8
Relatório de Serviços de Engenharia Mobil Wanderlei Rogério Brussolo Representante Técnico A correta lubrificação de equipamentos por lubrificadores Lubrificar um determinado componente de um equipamento é definido como aplicar uma substância (lubrificante) entre duas superfícies em movimento relativo, formando uma película, que evita o contato direto entre essas superfícies, promovendo diminuição do atrito e, conseqüentemente, do desgaste e da geração de calor. O lubrificador assume papel de relevante importância nesse processo, pois o correto funcionamento do equipamento depende da eficiente lubrificação de seus componentes através da observância dos planos de lubrificação e a correta aplicação dos lubrificantes, bem como, do conhecimento das atividades operacionais do equipamento e seus pontos de lubrificação. A fim de colaborarmos com a eficiente lubrificação dos equipamentos através do fornecimento de lubrificantes de alta tecnologia e qualidade e dos corretos procedimentos de lubrificação executados pelos lubrificadores, elaboramos informações que podem contribuir com esses objetivos, preservando corretamente os equipamentos, contribuindo dessa maneira para menores custos de manutenção. A eficiente lubrificação dos equipamentos inicia-se no correto armazenamento dos lubrificantes no almoxarifado central ou na sala de lubrificantes, que deve ter acesso restrito aos lubrificadores e pessoal responsável pelo almoxarifado ou manuseio dos lubrificantes. Os supervisores e lideres de manutenção também devem ter acesso ao local de armazenamento dos lubrificantes. Embora a responsabilidade inicial do correto armazenamento dos lubrificantes é do pessoal de almoxarifado, o lubrificador torna-se co-responsável por esse armazenamento quando esses lubrificantes encontram-se na sala de lubrificantes prontos para serem utilizados nos equipamentos instalados na unidade. Na sala de lubrificantes as embalagens em tambores que estão sendo utilizadas devem ficar sobre carrinhos entornadores de óleo que protegem as embalagens e proporcionam uma retirada com segurança dos lubrificantes. Essas embalagens devem ter torneiras adaptadas para a retirada do lubrificante, devendo as mesmas, dependendo da torneira, permanecer com a boca voltada para baixo, diminuindo o acumulo de contaminantes. Devem ainda, ter respingadores para coleta de pingos e eventuais vazamentos das torneiras, contribuindo para menores chances de contaminação do solo. As embalagens em balde devem ficar sobre estrados de madeira, protegidas do contato com o solo, bem como, as embalagens em litro devem ficar em prateleiras devidamente identificadas e separadas por aplicação. As embalagens devem receber etiquetas de identificação, evitando assim erros de manuseio.

A Correta Lubrificaçao de Equipamentos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A Correta Lubrificaçao de Equipamentos

Relatório de Serviços de Engenharia Mobil

Wanderlei Rogério Brussolo – Representante Técnico

A correta lubrificação de equipamentos por lubrificadores

Lubrificar um determinado componente de um equipamento é definido como aplicar uma substância (lubrificante) entre duas superfícies em movimento relativo, formando uma película, que evita o contato direto entre essas superfícies, promovendo diminuição do atrito e, conseqüentemente, do desgaste e da geração de calor.

O lubrificador assume papel de relevante importância nesse processo, pois o correto funcionamento do

equipamento depende da eficiente lubrificação de seus componentes através da observância dos planos de lubrificação e a correta aplicação dos lubrificantes, bem como, do conhecimento das atividades operacionais do equipamento e seus pontos de lubrificação.

A fim de colaborarmos com a eficiente lubrificação dos equipamentos através do fornecimento de lubrificantes de

alta tecnologia e qualidade e dos corretos procedimentos de lubrificação executados pelos lubrificadores, elaboramos informações que podem contribuir com esses objetivos, preservando corretamente os equipamentos, contribuindo dessa maneira para menores custos de manutenção.

A eficiente lubrificação dos equipamentos inicia-se no correto armazenamento dos lubrificantes no almoxarifado

central ou na sala de lubrificantes, que deve ter acesso restrito aos lubrificadores e pessoal responsável pelo almoxarifado ou manuseio dos lubrificantes. Os supervisores e lideres de manutenção também devem ter acesso ao local de armazenamento dos lubrificantes.

Embora a responsabilidade inicial do correto armazenamento dos lubrificantes é do pessoal de almoxarifado, o

lubrificador torna-se co-responsável por esse armazenamento quando esses lubrificantes encontram-se na sala de lubrificantes prontos para serem utilizados nos equipamentos instalados na unidade.

Na sala de lubrificantes as embalagens em tambores que estão sendo utilizadas devem ficar sobre carrinhos

entornadores de óleo que protegem as embalagens e proporcionam uma retirada com segurança dos lubrificantes. Essas embalagens devem ter torneiras adaptadas para a retirada do lubrificante, devendo as mesmas, dependendo da torneira, permanecer com a boca voltada para baixo, diminuindo o acumulo de contaminantes. Devem ainda, ter respingadores para coleta de pingos e eventuais vazamentos das torneiras, contribuindo para menores chances de contaminação do solo. As embalagens em balde devem ficar sobre estrados de madeira, protegidas do contato com o solo, bem como, as embalagens em litro devem ficar em prateleiras devidamente identificadas e separadas por aplicação. As embalagens devem receber etiquetas de identificação, evitando assim erros de manuseio.

Page 2: A Correta Lubrificaçao de Equipamentos

Relatório de Serviços de Engenharia Mobil

Wanderlei Rogério Brussolo – Representante Técnico

A correta lubrificação de equipamentos por lubrificadores

O transporte do óleo lubrificante da sala de lubrificantes até os equipamentos para eventuais reposições devem ser realizados em embalagens apropriadas e corretamente identificadas com o nome do lubrificante a ser utilizado. Cada lubrificante deve ter a sua própria embalagem, evitando dessa maneira contaminações entre os diversos tipos de lubrificantes utilizados nos equipamentos instalados na unidade. Da mesma maneira os funis e jarras utilizados devem ser específicos para cada lubrificante e corretamente identificados. Os utensílios de lubrificação devem permanecer em armários devidamente fechados, evitando dessa maneira, contaminações que contribuam para menor vida útil dos componentes dos equipamentos.

O lubrificador ao tomar os devidos cuidados na armazenagem e manuseio dos lubrificantes contribui para

menores riscos de contaminações dos lubrificantes em uso e, conseqüentemente, dos componentes dos equipamentos, contribuindo dessa maneira para menores paradas não programadas para manutenções ocorridas por falhas de lubrificação. A atenção e os cuidados dispensados à correta armazenagem e manuseio dos lubrificantes proporcionam benefícios na preservação dos equipamentos, visto que muitas falhas ocorrem devido à falta desses cuidados. Abaixo falhas que ocorrem em rolamentos decorrentes da falta de cuidados na armazenagem e manuseio dos lubrificantes.

Evidenciada as prioridades na armazenagem e manuseio dos lubrificantes, trataremos agora das tarefas do

lubrificador relacionadas à lubrificação dos equipamentos e as inspeções que deverão ser realizadas no momento dessas lubrificações, sendo esse o primeiro alerta de eventuais situações que necessitam de intervenção mecânica por parte do pessoal de manutenção.

Os cuidados com os lubrificantes antes de serem utilizados nos equipamentos continuam, devendo as atenções

ser redobradas para que os lubrificantes não se contaminem no trajeto da sala de lubrificantes até os equipamentos. Esses cuidados são indispensáveis para que o lubrificante cumpra as suas funções de proteção aos componentes dos equipamentos, permitindo que os equipamentos trabalhem com o mínimo de falhas possíveis.

Page 3: A Correta Lubrificaçao de Equipamentos

Relatório de Serviços de Engenharia Mobil

Wanderlei Rogério Brussolo – Representante Técnico

A correta lubrificação de equipamentos por lubrificadores

A seguir, detalhamento das mais importantes funções dos lubrificadores no dia-a-dia de suas tarefas: INSPEÇÃO DO VISOR DE NÍVEL DE LUBRIFICANTE: a inspeção do visor de nível, além de nos indicar a quantidade de lubrificante suficiente para que o equipamento trabalhe corretamente, identifica o volume necessário para a devida reposição de lubrificante e pode alertar da presença de água no sistema através da mudança de cor do lubrificante em uso. Quando em presença de água o lubrificante fica turvo e de fácil identificação, desde que o visor esteja operando normalmente. Além da mudança de cor no visor de nível, o mesmo pode apresentar gotículas de água, oriundas da contaminação. O nível de lubrificante no sistema deve ficar entre o máximo e o mínimo do visor, garantido dessa maneira que o equipamento opere normalmente.

A inspeção de nível do lubrificante em uso na maioria das vezes é realizada através de visores de nível transparentes, que indicam visualmente a quantidade de lubrificante no sistema, porém em alguns casos as verificações são realizadas através de bujões de nível, que devem ser retirados para a inspeção do mesmo, sendo o escorrimento do óleo a indicação do correto nível. O cuidado a ser tomado nas verificações de bujões de nível é que deverá ser realizada com o equipamento desligado, evitando o contato com partes móveis e aquecidas do equipamento.

BOCAIS DE ABASTECIMENTO E VEDAÇÕES: antes de efetuar a reposição de óleo lubrificante no sistema deverá ser realizada inspeção do bocal de abastecimento e das vedações que compõem o acessório e todo o sistema.

O bocal de abastecimento com filtro tem a finalidade de impedir a entrada de contaminantes de maior grandeza quando da alimentação de fluido nas eventuais reposições e durante a operação do equipamento, sendo que sua correta manutenção é fundamental na preservação da qualidade do lubrificante. Deverão ser verificadas as vedações que compõem a tampa, bem como, a quantidade correta dos parafusos de fixação do filtro de rede e suas devidas vedações, atentando para que todos estejam corretamente fixados e apertados, contribuindo dessa maneira para menores chances de contaminação do fluido em uso. As demais vedações que compõem o sistema hidráulico também deverão ser inspecionadas em intervalos regulares, garantindo assim, a sua eficiência e correta funcionalidade. Os materiais empregados deverão ser compatíveis com o fluido hidráulico e resistir aos produtos químicos utilizados na limpeza dos equipamentos.

Os bocais de enchimento também podem ser observados quanto à presença de água no sistema hidráulico,

através da presença de ferrugem e corrosão na sua parte interior.

Page 4: A Correta Lubrificaçao de Equipamentos

Relatório de Serviços de Engenharia Mobil

Wanderlei Rogério Brussolo – Representante Técnico

A correta lubrificação de equipamentos por lubrificadores

Quando da constatação de qualquer eventualidade pelo lubrificador o pessoal de manutenção deverá ser

comunicado para que todas as providências sejam tomadas e os eventuais problemas sanados, garantindo o correto funcionamento do equipamento.

A atenção exigida no momento de eventuais reposições de lubrificante é no sentido de observar a correta

viscosidade do lubrificante a ser utilizado, bem como se o lubrificante utilizado esta de acordo com as necessidades de lubrificação do equipamento e indicado no plano de lubrificação do mesmo. Ocorrendo dúvidas deverá entrar em contato com o pessoal de planejamento para verificação do plano de lubrificação e o correto lubrificante indicado, evitando danos aos componentes do equipamento e paradas desnecessárias.

A limpeza dos equipamentos, antes, durante e após as lubrificações, bem como da sala de lubrificantes é

essencial para evitarmos probabilidades de contaminações da carga lubrificante.

LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS: a lubrificação dos equipamentos e seus respectivos componentes resumem-se basicamente em reposições dos níveis de lubrificante no sistema e eventuais trocas, quando falamos em óleo lubrificante e lubrificação a graxa quando nos referimos a mancais de bucha e rolamentos.

Quando falamos em reposições de nível de lubrificante ou na troca total da carga operacional, quer seja por

contaminações ou vida útil, devemos ter o cuidado de respeitar as indicações do fabricante do equipamento quanto ao

Page 5: A Correta Lubrificaçao de Equipamentos

Relatório de Serviços de Engenharia Mobil

Wanderlei Rogério Brussolo – Representante Técnico

A correta lubrificação de equipamentos por lubrificadores

tipo de lubrificante a ser utilizado e sua respectiva viscosidade, garantindo a correta lubrificação dos componentes e a postergação de paradas não programadas. Deverá ser seguido também o estipulado no plano de lubrificação do equipamento, pois muitas vezes, após avaliação técnica da engenharia de lubrificação, padronizamos lubrificantes para otimização do estoque da unidade e diminuição do risco de trocas dos mesmos e, conseqüentemente, existira uma indicação de viscosidade diferente da indicada pelo fabricante, porém sem comprometer o funcionamento adequado do equipamento.

As reposições do nível do lubrificante no sistema deverão ser realizadas tomando os devidos cuidados no

manuseio dos lubrificantes para que não haja contaminação do mesmo e futuro comprometimento dos componentes do equipamento. As trocas de lubrificante deverão ser realizadas também seguindo os mesmos cuidados, pois uma das grandes ocorrências de contaminações de lubrificantes é no enchimento inicial dos reservatórios. O ideal é que sempre seja realizado o que chamamos de flushing do sistema antes da troca da carga, ou seja, uma limpeza das impurezas e contaminantes do atual lubrificante para que a nova carga não seja contaminada com tais resíduos.

A limpeza do sistema deverá ser realizada principalmente quando houver a contaminação do lubrificante por

água, visto que esse contaminante é o maior inimigo do óleo lubrificante, degradando rapidamente as suas características químicas e, permanecendo no sistema, irá contaminar a carga seguinte, diminuindo rapidamente a vida útil da mesma. Quando for realizar uma troca da carga lubrificante contaminada por água seguir o recomendado no documento técnico “Contaminação por água em sistemas hidráulicos”, elaborado e disponibilizado aos supervisores de manutenção visando à eliminação da água do sistema e maior vida útil da nova carga lubrificante.

Quando falamos em lubrificação de mancais, normalmente nos reportamos a mancais de rolamentos, pois mais

de 90% das aplicações industriais são desse tipo de componente e também na mesma proporção as lubrificações são efetuadas com graxa lubrificante, portanto trataremos desse tipo de lubrificação.

Como na lubrificação a óleo os cuidados iniciais dispensados na lubrificação a graxa são os mesmos, garantindo

da mesma maneira o correto funcionamento do equipamento e os seus componentes. Igualmente ao óleo lubrificante cada tipo de graxa deverá ter a sua bomba própria, corretamente identificada, evitando dessa maneira, misturas dos diferentes tipos de sabão e prejuízos para os equipamentos no qual são utilizadas.

Os cuidados básicos que devemos ter são com a utilização da correta graxa na lubrificação dos mancais de

rolamentos, obedecendo às recomendações do plano de lubrificação do equipamento quanto ao seu período entre relubrificações e tipo de graxa a ser utilizada, pois cada equipamento tem características próprias e diferenciadas que necessitam ser supridas, muitas vezes, com lubrificantes de diferentes desempenhos e características técnicas.

Page 6: A Correta Lubrificaçao de Equipamentos

Relatório de Serviços de Engenharia Mobil

Wanderlei Rogério Brussolo – Representante Técnico

A correta lubrificação de equipamentos por lubrificadores

Na correta relubrificação dos mancais de rolamentos, referindo-se a mancais bi partidos ou inteiriços, devemos considerar algumas informações básicas: tamanho do rolamento, quantidade de graxa a ser utilizada e o período entre as relubrificações, para que possamos efetuar uma lubrificação de qualidade, garantindo dessa maneira o correto funcionando do equipamento.

A identificação do rolamento está relacionada aos números estampados no mesmo, que informam os diâmetros

interno e externo, largura e os diversos tipos de rolamentos existentes. Através dos catálogos dos fabricantes de rolamentos e de posse desses números conseguimos calcular a correta quantidade de graxa que deverá ser utilizada entre as relubrificações, garantindo dessa maneira o fornecimento ideal de lubrificante para que o rolamento trabalhe adequadamente e sem falhas de lubrificação.

Abaixo fórmulas para cálculo da correta quantidade de graxa entre as relubrificações, baseada nas medidas do

diâmetro externo e largura do rolamento, bem como, do tipo de rolamento: O período de execução das relubrificações é o estabelecido no plano de lubrificação do equipamento ou o

recomendado pelo fabricante quando lidarmos com equipamentos em garantia. Quando ainda não temos o período entre relubrificações estabelecido, podemos através de tabelas normatizadas ou pela experiência técnica em outros equipamentos de funcionamento idêntico, estabelecer esses períodos, garantindo assim, a correta lubrificação do equipamento e sua devida proteção. Existindo dúvidas devera ser consultado o pessoal de manutenção e planejamento, como também, nossa engenharia de lubrificação para que possamos garantir a correta lubrificação dos equipamentos.

Estabelecida a correta quantidade de graxa a ser utilizada nos mancais, o lubrificador no momento da

lubrificação poderá fazer uma inspeção no mancal verificando a correta colocação do bico graxeiro no mesmo, contribuindo para que o rolamento receba a quantidade correta de graxa e trabalhe dentro do especificado.

Page 7: A Correta Lubrificaçao de Equipamentos

Relatório de Serviços de Engenharia Mobil

Wanderlei Rogério Brussolo – Representante Técnico

A correta lubrificação de equipamentos por lubrificadores

Dependendo do tipo de rolamento a ser utilizado no mancal, o bico graxeiro deverá ser posicionado na central ou nas laterais do mesmo, garantindo o correto fornecimento de graxa ao rolamento. Quando nos reportamos a rolamentos W 33 o bico graxeiro do mancal deve ser posicionado no centro do mesmo, devido ao fato do rolamento ter em sua pista externa um canal por onde a graxa será conduzida para dentro do mesmo, garantindo assim a sua lubrificação. Nos demais rolamentos a colocação dos bicos graxeiros é na lateral dos mancais.

O primeiro passo a se tomar antes da relubrificação dos mancais é a limpeza do bico graxeiro e a região em

torno dele, evitando que impurezas e contaminantes possam ser levados para dentro do mancais, causando a falha prematura dos rolamentos. A graxa a ser utilizada deve ter as mesmas características da graxa em uso, evitando dessa maneira misturas de diferentes espessantes, que provocando reações podem levar ao endurecimento ou amolecimento da graxa, bem como separação dos aditivos, culminando na falha dos mancais. O segundo passo é a limpeza do bico da engraxadeira, que da mesma maneira, deverá estar limpo e isento de contaminantes.

Após a lubrificação do mancal poderá ser deixada sobre o bico graxeiro uma quantidade de graxa que servira de

proteção pára que impurezas não entrem no mancal ou poderá ser utilizada tampinhas que fazem a mesma proteção, essas mesmas tampas poderão ser utilizadas de acordo com a cor da graxa, contribuindo para menores chances de erros no momento da lubrificação dos mancais.

É de vital importância verificar a qualidade do bico graxeiro antes da lubrificação, providenciando a troca dos que

estiverem com sua eficiência comprometida por danos ou com mau funcionamento. O lubrificador deverá solicitar imediatamente a substituição dos mesmos junto ao pessoal de manutenção ou ter em sua posse vários bicos para

Page 8: A Correta Lubrificaçao de Equipamentos

Relatório de Serviços de Engenharia Mobil

Wanderlei Rogério Brussolo – Representante Técnico

A correta lubrificação de equipamentos por lubrificadores

substituição imediata. A eficiência dos bicos graxeiros garantirá o fornecimento da quantidade de lubrificante necessário para o correto funcionamento do rolamento.

Na lubrificação de mancais abertos ou mancais fechados sujeitos a grandes contaminações, a quantidade de

graxa a ser fornecida deverá ser suficiente para expulsar toda a graxa contaminada, levando para fora do mancal os contaminantes que provocam falhas prematuras.

A graxa deverá ser bombeada para o mancal até expulsar a graxa velha e as contaminações nele contida, de

preferência com o equipamento em movimento, contribuindo para melhor homogeneização entre as graxas e sua devida renovação. O aparecimento da graxa nova evidencia a substituição da graxa contaminada. O excesso de graxa deverá ser limpo, mantendo a limpeza do equipamento e garantindo menores chances de contaminações.

Evidenciamos que a limpeza do equipamento é essencial para menores chances de contaminação do lubrificante

utilizado, garantindo maior durabilidade dos rolamentos e menores paradas não programadas para manutenções. O lubrificante deverá ser aplicado somente nos componentes dos equipamentos e não em todo o equipamento.

Em mancais de rolamento onde não é possível renovar a graxa ou remover as contaminações presentes durante

as relubrificações, para a eficiente manutenção de tais mancais as boas práticas de manutenção recomendam que a troca total da graxa seja efetuada a cada 5 relubrificações, garantindo assim, a correta proteção e lubrificação dos rolamentos, contribuindo para sua maior vida útil.

O objetivo desse documento é evidenciar o trabalho do profissional lubrificador na correta manutenção dos

equipamentos, destacando a sua importância na preservação dos mesmos, contribuindo dessa maneira para menores paradas não programadas, assegurando o trabalho otimizado desses equipamentos e, conseqüentemente, menores custos de manutenção. A observação das boas práticas de lubrificação, expostas acima, contribui sensivelmente para a melhora na qualidade da lubrificação e preservação dos equipamentos, contribuindo para a operação segura e confiável dos equipamentos instalados nas unidades.