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A DEMOCRACIA como problema filosófico Carlo Gabriel Kszan Pancera [org.]

A DEMOCRACIA - Moovin · do problema da democracia. Mas os ganhos conceituais não param aí, pois Mello desfaz outro equívoco, o de que Rousseau seria um opositor contumaz da democracia

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A DEMOCRACIA como problema filosófico

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Carlo Gabriel Kszan Pancera [org.]

O presente livro compõe-se de uma série de reflexões sobre a democracia. Nos textos aqui reu-nidos, os autores adotam diver-sas perspectivas de análise, mas sempre num horizonte filosófi-co. Assim, acabam por iluminar várias facetas do objeto: a demo cracia como sistema represen-tativo, o interesse como motivo para ação, a predisposição cul-tural do brasileiro para demo-cracia, a corrupção como ame-aça de morte ao corpo político e a justiça como um componente contemporâneo da política.

ISBN 978-65-80444-28-1

1. O PROBLEMA DA REPRESENTAÇÃO POLÍTICA EM J.-J. ROUSSEAULucas Mello Carvalho Ribeiro

2. HANNAH ARENDT E O PROBLEMA DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVAHelton Adverse

3. O NOVO ÓDIO À DEMOCRACIA NO BRASIL: REFLEXÕES A PARTIR DE JACQUES RANCIÈREMarco Antônio Sousa Alves

4. A DEMOCRACIA ESTÁ EM CRISE? Simeão Sass

5. O INTERESSE PARTICULAR E O INTERESSE COMUM EM “A DEMOCRACIA NA AMÉRICA”, DE ALEXIS DE TOCQUEVILLEPaula Gabriela Mendes Lima

6. VILÉM FLUSSER E A QUESTÃO DA DEMOCRACIARodrigo Duarte

7. DEMOCRACIA E CORRUPÇÃO: A GÊNESE DE UMA QUESTÃONewton Bignotto

8. JUSTIÇA E LINCHAMENTOHugo Pereira do Amaral

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A DEMOCRACIA como problema filosófico

Carlo Gabriel Kszan Pancera [org.]

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Copyright © 2019, D’Plácido Editora.Copyright © 2019, Os autores.

Editor ChefePlácido Arraes

EditorTales Leon de Marco

Produtora EditorialBárbara Rodrigues

Capa, projeto gráficoLetícia Robini (Imagem por Cristina Gottardi, via Unsplash)

DiagramaçãoNathalia Torres

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida,

por quaisquer meios, sem a autorização prévia do Grupo D’Plácido.

W W W . E D I T O R A D P L A C I D O . C O M . B R

Catalogação na Publicação (CIP)Ficha catalográfica

A democracia como problema filosófico. PANCERA, Carlo Gabriel Kszan. [Org.] -- Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2019.176 p.

ISBN: 978-65-80444-28-1

1. Filosofia do direito. 2. Filosofia. I. Título.

CDD340 CDU 340

Editora D’PlácidoAv. Brasil, 1843, Savassi

Belo Horizonte – MGTel.: 31 3261 2801

CEP 30140-007

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Agradecimentos

Gostaria de agradecer a todos os que participaram do Semi-nário A democracia como problema filosófico, especialmente àqueles que se lançaram na aventura de consolidar suas respectivas reflexões produzindo material escrito.

Um agradecimento especial ao Bruno Victor P. S. Melo, dou-torando em filosofia, que me auxiliou na condução dos seminários.

Por fim, agradeço ao Departamento de Filosofia da UFMG, que ofereceu espaço e tempo para a realização deste evento.

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Sumár io

Introdução 9

1. O problema da representação política em J.-J. Rousseau 15Lucas Mello Carvalho Ribeiro

2. Hannah Arendt e o Problema da Democracia Representativa 43Helton Adverse

3. O novo ódio à democracia no Brasil: reflexões a par tir de Jacques Rancière 65Marco Antônio Sousa Alves

4. A Democracia está em crise? 89Simeão Sass

5. O interesse par ticular e o interesse comum em “A Democracia na América”, de Alexis de Tocqueville 109Paula Gabriela Mendes Lima

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6. Vilém Flusser e a questão da democracia 129Rodrigo Duarte

7. Democracia e corrupção: a gênese de uma questão 147Newton Bignotto

8. Justiça e Linchamento 169Hugo Pereira do Amaral

Autores 173

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Int rodução

A democracia se impõe como sistema político hegemônico na contemporaneidade. Sob os mais diversos matizes, ela é adotada pela maioria dos países ocidentais. Seu fundamento é a soberania popular, a qual se assenta na suposição da igualdade e na liberdade entre os homens. Iguais entre si e livres da sujeição a qualquer senhor, os homens podem assim participar da vida política de uma república. Se estes aspectos delimitam os fundamentos teóricos deste regime, historicamente, tal regime deve ser compreendido pela internalização das referidas relações de igualdade e de li-berdade. Este enraizamento no conjunto dos cidadãos confere à democracia um alcance tal que impede que ela seja compreendida como mera organização de poderes e instituições: ela é, antes, e, sobretudo, um modo pelo qual as relações políticas se efetivam na vida dos cidadãos, vale dizer, é uma forma social.

Como sistema político baseado na liberdade de participa-ção de todos no espaço público e como forma social na qual os homens se representam como iguais uns aos outros, a democracia é essencialmente permeável às diferenças entre opiniões e à mul-tiplicidade de interesses que a habitam. Contrastando com outras formas políticas, que fazem desta diferença e desta multiplicidade algo que ameaça sua existência, o regime democrático retira daí a sua força e vigor. Se este fato for devidamente compreendido, isto é, se for compreendido que o debate proveniente desta di-versidade é algo inerente às democracias, encontramos a fonte

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de toda sua riqueza. Esta riqueza será tanto maior quanto mais soubermos resguardar um espaço onde esta variedade apareça e onde eventuais conflitos possam ser solucionados politicamente, sem o uso da força ou de modo arbitrário.

É preciso notar, contudo, que a predisposição para aceitar o debate e a diversidade faz com que a democracia se construa como um sistema político e uma forma social que coloca cons-tantemente em questão as suas próprias referências e fundamentos. Deste modo, ela se sujeita constantemente a um olhar crítico, pois recusa o apelo a verdades últimas. Isso ocorre, especialmente, nos momentos em que se aguça a percepção de crise. E é justamente nesta circunstância em que o Ocidente e, em particular, o Brasil, se encontra no presente momento. Nacionalmente, uma atmosfera de crise se instalou com o acirramento das disputas políticas a partir de 2013, desvelando antagonismos que, embora de existência longa em nossa história, permaneciam no subsolo. Podemos dizer que, desde o ano acima mencionado, o clima de extremismo faccioso migrou das classes políticas para o corpo social, resultando num país cindido. Esta situação nos impôs novos desafios.

Foi em meio a este ambiente que foi organizado, no âmbito do Curso de Filosofia da UFMG, um conjunto de seminários intitulado A democracia como problema filosófico. Ao longo do se-gundo semestre de 2017, professores e alunos de pós-graduação foram chamados a refletir sobre a questão da democracia. Cada um dos convidados fez sua reflexão sob a perspectiva que mais lhe pareceu mais familiar ou conveniente. O resultado final foi o estabelecimento de um diálogo qualificado com os integrantes da comunidade universitária. O livro, que agora apresentamos, é a consolidação deste esforço reflexivo sobre os desafios que nossa época nos impõe.

Os quatro primeiros textos desta coletânea possuem uma unidade temática, pois todos tratam da democracia representativa, mas fazem-no sob abordagens distintas. Lucas Mello Carvalho Ribeiro, por exemplo, nos oferece importantes esclarecimentos conceituais ao lançar um olhar crítico sobre a afirmação recorrente de que Rousseau teria sido o pai da democracia moderna. Ao mostrar que na raiz desta afirmação está a confusão entre as categorias de

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soberania e de governo, ele nos conduz a uma melhor compreensão do problema da democracia. Mas os ganhos conceituais não param aí, pois Mello desfaz outro equívoco, o de que Rousseau seria um opositor contumaz da democracia representativa. Se, conceitualmente, seria paradoxal assumir a representação como inerente ao conceito de democracia, historicamente, tal expediente é, por vezes, inevi-tável. Por isso, é preciso analisar criticamente tal noção a fim de apreender suas limitações, mas também suas eventuais vantagens. Este mesmo tom perpassa outros textos desta coletânea.

A democracia representativa é também objeto da reflexão do professor Helton Adverse, que mobiliza o aparato conceitual arendtiano para examiná-lo. Segundo o intérprete, Arendt realiza um retorno às origens gregas da democracia como expediente reflexivo e, assim, toma distância do modelo hegemônico atual. Este retorno não tem, contudo, a intenção de fazer daquele regi-me um modelo crítico, mas serve, sobretudo, para recuperar uma experiência na qual a ação política encontrava-se seu esplendor. É, justamente, em nome da ação política, tomada como categoria central da vida política, que Arendt e, por conseguinte, Adverse leva adiante o exame da democracia de nossa época. Mesmo com a denúncia do empobrecimento de nossa experiência, Arendt pensa em soluções para a correção dos desvios da representação, que, diferente de Rousseau, acredita não ser ruim por si mesma. O essencial, porém, é saber, nos diz Adverse, que todas essas soluções servem para nos proteger da ilusão de que a esfera do poder detém plena autonomia e separa de nossa capacidade de agir em conjunto.

A reflexão levada adiante por Marco Antônio Sousa Alves em torno da democracia liberal representativa é marcada por um tom crítico. Mobilizando as categorias filosóficas de Foucault e de Rancière, ele identifica no sistema político que hoje designamos como democrático um tipo de regime excludente. Assim, seus representantes, compostos não só pela elite econômico e política, mas também pelas das grandes corporações estatais – o Judiciário e o Exército –, não veem com bons olhos a participação de todos na tomada das decisões. O surpreendente é que eles não parecem ver problema em falar em nome da democracia ao mesmo tempo em que lhe devotam ódio, empenhando-se em alijar boa parte do

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povo da vida política. Para Alves, a chave para a dissolução de tal paradoxo está em precisar o sentido dos termos, demonstrando que o que a mencionada elite designa por democracia é na realidade um Estado oligárquico de direito.

Acentuando ainda mais a nota crítica à democracia liberal representativa, o professor Simeão Sass nos oferece uma pers-pectiva diversa. Ele erige a democracia grega, não só como instrumental crítico, mas como um verdadeiro modelo. Pelo contraste entre este modelo e nossa experiência contemporânea, leva a adiante a sua hipótese de que a democracia moderna não está em crise, mas que a crise lhe é inerente. Nascida atrelada ao sistema econômico capitalista, a democracia coloca-se a seu serviço. A fim de permitir que os grupos economicamente mais fortes exerçam sua hegemonia política, faz-se necessário o estreitamento dos canais de participação dos cidadãos. É neste ponto que a democracia representativa liberal distancia-se da grega: ao não dar lugar à livre participação dos cidadãos, acaba por transformar-se em instrumento de realização de interesses econômicos. A disputa entre uma maior ou menor participação passa a ser a marca das democracias contemporâneas e é, portan-to, esta a marca de sua crise. Para Sass, enfim, o caso brasileiro apenas explicita de uma forma mais aguda aquilo que ocorre nos países capitalistas centrais.

A este conjunto de reflexões, que dão forma à parte inicial deste livro e que possuem certa unidade temática, seguem-se outras, que adotam pontos de vistas diferentes, mas complementares aos já apresentados. Paula Gabriela Lima, apresenta-nos um texto que trata da questão a partir da perspectiva de Alexis de Tocqueville. Na concepção deste autor, a democracia está relacionada fundamen-talmente a uma nova compreensão do homem, a qual emerge na modernidade e cuja marca está no fato dele compreender-se como indivíduo e representar-se como igual aos demais homens. Trata-se, portanto, de um novo estado social. O desdobramento mais notório desta nova condição é que a motivação para agir oscila da paixão para o interesse. O desafio político é fazer convergir o interesse individual com o interesse comum, isto é, fazer convergir o estado social, lugar da igualdade, com a vida política, lugar da liberdade.

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Mas este é um desafio que a intérprete enfrenta, conforme se verá no texto por ela apresentado.

O professor Rodrigo Duarte leva adiante sua reflexão so-bre a democracia a partir da obra de Vilém Flusser, enfatizando aspectos da cultura nacional que nos predisporiam a uma vida democrática. Assim, Duarte chama atenção para certas caracte-rísticas do ser humano brasileiro que são propícias à democracia, quais sejam: a propensão ao diálogo e uma certa tendência lúdica. O professor nos faz ver a relevância desses traços na medida em que eles se constituem num contraponto à redução do indivíduo, na pós-história, tanto à condição de mero receptor de discursos, relação que privilegia o polo do emissor em detrimento de quem recebe a mensagem, quanto à de um sujeito meramente reativo, que simplesmente responde à programação de um mundo trans-formado num mega-aparelho. Poderíamos dizer, por que não, que o que está no horizonte do autor e do intérprete é a afirmação do diálogo e da criatividade, juntamente com a liberdade que lhe é inerente, como remédios para uma sociedade programada e, por assim dizer, totalitária.

Uma coletânea sobre a democracia não ficaria completa sem o enfrentamento de um dos temas mais candentes em nossa época que é o problema da corrupção. Ele frequenta o noticiário, que, usualmente, lhe confere um tratamento moralizante, ocultando mais no que esclarecendo. E, o que é pior, com isso, apenas serve de instrumento para lutas políticas facciosas. O professor Newton Bignotto ataca a questão, para retirá-la do lugar comum e lançar outras luzes sobre o fenômeno, de modo a poder melhor compre-endê-lo. Ele procura desvendar suas diversas dimensões, recorrendo à tradição filosófica, passando em revista Aristóteles, Platão, Ma-quiavel e Rousseau até chegar à Modernidade. Se, ao final de sua reflexão, Bignotto conclui que a complexidade de nossa sociedade torna quase impossível sintetizar todos os aspectos da corrupção numa teoria total, por outro lado, ele chama atenção para uma preocupação comum a todas as abordagens, que é a de nos alertar para a possibilidade, sempre presente, da morte do corpo político.

Temos, por fim, o texto de Hugo Amaral, professor aposen-tado de Filosofia Política, do Curso de Filosofia, da UFMG, que

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nos apresenta um texto breve, em forma de crônica, retratando o processo pelo qual passou o ex-presidente Lula de linchamento jurídico-midiático. Lembra-nos o professor que a analogia nos conduz ao que fora feito em outros tempos a outro personagem histórico, qual seja, Jesus. Vigorava, então e agora, o espírito de perseguição e, em contrapartida, de negação da justiça. Denunciado tal espírito, torna-se explícito o uso político das instituições estatais, de modo que elas também são tragadas para o jogo faccioso que se instalou em nossa vida política.

Carlo Gabriel Kszan Pancera

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ISBN 978-65-80444-28-1

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6. VILÉM FLUSSER E A QUESTÃO DA DEMOCRACIARodrigo Duarte

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