerais também deverão ser conscientizadas, motivadas e engajadas no
programa, pois, em médio prazo, sem este envolvimento, o programa fatalmente tende a perder
o seu efeito já implantado.
2.8.5 Necessidade de Investimentos Significativos
Troca de equipamentos.
Adoção de inovações tecnológicas.
Mudanças da arquitetura ou projetos.
Uma análise indispensável para se definir o conjunto de medidas a serem tomadas na
tentativa de redução de consumo de energia é a do valor dos investimentos, que podem ser
nulos ou requererem tempo para amortização e retorno. A análise levará a um quadro de
prioridades com relação a quanto, onde e como investir.
2.8.5.1 Exemplo:
A decisão quanto à troca de equipamentos como substituição de lâmpadas por outras
mais eficientes, aquisição de bomba de calor, etc. só pode ser tomada como consequência de
estudo de viabilidade técnico econômica.
Dentro desse universo podemos citar as alterações das construções, modificações da
arquitetura, aquisição de equipamentos mais eficientes ou modernização das instalações,
modificação total ou parcial do processo de trabalho, etc.
17
2.8.6 Gestão Energética
Antes de iniciar qualquer ação de economia de energia elétrica, é necessário que se
conheça como a energia é consumida. Para isso, é preciso acompanhar o consumo de energia
elétrica, mantendo um registro cuidadoso.
Os dados mensais e históricos periódicos são de grande importância para a execução
de qualquer programa de conservação de energia, podendo ser extraídos da conta de energia
elétrica.
Esses dados poderão fornecer informações preciosas que subsidiarão tomadas de
decisões sobre como identificar os equipamentos que mais consomem energia, bem como
analisar seu desempenho em programas diários, semanais e mensais, trazendo resultados mais
compensadores reduzindo, assim, os custos operacionais.
2.8.7 Acompanhamento do Consumo de Energia Elétrica
Deve-se organizar, em uma tabela, as informações mensais de consumo e demanda de
energia elétrica obtidos diretamente das contas mensais apresentadas pelas concessionárias e
observar sempre se um determinado aumento de consumo corresponde a um aumento de
trabalho. Essa iniciativa possibilita identificar a ocorrência de consumos de energia
desnecessários em determinados períodos.
Convém lembrar que os equipamentos de maior potência geralmente são os maiores
consumidores de energia elétrica. No item referente à análise de demanda deste manual,
apresentamos uma sugestão para a elaboração de uma tabela para análise do comportamento
das cargas através de uma listagem dos equipamentos. No gráfico a seguir analisa-se, no eixo
das abscissas, o período anual e também o mensal, e no eixo das ordenadas, os valores em
reais.
18
Tabela 2.8.7: Modelo de acompanhamento do consumo de energia elétrica.
Fonte: WEG T&D
2.8.8 Consumo por Setores
A CICE poderá estabelecer o acompanhamento da energia por setores de consumo
individuais, como, por exemplo, a administração, o centro de Processamento de Dados, o
almoxarifado, o pátio, os elevadores, as cozinhas, o escritório central, etc. É muito importante
elaborar as tabelas de consumo dos diversos equipamentos, separadamente, para os diferentes
setores.
Normalmente, um programa de conservação de energia deve ter estratégias diferentes,
visando à redução nos consumos setoriais e centrais, procurando, inicialmente, identificar os
problemas que, uma vez solucionados, tragam resultados imediatos. Isso é conseguido quando
se atua sobre os setores centrais de consumo de energia.
2.8.8.1 Exemplo:
19
O sistema de ar-condicionado e o sistema de iluminação seriam os primeiros a serem
analisados. Durante o acompanhamento e controle do consumo de energia, poderemos definir
alguns índices ou parâmetros que servirão de indicadores comparativos. Entre eles, podemos
citar:
a) Consumo específico
O primeiro estágio é o conhecimento de índices de consumo específico globais. Por
exemplo, esse consumo específico seria a quantidade de energia necessária ao funcionamento
de um prédio com escritórios de um órgão público dividido pela área em metros quadrados
desse prédio (kWh/m²). Ao se comparar os consumos específicos de atividades semelhantes,
podemos observar se o desempenho energético é satisfatório, ou identificar qual deles apresenta
desempenho pior, necessitando de uma análise mais detalhada. Em seguida, sempre que for
possível, devemos estabelecer índices de consumo específico para os principais utilizadores de
energia, como por exemplo, o sistema de ar-condicionado, o sistema de iluminação, etc.
b) Potencial de economia
Pela comparação entre os parâmetros teóricos e medidas de um determinado sistema de
equipamento, poderemos definir o potencial teórico de economia a ser perseguido.
c) Outros indicadores
Em função da necessidade de cada CICE, poderá ser estabelecida uma série de
parâmetros ou gráficos, visando facilitar o gerenciamento da energia, tais como: gráficos de
balanço energético, curvas características, sazonalidades, coeficientes de eficiência, etc.
2.8.9 Análise de Demanda
O exemplo de tabela sugerido a seguir possibilita a análise da influência na demanda
pela operação dos equipamentos, bem como nos oferece parâmetros para efetuar algum tipo de
controle. Para seu preenchimento, basta preparar a tabela, levando em conta os horários reais
20
de operação, procurando anotar os equipamentos partindo daqueles de maior potência para os
de menor. Na quadrícula dos horários, basta preencher com um símbolo qualquer, visto que o
valor da potência já está anotado em separado. Os equipamentos deverão ser relacionados um
a um, exceto nos casos onde houver um conjunto que funcione simultaneamente.
Tabela 2.8.8: Exemplo de tabela para análise de demanda. Fonte CELESC
Com o uso da tabela anterior, será possível identificar e visualizar cada equipamento ou
sistema existente, com seu respectivo horário de funcionamento, tornando-se bastante fácil
estudar eventuais deslocamentos, desligamentos ou simultaneidades de operação, de modo a
tentar deslocar os picos de demanda. Por outro lado, através de um gráfico, tomando como eixos
a somatória de todas as potências em que atuam simultaneamente em cada hora de operação, e
no outro eixo as horas reais de um funcionamento da empresa, será possível visualizar o
comportamento da demanda.
2.8.10 Fator de Carga
O fator de carga é um índice que informa se estamos usando de maneira racional a
energia que se consome. O fator de carga varia de 0 (zero) a 1 (um), mostrando a relação entre
o consumo de energia e a demanda de potência, dentro de um determinado espaço de tempo.
2.8.10.1 Influência do fator de carga.
21
Quanto maior for o fator de carga menor será o preço médio da energia elétrica e,
portanto, devemos analisá-lo melhor.
O que ocasiona valores baixos de fator de carga é a concentração de cargas em
determinados períodos. A seguir, relacionam-se alguns fatores que conduzem a esses valores
baixos.
Equipamentos de grande potência, operando a plena carga somente algumas horas do
período de utilização, funcionando com carga reduzida ou sendo desligados nos demais
períodos.
Cargas de grande porte ligadas simultaneamente.
Curtos-circuitos e fugas de corrente.
Falta de programação para utilização de energia.
A concentração de cargas funcionando em um mesmo horário, um baixo fator de carga,
e uma demanda elevada, é o que consequentemente provoca maior carregamento dos
transformadores de equipamentos e cabos de maior capacidade.
A melhoria do fator de carga, além de diminuir as despesas com energia consumida,
conduz a um melhor aproveitamento e aumento da vida útil de toda a instalação elétrica,
inclusive de motores e equipamentos, e à otimização dos investimentos nas instalações.
Lembramos que quando o sistema de tarifação for horo-sazonal (azul ou verde), os
fatores de carga do período de ponta e fora de ponta devem ser analisados separadamente,
procurando-se transferir a carga da ponta para fora de ponta.
O aumento do fator de carga pode ser conseguido através de medidas que, em sua
maioria, não implicam investimentos. Estão relacionadas, a seguir, algumas delas.
Selecione e reprograme os equipamentos e sistemas que possam operar fora do horário
de maior demanda da instalação, fazendo um cronograma de utilização de seus
22
equipamentos elétricos, anotando a capacidade e o regime de trabalho de cada um,
através de seus horários de funcionamento.
Evite partidas simultâneas de motores que iniciem operação com carga,
Diminua, sempre que possível, a operação simultânea dos equipamentos.
Verifique se a manutenção e a proteção da instalação elétrica e dos equipamentos são
adequadas, de modo a se evitar a ocorrência de curtos-circuitos e fugas de corrente.
2.8.11Tarifação
Com a finalidade de reduzir o custo da fatura de energia elétrica deve-se estudar a
escolha desta da melhor forma possível. A escolha do tipo de tarifa pode contribuir para a
economia. Uma meta do governo brasileiro era reduzir a conta de energia elétrica em 10% (dez)
ao ano. Com o tempo essa meta tornou-se inviável. Evidentemente, é interessante ter os custos
com energia reduzidos. Portanto, dá-se uma atenção especial aos tipos de tarifas de energia
elétrica.
2.8.11.1 Tarifas de energia elétrica
Os valores das tarifas de energia elétricas são definidos por portarias publicadas no
Diário Oficial da União, e sempre que são alteradas têm ampla divulgação pela imprensa.
Sugere-se que as CICE‟s as mantenham arquivadas, para consultas e cálculos de
economicidade de suas ações. A conta de energia elétrica é calculada levando-se em
consideração o consumo (kWh) e a demanda (kW). A tarifa de consumo é aplicada diretamente
sobre a quantidade de energia ativa medida – a que produz trabalho – que é expressa em kWh,
durante um período médio de 30 dias. A tarifa de demanda é aplicada levando-se em conta a
potência que é colocada à disposição do consumidor e as condições contratuais para o
fornecimento da energia. No Brasil, existem três estruturas tarifárias em vigor, ou seja, três
maneiras de calcular a conta de energia elétrica. São chamadas de: Tarifa Convencional, Tarifa
Azul e Tarifa Verde. A Companhia de Eletricidade que atende a cada cidade tem condições de
orientar as CICE‟s para um completo esclarecimento dos sistemas tarifários e respectivas
23
legislações. Para orientar as análises de custo x benefício de ações de conservação neste
trabalho, indicamos a maneira de calcular a conta de energia elétrica pela Tarifa Convencional e
pela Tarifa Verde, que são os casos mais comuns em Órgãos Públicos.
2.8.11.2 Convencional
Quando sua energia elétrica é faturada através do método convencional, por definição,
adota-se que o tempo mensal em que a energia elétrica fica à disposição é de 24 horas por dia
durante o mês. Isto representa que o número médio de horas do período durante o ano é de 730
horas por mês. Assim sendo, a fator de carga (FC) é calculado pela fórmula a seguir:
2.8.11.2.1 Exemplo:
Se com tarifação convencional, consome-se 28.000 kWh, com uma demanda máxima
medida de 183 kWh, o fator de carga mensal é:
2.8.11.3 Tarifação horo-sazonal (tarifa verde)
Quando a energia elétrica é faturada pela tarifa verde, o tempo médio mensal que a
energia fica disponível continua sendo 730 horas, conforme comentado no item anterior. Por
outro lado, para esse tipo de faturamento, sabemos que o custo de energia varia de função da
sua utilização no período seco ou úmido, bem como no período de ponta e fora de ponta. Para
tornar possível o cálculo do fator de carga, convencionou-se que, no período de ponta, o tempo
médio mensal que a energia fica disponível é de 66 horas por mês. Consequentemente, o tempo
médio que a energia fica disponível do horário fora de ponta é de 664 horas por mês. Para
24
calcular o fator de carga, deve-se utilizar o número de horas resultantes existentes em cada
segmento (66h para a ponta e 664h para fora de ponta). Dessa forma, pode-se calcular os dois
fatores de carga, o fator de carga na ponta (FCp) e o de fora da ponta (FCfp), pelas seguintes
fórmulas:
2.8.12 Tabela de Acompanhamento
Sugere-se a seguir, um exemplo de tabela para o acompanhamento mensal dos valores
da conta de energia elétrica, o que permitirá uma análise do consumo ou do consumo específico
quando comparado ao do mês do ano anterior.
Tabela 2.8.13: Tabela de acompanhamento mensal dos valores da conta de energia elétrica.
Fonte CELESC
É conveniente, portanto, o preenchimento de uma tabela com os valores do ano anterior,
para tornar possível uma comparação mais imediata.
25
3 OPERACIONALIZAÇÃO DA PESQUISA – FORMULÁRIO
3.1 INTRODUÇÃO
O trabalho de pesquisa é operacionalizado por meio de um questionário, objetivando a
contribuição da CICE para a melhoria na eficiência energética nas organizações por empresas
atuantes nos ramos de geração de energia, distribuição de energia, petróleo e equipamentos
elétricos. A pesquisa foi aplicada em empresas do Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Os
dados obtidos passam a ser quantificados e passíveis de análise estatística.
3.2 METODOLOGIA - LEVANTAMENTO DE DADOS
A pesquisa exploratória envolve uma tentativa de determinar se um fenômeno existe
ou não. Ela é utilizada para responder perguntas do tipo “O fato X acontece?” Nesse caso, a
pesquisa exploratória foi realizada através de um levantamento de dados, o qual se caracteriza
pelo resultado de análises qualitativas e quantitativas de fenômenos, por meio da interpelação
direta das empresas. Os dados foram coletados de maneira estruturada, sistêmica e
transformados em uma massa consistente de informações passíveis de classificação,
caracterização e generalização. Para tanto, elaborou-se um questionário de pesquisa.
3.3 OPERACIONALIZAÇÕES DA PESQUISA
3.3.1 Instrumentos de Pesquisa e Escalas
Para a execução do estudo exploratório foi utilizado como instrumento de pesquisa um
questionário para avaliar a contribuição da CICE para a melhoria na eficiência energética nas
organizações. O questionário foi arquitetado em escala para torná-lo mais atrativo para o
entrevistado e para facilitar o trabalho.
26
3.3.1.1Escalas
Quando se aplica um questionário, pretende-se medir aspectos como atitudes ou
opiniões do público-alvo, e isso só é possível com a utilização de escalas.
As escalas que se utilizam podem ser de quatro tipos: escala de Likert, VAS (Visual
Analogue Scales), escala Numérica e escala Guttman.
A escala de Likert apresenta uma série de cinco proposições: concorda totalmente,
concorda, sem opinião, discorda, discorda totalmente, das quais o entrevistado deve selecionar
uma. É efetuada uma cotação das respostas que varia de modo consecutivo: +2, +1, 0, -1, -2,
ou utilizando pontuações de 1 a 5. É necessário ter atenção quando a proposição é negativa.
Nesses casos a pontuação atribuída deverá ser invertida.
VAS (Visual Analogue Scales) é um tipo de escala que advém da escala de Likert,
apresentando os mesmos objetivos, mas num formato diferente. Esse tipo de escala baseia-se
numa linha horizontal com 10 centímetros de comprimento, apresentando nas extremidades
duas proposições contrárias: Útil e Inútil. O entrevistado deve responder à questão assinalando
na linha a posição que corresponde à sua opinião.
A Escala Numérica deriva da escala anterior, sendo a linha se apresenta dividida em
intervalos regulares.
A escala de Guttman apresenta um conjunto de respostas que estão hierarquizadas.
Desse modo, se um entrevistado concordar com uma das opções, concorda também com todas
as que se encontram numa posição inferior na escala. Se o entrevistado concordar com uma
opção, porém não concordar com as anteriores, significará que a escala está mal construída. A
cada item é atribuída cotação que se inicia em zero, caso não seja escolhida nenhuma opção;
um, se for escolhida a primeira opção; dois, se for escolhida a segunda opção, e assim
sucessivamente. Esse tipo de escala apresenta diferenças relativamente às anteriores, pois
pretende fazer uma apreciação quantitativa relativamente à atitude do entrevistado; as restantes
escalas medem o grau de concordância ou discordância relativamente às proposições de
opinião.
27
3.3.1.2 Apresentação do questionário
A construção de um formulário por questionário (mais uma vez não esquecendo a
interação indireta existente entre o entrevistador e o entrevistado) tendo em conta o fato de
muitas vezes, se resumir a uma ou mais folhas de papel, deve obedecer a três critérios
fundamentais: clareza, rigor na apresentação, comodidade/agrado para o entrevistado. Desse
modo, o entrevistador deve ter em consideração e ponto de partida o tema em estudo, o qual
deve ser apresentado de uma forma clara e simples, assim como a disposição gráfica do
questionário, qualidade e cor do papel, que devem ser, também, adequados ao público-alvo. A
saber, o entrevistador deve ter o cuidado de não utilizar, por exemplo, tabelas, quadros,
gráficos, quando o público-alvo não está familiarizado com esse tipo de informação. Deve ainda,
o entrevistador, reduzir o número de folhas constituintes do questionário, tanto quanto possível,
uma vez que esse fato pode, eventualmente, provocar algum tipo de reação prévia negativa por
parte do entrevistado.
Antes de administrar o questionário, o entrevistador deve proceder a uma revisão
gráfica pormenorizada, de modo a evitar erros ortográficos, gramaticais ou de sintaxe, que tanto
podem levar a erros ou induções nas respostas, como podem fazer baixar a credibilidade do
questionário.
3.3.1.3 Vantagens e desvantagens de um formulário por questionário
A escolha do questionário como instrumento de inquisição a um determinado número de
pessoas apresenta vantagens e desvantagens relativas à sua aplicação. A aplicação de um
formulário por questionário possibilita maior sistematização dos resultados fornecidos, permite
maior facilidade de análise, bem como reduz o tempo que é necessário dispender para recolher
e analisar os dados. Esse método de inquirir apresenta ainda vantagens relacionadas com o
custo, que é menor.
Se por um lado a aplicação de questionários é vantajosa, essa aplicação apresenta
também desvantagens ao nível da dificuldade de concepção, pois é necessário ter em conta
vários parâmetros tais como: a quem se vai aplicar o tipo de questões a incluir, o tipo de
28
respostas que se pretende, e o tema abordado. Os questionários fornecem respostas escritas a
questões previamente fornecidas e, como tal, existe uma elevada taxa de „não-resposta‟, o que
dependerá da clareza das perguntas, natureza das pesquisas e das habilitações literárias dos
entrevistados. Relativamente à natureza da pesquisa, verifica-se que se não for de utilidade
para o indivíduo, a taxa de „não-resposta‟ aumentará.
3.3.2 Questionário Likert
O questionário foi elaborado com questões graduadas com cinco níveis:
1 - Inexistente
2 - Em desenvolvimento
3 - Desenvolvido
4 - Bem desenvolvido
5 - Altamente desenvolvido
A graduação das questões obedeceu à escala de Likert que, em vista a sua estrutura,
se tornou mais adequada ao estilo de pesquisa que especifica o nível de concordância com
uma afirmação.
No que diz respeito a um processo estudado, existem os extremos „inexistente‟ e
„altamente desenvolvido‟. O termo médio entre esses extremos é „desenvolvido‟ e o meio-termo
entre termo médio e extremos é classificado em „em desenvolvimento‟ e „altamente
desenvolvido‟.
Com a possibilidade de que cada entrevistando interprete as questões a sua maneira.
O questionário Likert recebeu ao lado de cada alternativa um direcionador de status que
norteia e diminui a possibilidade múltiplos entendimentos.
3.3.3 A Elaboração do Questionário de Pesquisa
29
O questionário tem por objetivo avaliar até que ponto a CICE tem contribuído para uma
melhor eficiência energética nas organizações. A CICE deve ser capaz, por lei, de empreender
diversos pontos, como por exemplo: controle do consumo específico de energia por setores e/ou
sistemas; controle e avaliação dos planos de distribuição e recuperação de energia; análise dos
resultados, visando à melhoria das deficiências; realização de cursos específicos para o
treinamento e a capacitação do pessoal; avaliação anual dos resultados e proposição de
programa para o ano subsequente; promoção de alterações nos sistemas consumidores de
energia, visando à conservação dessa energia; e divulgação dos resultados e ajuste das metas e
objetivos.
3.3.4 Aplicação da Pesquisa
3.3.4.1 Teste piloto
Em uma primeira fase, o formulário de pesquisa foi submetido a um teste piloto com
relação aos aspectos de entendimento, clareza das questões, abrangência do assunto,
consistência técnica e outros requisitos.
O formulário de pesquisa foi apresentado a um engenheiro mecânico, a três
engenheiros de produção e três engenheiros eletricistas da empresa WEG equipamentos
elétricos S.A. O feedback foi muito bom no sentido de que foram dadas diversas sugestões a
fim de tornar o formulário mais claro, abrangente e que abordasse o assunto da CICE de forma
mais eficiente.
.
Outra situação de teste foi na hora de entrevistar o profissional da área. Quatro
engenheiros entrevistados avaliaram o questionário e apresentaram diversos comentários e
sugestões para o seu aperfeiçoamento.
Em uma terceira fase, o formulário de pesquisa da Federação das Indústrias do Estado
de Santa Catarina – FIESC (que visa também avaliar a contribuição da CICE nas organizações
e até que ponto essas tem sido bem-sucedidas) foi comparado com este, e mais alguns ajustes
foram feitos.
30
Tendo como objetivo a elaboração de um formulário de pesquisa que dispusesse
de número adequado de questões, selecionaram-se apenas as perguntas que abrangessem
o DECRETO No 99.656, DE 26 OUTUBRO DE 1990, Artigo 2 (Anexo 1) do presidente
Fernando Collor.
Feitos os ajustes, o formulário de pesquisa foi reaplicado ao entrevistado.
3.3.4.2 Entrevistas
Adotou-se como critério, para garantir o sucesso e bom êxito da pesquisa, entrevistar
pessoalmente quando possível. Os respectivos responsáveis pela área de eficiência energética
de quatro empresas foram entrevistados. Duas entrevistas (50%) foram presenciais, e outras
duas por meio de correio eletrônico (em virtude da distância).
31
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
4.1 INTRODUÇÃO
A análise dos resultados compreende avaliar e sistematizar a contribuição da CICE
para a melhoria da eficiência energética nas organizações. É feita uma análise estatística
referente ao levantamento dos dados apurados na aplicação do questionário de pesquisa nas
empresas atuantes nos ramos de geração de energia, distribuição de energia, petróleo e
equipamentos elétricos do estado do Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
4.2 ANÁLISE DESCRITIVA
A estatística descritiva organiza e descreve os dados por meio de tabelas, de gráficos
e de medidas descritivas, cujo objetivo básico é sintetizar uma série de valores de mesma
natureza, permitindo uma visão global da variação desses valores, ou seja, seu objetivo
principal é informar, prevenir e esclarecer.
A análise descritiva dos resultados será efetuada em conformidade com o questionário
de pesquisa. Em um total de q u a t r o empresas pesquisadas, foram obtidas respostas de
e n t r e v i s t a d o s , que colaboraram com o trabalho.
4.2.1 Questões Graduadas em Escala Likert
1) Qual o porte da empresa na qual trabalha? (marque uma das alternativas de 1 a 5)
1, ou seja, 25% dos entrevistados respondeu que é de grande porte, com mais de 499
colaboradores.
3, ou seja, 75% dos entrevistados responderam que as empresas são multinacionais.
32
Figura 4.1.1 Pergunta 1 - Porte da empresa. Fonte: O autor, (2011).
2) Existe na empresa uma equipe responsável para acompanhar, identificar e implementar
soluções na área de eficiência energética? (Exemplo: Comissão Interna de Conservação
de Energia - CICE)
1, ou seja, 25% dos entrevistados responderam que o processo é inexistente.
1, ou seja, 25% dos entrevistados responderam que o processo é desenvolvimento.
2, ou seja, 50% dos entrevistados responderam que o processo é bem desenvolvido.
Figura 4.1.1 Pergunta 2 – Existência de equipe responsável pela eficiência energética. Fonte: O autor, (2011).
Pergunta 1
Grande Porte
Multinacioal
Pergunta 2
Inexistente.
Desenvolvido
Bem Desenvolvido
33
3) A sua empresa realiza acompanhamento das contas (fatura de energia elétrica)?
3, ou seja, 75% dos entrevistados responderam que o processo é desenvolvido.
1, ou seja, 25% dos entrevistados responderam que o processo é altamente
desenvolvido.
Figura 4.1.1 Pergunta 3 – Acompanhamento faturas de energia elétrica. Fonte: O autor, (2011).
4) Na empresa existe algum controle por setor da empresa de quanto se gasta em
energia elétrica?
1, ou seja, 25% dos entrevistados responderam que o processo é inexistente.
1, ou seja, 25% dos entrevistados responderam que o processo é bem desenvolvido.
2, ou seja, 50% dos entrevistados responderam que o processo é altamente
desenvolvido.
Pergunta 3
Desenvolvido
Altamente Desenvolvido
34
Figura 4.1.1 Pergunta 4 – Controle por setor. Fonte: O autor, (2011).
5) A empresa faz a análise dos resultados visando diminuir as deficiências?
1, ou seja, 25% dos entrevistados responderam que o processo está em
desenvolvimento.
2, ou seja, 50% dos entrevistados responderam que o processo é desenvolvido.
1, ou seja, 25% dos entrevistados responderam que o processo é altamente
desenvolvido.
Figura 4.1.1 Pergunta 5 – Diminuição das deficiências. Fonte: O autor, (2011).
Pergunta 4
Inexistente.
Bem Desenvolvido
Altamente Desenvolvido
Pergunta 5
Em desenvolvimento.
Desenvolvido
Altamente Desenvolvido
35
6) A empresa realiza programas de conscientização e até mesmo treinamento do
pessoal?
1, ou seja, 25% dos entrevistados responderam que o processo está em
desenvolvimento.
3, ou seja, 75% dos entrevistados responderam que o processo é bem desenvolvido.
Figura 4.1.1 Pergunta 6 – Programas de conscientização. Fonte: O autor, (2011).
7) Existe, na empresa, uma avaliação anual dos resultados e proposição de
propaganda para o ano seguinte?
2, ou seja, 50% dos entrevistados responderam que o processo está em
desenvolvimento.
2, ou seja, 50% dos entrevistados responderam que o processo é desenvolvido.
Pergunta 6
Em desenvolvimento.
Bem Desenvolvido
36
Figura 4.1.1 Pergunta 7 – Avaliação anual dos resultados e propaganda para ano seguinte. Fonte: O autor, (2011).
8) A empresa promove alterações nos sistemas (setores) consumidores visando à
conservação ou eficientização da energia?
1, ou seja, 25% dos entrevistados responderam que o processo está em
desenvolvimento.
3, ou seja, 75% das empresas responderam que o processo é desenvolvido.
Figura 4.1.1 Pergunta 8 – Alterações nos sistemas consumidores visando maior conservação de energia.
Fonte: O autor, (2011).
Pergunta 7
Em desenvolvimento.
Desenvolvido
Pergunta 8
Em desenvolvimento.
Desenvolvido
37
9) Na empresa, a comissão, departamento, etc. possuem metas claras e objetivas?
1, ou seja, 25% dos entrevistados responderam que o processo em desenvolvimento.
3, ou seja, 75% dos entrevistados responderam que o processo é bem desenvolvido.
Figura 4.1.1 Pergunta 9 – Departamento com metas claras e objetivas.
Fonte: O autor, (2011).
10) A empresa tem tido êxito em cumprir estes objetivos, estas metas?
1, ou seja, 25% dos entrevistados responderam que o processo está em
desenvolvimento.
3, ou seja, 75% dos entrevistados responderam que o processo é bem desenvolvido.
Pergunta 9
Em desenvolvimento.
Bem Desenvolvido
38
Figura 4.1.1 Pergunta 10– Êxito em cumprir metas.
Fonte: O autor, (2011).
11) Tratando-se de valores, quanto se tem investido em eficiência energética na
empresa? Em se tratando de receita operacional líquida tente aproximar o valor
dentro de uma das alternativas.
4, ou seja, 100% dos entrevistados responderam que o processo é altamente
desenvolvido.
Figura 4.1.1 Pergunta 11 – Investimento em conservação. Fonte: O autor, (2011).
Pergunta 10
Em desenvolvimento.
Bem Desenvolvido
Pergunta 11
Altamente Desenvolvido
39
12) Para finalizar, é realizada na empresa a divulgação dos resultados e ajuste das
metas e objetivos?
2, ou seja, 50% dos entrevistados responderam que o processo está em
desenvolvimento.
2, ou seja, 50% dos entrevistados responderam que o processo é desenvolvido.
Figura 4.1.1 Pergunta 12 – Divulgação dos resultados e ajustes nas metas.
Fonte: O autor, (2011).
Pergunta 12
Em desenvolvimento.
Desenvolvido
40
5. CONCLUSÃO
5 .1 CONSIDERAÇÕES
Quanto à ap l icação do quest ionár io obt ive ram -se os segu in tes
resu l tados acerca da contribuição da Comissão Interna de Conservação de Energia para
a melhoria da eficiência energética nas organizações:
Notou-se que a CICE tem contribuído de forma efetiva para a melhoria da eficiência
energética nas organizações. As empresas com CICE têm tido metas mais claras e objetivas.
Em geral, as empresas ou organizações apresentam investimentos significativos na área de
eficiência energética. As organizações com uma mentalidade avante para o tempo atual têm
investido em dispositivos cada vez mais eficientes, seja numa casa ou num escritório com
lâmpadas de maior eficiência; seja na indústria, com motores mais eficientes e dispositivos que
fazem com que os motores trabalhem ou atuem com velocidade variável e de acordo com a
velocidade do processo. Algumas organizações apresentam até mesmo controle ou
acompanhamento instantâneo e on-line do pico de demanda, visando ações corretivas
principalmente em horário de ponta. Essa ação permite ao operador perceber picos na demanda
de energia elétrica e desligar outros equipamentos que não estão, ou pouco estão sendo
utilizados no momento. Tudo isso sem comprometer a segurança dos envolvidos, pois conforme
já visto conservação não é racionalização. O termo mais aprovado e divulgado atualmente pela
literatura é eficientização, porém, o termo usado em lei é conservação.
Em dois pontos as organizações entrevistadas podem melhorar: avaliação anual dos
resultados com proposição de propaganda para o ano seguinte e promoção de alterações nos
sistemas (setores) consumidores, visando à conservação ou eficientização da energia. Todas as
organizações entrevistadas nesse trabalho apresentaram um planejamento ou algo que é feito,
mas não com tanta ênfase ao ponto de ser bem desenvolvido ou altamente desenvolvido. Esses
pontos podem ser melhorados.
Uma organização apresentou, além das CICES (em nível das Unidades Operacionais),
uma Gerência de Eficiência Energética (de atuação corporativa). Talvez essa medida não possa
ser implementada em outras organizações devido às circunstâncias. Apesar do fato de que esta
41
organização apresentou desempenho superior ao das demais organizações abordadas, também
pode melhorar no que diz respeito à divulgação dos resultados e ajuste nas metas, com
planejamento tático mais eficiente e com medidas corretivas mais aceleradas.
Portanto, seja em organizações que têm uma estrutura maior ou menor, todas elas têm
algo a melhorar. Para tanto, o PROCEL elaborou uma série de medidas que podem ser
implementadas nas organizações. Algumas medidas requerem investimentos e outras não. Isso
mostra que é possível obter uma eficiência energética melhor mesmo que em longo prazo. O
apêndice C deste trabalho identifica as principais cargas nas organizações e medidas corretivas
para tais.
5.2 APRENDIZADOS
Pôde-se ter a real conscientização da importância de todas as matérias cursadas, dentre
elas pode-se citar: gerência de projetos, elaboração de relatórios técnicos, instalações elétricas
industriais I e II, comercialização de energia elétrica (tópicos especiais para engenharia elétrica),
acionamento de máquinas, conversão de energia I e II, etc. A construção do aprendizado
durante todos os anos de curso fez com que, ao final, pudesse ser realizado este trabalho.
A matéria “Projeto de Graduação” uniu todos os conhecimentos anteriormente adquiridos
e gerou a certeza do aprendizado, fornecendo também a capacidade de criação e
gerenciamento de um projeto.
Não se pode deixar de mencionar o fato de que confeccionar um formulário de pesquisa
é uma arte. Um formulário pode expressar a forma de pensar de um grupo ou até mesmo de
uma sociedade chegando assim a conclusões razoáveis.
Os benefícios trazidos por este projeto e também por toda graduação contribuem para
que o engenheiro saia da universidade mais preparado para fazer frente às necessidades do
mercado.
42
5.3 TAREFAS REALIZADAS E OBJETIVOS ALCANÇADOS
As etapas realizadas para o término deste trabalho foram: revisão da bibliografia
existente (fundamentação teó r ica ) , e laboração do ques t ionár io , en t rev is tas
em grandes empresas do Paraná , San ta Ca ta r ina e R io de Jane i ro ,
tabu lação dos dados co le tados e aná l ise dos resu l tados .
5.4 DIFICULDADES E LIMITAÇÕES DO TRABALHO
Uma das principais dificuldades foi justamente o fato de nunca ter elaborado um
formulário de pesquisa na forma de questionário. Elaborar um questionário bem feito e capaz de
fazer o autor chegar a resultados concisos é uma arte. Outro obstáculo foi o fato de os
entrevistados terem agenda de difícil acesso.
Outra dificuldade foi o fato de que número maior de organizações poderia dar maior
credibilidade à pesquisa.
5.5 FUTUROS PROJETOS
Alguns trabalhos podem ser criados a partir deste. Por exemplo, poder-se-ia ampliar a
contribuição da CICE através de um estudo sobre a ISO 5001. Outra sugestão seria aplicar uma
pesquisa similar não só para grandes empresas como foi feito, mas sim para pequenas e médias
organizações concentrando-se em um determinado nicho de amostragem e também com uma
amostragem maior. A ideia é expandir o espaço amostral, para conferir maior confiabilidade ao
estudo. Outra sugestão seria no aspecto de abordar mais amplamente a questão de eficiência
energética nas organizações através de leilões de energia e um estudo mais aprofundado da
parte de tarifação de energia elétrica.
43
6-Referências
[1] http://www.ufpr.br / - Acesso em: 03/08/2011.
[2] http://ufsc.br/ - Acesso em: 03/08/2011.
[3] http://iea.org/ - Acesso em: 20/09/2011.
[4] http://www.inee.org.br/eficiencia - Acesso em: 22/09/2011.
[5] http://www.sebrae.com.br/ - Acesso em: 15/10/2011.
[6] http://www.fiepr.org.br/ - Acesso em: 01/11/2011.
[7] http://www.fiesc.org.br/- Acesso em: 01/11/2011.
[8] http://www.copel.com/ - Acesso em: 10/11/2011.
[9] http://www.celesc.com.br/ - Acesso em: 10/11/2011.
[10] http://www.aneel.gov.br/ - Acesso em: 20/11/2011.
[11] http://www.eletrobras.com/ - Acesso em: 20/11/2011.
[12] PROCEL; Orientações gerais para conservação de energia elétrica em prédios
públicos – 1ª Edição, Rio de Janeiro, 2001.
[13] ELETROBRAS PROCEL; Manual de prédios eficientes em energia elétrica. 1ª Edição,
Rio de Janeiro, 2002.
[14] CELESC; Eficiência energética e gestão da energia elétrica na indústria.
[15] COPEL; Manual de eficiência energética na indústria.
[16] ANEEL; Manual do programa de pesquisa e desenvolvimento tecnológico do setor de
energia elétrica. Brasília, 2008.
[17] ELETROBRAS; Relatório de sustentabilidade – Resumo Executivo. Rio de Janeiro,
2010.
[18] COPEL; Copel e sustentabilidade. Curitiba, 2011
[19] SILVA, V. R.Um estudo de modelagem do sistema híbrido MRPII/JIT-KANBAN aplicado em pequenas e médias empresas) – Tese de mestrado (mestrando em engenharia de produção e sistemas) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas, PUC-PR, Curitiba.
45
DECRETO No 99.656, DE 26 OUTUBRO DE 1990.
Para a coordenação do programa interno de conservação de energia toma-se mais fácil
a implantação de uma CICE – Comissão Interna de Conservação de Energia.
A comissão terá o encargo de propor, implementar e acompanhar as medidas efetivas
de conservação de energia, bem como controlar e divulgar as informações mais relevantes.
Presidência da República
Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO No 99.656, DE 26 OUTUBRO DE 1990.
Dispõe sobre a criação, nos órgãos e entidades da Administração Federal direta e indireta, da Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice), nos casos que menciona, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,
inciso IV, da Constituição, e considerando o disposto no Decreto nº 99.230, de 11 de maio de
1990.
2.4.1 Artigo 1
Art. 1º Fica criada uma Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice), em cada
estabelecimento pertencente a órgão ou entidade da Administração Federal direta e indireta,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas direta ou
indiretamente pela União, que apresente consumo anual de energia elétrica superior a 600.000
KWH (seiscentos mil Quilowatts Hora) ou consumo anual de combustível superior a 15 tep‟s
(quinze toneladas equivalentes de petróleo).
46
Parágrafo único. A Cice será responsável pela elaboração, implantação e acompanhamento
das metas do Programa de Conservação de Energia, e divulgação dos seus resultados nas
dependências do estabelecimento.
2.4.2 Artigo 2
De acordo com o DECRETO No 99.656, DE 26 OUTUBRO DE 1990 Artigo 2 do
presidente Fernando Collor são atribuições básicas da Cice:
I - Levantar o potencial de redução de despesas com energia, para o que poderá solicitar
o suporte técnico do Grupo Executivo do Programa Nacional de Racionalização da Produção e
Uso de Energia (Gerente), instituído pelo Decreto nº 99.230, de 11 maio de 1990, e do Programa
Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), instituído pela Portaria Interministerial nº
1.877, de 30 de dezembro de 1983, dos extintos Ministérios das Minas e Energia e da Indústria e
do Comércio, quando se tratar de energia elétrica;
II - Elaborar o Programa de Conservação de Energia, com suas metas e justificativas no
sentido da redução de consumo, submetendo-o ao dirigente máximo do órgão ou entidade, e
divulgá-lo após sua aprovação;
III - Empreender ações visando conscientizar e envolver todos os servidores no
Programa de Conservação de Energia;
IV - Participar da elaboração das especificações técnicas para projetos, construção e
aquisição de bens e serviços, bem assim das consequentes licitações que envolvam consumo
de energia;
V - Manter permanente análise dos consumos de energéticos por intermédio das cópias
dos comprovantes de pagamentos que lhe serão encaminhadas pelo setor responsável;
VI - Calcular os consumos específicos dos diferentes energéticos e submetê-los ao
Gerente, que estabelecerá índices máximos de consumo a serem respeitados;
47
VII - Participar da elaboração do Programa de Manutenção Preventiva, com vistas à
otimização do consumo de energéticos;
VIII -Promover avaliação anual dos resultados obtidos e propor programa para o ano
subsequente.
2.4.3 Artigo 3
Art. 3º A Cice será composta, no mínimo, de 6 (seis) membros do próprio
estabelecimento integrante do órgão ou entidade, todos com mandato de 2 (dois) anos, sendo,
pelo menos, um representante da Associação dos Servidores, e, na falta desta, um
representante dos servidores, por eles escolhido, e, um da Comissão Interna de Prevenção de
Acidente (Cipa), quando houver.
1º O ato do Dirigente do órgão ou entidade, que designar os membros da Cice,
especificará, de logo, quem será o Presidente e o Vice-Presidente, sendo este o representante
indicado pela Associação dos Servidores referido no caput deste artigo.
2º Os mandatos dos membros indicados pela Associação dos servidores e Cipa
extinguir-se-ão, em qualquer hipótese, com os mandatos dos seus respectivos Presidentes.
3º As reuniões da Cice serão secretariadas por um dos seus membros, escolhido pelo
Presidente.
4º Sempre que for possível, deverá haver entre os membros da Cice, não investidos nas
funções de Presidente e Vice-Presidente, um Engenheiro ou Arquiteto com conhecimentos de
conservação de energia, um especialista em Segurança do Trabalho, um Técnico em
Comunicação Social e um Administrador.
2.4.4 Artigo 4 – 12
48
Art. 4º A Cice reunir-se-á ordinariamente a cada três meses e, extraordinariamente,
sempre que convocada por dois de seus membros.
Art. 3º Os órgãos e entidades da Administração Federal direta e indireta que se
enquadrem nas condições previstas no artigo 1º terão o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, a
partir da publicação deste decreto, para remeterem ao Gerente a ata de instalação dos trabalhos
da Cice e a relação de seus membros, com os respectivos cargos, qualificação profissional e
endereços de trabalho.
Art. 6º O Gerente, em conjunto com a Secretaria da Administração Federal (SAF),
deverá organizar seminários regionais de conscientização e esclarecimentos para as Cice's, a se
iniciarem até 120 (cento e vinte) dias, a contar da publicação deste decreto.
Art. 7º Cada Cice deverá encaminhar ao Gerente, no prazo máximo de 15 (quinze) dias
após a realização do seminário de que trata o artigo anterior, o seu Programa de Conservação
de Energia no estabelecimento, com metas e justificativas, relativo ao seu mandato e, até 30
(trinta) dias após a realização das reuniões ordinárias, relatório de desenvolvimento do programa
e cumprimento das metas.
Art. 8º A SAF, com orientação técnica do Gerente, gerenciará o relacionamento entre
as Cice's através das Secretarias de Administração Geral dos Ministérios e das Coordenações
Gerais de Administração das Secretarias da Presidência da República, que promoverão a
articulação entre Cice's dos órgãos e entidades que lhes são vinculados.
Art. 9º É vedada a remuneração pela participação em Comissão Interna de
Conservação de Energia (Cice).
Art. 10. As despesas necessárias ao funcionamento da Cice serão custeadas com
recursos provenientes da dotação orçamentária do respectivo órgão ou entidade.
Art. 11. Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 12. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 26 de outubro de 1990; 169º da Independência e 102º da República.
51
Meu nome é Márcio Antonio Schauz e sou graduando em engenharia elétrica pela
Universidade Federal do Paraná com registro acadêmico GRR20052677. Venho pedir a
gentileza de que o senhor contribua com meu trabalho de conclusão de curso. Peço que
preencha este breve questionário acerca do tema „eficiência energética‟. O questionário
avaliará o que está sendo feito nas organizações, e se estas ações revertem em resultados.
Questionário*:
*as informações são apenas de caráter estudantil e o nome da empresa não será
vinculado às respostas.
Obs.: Vinculada à alternativa existe um padrão de status.
1) Qual o porte da empresa na qual trabalha? (marque uma das alternativas de 1 a 5)
1_ Micro – até 19 colaboradores
2_ Pequena – até 99 colaboradores
3_ Média – até 499 colaboradores
4_ Grande – acima de 500 colaboradores
5_ Multinacional
2) Existe na empresa uma equipe responsável para acompanhar, identificar e
implementar soluções na área de eficiência energética? (Exemplo Comissão
Interna de Conservação de Energia – CICE)
1_Inexistente
2_Em desenvolvimento (existe um planejamento, porém nada em execução)
3_Desenvolvido (existe o órgão competente)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE TECNOLOGIA
52
4_Bem desenvolvido (existe o órgão competente, que possui metas)
5_ Altamente desenvolvido (além de metas arrojadas a comissão possui forte respaldo
com a gerência e a alta direção).
3) A sua empresa realiza acompanhamento das contas (fatura de energia elétrica)?
1_Inexistente
2_Em desenvolvimento (acompanhamento esporádico)
3_Desenvolvido (acompanhamento de frequência mensal)
4_Bem desenvolvido (o acompanhamento é feito de forma semanal e com ações
corretivas)
5_ Altamente desenvolvido (acompanhamento instantâneo e on-line do pico de demanda
visando a ações corretivas, principalmente em horário de ponta)
4) Na empresa existe algum controle por setor da empresa de quanto se gasta em
energia elétrica?
1_Inexistente
2_Em desenvolvimento (existe o planejamento desta ação)
3_Desenvolvido (apenas controle dos setores de maior demanda energética)
4_Bem desenvolvido (controle dos setores de maior demanda e de alguns outros
setores)
5_ Altamente desenvolvido (todos os setores são controlados)
5) A empresa faz a análise dos resultados visando a superar as deficiências?
1_Inexistente
2_Em desenvolvimento (esporadicamente é feito)
3_Desenvolvido (acompanhamento mensal)
4_Bem desenvolvido (o acompanhamento é feito de forma semanal e com ações
corretivas)
53
5_Altamente desenvolvido (acompanhamento instantâneo e on-line do pico de demanda
visando ações corretivas principalmente em horário de ponta).
6) A empresa realiza programas de conscientização e até mesmo treinamento do
pessoal?
1_Inexistente
2_Em desenvolvimento (existe um planejamento para a criação de programas)
3_Desenvolvido (é feita uma consideração na reunião mensal)
4_Bem desenvolvido (existem programas anuais de conscientização e considerações na
reunião mensal de cada setor)
5_ Altamente desenvolvido (os programas são feitos de forma semestral e com
considerações da alta administração na reunião mensal)
7) Existe na empresa uma avaliação anual dos resultados e proposição de
propaganda para o ano seguinte?
1_Inexistente
2_Em desenvolvimento (ainda não atingimos o prazo de um ano devido ao programa ser
recém-implantado)
3_Desenvolvido (todo ano é feito uma avaliação)
4_Bem desenvolvido (é feita semestralmente, com resultados estampados em
corredores)
5_Altamente desenvolvido (todo mês é mencionada na reunião mensal e por meio de
propaganda em corredores e pontos estratégicos)
8) A empresa promove alterações nos sistemas (setores) consumidores visando à
conservação ou eficientização da energia?
1_Inexistente
2_Em desenvolvimento (em planejamento)
54
3_Desenvolvido (as alterações são realizadas e assim que possível é realizada uma
medida corretiva)
4_Bem desenvolvido (as alterações são realizadas e imediatamente é realizada uma
medida corretiva)
5_Altamente desenvolvido (as alterações são feitas instantaneamente através de
software)
9) Na empresa, a comissão, os departamentos possuem metas claras e objetivas?
1_Inexistente
2_Em desenvolvimento (as metas estão sendo elaboradas)
3_Desenvolvido (existem metas fixadas)
4_Bem desenvolvido (existem metas e um planejamento tático para obtenção de
resultados)
5_Altamente desenvolvido (existem metas, planejamento e apoio da alta administração).
10) A empresa tem tido êxito em cumprir os objetivos, as metas?
1_Inexistente
2_Em desenvolvimento (ainda não devido estar em planejamento)
3_Desenvolvido (os resultados estão começando a surgir)
4_Bem desenvolvido (resultados positivos)
5_Altamente desenvolvido (resultados positivos e significantes)
11) Na empresa, tratando-se de valores, quanto se tem investido em eficiência
energética? Em se tratando de receita operacional líquida, tente aproximar o valor
dentro de uma das alternativas.
1_R$10.000,00
2_Entre R$10.001,00 e R$49.999,00
3_Entre R$50000,00 e RS 75.000,00
55
4_Entre R$75.001,00 e R$100.000,00
5_Mais que R$100.000,00
12) Para finalizar, é realizada na empresa a divulgação dos resultados e ajuste das
metas e objetivos?
1_Inexistente
2_Em desenvolvimento (em planejamento)
3_Desenvolvido (a divulgação é feita)
4_Bem desenvolvido; (a divulgação é feita e com grande destaque e as metas são
revistas)
5_Altamente desenvolvido. (divulgação em corredores e pontos estratégicos com apoio
da alta administração inclusive com tomada de decisões e revisão das metas e
objetivos)
56
APÊNDICE B – TABULAÇÃO DOS RESULTADOS
Tabela 1 anexo b: Tabulação dos resultados
Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Empresa 4 Pergunta 1 5 5 4 5 Pergunta 2 4 4 3 1 Pergunta 3 3 3 3 5 Pergunta 4 5 4 1 5 Pergunta 5 5 3 3 2 Pergunta 6 4 4 4 2 Pergunta 7 3 3 2 2 Pergunta 8 3 3 3 2 Pergunta 9 3 3 3 2 Pergunta 10 4 4 4 2 Pergunta 11 5 5 5 5 Pergunta 12 3 3 2 2 SOMA 47 44 37 35
Tabela 2 anexo b : Contagem dos resultados
Escala Likert 1 2 3 4 5
Pergunta 1 0 0 0 1 3
Pergunta 2 1 0 1 2 0
Pergunta 3 0 0 3 0 1
Pergunta 4 1 0 0 1 2
Pergunta 5 0 1 2 0 1
Pergunta 6 0 1 0 3 0
Pergunta 7 0 2 2 0 0
Pergunta 8 0 1 3 0 0
Pergunta 9 0 1 3 0 0
Pergunta 10 0 1 0 3 0
Pergunta 11 0 0 0 0 4
Pergunta 12 0 2 2 0 0
*refere-se ao número de empresas que responderam „1‟ à pergunta 1. Conforme visto no
embasamento teórico (capítulo 3). A escala Likert deste trabalho obedecerá ao seguinte critério:
1 - Inexistente
2 - Em desenvolvimento
3 - Desenvolvido
4 - Bem desenvolvido
5 - Altamente desenvolvido
E assim sucessivamente para todas as filas (linhas e colunas) da tabela 2 deste anexo.
57
APÊNDICE C – MEDIDAS PRÁTICAS PARA CONSERVAÇÃO
DE ENERGIA NAS ORGANIZAÇÕES - PROCEL
1.1 GRÁFICO PROCEL
De acordo com o gráfico PROCEL as maiores cargas de energia elétrica em edifícios
são:
Figura 1 anexo C: Maiores cargas de energia elétrica.
Fonte PROCEL
Portanto, a partir daqui, o trabalho e a literatura PROCEL manterão foco nessas cargas.
Além desse foco, também serão abordados os temas motores e bombeamento.
2.1 AR-CONDICIONADO
2.1.1 Medidas Imediatas Sem Necessidade de Investimentos
Manter as janelas e portas fechadas, evitando a entrada de ar externo.
Limitar a utilização do aparelho somente às dependências ocupadas.
58
Evitar a incidência de raios solares no ambiente climatizado, pois aumentará a carga
térmica para o condicionador.
Limpar o filtro do aparelho na periodicidade recomendada pelo fabricante, evitando que
a sujeira prejudique o seu rendimento;.
No verão, não refrigerar excessivamente o ambiente. O conforto térmico é uma
combinação de temperatura e umidade, sendo recomendado entre 22 ºC e 24 ºC de
temperatura e 50% e 60 % de umidade relativa do ar. O frio máximo nem sempre é a
melhor solução de conforto.
Desligar o ar-condicionado em ambientes não utilizados ou que fiquem longo tempo
desocupados.
Manter desobstruídas as grelhas de circulação de ar.
Manter livre a entrada de ar do condensador.
Verificar o funcionamento do termostato.
No inverno ou em dias frios desligar o ar-condicionado central ou individual e manter
somente a ventilação.
Regular ao mínimo necessário a exaustão do ar nos banheiros contíguos aos ambientes
climatizados.
Não operar as válvulas de bloqueio do sistema de água gelada em posição parcialmente
aberta (estrangulada).
Estudar a possibilidade de ventilar naturalmente o edifício à noite, para retardar o
acionamento do sistema de ar-condicionado pela manhã.
2.1.2 Medidas de Médio e Longo Prazo com Investimentos
Dimensionar o sistema de ar-condicionado para a carga total real, levando em conta o
uso de iluminação eficiente e as medidas adotadas para a envoltória do prédio que
reduzam a carga térmica.
Escolher o sistema de ar-condicionado considerando, além dos custos de aquisição e
instalação, também os de manutenção, operação e o consumo de energia.
Dar preferência, se possível, ao sistema de Volume de Ar Variável (VAV), que otimiza a
vazão de ar-condicionado evitando desperdício.
59
Estudar a viabilidade econômica de instalar um sistema de termo acumulação de gelo ou
água gelada, o que permitirá deslocar o consumo elétrico do sistema de ar-condicionado
para o horário fora de ponta. Tanques de gelo ocupam menos espaço que os de água
gelada.
Utilizar volume de ar variável de acordo com a necessidade de cada ambiente e procurar
atender vários ambientes com a mesma máquina.
Utilizar, sempre que possível, controle de temperatura (termostato) setorizado por
ambientes.
Utilizar ciclo economizador de temperatura ou entálpico, com o objetivo de evitar o
funcionamento dos compressores quando as condições do ar externo estiverem
próximas às de conforto.
Realizar balanceamento do sistema.
Usar acessórios de insuflamento adequados.
Modelar a geração de frio e setorizar sua distribuição de acordo com as necessidades.
Em climas quentes e secos, estudar a possibilidade de utilizar resfriador evaporativo em
vez de ar-condicionado convencional. Esse equipamento umidifica o ar, baixando sua
temperatura sem uso de compressores ou ciclo de refrigeração, o que permite grande
economia de energia;.
Empregar sistemas automatizados de controle.
Automatizar os sistemas de ar-condicionado central para permitir o desligamento dos fan
coils e interrupção da circulação de água gelada nos circuitos dos ambientes em
horários de não utilização.
Reparar janelas e portas quebradas ou fora de alinhamento.
Reparar fugas de ar, água e fluido refrigerante.
Isolar termicamente tubulações e tanques de serviço.
Tratar quimicamente a água de refrigeração.
2.2 ILUMINAÇÃO
São os sistemas de iluminação que apresentam, indubitavelmente, o maior número de
medidas para conservação de energia de fácil aplicação. A evolução das técnicas de projeto e
instalação, acompanhada do surgimento de novos equipamentos, com destaque especial aos
60
novos tipos de lâmpadas eficientes, reatores eletrônicos e luminárias de alta eficiência, oferece
uma considerável gama de alternativas para o alcance da eficientização energética. Em
instalações já existentes, podem ser introduzidas alterações em seus sistemas de comando de
modo a modular o uso da iluminação de acordo com as necessidades. Em novas construções,
podem-se introduzir modernas técnicas de arquitetura e construção que reduzam os
requerimentos energéticos para iluminação. Os projetos de iluminação devem considerar os
índices mínimos de iluminamento definidos na norma NBR 5413 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas. ABNT de modo a manter o conforto e segurança dos usuários. Sob essa
ótica, são sugeridas como alternativas viáveis:
2.2.1 Medidas Imediatas Sem Necessidade de Investimentos
Manter limpas lâmpadas e luminárias para permitir a reflexão máxima da luz.
Desligar luzes de dependências, quando não estiverem em uso, tais como: salas de
reunião, WCs, iluminação ornamental interna e externa, etc.
Ligar sistema de iluminação somente aonde não haja iluminação natural suficiente. O
sistema de iluminação só deve ser ligado momentos antes do início do expediente.
Nos espaços exteriores reduzir, quando possível e sem prejuízo da segurança, a
iluminação em áreas de circulação, pátios de estacionamentos e garagens.
Usar preferencialmente luminárias abertas, retirando, quando possível, o protetor de
acrílico, o que possibilita a redução de até 50% do número de lâmpadas sem perda da
qualidade do iluminamento.
2.2.2 Medidas de Médio e Longo Prazo com Investimentos
Substituir lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas e fluorescentes
normais por modelos eficientes com reator eletrônico. Nos jardins, estacionamentos
externos e áreas de lazer, dar preferência a lâmpadas de vapor de sódio à alta pressão.
Usar reatores eletrônicos com alto fator de potência.
61
Usar luminárias reflexivas de alta eficiência, com superfícies interiores desenhadas de
forma a distribuir adequadamente a luz. Refletores de alumínio anodizados são os mais
eficientes.
Controlar a iluminação externa por timer ou fotocélula.
Utilizar interruptores para setorização.
Setorizar os circuitos a fim de aproveitar a iluminação natural. Instalar, se possível, um
interruptor para cada 11 m2 ou sensores de ocupação.
Utilizar sensores de presença nos ambientes pouco utilizados. O aumento excessivo do
número de acendimentos de lâmpadas reduz sua vida útil, portanto, em locais de pouco
tempo de permanência e com elevada intermitência de ocupação, o uso de lâmpadas
eficientes e fluorescentes não é adequado. Nesses casos, faz-se necessária uma
avaliação de custo/benefício.
Rebaixar as luminárias quando o pé-direito for alto, reduzindo, consequentemente, a
potência total necessária.
Projetar iluminação localizada quando a atividade assim o exigir, reduzindo
proporcionalmente a iluminação geral do ambiente.
Instalar, nas áreas próximas às janelas, circuitos independentes e sensores com
fotocélulas, que ajustam automaticamente os níveis de iluminação necessários para
complementar a luz natural. Reatores com dimmer consomem 14% mais energia que os
comuns, e, portanto, devem ser usados apenas nas luminárias próximas a grandes
painéis de vidro.
Paredes, pisos e tetos devem ser pintados com cores claras que exigem menor nível de
iluminação artificial. A redução de carga de iluminação reduz como consequência a
carga térmica para o condicionamento de ar.
A seguir apresentamos duas tabelas práticas que servem de orientação para adequação da
iluminação aos ambientes e uso de lâmpadas mais eficientes.
Tabela 2.2.2 anexo C: Tabela de atividades e iluminação recomendada.
Fonte: PROCEL
Atividades Iluminação recomendada (lux ou lúmens/m2)
Arquivos, depósitos e circulação. 100
Escritórios 300 a 500
Salas de desenho 500 a 1000
62
Tabela 2.2.3 anexo C: Tabela Características das Lâmpadas.
Fonte: PROCEL
Características das Lâmpadas
Tipo Lúmens/W Vida Média (horas)
Incandescente 10 a 20 1000
Halógena 15 a 25 2000
Vapor de Mercúrio 45 a 60 15000
Mista 18 a 25 6000 a 8000
Fluorescente 55 a 75 10000
Fluorescente especial 75 a 100 10000 a 20000
Fluorescente compacta 50 a 80 8000 a 10000
Vapor Metálico 65 a 90 6000 a 20000
Vapor de Sódio (alta pressão) 80 a 140 18000 a 24000
A norma ABNT NBR 5413 indica a iluminação recomendada para todas as atividades.
2.3 UTILIZAÇÃO DE FREEZERS E GELADEIRAS
Evitar que as portas fiquem abertas desnecessariamente.
Fazer degelo periódico.
Evitar a colocação de alimentos quentes.
Mantê-los em perfeito estado de conservação, particularmente em relação à borracha de
vedação da porta.
Manter o termostato regulado no mínimo necessário.
Localizá-los fora do alcance de raios solares ou de outras fontes de calor.
2.4 Elevadores
2.4.1 Medidas Imediatas Sem Necessidade de Investimentos
Manter os elevadores funcionando plenamente somente nos horários de muita
movimentação (entrada, saída e hora de almoço).
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Fazer campanhas de conscientização para que os usuários não utilizem o elevador para
subir um andar ou descer dois.
Localizar os serviços de maior contato com o público e com subfornecedores nos
andares térreos.
2.4.2 Medidas de Médio e Longo Prazo com Investimentos
Instalar controladores de tráfego para evitar que uma mesma chamada desloque mais
de um elevador.
Optar por elevadores com motores de alta eficiência, variação de frequência e
modernos sistemas de controle de tráfego, e dimensioná-los para a possibilidade de
velocidade reduzida, de modo a reduzir o consumo.
Especificar escadas rolantes com sensores de presença e, sempre que possível,
escadas acessíveis, a fim de otimizar o tráfego.
2.5 MOTORES E BOMBEAMENTO DE ÁGUA
Promover campanha sobre a redução do consumo de água de modo a reduzir o seu
consumo de energia elétrica no bombeamento.
Eliminar vazamentos de água, evitando desperdícios.
Verificar se a alimentação elétrica do motor esta de acordo com as especificações do
fabricante.
Dimensionar adequadamente os motores e dar preferência aos de alto rendimento, que,
embora sejam mais caros que os do tipo padrão, apresentam maior eficiência
energética.
Considerar a instalação de controlador eletrônico de velocidade nos motores que
funcionam com carga parcial, tais como motores dos compressores rotativos, bombas,
torres, e ventiladores do sistema de ar-condicionado.
Evitar o bombeamento de água no horário de ponta.