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16 JUNHO 15 A CRISE DA UCRÂNIA - IMPLICAÇÕES PARA A SEGURANÇA INTERNACIONAL

A CRISE DA UCRÂNIA - defesa.gov.br · Ingerência político-partidária na Política Externa enfraqueceu o Itamaraty como vanguarda da defesa nacional. Em algumas décadas: criação

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16 JUNHO 15

A CRISE DA UCRÂNIA - IMPLICAÇÕES PARA A SEGURANÇA INTERNACIONAL

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OBJETIVOS

AVALIAR A CRISE DA UCRÂNIA

CONCLUIR SOBRE: ENSINAMENTOS PARA O BRASIL

IMPLICAÇÕES PARA A SEGURANÇA INTERNACIONAL

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. A CRISE

3. OS ENSINAMENTOS

4. AS IMPLICAÇÕES

5. CONCLUSÃO

O U S E R I A O J O G O D O P O D E R A C R I S E D A U C R Â N I A I M P L I C A Ç Õ E S PA R A A S E G U R A N Ç A I N T E R N A C I O N A L ?

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a. IMPERIALISMO:

- expansão para anexar territórios.

- Ocupação / Submissão (Colonialismo).

- Potências: Liberdade de Ação – vazios

de poder.

b. NEOIMPERIALISMO:

- expansão sem ocupação de territórios.

- Controle / Influência Pol, Eco, Fin, lnd,

Com, C&T e Cultural (bônus sem ônus).

- Projetam as 04 Expressões do Poder.

Até II GM – IMPERIALISMO Após a II GM – NEOIMPERIALISMO

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b. REGIÕES GEOESTRATÉGICAS: Recursos ou Posição geográfica.

- Projeção Poder: SP - atrair (cooperação – dependência);

HP - pressionar (dissuasão), coagir ou “agredir”(submissão); e

SHP - combinação. RÚSSIA UCRÂNIA UE + OTAN

“FRONTEIRAS METAFÍSICAS”:

Não têm relação com áreas territoriais, marítimas ou aéreas e sim com

Recursos, Finanças, Comércio, Serviços, C&T, Cibernética, Direitos, etc.

- Violação ou Expansão: acordos, leis e normas internacionais.

- Adesão: opção, convencimento, pressão ou coação (TNP, MTCR).

- Afeta: soberania e patrimônio – não a integridade territorial (DDPI).

MANOBRA

PREVENTIVA

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CENTROS de PODER e o JOGO do PODER nas RI

EUA

UE RU

CHI JAP

DEMOCRACIAS: PODER GLOBAL (EUA), REGIONAL e

EXTRARREGIONAL + ALTO PADRÃO de VIDA.

AUTORITÁRIA / TOTALITÁRIA: PODER REGIONAL e

EXTRARREGIONAL + GLOBAL LIMITADO (pelos EUA).

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Os CENTROS de PODER nas RELAÇÕES INTERNACIONAIS

1. Interesse Vital: manter o status.

- Altíssimo consumo de recursos.

- Garantir o acesso globalmente.

2. Objetivo Fundamental: Presença

ou Controle de áreas estratégicas -

recursos e posição (GIBRALTAR)

3. Estratégia: Projetar poder, limitar

a projeção dos rivais e dificultar a

ascensão de novos rivais (TNP e MTCR). Séc XX e XXI - OM, AC e EuOr

Século XIX China, África, AC, Eur.Or

DISPUTA é HISTÓRICA

ÓBICE ? LIBERDADE de AÇÃO

Ex: EUA X IRAQUE em 2003

EUA X SÍRIA em 2013 Limitam a soberania de nações - alvo

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Ucrânia

Rússia

2 . CRISE DA UCRÂNIA: re torno da Guerra Fr ia?

É MAIS UM EPISÓDIO DA PERENE DISPUTA DE PODER ENTRE POTÊNCIAS.

SÓ MUDAM AS ÁREAS / A INTENSIDADE /

A PRIORIDADE NO EMPREGO DAS EXPRESSÕES DO PODER /

A PRESENÇA DE OUTROS ATORES.

UE

OTAN

OTAN

V i s ã o d o

O c i d e n t e

V i s ã o d a

R ú s s i a

EUROPA ORIENTAL: DISPUTA REMONTA O IMPÉRIO ROMANO. GUERRA FRIA - APENAS UM MOMENTO DO CONFLITO MILENAR

OTAN

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UCRÂNIA:SUPERFÍCIE = MINAS GERAIS 46 MILHÕES HABITANTES

73% UCRANIANOS

22% RUSSOS

FRAGILIZA A COESÃO

Mar

Azov

25

35

35

50

50

FRONTEIRAS da UCRÂNIA

OTAN: Polônia, Eslováquia, Hungria e Romênia

OUTROS: Moldávia, Bielorússia e Rússia.

35

35

I D I O M A

R U S S O

15

25 R

H

E

P

M

UCRÂNIA

BR

RÚSSIA

CRIMEIA ANEXADA À RÚSSIA

KIEV

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Uc RÚSSIA

URAIS

RÚSSIA – 143 MILHÕES DE HABITANTES

17 MILHÕES Km2

(2 X BRASIL)

POTÊNCIA

MILITAR

CIENTÍFICO-TECNOLÓGICA

SÓCIO-CULTURAL

82% ETNIA RUSSA

OUTRAS 100 ETNIAS

KREMLIN - MOSCOU

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10 www.lib.utexas.edu/maps/commonwealth/comm_indep_states_ref_00.jpg

M

OTAN

OTAN

F i g u r a 4 : S E A U C R Â N I A F O R I N C O R P O R AD A À O TAN ? RÚSSIA na REGIÃO do CONFLITO

E

L

BR

UCR

GE

AZ

R B

T

OTAN: MARES BÁLTICO e NEGRO

F R O N T E I R A S a O E S T E : Pa í s e s d a O TA N - l e t ra A z u l

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R Ú S S I A

U C R Â N I A

MOLDÁVIA

A N T I G A C O R T I N A d e F E R R O ( C F )

P Ó S G U E R R A F R I A - E X PA N S Ã O U E / O TA N n a “ E R A Y E LT S I N ”

CF

CF

R Ú S S I A

RÚSSIA PERDEU quase todo “BOLSÃO PROTETOR” na EUROPA ORIENTAL

BIELORUSSIA

NÃO SÃO OTAN: MOLDÁVIA, UCRÂNIA E BIELORÚSSIA

1989: QUEDA DO MURO DE BERLIM

EUA GARANTIRAM: OTAN NÃO EXPANDIRIA PARA O LESTE EUROPEU.

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P Ó S G U E R R A F R I A - E X PA N S Ã O U E / O TA N n a “ E R A P U T I N ”

O objetivo da Rússia na crise: desestabilizar

governo da Ucrânia - rever adesão à UE, sob

ameaça de separação do leste do país, ou

obter compromisso UE e EUA de não

incorporar Ucrânia à OTAN.

Anexar o leste do país é improvável.

- RÚSSIA: impedir expansão OTAN - Ucrânia, Bielorrússia e Moldávia.

- GEOPOLÍTICA do EURASIANISMO: acordo Rússia + antigas

Repúblicas Soviéticas X expansionismo UE/OTAN.

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RÚSSIA

CHINA

ENFRAQUECER A RÚSSIA A OESTE

DEPENDÊNCIA APOIO

DA OTAN PARA

PROTEGER A

SIBÉRIA ORIENTAL

DA CHINA.

EFEITO INVERSO.

RÚSSIA: ACORDO

com CHINA GÁS e

PETRÓLEO =

DIMINUIR

DEPENDÊNCIA UE

“TEMPO

ESTRATÉGICO”

se CONTA por

DÉCADAS e NÃO

ANO a ANO.

PÓS GUERRA FRIA: EXPANSÃO UE/OTAN – OBJETIVO ALIADOS

TORNA-LA UMA

ALIADA CONTRA

A CHINA, POR

NECESSIDADE.

RELAÇÃO RUSSO-CHINESA = UMA

RECORRENTE HOSTILIDADE.

OTAN

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N E S S A C R I S E N ÃO H Á A N J O S N E M D E M Ô N I O S

Ucrânia = mais um avanço exitoso da OTAN contra a Rússia.

êxito russo na Crimeia é limitado na geopolítica do conflito.

Ucrânia para Rússia: fatores geopolíticos e socioculturais

berço da nação russa e pertenceu ao Império Russo e à URSS.

Presidente Yanukovych: deposto por decisão soberana da Ucrânia, mas

houve pressões de EUA e UE.

Direito Internacional: Rússia violou a soberania da Ucrânia ao anexar a

Crimeia e apoiar o movimento separatista.

Questão não deve ser analisada apenas sob o Direito Internacional.

A crise reafirma: disputa por interesses importantes ou vitais, o mais

forte imporá sua vontade na ausência de um rival ou aliança capaz de

dissuadi-lo (liberdade de ação).

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UCRÂNIA

BR

RÚSSIA

CAMINHOS HISTÓRICOS das INVASÕES

RELEVO: PLANÍCIE DO LESTE EUROPEU (PLE) e

MONTANHAS – óbices aos invasores.

CÁUCASO

PLE MOSCOU

História: Rússia invadida várias vezes. hidrografia e relevo dificultam defesa moderna tecnologia militar.

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OTAN

OTAN

OTAN

R E F L E XO S PA R A D E F E S A R U S S A S E A U C R Â N I A E N T R A R N A O TA N

UCRÂNIA

P E T R Ó L E O

G Á S

BR

OTAN

SE OBAMA FOSSE PUTIN FARIA O QUE?

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QUEM É “SATÔ? KENNEDY OU PUTIN? Cuba 1962 / Ucrânia 2014

EUA/CIA - Baía dos Porcos - derrubar Fidel Castro

violaram a soberania cubana.

Fidel, com todo direito - proteção da URSS.

URSS: mísseis com ogivas nucleares na ilha.

EUA: impossível aceitar a ameaça seu território

e presença militar soviética em área vital para

sua segurança.

EUA: bloqueio naval de Cuba = ato de guerra

violando a soberania cubana + “ultimatum”.

URSS retirou os mísseis – promessa EUA jamais

invadirem Cuba e retirarem mísseis da Turquia.

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URSS: CONSCIÊNCIA MÚTUA DESTRUIÇÃO CONFLITO NUCLEAR = IMPENSÁVEL.

- CONFLITO CONVENCIONAL: LONGE DE SEU CENTRO DE PODER +

EM OCEANO DOMINADO PELA ARMADA MAIS PODEROSA DO MUNDO =

DERROTA CERTA.

NÃO HÁ ANJOS NEM DEMÔNIOS: CUBA 1962 / UCRÂNIA 2014

UCRÂNIA: EUA TÊM CONSCIÊNCIA DO CUSTO INACEITÁVEL DO CONFLITO:

- TERRESTRE e AÉREO - EQUILÍBRIO.

- PRÓXIMO AO NÚCLEO DE PODER RUSSO.

- VITÓRIA INCERTA ou RESULTADO NÃO COMPENSADOR.

“VITORIOSA” SERIA A CHINA, SUA MAIOR RIVAL.

NOS DOIS CASOS: SEGURANÇA DA POTÊNCIA AMEAÇADA +

CUSTO-BENEFÍCIO PARA A QUE SE PROJETASSE

PREVALECERAM SOBRE DIREITO INTERNACIONAL, INCLUSIVE SOBERANIA.

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Não apoiar a anexação da Crimeia, mas reprovar o expansionismo da

OTAN = ameaça à paz na região.

Brasil - neutralidade ativa: posições coerentes com interesses nacionais.

Equilibrar realismo, idealismo e pragmatismo.

Só assim será respeitado mundialmente.

A História ensina : região rica + vazio de poder + ocupada por população

segregada, desnacionalizada e sob liderança alienígena, ligada a

potencias cobiçosas = cenário de perda de soberania e integridade

territorial a despeito do direito internacional.

Ucrânia (leste), Bolívia (Acre), Sérvia (Kosovo) e Espanha (sul do Brasil ).

Este é o cenário na calha norte do Amazonas, especialmente em Roraima.

3 . E N S I N A M E N TO S PA R A O B R A S I L

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Desde 1991, lideranças sem visão e reféns do peso eleitoral e midiático do

aparato indigenista / ambientalista - decisões sob pressões (I&E) criando

condições para a limitação da soberania na Amazônia.

Ingerência político-partidária na Política Externa enfraqueceu o Itamaraty

como vanguarda da defesa nacional.

Em algumas décadas: criação de nações indígenas autônomas nas TIs,

mantidas a segregação e a desnacionalização da crescente população

indígena brasileira, liderada por ONGs ligadas a potências globais.

Como de praxe, satanização do Brasil, com apoio (I&E) para o

embasamento moral à ingerência internacional.

3. ENSINAMENTOS: O QUE O BRASIL TEM A VER COM A CRIMEIA?

NÃO DESCARTO PRESSÕES INTERNACIONAIS POR PLEBISCITOS = CRIMEIA.

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3 . E N S I N A M E N TO S : T E R R A S I N D Í G E N A S E CRIMEIA

Ch EUA - TIs + UCs

BR

30%

C O R R E D O R T R I P L O “ A”

PRESSÕES POLÍTICAS, SOCIAIS,

ECONÔMICAS. NÃO MILITARES

CESSÃO VOLUNTÁRIA - SOBERANIA

VIOLAÇÃO FRONTEIRA METAFÍSICA

NEOIMPERIALISMO EM AÇÃO INTERNACIONALIZAÇÃO da CALHA NORTE

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Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas - 2007

1. Autogoverno e livre determinação da condição política.

2. Instituições políticas e sistemas jurídicos próprios.

3. Pertencer a uma “nação indígena”.

4. Vetar atividades militares.

5. Recusar medidas legislativas ou administrativas.

- Art. 46: garante integridade territorial e unidade política, mas não

a Soberania.

- Art. 42: intervenções ONU - garantir a Declaração + RdP (2005).

- PNDH3: “Tornar constitucionais os instrumentos internacionais

de DH ainda não ratificados pelo CN”.

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TI

608

CN não

deliberou

POVO, TERRITÓRIO, NAÇÃO E INSTITUIÇÕES POLÍTICAS = ESTADO-NAÇÃO.

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FORÇAS ARMADAS

UCRÂNIA* RÚSSIA

EFETIVOS 130 mil 845 mil

TANQUES 1,1 mil 2,5 mil

CAÇAS 221 1,4 mil

FORÇA NAVAL

17 171 (25 Mar Negro)

* MATERIAL DE ORIGEM RUSSA

INDÚSTRIA MILITAR NA UCRÂNIA (URSS)

- Mútua dependência: venda e compra

- Parque concentrado Leste Ucrânia

- Rússia não admite cair em mãos OTAN

ENSINAMENTO - COOPERAÇÃO MILITAR

NÃO DEPENDER DE PARCEIROS EM PRODUTOS DE RELEVÂNCIA TECNOLÓGICA

DEPENDÊNCIA - COOPERAÇÃO - VIZINHO PODEROSO OU ALIADO A POTÊNCIAS ANTAGÔNICAS

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Cooperação com potências é necessária - autonomia total é inviável.

Brasil nunca terá capacidade de dissuasão extrarregional sem indústria,

pesquisa e desenvolvimento C&T com grande autonomia – civil e militar.

Quanto menos autonomia, menos liberdade de ação = vulnerabilidade.

Potências globais não querem novos rivais – impõem restrições ao

desenvolvimento C&T alheio + não repassam tecnologia de ponta em

acordos de cooperação militar.

Dependência russa, mesmo parcial, da indústria militar ucraniana é

vulnerabilidade para a Rússia e ameaça à Ucrânia.

Rússia precisa garantir produtos militares da indústria ucraniana.

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Vizinho poderoso ou vizinho com presença ou aliança militar a uma

potência antagônica a nós = ameaça se houver conflito interesse vital.

Brasil não tem vizinhos que ameacem - globalização trouxe China, Rússia

e Índia para AS onde EUA, UE e Japão já disputam espaços conosco.

Qual será a posição dos vizinhos em contenciosos Brasil X potências?

Serão atraídos por elas: maioria tem maior poder econômico e todas têm

maior poder militar, C&T e industrial.

Defesa: especial atenção - Venezuela, Guiana, Suriname e França (OTAN).

FAIXA DE FRONTEIRA MAIS EXPOSTA ÀS POTÊNCIAS GLOBAIS

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A Rússia parece seguir com a

Moldávia o mesmo roteiro de

"guerra híbrida" usado antes de

anexar a Crimeia e intervir no

leste da Ucrânia.

RÚSSIA: GUERRA H ÍBRIDA Estratégia: combina operações

militares e subversão.

Envolve 04 ameaças: irregular;

tradicional; terrorismo; e

corrosão político-social.

Explora a tecnologia para

neutralizar superioridade militar.

Chefe OTAN:

“soldados vestidos

de verde” de

origem não

identificada

ajudaram os

rebeldes a moldar

a situação militar

na Ucrânia.

Permanecem os princípios.

Evoluiu contexto: Globalização

+ Informática + Conhecimento =

progresso tecnológico que

potencializou a eficácia de

recursos, táticas e estratégias

tradicionais e novas.

E N S I N AM E N T O S PAR A O B R AS I L

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R E C U R S O S M O B I L I Z AD O S N AS “ G U E R R AS H Í B R I D AS ”

FORÇAS

IRREGULARES

DIPLOMACIA

GUERRA DE

INFORMAÇÃO E

PROPAGANDA

ATAQUES

CIBERNÉTICOS

GUERRA

ECONÔMICA

APOIO ÀS

TENSÕES

LOCAIS

FORÇAS

REGULARES

FORÇAS ESPECIAIS

Uma combinação de

diferentes recursos,

convencionais e

não convencionais

Fonte: MSC (tradução por este autor)

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http://www.canvasopedia.org

Geórgia (2003)

Ucrânia (2004 e 2014)

Quirguistão (2005)

Primavera Árabe

Síria

Turquia

Venezuela (2014)

Brasil (2013 e 2015)?

“REVOLUÇÕES COLORIDAS”: NÃO VIOLÊNCIA + PROTESTOS GIGANTES

Occupy

Wall Street

Crescente revolta: carências - governo

autoritário ou ditatorial - estagnação /

retração econômica - desvios morais -

alto índice de corrupção política -

incapacidade de reverter situação por

ação política institucional. SÉRVIA 2000

O Negócio da Revolução – YouTube www.youtube.com/watch?v=tJE91Cm1oYc

Ucrânia 2004

Venezuela

PROPÓSITO:

•mudar governo

•mudar políticas

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Na sombra das “revoluções espontâneas”

O que fazer diante de multidões tão bem organizadas e inovadoras? Nada.

Mas o estilo das revoluções pacíficas em Belgrado, Geórgia, Ucrânia --- tem

por trás ONGs e dólares norte-americanos, reeditando o antagonismo da

guerra fria. (Site “biblioteca diplô”: www.diplo.org.br/2005-01,a1050)

O MESMO SÍMBOLO EM TODO MUNDO. COINCIDÊNCIA DEMAIS ---

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4. ALGUMAS IMPLICAÇÕES DA CRISE PARA A SEGURANÇA INTERNACIONAL

ESCALOU a FRICÇÃO

na EUROPA ORIENTAL

UCRÂNIA: VITAL para

RÚSSIA e não para a

EU e EUA

GLOBALIZAÇÃO: REL. COMERCIAIS

= INTERDEPENDÊNCIA

POPULAÇÕES

ENVOLVIDAS OPERAÇÕES

AÇÕES UE e OTAN

DIFÍCIL COORDENAR

RÚSSIA: INICIATIVA e RAPIDEZ

UE e OTAN: “DISCURSO”

EURASIANISMO RUSSO

e PAÍSES BÁLTICOS

DEBILIDADES UE:

MILITAR e COESÃO =

DEPENDÊNCIA EUA

PRESSÕES ECONÔMICAS

ALIADOS RÚSSIA

PRESSÕES ECONÔMICAS

e MILITARES

RÚSSIA UCRÂNIA

TENDÊNCIA:

NÃO REDUZIR

R$ DEFESA

ENVOLVIMENTO de

TODAS as EXPRESSÕES

do PODER

ONU: POUCA

RELEVÂNCIA X EIXO do

PODER

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Disputa por recursos, espaços e poder é milenar e continuará pautando

as RI em negociações pacíficas ou em conflitos armados.

Hoje, disputas mais conflituosas não são na AS, mas a globalização

tornou o mundo pequeno - tendência é expansão para o entorno brasileiro.

Estar preparado para ameaças potenciais, que vão exigir poder nacional

elevado e equilibrado em todas as expressões do poder, inclusive a militar.

Reduzir o hiato com as potências globais - só será possível se houver

forte ruptura da tendência de parcos investimentos em defesa, C&T e na

diversificação e expansão da indústria nacional de valor estratégico.

5 . C O N C LU S ÃO

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A arte da guerra nos ensina a confiar não na

probabilidade de o inimigo não vir, mas em nossa

prontidão para enfrentá-lo; não na eventualidade de

ele não atacar, mas antes, no fato de tornarmos

nossa posição inexpugnável. Sun Tzu

32

S Ó S Ã O

L E M B R A D O S E M

T E M P O S D I F Í C E I S

SOLDADOS

e os CUJA HONRA,

INTEGRIDADE E

INSTITUIÇÕES DEFENDEREI

COM O SACRIFÍCIO DA

PRÓPRIA VIDA.

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AMEAÇAS CONCRETAS E POTENCIAIS – INTELIGÊNCIA ESTRATÉGICA

4. Que países teriam esses atrativos

como interesses vitais?

5. Qual o poder nacional e militar

deles em relação ao brasileiro?

6. Que países teriam capacidade

para entrar em conflito armado

com o Brasil?

7. Que ações de dissuasão, pressão e

coação militar poderiam empregar?

8. Qual o poder militar que poderiam empregar em ações diretas contra o Brasil?

9. Por onde poderiam acessar aquelas áreas geoestratégicas nacionais?

10.Quais as vulnerabilidades a serem eliminadas para a defesa nacional?

1. Quais os nossos interesses vitais e importantes? Recursos/Temas/Áreas Geo.

2. Que interesses seriam alvos da cobiça e disputa de potências alienígenas?

3. Em que áreas nacionais estariam esses atrativos?

DEFESA TEM PRIO SOBRE PROJEÇÃO

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Á R E A S D O E N T O R N O - D E F E S A e P R O J E Ç Ã O

-DEFESA DA PÁTRIA : Rotas de Navegação e Ilhas Britânicas. -PROJEÇÃO DE PODER: Antártida, Costa Africana (+ M) e

R E C U R S O S E S T R A T É G I C O S

NÃO HÁ SOBERANIAS RECONHECIDAS

“A Área”

EUA, FR, GB e HOL

ANTILHAS VENEZUELA GUIANA FRANÇA

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I M P E R I A L I S M O E N EO I M P E R I A L I S M O

F R O N T E I R A S F Í S I C A S FRONTEIRAS METAFÍSICAS

SOBERANIA - INTEGRIDADE TERRITÓRIO - PATRIMÔNIO SOBERANIA - PATRIMÔNIO

Tratados de Fronteiras.

Visíveis ou por convenção (marcos, coordenadas ---).

Não existem.

Invisíveis ou de difícil visualização.

TERRESTRES

MARÍTIMAS

A É R E A S

BRASIL

I N TEGRI DA DE TE RRI TO RI A L P E RD E RE L E VÂ N C I A S E M S O B E RA N IA PA RA E X P LO RA R O PATRI M Ô N I O

Page 36: A CRISE DA UCRÂNIA - defesa.gov.br · Ingerência político-partidária na Política Externa enfraqueceu o Itamaraty como vanguarda da defesa nacional. Em algumas décadas: criação

ÁREAS de DEFESA - PRIORIDADES

5 3

BLOQUEIO ou OCUPAÇÃO

TEMPORÁRIA de ÁREA ESTRATÉGICA;

DANOS ao NÚCLEO de PODER:

ROTAS de NAVEGAÇÃO, CENTROS

ECONÔMICOS e INFRAESTRUTURAS; e

ATAQUE CIBERNÉTICO a SISTEMAS

CRÍTICOS = PARALISAÇÃO do PAÍS.

“MOEDA de TROCA”: IMPOSIÇÃO de INTERESSES LIMITANDO a SOBERANIA

1

1

2 N

N N

S S

1

1

ESTRADA

PROFUNDIDADE ESTRATÉGICA do BRASIL

IMPROVÁVEL INVASÃO AMPLA, mas sim ÁREAS

PASSIVAS

AMEAÇAS à AMAZÔNIA (1, 2 e 5) viriam

pelo Pacífico - por Países Hispânicos -

Andes - em Áreas Secundárias? ou

pelo Atlântico (OTAN, IVª Frota e Cmdo

Sul EUA) - Guianas - Áreas Prioritárias?

AMEAÇAS POTENCIAIS: AVAL EUA (S ou N)

Nu Poder

(N)

(s)