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A CULTURA DA GOIABEIRA NO BRASIL: UM ENFOQUE PARA O PROJETO SENADOR NILO COELHO GUAVA CROP IN BRAZIL: A FOCUS ON SENADOR NILO COELHO IRRIGATED PERIMETER EL CULTIVO DEL GUA VABO EN BRASIL: UN ENFOQUE PARA EL PROVECTO SENADOR NILO COELHO. Aproximadamente 350 mil toneladas de frutos são producidas no Brasil em cerca de 14.000 hectares; dos quais 5.000 ha. estão sendo cultivados no Nordeste, com uma produção de 80.000 toneladas onde o polo de desenvolvimiento da região de Juazeiro-BA e Petrolina-PE contam com uma considerável contribuição de 3.000 hectares irrigados com a goiabeira. o Nordeste brasileiro caracteriza-se por apresentar o único clima .3l. ;li-árido tropical do mundo com vantagens comparativas e competitivas, devido a alta luminosidade, quase 3.000 horas de luz por ano, e a baixa umidade relativa do ar. Estes aspectos proporcionam produção continua durante todo o ano, menor incidência de pragas e doenças e, evidentemente, maior produtividade das goiabeiras. Existem atualmente no Nordeste brasileiro cerca de 500 mil hectares irrigados, mas un potencial irrigável de aproximadamente 3.000 milhões de hectares. Diversos projetos públicos foram implantados na região Nordeste do Brasil, destacando-se o Projeto Senador Nilo Coelho, em Petrolina- PE, com cerca de 25.000 hectares irrigados. Este projeto contempla cerca de 2.000 pequenos produtores e aproximadamente 170 empresas, gerando em torno de 95.000 empregos diretos e indiretos. O projeto Senador Nilo Coelho tem como característica principal, nos últimos anos, o crescimento da fruticultura irrigada, acarretando com esta atividade a evolução no número de empregos gerados, maior consumo de insumos agrícolas e aumento do produto interno bruto da região. Dentre as diversas fruteiras exploradas, a goiabeira apresenta mais de 2.500 hectares cultivados apenas no Projeto Senador Nilo Coelho, no Estado de Pernambuco, somando-se em toda a região do Submédio São Francisco (Estados da Bahia e Pernambuco) cerca de 4.000 hectares implantados, num período de apenas sete anos. A produtividade registrada para a goiabeira, neste projeto, gira em torno de 25 t/ha/ciclo, podendo, potencialmente, alcançar até 40-50 t/ha/ciclo, com a utilização dos conhecimentos tecnológicos disponibilizados pelo sistema nacional de pesquisa. O custo de produção da goiabeira no Projeto Senador Nilo Coelho, um dos principais pólos frutícolas da região do Nordeste, gira em torno de R$ 3.800,00 por hectare, após o quinto ano de

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A CULTURA DA GOIABEIRA NO BRASIL: UM ENFOQUE PARA O PROJETO SENADORNILO COELHO

GUAVA CROP IN BRAZIL: A FOCUS ON SENADOR NILO COELHO IRRIGATEDPERIMETER

EL CULTIVO DEL GUA VABO EN BRASIL: UN ENFOQUE PARA EL PROVECTO SENADORNILO COELHO.

Aproximadamente 350 mil toneladas de frutos são producidas no Brasil em cerca de 14.000hectares; dos quais 5.000 ha. estão sendo cultivados no Nordeste, com uma produção de 80.000toneladas onde o polo de desenvolvimiento da região de Juazeiro-BA e Petrolina-PE contam com umaconsiderável contribuição de 3.000 hectares irrigados com a goiabeira.

o Nordeste brasileiro caracteriza-se por apresentar o único clima .3l. ;li-árido tropical do mundocom vantagens comparativas e competitivas, devido a alta luminosidade, quase 3.000 horas de luz porano, e a baixa umidade relativa do ar. Estes aspectos proporcionam produção continua durante todo oano, menor incidência de pragas e doenças e, evidentemente, maior produtividade das goiabeiras.

Existem atualmente no Nordeste brasileiro cerca de 500 mil hectares irrigados, mas unpotencial irrigável de aproximadamente 3.000 milhões de hectares. Diversos projetos públicos foramimplantados na região Nordeste do Brasil, destacando-se o Projeto Senador Nilo Coelho, em Petrolina-PE, com cerca de 25.000 hectares irrigados. Este projeto contempla cerca de 2.000 pequenosprodutores e aproximadamente 170 empresas, gerando em torno de 95.000 empregos diretos eindiretos. O projeto Senador Nilo Coelho tem como característica principal, nos últimos anos, ocrescimento da fruticultura irrigada, acarretando com esta atividade a evolução no número de empregosgerados, maior consumo de insumos agrícolas e aumento do produto interno bruto da região.

Dentre as diversas fruteiras exploradas, a goiabeira já apresenta mais de 2.500 hectarescultivados apenas no Projeto Senador Nilo Coelho, no Estado de Pernambuco, somando-se em toda aregião do Submédio São Francisco (Estados da Bahia e Pernambuco) cerca de 4.000 hectaresimplantados, num período de apenas sete anos. A produtividade registrada para a goiabeira, nesteprojeto, gira em torno de 25 t/ha/ciclo, podendo, potencialmente, alcançar até 40-50 t/ha/ciclo, com autilização dos conhecimentos tecnológicos disponibilizados pelo sistema nacional de pesquisa.

O custo de produção da goiabeira no Projeto Senador Nilo Coelho, um dos principais pólosfrutícolas da região do Nordeste, gira em torno de R$ 3.800,00 por hectare, após o quinto ano de

produção, que pode ser considerado um custo alto. No Estado de São Paulo, região de Taquaritinga,este custo tem sido ainda maior, girando em torno de R$ 6.254,00 entre os quatro e seis anos de idadedo pomar. Nesta região o preço médio da fruta produzida, no período útil do pomar, é deaproximadamente R$ 255,00 por tonelada. Durante o ano de 2002, este valor ficou em torno de R$250,00 por tonelada. Dos itens de despesas (operações mecanizadas, operações manuais, insumos eadministração), aqueles que mais oneram o custo de produção são: operações manuais, administraçãoe insumos respectivamente. Para o Estado de São Paulo os meses de maior oferta de goiaba, no u

CEAGESP, são janeiro, fevereiro e março, quando o volume ofertado gira em torno de 1.100 toneladaspor mês. Nos meses restantes do ano, existe oferta em torno de 800/900 toneladas por mês. Osmaiores preços da fruta, em São Paulo, são verificados para a goiaba vermelha, oscilando de R$ 1,18em 1998 a R$ 0,84 em 2002.

A maior parte da produção de goiaba das áreas irrigadas do Nordeste Brasileiro é destinada aoconsumo "in natura", e o excedente é processado pelas indústrias da região. Os principais mercadosconsumidores da goiaba são as capitais nordestinas: Recife-PE, Fortaleza-CE, Salvador-BA, Aracaju-SE, Maceió-AL, Natal-RN, João Pessoa-PB, sendo comercializada, também, em menor escala emoutros estados do Brasil.

De modo geral, o cultivo da goiabeira na região Nordeste, e no Brasil como um todo, envolveum significativo número de produtores, registrando-se, apenas no Projeto Senador Nilo Coelho, 819pequenos produtores. É importante observar que apesar da área já expressiva e da produção continuadurante o ano, nota-se que algumas centrais de abastecimento do Brasil ainda ofrecem pouca fruta emalguns meses do ano, o que caracteriza melhores oportunidades de mercado para os produtores maisinseridos na lógica de mercado. .3l

Considerando o período de 1996 a 2002, os preços médios praticados na região do SãoFrancisco, variam de R$ 0,28 a R$ 0,34/kg de fruto ao nível de produtor, muito aquém, por exemplo,dos preços praticados no Estado de São Paulo.

Approximately three hundred fifty thousand tons of guava fruits were produced in Brazil in an areaof 14,000 hectares; 5,000 hectares being cropped in the Northeast with a fruit production of 80,000 tonsfrom where the developing pole of Juazeiro-BA 1 Petrolina-PE had a remarkable contribution with 3,000irrigated hectares.

The Brazilian Northeast is characterized by its unique Tropical Semi-Arid Climate in the world withcomparativeand competitive advantages, such as high sun light, almost 3,000 hour light per year, andlow air relative humidity. These characteristics allow a continuous production throughout the year, lowerincidence of pest and disease and, evidently, higher guava tree productivity.

Actually, there are 500,000 hectares under irrigation in the Brazilian Northeast, but a landpotential for 3,000,000 hectares, approximately. Many public projects on irrigated cropping wereestablished in the Brazilian Northeast, with remark to Senator Nilo Coelho Project that comprises 25,000hectares. There are 2,000 small farmers and 170 fruit producer companies with 95,000 direct and

indirect job opportunities. Its main characteristic is the increase in the area with fruit trees under irrigationin the last years, with a consequent increase in job opportunity, agricultural input use and gross incomein the region.

Among the fruit trees cropped in the Senator Nilo Coelho Project, guava comprises more than2,500 hectares. In Pernambuco State, considering the whole São Francisco River sub-middle region(Bahia and Pernambuco States), there are approximately 4,000 hectares, established during sevenyears only. The registered productivity for guava tree for that period of time is 25 tons/ha/cycle, withpotential to reach 40-50 tons/ha/cycle, by using the available knowledge developed by the nationalresearch network. Guava crop production cost in the Senator Nilo Coelho Project is around R$ 3,800.00per hectare after the fifth production year, which is considered a high cost. In São Paulo State,Taquaritinga region, the cost is even higher, being around R$ 6,254,00 between the fourth and the sixthproduction years. In that region, the average fruit price is approximately R$ 225.00 per tono Among theexpenses (mechanization, handling, crop input and administration), the ones that make production costhigher are handling, administration and crop input. The highest fruit offer period in São Paulo State(CEAGESP) is January, February and March, when 1,100 tons are available per month. In the othermonths of the year, fruit availability varies from 800 to 900 tons per month. The highest fruit price goes tored guava, varying from R$ 1,18, in 1998, to R$ 0,84 per kilogram, in 2000.

Most of the guava produced in the irrigated areas of the Brazilian Northeast góes for naturalconsumption and the remaining are processed by the local industries. The main guava consumptionmarkets are the Northeastern State Capital: Recife-PE, Fortaleza-CE, Salvador-BA, Aracaju-SE,Maceió-AL, Natal-RN, João Pessoa-PB. Fruits are also sold to other statp.j{'f Brazil in lower quantity.

In general, cropping of guava tree in the Brazilian Northeast, as well as in the whole country,involves a significant number of farmers, such as in the Senator Nilo Coelho Project, where there are819 small farmers. Is valid to point out that in spite of the expressive area and the continuous productionthroughout the year, it is observed that in some supplying centers in Brazil the fruit offering is very low insome months of the year, that characterizes a good market opportunity for the fruit producer related tothe guava market.

Considering the period from 1996 to 2002, the average price for guava fruit in the São FranciscoRiver Valley, in the farm, varied from R$ 0.28 to R$ 0.34 per kilogram, very low as compared with theprice in São Paulo State.

Aproximadamente 350,000 toneladas de guayaba son producidas en Brasil en un área de14,000 ha; de Ia cuales 5,000 ha son cultivadas en el Noreste con una producción de 80,000 toneladasdonde el polo de desarrollo de Ia región de Juazeiro-BA y Petrolina-PE cuentan con una considerablecontribución de 3,000 hectáreas irrigadas.

EI Noreste brasilelio se caracteriza por presentar el único clima semiárido tropical en el mundocon ventajas comparativas y competitivas, como'la alta luminosidad, casi 3,000 horas de luz por alio, y

Ia baja humedad relativa dei aire. Estas características proporcionan una producción continua durantetodo el alio, menor índice de plagas y enfermedades y, evidentemente, mayor productividad de Iasguayabos.

Existen actualmente en el Noreste brasilelio cerca de 500 mil hectáreas irrigadas, pero unpotencial irrigable de aproximadamente 3,000 millones de hectáreas. Diversos proyectos públicos sobreirrigación fueron implantados en Ia región Noreste de Brasil, destacándose el Proyecto Senador NiloCoelho, que comprende 25,000 hectáreas irrigadas. Este proyecto contempla cerca de 2,000 pequeliosproductores y 170 empresas productoras de guayaba, generando en torno de 95,000 empleos directose indirectos. Este proyecto tiene como característica principal, en Ias últimos alias, el crecimiento de Iafruticultura irrigada, acarreando con esta actividad Ia evolución en el número de empleos generados,mayor consumo de insumos agrícolas y aumento dei producto interno bruto de Ia región.

Dentro de Ias diversos frutales estudiados en el proyecto Senador Nilo Coelho el guayabocomprende más de 2,500 hectáreas. En el estado de Pernambuco, sumándose a Ia región dei área deSãn Francisco (Estados de Bahia y Pernambuco) son cerca de 4,000 hectáreas, implantadas en unperiodo de apenas siete alias. La productividad registrada para el guayabo, en este periodo de tiempo,gira en torno de 25 ton/ha/ciclo, pudiendo, potencialmente,' alcanzar hasta 40-50 ton/ha/ciclo, con Iautilización de Ias conocimientos tecnológicos disponibles por el sistema nacional. de investigación. EIcosta de producción dei guayabo en el proyecto Senador Nilo Coelho, uno de Ias principales palasfrutícolas de Ia región dei Noreste, gira en torno de R$ 3,800 (tres mil ochocientos Reales) por hectárea,después dei quinto alio de producción, que puede ser considerado como costa alto. En el estado deSão Paulo, en Ia región de Taquaritinga, el costa ha sido aún mayor, g\~do en torno a Ias R$ 6,254entre Ias cuatro y seis alias de edad dei huerto. En esta región el precio media de Ia fruta producida esde aproximadamente R$ 255 por tonelada. De Ias conceptos de gastos (operaciones mecanizadas,operaciones manuales, insumos y administración), aquellos que más generan el costa de producciónson: operaciones manuales, administración e insumos respectivamente. Para el estado de São Paulo.Los meses de mayor oferta de guayaba, en CEAGESP, son enero, febrero y marzo, con 1,100toneladas disponibles por mes. En Ias meses restantes dei alio, existe oferta entre 800/900 toneladaspor mes. Los precios más elevados de esta fruta son Ias de Ia guayaba roja, oscilando de R$ 1.18, en1998, a R$ 0.84 por kilogramo, en e12002.

La mayor parte de Ia producción de guayaba de Ias áreas irrigadas dei Noreste Brasileno esdestinada ai consumo "ai natural", y el excedente es aprovechado por Ias industrias locales. Losprincipales mercados consumidores de guayaba son Ias capitales dei Noreste: Recife-PE, Fortaleza-CE,Salvador-BA, Aracaju-SE, Maceió-AL, Natal-RN, João Pessoa-PB, siendo comercializada, también, enmenor escala en otros estados de Brasil.

De modo general, el cultivo dei guayabo en el Noreste brasilelio, 10 mismo en todo el país,involucra un significativo número de productores, tal como en el proyecto Senador Nilo Coelho, dondeson 819 pequelios productores. Es importante observar que a pesar dei área ya mencionada y de Iaproducción continua durante el alio, se hace notar que en algunas centrales de abastecimiento en Brasilaún ofrecen poca fruta en algunos meses dei alio, 10 que caracteriza mejores oportunidades demercado para Ias productores más involucrados en el mercado de Ia guayaba.

Considerando el periodo de 1996 ai 2002, los precios en promedio para Ia guayaba en IaRegión de São Francisco, en el campo, varían de R$ 0.28 a R$ 0.34 por kilogramo, demasiado bajascomparados con los precios utilizados en el estado de São Paulo.

o Brasil, com uma área de aproximadamente 2,2 milhões de hectares cultivados com fruteiras,encontra-se entre os maiores produtores de frutas do mundo. Diversas fruteiras são cultivadas comsucesso no país, destacando-se a mangueira a videira a bananeira ,o coqueiro e a goiabeira. Dentre asregiões produtoras de goiaba, o Nordeste do Brasil apresenta destacada importância em função daimplantação dos diversos pólos de desenvolvimento nos quais a fruticultura irrigada foi priorizada comoum dos eixos de desenvolvimento regional. O Brasil, como um todo, produziu durante o ano de 1992aproximadamente 350 mil toneladas de frutos em cerca de 14.000 hectares com a cultura da goiabeira,dos quais, aproximadamente, 5.000 hectares estão sendo cultivados no Nordeste brasileiro, com umaprodução de aproximadamente 80.000 toneladas. Destaca-se, dentre os pólos de desenvolvimento, daregião Nordeste, o de Juazeiro da Bahia e Petrolina em Pernambuco, com aproximadamente 3.000hectares irrigados com a goiabeira.

CARACTERIZAÇÃO NORDESTE SEMI·ÁRIDO

O Nordeste do Brasil caracteriza-se por apresentar o único clima Sem i-árido tropical do mundo, oque confere diversas vantagens comparativas e competitivas, devido a ~ luminosidade, quase 3.000horas de luz por ano, e a baixa umidade relativa do ar. Estes aspectos proporcionam produçãocontinua durante todo o ano, menor incidência de pragas e doenças e, evidentemente, maiorprodutividade das goiabeiras. Existem atualmente no Nordeste brasileiro cerca de 500 mil hectaresirrigados, mas um potencial irrigável de aproximadamente 3.000 milhões de hectares.

ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DO NE AGRICULTURA IRRIGADA NO NORDESTE:ENFOQUE NILO COELHO

Diversos projetos públicos foram implantados e estão em desenvolvimento na região Nordeste doBrasil, destacando-se o Projeto Senador Nilo Coelho, em Petrolina-PE, com cerca de 25.000 hectaresirrigados. Este projeto contempla cerca de 2.000 pequenos produtores e aproximadamente 170empresas, gerando em torno de 95.000 empregos diretos e indiretos. O projeto Senador Nilo Coelhotem como característica principal, nos últimos anos, o crescimento da fruticultura irrigada, acarretandocom esta atividade a evolução no número de empregos gerados, maior consumo de insumos agrícolase aumento do produto interno bruto da região.

Dentre as diversas fruteiras exploradas, a goiabeira já apresenta mais de 2.500 hectarescultivados apenas no projeto Senador Nilo Coelho, no Estado de Pernambuco! somando-se em toda aregião do Submédio São Francisco (estados da Bahia e Pemambuco) cerca de 4.000 hectaresimplantados, num período de apenas sete anos. A produtividade registrada para a goiabeira, nesteprojeto, gira em torno de 25 tlh a/ciclo , podendo, potencialmente, alcançar até 40-50 tlha/ciclo, com a

utilização dos conhecimentos tecnológicos disponibilizados pelo sistema nacional de pesquisa. Ocrescimento da cultura da goiabeira tem se destacado, passando de aproximadamente 317 hectares,em 1995, para 2.641 hectares até junho de 2002. Dados de produção computados pelo Distrito deIrrigação, entidade civil que administra o projeto, evidenciam um crescimento do faturamento da ordemde R$4.255.00, em 1995, para R$24.525.323 durante o ano de 2002, com a cultura da goiabeira.

O custo de produção da goiabeira no projeto Senador Nilo Coelho, um dos principais pólosfrutícolas da região do Nordeste, gira em torno de R$ 3.800,00 (três mil e oitocentos reais) por hectare,após o quinto ano de produção, que pode ser considerado um custo alto. No Estado de São Paulo,região de Taquaritinga , este custo tem sido ainda maior, girando em torno de R$6.254,00 entre osquatro e seis anos de idade do pomar. Nesta região o preço médio da fruta produzida, no período útildo pomar, é de aproximadamente R$225,00 por tonelada. Durante o ano de 2002, este valor ficou emtorno de R$250,00 por tonelada. Dos itens de despesas (operações mecanizadas, operações manuais, insumos e administração), aqueles que mais oneram o custo de produção são: operações manuais,administração e insumos respectivamente. Para o Estado de São Paulo os meses de maior oferta degoiaba, no CEAGESP, são janeiro, fevereiro e março, quando o volume ofertado gira em torno de 1.100toneladas por mês. Nos meses restantes do ano, existe oferta em torno de 800/900 toneladas por mês.Os maiores preços da fruta, em São Paulo, são verificados para a goiaba vermelha, oscilando deR$1,18 em 1998 a R$O,84 em 2002.

CONSUMO DE ÁGUA I CUSTO DE ÁGO\

Considerando a produção quase contínua a que é submetida a goiabeira no Submédio SãoFrancisco, região irrigada do Nordeste do Brasil, e, conseqüentemente, a necessidade tambémcontínua de água, o consumo hídrico anual desta fruteira gira em torno de 18.000 m3/ano. A água temum custo de R$ 24,00/1.000 m3 e um custo fixo de R$ 10,00 lha/mês.

DESTINO DA PRODUÇÃO I PREÇO MÉDIO Kg

A maior parte da produção de goiaba das áreas irrigadas do Nordeste Brasileiro é destinada aoconsumo "in natura", ~ com o excedente g sendo aproveitado pelas indústrias de processamento daregião. Os principais mercados consumidores da goiaba "in natura" são as capitais nordestinas: Recife-PE, Fortaleza-CE, Salvador-BA Aracaju-Se, Maceió-AL, Natal-RN, João Pessoa-PB, sendocomercializada, também, em menor escala em outros estados da federação.

De modo geral, o cultivo da goiabeira na região Nordeste, e no Brasil como um todo, envolve umsignificativo número de produtores, registrando-se, apenas no projeto Senador Nilo Coelho, 819pequenos produtores. É importante observar que apesar da área já expressiva e da produção contínuadurante o ano, nota-se que algumas centrais de abastecimento do Brasil ainda oferecem pouca frutaem alguns meses do ano, o que caracteriza melhores oportunidades de mercado para os produtoresmais inseridos na lógica de mercado. Os preços médios praticados na região do São Francisco, numa

série de 1995 a 2002, variaram de R$O,28 a R$0,34/kg de fruto ao nível de produtor, muito aquém, porexemplo, dos preços praticados no Estado de São Paulo.

Considerando o Estado de São Paulo, hoje o maior produtor brasileiro de goiaba, verifica-se queesta região trabalha com alguns mercados específicos em função das épocas do ano, tendo inclusiveexportado goiaba de polpa branca para a Europa, via frete aéreo.

São Paulo, além do mercado de exportação, trabalha, também, com o processamento da goiabana safra, direcionando a produção para grandes indústrias que processam diversos outros produtos,entre eles a goiaba, por um período de aproximadamente 60 dias. Existem ainda pequenas indústriasque trabalham com a goiaba o ano inteiro, tendo como principal característica o processamento da frutade pior qualidade, que são os refugos oriundos de pomares destinados a produção da fruta "in natura".

EXPORTAÇÃO

No que se refere a exportação da goiaba, existe uma tendência de queda no volume exportado,acreditando-se que este comportamento deve-se, principalmente, ao custo do frete aéreo, Este declíniopode estar associado, também, a falta de conhecimento da fruta nos mercados externos e ainda a suaperecibilidade, que acarreta a exportação por via aérea, ainda de custo elevado no Brasil.

No que se refere ao sistema de produção da goiabeira no Brasil, ·'•.. Jpecificamente no Nordeste,pode-se dividi-Io, basicamente, em dois segmentos: o cultivo da goiabeira em áreas dependentes dechuva, cujas características principais são: baixa produtividade, oferta sazonal da fruta e cultivo degenótipos sem a devida qualificação mercadológica, sendo as frutas, predominantemente, destinadosàs indústrias de processamento e feiras livres,

o segundo segmento de cultivo, mais recente e mais moderno é o cultivo da goiabeira em áreasirrigadas,

No segmento irrigado, o cultivo da goiabeira, via de regra, é praticado por agricultores de melhornível tecnológico e gerencial que aqueles da área dependente de chuva, Nesta situação, a plantaproduz o ano todo, registrando-se produtividades elevadas (potencial de até 40-S0tlha); a fruta édestinada, preferencialmente, ao mercado "in natura". Neste segmento, Devido ao nível tecnológicodos produtores, variedades selecionadas já são utilizadas, e em função do mercado consumidor,pratica-se a poda de formação e de frutificação, embalagem da fruta e outros conhecimentotecnológicos disponibilizados pelo sistema nacional de pesquisa.

Em relação à propagação, utiliza-se mudas provenientes de sementes (cultivo dependentes dechuva) e mudas propagadas por via assexual (segmento da agricultura irrigada).

A propagação vegetativa utilizada é por enxertia ou por enraizamento de estaca, havendopredominância do último método devido a rapidez na consecução da muda e menores custos detransporte.

Considerando as experiências de campo, acredita-se que a muda propagada por estaca estejamais exposta, no mesmo espaço de tempo, aos ataques de nematóides de galhas, conferindo assimuma vida útil mais prolongada as mudas produzidas por enxertia. Esta muda, como se sabe, tem umsistema radicular mais profundo, principalmente por conta da raiz pivotante, fugindo portanto da zona demaior infestação de nematóides.

A região Nordeste brasileira já apresenta uma estrutura considerável de viveiristas e produtoresde mudas, a maioria com registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para tal fim.

A propagação da goiabeira através de ramos herbáceos em câmara de nebulização intermitentetem sido o método mais usado. De uma planta matriz com três metros de diâmetro de copa podem serretirados cerca de um milhão de estacas por ano, desde que a planta esteja sob condições irrigadas. Aestaquia vem sendo pesquisada há mais de 40 anos, entretanto, somente a partir da década de oitentapassou a ser praticada pelos produtores de muda do Brasil. Este processo é um meio rápido, eficiente,prático e apresenta excelente pegamento, além de possibilitar a formação de mudas de qualidade emmenor espaço de tempo. Estacas herbáceas apicais ou basais e substratos diferentes não alteraram opercentual de enraizamento. As estacas são mantidas com folhas, pois elas funcionam como fonte decarboidratos que serão utilizados no processo respiratório indispensá~para a divisão e alongamentocelular no enraizamento. As folhas funcionam como fonte de hormônios e de co-fatores indispensáveisao processo de enraizamento. Por este motivo, é recomendável que o enraizamento não ocorra emlugar sombreado, pois a fotossíntese realizada pelas folhas remanescentes na estaca seriacomprometida e, conseqüentemente, o enraizamento da estaca. Apesar de pouco usado na prática,uma vez que o percentual de estacas enraizadas é satisfatório, alguns hormônios são utilizados paraestimular o enraizamento da estaca herbácea. O acido indolbutírico (IBA) pode ser utilizado naconcentração de 200ppm. Empregando-se o IBA, nesta concentração, o índice de pegamento fica emtorno de 80%.

Com relação ao substrato de enraizamento, diversos tipos são utilizados, sendo a vermiculita osubstrato que tem proporcionado maior índice de pegamento, pois possibilita a aeração e a umidadeadequadas, além de ser um material inerte. O local de enraizamento pode ser em recipientes, bandejas,tubetes e outras variações como telha de brasilit por exemplo. As bandejas e os tubetes têmapresentado problemas, pois as folhas, muita juntas, causam ressecamento da base das estacas e,conseqüentemente, a morte da estaca. Por este motivo, é recomendável a utilização de caixas demadeira com 42 x 28x9cm, com o fundo forrado com papel jornal. Nestas caixas, são colocadas 24 a 28estacas. O ambiente de enraizamento é conservado com alta umidade relativa, uma vez que as estacassendo herbáceas e com folhas podem ressecar e comprometer o processo de diferenciação celular nabase da estaca e, assim, comprometer o enraizamento. Estas condições são conseguidas em câmarade nebulização intermitente onde predomina alta umidade e baixa temperatura. As estacaspermanecem nestas condições por um período de 60 a 70 dias, passando depois por uma seleçãorigorosa para que se possa repicá-Ias para um recipiente. Feita a seleção das mudas na câmara denebulização faz-se uma toalete no sistema radicular, eliminando-se raizes fora do padrão decrescimento e que possam causar enovelamento quando repicadas para o recipiente. Nesta ocasião,

deve-se proceder, também, o corte da folha pela metade para diminuir a área de transpiração da mudaa ser repicada. O recipiente em geral utilizado para o repique é um saco plástico contendo um substratoadequado.

Realizada a repicagem, as mudas devem permanecer num local sombreado, normalmente umripado coberto com sombrite, folhas ou outro material que proteja da insolação direta, comaproximadamente 50% de luz, de onde sairá, após um período de 30 / 40 dias, para o plantio nocampo. Nesta fase as mudas já devem receber podas de formação de modo a crescerem em hasteúnica. Caso seja necessário, após saírem do ripado, as mudas podem passar por um período deaclimatação a pleno sol, de modo a formar brotos lenhosos, antes de serem plantadas no localdefinitivo. Em geral, se todas as condições forem favoráveis durante o processo de enraizamento, asmudas estarão prontos num período máximo de seis meses. Alguns produtores realizam uma podadrástica para forçar a planta a uma brotação vigorosa, que possibilita a retirada de aproximadamente850.000 a 1.030.000 estacas de uma planta durante doze meses.

Em geral as substâncias indutoras de enraizamento de estaca têm sido pouco utilizadascomercialmente; primeiro por que são produtos caros e segundo nem sempre os produtores dispõem deestruturas de laboratórios para trabalhar com estes produtos químicos. Deve-se salientar ainda que,mesmo sem a utilização de indutores de raízes, os produtores conseguem um percentual deenraizamento de 60 70%, que é considerado econômico.

A propagação da goiabeira através do enraizamento de estacas é sem dúvida nenhuma ométodo mais empregado comercialmente no Brasil. É um método econôrrl31 , pratico e eficiente, quepropicia a produção de mudas num curto espaço de tempo, se comparado a outros métodos depropagação. Além disso, facilita o transporte da muda a longas distâncias, barateando o custo unitáriodo transporte, uma vez que, devido ao tamanho do recipiente, propicia uma maior quantidade de mudaspor metro quadrado. É importante informar que o percentual de enraizamento de estaca de goiabeirapode variar a depender da variedade utilizada.

Para se obter índice de pegamento satisfatório, Pereira e Nachtigal (1997) recomendam arealização de anelamento ou estiolamento prévio dos ramos que irão fornecer as estacas. Como oenraizamento de estacas lenhosas é mais difícil, os autores também recomendam a utilização desubstâncias indutoras do enraizamento. Dentre as substâncias usadas, o ácido naftaleno acético, naconcentração de 100ppm, tem proporcionado um pegamento da ordem de 60%. O ácido indolbutírico,em concentração de 200ppm, também potencializa o enraizamento de estacas lenhosas. Quando seutilizam estacas lenhosas, o período de enraizamento é mais longo, ocorrendo de dois a três mesesapós o estaquiamento. Estacas lenhosas com folhas, com 30cm de comprimento e O,8cm de diâmetro,quando tratadas com acido indolbutírico a 5.000ppm possibilitaram até 60% de pegamento. Neste casoo ambiente de enraizamento é mantido com umidade relativa em torno de 90% .

A enxertia talvez seja o mais antigo método de multiplicação vegetativa utilizado na goiabeira.Este método e de fácil execução, permite um ótimo rendimento de mudas obtidas e dispensa autilização de estrutura de propagação normalmente utilizada em outros métodos como a estaquia.Outra vantagem da enxertia é ser um método que pode , a depender da habilidade do enxertador, serutilizado diretamente no campo. Por esta possibilidade de utilização direta no campo, pode ser muitoútil no processo por necessidade de mudança de copa. As vezes por mudança de hábito do

4 o produtor pode ser forçado a mudar de variedade, pois aquela plantada na sua área deixarida pelo mercado consumidor e então, neste caso, o produtor tem como alternativapro~eder a mudança de copa através da enxertia no campo. Dentre as vantagens

. 'está a utilização de um sistema radicular já estabelecido no campo, que possibilita ganho:para entrada de produção da nova variedade enxertada. Eventualmente a enxertia a campo

1.ttilizada para produzir numa única copa diferentes tipos de frutos (branco, vermelho, redondo,srDentre os processos de enxertia adotados na goiabeira, destaca-se a borbulhia de placa em

a aberta por ser uma modalidade rápida e eficiente na produção da muda de goiabeira (Gonzaga12001)

Uma das grandes vantagens da borbulhia é sem dúvida o alto rendimento no aproveitamento do~";material a ser propagada, uma vez que se utiliza apenas uma pequena porção da planta a ser:mu~iplicada. Este aspecto é muito importante, principalmente em situações de escassez da variedade amultiplicar. A enxertia de borbulhia de placa em janela aberta é realizada a mais ou menos 10 ou 15 cmlia altura na haste do porta-enxerto, quando este apresenta, em geral, um diâmetro de 8 a 10 mm eapresenta-se maduro. A idade do porta-enxerto varia de 8 a 15 meses a depender dos tratos culturaisdispensados na formação da muda. A produção do porta-enxerto pode ser realizada em viveirostradicionais ou de formas mais moderna em recipientes individuais, c<:'i '/olume de terra que varia de 5a 7,0 litros, com uma altura mínima de 30 cm.-

o método de enxertia por borbulhia tem sido intensamente utilizado na propagação da goiabeirano mundo porque é muito fácil de ser executado, permite formar um grande número de mudas comapenas um ramo fornecedor de bobulhas. Apresenta, ainda, alta taxa de pegamento e viabiliza umanova enxertia quando não ocorre o pegamento do enxerto anterior. Outro cuidado importante aopreparar os ramos fornecedores de borbulhas é o de remover as folhas de 10 a 14 dias antes da suaretirada da planta para estimular o entumescimento das gemas, para melhorar e acelerar o pegamentodo enxerto (Manica et aI., 2000). O porta-enxerto, que pode estar em embalagem individual ou noviveiro, deve ter haste única, com diâmantro de 6 a 12 mm e estar em pleno crescimento vegetativo.

Nas regiões de clima tropical, com a prática da irrigação, a enxertia por borbulha pode serrealizada em qualquer época do ano, evitando-se os meses de temperatura muito elevada durante overão (Manica et aI., 2000). Entre os métodos de enxertia por borbulhia, os que apresentaram melhoresresultados foram do tipo T (normal ou invertido) e em placa de janela aberta ou fechada. Pelo métodode enxertia por borbulhia, consegue-se de 92% a 100% de mudas enxertada com sucesso, e umenxertado r bem treinado pode realizar de 350 a 450 enxertos por dia ( Manica et aI., 2000).

Outro método de propagação utilizado na cultura da goiabeira é a enxertia de garfagem.Existindo, a exemplo da borbulhia, algumas variações, destacando-se a garfagem em fenda cheia, agarfagem em inglês simples e a garfagem em inglês complicado.

Considerando que neste tipo de enxertia uma porção maior da planta (garfo) é exposto, ascondições ambientais, principalmente temperatura e umidade do ar, quando se compara com aborbulhia de placa, em geral obtém-se menor índice de pegamento. Por isso, a utilização deste métodono Brasil tem sido mais frequente durante os meses mais frios do ano. Para transportar os ramos que

irão fornecer os garfos, eles devem ser amarrados e protegidos por materiais umedecidos (pó de serra,argila, papel higiênico umedecido) e guardados à sombra. Caso seja necessário transportar a longasdistâncias, prepara-se uma solução, diluindo-se parafina em água quente e, apos esfriar, mergulha-sea ponta superior do garfo na solução para proteger do ressecamento devido a transpiração, além deproteger contra doenças. A garfagem deve ser realizada a cerca de 15 a 25 cm acima do colo daplanta, em porta-enxertos, com o diâmetro de 8 a a12 mm no ponto de enxertia. Os cuidados com amuda enxertada devem continuar no viveiro, eliminando-se todas as brotações do porta-enxerto,conduzindo-se o broto do enxerto na posição vertical, amarrando ao tutor lateral, fazendo-se a irrigaçãoquando não chover, controlando-se doenças e pragas e a eliminação de plantas daninhas.

Destaca-se ainda como fator importante na produção de muda de goiabeira, a idade do porta-enxerto por ocasião da enxertia. Abramof et aI. (1979), conseguiram percentuais que variaram de 80 a96,6% quando utilizaram porta-enxertos com 11 e 15 meses, respectivamente. Na prática, já seconsegue enxertar porta-enxerto com idades inferiores. Acredita-se que o sucesso no pegamento,quando se utiliza a enxertia , esta mais associado ao diâmetro do caule e não à idade. O diâmetro idealreferenciado pela literatura varia de 8 a 10mm , e este tem sido conseguido mais precocemente, desdeque se maneje adequadamente as mudas na sua fase de formação. As vezes porta-enxertos de idadesuperior apresentam diâmetro inferior a um porta-enxerto mais novo em função dos tratos culturaisdispensados. Portanto, falar de idade de porta-enxerto na atualidade parece uma coisa superada.Importante é que se dê todas as condições de irrigação, capina, nutriç~fl) fitossanitárias para que oporta-enxerto apresente o diâmetro requerido o mais rápido possíveT. Na prática, isto tem sidoconseguido em porta-enxertos com até 6 meses de idade. Ainda com referência à produção do porta-enxerto, é fundamental considerar os aspectos do local de sua produção. O porta-enxerto pode serproduzido em viveiros , local tradicional ou de forma mais moderna em recipientes plásticos, como éutilizado em diversa outras fruteiras.

Gonzaga Neto et aI. (1982), compararam a produção das mudas em canteiro com o transplanteposterior para recipientes de plástico, com capacidade para 4,6; 5,3 e 7,0 litros, quando verificam ummaior crescimento e vigor das mudas no caso de recipientes maiores com 7,0 litros de capacidade, oque possibilitou às mudas atingir, a partir do nono mês, o diâmetro mínimo recomendado para enxertia,sendo que, no caso das mudas produzidas nos recipientes de 5,3 litros, elas só atingiram o diâmetromínimo para a enxertia apenas no décimo mês. No processo de enxertia por garfagem, a percentagemde pegamento tem sido no topo em fenda cheia de 60, 63,3; 70 e até 95%. No método de enxertia ainglês simples, resultaram em 72,5% a 74% de pegamento, com as mudas prontas para plantio nocampo depois de 11 meses, desde a semeadura. No caso da garfagem por inglês complicado, sãoregistrados trabalhos com 90% de pegamento, segundo dados da literatura.

IMPLANTAÇÃO DA CULTURA

Quanto a implantação da cultura, boa parte dos produtores já utilizam os conhecimentosdisponibilizados pelo sistema nacional de pesquisa, adotando-se o preparo tradicional do solo, abrindo-se covas de forma manual e/ou mecanizada, a depender do tamanho da área e da disponibilidadefinanceira do produtor. As covas, em geral, têm um mínimo de 40cm e no máximo 60cm nas trêsdimensões. Os espaçamentos são variáveis em função do grau de conhecimento do produtor, dotamanho da área, e da disponibilidade de mecanização. Os espaçamentos mais comuns são 6,0 x 6,0;6,0 X 5,0; 5,0 x 5,0 ou até 4,0 x 4,0 m.

o plantio da muda no local definitivo ocorre, geralmente, quando ela atinge 20 a 30 cm' de altura,sendo sempre tutorada após o plantio devido à ação do vento.

No primeiro ano de condução, deve-se proceder a poda de formação da copa que consiste emorientar num tronco de aproximadamente 60 cm de altura, e nele três ou quatro pernadas bem u

distribuídas e inseridas em planos distintos e com tamanhos variáveis de acordo com a variedadeutilizada.

Após a formação das pernadas principais, deixa-se a copa crescer a vontade, procedendo-se aprimeira poda de frutificação quando a planta atinge 8 a 10 meses de idade. Alguns produtores forçam aplanta a uma produção mais precoce, devido a poda, às vezes erradas, de encurtamento das pernadasprincipais.

Durante a fase de crescimento das plantas alguns produtores utilizam, a depender do sistema deirrigação usado, um sistema de consórcio com culturas anuais (cebola, feijão, milho, tomate) ou atémesmo com culturas perenes (coqueiro, aceroleira, mamoeiro), pois às vezes o produtor não tem umavisão muito clara das condições do mercado para decidir que cultura praticar, pensando a médio oulongo prazo.

o grande problema do consórcio com outras fruteiras perenes é a")cisão na hora de optar pelaprincipal fruteira, o que sempre depende do mercado. ,,-

De certa forma, apesar de não existir estudos sobre consórcio, ele é praticado devido apossibilidade de retorno econômico mais rápido, melhor uso do solo e maior aproveitamento da áreamolhada quando Se usa o sistema de aspersão convencional.

Apesar disso, existem muitas outras dúvidas no manejo do consórcio, principalmente no que serefere a adubação e irrigação, entre outros.

o controle de ervas daninhas é feito de forma mecanizada, com grade pesada, roçadeira ou comanimais, fazendo-se, também, o controle químico com herbicidas, devendo-se, neste caso, ter umconhecimento das ervas invasoras, do herbicida a utilizar, das dosagens e poder residual.

VARIEDADES/IRRIGAÇÃO/ PODAI ADUBAÇÃO/DOENÇAS/ PRAGAS

No que ser refere às variedades, existem hoje no Brasil a disponibilidade de diversos genótipos:Rica, Paluma, Pedro Sato, Ogawa, Kumagai, Sassaoka, Iwao e Roncaglia.

Na região do Submédio São Francisco, onde está localizado o projeto Senador Nilo Coelho,predomina a variedade Paluma. Este genótipo é produtivo, de fácil manejo e tem como principalcaracterística a resistência pós-colheita dos frutos.

Com relação a poda de frutificação, podem ser usados dois tipos: A poda contínua e a poda total.Na poda contínua a planta é podada continuamente ao longo do ano e, por isso, numa mesma planta,sempre existem brotações, botões florais, flores e frutos em diversos estádios. Na poda total, oudrástica, a planta recebe a operação em todas os ramos simultaneamente. Isto determina um ciclo de

produção bem definido. Na região do Submédio São Francisco, tem sido adotada, com maiorfrequência, a poda total, ou drástica, como também pode ser denominada. Com relação ao manejo dapoda de frutificação, percebe-se que existem, ainda, muitas dúvidas, observando-se que algunsprodutores tem o domínio da prática, enquanto outros ainda desconhecem alguns princípios básicosque devem nortear a operação. Com referência aos princípios básicos, são negligenciados algunsaspectos fisiológicos que sempre comprometem a produção e a qualidade dos frutos.

A poda de frutificação pode ser realizada, também, após proceder-se a desfolha química daplanta, sendo recomendada, na região, uma solução com uréia a 10% ou 15%, a depender datemperatura ambiente e do grau de turgidez das folhas. Após 8 a 10 dias da aplicação da uréia, asfolhas secam e caem, num percentual de 60-70%, ocasião na qual se procede a poda de frutificação.Após esta operação, é aplicada uma solução de cianamida hidrogenada a 1,0 ou 1,5% do produtocomercial. Esta solução tem o objetivo de uniformizar a brotação, a emissão das flores e a frutificação,reduzindo o período de colheita para 30 ou 40 dias. O uso desta tecnologia, disponibilizada pelaEmbrapa, está condicionada ao calendário comercial de cada produtor.

No que diz respeito a adubação, ainda existem lacunas que devem ser perseguidas pelo sistemanacional de pesquisa, principalmente nos cultivos irrigados do Nordestp brasileiro, onde a produção écontínua ao longo do ano. Existem indicações de adubações preconi~as pelas comissões estaduaisde adubação, outras que orientam em função da expectativa de produção.

O mais recomendado ainda é proceder a análise de solo, a análise foliar, conhecer o histórico daárea e ficar atento ao aparecimento de quaisquer sintomas de deficiência.

De fato não existe uma receita, pois a adubação depende do sistema de condução adotado, dosolo, da expectativa de produção e, sem dúvida, das condições financeiras do produtor no momento daadoção da prática.

Com referência a pragas e doenças, salientam-se apenas dois problemas maiores: o ataque denematóides de galhas e de psílideo.

O primeiro ainda é um problema sem controle. Existe bastante preocupação do sistema depesquisa no sentido de encontrar medidas de controle fitossanitário ou de manejo e, principalmente,uma busca na identificação de genótipos tolerantes ou resistentes.

Quanto ao psílideo, apesar do ataque sistemático, devido, principalmente, a prática de podas aolongo do ano, existem no mercado alguns produtos, com ou sem registro, que controlam esta praga. AEmbrapa desenvolveu estudos de monitoramento, nível de ação e controle da praga, e no sentido deidentificar os inimigos naturais e as ervas daninhas que possam estar associadas ao inseto.

Outro problema fitossanitário que, eventualmente, tem ocorrido, principalmente em áreasadensadas e mal arejadas, é a ferrugem da goiabeira, que ataca todas as partes verdes da planta.Existem no mercado diversos produtos a base de cobre que controlam eficientemente a doença, naregião, principalmente quando associados a prática de manejo cultural.

A comercialização da goiaba no Nordeste do Brasil, e principalmente nas áreas irrigadas, é feitadiretamente na propriedade, através de intermediários, ou em centrais de abastecimento locais, ondehá o carregamento dos caminhões que via de regra transportam outras frutas.

Em termos de acondicionamento da fruta para transporte, utilizam-se, em maior escala, oscontentares de plástico com capacidade de até 25kg. As frutas são acondicionadas em quatrocamadas e separadas por papel apropriado. Existem produtores que adotam caixas de papelão comcapacidade de 3 a 4,Okg, as goiabas podendo ser protegidas individualmente com papel ou uma "rede"apropriada. Em geral, este tipo de embalagem é destinado a comercialização da fruta em frutariasespecializadas ou redes de supermercados.

As frutas destinadas à indústria, via de regra, não recebem nenhum acondicionamento, sendotransportadas em caixa ou contentares com capacidade igualou superior a 25 kg líquido.

A capacidade instalada para processamento industrial da goiaba na região do Subr,lédio SãoFrancisco, ainda é insignificante. Existem apenas umas poucas fábricas de pequeno porte e indústriascaseiras que processam a fruta. Ao nível de produtor ou organizaç80 de produtor, não existe nenhumaindústria que processe goiaba e que tenha capacidade de abso.:...~r,em larga escala, nem mesmo aprodução excedente.

Sem dúvida a implantação de um parque industrial, delineado em função da capacidadeprodutiva da região, será uma grande alavanca propulsora para consolidar a área produtiva de goiabana região.

Outro aspecto de fundamental importância que se tem buscado de forma contínua é a criação deuma mentalidade empresarial, na gestão dos negócios agrícolas, notadamente do pequeno produtor degoiaba da região.

VERSIÓN EN ESPANOL

Brasil, con una área de aproximadamente 2.2 millones de hectáreas cultivadas con frutales, seencuentra entre Ias mayores productores de frutas dei mundo. Diversos frutales son cultivados con éxitoen el país destacándose el mango, Ia vid, Ia banana, el coquero y el guayabo. Dentro de Ias regionesproductoras de guayaba, el Noreste de Brasil rresenta una gran importancia en función de Iaimplantación de Ias diversos palas de desarrollo en Ias cuales Ia fruticultura irrigada fue priorizada comouno de Ias ejes de desarrollo regional. Brasil, produjo durante el ano de 1992 aproximadamente 350 miltoneladas de frutos en cerca de 14,000 hectáreas con el cultivo dei guayabo, de Ias cuales,aproximadamente, 5,000 hectáreas están siendo cultivadas en el Noreste brasileno, con una producciónde aproximadamente 80,000 toneladas. Se destaca, dentro Ias palas de desarrollo, de Ia región

Noreste, el de Juazeiro de Bahía y Petrolina en Pernambuco, con aproximadamente 3,000 hectáreasirrigadas con el guayabo.

EI Noreste de Brasil se caracteriza por presentar el único clima semiárido tropical dei mundo, elcual confiere diversas ventajas comparativas y competitivas, debido a Ia alta luminosidad, casí 3,000horas de luz por ano, y Ia baja humedad relativa dei aire. Estas aspectos proporcionan produccióncontinua durante todo el ano, menor incidencia de plagas y enfermedades y, evidentemente, mayorproductividad de Ias guayabos. Existen actualmente en el Noreste brasileno cerca de 500 mil hectáreasirrigadas, pero un potencial irrigable de aproximadamente 3,000 millones de hectáreas.

ESTRATEGIAS DE DESARROLLO DE LA AGRICULTURA IRRIGADA EN EL NORESTE: ENFOQUENILO COELHO

Diversos proyectos públicos fueron implantados y están en desarrollo en Ia región Noreste deBrasil, se destaca el Proyecto Senador Nilo Coelho, en Petrolina-PE, con cerca de 25,000 hectáreasirrigadas. Este proyecto contempla cerca de 2,000 pequenos productores y aproximadamente 170empresas, generando de 95,000 empleos directos e indirectos. EI proyecto Senador Nilo Coelho tienecomo característica principal, en Ias últimos anos, el crecimiento de Ia fruticultura irrigada, acarreandocon esta actividad Ia evolución en el número de empleos generados, mayor consumo de insumosagrícolas y aumento dei producto interno bruto de Ia región.

Dentro de Ias diversos frutales estudiados, el guayabo ya presenta más de 2,500 hectáreascultivadas apenas en el proyecto Senador Nilo Coelho, en el estado de Pernambuco, sumándose entoda Ia región dei área de Sãn Francisco (Estados de Bahía y Pernambuco) cerca de 4,000 hectáreasimplantadas, en un periodo de apenas siete anos. La productividad registr8da para el guayabo, en esteproyecto, gira en torno de 25 t/ha/ciclo, pudiendo potencialmente alcanzar hasta 40-50 t/ha/ciclo, con Iautilización de Ias conocimientos tecnológicos disponibles por el sistema nacional de investigación. EIcrecimiento dei cultivo dei guayabo ha sido destacado, pasando de aproximadamente 317 hectáreas, en1995 a 2,641 ha en junio dei 2002. Datas de producción computarizados por el Distrito de Irrigación,entidad civil que administra el proyecto, registraron un crecimiento dei valor de Ia producción de R$4,255, en 1995 a R$ 24, 525.323 durante el ano dei 2002, con el cultivo dei guayabo.

EI costa de producción dei guayabo en el proyecto Senador Nilo Coelho, uno de Ias principalespalas frutícolas de Ia región dei Noreste, gira en torno de R$ 3,800 por ha, después dei quinto ano deproducción, que puede ser considerado un costa alto. En el estado de São Paulo, región deTaquaritinga, este costa ha sido aún mayor, girando en torno a Ias R$ 6,254 entre Ias cuatro y seis anosde edad dei huerto. En esta región el precio media de Ia fruta producida, en el período útil dei huerto, esde aproximadamente R$ 255 por tonelada. Durante el ano 2002 el precio fue de R$ 250 por tonelada.De Ias conceptos de gastos (operaciones mecanizadas, operaciones manuales, insumos yadministración), aquellos que más incrementan el costa de producción son: operaciones manuales,

administración e insumos respectivamente. Para el estado de São Paulo Ias meses de mayor oferta deguayaba, en CEAGESP, son enero, febrero y marzo, cuando el volumen ofertado gira en torno de 1,100toneladas por mes. En Ias meses restantes dei ano existe oferta entre 800/900 toneladas por mes. Losmayores precios de Ia fruta en São Paulo, son verificados para Ia guayaba roja, oscilando de R$ 1.18 en1998 a R$ 0.84 en el 2002.

Considerando Ia producción casi continua a Ia que es sometida ai guayabo en el área de SãoFrancisco, región irrigada dei Noreste de Brasil, y, consecuentemente, Ia necesidad también continuade agua, el consumo hídrico anual de estas frutales gira alrededor de 18,000 m3/ano. EI agua tiene uncosta de R$ 24.00/1,000 m3 y un costa fijo de R$ 10.00 /ha/mes.

DESTINO DE LA PRODUCCIÓN I PRECIO MEDI O Kg

La mayor parte de Ia producción de guayaba de Ias áreas irrigadas dei Noreste Srasilelio esdestinada ai consumo en fresco, y el excedente es aprovechado por Ias industrias de procesamiento deIa región. Los principales mercados consumidores de guayaba en fresco son Ias capitales dei Noreste:Recife-PE, Fortaleza-CE, Salvador-SA, Aracaju-SE, Maceió-AL, Natal-RN, João Pessoa-PS, siendocomercializada, también, en menor escala en otros estados de Ia federación.

EI cultivo dei guayabo en Ia región Noreste y en Brasil en general, involucra un significativonúmero de productores, registrándose, apenas en el proyecto Senador Nilo Coelho, 819 pequenosproductores. Es importante observar que a pesar dei área ya mencionada y de Ia producción continuadurante el alio, se hace notar que en algunas centrales de abastecimiento de Brasil aún ofrecen pocafruta en algunos meses dei ano, 10 que caracteriza mejores oportunidades de mercado para Iasproductores más involucrados en Ia lógica dei mercado. Los precios medias en Ia región de SãoFrancisco, en el periodo de 1995 ai 2002, varían de R$ 0.28 a R$ 0.34/kg de Ia fruta ai nivel deiproductor, muy diferentes, por ejemplo, de Ias precios en el estado de São Paulo.

Considerando el estado de São Paulo, hoy el mayor productor brasileno de guayaba, se verificaque esta región trabaja con algunos mercados específicos en función de Ias épocas dei ano, teniendoinclusive exportación de guayaba de pulpa blanca para Europa por via aérea.

São Paulo, además dei mercado de exportación, trabaja, también con el procesamiento de Iaguayaba en Ia cosecha, encaminando Ia producción para grandes industrias que procesan diversosproductos, entre ellos Ia guayaba, por un periodo de aproximadamente 60 días. Existen aún pequenasindustrias que trabajan con Ia guayaba todo el ano, teniendo como principal característica elprocesamiento de Ia fruta de peor calidad, que son Ias desperdicios provenientes de huertos destinadosa Ia producción de fruta "In natura".

En 10 que se refiere ai sistema de producción dei guayabo en Brasil, y especificamente en elNoreste, se puede dividir, básicamente, endos segmentos: EI cultivo dei guayabo en áreasdependientes de lIuvia, cuyas características principales son: baja productividad, oferta estacional de Iafruta y cultivo de genotipos sin Ia debida calificación mercadológica, siendo Ias frutas,predominantemente destinadas a Ias industrias de procesamiento y tianguis libres.

EI segundo segmento de cultivo, más reciente y más moderno es el cultivo dei guayabo enáreas irrigadas.

En el segmento irrigado, el cultivo dei guayabo, por regia, es practicado por agricultores demejor nivel tecnológico y gerencial que aquellos dei área dependiente de lIuvia. En esta situación, Iaplanta produce todo el ano, registrándose una producción elevada (potencial de hasta 40-50Uha); Iafruta es destinada preferentemente ai mercado "In natura". En este segmento, debido ai niveltecnológico de los productores, Ias variedades seleccionadas ya son utilizadas en función dei mercadoconsumidor, se practica Ia poda de formación y de fructificación, embalaje de Ia fruta y otrosconocimientos tecnológicos disponibles por el sistema nacional de investigación.

En relación a Ia propagación se utiliza plantas de vivero provenientes de semillas (cultivosdependientes de lIuvia) y plantas de vivero propagadas por via asexual (segmento de agriculturairrigada).

La propagación vegetativa utilizada es por injerto o por enraizamiento de estaca, teniendo másdominio el último método, debido a Ia rapidez de obtener Ia planta de vivero y menores costos detransporte.

Considerando Ias experiencias de campo, se cree que Ia planta propagada por estaca está másexpuesta, en el mismo espacio de tiempo, a los ataques de nematodos de raíces, confiriendo asi unavida útil más prolongada a Ias plantas producidas por injerto. Esta planta, como se sabe, tiene unsistema radicular más profundo, principalmente por contar con raíz pivotante, evitando Ia zona de mayorinfestación de nematodos

La región Noreste brasilena ya presenta una estructura considerable de viveros y productoresde plantas (viveristas), Ia mayoría con registro en Ia Secretaria de Agricultura, Pecuaria yAbastecimiento para tal fino

La propagación dei guayabo a través de acodo aéreo en cámara de nebulización intermitenteha sido el método más usado. De una planta madre con tres metros de diámetro de copa pueden serretiradas cerca de un millón de estacas por ano, cuando Ia planta está sobre condiciones irrigadas. Laimplementación de estacas ha sido investigada por más de 40 anos; sin embargo, solamente a partir deIa década de los ochenta pasó a ser practicada por los viveristas en Brasil. Este proceso es un mediorápido, eficiente, práctico y presenta una excelente aceptación, además de posibilitar Ia formación deplantas de calidad en menor espacio de tiempo. Estacas herbáceas apicales o basales con sustratosdiferentes no alteraran el porcentaje de enraizamiento. Las estacas son mantenidas con hojas, puesellas funcionan como fuente de carbohidratos que serán utilizados en el proceso respiratorio

indispensable para Ia división y elongación celular en el enraizamiento. Las hojas funcionan comofuente de hormonas y de cofactores indispensables ai proceso de enraizamiento. Por este motivo esrecomendable que el enraizamiento no ocurra en un lugar sombreado, pues Ia fotosintesis realizada porIas hojas nacientes en Ia estaca sería comprometida y, consecuentemente, el enraizamiento de Iaestaca. A pesar de ser poco usado en Ia práctica una vez que el porcentaje de estacas enraizadas essatisfactorio, algunas hormonas son utilizadas para estimular el enraizamiento dei acodo aéreo. EI ácidoindolbutírico (IBA) puede ser utilizado en Ia concentración de 200 ppm. Empleándose el IBA, en estaconcentración, el índice de prendimiento es de alrededor dei 80%.

Con relación ai sustrato de enraizamiento, diversos tipos son utilizados, siendo Ia vermiculita elsustrato que proporcionas el mayor índice de prendimiento, pues posibilita Ia aeración y Ia humedadadecuadas, además de ser un material inerte. EI lugar de enraizamiento puede ser en recipientes,bandejas, bolsas de plástico, etc. Las bandejas y Ias bolsas han presentado problemas, pues Ias hojasdemasiado juntas, resecan Ia base de Ias estacas y, consecuentemente, Ia muerte de Ia estaca. Poreste motivo, es recomendable Ia utilización de cajas de madera de 42 x 28 x 9 cm, con el fondo forradocon papel periódico. En estas cajas, son colocadas de 24 a 28 estacas. EI ambiente de enraizamientoes conservado con alta humedad relativa, una vez que Ias estacas siendo herbáceas y con hojas,pueden resecar y comprometer el proceso de diferenciación celular en Ia base de Ia estaca y asícomprometer el enraizamiento. Estas condiciones son conseguidas en Ia cámara de nebulizaciónintermitente donde predomina alta humedad y baja temperatura. Las estacas permanecen en estascondiciones por un periodo de 60 a 70 dias, pasando después por una selección rigorosa para poderiasreplantar a un recipiente. Hecha Ia selección de Ias plantas en Ia cámara de nebulización se hace unaenvoltura en el sistema radicular, eliminándose raíces fuera dei padrón de crecimiento y que puedancausar enrollamiento cuando sean trasplantadas ai recipiente. En esta ocasión, se debe proceder,también a realizar el corte de Ia hoja por Ia mitad para disminuir el área de transpiración de Ia planta aser trasplantada. EI recipiente en general utilizado para el trasplante es una bolsa de plásticoconteniendo un sustrato adecuado.

Realizado el trasplante, Ias plantas deben de permanecer en un lugar sombreado, normalmenteun invernadero o un túnel sombreado con hojas u otro material que Ias proteja de Ia insolación directa,con aproximadamente 50% de luz, de donde saldrá, después de un periodo de 30 a 40 días, para elplantío en el campo. En esta fase Ias plantas de vivero ya deben de recibir podas de formación con Iafinalidad de que obtengan su propio tallo. En caso de ser necesario, después de salir dei invernadero,Ias plantas pueden pasar por un periodo de aclimatación a pleno sol, para que lIeguen a formar broteslefíosos, antes de ser plantadas en el área definitiva. En general, si todas Ias condiciones fuesenfavorables durante el proceso de enraizamiento, Ias plantas de vivero estarán listas en un periodomáximo de seis meses. Algunos productores realizan una poda severa para forzar Ia planta a unabrotación vigorosa, que posibilita Ia retirada de aproximadamente 850,000 a 1,030,000 estacas de unasola planta durante doce meses.

En general Ias sustancias inductoras de enraizamiento de estaca han sido poco utilizadascomercialmente; primero por que son productos caros y, segundo por que no siempre los productoresdisponen de estructuras de laboratorios para trabajar con estos productos químicos. Se debe destacarque, sin Ia utilización de inductores de raíces, los productores consiguen un porcentaje deenraizamiento de 60 a 70%, que es considerado económico.

La propagación dei guayabo a través dei enraizamiento de estacas es sin duda alguna elmétodo más empleado comercialmente en Brasil, es un método económico, práctico y eficiente, quepropicia Ia producción de plantas en un corto espacio de tiempo; comparándose a otros métodos depropagación. Además, facilita Ia transportación de Ias plantas de vivero para largas distancias,reduciendo el costo unitario dei transporte, una vez que, debido ai tamafío dei recipiente, propicia unamayor cantidad de plantas por metro cuadrado. Es importante informar que el porcentaje deenraizamiento de estaca dei guayabo puede variar dependiendo de Ia variedad utilizada.

Para obtener el índice de prendimiento satisfactorio, Pereira y Nachtigal (1997), recomiendan Iarealización de enrollamiento y estiramiento previa de Ias ramas que irán a proveer Ias estacas. Como elenraizamiento de estacas lefíosas es más difícil, los autores también recomiendan Ia utilización desubstancias inductoras de enraizamiento. Dentro de Ias substancias utilizadas, el ácido naftalenoacético, en concentración de 100 ppm, ha proporcionado un prendimiento dei 60%. EI ácidoindolbutirico, en concentración de 200 ppm, también potencializa el enraizamiento de estacas lefíosas.Cuando se utilizan estacas lefíosas, el período de enraizamiento es más largo, ocurriendo de dos a tresmeses después de ponerles Ias estacas. Estacas lefíosas con hojas, con 30 cm de longitud y 0.8 cm dediámetro, cuando son tratadas con ácido indolbutírico a 5,000 ppm, se logra hasta 60% deprendimiento. En este caso el ambiente de enraizamiento es mantenido con humedad relativa entornode 90%.

EI injerto tal vez es el método más antiguo de multiplicación vegetativa utilizado en el guayabo.Este método es de fácil ejecución, permite un óptimo rendimiento de plantas de vivero obtenidas ydesecha Ia estructura de propagación normalmente utilizada en otros métodos como el de utilizarestacas. Otra ventaja de injertar es que el método puede ser utilizado directamente en el campo; sinembargo, depende de Ia habilidad dei injertador. Por esta posibilidad de utilización directa en el campo,puede ser mucho más útil en el caso de cambio de variedad. En ocasiones por el cambio de hábitos deiconsumidor, el productor puede ser forzado a cambiar Ia variedad, pues aquella plantada en su áreadeja de ser preferida por el mercado consumidor y entonces, en este caso, el productor tiene comoalternativa tecnológica proceder a cambiar de variedad a través de Ia injertación en el campo. Dentro deIas ventajas existentes, está Ia utilización de un sistema radicular ya establecido en el campo, queposibilita Ia reducción de tiempo para Ia entrada de producción de Ia nueva variedad injertada.Eventualmente el injertar en el campo puede ser utilizado para producir en una planta diferente tipos defrutos (blancos, rojos, redondos yovalados).

Dentro de los métodos de injertación adoptados en el guayabo, destaca el de "borbulhia deplaca em janela aberta" (BPJA) por ser una modalidad rápida y eficiente en Ia producción de Ia plantade vivero de guayabo.

Una de Ias grandes ventajas de BPJA es sin duda el alto rendimiento en el aprovechamiento deimaterial a ser propagado, una vez que se utiliza apenas una pequefía porción de Ia planta a sermultiplicada. Este aspecto es muy importante, principalmente en situaciones de escasez de Ia variedada multiplicar. EI injerto de BPJA es realizado más o menos de 10 o 15 cm de altura en el tallo dei porta-injerto, cuando este presenta, en general, un diámetro de 8 a 10 mm y está maduro. La edad dei porta-injerto varía de 8 a 15 meses, dependiendo de Ias labores culturales utilizadas en Ia formación de Iaplanta. La producción dei portainjerto puede ser realizada en viveros tradicionales, de formas más

modernas, o en recipientes individuales, con volumen de tierra que varia de 5 a 7 litros, con una alturamínima de 30 cm.

EI método de injerto de BPJA ha sido intensamente utilizado en Ia propagación dei guayabo enel mundo por su facilidad para ser ejecutado, permite formar un gran número de plantas de vivero contan solo una rama proveedora. Presenta, además una alta taza de prendimiento y viabiliza un nuevoinjerto cuando no ocurre el prendimiento dei injerto anterior. Otro cuidado importante ai preparar Iasramas proveedoras es remover Ias hojas de 10 a 14 días antes de Ia retirada de Ia planta para estimularel reposo de Ias yemas, para mejorar y acelerar el prendimiento dei injerto (Manica et ai., 2000). EIportainjerto, que puede estar en un embalaje individual en el vivero, debe de tener tallo único, con undiámetro de 6 a 12 mm y estar en pleno crecimiento vegetativo.

En Ias regiones de clima tropical, con Ia practica de Ia irrigación, el método de injerto porburbuja puede ser realizado en cualquier época dei ano, evitando los meses de temperatura muyelevada durante el verano (Manica et ai., 2000). Entre los métodos de injerto por burbuja, los quepresentaron mejores resultados fueron los dei tipo T (normal o invertido) y en placa de ventana abierta ocerrada. Por el método de injerto por burbuja, se consigue de 92% a un 100% de plantas de viveroinjertadas con éxito, y un injertador bien entrenado puede realizar de 350 a 450 injertos por dia (Manicaet ai., 2000).

Otro método de propagación utilizado en el cultivo dei guayabo es el injerto de parche.Existiendo, a ejemplo dei BPJA, algunas variaciones, destacándose el de púa en grieta IIena, el parcheinglés simple y el parche inglés complicado.

Considerando que en este tipo de injertos una porción mayor de planta o vareta es expuesta aIas condiciones ambientales, principalmente Ia temperatura y Ia humedad dei aire, cuando se comparacon el método de BPJA, en general se obtiene un menor índice de prendimiento. Por esto, Ia utilizaciónde este método en Brasil ha sido más utilizado durante los meses más frios dei ano. Para transportarIas ramas que van a suministrar Ias injertos éstas deben de ser amarradas y protegidas con materialeshumedecidos (aserrín, arcilla, papel higiénico humedecido) y guardadas a Ia sombra. En caso de sernecesario transportarias a largas distancias, se prepara una solución, se diluye parafina en aguacaliente y después de haberla dejado enfriar, se sumerge Ia punta superior de Ia vareta en esta soluciónpara protegerias dei resecamiento debido a Ia transpiración, además de protegerias contraenfermedades. EI método de púa debe de ser aplicado cerca de 15 a 20 cm por encima dei cuello de Iaplanta, en portainjertos, con el diámetro de 8 a 12 mm en el área dei injerto. Los cuidados de Ia plantainjertada deben de continuar en el vivero, que consiste en eliminar todas Ias brotaciones dei porta-injerto, conducir el brote dei injerto en posición vertical, amarraria ai tutor lateral, regar cuando no IIueva,controlar enfermedades y plagas y eliminar Ias plantas daninas.

Se destaca como facto r importante en Ia producción de plantas de vivero de guayabo, Ia edaddei portainjerto por ocasión de injertación. Abramof et ai., (1979), consiguieron porcentajes que varíande un 80 a un 96.6% habiendo utilizado portainjertos con 11 y 15 meses, respectivamente. En Iapráctica, ya se consigue injertar portainjertos con edades inferiores. Se cree que el éxito en elprendimiento, cuando se utiliza Ia injertación, está más asociada ai diámetro dei tallo y no a Ia edad. EIdiámetro ideal ai que se refiere Ia literatura varía de 8 a 10 mm, y este ha sido conseguido másprecozmente, siempre y cuando se maneje adecuadamente Ias plantas de vivero en su fase de

formación. En ocasiones los portainjertos de edad superior presentan diámetro inferior a un portainjertosmás nuevo en función de los tratos culturales utilizados. Por 10 tanto, hablar de Ia edad dei portainjertosen Ia actualidad parece un tema superado. Lo importante es que se den todas Ias condiciones deirrigación, desyerbar, nutrición y fitosanitarias para que el portainjertospresente el diámetro requerido 10más rápido posible. En Ia práctica esto ha sido logrado en portainjertos con hasta 6 meses de edad.Aún con referencia a Ia producción dei portainjertos, es fundamental considerar los aspectos dei localde su producción. EI portainjertos puede ser producido en viveras, en un local tradicional o, de unaforma más moderna, en recipientes plásticos, como es utilizado en diversas frutales.

Gonzalo Neto et aI. (1982), compararon Ia producción de Ias plantas de vivero para eltransplante posterior utilizando recipientes de plástico, con capacidad para 4.6, 5.3 Y 7.0 litros,verificaron un mayor crecimiento y vigor de Ias plantas en el caso de recipientes mayores con 7 litros decapacidad, 10 cual posibilitó a Ias plantas obtener, ai partir dei noveno mes, el diámetro mínimorecomendado para Ia injertación, siendo que, en el caso de Ias plantas producidas en los recipientes de5.3 litros, sólo alcanzarían el diámetro mínimo para Ia injertación apenas en el décimo mes. En elmétodo de injertación por púa, el porcentaje de prendimiento ha sido superior a grieta lIena de 60, 63.3,70 Y hasta 95%. En el método de injerto inglés simple, resultaron en 72.5% a 74% de prendimiento, conIas plantas de vivero listas para el plantio en ai campo después de 11 meses, desde Ia siembra. En elcaso dei injerto inglés complicado, son registrados trabajos con 90% de prendimiento, según los datosde Ia literatura.

En 10 que se refiere ai establecimiento dei cultivo, una muy buena parte de los productores yautilizan los conocimientos disponibles por el sistema nacional de investigación, adoptándose Iapreparación tradicional dei suelo, abriéndose fosas de forma manual y/o mecanizada, dependiendo deitamano dei área y de Ia disponibilidad financiera dei productor. Las fosas, en general, tienen un minimode 40 cm y un máximo de 60 cm en Ias tres dimensiones. Los espacios son variables en función deigrado de conocimiento dei productor, dei tamano dei área, y de Ia disponibilidad de mecanización. Losespacios más comunes son 6.0 x 6.0, 6.0 x 5.0, 5.0 x 5.0 o hasta 4.0 x 4.0 m.

EI trasplante en el lugar definitivo ocurre, generalmente, cuando Ia planta alcanza de 20 a 30cm de altura, siempre siendo tutorado después el plantío debido a Ia acción dei viento.

En el primer ano de conducción, se debe de proseguir con Ia poda de formación de Ia copa, queconsiste en orientar en un tronco de aproximadamente 60 cm de altura, y en él tres o cuatro arcos biendistribuidos y orientadas en planos distintos y con tamanQs variables de acuerdo con Ia variedadutilizada.

Después de Ia formación de los arcos principales, se deja Ia copa crecer a voluntad,procediendo Ia primera poda de fructificación cuando Ia planta alcanza 8 o 10 meses de edad. Algunosproductores fuerzan Ia planta a una producción más precoz, debido a Ia poda, en ocasionesequivocadas, de acortamiento de los arcos principales.

Durante Ia fase de crecimiento de Ias plantas, algunos productores utilizan, dependiendo elsistema de irrigación utilizado, un sistema de intercalar con cultivos anuales (cebolla, frijol, maíz,

tomate) o hasta con cultivos perennes (cocotero, acerola y papayo), pues a veces el productor no tieneuna visión muy clara de Ias condiciones dei mercado para decidir qué cultivo practicar, pensando amedio o largo plazo .

. EI gran problema de intercalar con otros frutales perennes es Ia decisión a Ia hora de optar porel principal frutal, 10 que siempre depende dei mercado.

De cierta manera, a pesar de no existir estudios sobre el intercalado, este es practicado debidoa Ia posibilidad de una remuneración económica más rápida, mejor uso dei suelo y mayoraprovechamiento 'dei área irrigada cuando se usa el sistema de aspersión convencional. A pesar deeso, existen muchas otras dudas en el manejo dei intercalado, principalmente en 10 que se refiere Iafertilización, irrigación, entre otros.

EI control de hierbas daninas se realiza en forma mecanizada, con maquinaria, rozaderas o conanimales, haciéndose también el control químico con herbicidas, debiéndose, en este caso, tener unconocimiento de Ias hierbas invasoras, dei herbicida a utilizar, de Ias dosis y dei poder residual.

En 10 que se refiere a Ias variedades, existen hoy en Brasil Ia disponibilidad de diversosgenotipos: Rica, Paluma, Pedro Sato, Ogawa, Kumagai, Sassaoka, Iwao y Roncaglia.

En Ia región de Sãn Francisco, donde está localizado el proyecto Senador Nilo Coelho,predomina Ia variedad Paluma. Este genotipo es productivo, de fácil manejo y tiene como principalcaracterística Ia resistencia después de Ia cosecha de los frutos.

Con relación a Ia poda de fructificación, pueden ser usados dos tipos. La poda continua y Iapoda total. En Ia poda continua Ia planta es podada continuamente a 10 largo dei ano y, por eso, en unamisma planta, siempre existen brotaciones, botones f1orales, flores y frutos en diversos estados. En Iapoda total o drástica, Ia planta recibe Ia operación en todas Ias ramas simultáneamente. Esto determinaun ciclo de producción bien definido. En Ia región de São Francisco, ha sido adoptada, con mayorfrecuencia, Ia poda total o drástica. Con relación ai manejo de Ia poda de fructificación, se percibe queexisten aún muchas dudas, observándose que algunos productores tienen el dominio de Ia práctica,mientras que otros aún desconocen los principios básicos que deben regir Ia operación. Con referenciaaios principios básicos, son omitidos algunos aspectos fisiológicos que siempre comprometen Iaproducción y Ia calidad de los frutos.

La poda de fructificación puede ser realizada después de proceder con Ia defoliación químicade Ia planta, siendo recomendada, en Ia región, una solución con urea a 10% 015%, dependiendo de Iatemperatura ambiente y dei grado de rigidez de Ias hojas. Después de 8 a 10 días de Ia aplicación de Iaurea, Ias hojas se secan y caen, en un porcentaje de 60-70%, ocasión en Ia cual se procede con Iapoda de fructificación. Después de que esta operación, es aplicada una solución de cianamidahidrogenada a 1.0 o 1.5% dei producto comercial. Esta solución tiene el objetivo de uniformizar Iabrotación, Ia emisión de Ias flores y Ia fructificación, reduciendo el periodo de cosecha para 30 o 40días. EI uso de esta tecnología, disponible por Ia EMBRAPA, está condicionada ai calendario comercialde cada productor.

En 10 que se refiere a Ia fertilización, aún existen espacios en blanco a ser investigados por elsistema nacional de investigación, principalmente en los cultivos irrigados dei Noreste brasilefio, dondeIa producción es continua a 10 largo dei afio. Existen indicaciones de fertilizaciones precoces por Iascomisiones estatales de fertilización, otras que orientan en función de Ia expectativa de producción.

Lo que más se recomienda es proceder ai análisis de suelo, ai análisis foliar, conocer elhistórico dei área y quedar atento a Ia aparición de cualquier sintoma de deficiencia.

De hecho no existe una receta, pues Ia fertilización depende dei sistema de conducciónadoptado, dei suelo, de Ia expectativa de producción y, sin duda, de Ias condiciones financieras deiproductor en el momento de Ia adopción de Ia práctica.

Con relación a Ias plagas y enfermedades, sobresalen dos problemas de vital importancia: elataque de nematodos de Ia raiz y dei psilido.

EI primero aún es un problema sin control. Existe bastante preocupación dei sistema deinvestigación en el sentido de encontrar medidas de control fitosanitario o de manejo y, principalmente,una búsqueda en Ia identificación de genotipos tolerantes o resistentes. En cuanto ai psílido, a pesar deiataque sistemático, debido, principalmente, a Ia práctica de podas en 10 largo dei afio, existen elmercado algunos productos, con o sin registro, que controlan esta plaga. La EMBRAPA desarrollóestudios de monitoreo, nivel de acción y control de Ia plaga, y en el sentido de identificar los enemigosnaturales y Ias hierbas dafiinas que puedan estar asociadas ai insecto.

ütro problema fitosanitario que eventualmente ha ocurrido, principalmente en áreas densas ymal ventiladas, es el herrumbre dei guayabo, que ataca todas Ias partes verdes de Ia planta. Existen enel mercado diversos productos a base de cobre que controlan eficientemente Ia enfermedad en Iaregión, principalmente cuando son asociados a Ia práctica de manejo cultural.

La .comercialización de Ia guayaba en el Noreste de Brasil, y principalmente en Ias áreasirrigadas, se realiza directamente en Ia propiedad, a través de intermediarios, o en centrales deabastecimiento o locales, donde hay el cargamento de los camiones que transportan otras frutas.

En términos de acondicionamiento de Ias frutas para transporte, se utilizan en mayor escala, loscontenedores de plástico con capacidad de hasta 25 kg. Las frutas son acomodadas en cuatro camas yseparadas por papel apropiado. Existen productores que usan cajas de cartón con capacidad de 3 a 4kg. Las guayabas pueden ser protegidas individualmente con papel o una "red" apropiada. En general,este tipo de embalaje es destinado a comercialización de Ia fruta en fruterías especializadas o redes de

/ supermercados.

Las frutas destinadas a Ia industria, por regia, no reciben ningún acondicionamiento, siendotransportadas en cajas o en contenedores con capacidad igualo superior a 25 kg.

La capacidad instalada para procesamiento industrial de Ia guayaba en Ia región de SãoFrancisco, aún es insignificante. Existen tan solo unas pocas fábricas de pequeno porte e industriascaseras que procesan Ia fruta. AI nivel dei productor u organización de productor, no existe ningunaindustria que procese guayaba y que tenga Ia capacidad de absorber a gran escala ni Ia producciónexcedente.

Sin duda Ia implantación de un parque industrial, delineado en función de Ia capacidadproductiva de Ia región, será una gran palanca impulsora para consolidar el área productiva de guayabaen Ia región.

Otro aspecto de fundamental importancia que se ha buscado de forma continua es Ia creaciónde una mentalidad empresarial, en Ia gestión de Ias negocias agrícolas, principalmente dei pequenoproductor de guayaba de Ia región.

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